Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio. Maio 2010

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio. Maio 2010"

Transcrição

1 Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200

2 Turismo Caracterização e oportunidades de negócio. Sumário executivo Turismo Outlook O Turismo mundial Portugal no Turismo Mundial O Turismo na Economia Portuguesa Organização Institucional do Turismo e mecanismos de apoio ao sector Mercado turístico nacional Principais players do sector Oportunidades de negócio Comparações internacionais Impacto do TGV no sector Tendências, políticas e reflexões Anexos...57 Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200

3 . Sumário executivo (I). Ao longo das últimas seis décadas, o turismo tem registado crescimentos e diversificação contínuos, tornando-se um dos sectores de mais rápido crescimento no Mundo. Os 25 milhões de chegadas internacionais de turistas, em 950, passaram a mais de 920 milhões, em 2008, uma taxa de crescimento médio anual de mais de 6%, cerca de 2.4 milhões de turistas/dia. A Europa é a principal região de destino e emissão de turistas mundiais tendo vindo a perder peso no total mundial, enquanto as regiões da Ásia e Pacífico e do Médio Oriente evoluíram significativamente. França é o maior destino turístico mundial, com 79.3 milhões de turistas, em O aumento dos níveis de rendimento disponível, em muitos dos chamados países emergentes, levaram a que muitos deles assumissem posições relevantes no turismo mundial. A China e a Rússia são disso exemplo. As Contas Satélite (Nações Unidas) estimam que o turismo contribua para o PIB mundial em 5% e para o emprego em 6/7%. O turismo tornou-se uma das principais categorias do comércio internacional; globalmente representa a 4ª categoria exportadora, a seguir aos Combustíveis, aos Químicos e aos Produtos Automóveis. O ano de 2009, com um crescimento negativo de 4%, marcará o pior desempenho de sempre. África foi a única região a apresentar resultados positivos (crescimento de 5%), a Europa a mais penalizada (-6%) e a Ásia e Pacífico e o Médio Oriente as líderes da recuperação. A melhoria verificada no último trimestre de 2009 (crescimento de 2%), levou a WTO 2 a rever em alta as previsões para 200, passando do anterior crescimento de % para 3/4%, e, mantendo, também, as previsões de longo prazo, que apontam para chegadas internacionais de turistas de.6 mil milhões em 2020 (crescimento de 70% face ao valor de 2008). O turismo desempenha um papel fundamental na economia portuguesa. Tendo como referência os valores da Conta Satélite do Turismo de Portugal em 2008, o VAB gerado pelo sector representa 5.% do nacional, o Consumo Turístico Interior representa 0.4% do PIB e o emprego no sector representa 8% do emprego na economia. As Receitas Turísticas constituem a principal rubrica da Balança Corrente, representando mais de 42% das receitas totais dos serviços, em 2009 P, 4.2% do PIB. O turismo é o maior sector exportador do país. Para o WTTC (World Travel & Tourism Council) estes valores são de 9.2% para o PIB e 8.% para o emprego, porque abrangem efeitos indirectos mais alargados. 2 World Tourism Organization. P Provisório. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 2

4 . Sumário executivo (II). O peso do Consumo Turístico Interior na economia portuguesa (0.4%, em 2008) é idêntico ao espanhol, superior ao francês e inferior ao grego. Se comparado o peso do sector enquanto exportador de serviços, o valor em Portugal (42.6%, em 2009 P ) é idêntico ao de Espanha e superior ao de França e da Grécia. As receitas turísticas portuguesas tiveram uma queda, em 2009 P, menos acentuada que as espanholas, as gregas e as francesas. Um conjunto de medidas conducentes à criação de condições favoráveis ao investimento público e privado foram lançadas, dispondo o sector de mecanismos e instrumentos de apoio ao investimento, onde se destacam o QREN, o PIT 2, o PME INVESTE, o Crédito ao Investimento no Turismo Protocolos Bancários, as Garantias Mútuas, o Capital de Risco e os Fundos Imobiliários. Entre 2000 e 2006, estima-se que tenham sido investidos cerca de EUR 4 mil milhões no turismo, entre sector público (EUR mil milhões), sector privado com apoios (EUR 2.2 mil milhões) e Programa PITER II (EUR 0.8 milhões). Entre 2000 e 2008, a oferta nacional cresceu a uma taxa média de.8% em termos hoteleiros (totalizando 2 04 em 2008) e 2.6% em camas disponíveis (274 mil em 2008, mais 5 mil face a 2000). O Algarve concentra a maior oferta hoteleira 3 do país (6% dos estabelecimentos e 36% das camas) e concentrou, em 2009, mais de um terço das dormidas em Portugal. O turismo doméstico tem assumido um papel fundamental, superando os objectivos definidos pelo PENT (quer em número de turistas, quer em dormidas). O alojamento nacional atingiu, em 2008, um volume de negócios de EUR 2.6 mil milhões, representando um crescimento médio anual nos últimos cinco anos de 4.3%. Os estabelecimentos hoteleiros geraram mais de 62% daquele valor, verificando-se uma dispersão acentuada no sector (os cinco principais grupos Grupo Pestana, Espírito Santo Hotéis, Starwood Hotels & Resorts, Vila Galé Hotéis e Accor Group representam 20% do volume de negócios). O rent-a-car atingiu um volume de negócios de EUR 368 milhões, em 2008, traduzindo uma taxa de crescimento médio anual de mais de 6% nos últimos cinco anos. Num mercado muito competitivo, dominam as principais multinacionais do sector: Europcar, Hertz e Avis. Quadro de Referência Estratégico Nacional. 2 Programa de Intervenção do Turismo. 3 Contempla Hotéis, Apartamentos Turísticos, Hotéis-Apartamentos, Aldeamentos Turísticos e Pousadas. P Provisório. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 3

5 . Sumário executivo (III). O sector dos transportes apresentou um crescimento médio anual de 4.%, entre 2003 e 2008, tendo atingido, neste último ano, um volume de negócios de EUR 2.5 mil milhões. O transporte aéreo gerou 93% daquele valor e, embora as companhias tradicionais assumam ainda um valor significativo do mercado (75% em volume de negócios e 60% em passageiros), foram as low cost as grandes protagonistas dos últimos anos. As agências de viagens e operadores turísticos geraram, em 2008, um volume de negócios de EUR 2 mil milhões, que representou um crescimento médio anual de 0.7%, desde O mercado nacional, em 2008, era dominado por quatro grupos portugueses Espírito Santo Viagens, ELOCT, Viagens Abreu e Geostar que concentravam 53% do volume de negócios, mas apenas 26% dos estabelecimentos a operar no mercado. O PENT considera que Portugal reune condições e recursos potenciadores do desenvolvimento e consolidação de dez produtos estratégicos Gastronomia e Vinho, Cultural, Saúde e Bem Estar, City Breaks, Golfe, Náutico, Residencial, Natureza, Sol e Mar e MICE -, cujo potencial de crescimento (com excepção do Sol e Mar), no mercado do turismo europeu, se situa acima dos 5% ao ano. O City Break é aquele em que se espera um crescimento maior (acima de 3%). Os dois produtos referidos, conjuntamente com o Golfe, o Turismo de Negócios e o Touring Cultural e Paisagístico, continuam a ser a principal motivação dos turistas que chegam a Portugal, havendo outros que se podem revelar oportunidades, como o Náutico e o de Saúde e Bem Estar. Existem perspectivas positivas para o turismo nacional: um estudo efectuado pela Euromonitor International, em Agosto de 2009, prevê que as chegadas de turistas atinjam cerca de 5 milhões em 203 e as receitas turísticas cerca de EUR 0 mil milhões, destacando alguns mercados emergentes com potencial de crescimento e como oportunidade de diversificação para Portugal. O Turismo, e a constelação de actividades do Turismo, apresentam-se, assim, como um conjunto de actividades para responder ao desafio de dinamizar a economia e a sociedade portuguesas, nos actuais e futuros contextos de acelerada transformação. MICE - Meetings, Incentives, Congresses & Exhibitions. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 4

6 Turismo Caracterização e oportunidades de negócio. Sumário executivo Turismo Outlook O Turismo mundial Portugal no Turismo Mundial O Turismo na Economia Portuguesa Organização Institucional do Turismo e mecanismos de apoio ao sector Mercado turístico nacional Principais players do sector Oportunidades de negócio Comparações internacionais Impacto do TGV no sector Tendências, políticas e reflexões Anexos...57 Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 5

7 2. Turismo Outlook. A relevância de um sector com a relevância que o turismo tem no contexto da economia portuguesa exige, num primeiro patamar da análise, a identificação precisa dos principais movimentos que, no passado recente, vêm ocorrendo e que se perfila venham a ocorrer num futuro próximo. É neste contexto que se integram os capítulos 3, O turismo mundial, 4, Portugal no turismo mundial e os capítulos 5 e 6 em que se procura evidenciar a actual inserção do sector no quadro da economia portuguesa. Ao longo das últimas seis décadas, o turismo tem registado crescimentos e diversificação contínuos, tornando-se um dos sectores com maior e mais rápido crescimento no Mundo. Os 25 milhões de chegadas internacionais de turistas, em 950, passaram a mais de 920 milhões, em 2008, uma taxa de crescimento médio anual de mais de 6%, cerca de 2.4 milhões de turistas/dia. A Europa é a principal região de destino dos turistas mundiais tendo, contudo, vindo a perder peso no total mundial (53% em 2008 face a 66% em 950), enquanto as regiões da Ásia e Pacífico e do Médio Oriente, com crescimentos médios anuais superiores a 0%, evoluíram significativamente. 000 Chegadas internacionais de turistas, (Milhões) Europa Ásia e Pacífico Américas Médio Oriente África TCMA = 6.4% Fontes: World Tourism Organization, ES Research-Research Sectorial. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 6

