Governação Clínica e de Saúde em Cuidados de Saúde Primários

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Governação Clínica e de Saúde em Cuidados de Saúde Primários"

Transcrição

1 Ministério da Saúde Cuidados de Saúde Primários Portugal Coordenação Estratégica Governação Clínica e de Saúde em Cuidados de Saúde Primários O que é? Para que serve? Como fazer? Documento de trabalho em estudo versão de Índice Conteúdos Pág. 1. Governação clínica e de saúde O que é? A governação clínica e de saúde como factor de motivação profissional Onde se faz? Quem faz? Como fazer? - estratégias métodos instrumentos, A governação clínica e de saúde no contexto da reforma dos CSP Modelo integrado para o desenvolvimento organizacional dos ACES Referências. 15 Texto elaborado a partir de documentos de trabalho do Grupo DiCCA (Dinamização dos Conselhos Clínicos dos ACES da ARSLVT) produzidos em 2008/2009, bem como de contributos posteriores recolhidos em workshops, conferências, reuniões de trabalho e sessões de formação ao longo de 2010 e de estrategia.csp@sg.min-saude.pt Maio de

2 1. O que é? Governar vem da palavra grega kubernân que significa pilotar. Recorrendo à metáfora da navegação e da pilotagem, assume-se que a sua finalidade é a de conduzir o barco ao local de destino, em segurança e com a máxima eficiência de meios possível. Conduzir o barco com elegância e qualidade é o meio para o fazer. Porém, a finalidade é chegar ao porto de destino. Também num jogo de futebol o objectivo é: marcar golos e ganhar o desafio. Jogar bem (com qualidade) é o meio para obter bons resultados, porque só por acaso se ganham jogos jogando mal. Mas não devemos confundir os meios (jogar bem) com os fins (ganhar o desafio). De igual modo, o fim da governação clínica e de saúde em cuidados de saúde primários (CSP) é o de guiar as equipas para alcançar os resultados clínicos e de saúde desejados. O que implica: Definir os resultados a alcançar; Definir os níveis desses resultados (qualitativo ou quantitativo); Definir a forma e os meios para o fazer; Executar; Verificar passo a passo se está tudo a correr como previsto e corrigir rotas, meios e modos de fazer (monitorização e controle); Avaliar no final se os objectivos desejados foram atingidos, e quanto. Os resultados finais a atingir são, essencialmente, de oito tipos: 1. Potencial de saúde - melhorar as defesas, o potencial de saúde das pessoas e a auto-percepção dos seus estados de saúde; 2. Determinantes da saúde - reduzir ou controlar factores que possam determinar a ocorrência de doenças, acidentes ou morte; 3. Doenças agudas - ajudar a resolver e/ou a encurtar episódios agudos de doença e consequente sofrimento; 4. Doenças evitáveis - reduzir ocorrência de doenças evitáveis, num dado período de tempo; 5. Doenças crónicas - reduzir ou controlar a ocorrência de sofrimento / consequências/complicações de doenças; 6. Mortes prematuras evitáveis - reduzir o número de mortes prematuras evitáveis (com os meios disponíveis); 7. Qualidade de vida - aumentar os níveis de funcionalidade e de qualidade de vida relacionados com a saúde; 8. Esperança de vida com qualidade - aumentar o número de anos vividos com qualidade. Estes resultados devem referir-se a situações ou problemas precisos e específicos e devem poder ser avaliados. Quer por medições quantitativas, quer recorrendo a métodos qualitativos válidos. 2

3 Governança ou governação clínica e de saúde nos CSP ( e não apenas clínica) O conceito de governação clínica e de saúde (GCS) combina duas ideias: Melhorar os níveis de saúde e obter resultados clínicos a nível individual (cada pessoa) + Obter resultados de saúde de âmbito grupal ou populacional. Este modo de ver integra a concepção da clinical governance iniciada no Reino Unido, em 1997, com a corrente de health governance orientada para objectivos de ganhos de saúde e de bem-estar a nível de grupos e de populações. Inclui, assim, as áreas da saúde pública e as da intervenção em saúde comunitária. 2-7 Em relação à terminologia, há quem prefira usar o termo governança (que teve, antigamente, um sentido pejorativo). Outros preferem a palavra governação. Para efeitos práticos poderemos aceitar que: - governança seja usada para referir a teoria, os princípios e valores, os conhecimentos, a disciplina, os métodos; - governação diga respeito à prática, ao acto de governar, de pilotar no terreno. Propostas de definição A GCS é difícil de resumir em definições. Contudo, podem tentar-se aproximações como as que a seguir se apresentam. Governança ou governação clínica e de saúde em CSP é: Um sistema de conhecimentos, de atitudes e de práticas de pilotagem clínica individual, de equipas e de serviços para obter resultados em termos de efectividade com equidade (ganhos em saúde) para as pessoas, famílias e comunidades, com o envolvimento de todos, através da melhoria contínua da qualidade dos processos assistenciais e de intervenção em saúde. Numa sessão de formação do Projecto PRAGIR, que decorreu em S. Domingos de Rana, em 23 de Janeiro de 2010, os participantes forneceram contributos para uma definição, os quais estão sistematizados no Quadro I. 3

4 Quadro I Governação Clínica e de Saúde em CSP (Quadro elaborado com contributos dos participantes na sessão de formação do Projecto PRAGIR (S. Domingos de Rana 23 de Janeiro de 2010) O que é? Um processo que permite fazer chegar a nave a bom porto com todos a remar na mesma direcção Porquê? Porque existem problemas específicos para resolver e necessidades específicas de saúde a requerer respostas adequadas Para atingir objectivos ou resultados em termos de: Para quê? Quem? - Efectividade (ganhos em saúde) - Eficiência (conseguir esses ganhos com o menor custo possível, sem desperdícios ou gastos desnecessários) - Equidade reduzir desigualdades inaceitáveis em saúde - Qualidade melhoria contínua - Motivação e satisfação dos profissionais - Capacitação e autonomia dos utentes - Satisfação dos utentes Mobilizando e envolvendo todos Quando? Todos os dias - ao longo de todo o ano - por ciclos plurianuais Definindo os processos essenciais (assistenciais e de intervenção em saúde) = mapa geral da cidade do desempenho Identificando prioridades para intervenções específicas Definindo objectivos e metas a atingir Como? Estabelecendo e normalizando boas práticas individuais e de equipa (incluindo orientações para a sua flexibilização e adequação caso a caso) Monitorizando o desempenho através de indicadores seleccionados Introduzindo medidas correctoras, quando necessário Definindo e executando projectos específicos (limitados no tempo e com objectivos ou produto final bem delimitados) que estimulem e ajudem a alavancar a GC&S Desenvolvendo o trabalho em equipa e apoiando-se nele Estudando e aplicando princípios e estratégias que estimulem a motivação, o envolvimento e a responsabilidade de todos os profissionais ênfase no desenvolvimento profissional contínuo Recorrendo a métodos e a técnicas padronizados tais como: auditorias, ciclos de qualidade, gestão do risco clínico, segurança do doente e dos profissionais, inovação de processos, entre outros Aplicando uma cultura e práticas de avaliação, a todos os níveis Onde? Em todos os níveis da organização de saúde - individual, equipas, unidade, serviço e organização 4

