Democratização da educação básica no Brasil: as desigualdades do financiamento.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Democratização da educação básica no Brasil: as desigualdades do financiamento."

Transcrição

1 Democratização da educação básica no Brasil: as desigualdades do financiamento. *Tavares, Tais Universidade Federal do Paraná, Brasil, Nienkötter, Giselle - Universidade Federal do Paraná, Brasil, gnienkotter@gmail.com Trojan, Rose Meri - Universidade Federal do Paraná, Brasil, rosetrojan@uol.com.br No Brasil, as desigualdades sociais são o maior impedimento à plena realização da democracia. Embora do ponto de vista da institucionalidade política haja progressiva consolidação da participação do cidadão, do ponto de vista da participação econômica, social e cultural o país está marcado pela concentração de renda e pela extremada pobreza de diversas regiões. Neste país, praticamente todas as políticas sociais regulamentadas em leis, carecem de recursos por variados motivos como a má distribuição de renda populacional; a carga tributária desproporcional e injusta aos mais pobres; a formação político-econômica de Estado, patrimonialista e dependente, e em parte abalizadoras da corrupção; a inserção fiel e inquestionada ao capitalismo globalizado etc. Os direitos mais básicos - saúde, moradia, trabalho e educação ainda não estão garantidos a toda a população. Desde o início dos anos 1990, as políticas implementadas pelos governos dos três últimos presidentes eleitos após 20 anos de ditadura militar, criaram várias formas de medir os níveis de qualidade dos serviços públicos. Alguns indicadores oficiais fornecem o panorama da desigualdade no Brasil. Utilizada a síntese de indicadores sociais de 1999 e 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH 1 ) brasileiro de 2005 e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2007 (IDEB 2 ), tem-se a seguinte situação sócio-econômica da população brasileira, de cerca de 193 milhões de habitantes, divididos em regiões: Indicadores Acesso a Rendimento Rendimento IDH IDEB bens 1 (%) mensal familiar mensal familiar de até 2 SM 2 ou sem rendimento (%) mais de 20 SM 3 (%) Brasil 17,6 31,1 5,9 0,79 4,2 Norte 6,2 34,6 4,3 0,76 - Nordeste 6,2 51,7 2,7 0,72 - Sudeste 23,2 20,8 7,8 0,81 - Sul 22,3 24,8 6,4 0,83 - Centro- 14,0 30,1 6,5 Oeste QUADRO 1 - INDICADORES SOCIAIS E DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. 0,80-1 O IDH é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população com índice máximo de valor 1,0. 2 O IDEB é a medida oficial da qualidade da educação que cruza os dados de aprovação e evasão escolar com o do rendimento nos estudos (proficiência). Numa escala de 0 a 10, em nível nacional, o valor do IDEB no Brasil é de 4,2 nos primeiros anos do ensino fundamental (EF - 1.ª a 4.ª série).

2 1 Acesso a serviços de iluminação elétrica, telefone fixo, posse de computador, Internet, geladeira, TV em cores e máquina de lavar. Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios O salário mínimo (SM) brasileiro era de R$136,00 em 1999, ou seja, cerca de U$68. Fonte: Pesquisa nacional por amostra de domicílios 1999 [CD-ROM]. Microdados. Rio de Janeiro: IBGE, Fonte: Pesquisa nacional por amostra de domicílios 1999 [CD-ROM]. Microdados. Rio de Janeiro: IBGE, Fonte: Ranking do IDH dos estados do Brasil em Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 5 Fonte: MEC/INEP. Disponível em: Acesso: 20 mar IDEB dos anos iniciais do ensino fundamental (1.ª a 4.ª séries). Os índices por regiões não são divulgados. A desigual distribuição da riqueza é explícita na diferença entre os mais pobres e o mais ricos. Mais de 30% das famílias brasileiras vivem com até 68 dólares, 1% dos brasileiros mais ricos - 1,7 milhão de pessoas - detém uma renda equivalente a da parcela formada pelos 50% mais pobres (86,5 milhões de pessoas). Em suma, 75,4% da riqueza do país concentra-se com os 10% mais ricos (IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O Índice de Gini 3, ao medir a desigualdade de renda corrobora a desigualdade econômica, pois em 2005 o índice no Brasil era de 0,57. Segundo dados do Human Development Report (HDR) Organização das Nações Unidas (ONU), de 2004, o Brasil apresenta historicamente uma desigualdade extrema, com índice de Gini próximo a 0,6. Este valor indica uma desigualdade brutal e rara no resto do mundo, já que poucos países apresentam índice de Gini superior a 0,5. Dos 127 países presentes no relatório, o Brasil apresenta o 8.º pior índice de desigualdade do mundo, superando todos os países da América do Sul e ficando apenas à frente de sete países africanos. (HDR, 2007). 4 Conforme a classificação do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), são considerados países com alto desenvolvimento humano os com médias acima de 0,800. Embora os IDHs das regiões brasileiras sejam assim classificados, a diferença entre as regiões norte e nordeste em relação ao centro-sul e sudeste são alarmantes, como é visível no Quadro 1. Este conjunto de dados esboça um quadro de desigualdade social e, portanto, o caráter ainda formal da democracia no Brasil. No que se refere à educação, outros indicadores revelam a insuficiência e a desigualdade na democratização do acesso, da permanência e da qualidade do ensino. As condições de qualidade desiguais quanto a infraestrutura escolar, perfil docente e gestão se expressam no rendimento escolar. A educação básica, na etapa obrigatória do ensino fundamental, embora quase universalizada no país (96,4% em 2006 BRASIL/MEC/INEP/EDUDATA), não atingiu cerca de 25 milhões de pessoas que permanecem analfabetas (IBGE). A precariedade social das regiões norte e nordeste, em contrapartida ao sul do país demonstra que o direito à educação básica tem se realizado em quantidades e qualidades diferentes, de acordo com as condições econômicas e sociais das diferentes regiões, como expõe o Índice de Educação Básica do Brasil (IDEB). Por 3 Disponível em: Acesso: 20 mar O Índice de Gini é representado por um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda e 1 corresponde à completa desigualdade (onde um tem toda a renda, e os demais nada têm). 4 m=iso.

