Superior. Diagnóstico genético e fenotípico dos tumores hematológicos. no tratamento da LLC Novembro

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1 Publicação de distribuição gratuita 21 sábado 6.ª feira Aceda à versão digital SESSÃO EDUCACIONAL III Atualização em anemias diseritopoiéticas congénitas e na doença de von Willebrand P.2 SESSÃO EDUCACIONAL IV Avanços no tratamento da mastocitose sistémica e na caracterização molecular da leucemia mieloide aguda P.4 PUB. Diagnóstico genético e fenotípico dos tumores hematológicos O impacto do diagnóstico genético e fenotípico das neoplasias hematológicas vai estar em discussão na mesa-redonda que decorre entre as 12h30 e as 13h30. A Prof.ª Margarida Lima incidirá nas neoplasias de células T maduras, o Dr. Nuno Cerveira e a Dr.ª Joana Diamond na leucemia mieloide crónica e a Dr.ª Paula Gameiro na leucemia linfoide aguda (na foto, da esquerda para a direita) P.6 Superior no tratamento da LLC Saiba mais na página 3

2 HOJE DR Atualização em doenças hematológicas congénitas A Sessão Educacional III, que decorre entre as 9h00 e as 10h30, na sala 1, debate as anemias diseritropoiéticas congénitas e a doença de von Willebrand. Trata-se de patologias hematológicas benignas raras, nas quais um diagnóstico correto e atempado pode ser determinante na sobrevida e qualidade de vida dos doentes. Marisa Teixeira Prof. Achille Iolascon As anemias diseritropoiéticas congénitas são o tema apresentado pelo Prof. Achille Iolascon, docente de Genética Médica no Departamento de Medicina Molecular e Biotecnologia Médica da Università Federico II di Napoli, em Itália. De acordo com este responsável, «tanto a anemia diseritropoiética congénita (ADC) I como a ADC II são doenças autossómicas recessivas, enquanto a ADC III é bastante rara e predominantemente hereditária». «A ADC I tem como imagem de marca as anemias macrocíticas e a presença na medula óssea de precursores eritroides incompletamente divididos, com finas pontes de cromatina entre os eritroblastos, ou entre dois núcleos numa mesma célula. Na ADC II há um aumento acentuado de eritroblastos binucleados e multinucleados», sublinha este especialista Aproximadamente 90% dos doentes com ADC I têm mutações no gene CDAN1, que codifica a proteína designada por codanin-1. Todavia, na opinião de Achille Iolascon, «trata-se, aparentemente, de eventos independentes e até agora não há registo de mutações frequentes». Já em relação à ADC II, este especialista menciona que há um amplo espectro de mutações no gene SEC23B, tanto em heterozigotia composta como em homozigotia. Este gene codifica o componente SEC23B do coat complex protein (COP) II envolvido na via secretora das células eucarióticas. «Uma tentativa de identificar a relação genótipo/fenótipo demonstrou que os doentes com heterozigotia composta para uma mutação missense e nonsense tendem a produzir quadros clínicos mais graves do que se tiverem duas mutações do tipo missense. Já a homozigotia ou heterozigotia composta para duas mutações nonsense nunca foram encontradas, o que supostamente seria letal», salienta Achille Iolascon. Recentemente, foram criados ratos com deficiência do componente SEC23B, aparentemente sem fenótipo de anemia, mas que morreram pouco tempo depois do nascimento. Estes dados demonstraram que a deficiência de SEC23B em humanos e ratos exibe diferentes fenótipos, aparentemente restringidos à ADC II nos humanos e a uma insuficiência pancreática neonatal nos ratos. Doença de von Willebrand com diagnóstico complexo Segue-se a intervenção da Dr.ª Teresa Fidalgo, técnica superior de saúde no Serviço de Hematologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que abordará a doença de von Willebrand (DVW), uma anomalia hemorrágica congénita com manifestações clínicas e perfis laboratoriais muito heterogéneos, que tornam complexo o seu diagnóstico. «O objetivo desta apresentação é evidenciar a necessidade de uma abordagem clínico-laboratorial para o diagnóstico correto e eficaz», salienta. Teresa Fidalgo refere ainda que «mecanismos fisiopatológicos distintos originam di- 124 e 377 casos de anemia diseritropoiética congénita de tipos I e II, respetivamente, foram registados na Europa até dezembro de a 2% é a prevalência das variantes mais comuns da doença de von Willebrand Dr.