5 Retomando a metáfora da navegação e da pilotagem a Figura 1 ilustra os pilares essenciais da GCS em cuidados de saúde primários: - as pessoas (tanto os utentes como os profissionais) são o pilar nobre essencial no qual se centram e focalizam todos os processos de GCS; - a equipa de pilotagem ou de governação deve possuir as competências indispensáveis para cumprir com sucesso a sua missão; - os pontos de partida são os problemas e as necessidades de saúde, e sua priorização, para os quais se organizam respostas adequadas; - os pontos de chegada, isto é, dos objectivos e metas a atingir; - os caminhos/percursos mais adequados a seguir, isto é, a escolha das melhores estratégias para atingir os resultados desejados; - selecção e uso correcto de métodos e instrumentos de navegação para garantir um bom controle e condução do processo ao longo do tempo; - um sistema de monitorização que permita verificar, ao longo do percurso, que a nave mantém o sentido, o rumo e o ritmo de progressão adequados para atingir a tempo e em segurança o destino desejado; - um modelo de avaliação que permita ajuizar, no final, o grau de sucesso atingido; - para que tudo seja possível, é necessário um bom sistema de informação, no qual a qualidade dos registos clínicos desempenha um papel crucial. Pontos de partida - problemas - necessidades PESSOAS e Sistema de pilotagem Caminhos percursos Opções quanto ao modo de os percorrer = estratégias Chegada / destinos - objectivos - metas Meios e instrumentos de navegação = métodos, técnicas e instrumentos de governação clínica Monitorização Avaliação Sistema de informação ( e a importância crucial dos registos clínicos) Figura 1 - Pilares essenciais da governação clínica e de saúde em cuidados de saúde primários. 5

6 Num workshop promovido pela APMCG sob o tema Governação Clínica e de Saúde em MGF e em CSP realizado no âmbito do Projectar uma Década , o qual teve lugar em Peniche no dia 8 de Maio de 2010, os participantes geraram contributos detalhados que permitiram delinear o Diagrama apresentado na Figura 2. Figura 2 Oito componentes essenciais da governação clínica e de saúde em MGF e em CSP (APMCG 2010). A lógica da arquitectura do diagrama da Figura 2 é a seguinte: no eixo vertical dispõem-se os propósitos ( purposes ) e os processos de prestação de contas ( accountability ); no campo direito concentra-se a componente humana: as pessoas ( people ) e seu desenvolvimento, motivação, realização e satisfação; no campo esquerdo figuram os processos ( processes ) e seu aperfeiçoamento e desenvolvimento contínuos. O diagrama segue o modelo de desenvolvimento organizacional conhecido internacionalmente como "Modelo 3P" (purposes, people, processes), que se apresenta e discute mais adiante. A GCS pode, ainda, ser vista segundo quatro perspectivas complementares : como visão e filosofia de acção clínica e em saúde; como missão; como função e ciclo de procedimentos; como conjunto de actividades sistemáticas (Quadro II). 6

7 Quadro II Modos de ver e de perspectivar a governação clínica e de saúde Como visão e filosofia de acção Como missão Como função com ciclos de procedimentos Como conjunto de actividades sistemáticas Visão dos resultados, definidos em termos positivos de saúde e bem-estar, e filosofia da produção de valor para as pessoas e para as comunidades Missão de favorecer ou criar contextos espaços e oportunidades para que todos vejam claramente e actuem consequentemente em função de finalidades, sentido e rumo comuns A GCS enquanto função profissional específica, frequentemente coexistente com funções profissionais assistenciais directas, com calendário temporal, critérios de sucesso e avaliação de desempenho Domínio técnico de um conjunto de actividades padronizadas e/ou adaptáveis a cada contexto concreto, e de métodos e instrumentos aceites e validados pela comunidade científica Nota: Qualquer que seja a perspectiva adoptada, é sempre necessário monitorizar e avaliar as mudanças conseguidas (desejavelmente melhoria contínua) 2. A governação clínica e de saúde como factor de motivação profissional O ser humano (médico ou outro) é um ser teleológico. Está-lhe na sua natureza humana. Isto é, necessita sentir que se move em direcção a finalidades claras, a objectivos concretos. Sejam eles quais forem. Necessita que a sua vida (incluindo o que faz como médico, por exemplo) faça sentido, que os seus passos tenham um rumo, que não se sinta à deriva na rotina repetitiva do dia-a-dia profissional. A GCS pode trazer esta mais-valia. Contribui para dar finalidade, sentido e rumo àquilo que se faz. E, ao mesmo tempo, com importantes benefícios para os cidadãos. É o que se pode chamar uma estratégia win-win. E isso já sem falar dos processos de reconhecimento e incentivos que lhe podem estar associados. 7

