UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Ana Paula Rigoni ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SINDROME DE FOURNIER EM UTI: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Ana Paula Rigoni ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SINDROME DE FOURNIER EM UTI: RELATO DE EXPERIÊNCIA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Ana Paula Rigoni ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SINDROME DE FOURNIER EM UTI: RELATO DE EXPERIÊNCIA CURITIBA 2012

2 Ana Paula Rigoni ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SINDROME DE FOURNIER EM UTI: RELATO DE EXPERIÊNCIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Terapia Intensiva Visão Multiprofissional da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Enfermeira de Unidade de Terapia Intensiva. Orientadora: Dr Ozana de Campos. CURITIBA 2012

3 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO Objetivos METODOLOGIA e FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Definição Quadro clínico Sintomas Causas e Diagnostico Tratamento...09 e RELATO DE EXPERIÊNCIA á CONSIDERAÇÕES FINAIS e REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...18 e 19

4 RESUMO A gangrena de Fournier é uma infecção polimicrobiana causada por bactérias aeróbias e anaeróbias, que atuam de maneira sinérgica, levando a uma fascite necrotizante que acomete principalmente as regiões genital, perianal e perineal. A gangrena de Fournier pode ser idiopática ou estar associada a fatores predisponentes, como diabetes mellitus, alcoolismo, trauma mecânico, procedimentos cirúrgicos, pacientes imunossuprimidos, infecções do trato urinário ou perianais, entre outras. Os sinais e sintomas desta síndrome são: dor, edema, eritema, crepitação dos tecidos e necrose das fáscias, onde em alguns casos aparece posteriormente quadro de febre e drenagem de secreção purulenta com odor fétido. O diagnóstico baseia-se em sinais clínicos, no exame físico ou através de testes laboratoriais. O tratamento baseia-se na estabilização clínica do paciente, no desbridamento cirúrgico com drenagem da área comprometida e administração de antibióticos de largo espectro. Este trabalho apresentará um relato de experiência vivenciado no acompanhamento de uma paciente portadora de síndrome de fournier. Palavras Chave: Enfermagem, Síndrome de fournier, Cuidados de Enfermagem.

5 TERMO DE APROVAÇÃO ANA PAULA RIGONI ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SINDROME DE FOURNIER EM UTI: RELATO DE EXPERIÊNCIA Este estudo foi julgado e aprovado para obtenção de título de Enfermeiro especialista em Terapia Intensiva adulto, infantil e neonatal. Curitiba 24 de agosto de Pós graduação em Terapia Intensiva, Universidade Tuiuti do Paraná. ORIENTADOR: Dra. OZANA DE COMPOS

6 1 1.0 INTRODUÇÃO A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) surgiu da necessidade organizacional dos profissionais de saúde para a realização da assistência a pacientes com alto grau de complexidade, visando um melhor atendimento com observação constante em um ambiente restrito e com assistência especializada. Trata-se de uma idéia antiga que começou a ser realizada por Florence Nightingale ao isolar os doentes mais graves, durante a Guerra da Criméia, em 1800 (PINA et all, 2008). Pina et all (2008), citam que embora ofereça um serviço especializado, com profissionais extremamente capacitados, a UTI é considerada um setor gerador de estresse nos pacientes, por diversos fatores, tais como: estrutura ambiental, pelas técnicas e procedimentos realizados, pela doença que contribui para isso e interfere na capacidade de adaptação e mudanças no indivíduo e na sua família. Nas unidades de terapia intensiva, são inúmeros os tipos de pacientes e diversos os diagnósticos a serem tratados, dentre eles esta a Síndrome de Fournier, patologia a qual demanda conhecimento a habilidade por parte dos profissionais de saúde, para seu tratamento. A gangrena de Fournier é uma infecção polimicrobiana causada por bactérias aeróbias e anaeróbias que, atuam de maneira sinérgica, levando a uma fascite necrotizante que acomete principalmente as regiões genital, perianal e perineal (HOFFMANN et al,2009). Candelária et all, (2009) definem a fascite necrótica perineal (Síndrome de Fournier) como infecção grave dos tecidos moles, de etiologia não totalmente esclarecida, porém associada a procedimentos urológicos,

7 2 protológicos ou ginecológicos, além de diabetes mellito, alcoolismo, desnutrição grave e outros estados de imunodepressão. Apesar da controvérsia na descrição da síndrome, ela é caracterizada por uma infecção polimicrobiana, com uma causa identificável em 95% dos casos, que se inicia na região genital ou perineal. Ela é caracterizada por uma endarterite obliterante, seguido de uma isquemia e trombose dos vasos subcutâneos que resultam em necrose da pele e tecido subcutâneo adjacente, mesmo antes da evidência de eritema, crepitação e formação de bolhas. (MEHL et all, 2010). Hoffmann et all,(2009) relatam que nesta enfermidade ocorre trombose vascular subcutânea e necrose de tecidos. A isquemia local é efeito sinérgico das bactérias. A necrose dos tecidos por sua vez, favorece a entrada de bactérias a áreas previamente estéreis. O mesmo autor também cita que a gangrena de Fournier pode ser idiopática ou estar associada a fatores predisponentes, como diabetes mellitus, alcoolismo, trauma mecânico, procedimentos cirúrgicos, pacientes imunossuprimidos, infecções do trato urinário ou perianais, entre outras. Apesar do tratamento cirúrgico imediato a mortalidade permanece elevada, alcançando em alguns estudos 30% a 50%, aumentando para até 80% em diabéticos e idosos. (HOFFMANN et all, 2009). Os sinais e sintomas são: dor, edema, eritema, crepitação dos tecidos e necrose das fáscias, onde em alguns casos aparece posteriormente quadro de febre e saída de secreção purulenta com odor fétido do abscesso já formado no processo inicial. (BARBOSA, 2007).

8 3 Judice et all,(2010) relatam que o quadro clínico da gangrena de Fournier é variável, o paciente exibe de dois a sete dias de febre, com hiperemia, necrose cutânea e crepitação. Celulite não responsiva a antibióticos e sintomas de choque desproporcionais às alterações cutâneas são sinais que levantam suspeitas. Também relatam que os principais patógenos isolados existenetes na patologia são Klebsiella, Proteus, Streptococcus, Staphylococcus, Peptostreptococcus, Bacteróides, Pseudomonas e Clostridium. Optou-se por realizar este estudo devido a vivencia de um caso presenciado, onde se pôde observar a dificuldade na assistência a uma paciente portadora da Síndrome de Fournier, devido ao pouco conhecimento e a não afinidade por tratamento de feridas dos profissionais atuantes em uma Unidade de Terapia Intensiva.

9 4 1.1 OBJETIVOS Discorrer sobre o que é a Síndrome de Fournier, relatando sua incidência, prevalência, métodos de tratamento. Fazer o relato de caso de experiência no acompanhamento de uma paciente portadora da Síndrome de Fournier.

