SOLAR CONSULTORIA EM GESTÃO E PESQUISA LTDA-EPP

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1 OF FIESC Nº 459/2010 Florianópolis, 10 de maio de 2010 Às Licitantes Participantes da Licitação Concorrência 01/2010 Ref.: Recurso do Julgamento Proposta Técnica Concorrência 001/2010 Prezados(as) Senhores(as), Comunicamos que a Empresa SOLAR CONSULTORIA EM GESTÃO E PESQUISA LTDA-EPP, interpôs recurso ao Julgamento da proposta Técnica divulgada no dia 07/05/2010, no website O recurso foi protocolado na FIESC e recebido pela Comissão Central de Licitação no dia 10/05/2010, estando portanto dentro do prazo recursal previsto no item do edital. A Comissão Central de Licitações disponibiliza através website já mencionado o recurso da Licitante SOLAR CONSULTORIA EM GESTÃO E PESQUISA LTDA-EPP, contra sua pontuação, abrindo prazo de 02 (dois) dias úteis a partir do dia 17/05/2010, para as demais licitantes se manifestarem, caso queiram, após este prazo a CCL terá 10 (dez) dias úteis para realizar o seu julgamento. Sendo o que tínhamos para o momento, permanecemos a disposição. Atenciosamente, Rafael Medeiros de Azevedo Comissão Central de Licitações

2 EMPRESA: Solar Consultoria em Gestão e Pesquisas Ltda. ENDEREÇO: Rua do Pespontão, 238 Centro São Luís/MA CEP solar@solarconsultoria.com TELEFONE: (98) (61) FAX: (98) (61) 3364 CONTATOS: Joselma Sousa (São Luís) e João de Jesus da Costa (Brasília) CONCORRÊNCIA PÚBLICA 001/2010 IEL/SC À Comissão de Licitação do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina Ref.: Recurso Administrativo ao Julgamento da Proposta Técnica Prezados senhores, A Solar Consultoria em Gestão e Pesquisa Ltda. EPP vem, por meio desta, apresentar Recurso Administrativo referente aos resultados do Julgamento das Propostas Técnicas divulgada na Ata da Comissão Central de Licitações referente à Concorrência Pública 001/2010 IEL/SC que trata da Contratação de empresa para prestação de serviços de consultoria especializada em núcleos de inovação tecnológica, com escopo em planejamento estratégico e gestão da inovação, para capacitar 16 núcleos de inovação tecnológica pertencentes a instituições de caráter público (Federal e Estadual), privado e comunitário e assessorá-las na elaboração do seu planejamento estratégico, nos termos que seguem: 1. A Nota Técnica Final da Solar Consultoria atribuída pela Comissão Central de Licitações e constante da página 03 da Ata de Julgamento da 2ª fase Proposta Técnica foi de 4,4 pontos, considerando-se o peso 7 para a somatória dos pontos obtidos nos critérios de análise da proposta aplicado ao resultado da divisão entre o total de pontos obtidos pela pontuação máxima; 2. Em sua proposta técnica, porém, a Solar Consultoria apresentou documentos de comprovação de sua experiência e da sua equipe técnica que não foram consideradas como válidas pela Comissão, conforme passamos a apresentar: 2.1. Para o critério do subitem Experiência da licitante no processo de comercialização e transferência de tecnologia, a licitante apresentou 5 (cinco) atestados de capacidade técnica referentes a processos de transferência de tecnologias sociais, a saber: Consultoria ao Projeto Formação Economia Solidária; Assessoria à Feira de Economia Solidária; Consultoria ao I Laboratório Internacional de Mídias Livres; Consultoria ao Projeto Educação em Direitos Humanos; Consultoria ao Projeto Rede Manguezal Incubadora de empreendimentos solidários de marisqueiros e marisqueiras do Maranhão. Em todas essas experiências a consultoria apoiou a interlocução entre os pares para a apresentação de tecnologias de gestão, produção e comercialização no sentido de queas técnicas pudessem ser reaplicadas em outros contextos. Em função desse elemento, pedimos a revisão da pontuação atribuída ao fator Experiência da licitante no processo de comercialização e transferência de tecnologia, passando a considerar-se como válidos os 06 (seis)

3 atestados apresentados pela licitante e corrigindo a sua pontuação para 10 (dez) pontos nesse quesito que, após a aplicação do peso correspondente, atingirá a pontuação total de 30 (trinta) pontos. Nosso pedido se apóia na compreensão de que a transferência de tecnologias deve ser considerada em sua perspectiva holística, conforme a posição manifestada pela Dra. Fátima Portela Cysne de que Há diferentes concepções de transferência de tecnologia (TT), variando de uma abordagem muito linear para uma perspectiva mais holística.para este estudo se optou por uma concepção dinâmica de TT que a define como um processo de comunicação de duas mãos pelo qual, duas partes (o provedor e o receptor) trocam conhecimento, e no qual a aquisição, o entendimento, a absorção e a aplicação de tecnologia pelo receptor ocorre de forma objetiva e com sucesso.disponível em As experiências apresentadas pela licitante referem-se a processos de transferência de tecnologias sociais, conceito que vem sendo construído desde 2001, segundo Larissa Barros, da Rede de Tecnologias Sociais, segundo a qual O conceito de tecnologia social com o qual trabalhamos compreende produtos, técnicas ou metodologias que sejam reaplicáveis, desenvolvidas em interação com as comunidades e que representem efetivas soluções de transformação social. Nesse conceito, destaco dois elementos fundamentais. O primeiro deles é a idéia de reaplicação, que é diferente dereplicação. A tecnologia social não pode ser simplesmente cópia-da tal como foi concebida (replicação). Para reforçar esta percepção Larissa Barros argumenta que a definição mais difundida atualmente caracteriza tecnologia social como produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas em interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. Elas surgem a partir da união de esforços entre diferentes atores como organizações da sociedade civil, iniciativa privada, instituições de ensino e pesquisa e o próprio governo. Seu objetivo é contribuir para a inclusão social, geração de trabalho e renda, promoção do desenvolvimento local sustentável, dentre outros desafios. Disponíveis em Diversas organizações no Brasil e no mundo estão envolvidas com a perspectiva de desenvolvimento e transferência de tecnologias sociais. Destacamos aqui conceitos utilizados também pelo Instituto de Tecnologias Sociais - ITS (Disponível em e pela Fundação Banco do Brasil FBB (Disponível em O conceito do ITS é resultado de um trabalho coletivo, que contou com a participação de mais de 80 instituições, entre movimentos e organizações da sociedade civil, órgãos do poder público e entidades de ensino e pesquisa. A metodologia utilizada combinou pesquisa sobre os usos do termo Tecnologia Social, mapeamento de experiências de Tecnologia Social no Brasil e encontros para discutir as práticas das organizações da sociedade civil. Tecnologia Social é definida como: Conjunto de técnicas e metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida. Segundo o ITS, Tecnologia Social implica: 1. compromisso com a transformação social; 2. criação de um espaço de descoberta e escuta de demandas e necessidades sociais; 3. relevância e eficácia social; 4. sustentabilidade socioambiental e econômica; 5. inovação; 6. organização e sistematização dos conhecimentos; 7. acessibilidade e apropriação das tecnologias; 8. um processo pedagógico para todos os envolvidos; 9. o diálogo entre diferentes saberes; 10. difusão e ação educativa;

4 11. processos participativos de planejamento, acompanhamento e avaliação; 12. a construção cidadã do processo democrático. O conceito apresentado pela FBB consiste em que Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Está baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras. As tecnologias sociais podem aliar saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico. Importa essencialmente que sejam efetivas e reaplicáveis, propiciando desenvolvimento social em escala. São exemplos de tecnologia social: o clássico soro caseiro (mistura de água, açúcar e sal que combate a desidratação e reduz a mortalidade infantil); as cisternas de placas prémoldadas que atenuam os problemas de acesso a água de boa qualidade à população do semi-árido, entre outros. Ressaltamos ainda a literatura acadêmica, na qual o termo tecnologia tem sido aplicado de maneira ampla incluindo desde equipamentos de manufatura (Woodward, 1965), à busca de procedimentos (Perrow, 1967) ou habilidades possuídas por pessoas (Rousseau & Cooke, 1984). Schon (1967) define tecnologia como: "qualquer ferrramenta ou técnica, qualquer produto ou processo, qualquer equipamento físico ou método de fazer ou realizar, pelos quais a habilidade humana é extendida". Assim, tecnologia é habilidade, competência, aptidão, isto é, estrutura física ou conhecimento incorporado em um artefato ("software", "hardware" ou metodologia) que auxilia na execução de uma tarefa (Leonard-Barton, 1990). Antonio MIRANDA, em artigo recente, considera que transferência de tecnologia é, em sua essência, uma transmissão de informações, seja de forma direta entre indivíduos, seja através de mecanismos transmissores, mecanizados ou não e em alguma parte do processo de transferência existe sempre alguém que as emite ou recebe. Trata-se, portanto, de informação elaborada como produto em si mesmo, factível de comunicação entre grupos de indivíduos, subordinados a regras e outras variáveis, em ambientes com um mínimo de características similares para facilitar a transferência de conhecimentos. (Disponível em: Para o critério do subitem Experiência da licitante em desenvolvimento de projetos e trabalhos com ICTs, a licitante apresentou 06 (seis) atestados de capacidade técnica, sendo 03 (três) referentes a trabalhos desenvolvidos com a Universidade Federal do Maranhão; 02 (dois) referentes a trabalhos desenvolvidos com o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão campus Maracanã e 01 (uma) referente a trabalhos desenvolvidos com a Escola Agrotécnica Federal de São Luiz, que foi a instituição que precedeu ao campus Maracanã do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão. Em função desse elemento, pedimos a revisão da pontuação atribuída ao fator experiência Experiência da licitante em desenvolvimento de projetos e trabalhos com ICTs, passando a considerar-se como válidos os 06 (seis) atestados apresentados pela licitante e corrigindo a sua pontuação para 10 (dez) pontos nesse quesito que, após a aplicação do peso correspondente, atingirá a pontuação total de 30 (trinta) pontos Para o critério do subitem Qualificação da equipe técnica, a licitante apresentou 02 (dois) profissionais com mais de 10 (dez) anos de experiências compatível e pertinente com o objeto da licitação. Na apreciação da Comissão em relação ao currículo do profissional Elvis Humberto Polleto foi considerado apenas o período de 6 a 8 anos, conforme a pontuação lançada no quadro constante na página 2 da Ata de Julgamento. Ocorre que na página 5 do currículo do referido profissional consta no Item VI OUTRAS EXPERIÊNCIAS sua participação no grupo de discussão de Gestão Sindical da Escola Sul da CUT período 1993 a Entre outras contribuições destaca-se a sensibilização das organizações associadas para a utilização de técnicas e ferramentas de planejamento estratégico e avaliação com base em indicadores. Em função desse elemento, pedimos a revisão da pontuação atribuída ao fator Qualificação da Equipe, passando a considerar-se que o profissional Elvis Humberto Polleto possui mais de 10 anos de experiências compatível e pertinente com o objeto da licitação, especificamente no que se refere à fase de Planejamento da rede de NITs de SC.

5 3. Caso o Comitê Técnico de Avaliação leve em consideração os argumentos e pedidos apresentados acima, a Nota Técnica Final da Solar Consultoria passará a ser de 5,9 (cinco vírgula nove) pontos, obtidos conforme o cálculo abaixo; Pontuação Após Revisão Quesito Parcial Total Experiência da licitante em planejamento estratégico e gestão (peso 5) Experiência da licitante no processo de comercialização e transferência de tecnologia (peso 3) Experiência da licitante em desenvolvimento de projetos e trabalhos com ICTs (peso 3) Qualificação da equipe técnica Pontuação Total 160 Com a aplicação da formula prevista no Edital, tem-se: NPT= somatório (Nota x peso)/190 * 7 NPT = 160/190*7 = 0,84*7= 5,9 Nestes Termos, Pede Deferimento. Brasília, 10 de maio de João de Jesus da Costa Representante Legal