8 2. Turismo Outlook. França é o maior destino turístico mundial, com 79.3 milhões de turistas, em 2008, seguindo-se-lhe os EUA, a Espanha e a China, todos com mais de 50 milhões de turistas. Os mercados emissores para o turismo internacional estão ainda largamente concentrados nos países industrializados da Europa, das Américas e da Ásia e Pacífico, sendo a Europa, também, a principal região emissora de turistas (representando 55% do total), colocando seis países no top 0 mundial, liderado pela Alemanha. Ásia e Pacífico responde por cerca de 20% dos turistas e as Américas 6%. Os turistas alemães lideram o ranking mundial das despesas turísticas, desde 2003, alcançando, em 2008, os USD 9 mil milhões em termos globais e USD por chegada. O aumento dos níveis de rendimento disponível, em muitos dos chamados países emergentes, levaram a que muitos deles assumissem posições relevantes no turismo mundial. A China e a Rússia são disso exemplo. Ao longo do tempo, um número crescente de destinos abriram-se e investiram no desenvolvimento do turismo, transformando-o num driver-chave para o progresso socio-económico, através da criação de emprego, desenvolvimento de infra-estruturas e das receitas geradas (em 2008, mais de 80 países registaram receitas turísticas superiores a USD mil milhões). O turismo tornou-se uma das principais categorias do comércio internacional enquanto sector exportador representa 30% das exportações mundiais de serviços e 6% das exportações totais; globalmente representa a 4ª categoria exportadora, a seguir aos Combustíveis, aos Químicos e aos Produtos Automóveis. Partindo das Contas Satélite, aprovadas pela United Nations Statistics Commission, e com base na informação dos países com dados disponíveis, estima-se que o turismo contribua para o PIB mundial em 5% e para o emprego em 6/7%. Em economias mais avançadas e diversificadas aquela contribuição varia de aproximadamente 2% (em países onde o turismo é um sector comparativamente mais pequeno) até 0% (em países onde o turismo é um pilar importante da economia). Em 2008, o turismo internacional contribuiu com mais de USD 3 mil milhões/dia para a economia mundial. O turismo tornou-se a chave para o desenvolvimento, prosperidade e bem estar para muitos países, sendo um dos seus principais meios de receitas, de criação de emprego e de oportunidade de desenvolvimento. Nos dois últimos anos, o turismo foi seriamente afectado pela instabilidade económica e financeira vivida a nível mundial, a que se juntaram também os efeitos da anunciada pandemia da Gripe A. Para o WTTC (World Travel & Tourism Council) estes valores são de 9.2% para o PIB e 8.% para o emprego, porque abrangem efeitos indirectos mais alargados. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 7

9 2. Turismo Outlook. O ano de 2009, com um crescimento negativo de 4%, marcará o pior desempenho de sempre, colocando as chegadas internacionais de turistas em valores ligeiramente acima dos verificados em África foi a única região a apresentar resultados positivos (crescimento de 5%), a Europa a mais penalizada (-6%) e a Ásia e Pacífico e o Médio Oriente as líderes da recuperação, com o registo de crescimentos positivos na segunda metade do ano. As receitas turísticas terão caído cerca de 6%. A melhoria verificada a nível global, no último trimestre de 2009 (crescimento de 2%), levou a WTO a rever em alta as previsões para 200, passando do anterior crescimento de % para 3/4%, alertando, contudo, para as dificuldades face à situação económica e social mundial. A Ásia deverá continuar a ser a principal impulsionadora da recuperação, o crescimento deverá voltar ao Médio Oriente e África deverá manter a tendência positiva, alavancada pelo Mundial de Futebol na África do Sul. Abalado, temporariamente, ao longo dos tempos, por acontecimentos vários (atentados terroristas, catástrofes naturais, pandemias), o turismo teve sempre a capacidade de, rapidamente, se refazer e reorientar, mostrando a sua força, motivo pelo qual, também, a WTO mantém as previsões de longo prazo, que apontam para chegadas internacionais de turistas de.6 mil milhões em 2020 (crescimento de 70% face ao valor de 2008). Ásia e Pacífico, Médio Oriente e África crescerão a um ritmo superior a 5% ao ano, comparado com a média mundial prevista de 4.%. Os mercados emergentes deverão continuar em ascensão, destacando-se a China que deverá ascender a primeiro destino turístico mundial e quarto mercado emissor de turistas. Durante uma década, após a realização da Expo 98 que teve impactos muito positivos para o país, e enquanto a Europa registava um acréscimo de mais de 00 milhões de turistas e a Europa do Sul/Mediterrâneo de mais de 40 milhões, Portugal registou um incremento de apenas.6 milhões, enquanto países como a Grécia e a Turquia assumiam acréscimos de 6.5 e 5.8 milhões, respectivamente. O desempenho do turismo português, entre 2000 e 2005, ficou aquém da generalidade dos destinos europeus, registando um crescimento médio anual negativo de 2.2%. O período representa a melhor performance do turismo português, com o ano de 2007 a atingir um crescimento recorde de 8.8%. World Tourism Organization. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 8

10 2. Turismo Outlook. Registando, na referida década, a taxa de crescimento médio anual mais baixa dos países da Europa do Sul/Mediterrâneo que integram o top 20 mundial, Portugal era, em 2008, com cerca de 2.9 milhões de turistas, o 9º destino turístico mundial e º europeu. Os efeitos da crise internacional no turismo português fizeram-se sentir menos em 2008, com o país a encerrar o ano em terreno positivo e melhor posicionado que o Mundo e a Europa do Sul/Mediterrâneo, e mais em 2009, apontando as estimativas para um decréscimo das chegadas internacionais de turistas de 8/9% face aos 4% a nível mundial e aos 5% da Europa do Sul/Mediterrâneo. Para esta realidade muito contribuiu, certamente, o facto de Portugal estar fortemente dependente de quatro mercados emissores, Espanha, Reino Unido, França e Alemanha, que no seu conjunto representam cerca de dois terços quer dos turistas entrados no país quer das receitas turísticas. O PENT, aprovado em 2007 e que define a estratégia a longo prazo para o sector, definiu objectivos ambiciosos para o turismo do país, que deveria crescer de forma sustentada, acima da média europeia. A obtenção dos 20/2 milhões de turistas estrangeiros em 205 (crescimento de 5% ao ano) e dos EUR 5 mil milhões de receitas (crescimento médio anual superior a 9%) está comprometida, estando os organismos competentes a proceder à sua revisão. Apesar de tudo, existem perspectivas positivas para o turismo nacional: um estudo efectuado pela Euromonitor International, em Agosto de 2009, prevê que as chegadas de turistas atinjam cerca de 5 milhões em 203 e as receitas turísticas cerca de EUR 0 mil milhões, destacando alguns mercados emergentes (que têm tido evolução recente relevante) com potencial de crescimento e como oportunidade de diversificação para Portugal; o WTTC perspectiva uma taxa de crescimento médio anual do sector de 4% para a próxima década, acima do estimado para a UE-27, e uma contribuição positiva para o PIB já em 200 (ainda que de apenas 0.5%); em 2009, o país posicionou-se, pelo 2º ano consecutivo, no top 20 dos destinos mais competitivos do mundo (em 33 países) para a atracção de investimento no sector, ocupando a 2ª posição se comparado com os destinos seus concorrentes da Bacia do Mediterrâneo; vários prémios internacionais, publicações e estudos de referência sobre o sector reconhecem Portugal, e as suas regiões, como destino de excelência; a WTO está a constituir o chamado G20 do sector e endereçou convites a alguns países para se juntarem aquele grupo, um dos quais é Portugal. Plano Estratégico Nacional do Turismo. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 9

11 2. Turismo Outlook. O turismo desempenha um papel fundamental na economia portuguesa. Tendo como referência os valores constantes da Conta Satélite do Turismo de Portugal em 2008, o VAB gerado pelo sector representa 5.% do nacional, o Consumo Turístico Interior representa 0.4% do PIB e o emprego no sector representa 8% do emprego na economia. As Receitas Turísticas constituem a principal rubrica da Balança Corrente, representando mais de 42% das receitas totais dos serviços, em 2009, 4.2% do PIB. O turismo é o maior sector exportador do país e o saldo da Balança Turística tem contribuído, positiva e crescentemente, para a redução do défice da Balança Corrente. Assumindo o turismo como valor estratégico para o desenvolvimento do país, o Governo procedeu, nos últimos anos, à reforma estrutural, organizacional e do quadro legislativo do sector, concentrando numa única entidade (o Turismo de Portugal) todas as competências institucionais relativas à dinamização do turismo, desde a oferta à procura, criando as Entidades Regionais de Turismo e os Pólos de Desenvolvimento Turístico. Um conjunto de medidas conducentes a criação de condições favoráveis ao investimento público e privado foram lançadas, dispondo o sector de um conjunto de mecanismos e instrumentos de apoio ao investimento onde se destacam o QREN, o PIT 2, o PME INVESTE, o Crédito ao Investimento no Turismo Protocolos Bancários, as Garantias Mútuas, o Capital de Risco e os Fundos Imobiliários. Quadro de Referência Estratégico Nacional. 2 Programa de Intervenção do Turismo. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 0