ª Teresa Fidalgo ferentes fenótipos condicionam subtipos de DVW e é a avaliação destas diferentes alterações que orienta a seleção dos testes laboratoriais». Com base em consensos internacionais, como o do Subcomité Científico do Fator de Von Willebrand da International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH), foram criados algoritmos de diagnóstico que serão discutidos ao longo desta sessão. Quanto à evolução na abordagem da DVW, Teresa Fidalgo revela que, «nos últimos anos, os consensos da ISTH ajudaram a consolidar critérios e a estabelecer uma abordagem sequencial de diagnóstico: testes de rastreio, diagnóstico de DVW e, finalmente, o diagnóstico diferencial dos subtipos da patologia. A abordagem laboratorial foi otimizada e as metodologias revistas, conseguindo-se um excelente nível de especificidade». Consequentemente, as estratégias terapêuticas são mais eficazes e o tratamento e seguimento dos doentes são efetuados de acordo com guidelines internacionais com base científica demonstrada, adaptadas à nossa realidade clínica e económica

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4 HOJE Mastocitose sistémica e leucemia mieloide aguda Prof.ª Deepti Radia DR Para abordar a mastocitose sistémica, um raro distúrbio clonal dos mastócitos, esta sessão contará com a presença da Prof.ª Deepti Radia, hematologista no Guy s and St. Thomas NHS Trust, em Londres. Esta especialista afirma que «os mastócitos estão envolvidos em reações alérgicas no momento da ativação, pela exposição ao antigénio e pela interação com a imunoglobulina E (lge) ligada a recetores de elevada afinidade (FceR1)». Estas reações alérgicas, por sua vez, desembocam em desgranulação e libertação de mediadores pró-inflamatórios, vasoativos e neurossensitivos. A ativação de uma infiltração de mastócitos clonais anormais pode desencadear sintomas mediadores, que se manifestam localmente ou sistemicamente, afetando a pele, o trato gastrointestinal, o eixo neuroendócrino e o osso cortical. Entre as consequências, destacam-se os danos nos órgãos e o impacto significativo na qualidade de vida dos doentes. Deepti Radia aproveita para recordar o sistema de classificação da mastocitose da Organização Mundial da Saúde, que «define dois grandes subgrupos a mastocitose cutânea e a mastocitose sistémica, por sua vez divididos em sete subtipos». O diagnóstico da mastocitose Dr.ª Aida Botelho de Sousa «Mastocitose sistémica» e «Caracterização molecular e prognóstico da leucemia mieloide aguda» são os dois temas em análise na Sessão Educacional IV, que se realiza entre as 11h00 e as 12h30, na sala 1. Marisa Teixeira sistémica é feito, geralmente, «por intermédio de uma biópsia à medula óssea/ /tecido» e os objetivos terapêuticos «baseiam-se no controlo dos sintomas, na gestão do uso de anti-histamínicos e em fármacos estabilizadores dos mastócitos», salienta a especialista britânica. E acrescenta: «Num pequeno número de doentes, que têm mastocitose sistémica agressiva ou leucemia mastocitária, as opções de tratamento citorredutor limitam-se à utilização de interferão-alfa, de cladribina e, eventualmente, à realização de transplante de medula óssea.» «A midostaurina, um inibidor da proteína- -cinase C atualmente em investigação, mostra-se promissor na melhoria dos sintomas em doentes que sofrem de mastocitose sistémica agressiva ou leucemia mastocitária» Prof.ª Deepti Radia Quanto às recentes descobertas no campo da terapêutica, a midostaurina, um inibidor da proteína-cinase C atualmente em investigação, «mostra-se promissor na melhoria dos sintomas em doentes que sofrem de mastocitose sistémica agressiva ou leucemia mastocitária». «Já o imatinib tem mostrado ser eficaz apenas numa minoria de doentes que não detém a mutação D816V. Outros inibidores, como o masitinib ou o brentuximab, estão a ser avaliados em ensaios clínicos de fase II», refere Deepti Radia. Avanços no prognóstico da LMA A Dr.