8 3. Onde se faz? Quem faz? Tal como enunciado no Quadro I, a GCS faz-se a todos os níveis, individual, da equipa, do conjunto de equipas, da organização. Porém, parece ser consensual que o foco-chave central da GCS em CSP é cada equipa multiprofissional de saúde. Destas, destacam-se as equipas de saúde familiar (USF e UCSP) pelo seu número e missão abrangente na saúde pessoal e familiar dos utentes. Nível individual A nível individual, cada profissional pode e deve gerir e pilotar o seu próprio desempenho. O médico de família pode, por exemplo, fazer uso de um conjunto de actividades, métodos e instrumentos para atingir e demonstrar os melhores resultados clínicos e de saúde que for possível, num dado contexto, para cada um e para o conjunto dos seus pacientes (ver tipos de resultados - página 1). A avaliação desses resultados terá em conta os constrangimentos, limitações e factores inerentes a cada situação. Mas este nível é demasiado micro para lidar com boa parte dos resultados de saúde e para os tornar tangíveis. Nível institucional - ACES O nível do ACES e, portanto, dos seus conselhos clínicos, é óptimo para observar e monitorizar os macro-indicadores de saúde. Porém, fica demasiado distante para influenciar práticas e desempenhos individuais e de equipa. Assim, o papel dos conselhos clínicos deve ser, sobretudo o de apoiar e garantir que todas as equipas/unidades de cada ACES se capacitam para fazer (eles sim!) GCS ao seu nível. Cada conselho clínico deve ser uma equipa exemplar e funcionar como o maestro de uma orquestra descentralizada de governação clínica e de saúde,. É esta orquestra que, efectivamente, executa a música da GCS. Orquestra que envolve todos os coordenadores das diferentes unidades funcionais, todos os elementos dos conselhos técnicos das USF e todos os profissionais que disponham de autonomia técnica no seu desempenho. No conjunto, estarão envolvidos médicos de família, enfermeiros, médicos de saúde pública, médicos dentistas e profissionais como, por exemplo, psicólogos, nutricionistas, técnicos superiores de serviço social, fisioterapeutas, higienistas orais, entre outros. A GCS a nível dos ACES deve assegurar a convergência de três linhas essenciais para a saúde dos cidadãos e das comunidades: cuidados centrados na pessoa e na família (USF e UCSP); intervenções em grupos com necessidades especiais de saúde, na comunidade (UCC e USP); abordagens de âmbito epidemiológico e populacional (USP). Estas perspectivas estão presentes nos conselhos clínicos (presidente e vogais) através de competências em medicina geral e familiar, em saúde 8

9 pública, em enfermagem de família e comunitária e noutras disciplinas relevantes nos CSP. Nível das equipas / unidades funcionais A GCS, quando focalizada no nível equipa multiprofissional abre amplas oportunidades e possibilidades de intervenção. Assim, os resultados clínicos e de saúde ao nível da equipa de saúde familiar ampliam a visão individual e referem-se a um conjunto de cidadãos na escala da dezena de milhar. A governação clínica e de saúde nos ACES deve ter os seus núcleos essenciais ao nível de cada equipa / unidade funcional. Nas USF, cabe ao conselho técnico, a nível micro, actuar como promotor, facilitador e maestro da GC&S a nível da sua unidade. 4. Como fazer a governação clínica e de saúde? (estratégias, métodos e instrumentos) Fins, estratégias e meios devem ser claros para todos e estar bem alinhados. Dominar os meios sem compreender as estratégias nem ter uma visão clara dos fins é apenas agitação desnorteada. Compreender os fins e as estratégias sem dominar os meios pode ser especulação inconsequente. Quanto às estratégias, propõe-se a convergência das seguintes: a) Capacitação desenvolver estratégias de promoção de autonomia e de capacitação tanto dos utentes como dos profissionais a todos os níveis; b) Equipa promover o trabalho em equipa como o paradigma de actividade a todos os níveis, começando pelo conselho clínico, como equipa exemplar; c) Qualidade e objectivos SMART - envolver todos os profissionais, mobilizando-os para abraçar uma cultura de Qualidade de serviço e habituar-se a definir e atingir objectivos SMART * (gestão com objectivos); d) Organização aprendente - fazer dos ACES e de cada uma das suas unidades organizações capazes de aprender, de inovar e de evoluir. e) Interfaces dar atenção ao meio envolvente e às interfaces com a comunidade, com os hospitais e com as unidades de cuidados continuados, designadamente para assegurar uma boa continuidade de cuidados; 8,9 Nota: Um objectivo SMART cumpre os seguintes requisitos: S = specific é específico, concreto, preciso; M = measurable é possível vê-lo ou medi-lo; A = achievable é exequível, realista, atingível; R = relevant é relevante; faz sentido para os profissionais, para os utentes e para os responsáveis pela gestão do sistema de saúde; T = time está definido um prazo para a sua execução. 9

10 A governação clínica e de saúde pode avançar por passos seguros, em todos os níveis. É uma oportunidade para superar a gestão burocrática e o centralismo, que perdem a noção dos fins, têm pouca consideração pelas pessoas e ignoram os métodos e os instrumentos da Qualidade. A boa GCS baseia-se numa abordagem descentralizada multinível, com autonomia na linha da frente. Estimula o brio, a criatividade e o envolvimento entusiástico de todos. Os seus princípios, estratégias e práticas estarão presentes em todos os pontos da organização. Esta abordagem descentralizada e participativa envolve e inspira os profissionais e, como consequência, influencia os processos e os resultados do conjunto. Os principais métodos e instrumentos estão sistematizados no Quadro III. Quadro III Métodos e instrumentos da governação clínica e de saúde Pilares essenciais Purposes (visão; fins; resultados; outcomes ; ganhos em saúde) Meios (métodos e instrumentos) Métodos e instrumentos para medir e avaliar: efectividade (resultados: imediatos, intermédios e finais ou de impacto) eficiência equidade dos cuidados e das intervenções People (pessoas: profissionais, utentes e parceiros da comunidade) Estratégias de capacitação, motivação e envolvimento a) Formação e desenvolvimento profissional contínuo b) Métodos e instrumentos para medir e avaliar a satisfação dos profissionais (e dos utentes) c) Métodos e instrumentos para medir e avaliar a literacia capacitação e empowerment dos utentes em saúde Processes (Melhoria contínua da QUALIDADE dos processos) Arquitectura e gestão de processos clínicos e de processos de intervenção em saúde comunitária e populacional Elaboração ou adaptação de guias de prática clínica, NOC ou guidelines relacionados com os processos definidos Implementação das referidas guias de prática clínica, NOC ou guidelines Definição de sistemas de indicadores (multidimensionais) Auditorias clínicas Gestão do risco clínico e segurança dos doentes Desenho e implementação de sistemas de monitorização e controle de desempenho (automáticos e não-automáticos) Gestão de projectos específicos Investigação nas várias áreas da GCS 10