10 5 2. METODOLOGIA A metodologia aplicada do referido trabalho será baseado em uma vivencia profissional, levantamentos bibliográficos, busca eletrônica de artigos baseados em dados scielo (Scientific Eletronic Online). A natureza da pesquisa será de forma aplicada através dos instrumentos, meios e métodos para se chegar às aplicações práticas (SANTOS, 2007). Ao acompanhar o caso da paciente, observou-se os cuidados realizados para o tratamento da síndrome e percebeu-se as dificuldades no atendimento. Como embasamento foi necessário realizar uma pesquisa teórica que se deu de forma qualitativo-descritiva, onde para Minayo (2003) pesquisa qualitativa é o pensamento a ser seguido e trata-se do conjunto de técnicas adotados para construir uma realidade através de crenças, valores e significados. E de acordo com Gil (1991) a pesquisa descritiva, como o próprio nome diz, descreve as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática, fazendo um levantamento do assunto abordado. Para o desenvolvimento deste relato os dados primários, feito através da vivencia profissional num determinado hospital, e os dados secundários relacionado à teoria, fundamentado em autores renomados, através da pesquisa bibliográfica. De acordo com Gil (2007, p. 64) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

11 6 Para Santos (2007, p. 126) é um tipo de pesquisa obrigatório a todo e qualquer modelo de trabalho científico. É um estudo organizado sistematicamente com base em materiais publicados. São exigidas a busca de informações bibliográficas e a seleção de documentos que se relacionam com os objetivos da pesquisa. Ainda de acordo com Santos (2007, p. 139), a Fundamentação teórica também conhecida como referencial teórico, revisão da literatura ou ainda pressupostos teórico, a fundamentação teórica é a parte do planejamento/projeto que apresenta o desenvolvimento de um texto sobre o tema, com base nos principais autores consultados, no qual o aluno não tentará esgotar o assunto, pois é um estudo ainda prévio da pesquisa. Para realização deste trabalho, foi realizado um relato de uma experiência vivenciada em um hospital da cidade de Curitiba.

12 7 3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 DEFINIÇÃO A Sindrome de Fournier é uma fascite necrotizante rapidamente progressiva, que acomete a genitália e a região perineal. Mesmo com os avanços na terapêutica, a morbidade e a mortalidade desta afecção permanecem elevadas (BATISTA et all 2009). Hoffmann et all (2009), relatam que nesta enfermidade ocorre endarterite obliterante causando trombose vascular subcutânea e necrose de tecidos. A necrose dos tecidos por sua vez, favorece a entrada de bactérias a áreas previamente estéreis. A gangrena de Fournier pode ser idiopática ou estar associada a fatores predisponentes, como diabetes mellitus, alcoolismo, trauma mecânico, procedimentos cirúrgicos, pacientes imunossuprimidos, infecções do trato urinário ou perianais, entre outras. A Síndrome de Fournier foi classificada em primária, quando uma causa não era reconhecida, e secundária quando fatores causadores são identificados. A doença não é exclusiva de homens, pois já existem casos descritos de necrose vulvar (MEHL et all 2010). A síndrome de Fournier, também conhecida como fascíte necrosante, síndrome de Mellené ou gangrena de Fournier, é caracterizada por uma infecção aguda dos tecidos moles do períneo, com celulite necrotizante secundária a germes anaeróbicos ou bacilos gram-negativos, ou ambos. A infecção pode desenvolver-se sob pele aparentemente normal, dissecando o tecido com necrose. (OLIVEIRA et all 2012).

13 8 3.2 QUADRO CLÍNICO Judice et all, (2010) relatam que o quadro clínico da gangrena de Fournier é variável, o paciente exibe de dois a sete dias de febre, com hiperemia, necrose cutânea e crepitação. Celulite não responsiva a antibióticos e sintomas de choque desproporcionais às alterações cutâneas são sinais que levantam suspeitas. Também relatam que os principais patógenos isolados existentes na patologia são Klebsiella, Proteus, Streptococcus, Staphylococcus, Peptostreptococcus, Bacteróides, Pseudomonas e Clostridium. Geralmente esta síndrome causa perda de grande área de tecido, podendo espalhar-se para outras áreas além do períneo, como abdome, membros inferiores, dorso, tórax e retroperitônio (MAURO et all, 2011). 3.3 SINTOMAS Os sinais e sintomas desta síndrome são: dor, edema, eritema, crepitação dos tecidos e necrose das fáscias, onde em alguns casos aparece posteriormente quadro de febre e drenagem de secreção purulenta com odor fétido do abscesso já formado no processo inicial (BARBOSA, 2007). 3.4 CAUSAS As causas desta patologia são várias como, procedimentos cirúrgicos, agressivos nas regiões genitais, perianal e perineal dos indivíduos, também existem causas raras, como introdução de próteses penianas. As principais causas ocorrem devido a doenças associadas, como diabetes mélito que pode chegar até 60% dos casos. Além disso, idade avançada, hospitalização prolongada, carcinoma e alcoolismo são mencionados, além de corticoterapia,

14 9 desnutrição, radioterapia, quimioterapia, imunossupressão, defeitos sensoriais, falência renal, hemodiálise, vasculite, cirrose, lúpus e SIDA (CANDELARIA et all, 2009). 3.5 DIAGNOSTICO Mehl et all, (2010) relatam que o diagnóstico desta patologia baseia-se em sinais clínicos e no exame físico. Testes laboratoriais são inespecíficos demonstrando na maioria dos casos anemia, leucocitose, trombocitopenia hiperglicemia, hiponatremia, hipocalemia, azotemia e hipoalbuminemia. O mesmo autor relata também que o tempo médio do diagnóstico é de seis dias com os métodos convencionais e de 21 horas com a simples identificação de fascíte necrotizante em exemplares de biópsia por congelação. A prevenção da síndrome de Fournier é feita pelo controle das doenças de base do paciente e pelo tratamento precoce das infecções e traumas do períneo e do sistema geniturinário (MAURO et all, 2011). 3.6 TRATAMENTO O tratamento baseia-se, principalmente, no manejo cirúrgico, variando desde a simples drenagem até desbridamento radical com ou sem derivação fecal ou urinária, seguido ou não de rotação de retalhos, uso de antibióticos de largo espectro e medidas de suporte. Existem também medidas adjuvantes como a câmara hiperbárica para prevenir a extensão da necrose, reduzir sinais sistêmicos da infecção e melhorar a sobrevida do tecido isquêmico (MEHL, et al, 2010).