ª Aida Botelho de Sousa, diretora da Área de Hemato-Oncologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central/Hospital de Santo António dos Capuchos, vai apresentar o tema «Caracterização molecular e prognóstico da leucemia mieloide aguda [LMA]». Segundo esta especialista, a LMA «não pode ser considerada como uma doença única, mas antes como um grupo heterogéneo de doenças que se aglutinam debaixo do mesmo nome». As novidades no campo da investigação desta patologia relacionam-se, principalmente, com a sua caracterização molecular e com a relevância para as inter-relações entre as várias anomalias genéticas no impacto do prognóstico. «As mutações nos genes FLT3 e NPM1, por exemplo, devem ser encaradas de outro modo, à luz dos atuais conhecimentos. Hoje em dia, sabe-se que a quantidade de carga alélica de cada leucemia FLT3-positiva não é irrelevante para o prognóstico. Da mesma forma, se a mutação no gene NPM1, que é de muito bom prognóstico, se associar a outra mutação de prognóstico mais desfavorável, como a do gene FLT3, pode perder grande parte da sua qualidade prognóstica favorável», explica Aida Botelho de Sousa. Tendo em conta as informações que têm vindo a ser descritas, esta hematologista sublinha a importância de refinar a divisão da LMA em vários subgrupos, de acordo com o melhor ou pior prognóstico, e as possíveis implicações na definição de estratégias terapêuticas que daí advêm. «É, por isso, fundamental que os serviços que tratam leucemias agudas estejam apetrechados com os mecanismos que lhes permitam caracterizar a LMA e, em função disso, tomar as decisões de tratamento adequadas», conclui esta oradora

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6 HOJE Impacto do diagnóstico genético e fenotípico nas neoplasias hematológicas Prof.ª Margarida Lima, Dr. Nuno Cerveira, Dr.ª Joana Diamond e Dr.ª Paula Gameiro «Orientações no diagnóstico genético e fenotípico das neoplasias hematológicas» é o nome da mesa-redonda que decorre hoje, entre as 12h30 e as 13h30, na sala 1. Em causa está o papel dos mais recentes meios de diagnóstico, baseados na biologia molecular, para uma avaliação correta da eficácia terapêutica. De acordo com os especialistas, perceber a etiopatogenia e a fisiopatologia das neoplasias hematológicas é fundamental para uma abordagem clínica adequada. Sofia Cardoso Nos últimos anos, foram numerosos os avanços na área do diagnóstico, quer do ponto de vista fenotípico quer genético, com implicações na abordagem clínica das neoplasias hematológicas. A Prof.ª Margarida Lima, hematologista no Centro Hospitalar do Porto/Hospital de Santo António e uma das oradoras nesta mesa-redonda, confirma que «os recentes meios complementares de diagnóstico são essenciais para garantir uma resposta clínica adequada, ao permitirem a identificação de subgrupos de doenças com significado biológico distinto». Esta hematologista procurará alertar para os desafios que agora se colocam com a chegada destes novos meios, nomeadamente a decisão racional sobre que exames realizar em cada caso e a interpretação correta dos resultados. A importância da identificação de entidades distintas do ponto de vista biológico e dos diagnósticos mais precisos para o tratamento das neoplasias de células T maduras também será discutida. Na perspetiva de Margarida Lima, estes são métodos «essenciais para desenvolver terapêuticas mais específicas, mais eficazes e menos tóxicas». A leucemia mieloide crónica (LMC) vai ser a patologia abordada pelo Dr. Nuno Cerveira, do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, e pela Dr.ª Joana Diamond, do IPO de Lisboa. Ambos os especialistas pretendem discutir a importância da estandardização das metodologias de monitorização dos doentes com LMC, sem esquecer alguns pormenores técnicos subjacentes à derivação de fatores de conversão na escala internacional, que vão ser revistos. Dedicada ao diagnóstico genético e fenotípico, esta mesa-redonda contará ainda com a apresentação dos estudos que estão a ser desenvolvidos nesta área e que prometem importantes avanços num futuro próximo. Joana Diamond falará sobre os ensaios clínicos que estão a avaliar a resposta molecular profunda, cujas definições foram recentemente atualizadas: MR4.0, MR4.5 e MR5.0 (ver caixa na página ao lado). «A decisão terapêutica, seja ela manter, mudar para outro fármaco ou suspender a tratamento, depende da avaliação da resposta molecular dos doentes, cujo seguimento vai ser realizado durante muitos anos, em geral durante toda a vida do doente», explica. «Os recentes meios complementares de diagnóstico são essenciais para garantir uma resposta clínica adequada, ao permitirem a identificação de subgrupos de doenças com significado biológico distinto» Prof.