SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
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- Sarah Gusmão Imperial
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1 SEGURANÇA EM LABORATÓRIO 1
2 Portaria nº 3.214, de 08 de Junho de 1978 O Ministro de Estado, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no Artigo 200, da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de RESOLVE: Artigo 1º- Aprovar as Normas Regulamentadoras-NR- do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do TrabaIho: 2
3 INTRODUÇÃO Local com alto potencial de acidentes. Natureza dos materiais manuseados, equipamentos usados e à extensa escala de atividades praticadas. Para garantir que os acidentes sejam prevenidos é essencial que se estabeleçam instruções e procedimentos de segurança capaz de prever perigos e potenciais de riscos que podem surgir no laboratório. 3
4 Por que devemos nos preocupar com a Por que devemos nos preocupar com a segurança nos Laboratórios? segurança nos Laboratórios? Segundo a Declaração dos Direitos Humanos todo homem tem direito à vida e precisamos nos preocupar em preservá-la. Uma forma de preservá-la é preocupar-se com a sua segurança no ambiente de trabalho e, se você trabalha em um laboratório, precisa conhecer os riscos a que está exposto e como melhorar suas condições de segurança.. 4
5 Conceitos gerais de segurança do trabalho Conjunto de recursos e técnicas aplicadas, preventiva ou corretivamente, que visam a integridade do homem ao trabalho. 5
6 Conceito legal de acidente (Lei 6.367, de 19/10/76) Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, causando a morte, perda, redução permanente ou temporária da capacidade de trabalho. 6
7 Conceito prevencionista usado pela Engenharia de Segurança Acidente de trabalho é toda a ocorrência, inesperada ou não, que venha a resultar em lesão ao trabalhador, perda de tempo e prejuízos materiais, isolados ou simultaneamente. A diferença entre os dois conceitos é que no segundo caso são previstos também a perda de tempo e prejuízos materiais. 7
8 Casos considerados acidentes de trabalho Doença profissional inerente e peculiar a determinado ramos de atividade; O acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, tenha contribuído diretamente para a morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho; Doença proveniente de contaminação acidental de pessoal no exercício do trabalho. Atos de terrorismo ou sabotagem de qualquer natureza. 8
9 Casos considerados acidentes de trabalho Fora do local e horário de trabalho Execução de serviço externo; Prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, Viagens a serviço, inclusive em veículo próprio, No percurso da residência ao trabalho e viceversa, No percurso de ida e volta para o local das refeições em intervalo de trabalho. 9
10 Casos considerados acidentes de trabalho Se de sobreaviso em sua residência à disposição da empresa. No local destinado às refeições dentro dos limites da empresa. No local destinado ao descanso, dentro dos limites da empresa; No local destinado à satisfação das necessidades fisiológicas. 10
11 Casos não são considerados acidentes de trabalho a serviço da empresa Quando fora da empresa por motivos pessoais, não do interesse do empregador. Quando em estacionamento proporcionado pela empresa para o seu veículo, não estando exercendo qualquer função de seu trabalho. Quando empenhado em atividades esportivas nos limites da empresa ou patrocinados pela empresa, mas não recebendo nenhuma remuneração direta ou indireta. 11
12 Casos não são considerados acidentes de trabalho a serviço da empresa Quando, residindo em propriedade da empresa, esteja exercendo atividades não relacionadas com seu emprego. Quando envolvido em luta corporal ou outras disputas sobre assuntos não relacionados com o seu emprego. 12
13 Conseqüências do acidente de trabalho Lesão corporal (imediata ou mediata) sem ou com perda de tempo. Perda de tempo afetando a produção Prejuízo e danos materiais. 13
14 Causas dos acidentes de trabalho Atos inseguros; Condições inseguros Fator pessoal de insegurança F.P.I 14
15 Conceito de ato inseguro São atitudes assumidas, voluntárias (conscientes geralmente) ou não, que venham a proporcionar a ocorrência de um acidente. Os atos inseguros são praticados por: Negligência: Desleixo, descuido, desatenção, menoscabo, menosprezo Imprudência: Qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro ou de dano, Cautela, precaução Imperícia. incompetência, inexperiência, inabilidade. 15
16 Exemplos de atos inseguros Desconhecimento de normas de segurança. Falta de habilidade para o desempenho do trabalho ocasionado por um treinamento insuficiente. Excesso de confiança, julgando-se imune a acidentes. Exibicionismo 16
17 Exemplos de atos inseguros Resistência às normas de segurança e uso de EPI`s. Falta de ritmo de trabalho. Trabalhar em estado de fadiga ou tensão Brincadeiras no local de trabalho 17
18 Atos inseguros frequentemente Falta de uso de EPI S observados Emprego incorreto de ferramentas, por improvisações ou defeituosas; Ajuste, lubrificação e limpeza de máquinas em movimento; Permanência em baixo de cargas suspensas; Permanência em pontos perigosos. Correrias em escadas e corredores 18