15 10 Mauro, et all (2011), relata que o tratamento da doença consiste na retirada de tecidos desvitalizados, onde os antibióticos não penetram. A antibioticoterapia deve ser de amplo espectro, pois vários são os germes responsáveis, em escala decrescente de incidência: Escherichia coli, Pseudomonas pyocyaneus, Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Bacteroides spp., Proteus spp., Clostridium spp., Klebsiella pneumoniae, entre outros. Em pacientes com quadro séptico, cuidados intensivos como manutenção dos sinais vitais e oxigenação dos tecidos usando suporte de ventilação mecânica, se necessário, é de fundamental importância. O tratamento baseia-se na estabilização clínica do paciente, no desbridamento cirúrgico com drenagem da área comprometida e administração de antibióticos de largo espectro, sendo uma cefalosporina de 3º geração ou penicilina, um aminoglicosídeo ou metronidazol para anaeróbios. O curativo do local é essencial após o desbridamento para remoção de secreção purulenta, de tecido de fibrina e auxilia no processo de cicatrização (BARBOSA, 2007).

16 RELATO DO CASO O relato de experiência foi vivenciado em um hospital privado da cidade de Curitiba, Paraná. O caso foi presenciado pela enfermeira assistencial de uma Unidade de Terapia Intensiva. A enfermeira assistencial tem como função a assistência direta ao paciente, prestando cuidados de maior complexidade ao mesmo. A unidade onde a paciente encontrava-se é composta por 09 leitos, onde 04 são de isolamento. A unidade atende a pacientes com diagnósticos crônicos, que permanecem por tempo prolongado de internamento e principalmente pacientes que são colonizados por bactérias multirresistentes. Paciente M.G.S, 73 anos, sexo feminino, caucasiana,viúva, residente da cidade de Curitiba PR, dá entrada na unidade no dia 01/08/2011 as 18:00 horas no pós operatório imediato de desbridamento cirúrgico em região perianal, com história pregressa de pós operatório tardio de hemorróidectomia com evolução para síndrome de Fournier. Internada há 01 dia em um determinado CMUM onde relatava algia perianal e dispnéia. É encaminhada para o hospital onde foi avaliada e encaminhada para o centro cirúrgico, para realização do desbridamento. Dá entrada na unidade proveniente do centro cirúrgico, entubada em ventilação mecânica, sob efeito sedativo, com acesso venoso periférico em veia jugular externa esquerda, acesso venoso central em veia subclavia direita, com infusão de dopamina e soroterapia. Com monitorização da pressão invasiva. Sonda nasogástrica aberta em frasco coletor sem debito. Curativo perianal, com dreno de penrose com drenagem de secreção purosanguinolenta de odor fétido. Lesão em região glútea com presença de tecido necrótico.

17 12 Eram realizados cuidados de enfermagem diários a paciente e dentre eles a troca do curativo da lesão localizada nas regiões perianal, anal e sacral, três vezes por dia, nos períodos da manhã, tarde e noite devido á grande drenagem de secreção purulenta com odor fétido. Pode-se observar uma dificuldade muito grande no tratamento da lesão devido á falta de conhecimento e a pouca afinidade por parte dos profissionais de enfermagem em relação ao tratamento de feridas. Na instituição onde ocorreu o caso, existe uma comissão de curativos formada por enfermeiras e um médico, atuantes no hospital. Os mesmos é que avaliavam a lesão semanalmente e definiam o tratamento a ser implantado. Os curativos eram realizados com materiais padronizados segundo livro de protocolo implantado pela comissão de curativos. As enfermeiras da comissão de curativos prestavam orientações aos colaboradores da enfermagem sobre a maneira que deveriam ser realizados os curativos e quais os materiais a serem utilizados, segundo protocolo da instituição. Devido ao grau de complexidade da lesão, foi definido que somente os enfermeiros é que poderiam realizar os curativos, para maior controle e avaliação do progresso do tratamento. O quadro clinico da paciente, era instável onde foi necessário o inicio de infusão de drogas vasoativas como noradrenalina, dobutamina entre outras. A mesma não conseguia fazer o desmame da ventilação mecânica, agravando ainda mais o caso, onde a sua mobilidade ficava cada vez mais difícil. Semanas se passarem e a paciente permanecendo na ventilação mecânica foi submetida á traqueostomia, apresentando grande quantidade de secreção purulenta em vias aéreas. Através da coleta de culturas da paciente

18 13 foi diagnosticada, a presença de várias bactérias multirresistentes, como MRSA, Klebsiela, Acinetobacter, sendo necessária a utilização de antibióticos de maior espectro no tratamento. O período de internamento foi prolongando-se e as condições da paciente piorando cada vez mais. Encontrava-se muito edemaciada, com drenagem de exsudato, não tolerando mudança de decúbito, dificultando o tratamento da lesão. A região sacra, perianal e anal encontrava-se com grande quantidade de esfacelos, com presença de tecido necrótico, com drenagem em grande quantidade de secreção purulenta de odor fétido. Segundo orientação da comissão de curativos e conforme a padronização dos materiais da instituição os curativos eram realizados com água destilada para lavagem da cavidade com auxilio de gaze estéril, era aplicado iruxol para desbridamento do tecido necrótico, hidrogel para retirada de esfacelos e ácido graxos essenciais (AGE), nos locais com presença de tecido de granulação. Para oclusão da área era utilizado gaze estéril e chumaço. Segundo o protocolo de curativos especiais 2011, elaborado pela comissão de curativos da instituição os produtos utilizados no tratamento da ferida desenvolvem as seguintes funções. Hidrogel promove a remoção de crostas ou tecidos desvitalizados de feridas abertas através do desbridamento autolítico. Ácido graxo essencial (AGE) promove a quimiotaxia e angiogênese, também mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual. Iruxol promove o desbridamento autolítico de tecidos necróticos. Como característico da síndrome de fournier surgiram túneis profundos na região sacral o qual ocasionada acúmulo de secreção purulenta. Havia

19 14 exposição óssea do cóquis. Devido à grande drenagem de secreção purulenta de odor fétido, foi utilizada uma placa de carvão ativado e prata o qual absorve a secreção e minimiza o odor fétido da lesão. O curativo de carvão ativado tem como função a absorção de exsudato e filtra o odor fétido, a prata exerce função bactericida. Os curativos continuavam a serem realizados diariamente, sendo realizada lavagem e desbridamento mecânico da necrose e esfacelos, a quantidade de secreção purulenta diminuía gradativamente. Após dois meses de internamento a paciente foi encaminhada para o centro cirúrgico para novo desbridamento cirúrgico onde foi realizada colostomia para desvio do trânsito intestinal, minimizando a contaminação pelas fezes. Retorna para a UTI onde houve a continuidade aos cuidados diários, curativo realizado três vezes por dia. Após meses de tratamento sendo realizado o curativo diariamente com material adequado juntamente com o tratamento medicamentoso, observou-se uma melhora significativa da lesão, onde a mesma encontrava-se com pequena quantidade de esfacelos, tecido necrótico em pequenos pontos, a maior extensão da lesão apresentando tecido de granulação, dois dos três túneis fecharam e a lesão drenava pequena quantidade de secreção purulenta. Após quatro meses e internamento com tratamento especifico a Sindrome de Fournier a paciente permanecendo traqueostomizada em ventilação mecânica, não apresentando melhora com tratamento clinico apresenta parada cardio respiratória e vai a óbito em 24/12/2011.

