ENE 2020: Recuperar a economia via renováveis

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1 por filipa cardoso fotografia RICARDO GOMES EFICIÊNCIA&ENERGIA ENE 2020: Recuperar a economia via renováveis O Plano Novas Energias - Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE2020), aprovado a 18 de Março, reforça a intenção do Governo de colocar Portugal na frente na área das energias limpas. Um documento que define metas ambiciosas para as renováveis, mas que é pobre na apresentação de medidas específicas quer para a sua concretização, quer para a aposta noutros pontos igualmente importantes, como a eficiência energética ou a redução do consumo de energia. Depois do anúncio de um plano para apertar o cinto, como o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), foi com algum espanto que a nova Estratégia Nacional para a Energia, com um investimento de 31 mil milhões de euros, foi recebida. Uma estratégia ambiciosa e, segundo o Governo, justificável, quando se fala de uma área vital no séc. XXI e que vai contribuir para reduzir o défice externo, melhorar o crescimento da economia, dar emprego e aumentar a autonomia energética do país. Um plano com horizonte em 2020, concebido para ser um novo impulso para que o país prossiga na liderança da sustentabilidade energética e cumpra as metas e objectivos ambiciosos estabelecidos no Programa do Governo. Porém, se por um lado, a ENE2020 mostra a orientação clara que o Governo quer dar ao país, por outro, não é ainda clara ao mostrar como isso será possível. O plano a seguir continua a ser vago e as medidas apresentadas são, segundo o presidente da APREN, António Sá da Costa, linhas gerais, que mostram as intenções, mas onde falta apontar o caminho para as concretizar. A APREN, que apoiou as linhas mestras da estratégia e se mostrou disponível para contribuir para a sua concretização, publicou na mesma altura o Roteiro para as Energias Renováveis (ver pág.70), que denuncia o fracasso antecipado do Plano Nacional de Eficiência Energética (PNAEE) e onde a associação realça que, mais importante do que definir metas, é crucial a identificação e implementação de medidas necessárias à concretização de objectivos previstos. As prioridades desta estratégia foram também alvo de outras críticas. Oliveira Fernandes, presidente da Agência de Energia do Porto, admitiu que o novo programa tem pontos positivos, como a promoção das renováveis, o não ao nuclear e a integração da energia com os objectivos climáticos a cumprir impostos pela Europa ( ), no entanto considera que o Governo deveria dar prioridade à racionalidade do consumo de energia e não partir do pressuposto do seu crescimento, como demonstram os cálculos. Também a Quercus vê a nova ENE como um bom começo mas contradições nas prioridades, continuando a não criar um novo paradigma de coerência das políticas governamentais em matéria de energia. A associação ambiental considera ainda que este plano dá prioridade maior às renováveis, quando deveria apostar na redução dos consumos e na eficiência energética. Objectivos claros, medidas vagas Os objectivos a atingir apontam para três parâmetros fundamentais: a economia, a autonomia energética e a política ambiental. O primeiro pois este visa ser um plano promotor de emprego, do próprio crescimento económico e contribuir para a diminuição do desequilíbrio externo, o segundo porque a estratégia quer assegurar a independência e o abastecimento energéticos do país e, por último, o ambiental porque é um mapa para levar Portugal a cumprir os compromissos ambientais com os quais se comprometeu. Na versão oficial, o Plano Novas Energias define quantitativamente os seus seis objectivos: 1. reduzir a dependência energética do país face ao exterior para 74% em 2020, produzindo, nesta data, a partir de recursos endógenos, o equivalente a 31% da energia final; 2. cumprir os compromissos assumidos por Portugal no contexto das políticas europeias de combate às alterações climáticas, permitindo que, em 2020, 60% da electricidade produzida tenha origem em fontes de energia renováveis e que o consumo de energia final diminua em 20%; 3. reduzir em 25% o saldo importador energético com a energia produzida a partir de renováveis, o que significará uma redução de dois mil milhões de euros anuais a nível das importações; 4. consolidar o cluster das energias renováveis em Portugal, assegurando um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 3800 milhões de euros e criando mais 100 mil postos de trabalho; 5. continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência energética, proporcionando a criação de 21 mil postos de trabalho, gerando investimento previsível ENE 2020 Objectivos de 13 mil milhões de euros até 2020 e permitindo exportações adicionais de 400 milhões de euros; 6. promover o desenvolvimento sustentável, criando condições para o cumprimento das metas de redução de emissões assumidas por Portugal no quadro europeu. n Poupança energética por eficiência energética de 60 milhões de barris de petróleo/ano; n Redução para 74% da dependência energética face ao exterior; n 31% de energia proveniente de renováveis 2020 e 61% de electricidade consumida proveniente de renováveis; n Reduzir 20% consumo energético; n reduzir o saldo importador energético em 25% = poupança de dois mil milhões de euros a nível de importações; n Consolidação cluster das renováveis = VAB 3,8 milhões de euros e 100 mil postos de trabalho; n Desenvolvimento do cluster industrial na área da eficiência energética = investimento de 13 mil milhões euros, 400 milhões em exportações e 21 mil postos de trabalho; n Cumprir compromissos ambientais = menos 20 milhões de toneladas de CO 2, num valor de 300 milhões de euros. Sócrates foi claro e definiu a ENE 2020 como uma prioridade a nível das políticas públicas e da economia e que deve animar toda a sociedade sua à volta. A aposta deste plano vai centrar- -se no desenvolvimento das energias renováveis, na eficiência energética e no veículo eléctrico. Esta estratégia tem um significado político claro: Portugal não vai aceitar, desta vez, perante a mudança e revolução que está em marcha, ficar para trás, afirmou, queremos estar na linha da frente nessa mudança, na área da energia. Vieira da Silva, ministro da Economia e Inovação, durante comunicado de Conselho de Ministros, realçou também a importância desta estratégia para a redução da dependência energética, esperando-se que resulte na poupança de 60 milhões de barris de petróleo anuais, em Para além disso, o ministro referiu a possibilidade de se desenvolver um cluster no domínio das energias: Já não se trata apenas de agir para produzir energia, mas agir para que as empresas portuguesas e as instaladas em Portugal possam desen- 30 Maio/Junho climatização climatização Maio/Junho 31

2 volver competências na área dos bens e serviços com capacidade de concorrer em mercados internacionais. Caso a estratégia se cumpra, estima-se que, em dez anos, este cluster tenha um impacto positivo no PIB, representando 1,7% desse mesmo produto. Para a concretização desta estratégia, a ENE 2020 assenta em cinco eixos fundamentais. O primeiro corresponde a uma agenda para a competitividade, o crescimento e a independência energética e financeira, que passa pela dinamização da economia com a promoção de clusters e de competências de investigação, produção e manutenção de sistemas, da promoção de novos modelos de negócios e dos desenvolvimento da indústria e dos serviços associados ao domínio das tecnologias energéticas limpas. O desenvolvimento regional é também um meio de acção, sendo capaz de promover os mecanismos de produção descentralizada, geradores de emprego, como por exemplo a biomassa ou a microgeração. O incremento da produção renovável e a promoção da eficiência energética, nomeadamente com a construção eficiente, as redes inteligentes e a mobilidade sustentável, são formas de promover a independência energética e financeira. Esta estratégia prevê ainda tornar os mercados energéticos competitivos, estimulando a concorrência através da eliminação gradual e progressiva das tarifas reguladas com protecção dos consumidores mais vulneráveis e reforço das interligações. O segundo eixo é a aposta nas energias renováveis, de forma a obter destas 31% de toda a energia e 60% da electricidade consumida em Portugal, em De acordo com o plano do Governo, isto será concretizável com o investimento em várias fontes de energia renováveis, com o destaque para a aposta nas hídricas e eólicas. No que diz respeito ao solar, o Estado afirma que quer instalar, até 2020, 1500 MW, de acordo com a evolução das diferentes tecnologias, sem diferenciar as metas para solar térmico ou fotovoltaico. No entanto, neste ponto, reafirma-se a continuação da aposta neste tipo de energia. A promoção da eficiência energética é o terceiro eixo, com a meta de reduzir o consumo de energia final em 10% até 2015 e em 20% em Para além do veículo eléctrico (Mobi.E), da iluminação pública e das redes inteligentes, este eixo inclui também a criação do Fundo de Eficiência Energética, já anteriormente previsto no PNAEE, assim