11 5. A governação clínica e de saúde no contexto da reforma dos CSP Antecedentes Os centros de saúde e a saúde comunitária têm, em Portugal, uma história com cerca de 40 anos Esta experiência tem convergido com cerca de 30 anos de desenvolvimento da medicina pessoal e familiar na comunidade A integração destes dois processos tem sido uma marca distintiva dos cuidados de saúde primários (CSP) em Portugal e da sua evolução O que está a mudar nos CSP em Portugal? Em Outubro de 2005 a Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), criada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 157/2005, de 12 de Outubro, definiu as Linhas de Acção Prioritária para o Desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários com oito áreas: Reconfiguração e autonomia dos centros de saúde; Implementação de unidades de saúde familiar; Reestruturação dos serviços de saúde pública; Outras dimensões da intervenção na comunidade; Implementação de unidades locais de saúde; Desenvolvimento dos recursos humanos; Desenvolvimento do sistema de informação; Mudança e desenvolvimento de competências. O desenvolvimento destas linhas de acção centra-se: a) na reorganização dos centros de saúde, em que o modelo hierárquico de comando e controle vertical passa a coexistir e tem de adaptar-se e respeitar uma rede de equipas autónomas, ao mesmo tempo que se desenvolvem relações de contratualidade e de responsabilidade por processos e por resultados, a todos os níveis; b) na criação de órgãos próprios de gestão a nível local, nos CSP. Esta arquitectura organizacional inerente à reforma dos cuidados de saúde primários, impulsionada em 2005, combina hierarquia e pluriarquia e assenta nas vertentes que estão sistematizadas no Quadro IV. 11

12 Quadro IV Vertentes da reforma dos CSP ( ) Equipas com carácter estrutural permanente e com missões diferenciadas específicas: 1. Rede descentralizada de equipas/unidades multiprofissionais cuidados à pessoa e à família unidades de saúde familiar (USF) e unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP); cuidados a grupos com necessidades especiais e intervir selectivamente na comunidade unidades de cuidados na comunidade (UCC); intervenções no meio físico e social e acções com alcance populacional unidade de saúde pública (USP). 2. Descentralização da gestão para o nível local 3. Concentração de meios e recursos escassos 4. Governação clínica e de saúde (GC&S) 5. Participação da comunidade Através da constituição de agrupamentos de centros de saúde (ACES) com directores executivos e conselhos executivos Para os rentabilizar e/ou obter economias de escala: - gestão de recursos - unidade de apoio à gestão (UAG); - apoios multidisciplinares específicos às unidades funcionais - unidade de recursos assistenciais partilhados (URAP) Desenvolvimento de um sistema de pilotagem técnico-científica envolvendo todos os profissionais sob orientação dos conselhos clínicos dos ACES Ênfase e reforço da participação da comunidade através de órgãos como o gabinete do cidadão e o conselho da comunidade 12

13 6. Modelo integrado para o desenvolvimento organizacional nos agrupamentos de centros de saúde Os conceitos e propostas atrás apresentados colocam a ênfase num modelo humanista de desenvolvimento organizacional designado por 3P : Purposes Propósitos ou fins, em termos de efectividade com equidade (resultados; outcomes ; ganhos em saúde); Persons Participação e envolvimento de todos (profissionais, utentes e comunidade); Processes Organização e sistematização das práticas profissionais em Processos coerentes, alinhando-as com os objectivos a atingir e melhorando-as continuamente. Combinando este modelo com o da gestão organizacional do tipo 3S ( systems ; structures ; strategies ) dirigida à rede de unidades, ao todo do agrupamento de centros de saúde (ACES) e às relações com a envolvente, atinge-se um modelo de governação integrada (Figuras 3 e 4). 30 Vertentes e pólos estratégicos da governação do ACES Contratualização Conselho da comunidade Liderança Institucional Gestão organizacional Unidades funcionais Comunidade Governação clínica e de saúde Apoio Contexto Figura 3 Diagrama ilustrativo do sistema de governação integrada (organizacional e clínica) nos cuidados de saúde primários em Portugal 13

14 Governação integrada nos agrupamentos de centros de saúde (ACES) Conselho executivo Liderança Institucional 3S Systems Structures Strategies Contratualização Gestão organizacional Unidade de Apoio à Gestão (UAG) 3P Purposes Persons Processes Conselho da comunidade Governação cínica e de saúde Conselho clínico Unidades funcionais Comunidade Apoio hierarquia + pluriarquia Figura 4 Órgãos e enfoques do sistema de governação integrada nos ACES A governação clínica e de saúde surge, assim, como um elemento central da vida das equipas multiprofissionais. Promove o desenvolvimento de uma cultura técnico-profissional com significado para as profissões de saúde, confere sentido àquilo que se faz e reúne os instrumentos indispensáveis para a melhoria contínua da qualidade dos processos e das práticas profissionais. 14