20 CONSIDERAÇÕES FINAIS A síndrome de Fournier é uma doença não muito conhecida que acomete tecidos moles da região da genitália dos indivíduos. Ocorre principalmente em homens, mas já existem casos relatados com mulheres como o caso acima citado. É uma doença que causa necrose de tecidos acometidos por bactérias aeróbias e anaeróbias que invadem tecidos previamente estéreis. A patologia exige tratamento adequado e específico necessitando muitas vezes de cuidados intensivos como antibioticoterapia e realização de curativos adequados. Ocorre por meio de trauma do local através de um ato cirúrgico ou por co-morbidades que predispõe para o desenvolvimento da síndrome. Para o tratamento desta síndrome, é necessário conhecimento por parte dos profissionais que prestam cuidados diretos ao paciente. A falta de conhecimento dos profissionais de saúde é fator agravante no tratamento de patologias mais complexas como a síndrome de fournier. No acompanhamento do caso da paciente portadora da Síndrome de Fournier, foi observada a dificuldade na percepção da evolução de melhora da lesão da paciente devido a não realização correta dos curativos, por falta de conhecimento sobre a síndrome, falta de habilidade e conhecimento nos cuidados a serem realizados na realização dos curativos. A comissão de curativos atuante na instituição, observando, a dificuldade da equipe no tratamento a lesão da paciente, passou a atuar ativamente avaliando diariamente a lesão acompanhando a realização dos

21 16 curativos. Desta forma percebeu-se uma melhora gradativa da lesão, onde pode se observar a ação de cada produto utilizado no tratamento. A equipe aperfeiçoou o conhecimento a respeito da síndrome e passou a conduzir melhor o tratamento. Ao termino deste trabalho, conclui-se que é de fundamental importância o conhecimento por parte dos profissionais de saúde para que cada vez mais os profissionais prestem cuidados de melhor qualidade.

22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ARTHUR LEOPOLDO HOFFMANN, LUIZ FERNANDO IGLESIAS, WALTER WENDHAUSEN ROTHBARTH, SÍNDROME DE FOURNIER: RELATO DE CASO. Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 38 - Suplemento BARBOSA, Maria José; GAMA, Robson Miranda da; CARVALHO, Regina Siqueira Haddad. SÍNDROME DE FOURNIER: CURATIVO USUAL X CURATIVO COM MEL ASSOCIADOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO. SÃO PAULO, SP, CANDELARIA PAP; KLUG WA; CAPELHUCHNIK P; FANG CB. Síndrome de Fournier: Análise dos Fatores de Mortalidade. Rev Brás Coloproct, 2009;29(2): CANDELARIA, Paulo de Azeredo Passos et al. Síndrome de Fournier: análise dos fatores de mortalidade. Rev bras. colo-proctol., Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, June Available from < access on 03 Feb CESAR, Ana Maria Roux Valentini Coelho; Método do Estudo de Caso ou Método do Caso Uma análise dos dois métodos no Ensino e Pesquisa em Administração. Universidade Presbiteriana Mackenzie, Dezembro, Comissão de curativos, Hospital São Vicente. PROTOCOLO DE CURATIVOS ESPECIAIS, GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, JUDICE PLP et al. Gangrena de Fournier: relato de três casos. Rev Imagem (Online) 2010;32(1/2):21 2. MAURO, Victor. Neo ; Retalho fasciocuta de regiao interna de coxa parágrafo reconstrução escrotal e Sindrome de Fournier. Rev. Bras. Cir. Plástico em st.,  Sà o Paulo,  v. 26,  n. 4, um Dec.  Disponível em <

23 &lng=en&nrm=iso>. acesso ona 11 July 2012. MEHL, Adriano Antonio et al. Manejo da gangrena de Fournier: experiência de um hospital universitário de Curitiba. Rev. Col. Bras. Cir., Rio de Janeiro, v. 37, n. 6, Dec Available from < access on 20 Mar MINAYO, M. C. de S. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22 ed. Rio de Janeiro: Vozes, OLIVEIRA, C.D.S de Andreia; MENDES, Ivonete; SCOTAS, Sayonara, COSTA, T.F.Mariana. USO DE ALGINATO DE CÁLCIO COM PRATA EM LESÃO DECORRENTE DE SÍNDROME DE FOURNIER. São Paulo PINA, Rosãngela Zampieri; LAPCHINSK, Luciane Ferrira; PUPULIM Jussara Simone Lenzi PERCEPÇÃO DE PACIENTES SOBRE O PERÍODO DE INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Cienc Cuid Saude 2008 Out/Dez; 7(4): SANTOS, Gisele do Rocio Cordeiro Mugnol. Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: IBPEX, 2007.

PROF.DR.JOÃO ROBERTO ANTONIO

PROF.DR.JOÃO ROBERTO ANTONIO DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO DAS FERIDAS NEM SEMPRE SE ACERTA, MAS SEMPRE SE APRENDE... PROF.DR.JOÃO ROBERTO ANTONIO RELATO DE CASO AF: n.d.n. ID: masculino, 39 anos, branco, casado, natural e procedente

Leia mais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS A maior parte dos casos são as chamadas comunitárias ou não nosocomiais Típica Não relacionada à faixa etária. Causada por S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Sintomatologia

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENFERMAGEM SAMANTHA CORREA VASQUES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENFERMAGEM SAMANTHA CORREA VASQUES 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENFERMAGEM SAMANTHA CORREA VASQUES RELATÓRIO ESTÁGIO CURRICULAR III- SERVIÇOS DA REDE HOSPITALAR: UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA PORTO ALEGRE

Leia mais

Relatório de Conclusão do Estágio Curricular III Serviços Hospitalares

Relatório de Conclusão do Estágio Curricular III Serviços Hospitalares 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Enfermagem THAÍLA TANCCINI Relatório de Conclusão do Estágio Curricular III Serviços Hospitalares Porto Alegre 2011 2 THAÍLA TANCCINI Relatório de

Leia mais

MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL. Professora Marília da Glória Martins

MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL. Professora Marília da Glória Martins MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL Professora Marília da Glória Martins Definição Denomina-se infecção puerperal qualquer processo infecioso bacteriano do trato genital, que ocorra nos primeiros dez dias de puerpério,

Leia mais

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa Uso de antibióticos no tratamento das feridas Dra Tâmea Pôssa Ferida infectada Ruptura da integridade da pele, quebra da barreira de proteção Início do processo inflamatório: Dor Hiperemia Edema Aumento

Leia mais

Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos

Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos Prof. Rivaldo Assuntos Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos Administração e Gerenciamento de Enfermagem Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher e da Criança Enfermagem nas Doenças Transmissíveis

Leia mais

B BRAUN. Askina Calgitrol Ag. Curativo de Alginato e Prata para Feridas. SHARING EXPERTISE

B BRAUN. Askina Calgitrol Ag. Curativo de Alginato e Prata para Feridas. SHARING EXPERTISE Askina Calgitrol Ag Curativo de Alginato e Prata para Feridas. Askina Calgitrol Ag é um curativo desenvolvido pela tecnologia B. Braun que combina a alta capacidade de absorção do alginato de cálcio e

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Osteomielite Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 15/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização: 1.

Leia mais

Estudo de Caso - HB Saúde

Estudo de Caso - HB Saúde Estudo de Caso - HB Saúde Enfª Elisângela Empório Médico Nutricionista Maristela Empório Médico Dra. Vera Sukumine Médica HB Saúde S. J. Rio Preto Enfº Aderson HB Saúde São José do Rio Preto Identificação

Leia mais

INDICADORES SOCIAIS E CLÍNICOS DE IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

INDICADORES SOCIAIS E CLÍNICOS DE IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO INDICADORES SOCIAIS E CLÍNICOS DE IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO Rosângela Alves Almeida Bastos - Universidade Federal da Paraíba- email: rosalvesalmeida2008@hotmail.com Maria das Graças Melo Fernandes

Leia mais

32º Imagem da Semana: Radiografia de abdome

32º Imagem da Semana: Radiografia de abdome 32º Imagem da Semana: Radiografia de abdome Enunciado Paciente masculino, de 52 anos, previamente hígido, procurou atendimento médico devido a dor abdominal em cólica iniciada há cerca de 18 horas, com

Leia mais

PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS. (Falhas na adesão ás práticas de prevenção)

PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS. (Falhas na adesão ás práticas de prevenção) PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS (Falhas na adesão ás práticas de prevenção) Transmissão de agentes infecciosos Podem ser encontrados: -Meio ambiente,ar, água e solo; -Utensílios; -Equipamentos; -Seres vivos -

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA 1) Um histograma construído a partir de informações amostrais de uma variável

Leia mais

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA A UM PACIENTE COM SÍNDROME DE FOURNIER

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA A UM PACIENTE COM SÍNDROME DE FOURNIER ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA A UM PACIENTE COM SÍNDROME DE FOURNIER Gleycielle Alexandre Cavalcante; André dos Santos Silva; ; Sandrelli Meridiana de Fátima Ramos dos Santos Medeiros; Tácila

Leia mais

O PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE ASSISTENCIA E INTERNAÇÃO DOMICILIAR-PAID NO MUNICIPIO DE CASCAVEL -PR

O PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE ASSISTENCIA E INTERNAÇÃO DOMICILIAR-PAID NO MUNICIPIO DE CASCAVEL -PR O PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE ASSISTENCIA E INTERNAÇÃO DOMICILIAR-PAID NO MUNICIPIO DE CASCAVEL -PR ROSANI DA ROSA BENDO 1 LAIS PRISCILA FAGHERAZZI 2 MARA LUCIA RENOSTRO ZACHI 3 INTRODUÇÃO:

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA PARECER COREN/SC Nº 020/CT/2013 Assunto: Solicitação de parecer técnico sobre a solicitação de mamografia de rastreamento por Enfermeiro nas instituições de saúde. I - Do Fato Trata-se de expediente encaminhado

Leia mais

Nursing Activities Score

Nursing Activities Score Guia de Orientação para a Aplicação Prática do Nursing Activities Score Etapa 1 Padronização dos Cuidados de Enfermagem, nas seguintes categorias: Monitorização e Controles; Procedimentos de Higiene; Suporte

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GEFIS Nº 29 / 2010 Abordagem Sindrômica. Participação Legal do Enfermeiro. Programa de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Programa de Atenção Integral em Doenças Prevalentes

Leia mais

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA Vanessa Mota Lins Eder Rodrigues Machado RESUMO: Introdução: Trata-se de um estudo que sintetizou o conhecimento produzido acerca

Leia mais

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO HOFFMANN, Martina L. 1 ; MARTINS, Danieli B. 2 ; FETT, Rochana R. 3 Palavras-chave: Carcinoma. Felino. Quimioterápico. Introdução O tumor

Leia mais

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade Introdução Há cerca de 20 anos, a Secretaria de Saúde de um grande município começou a desenvolver e implantar iniciativas relacionadas à Alimentação

Leia mais

COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMEIROS E IDOSOS SUBMETIDOS À PROSTATECTOMIA

COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMEIROS E IDOSOS SUBMETIDOS À PROSTATECTOMIA COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMEIROS E IDOSOS SUBMETIDOS À PROSTATECTOMIA Kamila Nethielly Souza Leite (UFPB), e-mail: ka_mila.n@hotmail.com Joana D arc Lyra Batista (UEPB), e-mail: jdlb16@hotmail.com Tatiana

Leia mais

PARECER COREN-SP 002/2015 CT Processo nº 5334/2014

PARECER COREN-SP 002/2015 CT Processo nº 5334/2014 PARECER COREN-SP 002/2015 CT Processo nº 5334/2014 Ementa: Prescrição de coberturas para tratamento de feridas por Enfermeiro 1. Do fato Enfermeira solicita parecer sobre prescrição de coberturas/correlatos

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA PARECER COREN/SC Nº. 013/CT/2015 Assunto: Cateter totalmente implantado: Atribuições dos profissionais de Enfermagem. I Fato: O Diretor Técnico de um Hospital pergunta se os profissionais de Enfermagem

Leia mais

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA Mateus Antonio de Oliveira Calori 1 Paula de Cássia Pelatieri 2 RESUMO Sondagem vesical de demora é um procedimento invasivo que tem por objetivo o esvaziamento

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA PARECER COREN/SC Nº 006/CT/2013 Assunto: Solicitação de Parecer Técnico acerca da aplicação de ácido tricloroacético (50 a 80%) em lesões condilomatosas vulvares, perianais, intra - vaginais, penianas

Leia mais

USO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (CCIP) EM ATENÇÃO DOMICILIAR

USO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (CCIP) EM ATENÇÃO DOMICILIAR USO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (CCIP) EM ATENÇÃO DOMICILIAR BRITO, G. A.Carvalho GOMES, M. Ribeiro Silva MONTAGNER, J. Atenção Domiciliar Unimed Campinas ADUC Introdução A terapia venosa

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 1 Questão 1 A confecção de acessos vasculares definitivos para hemodiálise (FAV) tornou-se um dos principais procedimentos realizados pelos cirurgiões vasculares em todo o mundo.

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Fica aprovado o Regulamento para Atividades Práticas do Curso de Enfermagem, bacharelado, da Faculdade do Maranhão FACAM.

R E S O L U Ç Ã O. Fica aprovado o Regulamento para Atividades Práticas do Curso de Enfermagem, bacharelado, da Faculdade do Maranhão FACAM. RESOLUÇÃO CSA N 10/2010 APROVA O REGULAMENTO PARA ATIVIDADES PRÁTICAS DO CURSO DE ENFERMAGEM, BACHARELADO, DA FACULDADE DO MARANHÃO FACAM. O Presidente do Conselho Superior de Administração CSA, no uso

Leia mais

ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO

ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO Thatianny Tanferri de Brito PARANAGUÁ; Ana Lúcia Queiroz BEZERRA. Faculdade de Enfermagem Universidade Federal de Goiás ttb.paranagua@gmail.com;

Leia mais

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. CÂNCER EM CRIANÇAS O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. O câncer é comum em crianças? Nos

Leia mais

PARECER CREMEB Nº 16/12 (Aprovado em Sessão Plenária de 30/03/2012)

PARECER CREMEB Nº 16/12 (Aprovado em Sessão Plenária de 30/03/2012) PARECER CREMEB Nº 16/12 (Aprovado em Sessão Plenária de 30/03/2012) EXPEDIENTE CONSULTA Nº 214.470/11 ASSUNTOS: - Critérios para indicação e manutenção de ventilação pulmonar mecânica não invasiva (CPAP)

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA RESPOSTA TÉCNICA COREN/SC Nº 47/CT/2015 Assunto: Administração de Radiofármaco Palavras chaves: Oncologia; Radiofármaco; Punção Venosa. I Solicitação recebida pelo Coren/SC: A punção venosa para aplicação

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N o 1.549, DE 2003 (Apensos os Projetos de Lei nº 2.284, de 2003, e nº 2.626, de 2003) Disciplina o exercício profissional de Acupuntura

Leia mais

O Art. 5º, Inciso II da Constituição Federal da República Federativa do Brasil:

O Art. 5º, Inciso II da Constituição Federal da República Federativa do Brasil: PARECER SETOR FISCAL Nº 38/2015 Assunto: Solicitação de parecer sobre as atribuições do Enfermeiro em ambulatório de farmácia particular. 1. Do fato: Gostaria de obter informações quanto às atribuições

Leia mais

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE CAPACITAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ESTUDANTES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE CAPACITAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ESTUDANTES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE CAPACITAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ESTUDANTES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM MOTA 1, Carla Pimentel; FARIAS 2, Creusa Ferreira; PEDROSA 3, Ivanilda Lacerda 1 Aluno bolsista;

Leia mais

Diário Oficial Imprensa Nacional N.º 246 DOU de 23/12/05 Seção 1 - p. 124

Diário Oficial Imprensa Nacional N.º 246 DOU de 23/12/05 Seção 1 - p. 124 Diário Oficial Imprensa Nacional N.º 246 DOU de 23/12/05 Seção 1 - p. 124 MINISTERIO DA SAUDE SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA Nº 743, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2005 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA

Leia mais

MARIA DA CONCEIÇÃO MUNIZ RIBEIRO MESTRE EM ENFERMAGEM (UERJ

MARIA DA CONCEIÇÃO MUNIZ RIBEIRO MESTRE EM ENFERMAGEM (UERJ Diagnóstico de Enfermagem e a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association NANDA MARIA DA CONCEIÇÃO MUNIZ RIBEIRO MESTRE EM ENFERMAGEM (UERJ Taxonomia I A primeira taxonomia da NANDA foi

Leia mais

PARECER COREN-SP 004/2015 CT PRCI n 2339/2015

PARECER COREN-SP 004/2015 CT PRCI n 2339/2015 1 PARECER COREN-SP 004/2015 CT PRCI n 2339/2015 Ementa: Atuação de Enfermeiro na função de assessor/consultor em empresa de produtos médico-hospitalares. 1. Do fato Solicita-se esclarecimento se o enfermeiro

Leia mais

Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010)

Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010) Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010) Van Hof N, Balak FSR, Apeldoorn L, De Nooijer HJ, Vleesch Dubois V, Van Rijn-van Kortenhof NMM traduzido do original em holandês por Luiz

Leia mais

ANEXO NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS

ANEXO NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS ANEXO NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS I. OBJETIVO Regulamentar a competência da equipe de enfermagem, visando o efetivo cuidado e segurança do

Leia mais

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza Patologia por imagem Abdome ProfºClaudio Souza Esplenomegalia Esplenomegalia ou megalosplenia é o aumento do volume do baço. O baço possui duas polpas que são constituídas por tecido mole, polpa branca

Leia mais

workshop» tratamento de feridas

workshop» tratamento de feridas workshop» tratamento de feridas protocolos de orientação no tratamento de feridas vila real 2014 índice 00.1» introdução protocolo 01» ferida hemorrágica protocolo 02» ferida com tecido de granulação não

Leia mais

Plano de Trabalho Docente 2013. Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente 2013. Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2013 Ensino Técnico ETEC: Rodrigues de Abreu Código: 135 Município: Bauru Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde Habilitação Profissional: Técnica de Nível Médio de Técnico em Enfermagem

Leia mais

PORTARIA NORMATIVA nº 7-2010/PR

PORTARIA NORMATIVA nº 7-2010/PR PORTARIA NORMATIVA nº 7-2010/PR Implementa alteração no serviço de Assistência Hospitalar Domiciliar - AHD, no âmbito do Programa IPASGO Domiciliar e revoga PN 004-2009/PR. O Presidente do Instituto de

Leia mais

RESPONSÁVEIS EDITORIAL. Selma Furtado Magalhães. Cleide Maria Carneiro da Ibiapaba. Camila Alves Machado. Joseana Taumaturgo Magalhães Falcão

RESPONSÁVEIS EDITORIAL. Selma Furtado Magalhães. Cleide Maria Carneiro da Ibiapaba. Camila Alves Machado. Joseana Taumaturgo Magalhães Falcão 1 RESPONSÁVEIS Selma Furtado Magalhães Cleide Maria Carneiro da Ibiapaba Camila Alves Machado Joseana Taumaturgo Magalhães Falcão EDITORIAL Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara Revisão: Setembro de 2012

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

O EMPODERAMENTO DO USUÁRIO SUBMETIDO À LARINGECTOMIA TOTAL 1. RESUMO

O EMPODERAMENTO DO USUÁRIO SUBMETIDO À LARINGECTOMIA TOTAL 1. RESUMO O EMPODERAMENTO DO USUÁRIO SUBMETIDO À LARINGECTOMIA TOTAL 1. FARÃO, Elaine Miguel Delvivo 2 ; SOARES, Rhéa Silvia de Ávila 3 ; SAUL, Alexandra Micheline Real 4 ; WEILLER, Terezinha Heck 5 ; ENGEL, Rosana

Leia mais

PARTE I SAE X PROCESSO DE ENFERMAGEM

PARTE I SAE X PROCESSO DE ENFERMAGEM PARTE I SAE X PROCESSO DE ENFERMAGEM - SAE é uma metodologia científica que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial, conferindo maior segurança aos pacientes, melhora da qualidade

Leia mais

Tratamento da dependência do uso de drogas

Tratamento da dependência do uso de drogas Tratamento da dependência do uso de drogas Daniela Bentes de Freitas 1 O consumo de substâncias psicoativas está relacionado a vários problemas sociais, de saúde e de segurança pública, sendo necessário

Leia mais

A PERCEPÇÃO DE JOVENS E IDOSOS ACERCA DO CÂNCER

A PERCEPÇÃO DE JOVENS E IDOSOS ACERCA DO CÂNCER A PERCEPÇÃO DE JOVENS E IDOSOS ACERCA DO CÂNCER Levi Ramos Baracho; Jordano da Silva Lourenço, Kay Francis Leal Vieira Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ INTRODUÇÃO O câncer ainda é tido como

Leia mais

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES 1 Copyright 2014 por Publicado por: Diabetes & Você Autora: Primeira edição: Maio de 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta apostila pode

Leia mais

AULA 1: ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO NA EMERGÊNCIA

AULA 1: ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO NA EMERGÊNCIA AULA 1: ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO NA EMERGÊNCIA 1- INTRODUÇÃO Quando uma pessoa sofre agravo agudo à saúde, deve ser acolhido em serviço do SUS mais próximo de sua ocorrência, seja numa Unidade de Saúde

Leia mais

Marcelo c. m. pessoa

Marcelo c. m. pessoa Marcelo c. m. pessoa CRM 52670502 CIRURGIA PLASTICA INFORMAÇÕES SOBRE TRATAMENTO MÉDICO-ESPECIALIZADO SOLICITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO PARA TRATAMENTO Eu, identidade número expedida por, solicito e autorizo ao

Leia mais

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003 PNEUMONIA Este termo refere-se à inflamação do parênquima pulmonar associada com enchimento alveolar por exudato. São infecções das vias respiratórias inferiores gerando um processo inflamatório que compromete

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 1 MINISTÉRIO DA SAÚDE AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA RESOLUÇÃO-RDC Nº 2, DE 25 DE JANEIRO DE 2010 (*) Dispõe sobre o gerenciamento de tecnologias em saúde em estabelecimentos de saúde. A Diretoria

Leia mais

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH 1. APRESENTAÇÃO A SEPSE TEM ALTA INCIDÊNCIA, ALTA LETALIDADE E CUSTO ELEVADO, SENDO A

Leia mais

PROTOCOLO DE FIXAÇÃO SEGURA HOSPITAL FÊMINA

PROTOCOLO DE FIXAÇÃO SEGURA HOSPITAL FÊMINA PROTOCOLO DE FIXAÇÃO SEGURA HOSPITAL FÊMINA Porto Alegre 2014 1 INTRODUÇÃO A prática da terapia intravenosa ocupa segundo estudos 70% do tempo da enfermagem durante sua jornada de trabalho, sem levar em

Leia mais

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº - 262, DE 1º - DE AGOSTO DE 2011

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº - 262, DE 1º - DE AGOSTO DE 2011 RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº - 262, DE 1º - DE AGOSTO DE 2011 Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde previstos na RN nº 211, de 11 de janeiro de 2010. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional

Leia mais

Feridas e Curativos. Maior órgão do corpo humano.

Feridas e Curativos. Maior órgão do corpo humano. Feridas e Curativos Enfermeira: Milena Delfino Cabral Freitas Pele Maior órgão do corpo humano. Funções: proteção contra infecções, lesões ou traumas, raios solares e possui importante função no controle

Leia mais

Diagnóstico Microbiológico

Diagnóstico Microbiológico Diagnóstico Microbiológico Identificação e Tipagem Bacteriana Prof. Vânia Lúcia Diagnóstico clínico Sinais (mensuráveis) e sintomas (subjetivos) Origem Etiologia Natureza Diagnóstico laboratorial Identificação

Leia mais

TRANSPORTE NEONATAL INTER E INTRA-HOSPITALAR ENFERMAGEM

TRANSPORTE NEONATAL INTER E INTRA-HOSPITALAR ENFERMAGEM TRANSPORTE NEONATAL INTER E ENFERMAGEM INTRA-HOSPITALAR Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro Qualquer tipo de transporte deve ser realizado com segurança,

Leia mais

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico 1. Importância do protocolo Elevada prevalência Elevada taxa de morbidade Elevada taxa de mortalidade

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

Check-list Procedimentos de Segurança

Check-list Procedimentos de Segurança 1. CULTURA DE SEGURANÇA 1.1 1.2 1.3 1.4 A organização possui um elemento responsável pelas questões da segurança do doente A organização promove o trabalho em equipa multidisciplinar na implementação de

Leia mais

PERFIL DE IDOSOS COM ALTERAÇÕES PODAIS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA

PERFIL DE IDOSOS COM ALTERAÇÕES PODAIS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA PERFIL DE IDOSOS COM ALTERAÇÕES PODAIS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA INTRODUÇÃO Saemmy Grasiely Estrela de Albuquerque 1 Mayara Muniz Dias Rodrigues 2 Maria das Graças Melo Fernandes 3 Fabiana

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria do Tesouro Nacional TERMO DE REFERÊNCIA

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria do Tesouro Nacional TERMO DE REFERÊNCIA 1 MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria do Tesouro Nacional TERMO DE REFERÊNCIA Contratação de um consultor especializado no desenvolvimento de programas voltados à promoção da saúde e da qualidade de vida

Leia mais

ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE Objetiva ampliar os estudos científicos acerca da Atividade Física e do Exercício Físico, da Saúde Pública e da Saúde Coletiva, instrumentalizando

Leia mais

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. Programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia Clínica A - Objetivos gerais da ASBAI para o programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia Clínica. 1- Aprimorar as habilidades técnicas, o

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal *

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal * 1 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO São Paulo, março de 2009. Mensuração de Pressão Intra-Abdominal * A medida da Pressão Intra-Abdominal (PIA) é considerada um procedimento de menor risco do

Leia mais

Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.

Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM. Faculdade de Enfermagem - Departamento de Enfermagem Básica Disciplina: Administração em Enfermagem I Docente: Bernadete Marinho Bara De Martin Gama Assunto: Métodos de Trabalho em Enfermagem. Objetivos:

Leia mais

Centro Hospitalar de Coimbra Hospital dos Covões

Centro Hospitalar de Coimbra Hospital dos Covões Centro Hospitalar de Coimbra Hospital dos Covões Hospital de Dia de Diabetes Gabriela Figo - Serviço de Ortopedia 1. Em todo o mundo os Sistemas de Saúde falham na resposta ás necessidades do pé diabético

Leia mais

PERFIL DOS CELÍACOS NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU-PR. Curso de Enfermagem 1,2 (patrícia_depine@hotmail.com; oknihei@yahoo.com)

PERFIL DOS CELÍACOS NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU-PR. Curso de Enfermagem 1,2 (patrícia_depine@hotmail.com; oknihei@yahoo.com) PERFIL DOS CELÍACOS NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU-PR Patrícia Rafaela Depiné (Apresentadora), Oscar Kenji Nihei (Orientador) Curso de Enfermagem, (patrícia_depine@hotmail.com; oknihei@yahoo.com) Palavra-chave:

Leia mais

Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem. Profa Karina Gomes Lourenço

Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem. Profa Karina Gomes Lourenço Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem Profa Karina Gomes Lourenço Dimensionamento Recrutamento Seleção Avaliação de Desempenho Treinamento e Desenvolvimento Instituições de Saúde Instituições hospitalares

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN - SP 007/2013 - CT PRCI n 100.083 e Ticket n 294.881, 278.047, 283.134, 284.532, 287.431, 287.518, 288.951, 293.239, 293.524, 293.411, 293.716, 296.885 Ementa: Competência e capacitação para

Leia mais

CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS

CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS OBJETIVOS Diferenciar entre queimaduras de espessura parcial e total. Descrever o procedimento para a escarotomia do tórax e de extremidade. Discutir

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Jessica Neves Pereira (latiifa@hotmail.com)

Leia mais

O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM

O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM Eliane de Sousa Leite. Universidade Federal de Campina Grande/UFCG. Email: elianeleitesousa@yahoo.com.br. Jéssica Barreto Pereira. Universidade

Leia mais

ANEXO I FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

ANEXO I FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS ANEXO I FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS I. IDENTIFICAÇÃO DA OPERADORA Nº de registro da operadora: II. CARACTERIZAÇÃO DA OPERADORA (Aspectos Epidemiológicos)

Leia mais

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Nesta aula, apresentaremos o panorama geral das comorbidades envolvidas na dependência química que serão estudadas ao

Leia mais

PARECER CREMEB Nº 32/10 (Aprovado em Sessão da 3ª Câmara de 13/05/2010)

PARECER CREMEB Nº 32/10 (Aprovado em Sessão da 3ª Câmara de 13/05/2010) PARECER CREMEB Nº 32/10 (Aprovado em Sessão da 3ª Câmara de 13/05/2010) EXPEDIENTE CONSULTA N.º 169.266/09 ASSUNTO: Tratamento endovascular do aneurisma da aorta abdominal justarenal. RELATOR: Cons. Luiz

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL PREZADO PACIENTE: O Termo de Consentimento Informado é um documento no qual sua AUTONOMIA (vontade) em CONSENTIR (autorizar) é manifestada. A intervenção

Leia mais

Qual o tamanho da próstata?

Qual o tamanho da próstata? É o aumento benigno do volume da próstata. A próstata é uma glândula situada na parte inferior da bexiga e anterior ao reto. No seu interior passa a uretra (o canal pelo qual a urina é eliminada do corpo).

Leia mais

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina Orientador: Prof. Dr. Laécio C. Barros Aluna: Marie Mezher S. Pereira ra:096900 DMA - IMECC - UNICAMP 25 de Junho de

Leia mais

considerando a necessidade de diminuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações maternas e do recém-nascido;

considerando a necessidade de diminuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações maternas e do recém-nascido; PORTARIA Nº 1.016, DE 26 DE AGOSTO DE 1993 O Ministério de Estado da Saúde, Interino no uso das atribuições legais, e. considerando a necessidade de incentivar a lactação e o aleitamento materno, favorecendo

Leia mais

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI MANUAL DO PACIENTE - LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA EDIÇÃO REVISADA 02/2009 HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes

Leia mais

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - CETEC. Ensino Técnico

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - CETEC. Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2013 Ensino Técnico ETEC Professor Massuyuki Kawano Código: 136 Município: Tupã Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde Habilitação Profissional: Técnica de Nível Médio de TÉCNICO

Leia mais

O uso de substâncias psicoativas (SPA) lícitas. nenhum controle sobre publicidade, preço e

O uso de substâncias psicoativas (SPA) lícitas. nenhum controle sobre publicidade, preço e CRACK DIMENSÃO 2 A política do MS é tímida e equivocada. Os CAPS AD são poucos e ineficientes. Os serviços comunitários, geralmente religiosos, são muitos, são precários, carecem de base científica e beneficiam

Leia mais

POSTURA CORPORAL/DOENÇAS OCUPACIONAIS: UM OLHAR DA ENFERMAGEM SOBRE AS DOENÇAS OSTEOARTICULARES

POSTURA CORPORAL/DOENÇAS OCUPACIONAIS: UM OLHAR DA ENFERMAGEM SOBRE AS DOENÇAS OSTEOARTICULARES Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2013, v. 17, n. 17, p. 54 60 POSTURA CORPORAL/DOENÇAS OCUPACIONAIS: UM OLHAR DA ENFERMAGEM SOBRE AS DOENÇAS OSTEOARTICULARES BARBOSA, Bruno Ferreira do Serrado 1 SILVA,

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 057 / 2011

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 057 / 2011 PARECER COREN-SP GAB Nº 057 / 2011 Assunto: Atuação dos profissionais de Enfermagem no tratamento em Câmara de Oxigenoterapia Hiperbárica. 1. Do fato Solicitado parecer sobre a atuação dos profissionais

Leia mais

Plano de Carreira e Desenvolvimento

Plano de Carreira e Desenvolvimento Plano de Carreira e Desenvolvimento CNPEM ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. CONCEITOS... 4 3. MANUAL DE AVALIAÇÃO DOS CARGOS... 5 3.1. As Carreiras... 5 3.2. As carreiras e seus estágios... 6 3.3. Fatores utilizados

Leia mais

ANEXO II: ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA TÉCNICA E ECONÔMICA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1

ANEXO II: ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA TÉCNICA E ECONÔMICA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1 ANEXO II: ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA TÉCNICA E ECONÔMICA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1 1 Introdução Entende-se que a Proposta Técnica e Econômica é a demonstração do conjunto dos elementos necessários

Leia mais