como também uma revisão deste último, alargando o seu horizonte temporal, introduzindo novas medidas e reforçando as medidas existentes, tendo em conta as metas europeias de eficiência energética para O quarto prende-se com a garantia da segurança de abastecimento, através da diversificação do mix energético, quer no que diz respeito às fontes, quer às origens do abastecimento. Neste sentido, vai continuar a dar-se a utilização do gás natural e vai manter-se a opção carvão. Portugal espera ainda reforçar as interligações com as redes europeias (electricidade e gás) e investir no reforço e na modernização das infra-estruturas de transporte e armazenamento a nível nacional e internacional. Por último, o quinto eixo é a sustentabilidade da estratégia energética. Com o intuito de promover a sustentabilidade eco- Renováveis e Eficiência Energética no IRS Para rendimentos do ano de 2009: n 30% dos custos de aquisição de equipamentos novos para utilização de energias renováveis e de equipamentos para a produção de energia eléctrica ou térmica (cogeração) por microturbinas com potência de até 100kW, que consumam gás natural, incluindo equipamentos complementares ao seu funcionamento, mas com um limite de 796 euros (mais 19 euros do que o limite anterior); n Quem tiver casas com classificação energética A ou A+ pode deduzir à colecta mais 10% desse valor, juntando aos 30% estabelecidos; n 30% (até 500 euros) dos encargos suportados pelos proprietários no caso de reabilitações de imóveis localizados nas áreas de reabilitação urbana ou em que estes estejam abrangidos pela actualização faseada das rendas ao abrigo do NRAU; n Os senhorios podem pagar apenas 5% de IRS, sem prejuízo da opção pelo englobamento, sobre as rendas de imóveis nas anteriores situações. Fonte: Código do IRS Alterações para 2010: n O limite para a dedução respeitante à aquisição de equipamentos para utilização de energias renováveis passa a ser de 803 euros e passa também a incluir despesas com equipamentos e obras de melhoria das condições térmicas dos edifícios, dos quais resulte um maior isolamento. Fonte: Orçamento de Estado Maio/Junho climatização climatização Maio/Junho 33

3 Manifesto exige revisão de política energética A 7 de Abril, um grupo de 33 empresários, académicos, economistas e engenheiros de renome nacional apresentou um manifesto que visa uma nova política energética e que se opõe à estratégia do Governo. nómica, é objectivo criar um fundo de equilíbrio tarifário que permita gerir o impacto das tarifas dos diferenciais de custo e internalizar benefícios decorrentes da opção pelas energias limpas. Para manter a sustentabilidade técnica, o Governo vai apostar no incremento da potência hídrica para viabilizar o crescimento da produção eólica, utilizar redes inteligentes e mobilidade eléctrica para transferir consumos de períodos de cheia/ponto para períodos de vazio e reforçar as interligações para a exportação nos períodos de hidraulicidade média e alta e para importação em anos secos. No que toca à sustentabilidade ambiental, o objectivo é reduzir, até 2020, as emissões de CO 2, com a utilização de renováveis para a electricidade e do aumento da eficiência energética. Fundo de Eficiência Energética Em 2008, quando foi aprovado, o PNAEE estabeleceu a criação do Fundo de Eficiência Energética. Porém, só com o lançamento da nova Estratégia, o Governo concretizou esta medida e, no mesmo dia em que aprovou a ENE 2020, aprovou o decreto que cria o tão esperado Fundo. Este instrumento financeiro dos projectos e iniciativas do PNAEE vai dispor, inicialmente, de um capital de 1,5 milhões de euros e tem como objectivos incentivar a eficiência energética e apoiar projectos com ela relacionados, e ainda promover a alteração de comportamentos. O que vem de trás Em 2005, o Governo aprovou a anterior Estratégia Nacional para a Energia, que traçava já um caminho para a garantia da segurança do abastecimento de energia, a promoção da competitividade e eficiência das empresas e a adequação ambiental do processo energético. Em entrevista ao jornal Público, Vieira da Silva, quando questionado se tinha sido feito um balanço da anterior Estratégia para a Energia de 2005, admitiu que foi feito um balanço sobretudo da dimensão do emprego criado, mas que, acima de tudo, foram estabelecidas novas metas para as diferentes áreas ligadas à economia, fundamentalmente as que têm a ver com o impacto na redução do desequilíbrio externo. No entanto, à falta desse balanço oficial, pode concluir-se que, entre os sucessos da anterior estratégia, estão a aprovação dos novos regulamentos térmicos para os edifícios - RSECE e RCCTE - 40% mais exigentes do que aqueles até à altura em vigor e a transposição da Directiva Europeia Energy Performance Buildings Directive (EPBD), através da implementação do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior. O plano de 2005 abriu também portas à dinamização da energia solar térmica para o aquecimento de águas domésticas, prevendo a concretização do programa Água Quente Solar, com a meta de instalar um milhão de m 2 de colectores solares até 2010, que apesar de não ter sido um investimento concretizado, serviu de propulsor para a Medida Solar Térmico Em Fevereiro de 2008, o Governo lançava o PNAEE, com o horizonte temporal de 2015 e objectivos quantificados: a poupança de 10% de energia final graças à melhoria da eficiência energética, atenuar a factura energética anual em 1% e reduzir o consumo de electricidade em 10%. O plano previa um conjunto de 12 medidas nas áreas dos transportes, residencial e serviços, indústria e Estado, capazes de proporcionar uma poupança de 160 mil tep ao ano. A ENE 2020 prevê uma revisão e actualização das medidas do PNAEE, no entanto, segundo o Roteiro para as Energias Renováveis realizado pela APREN no âmbito do projecto REPAP2020 e da transposição da Directiva Europeia para as Renováveis de 2009, a meta de redução de 10% do consumo de electricidade não deverá ser conseguida, assim como a poupança anual de 1%. Isto porque, como explica o documento da APREN, mesmo considerando a aplicação de 100% das medidas de eficiência energética previstas no PNAEE, assiste-se a um aumento do consumo entre 2010 e Daqui se conclui que é necessário um esforço muito maior de investimento na eficiência energética. Luís Mira Amaral, Francisco Van Zeller, Clemente Pedro Nunes, José Luís Pinto de Sá, João Duque e Luís Campos e Cunha são alguns dos nomes que figuram entre as assinaturas do Manifesto por uma Nova Política Energética em Portugal. O documento apela a uma avaliação técnica e económica da política energética nacional, tendo como base estudos realizados na Alemanha, Espanha e Dinamarca e que mostram os efeitos prejudiciais que a aposta excessiva em determinadas energias renováveis pode ter. Sem, no entanto, apresentar uma alternativa à estratégia do Governo, o movimento assume uma posição contra o actual excesso de energia fotovoltaica e eólica e reforça que o investimento deve ser feito em todas as formas de energia. Em entrevista à TSF, Mira Amaral explicou que esta ideia começou a germinar entre um conjunto de pessoas do Técnico que tem grande competência no sistema eléctrico e na energia em Portugal e que se mostrou preocupado com a evolução que o Governo está a imprimir na política energética portuguesa. O grupo considera que está a haver um excesso nas centrais eólicas e fotovoltaicas e, apesar de não terem nada contra as renováveis, consideram que o termo mix energético significa mistura equilibrada das várias formas de energia. O manifesto enumera vários argumentos contra a política seguida por este Governo, começando por alertar que esta acabará por ter consequências que perdurarão negativamente, já que todas as estratégias de saída da crise se baseiam na necessidade de aumento da competitividade empresarial, que o custo da energia irá prejudicar. De seguida, o documento desmente a ideia que o Executivo está a tentar passar de que o país está a dar lições ao mundo em termos de tecnologias de energia e defende que a orientação política tem vindo a ser dominada por decisões que se traduzem pela promoção sistemática de formas de energia politicamente correctas, como a eólica e a fotovoltaica, mas que apenas sobrevivem graças a imposições de carácter administrativo que garantem a venda de toda a produção à rede eléctrica a preços injustificadamente elevados. Estas duas fontes de energia desencadeiam mais críticas, primeiro porque, devido ao seu carácter intermitente e incontrolável, não têm tido um efeito sensível na redução do endividamento externo, em segundo porque a subsidiação concedida aos seus produtores é excessiva, o que agrava os preços da electricidade ao consumidor final. Os signatários apresentam ainda desconfiança perante os empreendimentos hidroeléctricos e opõem-se à continuação da subsidiação do sobrecusto das energias renováveis, justificável, segundo os próprios, apenas por períodos limitados de tempo ou em fases iniciais de desenvolvimento tecnológico. Em jeito de previsão, o manifesto chama a atenção para os resultados até aqui insatisfatórios da substituição das fontes térmicas tradicionais por renováveis e para a incapacidade da actual política para reduzir a nossa dependência energética, com o saldo líquido da factura energética a atingir os 8219 milhões de euros. O aparecimento deste manifesto deixou no ar a questão do nuclear, uma vez que, entre os nomes dos signatários, estão nomes associados à defesa da polémica fonte de energia. No entanto, Mira Amaral explicou que o nuclear não está dentro do manifesto. Oliveira Fernandes, também à TSF, apelidou o manifesto de iniciativa sem sentido, com bases falaciosas. A APREN fez também questão de esclarecer que o preço pago pela electricidade de origem eólica não é três vezes superior ao do mercado e que as renováveis tiveram realmente impacto na diminuição da dependência energética do país das energias fósseis, como defende o Manifesto. 34 Maio/Junho climatização

4 Adene reage a estudo da Proteste Um estudo encomendado pela Deco denuncia erros no processo de certificação energética ao nível do sector residencial. O problema estará na forma como os certificados estão a ser emitidos e a nossa revista foi conhecer a reacção da ADENE. Num recente estudo da revista Proteste e a pedido da Deco, é dado o alerta de que os peritos não seguem os mesmos critérios na avaliação e apartamentos iguais receberam classes energéticas diferentes. Para a Associação de Defesa dos Consumidores foram detectadas falhas graves no trabalho dos peritos: Os certificados nem sempre são emitidos correctamente. Mais: um não incluía as obrigatórias medidas de melhoria e algumas casas não foram visitadas por peritos qualificados. Dada a importância deste processo para conhecer os consumos das famílias e melhorar o conforto das habitações, a DECO comunicou os resultados desta investigação à ADENE, entidade supervisora. A agência já reconheceu a necessidade de intervenção e garantiu que os certificados vão ser corrigidos. A revista Climatização foi procurar perceber como tinha sido feito o estudo e qual a reacção da Adene a estes resultados. O recente estudo realizado pela DECO e publicado na revista Proteste, sobre a certificação energética de imóveis, identificou situações em que para o mesmo imóvel, quando analisado por diferentes peritos, se obtiveram certificados com diferentes classificações. Paulo Santos da Adene explica que as situações detectadas foram analisadas em detalhe pela ADENE e pela DECO, tendo-se concluído que as mesmas resultaram, na sua essência, do facto dos peritos terem considerado valores divergentes para a eficiência nos equipamentos de produção de AQS e climatização. Mais concretamente, dois dos três peritos optaram por usar os valores previstos por defeito nas normas técnicas, cuja utilização está reservada apenas para os casos particulares em que não exista outra e melhor informação disponível. Um dos peritos seguiu o procedimento definido para este efeito e utilizou os valores ensaiados para a eficiência dos equipamentos pelos fabricantes e representantes do equipamentos. A estratégia de abordagem definida pelo SCE para estes casos, que privilegia a melhor e mais rigorosa informação disponível (muito provavelmente mais adequada ao caso em estudo do que os valores por defeito), tem naturalmente associado o risco de ocorrerem situações como a verificada. É, por isso mesmo, de enorme importância que os peritos despendam o necessário esforço no sentido de obter essa informação e que as marcas e seus representantes colaborem facultando essa informação ao mercado. Só dessa forma os resultados irão convergir entre peritos e, mais importante, se irão aproximar da realidade construída, credibilizando a actuação de SCE e seus agentes, conclui este responsável. Outros aspectos apontados no estudo da DECO têm a ver com a realização da visita pelo próprio perito e com a inclusão de sugestões de medidas de melhoria nos certificados. Para Paulo Santos, em relação às visitas, o entendimento do SCE é que as mesmas têm de ser feitas pelo próprio perito, pois é este o agente reconhecido e formado pelo sistema para executar esse trabalho. O facto que, nos casos em que as visitas não foram realizadas pelo perito, a DECO ter detectado falhas na qualidade do conteúdo do certificado, é revelador dos potenciais problemas resultantes de não ser seguida essa orientação. No que respeita às medidas de melhoria, essa é uma das mais-valias do certificado e o respectivo estudo uma obrigação do perito. O incumprimento injustificado dessa obrigação tem, à semelhança da questão da visita, um obvio impacto na percepção do valor do trabalho do perito pelo cidadão comum. Em suma, segundo a Adene, o estudo da Proteste, mais do que pôr em causa o SCE, revela oportunidades de melhoria que os peritos e a ADENE devem considerar e que certamente irão contribuir para a credibilidade do SCE e do trabalho de certificação junto dos consumidores. 36 Maio/Junho climatização

5 Revisão da regulamentação térmica a andar! A Comissão de revisão da Regulamentação Térmica já está a trabalhar no âmbito da Directiva Europeia para os Edifícios em vigor e na qual os Estados-Membros são obrigados a rever os requisitos mínimos em função do progresso técnico e outros factores que considerem relevantes na afinação dos regulamentos que estão na base do Sistema de Certificação Energética e Qualidade do Ar Interior (SCE). Passados quatro anos desde a implementação da nova Regulamentação Térmica para os edifícios, segundo a Adene, Órgão de Gestão do SCE, o processo de revisão regulamentar está em curso, com uma forte dinâmica dos grupos de trabalho na recolha e tratamento de contributos das próprias comissões executivas, dos grupos consultivos e dos próprios peritos qualificados. Todas as contribuições estão agora a ser analisadas à luz daquilo que são os princípios que configuram o espírito do processo de revisão em curso: 1) adoptar (ou preparar a adopção) das futuras exigências da nova EPBD; 2) melhorar e clarificar alguns aspectos ou provisões da actual legislação, alinhando com a prática e experiência entretanto adquiridas da sua aplicação no terreno; 3) introduzir novos elementos ou disposições que, decorrentes da nossa realidade específica, se configuram como oportunidades (distintas das previstas na nova EPBD) para promover ainda mais a eficiência energética e a QAI nos nossos edifícios, explicam os seus responsáveis. De acordo com a Agência para a Energia, foi já definido um conjunto de orientações e princípios gerais que estão agora a ser seguidos, de forma transversal, pelos grupos de trabalho, no processo de elaboração de propostas de alteração ou melhoria do texto legislativo, nomeadamente: n Adaptação às novas exigências introduzidas pela revisão da EPBD; n Consistência com outros instrumentos de política europeia (Directivas, Planos, etc.); n Integração com outros programas, planos e estratégias nacionais (ENE2020, PNAEE, etc.); n Coerência com outra legislação específica e regulamentação nacionais (acústica, licenciamentos, etc.); n Harmonização dos diplomas legais (eventualmente culminando num DL único agregador); n Utilização de Normas e outras referências nacionais e internacionais n Integração eficaz com outros procedimentos e sistemas relacionados (notariado, finanças, etc.); n Evolução planeada (faseamento temporal) dos requisitos e regras regulamentares; n incorporação da informação complementar produzida pelo SCE (P&R, NTs, modelos, etc.); n adopção de mecanismos formais mas expeditos para clarificação de aspectos técnicos; n Utilização da informação do SCE como suporte à decisão (base de dados SCE); n Consideração pelos aspectos patrimoniais, arquitectónicos e sociais nas exigências para reabilitação; n Ter em conta capacidade de resposta e necessidade da formação dos agentes envolvidos (peritos, técnicos, projectistas, etc.); n Clarificação das excepções de edifícios à aplicação da legislação n Revisão e adaptação do quadro sancionatório; n Envolvimento dos principais parceiros e agentes de mercado no processo de revisão legislativa; n Valorização das vertentes conforto, garantia de QAI e saúde. Questionada sobre o rumo e estratégia a seguir nesta revisão, a Adene sublinha que a actual revisão legislativa não será um processo de ruptura mas sim um de processo de adaptação e optimização da actual legislação. De facto, os principais desafios que se perspectivam são comuns a todos os Estados-Membros e resultam da adaptação às novas exigências da EPBD revista, em particular os edifícios de energia quase zero, a definição de requisitos mínimos com base na análise de ciclo de vida e a redução do limiar para definição de grandes edifícios. No caso particular de Portugal, a Adene relembra que existe também o desafio de operacionalizarmos de um sistema de inspecções a caldeiras e equipamentos de ar condicionado, integrando-o eficazmente com o SCE. A incorporação destas e outras questões são essenciais para que Portugal prossiga na sua afirmação de liderança neste âmbito, preparando atempadamente um futuro com edifícios cada vez mais eficientes. 38 Maio/Junho climatização

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