12 2. Turismo Outlook. Entre 2000 e 2008, a oferta nacional cresceu a uma taxa média de.8% em termos de estabelecimentos hoteleiros (totalizando 2 04 em 2008) e 2.6% em camas disponíveis (274 mil em 2008, mais 5 mil face a 2000). Os hotéis foram os estabelecimentos que mais cresceram (mais de 40), representando cerca de 32% do alojamento em Portugal. O Algarve concentra a maior oferta hoteleira do país (6% dos estabelecimentos e 36% das camas) e o Centro registou a maior variação no período (mais 46 estabelecimentos 2 e mais 8 mil camas). As dormidas em território nacional evoluíram 2.5 milhões, entre 2002 e 2009 P, tendo atingido o seu valor mais elevado de sempre em 2007 (cerca de 40 milhões). O Algarve concentrou mais de um terço das dormidas em Portugal, em 2009 P, sendo também a região mais severamente afectada em termos de dormidas de estrangeiros (queda de mais de 29% face a 2008) dada a sua forte dependência do Reino Unido. O Norte foi a região que melhor resistiu ao ambiente vivido, com um decréscimo de apenas 3.5% nas dormidas de estrangeiros. O turismo doméstico tem assumido um papel fundamental, sobretudo em regiões como o Norte e o Alentejo - refira-se a este propósito que, no final de 2009, o turismo interno superava os objectivos definidos pelo PENT (quer em número de turistas, quer em dormidas). Os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros ascenderam, em 2009 P, aos EUR.77 mil milhões, um crescimento médio anual de quase 3%, entre 2002 e 2009, uma quebra de praticamente 0% face a 2008, facto inédito nos oito anos em análise. Algarve e Lisboa registaram os melhores resultados (a nível global e por aposento) mas, conjuntamente com a Madeira, foram também as regiões mais afectadas em 2009 (quebras de 0.6%, 2.5% e 4.%, respectivamente). O Centro apresentou a melhor evolução (TCMA =5.5%) e o Alentejo foi a única região com variação positiva face ao ano anterior. Em 2009 P, a taxa de ocupação-quarto 3, a nível nacional, situou-se nos 5.4% e o RevPAR 4 nos EUR 32. (menos 0% e 3%, respectivamente, face a 2008 na Europa do Sul a quebra foi de 9% e 7%, respectivamente). Madeira, Lisboa e Algarve são as regiões com maiores taxas de ocupação e RevPAR mais elevados. O Centro, sendo a região que mais evoluiu em termos de oferta, é a região com níveis de ocupação e de RevPAR mais baixos. O Norte foi a única região a aumentar a taxa de ocupação face ao ano anterior (mais 0. pp). Contempla Hotéis, Apartamentos Turísticos, Hotéis Apartamento, Aldeamentos Turísticos e Pousadas. 2 Entre 2002 e Relação entre o nº de quartos ocupados e o nº de quartos disponíveis. 4 Rendimento por quarto disponível. P Valores provisórios. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200

13 2. Turismo Outlook. Uma análise efectuada pela IMPACTUR, em 2009, e considerando diversos parâmetros ao nível da oferta e da procura, considera a Madeira e o Algarve como as regiões de maior risco por via da pressão demográfica e territorial e Lisboa e a Madeira as regiões mais competitivas. Entre 2000 e 2006, estima-se que tenham sido investidos cerca de EUR 4 mil milhões no sector do turismo, entre sector público (EUR mil milhões), sector privado com apoios (EUR 2.2 mil milhões) e Programa PITER II (EUR 0.8 milhões). O Oeste, o Algarve e o Alentejo são regiões em destaque, nos investimentos em curso ou em projecto, como o demonstra o conjunto de projectos reconhecidos como PIN (que ascendem a mais de EUR 0 mil milhões a nível nacional), que nesta última região atingem os EUR 6 mil milhões (mais de 58% do valor global). São reconhecidos como factores críticos de sucesso, na oferta turística nacional, a qualificação (a níveis elevados), a visão estratégica integrada/global e a diferenciação e inovação, por forma a que possamos competir em segmentos de maior valor acrescentado. Nos últimos anos, tem sido feito um esforço nesse sentido, quer pelo aumento do número de unidades hoteleiras de qualidade (mais de 80% dos projectos previstos terão categoria de 4 e 5 estrelas) e de acordo com as novas tendências (Hotéis de Charme, Design Hotéis, Boutique Hotéis), quer através da entrada no mercado nacional de marcas reconhecidas internacionalmente, quer através de investimentos de entidades nacionais ou estrangeiras em unidades integradas ligadas ao golfe ou que têm como âncora algumas das novas tendências turísticas (actividades ligadas à saúde e bem estar, ao mundo rural e outras). O conhecimento do mercado turístico nacional, tópico desenvolvido no capítulo 7 deste trabalho, obriga à identificação dos seus principais players, capítulo 8, identificando tendências em termos de áreas e modelos de negócio. O estudo da Euromonitor International refere que, em 2008, o alojamento nacional atingiu um volume de negócios de EUR 2.6 mil milhões, representando um crescimento médio anual nos últimos cinco anos de 4.3%. Os estabelecimentos hoteleiros geraram mais de 62% daquele valor, verificando-se uma dispersão acentuada no sector (os cinco principais grupos Grupo Pestana, Espírito Santo Hotéis, Starwood Hotels & Resorts, Vila Galé Hotéis e Accor Group representam apenas 20% do volume de negócios). O mesmo se verifica ao nível do número de estabelecimentos hoteleiros, das unidades de alojamento e do número de camas. Parceria entre o Turismo de Portugal e a Universidade do Algarve. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 2

14 2. Turismo Outlook. O Grupo Pestana lidera o ranking dos Grupos Hoteleiros/Entidades de Management em Portugal, com 5.3% dos estabelecimentos hoteleiros (64), 4.4% das unidades de alojamento (4 677) e 3.8% das camas disponíveis (9 278), em 2008, apresentando também a maior presença a nível do território nacional. A Starwood Hotels & Resorts lidera em rentabilidade/cama (EUR 4.8 mil). Top 0 dos Grupos Hoteleiros a /Entidades de Management em Portugal segundo as unidades de alojamento, 2008 Estabelecimentos hoteleiros Nº (%) Unidades de alojamento 2 Nº (%) Camas Nº (%) Grupo Pestana Vila Galé Hotéis Accor Hotels Espírito Santo Hotéis VIP Hotels Grupo Hotti Starwood Hotels & Resorts Lunahotéis Grupo Iberotel Dom Pedro Hotels Outros Grupos Hoteleiros Independentes TOTAL Fontes: Deloitte, ES Research-Research Sectorial. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 3

15 2. Turismo Outlook. O rent-a-car atingiu um volume de negócios de EUR 368 milhões, em 2008, traduzindo uma taxa de crescimento médio anual de mais de 6% nos últimos cinco anos. Num mercado muito competitivo, com a presença de cerca de 70 operadores, 54 mil viaturas e 2.5 milhões de contratos, dominam as principais multinacionais do sector (Europcar, Hertz e Avis). A Europcar, com mais de 70 estações em todo o território nacional, lidera o mercado português, com uma quota de 24% em termos de volume de negócios, sendo uma das sete unidades do universo da Europcar Internacional na Europa. Apresenta, como grande novidade para 200, a introdução de carros eléctricos na sua frota, fruto de um acordo com a Renault-Nissan. O sector dos transportes apresentou um crescimento médio anual de 4.%, entre 2003 e 2008, tendo atingido, neste último ano, um volume de negócios de EUR 2.5 mil milhões. O transporte aéreo gerou 93% daquele valor e, embora as companhias tradicionais assumam ainda um valor significativo do mercado (75% em volume de negócios e 60% em passageiros), foram as low cost as grandes protagonistas dos últimos anos. Em 2008 transportaram cerca de 8 milhões de passageiros (mais 6. milhões face a 2003), um share de 30%. Metade destes passageiros foram transportados pelas duas principais companhias a operar no mercado nacional a EasyJet e a Ryanair que registaram crescimentos de 52% e 29% face ao ano anterior. O aeroporto de Faro é o mais relevante neste movimento de passageiros (70%) e o aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto) tem tido o crescimento mais expressivo de tráfego destas companhias (mais concretamente da Ryanair que aí investiu mais de EUR 00 milhões numa base de operações) que tem impulsionado o seu assinalável desempenho dos últimos anos. Refira-se a este propósito que, apesar da generalizada redução de tráfego de passageiros, em 2009, os aeroportos portugueses registaram quebras menos acentuadas que a média dos aeroportos europeus e mundiais (3.3% face a 5% e 3.5%, respectivamente), tiveram melhor desempenho que alguns dos seus principais pares aeroportuários e viram o seu desempenho reconhecido através da sua inclusão em posições destacadas em rankings do sector (caso da Madeira, do Francisco Sá Carneiro e de Ponta Delgada). Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 4

16 2. Turismo Outlook. A TAP Portugal é a companhia aérea portuguesa líder de mercado. Integrando a maior aliança global de companhias de aviação (a Star Alliance), pretende tornar-se cada vez mais uma referência a nível internacional. Actualmente, disponibiliza aos seus clientes ligações para a Europa, África, América do Norte e do Sul, onde é líder de operação para o Brasil. Ao longo dos anos tem reforçado a sua importância na economia portuguesa e para o sector do turismo. A SATA, também líder player do transporte aéreo em Portugal, conta já com dez anos de internacionalização, num processo de expansão assente numa operação de vocação atlântica, com bases operacionais em Lisboa, no Funchal e em Ponta Delgada e representações comerciais nas principais cidades em que opera, do continente europeu ao americano. As agências de viagens e operadores turísticos geraram, em 2008, um volume de negócios de EUR 2 mil milhões, que representou um crescimento médio anual de 0.7%, desde Num sector marcado pela forte e crescente competição, derivada da queda da procura e ampliada com a entrada no mercado de alguns grupos estrangeiros, algumas empresas, de menor dimensão, foram obrigadas a reorganizarem-se ou agrupar-se por forma a sobreviver. O mercado nacional, em 2008, era dominado por quatro grandes grupos portugueses Espírito Santo Viagens, ELOCT, Viagens Abreu e Geostar que concentravam 53% do volume de negócios, mas apenas 26% dos estabelecimentos a operar no mercado. Uma vez efectuada uma análise da situação actual do sector torna-se necessário compreender quais os eixos estratégicos a privilegiar para o desenvolvimento futuro do sector do turismo em Portugal. Neste sector o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) constitui um elemento de enquadramento fundamental. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 5

17 2. Turismo Outlook. O PENT considera que Portugal reune condições e recursos potenciadores do desenvolvimento e consolidação de dez produtos estratégicos, cujo potencial de crescimento futuro (com excepção do Sol e Mar), no mercado do turismo europeu, se situa acima dos 5% ao ano. O City Break é aquele em que se espera um crescimento mais elevado (acima de 3%). Os dois produtos referidos, conjuntamente com o Golfe, o Turismo de Negócios e o Touring Cultural e Paisagístico, continuam a ser a principal motivação dos turistas que chegam a Portugal, havendo, no entanto, outros que se podem revelar oportunidades de afirmação para o país, no panorama turístico, como o Turismo Náutico, o de Saúde e Bem Estar, o de Natureza e a Gastronomia e Vinhos. Evolução do Turismo no mercado europeu (produtos estratégicos para Portugal) Crescimento médio anual previsto entre 2004 e 204 2% 0% Gastronomia e vinhos Turismo Náutico City Break 8% Turismo de Natureza 6% 4% Golfe Saúde e Bem-Estar Turismo de Negócios Touring Cultural e Paisagístico 2% Sol e Mar 0% 0% % 0% 5% 20% 25% 30% Gasto médio ( ) por pessoa/dia (estadia + gastos locais) Valores de gasto médio não disponíveis Peso no total de viagens na Europa (%) procura primária Nota: Para os Resorts Integrados e Turismo Residencial não existe informação sobre o peso no total das viagens na Europa, sabendo-se, no entanto, que cerca de 3 milhões de europeus têm propriedades de alojamento turístico no estrangeiro e que este mercado tem um crescimento previsto de 8-2%/ano. Fontes: PENT, ES Research-Research Sectorial. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 6

18 2. Turismo Outlook. O golfe é um driver de peso do turismo de alta qualidade, aportando valor significativo a um destino e criando sinergias de sucesso com outros produtos turísticos, importante gerador de receitas para um vasto leque de fornecedores de produtos e serviços e indutor de investimentos imobiliários significativos. O Turismo de Golfe, que em 2006 gerou na EMEA receitas directas de EUR 2.7 mil milhões, encontra na Península Ibérica um destino muito popular, em especial em Portugal, que nas duas últimas décadas mais que quadriplicou o número de campos e mais que triplicou o número de jogadores. O golfe criou no país um mercado que gera cerca de EUR.8 mil milhões de receitas, mobiliza 300 mil jogadores e. milhões de dormidas. Tendo em conta os aspectos que mais importância têm para os turistas na escolha de um destino de golfe, Portugal já é hoje reconhecido como um destino obrigatório na oferta mundial de golfe. Concentrando cerca de metade dos campos de golfe existentes no país, o Algarve é o principal destino de golfe nacional e um dos principais a nível mundial. Considerando os vários projectos previstos para os próximos anos, que contemplam campos de golfe, estimam-se significativos investimentos nesta área, sobretudo na região do Alentejo (representa mais de 58% do previsto). No dia 26 de Fevereiro p.p. Portugal oficializou a sua candidatura à organização da Ryder Cup 208, que exigirá um investimento de EUR 40 milhões num período de 2 anos. Embora tendo uma forte ligação histórica e cultural ao mar, e uma posição estratégica em termos geográficos e das principais rotas marítimas mundiais, Portugal não tem explorado as suas potencialidades no mercado europeu e mundial do Turismo Náutico. Portugal dispõe de cerca de 30 marinas (2 mil lugares de amarração), metade das quais galardoadas com bandeira azul, maioritariamente concentradas em Lisboa e no Algarve, onde 50% dos lugares são ocupados por estrangeiros e onde se encontram as que têm maior sucesso turístico. Europa, Médio Oriente e África. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 7

19 2. Turismo Outlook. O PENT define que Portugal deverá ser um destino de referência para cruzeiros na Europa, com os Portos de Lisboa e da Madeira no top 8 europeu. Lisboa já é uma referência nos destinos turísticos internacionais tendo em conta o volume de passageiros, escalas e viagens inaugurais em 2008 foi o 2º maior porto da Europa (em 03 associados da Cruise Europe). O Porto do Funchal passou a ser, em 2009, o que acolheu o maior número de passageiros de cruzeiros no país, ultrapassando Lisboa. Nos próximos anos estão previstos cerca de EUR 484 milhões de investimentos públicos e privados na construção e/ou ampliação de marinas e portos de recreio. Na área do Turismo de Negócios, em 2008, Portugal posicionou-se no 5º lugar do ranking de países onde se realizam mais encontros ICCA, com a organização de 77 eventos, seu melhor registo de sempre e traduzindo uma taxa de crescimento médio anual de 0.4% face a 2000 (muito superior à média mundial de 4.9%). Concentrando mais de metade dos eventos ocorridos no país, Lisboa é a cidade portuguesa com mais visibilidade internacional, colocando-se, actualmente e segunda a ICCA, entre os seis principais destinos mundiais da Meeting Industry. Segundo entidades do sector, o movimento de passageiros que passa anualmente nos aeroportos portugueses valerá cerca de EUR mil milhões, metade dos quais vêm do Turismo de Negócios. Os últimos anos caracterizaram-se por um conjunto de modificações e factores que influenciaram significativamente alguns segmentos de mercado e o sector do turismo, criando novas procuras e novas oportunidades para atrair clientes com interesse e potencial acrescido. A Saúde e Bem Estar, e o turismo associado, é um desses casos, abrindo, para Portugal, novos horizontes, nomeadamente para a revitalização do termalismo (em 3 anos mais cerca de 9 mil pessoas utilizaram as termas nacionais por motivos de Bem Estar e Lazer) e para a sua afirmação enquanto destino de Saúde e Bem Estar. Segundo o estudo da Euromonitor International, o volume de negócios esperado para o Turismo de Saúde e Bem Estar, em Portugal, deverá registar crescimentos médios anuais de cerca de 5% até 203. Nos últimos anos, assistiu-se à realização de vários projectos de investimento nesta área (20 dos quais apoiados pelo Turismo de Portugal), bem como a entrada de marcas de renome internacional no mercado nacional, que potenciam a competitividade do país. International Congress and Convention Association. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 8

20 2. Turismo Outlook. Por último, o presente trabalho procura, no capítulo 0, Comparações internacionais,, Impacto do TGV no sector, e 2, Tendências, políticas e reflexões, perspectivar o peso do sector do turismo na economia portuguesa, utilizando a comparação internacional como elemento de relativização. Simultaneamente, discute-se o modo como investimentos estruturantes, o caso específico do TGV, podem influenciar a concretização, ou pelo contrário prejudicar, de futuras tendências já hoje identificáveis. No que concerne ao peso do Consumo Turístico Interior na economia portuguesa (0.4%, em 2008), ele é idêntico ao verificado em Espanha, superior ao verificado em França e inferior ao verificado na Grécia. Se comparado o peso do sector enquanto exportador de serviços, o valor em Portugal (42.6%, em 2009 P ) é idêntico ao de Espanha e significativamente superior ao de França e da Grécia. O Turismo na economia de Portugal, Espanha, Grécia e França. Portugal Espanha Grécia França Peso do Turismo no PIB (2008) 0.4% 0.5% 8.0% 6.4% Peso do Turismo no emprego (2008) 8.0% 2.6% 6.5% 4.3% a Peso do Turismo nas exportações totais (2009 P ) 4.6% 5.3% 24.6% 0.3% Peso do Turismo nas exportações de serviços (2009 P ) 42.6% 43.3% 38.5% 34.6% Fontes: Eurostat, INE, Turismo de Portugal, INE Espanha, Banco de Espanha, Bank of Greece, Banque de France, INSEE Direction du Tourisme, ES Research-Research Sectorial. As receitas turísticas portuguesas tiveram uma queda, em 2009 P, menos acentuada que as espanholas, as gregas e as francesas. Numa comparação entre as regiões portuguesas e as espanholas salienta-se a melhor performance, na ocupação hoteleira, das regiões Norte, Centro e Alentejo face às suas congéneres espanholas. Consumo Turístico Interior. a Valores de P Provisório. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 9

21 2. Turismo Outlook. A alta velocidade poderá vir a constituir-se um elemento futuro nacional relevante. Recentemente, a Deloitte, em colaboração com a CTP e com o apoio do CISEP 2, elaborou para a RAVE 3, um estudo cujo objectivo era analisar, qualitativa e quantitativamente, os impactos do Transporte Ferroviário de Alta Velocidade no turismo nacional. Naquele referem-se como oportunidades, resultantes da introdução da Alta Velocidade: a ampliação do mercado turístico potencial, o aumento do número de viagens/visitantes e o aumento da atractividade e da competitividade do destino Portugal. O Turismo de Negócios e o City Breaks são os produtos em que é expectável um maior impacto e, ao nível das regiões, destacam-se a Grande Lisboa, o Algarve e o Grande Porto. Numa perspectiva conservadora 4, para 2030, e tendo em conta os valores de partida (2006), os impactos situar-se-ão: ao nível do VAGT mais EUR 250 milhões; ao nível do emprego mais 6.3 mil postos de trabalho e ao nível das dormidas mais 0.8 milhões. Numa perspectiva optimista 5 aqueles valores passam para: mais EUR 935 milhões, mais 6. mil postos de trabalho e mais 3.2 milhões de dormidas. Elementos aportadores de maior competitividade ao sector sendo decisivos no contexto internacional com que hoje os operadores se confrontam, os tradicionais destinos turísticos mundiais enfrentam, hoje, um conjunto de novas realidades (novos destinos, novas exigências dos consumidores, mais alternativas para os turistas) que implicam uma visão para o futuro assente em aspectos imprescindíveis como a sustentabilidade, a inovação, a flexibilidade, a diversificação, a formação do pessoal, a Economia Verde ou o online. Vários factores contribuíram para a alteração das tendências e padrões de consumo que hoje gravitam em torno de aspectos como: menos gastos (sobretudo naquilo que é considerado acessório), proximidade (destinos mais próximos), optimização de preços (em viagens e alojamento), last minute booking, escolhas em função das experiências desejadas (tailored packages), lazer-negócio, sensibilidade à opinião, satisfação plena sempre com o mesmo factor determinante QUALIDADE DE SERVIÇO. Confederação do Turismo de Portugal. 2 Centro de Investigação sobre a Economia Portuguesa. 3 Rede de Alta Velocidade. 4 Com crescimento da procura portuguesa a 0.% ao ano e da espanhola a %/ano. 5 Com crescimento da procura portuguesa de 0.5% ao ano e da espanhola a 3%/ano. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

22 2. Turismo Outlook. O poder das novas tecnologias aplicadas ao sector é uma realidade com impactos relevantes a internet dá novas possibilidades aos turistas, oportunidades a novos destinos e negócios e exige soluções inovadoras, novos modelos de negócio e de oferta por parte dos diversos agentes (entre 2000 e 2005, as receitas do turismo online, na Europa, multiplicaram-se por dez). Os chamados mercados emergentes (China, Índia e Brasil) destacam-se, pela performance apresentada nos últimos anos, com perspectivas de continuidade, quer em turismo doméstico, quer em outbound. Na bacia do Mediterrâneo destacam-se a Croácia, Marrocos, Egipto e Turquia, a concorrer com destinos mais consolidados como Espanha, Grécia ou Portugal a Turquia, que em 2000 tinha menos turistas que Portugal, já tem mais do dobro (em cinco anos duplicou o número de turistas) e o Egipto também já ultrapassou o nosso país. A situação económica, financeira e social mundial vivida nos últimos tempos afectaram de forma significativa a actividade turística em Espanha e Portugal por via da forma mais profunda com que os seus principais mercados emissores foram atingidos. A aposta no Turismo Interno (alargado à vizinha Espanha), a diversificação de mercados emissores (nomeadamente para os mercados emergentes) e o plano de apoios financeiros às empresas do sector com condições especiais foram algumas das medidas adoptadas por Portugal. Considerando o turismo um dos três eixos da política económica, o Governo pretende seguir 5 linhas estratégicas para o sector: criação de uma linha específica para o Turismo no QREN, a captação de grandes investimentos internacionais, a aposta na qualificação, o reforço da captação turística com apoio a eventos e a aposta na gastronomia e no Turismo Sénior. O Turismo, e a constelação de actividades do Turismo, apresentam-se, assim, como um conjunto de actividades fundamentais para responder ao desafio de viabilizar economica e politicamente a economia e a sociedade portuguesas, nos actuais e futuros contextos de acelerada transformação, um elemento catalizador e organizador da transformação nos diferentes segmentos da actividade económica. Os outros são a Floresta e a Energia. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio 200 2

23 Turismo Caracterização e oportunidades de negócio. Sumário executivo Turismo Outlook O Turismo mundial Portugal no Turismo Mundial O Turismo na Economia Portuguesa Organização Institucional do Turismo e mecanismos de apoio ao sector Mercado turístico nacional Principais players do sector Oportunidades de negócio Comparações internacionais Impacto do TGV no sector Tendências, políticas e reflexões Anexos...57 Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

24 3. O Turismo Mundial evolução histórica. O significativo crescimento do turismo nas ultimas décadas tornaram-no um dos fenómenos socioeconómicos mais marcantes dos últimos tempos. As chegadas internacionais de turistas passaram, de cerca de 25 milhões, em 950, para 922 milhões em 2008, o correspondente a um crescimento médio anual de 6.4%. Neste período, o crescimento foi particularmente forte nas regiões da Ásia e Pacífico (TCMA=2.5%) e do Médio Oriente (TCMA=0.2%). A Europa continua a ser a principal região de destino dos turistas mundiais, tendo, contudo, vindo a perder peso no total mundial (66% em 950 versus 53% em 2008) e, enquanto região mais madura, registou uma evolução mais moderada (6%). Chegadas internacionais de turistas, (Milhões) Europa Ásia e Pacífico Américas Médio Oriente África TCMA = 6.4% Fontes: World Tourism Organization, ES Research-Research Sectorial. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

25 3. O Turismo Mundial evolução recente (I). Entre 2004 e 2008, e depois de um período de alguma dificuldade face aos efeitos, entre outros, dos atentados do de Setembro de 200 e dos conflitos do Iraque, o turismo mundial registou crescimentos médios consecutivos na ordem dos 6% e permitiu a criação de cerca de 27 milhões de empregos. O Médio Oriente, a África e a Ásia e Pacífico foram as regiões com melhor performance, em oposição aos tradicionais mercados da Europa e das Américas. As economias emergentes, em particular, mostram-se verdadeiros motores de crescimento do turismo à medida que o crescimento nas regiões emergentes tem vindo a aumentar, o share destas nas chegadas internacionais de turistas aumenta também, tendo este passado de 3% em 990 para 45% em Chegadas internacionais de turistas, 2000, 2004 e 2008 (Milhões) TCMA = 2.8% Fontes: World Tourism Organization, ES Research-Research Sectorial Médio Oriente África Américas Ásia e Pacífico Europa TCMA = 6.6% TCMA =.7% TCMA = 0.4% TCMA = 6.7% Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

26 3. O Turismo Mundial evolução recente (II). O ano de 2008 representou um crescimento de apenas 2%, face ao ano anterior, para o turismo mundial, muito por força dos resultados alcançados ainda durante o primeiro semestre (5%), dado que na segunda metade do ano a actividade foi fortemente afectada pela instabilidade económica e financeira vivida a nível mundial. Embora todas as regiões tenham registado resultados positivos, a Europa, tendo estagnado, assumiu o pior desempenho, enquanto o Médio Oriente apresentou um espectacular crescimento de 8% e África de 4%. Em 2009, África foi a região que melhor resistiu aos efeitos adversos que o sector enfrentou, com o Norte de África e a África Subsariana a serem as únicas subregiões a registarem crescimentos positivos no primeiro e segundo semestres. No último trimestre de 2009 verificou-se uma recuperação na maioria das regiões (com excepção da Europa), nomeadamente no Médio Oriente e Ásia e Pacífico. Em Dezembro, África, Médio Oriente e Ásia e Pacífico registaram variações de 8.5%, 6.6% e 5.7%, respectivamente, face ao homólogo de Chegadas internacionais de turistas, variação em períodos homólogos (Percentagens) ºTrim08 4ºTrim08 ºTrim09 2ºTrim09 Jul/09 Ago/09 Dez/09 2 Médio Oriente África Américas Mundo Ásia e Pacífico Europa Fontes: World Tourism Organization, ES Research-Research Sectorial. Valor mensal. 2 Valor anual. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

27 3. O Turismo Mundial peso na economia mundial. De acordo com as previsões do World Travel & Tourism Council (WTTC), em 200, o sector do turismo representará cerca de 9.2% do PIB mundial (USD 5 75 mil milhões), 8.% do emprego total (235 milhões de pessoas) e 6.% das exportações totais (USD 086 mil milhões). Enquanto sector exportador, o turismo representa cerca de 30% das exportações mundiais de serviços. América do Norte PIB: 9.4 Emprego: 0.8 Exportações: 7. Caraíbas PIB: 2.3 Emprego: 0.8 Exportações: 5.7 Peso do sector do turismo na economia mundial, 200 P (Percentagens) Europa Leste e Central UE-27 PIB: 9.5 Emprego: 0.3 Exportações: 6.2 Médio Oriente Norte de África PIB:.0 Emprego: 0.3 Exportações: 2.3 PIB: 0. Emprego: 9.6 Exportações: 6.8 PIB: 7.4 Emprego: 6.2 Exportações: 6.5 Ásia (Nordeste) PIB: 9. Emprego: 7.8 Exportações: 3.5 Mundo PIB: 9.2 Emprego: 8. Exportações: 6. América Latina PIB: 6.2 Emprego: 6.0 Exportações: 5.3 Oceânia PIB:.2 Emprego: 3.7 Exportações: 4.2 P Previsões. Fontes: World Travel & Tourism Council, ES Research-Research Sectorial. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

28 3. O turismo mundial destinos e receitas turísticas. Ao analisarmos o ranking mundial dos destinos e das receitas turísticas, podemos observar que, em 2008, oito dos países que fazem parte do top 0 constam em ambos os indicadores. Os três primeiros destinos turísticos mundiais (França, EUA e Espanha) são também os principais mercados em termos de receitas, embora ordenados de forma diferente (EUA, Espanha e França). Os EUA recuperaram, em 2008, o lugar perdido para a Espanha (em 200) enquanto destino turístico, mas esta continua a ser o segundo mercado turístico com mais receitas turísticas em todo o mundo e o primeiro da Europa. A China mantém o quarto lugar conquistado à Itália em O top 0 das receitas turísticas representa cerca de 49% do total mundial (USD 944 mil milhões), sendo o seu share nas chegadas internacionais de turistas de 45%. Top 0 mundial de destinos turísticos, 2000, 2007 e 2008 E (Milhões, percentagens) Top 0 mundial das receitas turísticas, 2006, 2007 e 2008 E (USD mil milhões, percentagens) Ranking País França EUA 5.2 Espanha 47.9 China 3.2 Itália 4.2 Reino Unido 23.2 Ucrânia 6.4 Turquia 9.6 Alemanha 9.0 México 20.6 Turistas (Milhões) E Quota (%) TCMA (%) Var (%) Ranking País 2006 EUA 85.7 Espanha 5. França 46.3 Itália 38. China 33.9 Alemanha 32.8 Reino Unido 33.7 Austrália 7.8 Turquia 6.9 Áustria 6.6 Receitas (USD mil milhões) E Quota (%) Var (%) Var (%) E Estimativa. Fontes: World Tourism Organization, ES Research-Research Sectorial. Turismo Caracterização e Oportunidades de Negócio Maio

TURISMO EM PORTUGAL Turismo em Portugal 2018

TURISMO EM PORTUGAL Turismo em Portugal 2018 TURISMO EM PORTUGAL 2018 1 Turismo em Portugal 2018 SALES PORTUGAL BY REGION Resultados internacionais. 14.º destino mais competitivo do mundo 17.ª posição mundial em chegada de turistas 2017 21.ª posição

Leia mais

Actividade Turística Outubro de 2010

Actividade Turística Outubro de 2010 Actividade Turística Outubro de 2010 10 de Dezembro de 2010 Hotelaria com evolução favorável - dormidas e proveitos crescem em Outubro No mês de Outubro de 2010, a hotelaria em Portugal registou 3,4 milhões

Leia mais

Hotelaria com resultados positivos nas dormidas e negativos nos proveitos

Hotelaria com resultados positivos nas dormidas e negativos nos proveitos Actividade Turística Março de 2010 10 de Maio de 2010 Hotelaria com resultados positivos nas dormidas e negativos nos proveitos No mês de Março de 2010, os estabelecimentos hoteleiros registaram 2,5 milhões

Leia mais

Cristina Siza Vieira, Presidente da Direção Executiva. AHP, 3 de dezembro de 2014

Cristina Siza Vieira, Presidente da Direção Executiva. AHP, 3 de dezembro de 2014 Cristina Siza Vieira, Presidente da Direção Executiva AHP, 3 de dezembro de 2014 OMT PORTUGAL 2017 17º (18ª EM 2016) EM CHEGADAS DE TURISTAS 21º (25ª EM 2016) EM RECEITAS TURÍSTICAS Cristina Siza Vieira,

Leia mais

Hotelaria com aumentos nas dormidas e proveitos

Hotelaria com aumentos nas dormidas e proveitos Atividade Turística Junho 2013 14 de agosto de 2013 Hotelaria com aumentos nas dormidas e proveitos A hotelaria registou 4,4 milhões de dormidas em junho de 2013, mais 8,6% do que em junho de 2012. Para

Leia mais

Atividade Turística manteve resultados positivos em 2015

Atividade Turística manteve resultados positivos em 2015 Estatísticas do Turismo 2015 28 de julho de 2016 Atividade Turística manteve resultados positivos em 2015 Segundo os dados mais recentes publicados pela Organização Mundial de Turismo, as chegadas de turistas

Leia mais

Hotelaria com resultados positivos

Hotelaria com resultados positivos Actividade Turística Março de 2011 12 de Maio de 2011 Hotelaria com resultados positivos No mês de Março de 2011 os estabelecimentos hoteleiros apresentaram 2,6 milhões de dormidas, mais 6,3% do que no

Leia mais

Hotelaria mantém evolução positiva nas dormidas mas negativa nos proveitos

Hotelaria mantém evolução positiva nas dormidas mas negativa nos proveitos 13 de dezembro de 2012 Atividade Turística Outubro de 2012 Hotelaria mantém evolução positiva nas dormidas mas negativa nos proveitos Os estabelecimentos hoteleiros registaram 3,5 milhões de dormidas em

Leia mais

Hotelaria com decréscimo nas dormidas e estabilização nos proveitos

Hotelaria com decréscimo nas dormidas e estabilização nos proveitos Actividade Turística Junho de 2010 09 de Agosto de 2010 Hotelaria com decréscimo nas dormidas e estabilização nos proveitos No mês de Junho de 2010, os estabelecimentos hoteleiros registaram 3,5 milhões

Leia mais

Hotelaria com acréscimos nas dormidas e decréscimos nos proveitos

Hotelaria com acréscimos nas dormidas e decréscimos nos proveitos Actividade Turística Janeiro de 2010 12 de Março de 2010 Hotelaria com acréscimos nas dormidas e decréscimos nos proveitos Em Janeiro de 2010, os estabelecimentos hoteleiros apresentaram 1,7 milhões de

Leia mais

BALANÇO & PERSPETIVAS HOTELARIA MARÇO BTL 18. Cristina Siza Vieira, AHP, 3 de dezembro de 2014

BALANÇO & PERSPETIVAS HOTELARIA MARÇO BTL 18. Cristina Siza Vieira, AHP, 3 de dezembro de 2014 BALANÇO & PERSPETIVAS HOTELARIA 2017-18 1 MARÇO BTL 18 Cristina Siza Vieira, CRISTINA Presidente SIZA da Cristina Direção VIEIRA Siza Executiva Vieira AHP Associação Associação da Hotelaria da Hotelaria

Leia mais

Hotelaria continua a apresentar resultados positivos

Hotelaria continua a apresentar resultados positivos Actividade Turística Maio de 2011 12 de Julho de 2011 Hotelaria continua a apresentar resultados positivos No mês de Maio de 2011 os estabelecimentos hoteleiros registaram 3,6 milhões de dormidas, o que

Leia mais

indicadores boletim trimestral - n.º 3 - dezembro 2013 algarve conjuntura turística

indicadores boletim trimestral - n.º 3 - dezembro 2013 algarve conjuntura turística boletim trimestral - n.º 3 - dezembro 2013 algarve conjuntura turística indicadores 1. Movimento de passageiros no aeroporto de Faro 1.1. Número total de passageiros 1.2. Movimento de passageiros por país

Leia mais

Exportações de turismo: desenvolvimentos recentes e perspetivas futuras. (Tema em Destaque Boletim Económico Dezembro 2018)

Exportações de turismo: desenvolvimentos recentes e perspetivas futuras. (Tema em Destaque Boletim Económico Dezembro 2018) Exportações de turismo: desenvolvimentos recentes e perspetivas futuras (Tema em Destaque Boletim Económico Dezembro 2018) Motivação Arelevânciacrescentedasexportações de turismo para a economia portuguesa

Leia mais

HOTELARIA BALANÇO & PERSPETIVAS

HOTELARIA BALANÇO & PERSPETIVAS 17 DE DEZEMBRO 2018 HOTELARIA BALANÇO & PERSPETIVAS Cristina Siza Vieira, CRISTINA Presidente SIZA da Direção VIEIRA Executiva AHP Associação da Hotelaria de Portugal APRESENTAÇÃO À IMPRENSA CRISTINA SIZA

Leia mais

Hóspedes do estrangeiro compensam redução de dormidas pelos residentes

Hóspedes do estrangeiro compensam redução de dormidas pelos residentes Atividade Turística Fevereiro 2013 16 de Abril de 2013 Hóspedes do estrangeiro compensam redução de dormidas pelos residentes As dormidas na hotelaria atingiram 1,9 milhões, o que correspondeu a uma variação

Leia mais

Dormidas crescem 2,9% em 2010, com destaque para os mercados italiano, espanhol e holandês

Dormidas crescem 2,9% em 2010, com destaque para os mercados italiano, espanhol e holandês 08 de Fevereiro de 2011 Actividade Turística Dezembro de 2010 Dormidas crescem 2,9% em 2010, com destaque para os mercados italiano, espanhol e holandês Em Dezembro de 2010 a hotelaria registou 1,7 milhões

Leia mais

Hóspedes, dormidas e proveitos mantêm crescimento significativo

Hóspedes, dormidas e proveitos mantêm crescimento significativo Atividade Turística Julho de 20 15 de setembro de 20 Hóspedes, dormidas e proveitos mantêm crescimento significativo A hotelaria registou 5,8 milhões de dormidas em julho de 20, valor correspondente a

Leia mais

1. Movimento de Passageiros no Aeroporto de Faro 1.1. Movimento total de passageiros 1.2. Movimento de passageiros por país de origem

1. Movimento de Passageiros no Aeroporto de Faro 1.1. Movimento total de passageiros 1.2. Movimento de passageiros por país de origem 1. Movimento de Passageiros no Aeroporto de Faro 1.1. Movimento total de passageiros 1.2. Movimento de passageiros por país de origem 2. Hóspedes 2.1. Número total de hóspedes 2.2. Hóspedes por tipologia

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de fevereiro 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE

Leia mais

Cristina Siza Vieira AHP Associação da Hotelaria de Portugal

Cristina Siza Vieira AHP Associação da Hotelaria de Portugal Cristina Siza Vieira AHP Associação da Hotelaria de Portugal European Cities Hotel Forecast for 2016 and 2017 PORTO Palacete dos Viscondes de Balsemão 17 de maio 2016 AHP TOURISM MONITORS Plataforma da

Leia mais

movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas hóspedes estada média taxas ocupação proveitos médios balança turística

movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas hóspedes estada média taxas ocupação proveitos médios balança turística Variações entre os valores anuais de 2005 e 2006: +4,2% no movimento de passageiros desembarcados de voos internacionais clássicos; +38,6% movimento de passageiros desembarcados de voos low-cost; -0,8%

Leia mais

T U R I S M O E M N Ú M E R O S

T U R I S M O E M N Ú M E R O S HÓSPEDES, DORMIDAS, PROVEITOS E REVPAR em CAMA em apartamentos turísticos QUARTO em hoteleiros Fonte: Turismo de Portugal FLUXOS NOS AEROPORTOS Fonte: ANA Aeroportos de Portugal FLUXOS NOS PORTOS MARÍTIMOS

Leia mais

T U R I S M O E M N Ú M E R O S

T U R I S M O E M N Ú M E R O S HÓSPEDES, DORMIDAS, PROVEITOS E REVPAR CAMA em apartamentos turísticos QUARTO em hoteleiros Fonte: Turismo de Portugal FLUXOS NOS AEROPORTOS Fonte: ANA Aeroportos de Portugal FLUXOS NOS PORTOS MARÍTIMOS

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de junho 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE

Leia mais

TURISMO EM FOCO 2005 A 28 de Junho de 2010 perdeu 1,8 milhões de dormidas entre 2007 e Depois de, entre 2005 e 2007, ter apresentado uma tendência de crescimento nos números de dormidas e de hóspedes,

Leia mais

FICHA TÉCNICA. Presidente António dos Reis Duarte

FICHA TÉCNICA. Presidente António dos Reis Duarte FICHA TÉCNICA Presidente António dos Reis Duarte Editor Instituto Nacional de Estatística Direcção de Contas Nacionais, Estatísticas Económicas e dos Serviços Divisão de Estatísticas do Turismo Av. Cidade

Leia mais

Dormidas em janeiro de 2017 aumentaram 12,6%, principalmente devido aos residentes no estrangeiro (+17,6%)

Dormidas em janeiro de 2017 aumentaram 12,6%, principalmente devido aos residentes no estrangeiro (+17,6%) 15 de março de 2017 Atividade Turística Janeiro de 2017 Dormidas em janeiro de 2017 aumentaram 12,6%, principalmente devido aos residentes no estrangeiro (+17,6%) A hotelaria registou 984,6 mil hóspedes

Leia mais

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA ANÁLISES DESTA EDIÇÃO DADOS DE FEVEREIRO 2014 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA ANÁLISES DESTA EDIÇÃO DADOS DE FEVEREIRO 2014 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO DO TURISMO DE LISBOA DADOS DE FEVEREIRO ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO Os dados contidos

Leia mais

Hotelaria mantém resultados negativos nas dormidas e proveitos

Hotelaria mantém resultados negativos nas dormidas e proveitos Actividade Turística Novembro de 2009 15 de Janeiro de 2010 Hotelaria mantém resultados negativos nas dormidas e proveitos Em Novembro de 2009, os estabelecimentos hoteleiros registaram cerca de dois milhões

Leia mais

Hotelaria com resultados negativos nos principais indicadores

Hotelaria com resultados negativos nos principais indicadores 15 de maio de 2012 Atividade Turística Março de 2012 Hotelaria com resultados negativos nos principais indicadores Os estabelecimentos hoteleiros registaram 2,5 milhões de dormidas em março de 2012, menos

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de fevereiro 2019 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de abril 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE

Leia mais

Hotelaria: Balanço & Perspetivas. Cristina Siza Vieira Presidente Executiva

Hotelaria: Balanço & Perspetivas. Cristina Siza Vieira Presidente Executiva Hotelaria: Balanço & Perspetivas Cristina Siza Vieira Presidente Executiva The Vintage Lisboa 22 de junho de 2016 AGENDA 1 BALANÇO DO 1º QUADRIMESTRE 2016 2 PERSPETIVAS VERÃO 2016 3 GRANDES EVENTOS IMPACTO

Leia mais

Caderno de Economia e Negócios AHRESP

Caderno de Economia e Negócios AHRESP Caderno de Economia e Negócios AHRESP Nº5 NOVEMBRO 2017 Av. Duque de Ávila, 75, 1049-011 Lisboa 213 527 060 www.ahresp.com AHRESP A Sua rede de INFORMAÇÃO Nº5_NOVEMBRO ÍNDICE DESTAQUE ESTE MÊS Emprego:

Leia mais

Análise Regional 2016

Análise Regional 2016 Análise Regional Portugal Em, o Algarve consolidou o 1.º lugar no ranking regional com 18,1 milhões de dormidas (34% de quota no País) e uma subida de 9,0% (+1.490,4 mil dormidas), face a 2015. Lisboa

Leia mais

Caderno de Economia e Negócios AHRESP

Caderno de Economia e Negócios AHRESP Caderno de Economia e Negócios AHRESP Nº6 DEZEMBRO 2017 Av. Duque de Ávila, 75, 1049-011 Lisboa 213 527 060 www.ahresp.com AHRESP A Sua rede de INFORMAÇÃO Nº6_dezembro 2017 ÍNDICE DESTAQUE ESTE MÊS Receitas

Leia mais

Dormidas de não residentes continuaram em crescimento

Dormidas de não residentes continuaram em crescimento Atividade Turística Junho de 2015 14 de agosto de 2015 Dormidas de não residentes continuaram em crescimento A hotelaria registou 5,0 milhões de dormidas em junho de 2015, a que corresponde um aumento

Leia mais

INQUÉRITO BALANÇO PERSPETIVAS NUTS II

INQUÉRITO BALANÇO PERSPETIVAS NUTS II INQUÉRITO BALANÇO 2016 - PERSPETIVAS 2017- NUTS II Balanço 2016 Taxa de ocupação quarto Preço médio por quarto vendido 7% 17% 1 16% 1 7% 3% 7% 2 7 7 73% 81% 93% 91% 100% 8 8 82% 76% 86% 100% 82% NORTE

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de março 2019 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de março 2015 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS evolução

Leia mais

boletim trimestral - n.º 1 - junho 2013 algarve conjuntura turística

boletim trimestral - n.º 1 - junho 2013 algarve conjuntura turística boletim trimestral - n.º 1 - junho 2013 algarve conjuntura turística indicadores 1. Movimento de passageiros no aeroporto de Faro 1.1. Movimento total de passageiros 1.2. Passageiros desembarcados por

Leia mais

Hotelaria com melhoria nos principais resultados

Hotelaria com melhoria nos principais resultados 10 de Agosto de 2011 Actividade Turística Junho de 2011 Hotelaria com melhoria nos principais resultados No mês de Junho de 2011, a hotelaria apresentou quatro milhões de dormidas, mais 13% do que no mês

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de janeiro 2019 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

Conta Satélite do Turismo ( ) 1

Conta Satélite do Turismo ( ) 1 Conta Satélite do Turismo (2005-2007) 1 21 de Dezembro de 2007 ACTIVIDADE TURÍSTICA RETOMA EM 2006 E 2007 RITMOS DE CRESCIMENTO ELEVADOS, SUPERIORES AO DO CONJUNTO DA ECONOMIA Após o abrandamento registado

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de dezembro 2017 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

Dormidas de campistas com tendências distintas entre e 2005 e 2009

Dormidas de campistas com tendências distintas entre e 2005 e 2009 TURISMO EM FOCO Setembro 2010 27 de Setembro de 2010 ACTIVIDADE TURÍSTICA NOS PARQUES DE CAMPISMO PERÍODO 2005 A Dormidas de campistas com tendências distintas entre e 2005 e A actividade turística nos

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de dezembro 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

Análise Regional dezembro 2015

Análise Regional dezembro 2015 Portugal Em, o Algarve voltou a liderar o País com 16,6 milhões de dormidas (34% de quota no País) e cresceu 2,7% face a 2014. Lisboa posicionou-se no 2.º lugar com 12,3 milhões de dormidas e assinalou,

Leia mais

Estatísticas do Turismo 2001

Estatísticas do Turismo 2001 Informação à Comunicação Social 29 de Agosto de 22 Estatísticas do Turismo 21 Estando disponível na Internet a publicação Estatísticas do Turismo 21, o INE apresenta os principais resultados referentes

Leia mais

ARTIGOS GPEARI-MFAP. Economia dos EUA e Comparação com os períodos de 1990-1991 e 2000 2001. Clara Synek * Resumo

ARTIGOS GPEARI-MFAP. Economia dos EUA e Comparação com os períodos de 1990-1991 e 2000 2001. Clara Synek * Resumo ARTIGOS GPEARI-MFAP Abril, ART/ Economia dos EUA e Comparação com os períodos de - e Clara Synek * Resumo O actual período de abrandamento da economia dos EUA, iniciado em e previsto acentuar-se no decurso

Leia mais

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA. desta edição. Dados da Hotelaria Cidade de Lisboa Grande Lisboa Região de Lisboa. Índice Lisboa (VTQD-96): 1200

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA. desta edição. Dados da Hotelaria Cidade de Lisboa Grande Lisboa Região de Lisboa. Índice Lisboa (VTQD-96): 1200 DO TURISMO DE LISBOA DADOS março RECUPERAÇÃO Durante o mês de Março, os principais indicadores da hotelaria na Cidade, Grande Lisboa e Região, começaram a indicar sinais moderadamente positivos para o

Leia mais

movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas estada média taxas de ocupação proveitos médios/dormida receitas do turismo

movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas estada média taxas de ocupação proveitos médios/dormida receitas do turismo movimentos aéreos movimentos marítimos dormidas estada média taxas de ocupação proveitos médios/dormida receitas do turismo Em Fevereiro de, o número de passageiros desembarcados de voos internacionais

Leia mais

Portugal - o turismo reforça o seu peso económico

Portugal - o turismo reforça o seu peso económico E.E.F. Mercados Financeiros Setembro 217 Portugal - o turismo reforça o seu peso económico O turismo já está a bater novos recordes em 217 A tendência do turismo mundial continua crescente e Portugal tem

Leia mais

INQUÉRITO Balanço perspetivas 2019

INQUÉRITO Balanço perspetivas 2019 INQUÉRITO Balanço 2018 - perspetivas 2019 BALANÇO 2018 Balanço 2018 MELHOR IGUAL 19% 4 4 considera que a taxa de ocupação quarto foi melhor em 2018 e 36% considera que foi pior PIOR 36% Como avalia a taxa

Leia mais

AHP TOURISM MONITORS DEZEMBRO DE REFLETE ABRANDAMENTO DA TAXA DE OCUPAÇÃO COM ASSIMETRIAS NOS VÁRIOS DESTINOS

AHP TOURISM MONITORS DEZEMBRO DE REFLETE ABRANDAMENTO DA TAXA DE OCUPAÇÃO COM ASSIMETRIAS NOS VÁRIOS DESTINOS Lisboa, 21 de fevereiro 2019 AHP TOURISM MONITORS DEZEMBRO DE 2018 2018 REFLETE ABRANDAMENTO DA TAXA DE OCUPAÇÃO COM ASSIMETRIAS NOS VÁRIOS DESTINOS CRESCIMENTO DOS MERCADOS AMERICANO E BRASILEIRO E QUEBRA

Leia mais

PÁGINA 05 PÁGINA 07 PÁGINA 09 PÁGINA 11 ÍNDICE

PÁGINA 05 PÁGINA 07 PÁGINA 09 PÁGINA 11 ÍNDICE ÍNDICE PÁGINA 05 PÁGINA 07 A economia deverá manter uma trajetória de recuperação em 2017 com com um aumento de 1,3% do PIB e uma descida de 1,1 pontos percentuais na taxa de desemprego. A maior incerteza

Leia mais

2012 % Abs / % Abs /11

2012 % Abs / % Abs /11 PORTUGAL LISBOA % Abs. 12/11 % Abs. 12/11 13.876,7-0,8-116,0 100,0 1. Hóspedes (milhares) 4.127,6 2,5 102,3 100,0 6.187,3-6,0-393,2 44,6-2,4 1.1. hóspedes de Portugal 1.418,1-2,1-31,1 34,4-1,6 7.689,4

Leia mais

Quebras de Produção Intensificam-se

Quebras de Produção Intensificam-se Associações Filiadas: AECOPS Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas ANEOP Associação Nacional dos Empreiteiros

Leia mais

Alojamento turístico mantém resultados significativos, em particular nos proveitos

Alojamento turístico mantém resultados significativos, em particular nos proveitos Estatísticas do Turismo 2017 03 de agosto de 2018 Alojamento turístico mantém resultados significativos, em particular nos proveitos Segundo dados da Organização Mundial de Turismo, em 2017 ocorreram 1

Leia mais

Análise da geografia da vulnerabilidade e da mudança no sector do turismo português

Análise da geografia da vulnerabilidade e da mudança no sector do turismo português Análise da geografia da vulnerabilidade e da mudança no sector do turismo português Raquel Antunes, João Lutas Craveiro Núcleo de Estudos Urbanos e Territoriais LNEC Laboratório Nacional de Engenharia

Leia mais

Atividade na hotelaria com abrandamento desde o início do ano, em termos acumulados

Atividade na hotelaria com abrandamento desde o início do ano, em termos acumulados 15 de junho de 2018 Atividade Turística Abril de 2018 Atividade na hotelaria com abrandamento desde o início do ano, em termos acumulados Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,8 milhões

Leia mais

Atividade na hotelaria prossegue em crescimento

Atividade na hotelaria prossegue em crescimento 13 de abril de 2018 Atividade Turística Fevereiro de 2018 Atividade na hotelaria prossegue em crescimento Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,2 milhões de hóspedes e 2,9 milhões de