ª Margarida Lima As guidelines internacionais relativas à monitorização molecular serão revistas por Nuno Cerveira. Segundo o especialista, é essencial que esta monitorização seja feita da melhor forma possível, cumprindo todos os critérios e normas internacionais. Este orador alertará ainda para a importância de realizar uma monitorização apertada da resposta à terapêutica, idealmente de três em três meses, durante o primeiro ano. «Esta monitorização é fundamental para perceber se o doente está a responder bem à terapêutica», sublinha

7 A monitorização molecular permitirá adaptar a terapêutica ao doente, de forma a assegurar uma resposta ótima. «Se verificarmos que o doente não está a responder bem à terapêutica, teremos de investigar o motivo e, eventualmente, alterar a terapêutica. Adicionalmente, uma correta monitorização molecular é fundamental para permitir o acesso dos doentes em resposta molecular profunda a protocolos de interrupção de terapêutica», exemplifica Nuno Cerveira. Por fim, a Dr.ª Paula Gameiro, investigadora no IPO de Lisboa, vai abordar a importância do diagnóstico genético na definição da terapêutica para a leucemia linfoide aguda (LLA) na criança. «Apesar dos recentes avanços, a LLA pediátrica ainda permanece associada a uma taxa de recidiva de cerca de 20%. Por esta razão, é cada vez mais pertinente a identificação precoce dos diferentes grupos de risco de recidiva, de modo a adaptar atempadamente os regimes terapêuticos e assim aumentar a hipótese de cura», frisa. De acordo com Paula Gameiro, os novos meios de diagnóstico mais precisos, nomeadamente os estudos genómicos de alta resolução, podem vir a aumentar as hipóteses de cura da LLA. «Recentemente, estes estudos permitiram identificar diferentes alterações submicroscópicas na LLA da criança», avança. Paula Gameiro vai alertar para a importância de caracterizar estas alterações genéticas, de forma sistemática e precisa, e de desenvolver protocolos clínicos específicos. Com base nos resultados de estudos clínicos já realizados, esta especialista defende que «só a caracterização sistemática e precisa de lesões genéticas na LLA da criança, tratada no âmbito de protocolos clínicos específicos, poderá contribuir para melhorar os atuais esquemas de estratificação em grupos de risco de recidiva e aumentar as hipóteses de cura». Estudos europeus avaliam resposta molecular profunda na LMC Atualmente, a European LeukemiaNet está a desenvolver dois estudos multicêntricos europeus com o objetivo de avaliar a resposta molecular profunda na leucemia mieloide crónica (LMC). No estudo Euroski (European Stop Kinase Inhibitor), pretende-se avaliar a resposta molecular profunda em doentes tratados com imatinib que se encontram em MR4.0 há pelo menos dois anos e que interrompem a terapêutica. Por sua vez, o Eureka (EUropean survey on the assessment of deep molecular REsponse in chronic phase chronic myeloid leukemia patients after at least two years of therapy with tyrosine KinAse inhibitors) visa caracterizar os doentes que permanecem em resposta molecular profunda, após interrupção da terapêutica com imatinib. No futuro, o objetivo é conseguir identificar os doentes que respondem mais favoravelmente à suspensão da terapêutica para a LMC. PUB. PUB Laboratórios Pfizer, Lda. Sociedade Comercial por Quotas Lagoas Park, Edifício 10, Porto Salvo, Portugal NIPC/Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Cascais sob o nº Capital Social ,82 Euros 0BOSU

8 HOJE Abordagem holística do doente com leucemia mieloide crónica Os fatores que justificam a opção pelo tratamento de segunda linha da leucemia mieloide crónica (LMC) vão ser analisados no simpósio-satélite promovido pela Bristol- -Myers Squibb, que decorre entre as 13h30 e as 14h30, na sala 5. Em destaque estará o papel do dasatinib enquanto alternativa para os doentes com resistência ou intolerância ao inibidor da tirosina-cinase de primeira linha. Ana Rita Lúcio Prof. António Almeida Prof. Fermín Sánchez-Guijo Martín DR Os desafios que se colocam ao tratamento standard de primeira linha e a resposta que pode ser dada pelo dasatinib, um inibidor da tirosina-cinase de segunda linha, vão estar em foco no simpósio-satélite organizado pela Bristol-Myers Squibb. Subordinado ao tema «A abordagem holística no tratamento do doente com LMC», este simpósio tem como chairman o Prof. José Eduardo Guimarães, diretor do Serviço de Hematologia do Centro Hospitalar de São João, no Porto, e presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia. Na sequência da nota de abertura, a cargo do chairman, a primeira intervenção cabe ao Prof. António Almeida, hematologista no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, que indaga: «Porque necessitamos de uma abordagem de segunda linha?» Antes de procurar uma resposta para a questão, o especialista debruça-se sobre «o estado da arte» de uma doença que, «desde que se introduziu o imatinib como inibidor da tirosina- -cinase de primeira linha, passou a ter uma sobrevivência global de cerca de 95% aos dez anos». Apesar desse «resultado extraordinário», existem casos nos quais não se verifica uma «resposta ótima» ao imatinib e são precisamente esses dados que António Almeida se propõe apresentar. «Estamos a falar de aproximadamente 25% do total de doentes, sendo que, em cerca de 15% desses casos, é manifestada resistência ao fármaco, aos quais se somam outros 10% em que há evidência de intolerância.» Nos elementos que devem ser levados em conta na decisão de adotar uma terapêutica alternativa, «a resistência e a intolerância» assumem-se mesmo como os mais decisivos, já que a «resposta insuficiente» ao imatinib pode ter consequências diretas na sobrevida. «Os doentes que não respondem à terapêutica de primeira linha revelam, regra geral, uma sobrevivência expectável muito inferior ao do total da população com LMC», salienta António Almeida. Quando «a terapêutica de primeira linha se revela insuficiente», o dasatinib, um inibidor da tirosina-cinase de segunda linha, assume-se como uma clara alternativa. «Os doentes resistentes ou intolerantes ao imatinib revelam boas respostas ao dasatinib, que tem a capacidade de superar essa resistência e um perfil de toxicidade manejável», defende este orador. Decisão terapêutica multifatorial O papel desempenhado pelo dasatinib no tratamento de segunda linha é um dos pontos abordados neste simpósio pelo O futuro do dasatinib Prof. Fermín Sánchez-Guijo Martín, hematologista no Hospital Universitário de Salamanca. Na sua apresentação serão também referidos «os aspetos a tomar em consideração antes de se optar pelo tratamento de segunda linha da LMC, uma decisão que deve ser sempre multifatorial», reitera. O primeiro aspeto a ter em conta é «se o tratamento de segunda linha se justifica, porque o doente manifesta intolerância ao imatinib, resistência ou ambas». «Se o doente for intolerante, o tipo de toxicidade demonstrada é importante», explica o especialista espanhol. Nestes casos, «deve ser investigada a presença de mutações no gene ABL» e deve avaliar-se, igualmente, se a doença ainda está em fase crónica ou se já evoluiu para um estádio avançado de crise blástica. Fatores a ponderar são ainda a idade, as comorbilidades e as medicações concomitantes. Uma vez eleita a opção por uma terapêutica de segunda linha, o dasatinib é um dos fármacos a considerar. As suas mais-valias são elencadas por Fermín Sánchez-Guijo Martín, que destaca «a sua aprovação não só para a fase crónica da LMC, como também para o seu estádio mais avançado». Na lista de vantagens deste inibidor da tirosina-cinase de segunda linha, incluem- -se ainda «a administração uma vez por dia, sem necessidade de jejum, e a eficácia demonstrada contra a maioria dos mecanismos de resistência ao imatinib». «Ainda que a decisão sobre a terapêutica a seguir deva ser sempre centrada no caso específico de cada doente, o dasatinib é globalmente uma boa opção para o tratamento de segunda linha dos doentes com resistência ao imatinib», afirma Fermín Sánchez-Guijo Martín. Exceção feita aos doentes com comorbilidades que incluam problemas pulmonares, já que «este fármaco pode estar associado ao desenvolvimento de derrame pleural e hipertensão pulmonar», adverte este especialista. Por isso, defende, o «futuro da investigação sobre o dasatinib deve canalizar-se para os objetivos de conseguir prever quais os doentes que terão maiores benefícios com esta via terapêutica, bem como minimizar eventuais riscos de toxicidade»

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10 HOJE Promover a qualidade de vida do doente hemato-oncológico Enf. as Alice Monteiro, Madalena Aparício e Zita Silva O papel dos enfermeiros no acompanhamento aos doentes de Hemato-Oncologia vai estar hoje em destaque no Programa de Enfermagem, na Sala 2. O processo de adaptação à patologia, o tratamento em ambulatório e a fadiga são alguns dos assuntos em discussão. Marisa Teixeira Madalena Aparício, enfermeira na Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, é a moderadora da Sessão Educacional II, denominada «Adaptação da pessoa com doença hemato-oncológica». «Debater esta temática é crucial, pois a Hemato-Oncologia abrange todas as faixas etárias, desde crianças e jovens a adultos e idosos», começa por referir esta profissional de saúde. E acrescenta: «Em qualquer destas idades surgem dúvidas após o diagnóstico, muitas vezes abrupto, e o doente depara-se com a incerteza e o desconhecimento do tratamento. Portanto, é muito importante esclarecer os doentes». Para tal, o enfermeiro deve estar bem preparado e ter conhecimentos para prestar o apoio que for necessário. «Quanto mais o doente souber sobre o percurso e o cronograma de tratamento, mais tranquilo e confiante fica, e melhor qualidade de vida terá», assegura esta enfermeira. Contribuir para a redução do tempo de internamento é um dos principais objetivos dos enfermeiros dos serviços de Hemato-Oncologia, para que o doente regresse o mais rapidamente possível às suas rotinas. Neste âmbito, segue-se no Programa de Enfermagem um painel de discussão intitulado «Tratamento do doente em ambulatório/hospital de dia». De acordo com Alice Monteiro, enfermeira-chefe do Hospital de Dia do IPO do Porto e moderadora desta sessão, «obedecendo às guidelines internacionais, o protocolo terapêutico é o mesmo, quer em ambulatório quer em internamento». «Contribuir para a redução do tempo de internamento é um dos principais objetivos dos enfermeiros dos serviços de Hemato-Oncologia, para que o doente regresse o mais rapidamente possível às suas rotinas» Todavia, «a qualidade de vida aumenta quando o doente efetua o tratamento em ambulatório, pois mantém-se no seu meio ambiente, continuando a fazer a sua atividade diária normal», acrescenta. Ao longo desta sessão, vão ser apresentadas estatísticas de doentes tratados em ambulatório em diferentes unidades de saúde, bem como as vantagens e os inconvenientes desta opção, com o intuito de partilhar experiências e discutir diferentes perspetivas, tentando alcançar consensos no tratamento dos doentes hemato-oncológicos. Os principais desafios, nomeadamente a gestão do tratamento e dos efeitos secundários, a articulação com as diferentes valências de apoio ao doente no percurso do tratamento, o ensino e a adequação das práticas às necessidades do doente e ao contexto socioeconómico, são outros dos tópicos a abordar. (Des)valorização da fadiga Um dos efeitos secundários associados ao tratamento das doenças hematooncológicas é a fadiga. «Muitas vezes, as pessoas desvalorizam-na, não a relatando aos profissionais de saúde por considerarem algo normal, mas trata-se de uma consequência altamente incapacitante da doença.» Estas são palavras de Zita Silva, enfermeira no Hospital de Dia do IPO de Lisboa e oradora na sessão «Fadiga no doente de Hemato- Oncologia», para justificar a relevância deste tema. «Se conseguirmos chamar a atenção para a fadiga, podemos tentar controlar as suas causas, o que, com certeza, se vai refletir no aumento do bem-estar do doente», afirma. Pouco se sabe acerca da etiologia da fadiga e, em Portugal, não existem escalas traduzidas para a classificação e a gestão desta condição. Porém, Zita Silva irá abordar algumas estratégias que os enfermeiros podem seguir para tentar controlar este efeito secundário nos doentes hemato-oncológicos. «Instituir terapêutica farmacológica e/ou não farmacológica, como o relaxamento, ou modificar a alimentação são algumas hipóteses. Além disso, controlar os efeitos secundários do tratamento também é uma medida a ter em conta, pois contribui para a sensação de fadiga», conclui a enfermeira

11 ESPAÇO DIVULGAÇÃO «O obinutuzumab provou ser mais eficaz do que os seus antecessores» Em entrevista, o Prof. Francesc Bosch, diretor do Departamento de Hematologia do Hospital Universitário Vall d Hebron, em Barcelona, destaca a eficácia do obinutuzumab enquanto terapêutica de primeira linha para a leucemia linfocítica crónica (LLC) em doentes com idade mais avançada e comorbilidades. Esta foi também uma das principais mensagens do especialista no simpósio-satélite organizado pela Roche, na quinta-feira. Ana Rita Lúcio O simpósio-satélite organizado pela Roche debruçou-se sobre a «Inovação no tratamento da LLC». Em que consiste essa inovação? Desde logo, passa pela definição e pela seleção dos subgrupos de doentes que podem beneficiar de diferentes terapêuticas. Mas prende-se também com o desenvolvimento de novos tratamentos dirigidos, com menor toxicidade associada e maior eficácia. Isso está a conduzir a uma melhoria nos resultados do tratamento da LLC. Que papel desempenha o obinutuzumab entre as terapêuticas de primeira linha? O obinutuzumab é um novo anticorpo monoclonal anti-cd20 tipo II que provou ser mais eficaz do que os seus antecessores, alcançando resultados muito satisfatórios na subpopulação de doentes não fit, com idade mais avançada e comorbilidades. Trata-se de uma subpopulação de doentes não candidatos à terapêutica standard. Porque é que esses doentes não são candidatos aos tratamentos standard? O tratamento standard de primeira linha para doentes com LLC é a combinação de quimioimunoterapia com um anticorpo monoclonal anti-cd20. Acontece que esta opção terapêutica se aplica a doentes mais jovens e a média de idades dos doentes com LLC no momento do diagnóstico ronda os 70 anos. O que significa que o tratamento standard não se aplica a esta população com mais idade, nem aos doentes com comorbilidades. O tratamento com associação de fludarabina, ciclofosfamida e rituximab tem elevados níveis de toxicidade para esta subpopulação, o que motivou a busca de novas soluções terapêuticas. Quais as principais mais-valias da associação do obinutuzumab ao clorambucilo? O que mais nos surpreendeu nos resultados desta associação terapêutica foi o facto de se obter uma elevada taxa de resposta completa (78,4%), segundo o estudo CLL11. Durante vários anos, utilizámos rituximab + clorambucilo na subpopulação de doentes mais idosos e com comorbilidades, alcançando resultados modestos, com taxas de resposta completas entre os 5 e os 6%. Foi por isso que a comunidade hematológica sentiu a necessidade de encontrar anticorpos monoclonais mais eficazes. É expectável que a combinação obinutuzumab + clorambucilo se torne a terapêutica standard para todos os doentes com LLC? Ainda não. Existem terapêuticas mais eficazes para os doentes mais novos. No entanto, há ensaios clínicos que estão a combinar o obinutuzumab com outras moléculas no tratamento de doentes fit mais jovens. Penso que, dentro de três ou quatro anos, saberemos se o obinutuzumab se pode tornar o novo standard para os doentes com LLC. Ficha Técnica NotíciasDiárias Propriedade Sociedade Portuguesa de Hematologia Secretariado Veranatura - Conference Organizers Rua Augusto Macedo, N.º 12-D - Esc Lisboa Tel.: (+351) (+351) Fax: (+351) geral@sph.org.pt Edição Campo Grande, n.º 56, 8.º B Lisboa Tel.: (+351) Fax: (+351) geral@esferadasideias.pt Direção: Madalena Barbosa (mbarbosa@esferadasideias.pt) Coordenação: Luís Garcia Textos: Ana Rita Lúcio, Marisa Teixeira e Sofia Cardoso Fotografia: Rui Jorge Paginação: Susana Vale jornal patrocinado por: NOTA: os textos desta publicação estão escritos segundo as regras do novo Acordo Ortográfico

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