Carlos A Nobre Centro de Ciência do Sistema Terrestre, INPE. Foto: David McGrath. Senado Federal

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1 MUDANÇAS AS CLIMÁTICAS E O BRASIL Carlos A Nobre Centro de Ciência do Sistema Terrestre, INPE Foto: David McGrath Senado Federal Brasília, 29 de Outubro de 2008

2 Vulnerabilidade do Brasil às Mudanças Climáticas Mais de 50% do PIB brasileiro depende de recursos naturais renováveis (e.g., agricultura, energia, etc.) O Brasil é país em desenvolvimento, (ainda) com índices significativos de desigualdade social e pobreza

3 O que o pode o Brasil fazer no tocante às mudanças as climáticas globais? Mitigação E adaptação? A busca de um balanço apropriado entre mitigação das emissões e aumento da capacidade de adaptação deve ser iniciado prontamente. Temos conhecimento suficiente sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil para guiar políticas públicas de adaptação?

4 EMISSÕES BRASILEIRAS DE GEE Emissões Brasileiras de CO 2 eq (1994) Foco em redução das emissões por usos da terra e agricultura 55% 1% do PIB 1% Energia Processos Industriais Uso de Solventes e Outros Produtos Agropecuária Mudança no Uso da Terra e Florestas Tratamento de Resíduos 17% 2% 25% 20% Considerando GWP do CH 4 = 21

5 Mitigação Mitigar emissões no Brasil é principalmente reduzir desmatamentos! ¾ das Emissões Brasileiras de CO 2 advindas dos Desmatamentos! Emissão brasileira de CO 2 em 1994 por setor 0% 23% 3% v 0% 74% Emissões brasileiras de CO 2 (per capita): Energia Agropecuária Tratamento de resíduos Processos Industriais Desmatamento e queimadas 0,5 ton C/ano de origem fóssil 1,5 ton C/ano com desmatamentos médio 1,0 ton C/ano com desmatamento de 2007

6 Primeiro passo: reduza o dano! 2004: km² desmatado na Amazônia Brasileira : ~60% de redução no desmatamento km 2 /year Carbono na Biomassa INPE/Prodes & Deter km² de desmatamento evitado em 3 anos (linha de base de km 2 /ano) ~ 220 milhões de ton C ~US$ 2,2 bilhões de valor de carbono

7 Adaptação de Sistemas Humanos Perigo Risco ou Impacto Capacidade Exposição Adaptativa Vulnerabilidade A complexidade das dimensões humanas

8 Mas nos adaptar a que? O conhecimento sobre os impactos das mudanças climáticas, no Brasil, ainda não permite elaboração de políticas públicas focalizadas Necessidade de expandir nossa capacidade de gerar cenários adequados de mudanças climáticas e estudos subsequentes de impactos, adaptação e vulnerabilidade

9 (Ambrizzi et al 2007) Média sazonal de Mudanças de Temperatura (C) [( )-( )] Modelo Climático Regional Precis D-J-F M-A-M Cenário A2 J-J-A S-O-N

10 (Ambrizzi et al 2007) Média sazonal de Mudança de Precipitação (mm/dia) [( )-( )] Modelo Climático Regional Precis D-J-F M-A-M Cenário A2 J-J-A S-O-N

11 Projeção de Dias Secos Consecutivos Tendências de precipitação simulada pelo modelo regional Precis ( ) (Marengo et al 2007)

12 Alguns Exemplos de Impactos das Mudanças Climáticas no Brasil Desastres Naturais Semi-Árido Zonas Costeiras Saúde Ecossistemas (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica) Agricultura Energias Renováveis (Hidro e Eólica)

13 Sudeste da América do Sul: Aumento na intensidade e freqüência de dias com chuva intensa ( ) Vazio de dados na Amazônia, Nordeste e partes do Centro- Oeste.? Índice R10 - Número de dias com chuva acima de 10 mm/dia

14 Impactos Severos nos Recursos Hídricos do Nordeste. Tendência a aridização da região semi-árida do Nordeste até final do Século XXI Relevante ao: PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO E MITIGAÇÃO DOS EFEITOS DE SECA (PAN-Brasil) Balanço Hídrico no Semi-Árido do Nordeste Superavit Déficit Fonte: J. Tomasella, INPE Maior Déficit Hídrico no Nordeste: Vulnerabilidade na agricultura! Fonte: Eneas Salati, FBDS

15 Adaptação e Vulnerabilidade da Zona Costeira às s Mudanças as Climáticas Aquecimento Global (Fonte: P. Rosman, COPPE-UFRJ) Principais Efeitos do Aquecimento Global no Mar que afetam Zonas Costeiras AECO COPPE/UFRJ 3. Possível mudança nas direções de propagação das ondas devido a alterações na circulação atmosférica, semelhante ao que já acontece em eventos de El Niño: a. Tendência de realinhamento da linha de praia, criando sérios problemas em enseadas urbanizadas, e.g. Copacabana, Ipanema-Leblon, etc. (efeitos persistentes) Tendência de realinhamento do litoral devido a mudança na direção de propagação das ondas Aumento Projetado do Nível do Mar no Século XXI Entre 30 cm até acima de 1 m

16 Clima e Endemias Esquistossomose Baixa amplitude de temperatura Chuvas constantes Isoterma de 22 o C Cortesia: Christovam Barcellos, Dengue FIOCRUZ, 2008 Leptospirose Chuvas no verão Baixas temperaturas Arroz

17 Futuro dos Biomas Brasileiros Floresta Savana Caatinga Savanas na Amazônia Semi-Deserto no Nordeste floresta savana caatinga campos deserto Savanização na Amazônia e Aridização no Nordeste fontes: Oyama and Nobre, 2003 e Salazar, Nobre and Oyama, 2007

18 In the Cerrado biome global warming will push the present area of occurrence, and the diversity centre, to the southeast were suitable areas are aklready occupied by. More then 40% of the species of trees will be extinct in Using GARP. Present area with the higher diversity of species of trees Area with the higher diversity of species of trees in the optimistic scenario Area with the higher diversity of species of trees in the pessimistic scenario

19 Ocorrência potencial no presente Mata Atlântica e Mudanças Cllimáticas A Ocorrência em 2050 com cenário otimista Ocorrência em 2050 com cenário pessimista - 30% - 65% B C Based in Colombo 2007, Using GARP.

20 Matriz Energética Brasileira O Brasil apresenta 45% da oferta interna de energia de origem renovável Média mundial: 13% OECD: 6% Fonte: EPE

21 Potencial de Energia EólicaE Shaeffer et al., 2008 Climate Change: Energy Security. COPPE/UFRJ Brasil hoje: aprox. 0,28 GW Potencial aproveitável = 60 GW Fonte: PE/MME Velocidade Annual Média do Vento

22 Cálculos indicam diminuição do potencial de energia eólica devido ao decréscimo da velocidade do vento para os cenários de mudanças climáticas Shaeffer et al., 2008 Climate Change: Energy Security. COPPE/UFRJ

23 Capacidade de Geração Hidrelétrica das Bacias de Drenagem Shaeffer et al., 2008 Climate Change: Energy Security. COPPE/UFRJ

24 Diminuição da Vazão dos Rios mas, pequena alteração no potencial hidrelétrico. Shaeffer et al., 2008 Climate Change: Energy Security. COPPE/UFRJ

25 Áreas FLORESTA AMAZÔNICA Potenciais de Expansão da Cana de Açúcar para o Clima Atual Pantanal CANA DE AÇÚCAR Biocombustíveis Mata Atlântica Fontes: IBGE & CTC

26 Baixo risco climático Risco temperatura baixa Risco de excesso hídrico Baixo risco com irrigação de manutenção Baixo risco com forte irrigação de manutenção Alto risco climático Políticas Públicas excluem expansão da cana de açucar no Amazônia e Pantana CANA DE AÇÚCAR cenário A2 Ano Irrigação Baixo risco climático Fonte: E. Assad, EMBRAPA, 2008

27 Baixo risco climático Risco temperatura baixa Risco de excesso hídrico Baixo risco com irrigação de manutenção Baixo risco com forte irrigação de manutenção Alto risco climático Área de proteção ou excluída Fonte: E. Assad, EMBRAPA, 2008 CANA DE AÇÚCAR cenário A2 Ano Baixo risco climático Irrigação

28 Baixo risco climático Risco temperatura baixa Risco de excesso hídrico Baixo risco com irrigação de manutenção Baixo risco com forte irrigação de manutenção Alto risco climático Área de proteção ou excluída Fonte: E. Assad, EMBRAPA, 2008 CANA DE AÇÚCAR cenário A2 Ano Irrigação Baixo risco climático

29 CANA DE AÇÚCAR cenário A2 Ano Irrigação Baixo risco climático Baixo risco climático Risco temperatura baixa Risco de excesso hídrico Baixo risco com irrigação de manutenção Baixo risco com forte irrigação de manutenção Alto risco climático Área de proteção ou excluída Fonte: E. Assad, EMBRAPA, 2008

30 Cultura: Soja Cenário A2 Ano SOJA apta e produtora apta inapta inapta e produtora área de proteção ou excluída

31 apta e produtora apta inapta inapta e produtora área de proteção ou excluída Cultura: Soja Cenário A2 Ano

32 apta e produtora apta inapta inapta e produtora área de proteção ou excluída Cultura: Soja Cenário A2 Ano

33 Soja Nº de Municíp io s Atual Tempo Precis A2 Precis B2

34 Poderá o Brasil, no Século XXI, tornar-se uma potência ambiental ou o primeiro país tropical desenvolvido?

35 Poderá o Brasil, no Século XXI, tornar-se uma potência ambiental ou o primeiro país tropical desenvolvido? O desafio de uma geração é inventar um novo paradigma de desenvolvimento para o Brasil, baseado em C&T, reconhecendo que os usos racionais dos abundantes recursos naturais renováveis e da biodiversidade podem ser a grande alavanca para o desenvolvimento.

36 OBRIGADO!

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