19 Atos inseguros frequentemente observados Operação de máquinas e veículos em alta velocidades; Falta de habilitação para operação de determinado equipamento; Uso de vestimentas que aumentem o risco; Hábito de fumar em lugares proibidos; Manipulação de produtos químicos e produtos perigosos sem qualquer precaução; 19
20 Ato Inseguro 20
21 Ato Inseguro 21
22 Ato Inseguro 22
23 Ato Inseguro 23
24 Ato Inseguro 24
25 Ato Inseguro 25
26 Ato Inseguro 26
27 Ato Inseguro 27
28 Ato Inseguro 28
29 Ato Inseguro 29
30 Ato Inseguro 30
31 Ato Inseguro 31
32 Ato Inseguro 32
33 Condição insegura São situações existentes no ambiente de trabalho que podem vir a causar acidentes. Exemplos: Ventilação deficiente Iluminação deficiente; Ruídos e vibrações Instalações Sanitárias Impróprias Falta de ordem e limpeza. 33
34 NR17. Ergonomia Condições ambientais de trabalho As condições ambientais de trabalho DEVEM estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 34
35 NR17. Ergonomia a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, b) índice de temperatura efetiva entre 20 o C e 23 o C; c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; d) umidade relativa do ar não inferior a 40% 35
36 Condição insegura Instalações funcionando precariamente. Falta de proteção em partes móveis e pontos de operação de máquinas e equipamentos. Métodos ou processos de trabalhos errados. Pisos irregulares e escorregadios 36
37 Condições inseguras frequentemente observadas Exemplos: Equipamentos elétricos sem aterramentos Manômetros danificados Vasos sob pressão com testes hidrostáticos vencidos Instalações elétricas improvisadas 37
38 Conceito de Fator Pessoal de Insegurança (FPI) São os problemas pessoais e de comportamento do trabalhador que, agindo sobre o ambiente de trabalho, podem causar acidentes. Exemplos: Conflitos familiares Falta de interesse pela atividade que desempenha. Alcoolismo Problemas de ordem econômica e social. 38
39 FPI frequentemente observados Briga no lar, com esposa e filhos. Falta de dinheiro Alcoolismo e drogas no local de trabalho Desmotivação profissional 39
40 Conceito de Investigação de um acidente 40
41 Conceito de Investigação de um acidente São técnicas que visam levantar as causas e outros dados da ocorrência de um acidente, de forma que no futuro venham a ser sanados e minimizados. 41
42 A investigação deve conter a) Agente do acidente ou fonte da lesão. É aquilo que causou a lesão: Ex.: escada, arame, areia, animal, produtos químicos, radiações e outros. b) Natureza da lesão. Ex.;corte, luxação, queimadura, contusão, etc. c) Localização ou sede da lesão. Ex.: Cabeça, face, membros, etc. d) Tipo de acidente É a forma como ocorreu o acidente Ex. : abrasão, ataque de ser vivo, impacto, queda, etc. 42
43 A investigação deve conter d) Condição insegura e) Ato Inseguro. f) Fator pessoal de insegurança g) Prejuízo ou dano material 43
44 Conceito de Risco Risco é todo perigo ou possibilidade de perigo, existindo a probabilidade de perda ou de causar algum dano. 44
45 Identificação do Risco Identificar a natureza do risco: físico, químico ou biológico, suas características, rotas potenciais de entrar em contato e os efeitos agressivos de exposição ao risco. 45
46 Identificação do Risco a) Agente Químico: Irritante, venenoso, cancerígeno, etc. Físico: Ruído, radiação, temperatura, vibração. Biológico: bactérias, fungos, parasitas 46
47 b) Característica física Identificação do Risco Qual é a forma do risco? Gás, vapor, poeira, sólidos, líquidos, etc. c) Rotas potenciais de entrar em contato? De que forma o risco age sobre o trabalhador? Ex.: inalação, pele, ouvido, olhos, ingestão, etc. 47
48 d) Efeitos do evento Identificação do Risco Qual é o tipo de efeito que a exposição ao risco pode causar? Ex.: lesões físicas, envenenamento, asfixia, câncer, irritação, infecção, perda de audição, queimadura, abrasão, etc. 48
49 Avaliação do Risco a) Natureza e grau de exposição Magnitude da exposição: zona de concentração de contaminantes. Probabilidade de aumentar o nível de exposição. Tempo de exposição: horas, dias, etc. Freqüência da exposição: diária, semanal, etc. 49
50 Avaliação do Risco b) Resultado da exposição Causará efeitos lesionantes? Sintomáticos? Considerar efeitos a curto e longo prazo, reversibilidade. 50
51 Escolha de opções de controle do risco Nenhuma é apropriada para todas as situações! Reduzir a exposição para níveis aceitáveis; Ser aceita pela equipe de trabalho; Não criar novos riscos em outros locais de trabalho; Garantir a continuidade da atividade; Ser confiável; Ser considerada sob o aspecto de custo. 51
52 Limite de tolerância É a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral. Pode ser uma média aritmética de oito horas de trabalho ou um valor teto, que não pode ser ultrapassado. 52
53 Limite de Tolerância(LT) e Valor Teto(VT) AGENTES QUÍMICOS VALOR TETO ABSORÇÃO TAMBÉM P/PELE ATÉ 48 h/semana ppm mg/m 3 GRAU DE INSALUBRI- DADE ÁCIDO CLORÍDRICO + Não 4 5,5 MÁXIMO FENOL Não MÁXIMO 53
54 Nível de ação É o valor acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. Esses níveis são definidos na NR-9 do MTE. 54
55 Segurança no Trabalho é valorizar a vida! 55
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