Leia mais

Dormidas de não residentes continuaram em decréscimo

Dormidas de não residentes continuaram em decréscimo 17 de setembro de 2018 Atividade Turística Julho de 2018 Dormidas de não residentes continuaram em decréscimo Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 2,2 milhões de hóspedes e 6,7 milhões

Leia mais

Actividade Turística 2009 (dados preliminares)

Actividade Turística 2009 (dados preliminares) 1177 DDEE MAARRÇÇOO DDEE 22000099 Actividade Turística 2009 (dados preliminares) Hotelaria com decréscimos nos principais indicadores Em Janeiro de 2009, os estabelecimentos hoteleiros registaram 1,7 milhões

Leia mais

16 de março de 2016 ATIVIDADE TURÍSTICA

16 de março de 2016 ATIVIDADE TURÍSTICA 16 de março de 2016 ATIVIDADE TURÍSTICA janeiro 2016 Na Região Autónoma dos Açores, no mês de janeiro, os estabelecimentos hoteleiros registaram 57,2 mil dormidas, representando um acréscimo homólogo de

Leia mais

Hotelaria mantém evolução global desfavorável

Hotelaria mantém evolução global desfavorável 12 de Abril de 2011 Actividade Turística Fevereiro de 2011 Hotelaria mantém evolução global desfavorável No mês de Fevereiro de 2011 os estabelecimentos hoteleiros registaram 1,9 milhões de dormidas, valor

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de agosto 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de maio ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE SHOPPING

Leia mais

Turismo bate recordes tanto na entrada de hóspedes como nos proveitos obtidos. Não Residentes +11.7%

Turismo bate recordes tanto na entrada de hóspedes como nos proveitos obtidos. Não Residentes +11.7% nota informativa Portugal Turismo março 2018 Turismo bate recordes tanto na entrada de hóspedes como nos proveitos obtidos Os resultados do turismo em Portugal não podiam ser melhores em 2017, tendo sido

Leia mais

Portugal - BALANÇA CORRENTE

Portugal - BALANÇA CORRENTE Portugal - BALANÇA CORRENTE ANÁLISE DA RECENTE EVOLUÇÃO Janeiro 2018, a partir dos dados do Banco de Portugal ÍNDICE 1. Balança corrente Principais componentes Exportações e importações de bens e serviços

Leia mais

INQUÉRITO Balanço perspetivas 2018

INQUÉRITO Balanço perspetivas 2018 INQUÉRITO Balanço 2017- perspetivas 2018 BALANÇO 2017 Balanço 2017 MELHOR IGUAL 16% 74% 74% considera que a taxa de ocupação quarto foi melhor em 2017 PIOR 7% Como avalia a taxa de ocupação quarto e preço

Leia mais

indicadores 1. Hóspedes 2.1. Número total de hóspedes 2.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 2.3. Hóspedes por país de origem

indicadores 1. Hóspedes 2.1. Número total de hóspedes 2.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 2.3. Hóspedes por país de origem boletim trimestral - n.º 5 - julho 2014 algarve conjuntura turística indicadores 1. Hóspedes 2.1. Número total de hóspedes 2.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 2.3. Hóspedes por país de origem 2.

Leia mais

Desaceleração nos principais indicadores da hotelaria

Desaceleração nos principais indicadores da hotelaria Atividade Turística Janeiro de 2018 15 de março de 2018 Desaceleração nos principais indicadores da hotelaria Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,0 milhões de hóspedes e 2,5 milhões

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de julho ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE SHOPPING

Leia mais

Conjuntura da Construção n.º 32. Apesar do dinamismo observado nas Obras Públicas, Dados do INE confirmam crise grave na Construção

Conjuntura da Construção n.º 32. Apesar do dinamismo observado nas Obras Públicas, Dados do INE confirmam crise grave na Construção Associações Filiadas: AECOPS Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas ANEOP Associação Nacional dos Empreiteiros

Leia mais

Aumento significativo das dormidas e proveitos

Aumento significativo das dormidas e proveitos 15 de abril de 2016 Atividade Turística Fevereiro de 2016 Aumento significativo das dormidas e proveitos A hotelaria registou 989,9 mil hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em fevereiro de 2016, equivalendo

Leia mais

Resultados preliminares de 2017: crescimentos de 8,9% nos hóspedes e 7,4% nas dormidas

Resultados preliminares de 2017: crescimentos de 8,9% nos hóspedes e 7,4% nas dormidas Atividade Turística 14 de ereiro de 2018 Dezembro de 2017 Resultados preliminares de 2017: crescimentos de 8,9% nos hóspedes e 7,4% nas dormidas A hotelaria registou 1,2 milhões de hóspedes e 2,7 milhões

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de julho 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

Bélgica Dezembro Mercado em números

Bélgica Dezembro Mercado em números Dezembro 2017 Mercado em números Designação oficial: Reino da Capital: Bruxelas Localização: Europa Ocidental Fronteiras terrestres: 1.297 km com a Alemanha (133 km), França (556 km), Holanda (478 km)

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de janeiro 2016 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE

Leia mais

Alojamento turístico acelera crescimento em 2016

Alojamento turístico acelera crescimento em 2016 Estatísticas do Turismo 2016 04 de agosto de 2017 Alojamento turístico acelera crescimento em 2016 De acordo com a Organização Mundial de Turismo, em 2016 registaram-se 1,2 mil milhões de chegadas de turistas

Leia mais

Barómetro de Conjuntura verão Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos

Barómetro de Conjuntura verão Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos Barómetro de Conjuntura verão 2016 Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos ÍNDICE Sumário Executivo 3 Perspetivas de evolução da procura - verão 2016 - NUTS II e A.M. Lisboa

Leia mais

Dormidas de residentes e de não residentes aumentam cerca de 9%, acelerando face ao mês anterior

Dormidas de residentes e de não residentes aumentam cerca de 9%, acelerando face ao mês anterior 15 de eiro de 2018 Atividade Turística Novembro de 2017 Dormidas de residentes e de não residentes aumentam cerca de 9%, acelerando face ao mês anterior A hotelaria registou 1,2 milhões de hóspedes e 3,1

Leia mais

Bélgica Junho Mercado em números

Bélgica Junho Mercado em números Junho 2017 Mercado em números Designação oficial: Reino da Capital: Bruxelas Localização: Europa Ocidental Fronteiras terrestres: 1.297 km com a Alemanha (133 km), França (556 km), Holanda (478 km) e Luxemburgo

Leia mais

SÍNTESE DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS 2007

SÍNTESE DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS 2007 SÍNTESE DE RESULTADOS ESTATÍSTICOS 2007 1/9 1. Com base nos números recolhidos pela Zona de Turismo de Guimarães (ZTG), referentes ao número de visitantes que procuraram os seus dois Postos de Turismo

Leia mais

15 de outubro de 2015 ATIVIDADE TURÍSTICA

15 de outubro de 2015 ATIVIDADE TURÍSTICA 15 de outubro de 2015 ATIVIDADE TURÍSTICA janeiro a agosto 2015 Na Região Autónoma dos Açores, no mês de agosto, os estabelecimentos hoteleiros registaram 199,3 mil dormidas, representando um acréscimo

Leia mais

Atividade na hotelaria desacelerou

Atividade na hotelaria desacelerou 14 de setembro de 2017 Atividade Turística Julho de 2017 Atividade na hotelaria desacelerou A hotelaria registou 2,2 milhões de hóspedes e 6,9 milhões de dormidas em julho de 2017, correspondendo a variações

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de setembro 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA ANÁLISES DESTA EDIÇÃO DADOS DE JUNHO 2014 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO

OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA ANÁLISES DESTA EDIÇÃO DADOS DE JUNHO 2014 EVOLUÇÃO DOS MERCADOS INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO DO TURISMO DE LISBOA DADOS DE JUNHO ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS INDÍCES POR REGIÃO Os dados contidos nesta

Leia mais

HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS Julho de 2006 A actividade da hotelaria insere-se na CAE 55 Alojamento e Restauração, que, por sua vez, integra o sector do turismo, um dos sectores

Leia mais

DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES EXIBIRAM QUEBRAS EM 2002

DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES EXIBIRAM QUEBRAS EM 2002 ESTATÍSTICAS DO TURISMO 22 29 de Janeiro de 24 DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES EXIBIRAM QUEBRAS EM 22 As dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, em 22, sofreram

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de março 2018 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE

Leia mais

Dormidas de residentes e de não residentes com dinâmicas distintas

Dormidas de residentes e de não residentes com dinâmicas distintas 14 de fevereiro de 2019 Atividade Turística Dezembro de 2018 Dormidas de residentes e de não residentes com dinâmicas distintas Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,2 milhões de hóspedes

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de agosto ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS TAX FREE SHOPPING

Leia mais

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO

ANÁLISES DESTA EDIÇÃO Observatório D O T U R I S M O D E L I S B O A Dados de abril 2015 ANÁLISES DESTA EDIÇÃO EVOLUÇÃO DOS MERCADOS > Dados da Hotelaria > Cidade de Lisboa > Região de Lisboa INFOGOLFE E CRUZEIROS EVOLUÇÃO

Leia mais

Bélgica Dezembro Mercado em números

Bélgica Dezembro Mercado em números Dezembro 2016 Mercado em números Designação oficial: Reino da Capital: Bruxelas Localização: Europa Ocidental Fronteiras terrestres: 1.297 km com a Alemanha (133 km), França (556 km), Holanda (478 km)

Leia mais

Dormidas de não residentes continuam a aumentar

Dormidas de não residentes continuam a aumentar Actividade Turística Novembro de 2010 10 de Janeiro de 2011 Dormidas de não residentes continuam a aumentar No mês de Novembro de 2010 a hotelaria registou cerca de dois milhões de dormidas, valor muito

Leia mais

Brexit Turismo do Algarve

Brexit Turismo do Algarve Brexit Turismo do Algarve (IAPMEI, AICEP, DGAE, CIP e NERA) João Fernandes Região de Turismo do Algarve Loulé, 8 de março 2019 1 Importância do Turismo para Portugal PIB 23kM (2016) 2018 Emprego 460 k

Leia mais