3 exemplo, o estado do Maranhão, no nordeste, apresenta um IDEB de 3,3 e o Paraná, na região sul, possui um IDEB de 5,2 nos anos iniciais do ensino fundamental, em uma escala de 0 a 10. Baixos em ambos os casos, os díspares números do IDEB entre as regiões mostram a consequência da desigualdade de renda, participação social e cultural. A educação brasileira, em geral, tem escassa qualidade com consequente evasão e reprovação escolar. Às desigualdades regionais, acrescentam-se as existentes entre os estados de uma mesma região e entre os municípios de um mesmo estado. Em algumas regiões metropolitanas do sul do país encontramos, por exemplo, índices de desenvolvimento social e educacionais tão alarmantes quanto os existentes nas regiões mais pobres do país. A expansão e qualidade da educação básica têm dependido, fundamentalmente, da questão do financiamento. A política de fundos tem buscado garantir um patamar mínimo de recursos em todo o país. Uma das políticas públicas brasileiras que procura equalizar as oportunidades por meio da distribuição de recursos financeiros para as escola públicas é o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O Fundo estabelece um custo-aluno nacional a ser garantido pela participação de todas as esferas federativas: municípios, estados e União. Entretanto, o caráter estadual do antigo FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) e do atual FUNDEB não teve caráter redistributivo no conjunto do país. Vários estudos tratam o financiamento da educação brasileira por meio do FUNDEB, o qual não será tratado neste trabalho 5. A equalização tem ficado a cargo da União que, por meio de seus recursos vinculados e outros, tem a obrigação constitucional de interferir no sentido de correção das desigualdades entre as regiões. Com o objetivo de elevar a equidade nas escolas, parte significativa dos recursos federais para a educação compõe o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gerida exclusivamente pelo governo federal, distribuída aos municípios e estados a partir da aprovação de projetos com critérios estabelecidos por essa mesma esfera governamental. O presente trabalho analisa a distribuição do FNDE entre as diferentes regiões, estabelecendo um comparativo entre municípios das regiões pobres do país e municípios das regiões sudeste e sul, mais ricas. O FNDE é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que visa financiar ações voltadas à educação básica pública ofertada por estados e municípios. O financiamento da educação pública brasileira está regulamentado pelo artigo 211 da Constituição Federal de 1988, definindo que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão em regime de colaboração os seus sistemas de ensino. Em seu primeiro parágrafo garante que a 5 DAVIES, N. FUNDEB: a redenção da educação básica? Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 Especial, p , out RIBEIRO, M. R. T. Regulação sistêmica e política de financiamento da educação básica. Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p , Especial, out CASTRO, J. A. de C. Financiamento e gasto público na educação básica no Brasil: Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n Especial, p , out SEM, A. A legislação do FUNDEB. Cadernos de Pesquisa, v. 38, n. 134, p , maio/ago

4 União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. (BRASIL/CF, 1988). A relação entre as condições municipais e os recursos recebidos do FNDE, está disposta no quadro abaixo: IDEB Anos iniciais do EF Recursos FNDE para o estado 2006 Municípios IDH-M 2000 Melhores IDH-M São Caetano do Sul (SP) 0,919 Não disponível ,65 Águas de São Pedro (SP) 0,908 4,8 Niterói (RJ) 0,886 4, ,18 Florianópolis (SC) 0,875 5, ,68 Piores IDH-M Guaribas (PI) 0,479 2, ,05 Traipu (AL) 0,479 2, ,49 Jordão (AC) 0,475 3, ,00 Manari (PE) 0,467 3, ,82 QUADRO 2 - MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM OS MELHORES E OS PIORES IDH-M, SEUS IDEBs E TOTAL DO REPASSE FINANCEIRO DO FNDE EM Fonte: Ranking do IDH-M dos municípios do Brasil em Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Disponível em: M%2091%2000%20Ranking%20decrescente%20(pelos%20dados%20de%202000).htm Acesso: 21 mar Cruz (2009) em sua tese de doutorado estudou os critérios e a distribuição dos recursos do FNDE em todo o Brasil de 1995 a 2006, enfocando as transferências automáticas e diretas de financiamento. Sua análise indica que os repasses dos recursos do FNDE ocorrem de três formas distintas de assistência financeira: a direta, a automática e a voluntária. A assistência direta é aquela na qual o próprio FNDE executa a aquisição e a distribuição de produtos entre estados e municípios, como é o caso do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), nas situações em que as escolas recebem o acervo para usufruto da comunidade escolar. (...) A assistência financeira automática, em geral, tem amparo em lei federal que definiu o formato do programa. (...). As transferências automáticas ocorrem pelo repasse direto em conta corrente específica aberta para a descentralização, em nome do beneficiário. As transferências automáticas [como o PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola] podem ter caráter constitucional ou legal. (CRUZ, 2009, p. 216, grifos nossos). Este trabalho se detém nos recursos repassados de forma voluntária, os quais decorrem, na maioria das vezes, de convênios 7 para o financiamento de 6 Quase 10% dos municípios brasileiros dos 5562 não tiveram seus IDEBs divulgados, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios com a lista dos municípios sem o IDEB de O site só é acessado com senha pelas associações de municípios que a compõe. Se havia alguma justificativa ao número de municípios que ainda não apresentaram o índice, foi inviável, neste momento, localizar. 7 Convênio: disciplina a transferência de recursos públicos e tem como partícipe órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista que esteja gerindo recursos dos orçamentos da União, visando à execução de

5 projetos educacionais, por meio da apresentação de Planos de Trabalhos Anuais (PTAs), elaborados a partir dos critérios definidos anualmente pelo Conselho Deliberativo do FNDE (CD/FNDE) e divulgados pelos manuais de financiamento da autarquia, voltados para as diferentes etapas e modalidades da educação básica. (CRUZ, 2009, p ). A opção pela análise dos recursos de transferência voluntária se dá por dois motivos. O primeiro porque importa entender a relação entre os municípios de melhores ou piores IDHs e IDEBs e a aprovação dos programas que estes municípios solicitaram, via PTAs. O segundo motivo decorre de que a análise das transferências automáticas e diretas dos recursos do FNDE para estados e municípios, foi elaborada com propriedade por Cruz em 2009, embora não tenha comparado com os IDHs ou IDEBs. Da consulta da prestação de contas dos municípios estudados têm-se, além da lista dos programas aprovados ou não, todos os programas de transferência voluntária passíveis de serem aprovados por PTAs: PDDEE Programa Dinheiro Direto na Escola Situação Emergencial. PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar. PNAC - Programa Nacional de Alimentação Escolar para Creche. PNAI - Programa Nacional de Alimentação Escolar Indígena. PNAQ - Programa Nacional de Alimentação Escolar dos Quilombos. PNATE - Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar. EJA Programa de apoio aos estados e municípios para a educação fundamental modalidade Educação de Jovens e Adultos. PEJA - Programa de apoio aos sistemas de ensino para atendimento à Educação de Jovens e Adultos. PAED Programa Complementar para a Educação Especial de pessoas portadoras de deficiência. PDDE/PME PDDE FUNDESCOLA: Projeto de Melhoria da Escola. PDDE/PAPE - PDDE FUNDESCOLA: Projeto de Adequação de Prédios Escolares. PDDE/FEFS Funcionamento das escolas no final de semana. PDDE/PDE-ESCOLA Plano de Desenvolvimento da Educação. O quadro abaixo revela quais municípios tiveram suas prestações de contas aprovadas ou não em 2006, significando que estes municípios tiveram, no ano de 2005, os PTAs aprovados para os seguintes programas: programas de trabalho, projeto, atividade ou evento de interesse recíproco com duração certa, em regime de mútua cooperação, ou seja, com contrapartida do município, sendo ele co-responsável pela aplicação e pela fiscalização dos recursos. (CGU, 2005, p ). (CRUZ, 2009, p. 216).

6 Municípios e São Águas Niterói Florianópolis Guaribas Traipu Jordão Manari Programas Caetano de São (RJ) (SC) (PI) (AL) (AC) (PE) 1 voluntários do Sul Pedro atendidos pelo FNDE (SP) (SP) IDH-M 0,919 0,908 0,886 0,875 0,479 0,479 0,475 0,467 IDEB - 4,8 4,4 5,0 2,5 2,2 3,0 3,9 PDDEE PNAE A A A A A A A A PNAC A A A A A - A N/A PNAI A - PNAQ N/A - - PNATE - A - A N/A - N/A A EJA D - - PEJA D A A D NOT. A N/A D PAED PDDE/PME A A N/A PDDE/PAPE A N/A - PDDE/FEFS N/A - A A PDDE/PDE ESCOLA QUADRO 3 - PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA APROVADOS PARA OS MUNICÍPIOS SELECIONADOS POR MELHORES E PIORES IDH-M. Fonte: FNDE/Consulta de Prestação de Contas. Disponível em: Acesso: 04 abr Este município não recebeu nem o PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola de transferência automática, provavelmente por irregularidades na prestação de contas do ano anterior. Siglas: A Aprovado. N/A Não Aprovado. NOT. - Notificação por Omissão. D - Em Diligência (processo judicial). De maneira geral, parece que os municípios independentemente dos seus índices de desenvolvimento humano ou educacional, desenvolvem os mesmos programas. O quadro demonstra que os municípios com maiores UDH-M e IDEB têm os programas desenvolvidos e as contas aprovadas, o que implica em poderem renovar o convênio para que os programas continuem no ano seguinte. Já os quatro municípios mais pobres do Brasil, ainda que os programas desenvolvidos tenham sido quase os mesmos que os municípios mais ricos, tiveram problemas com as prestações de contas, refletindo na não renovação dos convênios para a continuidade dos programas no ano seguinte. Cruz fez um apanhado dos critérios que constituíram os manuais publicados para a confecção dos PTAs entre os anos de 1995 e De sua tese, observamse os seguintes critérios que foram levados em consideração para os PTAs em 2006: Estados, Distrito Federal e municípios, com recorte por ação. Índice de defasagem série-idade. Índice de violência e incidência de mortalidade por causas externas. Municípios que possuem áreas remanescentes de quilombo, com título definitivo da terra. Municípios e Secretarias de Educação que integram área de abrangência dos projetos interministeriais. Municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste não atendidos pelo FUNDESCOLA. IDH, IDH-M e IDH-Estadual. Maior percentual orçamentário investido em educação. Não ter sido assistido financeiramente em pelo menos 2 dos últimos 5 anos.

7 Localização. Efetivo populacional. Número de matrículas. Características da população atendida (indígenas e quilombolas). Existência de Planos de Carreira do Magistério (para ação capacitação). Número de matrículas por localização (rural ou urbana). (CRUZ, 2009, p ). Em que pese o critério do IDH-M, o que justificaria maior aporte aos municípios com baixo desenvolvimento humano, nesta amostra, aqueles em questão que possuem os menores índices do Brasil, não foram mais beneficiados que os municípios mais desenvolvidos. Chama a atenção a priorização dos programas relativos às políticas afirmativas, como a educação indígena e a quilombola. Somente os municípios mais pobres apresentaram PTAs para estes programas e, mesmo assim, somente em um município a prestação de contas foi aprovada Jordão (AC), indicando que o município de Traipu (AL) não teria o convênio para o PNAQ educação quilombola - renovado no ano seguinte. No trabalho de Cruz havia a expectativa de que as ações decorrentes do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) 8, que pretendiam priorizar os municípios com menor IDEB, para o direcionamento dos recursos de transferência voluntária via Planos de Trabalho, seja definitivo o atendimento àqueles que mais necessitam deste tipo de assistência financeira no Brasil. (CRUZ, 2009, p. 261). Essa expectativa foi sancionada no ano seguinte, pois o relatório do FNDE de 2007, embora não seja objeto deste estudo, traz a seguinte perspectiva: O PDE foi lançado em abril de 2007, posteriormente à elaboração e aprovação do orçamento vigente. As ações orçamentárias de competência do FNDE, braço operacional do MEC, foram estruturadas sem a disponibilização das informações do cenário norteador do desenho deste Plano, que prevê o financiamento, mediante transferência voluntária, de atividades, bem como de projetos específicos e focalizados, oriundos de demandas dos sistemas de ensino daqueles municípios que apresentam os menores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica. (BRASIL/MEC/FNDE, 2008, p. 58, grifos nossos). Assim, os próximos programas voluntários financiados pelo FNDE levariam em consideração os IDEBs baixos em consonância com os IDHs baixos, que já eram tomados como critério. Contudo, o que se tem por ora é que os municípios com baixos IDHs não foram mais beneficiados com financiamento para os programas voluntários, revelando que este critério, apesar de ter peso determinante na aprovação dos pedidos de recursos, sofreu a interferência da não aprovação da prestação de contas dos municípios. Se comparamos os recursos recebidos por regiões e seus respectivos estados, podemos observar que em 2006, embora haja equivalência em termos de alunos beneficiados, há estados nas regiões mais pobres do país que tiveram apenas uma escola beneficiada. 8 O PDE é um programa do governo federal lançado em 2007 com cerca de 40 ações que pretendem atingir todos os municípios brasileiros a partir de um convênio firmado, intitulado Todos pela Educação.

8 Regiões e Estados destacados Alunos Beneficiários Escolas Execução Financeira FNDE (R$) Brasil ,89 Norte ,57 Acre ,00 Nordeste ,95 Piauí ,05 Pernambuco ,82 Alagoas ,49 Sudeste ,66 São Paulo ,65 Rio de Janeiro ,18 Sul ,73 Santa Catarina ,68 QUADRO 4 RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DOS BENEFICIÁRIOS PELOS RECURSOS DO FNDE E O MONTANTE RECEBIDO POR PAÍS, ESTADOS E MUNICÍPIOS ANALISADOS. Fonte: Relatório de Gestão FNDE Baseado na Tabela n. 7 - Execução Financeira por Região / UF - em 2006, p Os dados apresentados permitem uma análise inicial sobre o impacto da distribuição de recursos do FNDE sobre a desigualdade regional. Revelam que os programas não têm contribuído suficientemente para a superação das desigualdades sociais e regionais na medida em que os recursos são encaminhados para os governos municipais e estaduais que concorrem entre si, independentemente das taxas de pobreza. Há busca de critérios mais equânimes, mas a efetivação desses critérios esbarra nas condições das técnicas e políticas dos municípios manterem suas prestações de contas em dia. Cabe discutir a partir daí os limites que políticas de distribuição de recursos para a educação têm em face das condições de desigualdade cuja origem não se localiza dentro dos sistemas de ensino. A cultura política e a pobreza de todas as ordens, nas regiões norte e nordeste do Brasil, impõem limites se a redistribuição de recursos se encerra no que diz respeito à política educacional. Mesmo programas equalizadores vão esbarrar no fato de que o efeito das políticas educacionais é dependente de condições sociais e econômicas que extrapolam o âmbito da escola e do próprio Estado. Referências BRASIL. Constituição Federal. Brasília, BRASIL/MEC/FNDE. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Relatório de gestão do FNDE Brasília: FNDE, 2007, 269 p. BRASIL/MEC/FNDE. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Relatório de gestão do FNDE: exercício de Brasília: FNDE, 2008, 285p. CRUZ, R. E. da. Pacto federativo e financiamento da educação: a função supletiva e redistributiva da União o FNDE em destaque. São Paulo, 2009, 434 f. Tese (Doutorado em Educação) Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

MUNICIPALIZAÇÃO. Prof. Rodolfo Joaquim Pinto da Luz Secretário Municipal de Educação de Florianópolis e Presidente da UNDIME/SC

MUNICIPALIZAÇÃO. Prof. Rodolfo Joaquim Pinto da Luz Secretário Municipal de Educação de Florianópolis e Presidente da UNDIME/SC MUNICIPALIZAÇÃO Prof. Rodolfo Joaquim Pinto da Luz Secretário Municipal de Educação de Florianópolis e Presidente da UNDIME/SC NOVAS RESPONSABILIDADES AOS MUNICIPIOS Ampliação do Ensino Fundamental de

Leia mais

3 O Panorama Social Brasileiro

3 O Panorama Social Brasileiro 3 O Panorama Social Brasileiro 3.1 A Estrutura Social Brasileira O Brasil é um país caracterizado por uma distribuição desigual de renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Santos, SP 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 281,35 km² IDHM 2010 0,840 Faixa do IDHM Muito Alto (IDHM entre 0,8 e 1) (Censo 2010) 419400 hab. Densidade

Leia mais

Descentralização mediante convênio.

Descentralização mediante convênio. PARCERIAS PÚBLICAS Descentralização A descentralização é um princípio administrativo consagrado pelo art. 10 do Decreto-lei n 200, de 1967, que firmou, como uma das práticas principais, descentralizar

Leia mais

Plano Nacional de Educação: uma dívida histórica do Estado brasileiro

Plano Nacional de Educação: uma dívida histórica do Estado brasileiro Plano Nacional de Educação: uma dívida histórica do Estado brasileiro A Associação Nacional de Política e Administração da Educação ANPAE, fundada em 1961 1, é uma associação civil de caráter educativo,

Leia mais

Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial

Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial 29 Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial Gabriel Barreto Correa (*) Isabel Opice (**) 1 Introdução Não é novidade que o Brasil apresenta, além de índices educacionais muito baixos

Leia mais

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS Débora Brondani da Rocha Bacharel em Direito e Auditora Pública Externa do TCERS Hilário Royer-

Leia mais

Constituição Federal - CF - 1988 Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação

Constituição Federal - CF - 1988 Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação Constituição Federal - CF - 1988 Título VIII Da Ordem Social Capítulo III Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I Da Educação Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

Leia mais

FINANCIAMENTO NO PNE E OS DESAFIOS DOS MUNICÍPIOS. LUIZ ARAÚJO Doutor em Educação Professor da Universidade de Brasília Diretor da FINEDUCA

FINANCIAMENTO NO PNE E OS DESAFIOS DOS MUNICÍPIOS. LUIZ ARAÚJO Doutor em Educação Professor da Universidade de Brasília Diretor da FINEDUCA FINANCIAMENTO NO PNE E OS DESAFIOS DOS MUNICÍPIOS LUIZ ARAÚJO Doutor em Educação Professor da Universidade de Brasília Diretor da FINEDUCA O QUE ESTÁ EM JOGO? Em todo debate sobre financiamento educacional

Leia mais

4 Desigualdade, Pobreza e o Acesso à Educação

4 Desigualdade, Pobreza e o Acesso à Educação 4 Desigualdade, Pobreza e o Acesso à Educação A desigualdade, em suas várias formas, é um fenômeno bastante antigo nas sociedades e reflete sempre uma relação de poder, na medida em que representa um padrão

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira ESTUDO TÉCNICO Nº 4/2014

CÂMARA DOS DEPUTADOS Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira ESTUDO TÉCNICO Nº 4/2014 Solicitação de Trabalho nº 252/2014 CONOF Solicitante: Deputado Pauderney Avelino ESTUDO TÉCNICO Nº 4/2014 ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS SOBRE A INCLUSÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR COMO DESPESA DE MANUTENÇÃO

Leia mais

6. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

6. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO 6. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO 6.1 RECURSOS ECONÔMICOS TOTAIS DESTINADOS À EDUCAÇÃO O financiamento da educação no Brasil provém de recursos públicos, de empresas privadas e dos cidadãos. No entanto, é difícil

Leia mais

Plano Nacional de Educação 201? 202?: Desafios e Perspectivas. Fernando Mariano fmariano@senado.leg.br Consultoria Legislativa

Plano Nacional de Educação 201? 202?: Desafios e Perspectivas. Fernando Mariano fmariano@senado.leg.br Consultoria Legislativa Plano Nacional de Educação 201? 202?: Desafios e Perspectivas Fernando Mariano fmariano@senado.leg.br Consultoria Legislativa Panorama População com idade até 24 anos: 63 milhões Taxa de alfabetização:

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Areado, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 282,6 km² IDHM 2010 0,727 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 13731 hab. Densidade demográfica

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Alto Boa Vista, MT 01/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 2248,35 km² IDHM 2010 0,651 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 5247 hab. Densidade

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Botelhos, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 335,24 km² IDHM 2010 0,702 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 14920 hab. Densidade

Leia mais

PNE: análise crítica das metas

PNE: análise crítica das metas PNE: análise crítica das metas Profa. Dra. Gilda Cardoso de Araujo Universidade Federal do Espírito Santo Ciclo de Palestras do Centro de Educação 2015 Metas do PNE Contexto Foram 1.288 dias de tramitação,

Leia mais

CAPACIDADE INSTITUCIONAL DE ATENDIMENTO PROTEGIDO

CAPACIDADE INSTITUCIONAL DE ATENDIMENTO PROTEGIDO CAPACIDADE INSTITUCIONAL DE ATENDIMENTO PROTEGIDO Em sistemas educacionais federativos, como o brasileiro, estados e municípios, além da União, dispõem de autonomia política e responsabilidade pela gestão

Leia mais

Fórum Estadual de Educação PR Plano Nacional de Educação PNE 2011/2020

Fórum Estadual de Educação PR Plano Nacional de Educação PNE 2011/2020 Fórum Estadual de Educação PR Plano Nacional de Educação PNE 2011/2020 Sessão de Debate Regional Sudoeste, 01/07/2011 UTFPR Campus Pato Branco Região: Sudoeste Cidade: Pato Branco Data do debate: 01-07-2011

Leia mais

Histórico. Com o final da Segunda Guerra Mundial, tem. sofre um freio em seu crescimento global. O final da Velha Ordem Mundial entre os anos

Histórico. Com o final da Segunda Guerra Mundial, tem. sofre um freio em seu crescimento global. O final da Velha Ordem Mundial entre os anos Histórico As iniciadas no século XV, são consideradas como o marco inicial da (capitalismo comercial). O fenômeno segue crescendo com o período do Neocolonialismo europeu na Ásia e na África. Paralelamente

Leia mais

Criação dos Conselhos Municipais de

Criação dos Conselhos Municipais de Criação dos Conselhos Municipais de Educação Ada Pimentel Gomes Fernandes Vieira Fortaleza 02.08.2009 Por que criar Conselhos de Educação? O Art. 1º da Constituição Federal/1988 traduz a nossa opção por

Leia mais

erradicar a pobreza extrema e a fome

erradicar a pobreza extrema e a fome objetivo 1. erradicar a pobreza extrema e a fome Para a Declaração dos Direitos Humanos toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive

Leia mais

Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros?

Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros? Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros? Luísa Cardoso 1 Medir de forma multidimensional o quão desigual é a situação das mulheres em relação aos homens é uma iniciativa empreendida

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Sorriso, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 9382,37 km² IDHM 2010 0,744 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 66521 hab. Densidade

Leia mais

A Organização Federativa e a Política Pública em Educação. Junho de 2013

A Organização Federativa e a Política Pública em Educação. Junho de 2013 A Organização Federativa e a Política Pública em Educação Junho de 2013 O Brasil é uma República Federativa. Os entes federados são autônomos:. A eles cabe exercer as diversas funções de governo, no âmbito

Leia mais

Perfil Municipal - Queimada Nova (PI)

Perfil Municipal - Queimada Nova (PI) Caracterização do Território Área: 1.438,4 km² Densidade Demográfica: 5,8 hab/km² Altitude da Sede: 410 m Ano de Instalação: 1.993 Distância à Capital: 416,7 km Microrregião: Alto Médio Canindé Mesorregião:

Leia mais

1. O Novo Plano Nacional de Educação (2011 2020) O antigo Plano Nacional de Educação terminou sua vigência em 2010 e o Novo Plano encontra-se em

1. O Novo Plano Nacional de Educação (2011 2020) O antigo Plano Nacional de Educação terminou sua vigência em 2010 e o Novo Plano encontra-se em 1. O Novo Plano Nacional de Educação (2011 2020) O antigo Plano Nacional de Educação terminou sua vigência em 2010 e o Novo Plano encontra-se em discussão na Câmara dos Deputados (PL 8.035/2010). Até o

Leia mais

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul Vera Maria Vidal Peroni PPGEDU UFRGS Este trabalho é parte da pesquisa intitulada: PROGRAMA

Leia mais

Armazém. Distribuição dos alunos matriculados no município de Armazém em 2005. Pré-Escola % Pré-Escola Fundamental % Fundamental Médio % Médio

Armazém. Distribuição dos alunos matriculados no município de Armazém em 2005. Pré-Escola % Pré-Escola Fundamental % Fundamental Médio % Médio Armazém Informações Gerais O município de Armazém está localizado na mesorregião sul, distante 167 Km da Capital. De colonização Alemã e Portuguesa, tem uma população de 6.873 habitantes, sendo 61,8% residentes

Leia mais

Perfil Municipal - Florianópolis (SC)

Perfil Municipal - Florianópolis (SC) Caracterização do Território Área: 436,5 km² Densidade Demográfica: 760,1 hab/km² Altitude da Sede: 3 m Ano de Instalação: 1.726 Distância à Capital: 0,0 km Microrregião: Florianópolis Mesorregião: Grande

Leia mais

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES Introdução Paulo Speller 1 Nos anos recentes, diversos países vem debatendo a possibilidade de promoverem alterações em seus sistemas de educação

Leia mais

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A educação profissional no Brasil já assumiu diferentes funções no decorrer de toda a história educacional brasileira. Até a promulgação da atual LDBEN, a educação profissional

Leia mais

Inovação e Qualidade na Educação. Paulo Egon Wiederkehr

Inovação e Qualidade na Educação. Paulo Egon Wiederkehr Inovação e Qualidade na Educação Paulo Egon Wiederkehr Cúpula Mundial de Inovação para Educação Catar/Doha/novembro 2009 Prioridades: Saúde e Educação Investimento em educação: meta de 100.000.000 de empregos

Leia mais

*B899694D38* Senhor Presidente Senhores Membros da Mesa Senhoras Deputadas, Senhores Deputados

*B899694D38* Senhor Presidente Senhores Membros da Mesa Senhoras Deputadas, Senhores Deputados Senhor Presidente Senhores Membros da Mesa Senhoras Deputadas, Senhores Deputados Vivemos um momento decisivo para o futuro da educação no Brasil. Três acontecimentos importantes confluíram para produzir

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA - CONSULTOR POR PRODUTO -

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA - CONSULTOR POR PRODUTO - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA - CONSULTOR POR PRODUTO - 1. Número e Título do Projeto: BRA 09/004 - Aprimoramento

Leia mais

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL MINAS, IDEB E PROVA BRASIL Vanessa Guimarães 1 João Filocre 2 I I. SOBRE O 5º ANO DO EF 1. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado há um ano pelo MEC e adotado como indicador da

Leia mais

QUALIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS DIAGNÓSTICO DA MERENDA ESCOLAR

QUALIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS DIAGNÓSTICO DA MERENDA ESCOLAR QUALIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS DIAGNÓSTICO DA MERENDA ESCOLAR 1 Justificativa O Observatório Social do Brasil lança uma ação conjunta para a Rede de Observatórios Sociais que consistirá num

Leia mais

MANIFESTO CONTRÁRIO À CONSTITUIÇÃO DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) NA EDUCAÇÃO ESTADUAL FÓRUM GOIANO DE EJA APROVADA

MANIFESTO CONTRÁRIO À CONSTITUIÇÃO DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) NA EDUCAÇÃO ESTADUAL FÓRUM GOIANO DE EJA APROVADA MANIFESTO CONTRÁRIO À CONSTITUIÇÃO DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) NA EDUCAÇÃO ESTADUAL FÓRUM GOIANO DE EJA APROVADA O Fórum Goiano de Educação de Jovens e Adultos, constituído desde 29 de novembro de 2002,

Leia mais

Proposta de reestruturação da carreira e PEC/FNDE

Proposta de reestruturação da carreira e PEC/FNDE Proposta de reestruturação da carreira e PEC/FNDE A presente proposta tem como objetivo consagrar uma carreira positiva e atraente para os servidores do FNDE, tendo como base a estrutura organizacional/institucional

Leia mais

REFERÊNCIAS PARA UMA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

REFERÊNCIAS PARA UMA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GRUPO PERMANENTE DE TRABALHO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO REFERÊNCIAS PARA UMA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO CADERNO DE SUBSÍDIOS BRASÍLIA Outubro, 2003 2 ÍNDICE APRESENTAÇÃO...5

Leia mais

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, estamos no período em que se comemoram os vinte anos de promulgação da Constituição Cidadã de

Leia mais

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Francisco das Chagas Fernandes (FNE/MEC) Introdução Desde a promulgação da Constituição Federal de Educação de 1988, o Brasil vivencia, do ponto de vista

Leia mais

O BRASIL SEM MISÉRIA E AS MUDANÇAS NO DESENHO DO BOLSA FAMÍLIA

O BRASIL SEM MISÉRIA E AS MUDANÇAS NO DESENHO DO BOLSA FAMÍLIA O BRASIL SEM MISÉRIA E AS MUDANÇAS NO DESENHO DO BOLSA FAMÍLIA Rafael Guerreiro Osorio e Sergei S. D. Soares O Programa Bolsa Família é uma transferência de renda mensal do governo federal para famílias

Leia mais

Apoio. Patrocínio Institucional

Apoio. Patrocínio Institucional Patrocínio Institucional Apoio O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens

Leia mais

Informações do Questionário. Programa Autoavaliação Institucional - UFSM - 2014. Questionário Segmento Egresso

Informações do Questionário. Programa Autoavaliação Institucional - UFSM - 2014. Questionário Segmento Egresso Informações do Questionário Programa Autoavaliação Institucional - UFSM - 2014 Questionário Segmento Egresso Descrição do Programa A aplicação do instrumento de autoavaliação é fundamental para toda instituição

Leia mais

Reunião Plenária do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação FNCE Região Centro Oeste

Reunião Plenária do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação FNCE Região Centro Oeste Reunião Plenária do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação FNCE Região Centro Oeste Educação à Distância no Território Nacional: desafios e perspectivas Francisco Aparecido Cordão facordao@uol.com.br

Leia mais

ESTADO DE SANTA CATARINA

ESTADO DE SANTA CATARINA Minuta Lei Municipalização Ensino Fundamental 2009 Estabelece critérios para a municipalização do Ensino Fundamental da rede pública do Estado e a movimentação de servidores e estabelece outras providências.

Leia mais

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP Regulamento do Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura Faculdade de

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTO PÚBLICO Atualizado em 16/10/2015 ORÇAMENTO PÚBLICO O orçamento anual da União é composto pelos orçamentos: Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento

Leia mais

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR Este projeto visa investir na melhoria da infraestrutura escolar, por meio de construção, ampliação e reforma, bem como dotá-las com equipamentos e mobiliários

Leia mais

Perfil Educacional SEADE 72

Perfil Educacional SEADE 72 Perfil Educacional A análise da situação educacional do Estado de Santa Catarina fundamentase nos indicadores de instrução da população (taxa de analfabetismo para 1991), de escolarização (taxa líquida

Leia mais

Mestre em Economia/UFMT e Gestor Governamental (SEPLAN/MT). Email: edmarvieira@seplan.mt.gov.br.

Mestre em Economia/UFMT e Gestor Governamental (SEPLAN/MT). Email: edmarvieira@seplan.mt.gov.br. Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Superintendência de Planejamento Coordenadoria de Avaliação ET CAV/SP/SEPLAN nº 10/2013 Educação: o desafio da

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Ricardo Santos e outros) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Ricardo Santos e outros) O Congresso Nacional decreta: 1 PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Ricardo Santos e outros) Autoriza o Poder Executivo a criar o Programa Nacional Pró-Infância Brasileira e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Artigo

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Perfil Municipal - Natal (RN)

Perfil Municipal - Natal (RN) Caracterização do Território Área: 169,9 km² Densidade Demográfica: 4.175,5 hab/km² Altitude da Sede: 30 m Ano de Instalação: 1.599 Distância à Capital: 0,0 km Microrregião: Natal Mesorregião: Leste Potiguar

Leia mais

Conselho Municipal de Educação - CME Teotônio Vilela - AL. Página 1

Conselho Municipal de Educação - CME Teotônio Vilela - AL. Página 1 CALENDÁRIO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 2011 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 6 7 8 9 10 11 12 9 10 11 12 13 14

Leia mais

MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO PORTARIA Nº 57, DE 09 DE MAIO DE 2001

MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO PORTARIA Nº 57, DE 09 DE MAIO DE 2001 MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO PORTARIA Nº 57, DE 09 DE MAIO DE 2001 O MINISTRO DE ESTADO DO ESPORTE E TURISMO, no uso de suas atribuições e tendo em vista a necessidade do imediato atendimento aos programas

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI ISSN 27-702 Ano 5 Número 24 Agosto de 205 RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Crise econômica I - Mercado de trabalho 24 Crise econômica muda relação de brasileiros com o mercado de trabalho

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

Direito à Educação. Parceria. Iniciativa. Coordenação Técnica. Apoio

Direito à Educação. Parceria. Iniciativa. Coordenação Técnica. Apoio Direito à Educação Apoio Parceria Coordenação Técnica Iniciativa Objetivos Refletir sobre: O que é Direito à Educação e como chegamos até aqui Garantia do direito à educação no Brasil Papel atual do Gestor

Leia mais

72,0% DA POPULAÇÃO É NEGRA É DE 75,6% ALAVANCADO PELO GRANDE NÚMERO DE PESSOAS QUE SE AUTODECLARAM PARDAS (68,1%) 40,2 MILHÕES 38,0 MILHÕES

72,0% DA POPULAÇÃO É NEGRA É DE 75,6% ALAVANCADO PELO GRANDE NÚMERO DE PESSOAS QUE SE AUTODECLARAM PARDAS (68,1%) 40,2 MILHÕES 38,0 MILHÕES IGUALDADE RACIAL AGENDA IGUALDADE RACIAL O Governo Federal vem promovendo a incorporação da perspectiva da igualdade racial nas políticas governamentais, articulando ministérios e demais órgãos federais,

Leia mais

Salário Mínimo e Mercado de Trabalho no Brasil no Passado Recente

Salário Mínimo e Mercado de Trabalho no Brasil no Passado Recente Salário Mínimo e Mercado de Trabalho no Brasil no Passado Recente João Saboia 1 1. Introdução A questão do salário mínimo está na ordem do dia. Há um reconhecimento generalizado de que seu valor é muito

Leia mais

SECRETARIA ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

SECRETARIA ESTADUAL DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Resolução SEADS - 8, de 5-8-2005 Dispõe sobre as Normas Operacionais Básicas para o Projeto Ação Jovem e dá providências correlatas A Secretária Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, com fundamento

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS O pleno desenvolvimento do cidadão é assegurado como dever do Estado e direito de todo brasileiro, de acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205: Artigo

Leia mais

Título: Formação e Condições de Trabalho do Professor Municipal da Região Sul do Brasil: implicações com a qualidade da educação

Título: Formação e Condições de Trabalho do Professor Municipal da Região Sul do Brasil: implicações com a qualidade da educação Título: Formação e Condições de Trabalho do Professor Municipal da Região Sul do Brasil: implicações com a qualidade da educação Magda Vianna de Souza 1 Marta Sisson de Castro 11 Palavras-chave: ensino

Leia mais

Programa Mais Educação Avaliação de Impacto e Estudo Qualitativo

Programa Mais Educação Avaliação de Impacto e Estudo Qualitativo Programa Mais Educação Avaliação de Impacto e Estudo Qualitativo *** Esta apresentação propõe-se a trazer um breve panorama do trabalho realizado e, para isso, omite diversos pontos metodológicos e de

Leia mais

Levantamento Nacional do Transporte Escolar Dados por Região: NORTE

Levantamento Nacional do Transporte Escolar Dados por Região: NORTE Levantamento Nacional do Transporte Escolar Dados por Região: NORTE Um total de 131 municípios da região Norte participou do Levantamento Nacional do Transporte Escolar. No Acre, 36% dos municípios responderam

Leia mais

A INCLUSÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

A INCLUSÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA A INCLUSÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA CLARICE VANDERLEI FERRAZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS). Resumo Segundo o MANIFESTO IFLA/UNESCO/BIBLIOTECA ESCOLAR(2002) a missão

Leia mais

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. Objetivos da aula: Revisão da aula de 2 de abril. Ciências Sociais. Profa. Cristiane Gandolfi

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. Objetivos da aula: Revisão da aula de 2 de abril. Ciências Sociais. Profa. Cristiane Gandolfi Estrutura e Funcionamento da Educação Básica Ciências Sociais Profa. Cristiane Gandolfi Objetivos da aula: Compreender a estrutura didática definida na LDBEN 9394/96 e sua articulação com o conceito de

Leia mais

V ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE Área Temática: 6. Economia Social e Políticas Públicas

V ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE Área Temática: 6. Economia Social e Políticas Públicas V ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE Área Temática: 6. Economia Social e Políticas Públicas UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS SOCIAIS E DOS INDICADORES DE EDUCAÇÃO NOS MUNICÍPIOS DO COREDE METROPOLITANO DELTA DO

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS GABINETE CIVIL PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL Nº 1925, DE 23 DE MAIO DE 2005, Págs 54 e 56 LEI Nº 1367, DE 17 DE MAIO DE 2005. Regulamentada pelo Decreto nº 198/06 Cria o Fundo Municipal de Desenvolvimento da Economia Popular

Leia mais

Discurso: Avaliação dos resultados das políticas públicas de educação em MT

Discurso: Avaliação dos resultados das políticas públicas de educação em MT Discurso: Avaliação dos resultados das políticas públicas de educação em MT Senhor presidente, Senhores e senhoras senadoras, Amigos que nos acompanham pela agência Senado e redes sociais, Hoje, ocupo

Leia mais

5 Análise dos indicadores educacionais do Brasil

5 Análise dos indicadores educacionais do Brasil 5 Análise dos indicadores educacionais do Brasil A fome de instrução não é menos deprimente que a fome de alimentos. Um analfabeto é um espírito subalimentado. Saber ler e escrever, adquirir uma formação

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 114, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 114, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 114, DE 2015 Altera a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, para instituir novo piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação

Leia mais

Nome do Projeto: Eu quero mais! Projeto de valorização da mulher e igualdade entre os sexos na região dos Campos Gerais

Nome do Projeto: Eu quero mais! Projeto de valorização da mulher e igualdade entre os sexos na região dos Campos Gerais 1. Identificação Nome do Projeto: Eu quero mais! Projeto de valorização da mulher e igualdade entre os sexos na região dos Campos Gerais Instituição Proponente: Núcleo Regional dos Objetivos de Desenvolvimento

Leia mais

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ATRIBUIÇÕES E PRAZOS INTERMEDIÁRIOS DA LEI Nº 13.005, DE 2014

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ATRIBUIÇÕES E PRAZOS INTERMEDIÁRIOS DA LEI Nº 13.005, DE 2014 ESTUDO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ATRIBUIÇÕES E PRAZOS INTERMEDIÁRIOS DA LEI Nº 13.005, DE 2014 Ana Valeska Amaral Gomes Paulo Sena Consultores Legislativos da Área XV Educação, Cultura e Desporto Nota

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2013

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2013 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2013 Institui o Programa Nacional de Incentivo à Educação Escolar Básica Gratuita (PRONIE). O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei institui o Programa Nacional de

Leia mais

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E SUAS 20 METAS. Palestra: Campo Grande MS 27.03.2015

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E SUAS 20 METAS. Palestra: Campo Grande MS 27.03.2015 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E SUAS 20 METAS. Palestra: Campo Grande MS 27.03.2015 MILTON CANUTO DE ALMEIDA Consultor Técnico em: Financiamento, Planejamento e Gestão da Educação, Plano de Carreira e Previdência

Leia mais

Prefeitura Municipal de Santos

Prefeitura Municipal de Santos Prefeitura Municipal de Santos Estância Balneária SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Seção de Suplência/ SESUPLE Parceiros do Saber Projeto de alfabetização de Jovens e Adultos Justificativa

Leia mais

2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2012 RELATÓRIO DE ATIVIDADES Instituto Lojas Renner Instituto Lojas Renner Inserção de mulheres no mercado de trabalho, desenvolvimento da comunidade e formação de jovens fazem parte da história do Instituto.

Leia mais

Indicador(es) Órgão(s) 26 - Ministério da Educação

Indicador(es) Órgão(s) 26 - Ministério da Educação Programa úmero de Ações 13 1060 Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos Objetivo Indicador(es) Garantir acesso e permanência de jovens e adultos a programas educacionais que visam atender as

Leia mais

O PNE E OS DESAFIOS ATUAIS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

O PNE E OS DESAFIOS ATUAIS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA O PNE E OS DESAFIOS ATUAIS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Lívia M. Fraga Vieira Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Educação ANPED Faculdade de Educação Universidade Federal de Minas Gerais liviafraga@globo.com

Leia mais

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE O Futuro da Educação a Distância na Educação Básica Francisco Aparecido Cordão facordao@uol.com.br Dispositivos da LDB e DECRETOS

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL) REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL) TÍTULO 1 Da Instituição e seus Fins Art. 1 0 O Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL), criado em 2004, para integrar uma

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº 06/2016. TÍTULO: Tratamento Contábil da Integralização da Complementação da União ao FUNDEB

NOTA TÉCNICA Nº 06/2016. TÍTULO: Tratamento Contábil da Integralização da Complementação da União ao FUNDEB NOTA TÉCNICA Nº 06/2016 Brasília, 22 de janeiro de 2016. ÁREAS: Contabilidade Pública e Educação TÍTULO: Tratamento Contábil da Integralização da Complementação da União ao FUNDEB REFERÊNCIA(S): Portaria

Leia mais

ANÁLISE DE UMA POLÍTICA PÚBLICA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO: PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO

ANÁLISE DE UMA POLÍTICA PÚBLICA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO: PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO 1 ANÁLISE DE UMA POLÍTICA PÚBLICA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO: PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO AUTORES Antônio Roberto Silva Santos arsilvasantos@gmail.com Elisângela Santana Nascimento esna_1@yahoo.com.br Fânia

Leia mais

A INCLUSÃO DIGITAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA E A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS EM SALA DE AULA

A INCLUSÃO DIGITAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA E A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS EM SALA DE AULA 106 A INCLUSÃO DIGITAL NO ENSINO DE GEOGRAFIA E A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS EM SALA DE AULA Introdução MELLO, Amarildo da Silva GRIZIO-ORITA, Edinéia Vilanova O tema inclusão digital

Leia mais

Documento Base do Plano Estadual de Educação do Ceará. Eixo Temático Educação Infantil

Documento Base do Plano Estadual de Educação do Ceará. Eixo Temático Educação Infantil Documento Base do Plano Estadual de Educação do Ceará Eixo Temático Educação Infantil Ceará, 2015 1 Socioeconômico Diagnóstico Para compreender a situação da educação no estado do Ceará é necessário também

Leia mais

Será uma carta entregue em mãos após uma marcha que terá início em São Paulo logo após a eleição e terminará no Palácio do Planalto em Brasília.

Será uma carta entregue em mãos após uma marcha que terá início em São Paulo logo após a eleição e terminará no Palácio do Planalto em Brasília. Pesquisa de Opinião CONTEXTO Carta de um Brasileiro é um movimento de mobilização social com objetivo de entregar à Presidente da República eleita em outubro de 2010 os principais desejos e necessidades

Leia mais

PDE Plano de Desenvolvimento da Educação

PDE Plano de Desenvolvimento da Educação Foto: João Bittar PDE Plano de Desenvolvimento da Educação Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva Secretária de Educação Básica Ministério da Educação Garantir o direito de aprender, para todos e para

Leia mais

PROJETO DE LEI N O, DE 2004

PROJETO DE LEI N O, DE 2004 PROJETO DE LEI N O, DE 2004 (Do Sr. Wladimir Costa) Dispõe sobre o atendimento educacional especializado em classes hospitalares e por meio de atendimento pedagógico domiciliar. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

1. DEFINIÇÃO, COMPOSIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E VIGÊNCIA DO FUNDEB

1. DEFINIÇÃO, COMPOSIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E VIGÊNCIA DO FUNDEB 1. DEFINIÇÃO, COMPOSIÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E VIGÊNCIA DO FUNDEB 1.1 O que é o Fundeb? 1.2 Quais os recursos que compõem o Fundeb? 1.3 O Fundeb é Federal, Estadual ou Municipal? 1.4 Qual a vigência do Fundeb?

Leia mais

Financiamento da Educação Plano Nacional de Educação PL 8035/2010

Financiamento da Educação Plano Nacional de Educação PL 8035/2010 Financiamento da Educação Plano Nacional de Educação PL 8035/2010 Profª Cleuza Rodrigues Repulho Dirigente Municipal de Educação de São Bernardo do Campo/ SP Presidenta da Undime Projeto de Lei 8035/ 2010

Leia mais

Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE. Decênio 2011 a 2021. Aprovado 29/05/2014

Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE. Decênio 2011 a 2021. Aprovado 29/05/2014 Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE Decênio 2011 a 2021. Aprovado 29/05/2014 Meta 1 Educação Infantil Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e

Leia mais

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português O TRABALHO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS-PORTUGUÊS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS. Resumo Autores: Sônia Aparecida Leal Vítor Romeiro Isabella Noceli de Oliveira Carla Couto de Paula Silvério

Leia mais

LEI Nº 2.176, DE 17 DE JULHO DE 2005. (ATUALIZADA ATÉ A LEI Nº 2.666, DE 20 DE AGOSTO DE 2010)

LEI Nº 2.176, DE 17 DE JULHO DE 2005. (ATUALIZADA ATÉ A LEI Nº 2.666, DE 20 DE AGOSTO DE 2010) LEI Nº 2.176, DE 17 DE JULHO DE 2005. (ATUALIZADA ATÉ A LEI Nº 2.666, DE 20 DE AGOSTO DE 2010) Institui o Programa de Incentivo e Desenvolvimento Industrial de Morrinhos e estabelece normas gerais de incentivos

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO NEAP Aprovado pela Portaria 23/2005

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO NEAP Aprovado pela Portaria 23/2005 REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO NEAP Aprovado pela Portaria 23/2005 I. INTRODUÇÃO: O Núcleo de Estudos e Atendimentos em Psicologia - NEAP, é um órgão vinculado ao curso de psicologia da UNIFAE, com o

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 047 DE 20 DE SETEMBRO DE 2007

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 047 DE 20 DE SETEMBRO DE 2007 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 047 DE 20 DE SETEMBRO DE 2007 Alterar a Resolução CD/FNDE nº 29, de 20 de julho de 2007,

Leia mais

Transferência também da estrutura física, de equipamentos e de material (toda a escola com tudo que ela possua); Autorização também do

Transferência também da estrutura física, de equipamentos e de material (toda a escola com tudo que ela possua); Autorização também do PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 014/09 Análise Educacional Art. Artigo Proposta Contra proposta Justificativa Art. 1º Transferência da responsabilidade administrativa, financeira e operacional para os municípios

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais