Manual de Embalagem Embraer
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1 Manual de Embalagem Embraer
2 Título: Manual de Embalagem Embraer Elaborado e Revisado por Aprovado por: Página 2 de 28
3 Controle de Revisão REVISÃO DATA ALTERAÇÕES RESPONSÁVEL ALTERAÇÃO PÁGINAS 1 nov/05 Materiais Perigosos Vinicius Martins mai/08 Revisão geral Pedro Luis de Lima Todas 3 out/08 Inclusão: Item 3 / 9.9 / 9.10 /15 / Observação no Item 8 / Anexo 12 Tabela Subcontrato Pedro Luis de Lima 7 / 13 / 14 / 15 / 21 e 57 4 jun/10 Alterado: Itens a 9.6.4; 9.7; 9.20 / / / / / / / / / / / / a / / / 12.1 / / / / 15.3 / Anexo 3 / Anexo 8 / Anexo 12 / Figura: 14; 16 A20; 21; 22; 23 Incluído: Itens a 9.6.6/ / A / a / / / a / a / / / / a / a Figuras 15-A e 15-B e 16-B / Anexo 13 Pedro Luis de Lima 13 / 14 / 16 / 20 / 21 / 22 / 23 / 25 / 26 / 27 / 28 / 29 / 30 / 32 /36 / 37 / 38 / 39 / 43 / 53 /64 / 65 Eliminado: / / Referência NE jun/11 Revisão geral Juliana Lopes e Silva Todas Página 3 de 28
4 Índice 1 GERAL APLICAÇÕES NORMAS - REFERÊNCIAS DEFINIÇÕES DE EMBALAGENS CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS ANÁLISE / APROVAÇÃO DE EMBALAGENS REQUISITOS DE EMBALAGEM Requisitos gerais Embalagem de papelão e Embalagem Híbrida Embalagem grades Embalagem tipo sino Itens Paletizados e Matéria-prima Pneus Tecido, carpetes e similar Móveis executivos Proteções especiais Requisitos para utilização de embalagens em container aberto (flat rack) Material perigoso IDENTIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS Marcações externas das embalagens Etiquetas de identificação RECOMENDAÇÕES EMBRAER Anexo 1: Dimensões dos garfos de empilhadeira com uso do extensor de garfo Anexo 2: Dimensão das entradas das paleteiras Página 4 de 28
5 1 GERAL Este documento está divido em duas partes: Parte 1: Requisitos de embalagem de materiais e pacas fornecidos à Obs.: Se esses requisitos não forem atendidos, a Embraer se reserva o direito de rejeitar e ou recusar o recebimento deste material. Parte 2: Recomendações de melhores práticas de embalagem, que garantem a qualidade do produto até o consumo final. 2 APLICAÇÕES Serão definidos os requisitos de embalagem para: Material importado ou nacional de fornecedores ou parceiros EMBRAER, mesmo quando retorno de manutenção ou reparo; Material de subcontrato nacional ou internacional. 3 NORMAS - REFERÊNCIAS De aplicação geral: NAS 850 General Packaging Standard NAS 851 General Packaging Standard Indexes NAS 852 Quality Assurance, General Guidance NAS 853 Field Force, Protection From NAS 854 Hazardous Material Packaging and Safety Data Sheet Preparation NAS 855 Industrial Packaging Standard NAS 412 Foreign Object Damage / Debris (FOD) Prevention IATA - Dangerous Goods Regulation of IATA - International Air Transport Association SAE AS9000 Aerospace Basic Quality System Standard SAE AS9120 Quality Management Systems- Aerospace Requirements for Stockist Distributors NBR ISO 9001 Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos ISO Aeroespacial Prevenção de danos por objetos estranhos IMO Dangerous regulations International Maritime Organization NIMF 15 - Norma Internacional de Medidas Fito-sanitárias n 15 Federal Specification (GSA - USA) Série NAS 3400 a NAS 3454 Packaging Specifications - Condições de embalagem estabelecidas por tipo de item a transportar (Hardware, Matéria-prima, Conjuntos, Metálicos e Não Metálicos, Materiais Perigosos etc). MIL-STD-1686 ESD Control program for protection of electrical and electronic parts, assemblies and equipment. MIL-STD Electrostatic Discharge Control Handbook for Protection of Electrical and Electronic Parts, Assemblies and Equipment. MIL-HDBK-263 ESD control handbook for protection of electrical and electronic parts, assemblies and equipment. Página 5 de 28
6 Referências Embraer NE Classification and Identification for Dangerous Materials NE Packings Identification NE Tires, Inner Tubes and Wheels of Aircrafts Conditions of Stock NE Packing, Preliminary Requirements NE Dangerous Materials Handling, Packing and Storage NE Chapas / peças espelhadas manuseio e proteção NE Materials and Equipments Storage Conditions Shelf Life NE Pré-impregnado, filme adesivo, espuma adesiva, filme não aderente e primer adesivo Transporte, manuseio e estocagem NE Item preservation against deterioration NE ESD Protection, Handling and Maintenance of Parts/Equipment 4 DEFINIÇÕES DE EMBALAGENS Embalagens Entende-se por embalagem todos aqueles materiais utilizados para envolver, conter, proteger, movimentar, entregar e apresentar mercadorias, desde o produtor até o consumidor final, assegurando a integridade e a qualidade do material nela contido. Embalagem Primária Embalagem que está em contato direto com o produto. Sua função é garantir a segurança durante o manuseio, proteger o produto de agentes contaminantes e manter a integridade física do material no ciclo logístico. Embalagem Intermediária Embalagem utilizada para proteção à embalagem primária. Embalagem Final ou de Transporte Embalagem utilizada para agilizar e facilitar o transporte e oferecer proteção à embalagem intermediária. Esta embalagem deve atender as exigências do transportador ou do tipo de transporte. Embalagem Mecanizada São embalagens que permitem movimentação por meios de empilhadeiras, paleteiras, pontes rolantes etc. Podem ser primárias, intermediárias ou finais. No caso de embalagem mecanizada, as dimensões devem ser baseadas nos equipamentos disponíveis na Embraer conforme Anexo 1 e Anexo 2. 5 CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS Pequenas Toda embalagem que pode ser manuseada por uma única pessoa. O peso da embalagem com o produto, não deve ultrapassar 20 Kg (quilos) ou 42 L (litros), o que for alcançado primeiro, e nenhuma das dimensões da embalagem devem ultrapassar 800 mm. Médias São embalagens com peso entre 20Kg/42L e 300Kg (incluindo o produto) ou embalagens que possuam qualquer uma das dimensões entre 800 mm e 2000 mm. Grandes Toda embalagem com peso acima de 300 Kg ou que qualquer uma de suas dimensões ultrapasse 2000 mm. Página 6 de 28
7 6 ANÁLISE / APROVAÇÃO DE EMBALAGENS Toda embalagem enviada a Embraer deve ser analisada e aprovada pela área de Logística, através do Administrador de Contrato responsável pelo fornecedor ou subcontratado. Quando aplicável, a aprovação de um projeto de embalagem pela Embraer não constitui uma aprovação final, a qual ocorrerá somente após avaliação da entrega física do material. A Embraer reserva-se o direito de solicitar alterações ou melhorias nas embalagens, sempre que forem detectados falhas ou riscos de não conformidades ao material. NOTA: Uma vez aprovada a embalagem, todas as eventuais modificações devem passar por uma nova avaliação da Embraer. 7 REQUISITOS DE EMBALAGEM 7.1 Requisitos gerais As embalagens devem ser projetadas visando à máxima segurança do material tendo em vista o menor volume e peso possíveis, para facilitar o transporte. É de responsabilidade do fornecedor selecionar os materiais utilizados na fabricação das embalagens. Tais materiais devem ser quimicamente compatíveis com o produto transportado, devem estar de acordo com a dimensão e peso do material transportado e do tipo de transporte utilizado (marítimo, aéreo ou rodoviário). Toda embalagem deve garantir as melhores condições de ergonomia nas operações realizadas ao longo do ciclo logístico. O acesso ao material embalado deve ser prático e seguro, não oferecendo riscos ergonômicos e de segurança aos operadores. O fornecedor deve garantir que toda embalagem, independente do tamanho, esteja isenta de sujeira ou objetos estranhos que possam se caracterizar como FO (foreign object objeto estranho). As embalagens primárias, intermediárias e finais devem ser projetadas de modo que permita, com segurança, a remoção e recolocação do conteúdo sem causar danos funcionais no sistema de proteção ou na embalagem. A embalagem deve suportar todas as aberturas necessárias ao longo do ciclo logístico. A operação de abertura poderá acontecer na inspeção alfandegária e, obrigatoriamente, no recebimento na Embraer. Toda embalagem que contiver madeira bruta deve atender as exigências das normas de tratamento fitossanitário vigente na NIMF Nº 15. Não utilizar madeira bruta de baixa qualidade. Mesmo que a embalagem tenha os carimbos de tratamento fitossanitário, poderão ser barradas na alfândega nos casos em que a fiscalização constate a presença de cascas, galerias de inseto ou mofo na madeira. Os itens seriados, frágeis ou que são enviados à produção unitariamente, devem ser embalados individualmente em embalagem primária e depois colocados em embalagem intermediária. As embalagens intermediárias devem ser colocadas em embalagem final para transporte, quando requerido. Nas figuras 1 e 2 seguem exemplos ilustrativos. Página 7 de 28
8 Embalagem Primária Embalagem Intermediária Embalagem Final ou de Transporte Figura 1: Exemplo de embalagem para itens seriados, frágeis ou que são enviados individualmente à produção. Embalagem Primária Embalagem Final ou de Transporte Figura 2: Exemplo de embalagem para itens seriados, frágeis ou que são enviados individualmente à produção. A embalagem intermediária deve conter somente itens do mesmo part number (PN), exceto para móveis, itens de interior e conjuntos. Obs.: Itens embalados em cartelas devem conter PN s iguais e do mesmo lote. A identificação do PN do item deve estar visível sem que ocorra a abertura da cartela no recebimento. Não é permitida a utilização de grampos para fechamento da embalagem primária, devido ao risco de FO. A embalagem deve ser selada a quente ou com fita adesiva. Material com formato irregular (bordas afiadas, pontiagudas etc), material composto com risco de delaminação ou quebra nas bordas, deverão ser protegidos com papelão, espuma, plástico bolha ou outro material que assegure conformidade ao produto até a sua utilização na Embraer, conforme figura 3. Figura 3: Exemplo de proteção de espuma na borda do material Os materiais devem ser travados no interior da embalagem, para evitar a movimentação durante o transporte e manuseio. Para embalagens pequenas o travamento deve ser feito com preenchimento dos espaços vazios, que pode ser feito com: plástico bolha, papel kraft, saco de ar, sacos de espuma de poliuretano, espuma, isopor etc. Não utilizar espuma de poliuretano expandido diretamente na embalagem. Utilizar saco especial com espuma de poliuretano expandido conforme figura 4. Página 8 de 28
9 Figura 4: Utilização correta dos sacos de poliuretano Para embalagens grandes o travamento deve ser feito com berços de madeira ou cintas, conforme figura 5 e 6. Figura 5: exemplo de travamento de grandes embalagens feita com berços de compensado Figura 6: exemplo de travamento de grandes embalagens feito com cintas Materiais a granel devem ser embalados em saco plástico (ou similar) que tenham resistência a quedas de até 0,8 metros e movimentação sem rasgar ou abrir. A quantidade de itens por saco plástico deve ser limitada a 5 Kg ou volume de 3 L, o que for alcançado primeiro. Utilizar proteção individual nos parafusos, estria ou pinos quando necessário conforme figura 7. Página 9 de 28
10 Figura 7: exemplo de proteção individual de itens a granel Áreas com roscas, conexões, conectores e mangueiras, devem receber proteção de caplugs (figura 8) ou plásticos fixados com fitas adesivas. As fitas adesivas não devem deixar resíduos no item após sua retirada. Figura 8: exemplo de caplug utilizados para proteção de conectores. A embalagem e transporte de materiais com temperatura controlada (materiais pré-impregnados com resina -epóxi, fenólica e poliimida, filmes adesivos, adesivos esponjosos, filmes não aderentes e primers adesivos) devem estar de acordo com a norma Embraer NE Peças que contenham fluídos devem ter embalagem capaz de conter o fluído, caso ocorra vazamento. O material utilizado para travamento/acolchoamento não deve absorver o fluído. No transporte marítimo de materiais que sofrem corrosão, o fornecedor deve fazer uso de dessecante em quantidade suficiente para garantir a total desumidificação da embalagem até a utilização do item na Embraer, conforme norma Embraer NE anexo 2. É de responsabilidade do fornecedor, quando necessário, prover junto com o material instrução de transporte, manuseio e abertura da embalagem. Embalagens médias ou grandes conforme Secção 5, devem ser projetadas visando a movimentação com empilhadeira ou paleteira (embalagens mecanizadas). Embalagens mecanizadas devem possuir pés para movimentação: Embalagem com até 2 toneladas devem ter pés para movimentação com altura mínima de 90 mm Embalagem com mais de 2 toneladas devem ter pés para movimentação com altura mínima de 150 mm Página 10 de 28
11 Para embalagens com mais de 2 toneladas, os pés devem ter o comprimento igual à largura da caixa. Obs.: A aceitação do pé da embalagem dependerá de análise por parte Embraer Embalagem de papelão e Embalagem Híbrida Utilizar caixas de papelão, preferencialmente para pequenas embalagens. Para utilização de papelão em embalagens médias utilizar embalagens híbridas, por exemplo, aço e papelão (figura 9A) ou compensado e papelão (figura 9B). Figura 9: Exemplo de embalagens híbridas. A) Embalagem de papelão com palete de aço. B) Embalagem de papelão com estrutura de compensado. Toda embalagem de papelão deve suportar todo o ciclo logístico e garantir a integridade do produto até o consumo final. Utilizar papelão de espessura adequada ao peso, tipo e fragilidade do material. A embalagem deve resistir ao empilhamento durante o transporte sem amassar ou abaular as laterais. Todo espaço interno da embalagem deve estar preenchido (plástico bolha, papel kraft etc) para evitar que a caixa amasse no empilhamento. Não utilizar grampos para fechamento das caixas de papelão Embalagem grades A embalagem deve ser totalmente fechada, em compensado (ou similar) com espessura mínima de 15 mm. O produto deve estar apoiado em bases (paletes) que permitam seu transporte com equipamentos de movimentação, conforme exemplo da figura 10.. A base da embalagem deve ter vigas de tamanho adequado para resistir aos esforços aplicados durante a movimentação, conforme figura 11. O berço deve ter largura adequada para máxima área de contato do produto, a fim de melhor distribuir as cargas nos apoios. Página 11 de 28
12 Figura 10: Exemplo de base de embalagem grande, com berço par a material. Figura 11: Exemplo de figa de reforço da base da caixa Os berços de apoio do produto devem ser protegidos com espuma de polietileno (ou similar), de espessura suficiente para absorver as vibrações e impactos que o item sofrerá durante o transporte e manuseio das embalagens (figura 12). Espuma de polietileno no berço de embalagem grande Figura 12: detalhe da espuma de polietileno para proteção do material no berço Página 12 de 28
13 O produto deve ser travado no berço da embalagem, para eliminar qualquer deslocamento durante o transporte ou movimentação. O travamento deve garantir a fixação do produto sem danificar a proteção primária ou o próprio produto. Utilizar madeira ou compensado de boa qualidade que ofereça resistência a: Variação térmica durante o transporte Umidade e chuva Impactos inerentes a operação de movimentação O teto das grandes embalagens deve ser estruturado de maneira a suportar uma carga concentrada de 100 Kg, durante as operações de fechamento e abertura das embalagens. Utilizar vigas de reforço sob a tampa da caixa para evitar que o meio afunde e acumule água. Utilizar parafusos nos pontos de fechamento/abertura da embalagem. A utilização de pregos só é permitida para montagem da estrutura da caixa, conforme figura 13. Figura 13: local onde a caixa deve ser fechada com parafusos. A embalagem deve ter duas janelas de inspeção em lados opostos da caixa, com tamanho mínimo de 400 X 400 mm, conforme figura 14. Página 13 de 28
14 400 mm 400 mm Figura 14: exemplo de janela de inspeção das grandes embalagens (vista lateral) A embalagem deverá ter furos de respiro nas laterais da caixa. Os furos deverão ser protegidos contra a entrada de água, conforme figura 15. Figura 15: exemplo de furos de respiro de grandes embalagens Os itens devem ser embalados com filme aluminizado hermeticamente fechados com dessecante em seu interior. Toda embalagem que for transportada em container fechado deve ser projetada para facilitar a operação de retirada de dentro do container (figura 16). Página 14 de 28
15 Figura 16: base de embalagem para uso em container fechado As grandes embalagens devem ter indicações externas (símbolos) conforme figura 17. Figura 17: exemplo de identificação em grandes embalagens NOTA: as marcações devem ser iguais em faces opostas da embalagem. Utilizar letras maiúsculas, legível e proporcional ao espaço disponível. As marcações devem ser feitas em tinta preta, resistente à chuva e sol. Página 15 de 28
16 7.1.3 Embalagem tipo sino Definição: embalagem formada por uma base (palete) e uma caixa (tampa ao contrário) que cobre a peça e se encaixa na base, conforme figura 18. Figura 18: exemplo de embalagem com tampa tipo sino. Dimensões permitidas para utilização de caixa com tampa tipo sino: - Altura máxima 1800 mm - Largura máxima: 3000 mm Obs.: A aceitação da utilização de embalagem tipo sino com dimensões maiores dependerá de análise por parte Embraer. Utilizar a embalagem tipo sino somente para peças unitárias. A embalagem tipo sino deve ter olhais (alça de içamento) fixados nas laterais ou na parte superior da tampa (figura 19). O olhal deve ter um diâmetro interno mínimo de 32 mm para ser compatível com o gancho de içamento de carga da Embraer (figura 20) Página 16 de 28
17 Figura 19: exemplo do olhal da embalagem tipo sino. Figura 20: gancho de içamento utilizado na Embraer (altura (H): 30mm) Itens Paletizados e Matéria-prima O palete deve resistir às condições climáticas, como umidade e temperatura, encontradas ao longo do ciclo logístico a que estará submetido. As dimensões da carga paletizada não devem ultrapassar as dimensões do palete. O palete deve garantir que o material não sofra flexões acima do seu limite máximo de resistência à flexão. NOTA: A flexão máxima do palete deve ser menor do que a máxima flexão que o material resiste. Carregamentos do tipo pirâmide não são aceitos. Este tipo de carga é resultante de camadas incompletas na parte superior da pilha (ver figura 21). Página 17 de 28
18 Figura 21: esquema de carregamento do tipo pirâmide O palete deve ter, pelo menos, duas entradas laterais para manuseio com equipamentos de movimentação. Todo material paletizado deve ser fixado com cintas de forma a evitar o deslocamento sobre o palete Paletização de caixas de papelão: - Utilizar cintas de nylon ou poliéster para amarração e fixação das caixas ao palete. - Utilizar cantoneiras de papelão ou plástico, nos pontos onde a cinta passar sobre a embalagem. NOTA: Nos casos que a cinta de nylon não for suficientemente resistente ao peso do material na paletização de caixa de papelão, por segurança, outros tipos de cinta poderão ser utilizados para evitar riscos nas operações. Paletização de matéria prima - Utilizar cintas de metal para amarração e fixação da carga ao palete. - Utilizar cantoneira metálica nos pontos onde a cinta passar sobre a embalagem.. No caso de matéria-prima, a carga paletizada não deve ultrapassar 3 (três) toneladas por palete. Não é permitido o envio de chapas de matéria-prima paletizada com as bordas exposta (fora do palete) No caso de perfis, todas as bordas afiadas ou pontiagudas devem ser protegidas para assegurar a conformidade do produto durante o transporte. Os perfis devem estar bem apoiados para evitar torções que possam vir a causar empenamento do material. Chapas espelhadas ou polidas devem ser transportadas e embaladas de acordo com o disposto na norma Embraer NE Para matérias-primas muito frágeis (chapas muito finas, material composto etc), deve-se utilizar embalagens fechadas e não paletes Pneus A embalagem ou palete utilizado deve ser isenta de arestas ou pontas (pregos, grampos, canto vivo etc) que possam marcar ou danificar o pneu. Utilizar paletes plásticos para paletização de pneus. Não utilizar pneus com diâmetros diferentes no mesmo palete. Página 18 de 28
19 A fixação dos pneus no palete não deve oferecer nenhum risco de danos aos pneus ou a quem manusear o volume. O empilhamento de pneus no palete deve seguir os valores recomendados pelo fabricante do item. Caso não exista nenhuma restrição por parte do fabricante, deve utilizar a tabela abaixo: Diâmetro do pneu Quantidade empilhável Até 100 cm 5 De 100 cm a 125 cm 4 Acima de 125 cm Tecido, carpetes e similar Este tipo de material deve ser enviado em rolos, exceção nos casos em que o fornecedor não permitir tal envio. Os rolos devem ser colocados em saco plástico com espessura adequada ao peso e tipo de material. O saco plástico deve estar fechado com fita adesiva. Os rolos devem ser colocados em caixa de papelão, compensado ou similar. Abaixo segue um exemplo da embalagem de material em rolo (figura 22) Figura 22: Embalagem de material em rolo Caso o item necessite de maior proteção, utilizar outros métodos de acolchoamento / travamento já descrito neste documento Móveis executivos Proteger puxadores e partes metálicas polidas e/ou com tratamento superficial utilizando lâmina de espuma adesiva (que não deixe nenhum tipo de resíduos sobre o móvel ao ser retirada). Envolver o item com uma camada de flanela (principalmente as partes constituídas por veneer), depois envolver com lâmina de espuma e plástico bolha. Todo o fechamento deve ser feito com fita adesiva. Página 19 de 28
20 Figura 23: exemplo de embalagem de móveis executivos. Todas as partes pontiagudas do móvel devem ser protegidas com papelão, espuma (ou similar). No caso de produtos muito delgados e frágeis, devem ser utilizados reforços para garantir que o produto resista aos esforços no transporte. O móvel deve ser travado (fixado) dentro da embalagem. O item não pode se mover dentro da caixa, mesmo que a caixa seja inclinada 45º para qualquer um dos lados. Para travamento de grandes espaços, utilizar armações de compensado protegidas com espuma, isopor ou similar. Quando for necessário colocar mais de um item (móvel desmontado) dentro da mesma embalagem, as partes deverão ser colocadas em compartimentos separados e travadas por espuma ou isopor, conforme figura 24. Página 20 de 28
21 Figura 24: exemplo de embalagem de móveis. Separação feita com compensado e espuma O posicionamento dos painéis dentro da embalagem deve privilegiar a segurança do item. Não transportar painéis muito finos e frágeis na posição vertical. Obs.: o fornecedor deve realizar testes práticos para validar a embalagem. Cabos elétricos instalados devem ser fixados ao móvel. As conexões dos cabos elétricos devem ser protegidas com caplugs (conforme figura 8) Proteções especiais Os requisitos da Norma Embraer NE (item 5.11) devem ser aplicados quando for necessário proteger itens embalados contra campos de força tais como: Campo eletrostático, Campo eletromagnético, Campo magnético e Campo radioativo. A embalagem deve envolver completamente o item e estar devidamente etiquetada informando a natureza da proteção oferecida Requisitos para utilização de embalagens em container aberto (flat rack) Embalagens enviadas em container aberto (flat rack) devem ter cobertura de lona impermeável fixada (grampeada) à lateral da embalagem. A lona não deve ser fixada na parte superior da embalagem, para evitar infiltração pela lona (figura 25). A lona deve cobrir o teto e parte da lateral da caixa: Sob a lona deve ser utilizado plástico transparente 180 micras recobrindo a caixa toda Embalagens transportadas em containers fechados não necessitam do plástico, somente a lona. A lona não deve cobrir os carimbos de tratamento fitossanitário e demais informações da embalagem. Página 21 de 28
22 Figura 25: Lona e plástico utilizados em embalagens grandes Material perigoso Toda embalagem de material perigoso deve atender prioritariamente as normas internacionais vigentes conforme o modal de transporte utilizado: IMO para os itens no modal marítimo, IATA para os itens no modal aéreo. Abaixo estão listadas as principais normas utilizadas para transporte aéreo e marítimo de Materiais Perigosos: IATA International Air Transport Association Associação Internacional de Transporte Aéreo com sede em Montreal no Canadá. IMO - International Maritime Organization Regulamento sobre o transporte de materiais perigosos por via marítima. DGR Dangerous Goods Regulations (Regulamento para mercadorias perigosas) Regulamento utilizado para a preparação de documentos, embalagens e transporte de mercadorias perigosas por via aérea, publicada pela IATA uma vez ao ano. MSDS Material Safety Data Sheet Fornece informações sobre vários aspectos de produtos químicos (substâncias ou preparados) quanto à proteção, à segurança, à Saúde e ao meio ambiente, sendo todos os dados de responsabilidade do fabricante e/ou fornecedor. IMDG - International Maritime Dangerous Goods Code Regulamento sobre o transporte de materiais perigosos por via marítimo. Shipper s Declaration for Dangerous Goods Declaração completada pelo embarcador, seguindo exatamente as normas descritas na IATA através do DGR em impresso apropriado em 4 vias no idioma inglês. Certificado de Conformidade da Embalagem Documento numerado do fabricante certificando a embalagem controlada por número de série. Página 22 de 28
23 8 IDENTIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS 8.1 Marcações externas das embalagens Todas as embalagens finais ou de transporte devem estar devidamente identificadas para permitir seu correto manuseio. Estas marcações devem ser indeléveis, duráveis e legíveis e devem contrastar com as cores da embalagem. Na tabela abaixo constam alguns exemplos de marcações externas da embalagem. TABELA 1: Exemplos de marcações que indicam correto manuseio de embalagem 1 Fragility 2 - Package to heavy Delicate Instruments Fragile 3 Do not handle with hook 4 - This side up 5 - Do not stack DO NOT STACK 6 Maximum stockpile Do not apply concentrated loads 8 - Do not expose to humidity 9 - Do not expose to heat 10 - Electronic sensitive equipment 11 Fragile Do not agitate 12 Lift Página 23 de 28
24 13 Do not expose to light 14 Gravity center Materiais perigosos devem estar de acordo com o descrito na IATA ou IMO. 8.2 Etiquetas de identificação O fornecedor deve colocar as seguintes informações nas etiquetas, conforme figura 26. Obs.: Utilizar códigos de barras - Linear Code128 alfanumérico Etiqueta de embalagem interna: - Número da ordem de compra (PO) - Número da invoice (material importado) ou Nota Fiscal (material nacional) - Part Number (PN) - Número do lote (quando aplicável) - Número de série (quanto aplicável) Etiqueta de embalagem externa - Número da ordem de compra (PO) - Número da invoice (material importado) ou Nota Fiscal (material nacional) - Número de caixa (exemplo: 1/10, 2/10, 3/10) Página 24 de 28
25 Figura 26: etiqueta das embalagens interna e externa Quando a embalagem de transporte for a primária (não há embalagens internas), basta que seja utilizada a etiqueta interna. 9 RECOMENDAÇÕES EMBRAER Sempre que for tecnicamente e economicamente viável, dar preferência ao uso de embalagens retornáveis para a logística dos produtos. Nas embalagens retornáveis, deve ser identificada a propriedade da embalagem, através da gravação do nome e logotipo do fornecedor em local de fácil visualização. Na fabricação de embalagens descartáveis deve-se dar preferência à utilização de materiais recicláveis ou biodegradáveis. A Embraer recomenda, sempre que possível, a substituição da madeira bruta por outros materiais (compensado, OSB, aglomerado, plástico, metal etc) na confecção das embalagens. As embalagens grandes devem ser projetadas para transporte marítimo. No caso excepcional de transporte aéreo a embalagem deve ser projetada (ou adaptada) conforme normas de transporte aéreo (IATA) ************************ Página 25 de 28
26 Para questões relacionadas a embalagens (comentários, sugestões de melhorias, dúvidas do Manual de Embalagem, análise de embalagens etc) o fornecedor/ subcontratado poderá utilizar o abaixo. package.development@embraer.com.br Página 26 de 28
27 Anexo 1: Dimensões dos garfos de empilhadeira com uso do extensor de garfo 2.1- Empilhadeiras de 6 toneladas Comprimento do garfo: 2500 mm com extensor / 1500 mm sem extensor 2.2- Empilhadeiras de 4 toneladas Comprimento do garfo: 2500 mm com extensor / 1500 mm sem extensor Obs.: As dimensões acima são dos garfos de empilhadeira quando se utiliza extensor de garfo. Página 27 de 28
28 Anexo 2: Dimensão das entradas das paleteiras Página 28 de 28
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