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- Ester Back Cavalheiro
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1 Programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia Clínica A - Objetivos gerais da ASBAI para o programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia Clínica. 1- Aprimorar as habilidades técnicas, o raciocínio clínico e capacidade de tomar decisões permitindo diagnosticar e solucionar as diferentes afecções em Alergia e Imunologia Clínica. 2- Valorizar as ações de saúde de caráter preventivo. 3- Promover a integração do médico em equipes multiprofissionais para prestação de assistência aos pacientes. 4- Estimular a capacidade de aprendizagem independente. 5- Estimular a capacidade de crítica das atividades médicas, considerando-a em seus aspectos científicos, éticos e econômicos. 6- Preparar o especialista nas diferentes áreas de Alergia e Imunologia Clínica, instrumento pedagógico para atingir o objetivo de formar especialistas competentes. 7- Formar o perfil desejável do mesmo e a meta a ser no final do treinamento. 8- Definir os padrões e requisitos que consistem de um elenco de conhecimento, procedimentos e habilidades que os residentes devem adquirir durante seu treinamento em Alergia e Imunologia Clínica permitindo um exercício competente da especialidade. 9- Estimular o espírito de pesquisa desde o início do programa com aprendizado de métodos científicos necessários para elaboração da monografia para conclusão do programa. A ASBAI preconiza que o médico especialista em Alergia e Imunologia Clínica necessita ter conhecimentos gerais de medicina interna e de pediatria e seja capacitado para o atendimento de pacientes com doenças alérgicas de qualquer idade. Pré-requisitos: Dois anos de residência médica em Clínica Geral.
2 B - Objetivos específicos da ASBAI para o programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia Clínica. 1- A residência médica na especialidade deve realizar-se num período de dois a três anos. 2- Ao final da residência médica em Alergia e Imunologia Clínica o objetivo é a formação de um profissional com o seguinte perfil: - Capaz de atender pacientes com doenças alérgicas ou com problemas imunológicos, de qualquer idade; - Preparado o suficiente para continuar seus estudos, fazendo pós-graduação em mestrado ou doutorado, caso queira aprofundar-se em algum campo específico da Alergia e/ou Imunologia. C - Programa e recursos necessários. O programa de residência em Alergia e Imunologia Clínica capaz de atender esse perfil, com a formação prático-científica necessária, deverá dispor dos seguintes recursos: a) estrutura do hospital: hospital geral com infra-estrutura adequada ao treinamento do residente a nível ambulatorial e, se necessário, auxílio de outras entidades ou departamentos para complementação do aprendizado, como, por exemplo, laboratório de função pulmonar, biblioteca, etc.. b) estágios: devem ser rotatórios nas especialidades afins, entre elas: pediatria, dermatologia, pneumologia, otorrinolaringologia, moléstias infecciosas, hematologia, oftalmologia, reumatologia, radiologia, etc.. É necessária uma boa integração entre esses serviços ou a criação de uma equipe multidisciplinar, pois a Imunologia está intimamente relacionada com as outras especialidades. c) pronto-socorro e terapia intensiva: deve haver treinamento na área de urgência, como o pronto-socorro e a terapia intensiva, para atender a problemas, entre outros, de choque anafilático e estado de mal asmático. d) enfermaria: o hospital deve ter leitos suficientes para o treinamento do residente, tanto no Serviço de Alergia e Imunologia quanto nos de outras especialidades (interconsultas).
3 e) Exames diagnósticos especializados: o residente dever ter treinamento para conhecimento das principias técnicas e interpretações dos procedimentos para o diagnóstico etiológico das doenças alérgicas, abrangendo: - imunologia (métodos de avaliação da imunidade humoral, celular e de defesa do organismo); - citologia nasal; - realização e interpretação de testes imediatos e tardios; - preparo de extratos alergênicos; - realização e interpretação de provas de função pulmonar; - identificação e contagem de alérgenos (ácaros, fungos e pólens); - testes de provocação com drogas e alimentos; - espirometria - provas de provocação brônquica e nasal; - indicação e avaliação da imunoterapia; - dessensibilização por drogas; - testes de contato; - testes de avaliação da imunidade tardia; - testes para urticária física; - diluição de extratos para imunoterapia alérgeno específica; - testes cutâneos para diagnóstico etiológico de alergias do trato respiratório e da pele; - noções fisioterápicas e de reabilitação do asmático. - aplicação de imunobiológicos (anticorpos monoclonais, vacinas, etc.) f) Estrutura para realização e acompanhamento dos pacientes que fazem imunoterapia alérgeno específica. g) atividades teóricas: as atividades teóricas visam desenvolver no residente a capacidade de transmitir seus conhecimentos, realizar, interpretar e publicar trabalhos científicos. Para tanto, devem constar de: - discussões de casos; - aulas teóricas; - seminários de resumos de revistas; - reuniões anatomo-clínicas. h) relação preceptores/residentes: a CNRM exige uma relação de dois preceptores (com título de especilista em Alergia e Imunologia Clínica) para cada três residentes. O mais importante, no entanto, é o serviço contar, na sua equipe, com docentes qualificados para tal fim. i) Recursos para o desenvolvimento de aulas e seminários como sala adequada, recursos audiovisuais e de informática, acesso à internet para pesquisa científica e atualização
4 D - Programa do 1 ano na Especialidade de Alergia e Imunologia Clínica após o pré-requisito de 2 anos em clinica médica 1- Metodologia 1.1- Treinamento em Serviço Conteúdo programático-prático Corresponde de 80 a 90% da carga horária global. É feito sob supervisão nos seguintes locais: Ambulatório: Mínimo de 4 turnos semanais no Ambulatório de Alergia e Imunologia Clínica. Enfermaria: Atividade de atendimento a pacientes, visita à enfermaria para discussão de casos clínicos e das condutas a toma. As visitas devem ser com a supervisão de preceptor. Treinamento nos métodos especiais para diagnóstico em Alergia e Imunologia: Execução de testes para diagnóstico das doenças alérgicas, diluição de extratos antigênicos para testes e imunoterapia específica, aplicação e acompanhamento dos pacientes em imunoterapia específica, testes de imunidade tardia, teste de contato, prova de função pulmonar, etc... Estágios adicionais: intercâmbio com clinica médica, pediatria, laboratório relacionado com exames do dia a dia da especialidade e especialidades afins. Atendimento de emergência e pronto atendimento: atendimento dos pacientes com quadros agudos de alergia quer seja no pronto socorro ou no próprio ambulatório com a supervisão do preceptor Atividades didáticas complementares - Conteúdo programático-teórico Corresponde de 10 a 20% da carga horária com a participação: Sessões - Clínicas e Clínico-patológicas - Reuniões do serviço - Revisão e atualização de temas - Seminários Simpósios - semanalmente Clube de Revista - com assuntos e temas atuais publicados nas principais Revistas nacionais e estrangeiras Participação em cursos: Indicados pelo Serviço.
5 E - Programa do 2 ano da Especialidade de Alergia e Imunologia Clínica após o pré-requisito de 2 anos em clinica médica 1- Metodologia 1.1- Treinamento em Serviço Conteúdo programático-prático Corresponde de 80 a 90% da carga horária global. É feito sob supervisão nos seguintes locais: Ambulatório: Mínimo de 3 turnos semanais no Ambulatório de Alergia e Imunologia Clínica. Os casos devem ser discutidos com o preceptor. Enfermaria: Atividade de atendimento a pacientes, visita à enfermaria para discussão de casos clínicos e das condutas a toma. As visitas devem ser com a supervisão de preceptor. Treinamento nos métodos especiais para diagnóstico em alergia e imunologia: Execução de testes para diagnóstico das doenças alérgicas, diluição de extratos antigênicos para testes e imunoterapia específica, aplicação e acompanhamento dos pacientes em Imunoterapia específica, teste de provocação à droga e dessensibilização, provocações nasais e brônquicas testes de imunidade tardia, teste de contato, teste para urticária física, provocação à alimentos, etc... Estágios adicionais: intercâmbio especialidades afim como dermatologia, otorrinolaringologia, pneumologia, etc... Atendimento de emergência e pronto atendimento: atendimento dos pacientes com quadros agudos de alergia quer seja no pronto socorro ou no próprio ambulatório com a supervisão do preceptor Atividades didáticas complementares - Conteúdo programático-teórico Corresponde de 10 a 20% da carga horária com a participação: Sessões - Clínicas e Clínico-patológicas - Reuniões do serviço - Revisão e atualização de temas - Seminários Simpósios - semanalmente Clube de Revista - com assuntos e temas atuais publicados nas principais Revistas nacionais e estrangeiras Participação em cursos: Indicados pelo Serviço.
6 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOPATOLOGIA F- Avaliação: 1. Avaliação de ser feita pela observação diária do desempenho do residente nas atividades clínicas, laboratoriais e de pesquisa, de sua conduta ética, e da participação em reuniões clínicas e seminários com nota a cada trimestre. 2. São considerados critérios importantes para avaliação: 1. Rotina = Observação clínica, evolução, prescrição, participação nos ambulatórios, elaboração de seminários e outras atividades; 2. Disciplina e Freqüência = Cumprimento dos regulamentos com os colegas, médicos preceptores e doentes; 3. Interesse = Participação ativa em discussões de casos, reuniões em enfermarias, seminários; 4. Aproveitamento = Confrontar os conhecimentos no fim do estágio com os conhecimentos ao iniciá-lo. 3. Outros métodos também capazes de avaliar a produtividade dos residentes são os trabalhos científicos para publicação em revistas nacionais ou estrangeiras, apresentação em congressos médicos de temas livres e participação em eventos do setor. 4. Ao final da residência médica, os residentes devem fazer um relatório comentando sua passagem pelo serviço, servindo o relato exclusivamente como crítica construtiva, cuja finalidade é melhorar o treinamento ministrado.
7 G Considerações finais 1 Todo residente deverá apresentar a cada ano pelo menos um trabalho científico realizado sob orientação do docente e publicar em revista médica indexada, após aprovação do Serviço. 2 Participação nos projetos de pesquisas. 3 Conclusão do Programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia Clínica: ao final do programa de Residência Médica, o residente deverá apresentar monografia para obtenção do certificado de conclusão. 4 Participação em Congressos, Cursos e Jornadas da Especialidade. 5 A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia considera compatível como pré-requisito para entrar no programa de residência médica em Alergia e Imunologia Clínica não só dois anos de residência em Clinica Médica como também dois anos de residência em Pediatria.
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