15 7. Referências 1. Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo / MCSP. Projecto de Dinamização dos Conselhos Clínicos dos ACES. Governação Clínica e de Saúde em Cuidados de Saúde Primários. Lisboa: ARSLVT, 2009 (documentos de trabalho disponíveis em: 2. Rosen R. Clinical governance in primary care Improving quality in the changing world of primary care. BMJ 2000; 321: Campbell SM, Sheaff R, Sibbald B et al. Implementing health governance in English primary care groups/trusts: reconciling quality improvement and qualiy assurance. Qual Saf Health Care 2002; 11: Marshall M, Sheaff R, Rogers A et al. A quality study of the cultural changes in primary care organisations needed to implement clinical governance. British Journal of General Practice 2002; 52: van Zwanenberg T, Harrison J (eds). Clinical Governance in Primary Care. Oxford: The Radcliffe medical Press, Kickbusch I. Perspectives in health governance in the 21st century. In: Marinker M, editor. Targets in Europe. Policy, Progress and Promise. London: BMJ Books, 2002: Hernández-Aguado I, Parker LA. Inteligence for health governance: innovation in the monitoring of health and well-being. In: Kickbusch I, editor. Policy Innovation for Health. New York: Spinger, 2009: Saltman RB, Figueras J, Sakellarides C. Critical Challenges for Health Care Reform in Europe. Buckingham: Open University Press, 1998: Starfield B. Primary and specialty care interfaces: the imperative of disease continuity. British Journal of General Practice 2003; 53: Ministério da Saúde e Assistência. Decreto-Lei n.º 413/71, de 27 de Setembro. Diário do Governo I Série, n.º 228: Ferreira FAG. A política de saúde em Portugal uma experiência de definição legislativa e de organização de serviços de saúde. Lisboa: Edição do autor, Sakellarides CT et al. O Serviço de Cuidados de Saúde Primários (Centro de Saúde) princípios gerais e reflexões sobre uma experiência. Lisboa: ENSP Cadernos de Saúde /1, Sampaio A, Campos AC. Serviços de saúde em Portugal uma reflexão crítica. O Médico 1980; Ano 31 (Vol. 96): Portugal. Ministério da Saúde. Direcção-Geral da Saúde. Ganhos de saúde em Portugal: ponto de situação Relatório do Director-Geral e Alto Comissário da Saúde. Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, Biscaia A, Martins JN, Carreira MF, Gonçalves IF, Antunes AR Ferrinho P. Cuidados de saúde primários em Portugal Reformar para novos sucessos. Lisboa: Padrões Culturais Editora, Santos O, Biscaia A, Antunes AR, Craveiro I, Júnior A, Caldeira R, Charondière P. Os centros de saúde em Portugal A satisfação dos utentes e dos profissionais. Lisboa: VFBM Comunicação, Lda, Ramos V. O ressurgimento da medicina familiar. Revista Crítica de Ciências Sociais 1987; 23: Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral. Direcção Nacional. Um futuro para a medicina de família em Portugal. Lisboa: Edições Especiais APMCG, Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral. Declaração da Madeira. Lisboa: APMCG, Branco AG, Ramos V. Cuidados de saúde primários em Portugal. Rev Port Saúde Pública 2001; Vol. Temático 2: Sousa JC, Sardinha AM, Sanchez JP, Ribas MJ. Os cuidados de saúde primários e a medicina geral e familiar em Portugal. Rev Port Saúde Pública 2001; Vol. Temático 2: Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral. Medicina geral e familiar: colapso ou ressurgimento? - Contributo para a melhoria dos cuidados de saúde primários em Portugal. Lisboa: APMCG, Direcção-Geral da Saúde. Regime Remuneratório Experimental dos Médicos de Clínica Geral RRE. Relatório da Comissão de Acompanhamento e Avaliação. Lisboa: DGS, Novembro de Conceição C, Fronteira I, Hipólito F, Lerberghe W N, Ferrinho P. Os grupos Alfa e a adesão ao Regime Remuneratório Experimental. Rev Port Clin Geral 2005; 21: Portugal. Ministério da Saúde. Saúde: um compromisso. A estratégia de saúde para o virar do século Lisboa: Ministério da Saúde, Portugal. Ministério da Saúde. Saúde: Preparar o futuro: Linhas de Acção. Lisboa: Ministério da Saúde, Guichard S. The reform of the health care system in Portugal. Paris: OECD, Economic Department Working Papers no. 405, 2004 (disponível em: Ministério da Saúde - Grupo Técnico para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários. Cuidados de saúde primários: contexto e medidas para a sua modernização. Lisboa: Ministério da Saúde, Ministério da Saúde Missão para os Cuidados de Saúde Primários. Linhas de Acção Prioritárias para o Desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários. Lisboa: MCSP, Caravantes GR. ReAdministração: a construção de um paradigma eclético. In: Caravantes GR, Panno CC, Kloeckner MC. Administração: teorias e processo. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005:

Resolução de Vilnius: melhores escolas, escolas mais saudáveis - 17 de Junho de 2009

Resolução de Vilnius: melhores escolas, escolas mais saudáveis - 17 de Junho de 2009 Resolução de Vilnius: melhores escolas, escolas mais saudáveis - 17 de Junho de 2009 Introdução Educação e Saúde partilham os mesmos objectivos. Objectivos comuns permitem que as escolas se transformem

Leia mais

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA (Aprovado pela Portaria 47/2011, de 26 de Janeiro) Internato 2012/2016 ÍNDICE GERAL INTRODUÇÃO 1 1. DURAÇÃO

Leia mais

A REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

A REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS CAD 8 27/9/7 14:28 Page 6 A REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS LUÍS PISCO COORDENADOR DA MISSÃO PARA OS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS. O Programa do XVII Governo Constitucional (1), na área da saúde,

Leia mais

(Anexo 1) Perfil de Competências

(Anexo 1) Perfil de Competências (Anexo 1) Perfil de Competências a) Tendo em conta as exigências constantes do posto de trabalho inerente ao cargo de direcção intermédia de 2.º grau, são consideradas essenciais para o profícuo desempenho

Leia mais

NOTA INTRODUTÓRIA. Urgência/Emergência pág. 1 de 6

NOTA INTRODUTÓRIA. Urgência/Emergência pág. 1 de 6 NOTA INTRODUTÓRIA A Ordem dos Enfermeiros (OE) foi convidada a pronunciar-se, durante o período de discussão pública, sobre a Proposta de Rede de Serviços de Urgência elaborada pela Comissão Técnica de

Leia mais

Administração Central do Sistema de Saúde Workshop: Gestão do Processo de Integração Vertical das ULS. Jorge Varanda.

Administração Central do Sistema de Saúde Workshop: Gestão do Processo de Integração Vertical das ULS. Jorge Varanda. Administração Central do Sistema de Saúde Workshop: Gestão do Processo de Integração Vertical das ULS 1 Reconhecer a importância de planear atempadamente a alta do doente, num contexto de integração de

Leia mais

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591 Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição

Leia mais

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva Preâmbulo A avaliação inclusiva é uma abordagem à avaliação em ambientes inclusivos em que as políticas e as práticas são concebidas para promover, tanto quanto possível, a aprendizagem de todos os alunos.

Leia mais

Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores

Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, recentemente aprovado,

Leia mais

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma*

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma* Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma* Glória Macedo, PQND do 4º Grupo do 2º Ciclo do EB e Formadora do CFAE Calvet de Magalhães, Lisboa A Reorganização Curricular do Ensino Básico

Leia mais

sistema de gestão do desempenho e potencial Directório de Competências e de Perfis Profissionais

sistema de gestão do desempenho e potencial Directório de Competências e de Perfis Profissionais SGDP sistema de gestão do desempenho e potencial :: Directório de Competências e de Perfis Profissionais :: Directório de Competências e de Perfis Profissionais ÍNDICE Competências Inovação e Criatividade

Leia mais

3. ORIENTAÇÃO OPERACIONAL. 3.1 Organização e equipa

3. ORIENTAÇÃO OPERACIONAL. 3.1 Organização e equipa transferência comuns. No que toca à rede regional, a cooperação já foi iniciada há algum tempo com o projecto do Sistema Regional de Transferência e Tecnologia que está em curso. No âmbito da rede este

Leia mais

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 ENVIO DE TEXTO de: Conselho (Emprego e Política Social) para: Conselho Europeu de Nice Nº doc. ant.:

Leia mais

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação

Leia mais

ACEF/1415/17827 Relatório preliminar da CAE

ACEF/1415/17827 Relatório preliminar da CAE ACEF/1415/17827 Relatório preliminar da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Universidade De Lisboa A.1.a. Outras Instituições

Leia mais

Modelos de Desenho Curricular

Modelos de Desenho Curricular Modelos de Desenho Curricular Introdução Quando se planificam aulas, parte-se, frequentemente, de uma concepção restrita de currículo que tende a preocupar-se apenas em definir o programa, isto é, em decidir

Leia mais

GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL

GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL AUTORES Andy Sutton BRE, Reino Unido TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO PARA A VERSÃO PORTUGUESA Carlos Laia CONTACTO Carlos Laia CEEETA ECO, Consultores em Energia,

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA RCTS

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA RCTS POLÍTICA DE SEGURANÇA DA RCTS ACTA DA REUNIÃO Nº 1 Data: 27/01/2011 10:00 Ordem de trabalhos: Ponto um: Enquadramento do trabalho a desenvolver neste grupo Ponto dois: Definição do âmbito da política de

Leia mais

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS ENTER TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS ENTER TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO ENTER APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO Esta publicação foi adaptada pelo parceiro BEST Institut für berufsbezogene Weiterbildung

Leia mais

Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados

Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados Autores: Manuel José Lopes Universidade de Évora Felismina Rosa Parreira Mendes Universidade de Évora Os Cuidados Continuados Integrados (CCI)

Leia mais

SEMINÁRIOS AVANÇADOS GESTÃO DE PROJECTOS

SEMINÁRIOS AVANÇADOS GESTÃO DE PROJECTOS SEMINÁRIOS AVANÇADOS DE GESTÃO DE PROJECTOS 2007 Victor Ávila & Associados - Victor Ávila & Associados Centro Empresarial PORTUGAL GLOBAL, Rua do Passeio Alegre, nº 20 4150- Seminários Avançados de Gestão

Leia mais

Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP. A experiência de Valongo

Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP. A experiência de Valongo Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP A experiência de Valongo Direcção-Geral da Saúde Ministério da Saúde Filipa Homem Christo Departamento da Qualidade em Saúde Direcção Geral da Saúde Da Auto-avaliação

Leia mais

Critérios Gerais de Avaliação

Critérios Gerais de Avaliação Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha - Fundão Ano Lectivo 2010/2011 Ensino Básico A avaliação escolar tem como finalidade essencial informar o aluno, o encarregado de educação e o próprio professor,

Leia mais

Departamento das Educação Pré-escolar

Departamento das Educação Pré-escolar Departamento das Educação Pré-escolar A melhoria da qualidade das aprendizagens, a avaliação implica, no quadro da relação entre o jardim-de-infância, a família e a escola, uma construção partilhada que

Leia mais

Projecto de Lei n.º 54/X

Projecto de Lei n.º 54/X Projecto de Lei n.º 54/X Regula a organização de atribuição de graus académicos no Ensino Superior, em conformidade com o Processo de Bolonha, incluindo o Sistema Europeu de Créditos. Exposição de motivos

Leia mais

CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO E PREVENÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA

CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO E PREVENÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA 1 CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO E PREVENÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA ENQUADRAMENTO Um projecto de prevenção em saúde mental na área da primeira infância implica sempre uma união de esforços e um trabalho em conjunto

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Referenciais da Qualidade

Referenciais da Qualidade 2008 Universidade da Madeira Grupo de Trabalho nº 4 Controlo da Qualidade Referenciais da Qualidade Raquel Sousa Vânia Joaquim Daniel Teixeira António Pedro Nunes 1 Índice 2 Introdução... 3 3 Referenciais

Leia mais

ANEXO III REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

ANEXO III REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ANEXO III REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Artigo 1.º Âmbito 1 - O presente regulamento de avaliação de desempenho aplica-se a todos os docentes que se encontrem integrados na carreira. 2 - A avaliação

Leia mais

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE. PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE)

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE. PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE) PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE VERSION FINALE PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE) 1. INTRODUÇÃO As actividades da União

Leia mais

Análise comparativa dos sistemas de avaliação do desempenho docente a nível europeu

Análise comparativa dos sistemas de avaliação do desempenho docente a nível europeu 1 Análise comparativa dos sistemas de avaliação do desempenho docente a nível europeu Jorge Lima (*) Eurydice é a rede de informação sobre a educação na Europa, criada por iniciativa da Comissão Europeia

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 Bureau Internacional do Trabalho 1 Ratificação Como são utilizadas as Normas Internacionais do Trabalho?

Leia mais

Plano Nacional de Saúde e as. Estratégias Locais de Saúde

Plano Nacional de Saúde e as. Estratégias Locais de Saúde Plano Nacional de Saúde e as Estratégias Locais de Saúde (versão resumida) Autores Constantino Sakellarides Celeste Gonçalves Ana Isabel Santos Escola Nacional de Saúde Pública/ UNL Lisboa, Agosto de 2010

Leia mais

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS INSTI INSTUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860 Índice Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860 PROJECTO DE DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 860 Dezembro de 2008 Relatório Sobre o Sistema de Controlo Interno das Instituições de Crédito e Sociedades

Leia mais

Discurso do IGT na conferência da EDP

Discurso do IGT na conferência da EDP Discurso do IGT na conferência da EDP 1. A Segurança e Saúde no Trabalho é, hoje, uma matéria fundamental no desenvolvimento duma política de prevenção de riscos profissionais, favorecendo o aumento da

Leia mais

Identificação da empresa

Identificação da empresa Identificação da empresa ANA Aeroportos de Portugal, S.A. Missão, Visão e Valores Missão da ANA A ANA - Aeroportos de Portugal, SA tem como missão gerir de forma eficiente as infraestruturas aeroportuárias

Leia mais

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção O QUE ESPERAR DO SVE Programa Juventude em Acção KIT INFORMATIVO Parte 1 Maio de 2011 Introdução Este documento destina-se a voluntários e promotores envolvidos no SVE. Fornece informações claras a voluntários

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO. Unidade de Cuidados na Comunidade de XXXXXXXXXX

REGULAMENTO INTERNO. Unidade de Cuidados na Comunidade de XXXXXXXXXX Administração Regional de Saúde d Agrupamento de Centros de Saúde XXXXXXXX REGULAMENTO INTERNO Unidade de Cuidados na Comunidade de XXXXXXXXXX Localidade Mês / Ano Índice Introdução... 3 Capítulo I: Disposições

Leia mais

Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral

Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral «ÁREA DE PROJECTO COMO FAZER?» Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral Centro De Formação Penalva e Azurara Círculo de Estudos

Leia mais

Coaching Para a EXCELÊNCIA

Coaching Para a EXCELÊNCIA Coaching Para a EXCELÊNCIA António Santos António Santos Coaching ferramenta que permite elevar o nível de lucidez Mudanças que alargam horizontes. COACHING para a EXCELÊNCIA Mudanças que alargam horizontes.

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

FORMULÁRIO E RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

FORMULÁRIO E RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO FORMULÁRIO E RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE IDENTIFICAÇÃO Unidade Orgânica: Docente avaliado: Departamento

Leia mais

POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP

POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP POLÍTICA DE DIVERSIDADE DO GRUPO EDP CONTEXTO Respeitar a diversidade social e a representatividade presente nas comunidades em que as organizações se inserem é um dever ético e simultaneamente um fator

Leia mais

REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Índice Capítulo I Disposições gerais Secção I Noção, âmbito e objectivos Art.º 1 - Noção e âmbito material Art.º 2 - Objectivos

Leia mais

Por que sua organização deve implementar a ABR - Auditoria Baseada em Riscos

Por que sua organização deve implementar a ABR - Auditoria Baseada em Riscos Março de 2010 UM NOVO PARADIGMA PARA AS AUDITORIAS INTERNAS Por que sua organização deve implementar a ABR - Auditoria Baseada em Riscos por Francesco De Cicco 1 O foco do trabalho dos auditores internos

Leia mais

NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Instituto Politécnico De Setúbal

Leia mais

Portuguese version 1

Portuguese version 1 1 Portuguese version Versão Portuguesa Conferência Europeia de Alto Nível Juntos pela Saúde Mental e Bem-estar Bruxelas, 12-13 Junho 2008 Pacto Europeu para a Saúde Mental e Bem-Estar 2 Pacto Europeu para

Leia mais

O ACOMPANHAMENTO TÉCNICO COMO CONTRIBUTO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EXTRACTIVA

O ACOMPANHAMENTO TÉCNICO COMO CONTRIBUTO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EXTRACTIVA O ACOMPANHAMENTO TÉCNICO COMO CONTRIBUTO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EXTRACTIVA Guerreiro, Humberto Eng. de Minas - Visa Consultores, S.A., Oeiras. 1. INTRODUÇÃO Na exploração de minas e

Leia mais

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010)

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) 1 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Artigo

Leia mais

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES Jaime Andrez Presidente do CD do IAPMEI 20 de Abril de 2006 A inovação

Leia mais

Síntese da Conferência

Síntese da Conferência Síntese da Conferência Sob o lema Saneamento para Todos, Responsabilidade de Todos realizou-se de 14 a 16 de Maio de 2014, a Conferência Nacional de Saneamento, no Centro de Conferências Joaquim Chissano,

Leia mais

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO EFECTIVIDADE DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS PROJECTO ESSE Orientações para as visitas às escolas 1 Introdução As visitas às escolas realizadas segundo o modelo

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

Together We Create Value

Together We Create Value Together We Create Value APRESENTAÇÃO DA MUNDISERVIÇOS LISBOA 2015 A história da MundiServiços carateriza-se por um percurso de inovação e de investimento na excelência dos seus serviços, assim como por

Leia mais

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO EFECTIVIDADE DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS PROJECTO ESSE Indicadores de qualidade I Introdução Baseado em investigação anterior e na recolha de informação

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO

CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO PREÂMBULO O presente Acordo concretiza os objectivos das conversações

Leia mais

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente Regulamento Artigo 1.º Objecto O presente regulamento define o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente a

Leia mais

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro Conselho Nacional de Supervisores Financeiros Better regulation do sector financeiro Relatório da Consulta Pública do CNSF n.º 1/2007 1 CONSELHO NACIONAL DE SUPERVISORES FINANCEIROS RELATÓRIO DA CONSULTA

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

Marketing Pessoal. aumentem de valor.

Marketing Pessoal. aumentem de valor. P U B L I C A Ç Ã O N º 3 2 3 D E Z E M B R O 2 0 0 9 Marketing Pessoal PONTOS DE INTERESSE: Conceito Na Prática Definir Objectivos Marca Pessoal Marketing Pessoal pode ser definido como o processo de

Leia mais

http://www.anacom.pt/template12.jsp?categoryid=155966

http://www.anacom.pt/template12.jsp?categoryid=155966 http://www.anacom.pt/template12.jsp?categoryid=155966 Estudo para o aperfeiçoamento tecnológico da formação em ITED 1. O CANDIDATO A TÉCNICO ITED, NO PRESENTE O fluxograma seguinte esclarece, de uma forma

Leia mais

ÍNDICE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE SANTARÉM 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA. 3.1 História. 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação

ÍNDICE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE SANTARÉM 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA. 3.1 História. 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação ÍNDICE 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA 3.1 História 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação 4. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE 4.1 Processos 4.2 Requisitos da Documentação 4.3 Controlo dos

Leia mais

Apresentação do Manual de Gestão de IDI

Apresentação do Manual de Gestão de IDI Seminário Final do Projeto IDI&DNP Coimbra 31 de março Miguel Carnide - SPI Conteúdos. 1. O CONCEITO DE IDI (INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO) 2. OVERVIEW DO MANUAL 3. A NORMA NP 4457:2007 4. A

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

Projecto de Avaliação do Desempenho Docente. Preâmbulo. Artigo 1.º. Objecto. Básico e Secundário, adiante abreviadamente designado por ECD. Artigo 2.

Projecto de Avaliação do Desempenho Docente. Preâmbulo. Artigo 1.º. Objecto. Básico e Secundário, adiante abreviadamente designado por ECD. Artigo 2. Projecto de Avaliação do Desempenho Docente Preâmbulo ( ) Artigo 1.º Objecto O presente diploma regulamenta o sistema de avaliação do desempenho do pessoal docente estabelecido no Estatuto da Carreira

Leia mais

ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007

ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007 ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007 Conteúdo da apresentação Enquadramento da CAF Características gerais da CAF Estrutura da CAF Processo de aplicação da CAF (10 Passos) Enquadramento da CAF

Leia mais

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE PARTE A (a preencher pelo coordenador do departamento curricular ou pelo conselho executivo se o avaliado for coordenador de um departamento curricular)

Leia mais

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA Nota justificativa A prossecução do interesse público municipal concretizado, designadamente através de políticas de desenvolvimento cultural,

Leia mais

ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE

ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Instituto Politécnico De Leiria A.1.a. Identificação

Leia mais

Financiamento do Desporto

Financiamento do Desporto Financiamento do Desporto Para abordar o tema do financiamento do desporto no momento actual e suas prospectivas é conveniente recordarmos as Opções do Plano e o Programa do Governo. De igual modo, consubstanciando

Leia mais

Anexos Arquitectura: Recurso Estratégico de Portugal

Anexos Arquitectura: Recurso Estratégico de Portugal Anexos. Arquitectura: Recurso Estratégico de Portugal e dos Portugueses ordem dos arquitectos. manifesto para as eleições legislativas 2011. maio 2011 Anexos Arquitectura: Recurso Estratégico de Portugal

Leia mais

A Implementação do Processo de Bolonha em Portugal e os Relatórios Institucionais da sua Concretização uma Análise Exploratória

A Implementação do Processo de Bolonha em Portugal e os Relatórios Institucionais da sua Concretização uma Análise Exploratória A Implementação do Processo de Bolonha em Portugal e os Relatórios Institucionais da sua Concretização uma Análise Exploratória António M. Magalhães CIPES/FPCEUP Apresentação: 1. A implementação do Processo

Leia mais

Metodologia de construção o da co- responsabilidade para o bem estar de todos a nível local

Metodologia de construção o da co- responsabilidade para o bem estar de todos a nível local FORMAÇÃO: : A METODOLOGIA SPIRAL Metodologia de construção o da co- responsabilidade para o bem estar de todos a nível local Divisão I&A Coesão Social do Conselho da Europa Instituto da Segurança Social

Leia mais

LIPOR. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE AMBIENTE Preparar o Porto para um futuro sustentável EMPRESA

LIPOR. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE AMBIENTE Preparar o Porto para um futuro sustentável EMPRESA LIPOR IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE AMBIENTE Preparar o Porto para um futuro sustentável EMPRESA A LIPOR Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto é a entidade responsável

Leia mais

AAE: oportunidades, governança, sustentabilidade

AAE: oportunidades, governança, sustentabilidade Seminário Latino America sobre AAE, 28-30 Agosto, 2006 AAE: oportunidades, governança, sustentabilidade Maria Rosário Partidário IST-Technical University of Lisbon, Portugal mrp@civil.ist.utl.pt CONTEXTO

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando a vontade comum do

Leia mais

Índice. rota 4. Enquadramento e benefícios 6. Selecção de fornecedores 8. Monitorização do desempenho de fornecedores 11

Índice. rota 4. Enquadramento e benefícios 6. Selecção de fornecedores 8. Monitorização do desempenho de fornecedores 11 rota 4 FORNECEDORES Rota 4 Índice Enquadramento e benefícios 6 Percurso 1. Selecção de fornecedores 8 Percurso 2. Monitorização do desempenho de fornecedores 11 Percurso 3. Promoção do Desenvolvimento

Leia mais

Gabinete de Apoio à Família

Gabinete de Apoio à Família Gabinete de Apoio à Família 1- Enquadramento do Projecto A freguesia de São Julião do Tojal, no concelho de Loures, é caracterizada por uma complexidade de problemas inerentes ao funcionamento da família.

Leia mais

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP)

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) Manual de Instruções do Banco de Portugal Instrução nº 15/2007 ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) A avaliação e a determinação com rigor do nível de capital interno

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Arronches. Metas Estratégicas para a Promoção da Cidadania ACTIVA e do Sucesso Escolar

Agrupamento de Escolas de Arronches. Metas Estratégicas para a Promoção da Cidadania ACTIVA e do Sucesso Escolar Agrupamento de Escolas de Arronches Metas Estratégicas para a Promoção da Cidadania ACTIVA e do Sucesso Escolar João Garrinhas Agrupamento de Escolas de Arronches I. PRINCIPIOS, VALORES E MISSÃO DO AGRUPAMENTO

Leia mais

Desenvolvimento e Capacitação de Servidores Públicos

Desenvolvimento e Capacitação de Servidores Públicos Desenvolvimento e Capacitação de Servidores Públicos I-Organização da Administração Pública A vida da sociedade organizada pressupõe uma organização racional do trabalho, constituída de uma hierarquia

Leia mais

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.1 Construção de projetos

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.1 Construção de projetos Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.1 Construção de projetos 2 Ficha 3.1 Construção de projetos Índice 1 Lógica de intervenção: uma abordagem centrada nos resultados...

Leia mais

Cuidados de Saúde Integrados, Agendas Partilhadas. Pedro Beja Afonso Presidente do Conselho de Administração

Cuidados de Saúde Integrados, Agendas Partilhadas. Pedro Beja Afonso Presidente do Conselho de Administração Cuidados de Saúde Integrados, Agendas Partilhadas Pedro Beja Afonso Presidente do Conselho de Administração 1 Contexto Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) e os cuidados hospitalares ainda funcionam de

Leia mais

REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Reconfiguração dos Centros de Saúde. Criação de Agrupamentos de Centros de Saúde.

REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Reconfiguração dos Centros de Saúde. Criação de Agrupamentos de Centros de Saúde. REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Reconfiguração dos Centros de Saúde Criação de Agrupamentos de Centros de Saúde Luis Pisco Missão para os Cuidados de Saúde Primários Viseu - Hotel Montebelo 12

Leia mais

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN 1645-9180

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN 1645-9180 1 A Escola a Tempo Inteiro em Matosinhos: dos desafios estruturais à aposta na formação dos professores das AEC Actividades de Enriquecimento Curricular Correia Pinto (*) antonio.correia.pinto@cm-matosinhos.pt

Leia mais

Tipo de perguntas mais frequentes

Tipo de perguntas mais frequentes Tipo de perguntas mais frequentes Para facilitar a preparação de uma entrevista apresentamos questões que frequentemente são colocadas nesta situação. Com base nestas, os candidatos poderão praticar as

Leia mais

Relatório de Investigação da Escola julho 2015

Relatório de Investigação da Escola julho 2015 Microsoft Partners in Learning Relatório de Investigação da Escola julho 2015 Elaborado para julho 2015 Relatório do Estudo de Este relatório apresenta os resultados dos inquéritos à equipa diretiva e

Leia mais

Organização de Eventos

Organização de Eventos Organização de Eventos Página de Rosto Aluna: Tânia Marlene Silva Ano/ Turma: 12º ano do Curso Profissional Técnico de Secretariado Disciplina: Técnicas de Secretariado Modulo: 20 Organização de Eventos

Leia mais

Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social

Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social REDE SOCIAL Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social REDE SOCIAL A Rede Social pretende constituir um novo tipo de parceria entre entidades públicas e privadas

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais