QUALIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS DIAGNÓSTICO DA MERENDA ESCOLAR
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- Ana Sofia Bergler de Sequeira
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2 QUALIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS DIAGNÓSTICO DA MERENDA ESCOLAR 1 Justificativa O Observatório Social do Brasil lança uma ação conjunta para a Rede de Observatórios Sociais que consistirá num intenso monitoramento que visa avaliar a qualidade da alimentação escolar. Na programação do 6 ENOS dia 27 no Painel STATUS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL as discussões contemplam o mapa da situação da merenda escolar. Para tanto, por acreditar que todos possuem plenas condições de realizar este trabalho, por ser início de ano letivo, que tanto para nós quanto para escolas/creches é um período mais tranquilo, que lançamos essa atividade para os Observatórios Sociais. Este trabalho será dividido em duas etapas, ou seja, 6 ENOS e Encontros Estaduais. Porém, caso o OS entenda que pode realizá-lo na totalidade agora, estará recebendo todos os questionários. Os trabalhos serão desenvolvidos com intuito de identificar: Para o 6 ENOS: Montante em recursos públicos aplicados na compra da merenda escolar; Montante de estudantes atendidos; Atuação do CAE Conselho de Alimentação Escolar; Se o município possui nutricionista responsável pela elaboração do cardápio; Compatibilidade de preços aos valores de mercado. Em complementação, para os Encontros Estaduais: Prazo de validade dos alimentos adquiridos perecíveis e não perecíveis; Condições de armazenamento; Servidores responsáveis pelo recebimento e realização de pedidos dos alimentos; Controle de estoques; Se há cardápio e se este é respeitado; Se efetivamente produtos comprados por licitação, são os entregues às escolas; Aceitabilidade do cardápio pelos estudantes; No caso da gestão terceirizada a qualidade da merenda entregue; Entre outros aspectos.
3 Será um trabalho de amostragem, ou seja, cada município que já possui um Observatório Social deverá identificar na rede pública de ensino quantas são as escolas municipais e os centros municipais de educação infantil (creches), realizar um sorteio aleatório e, então, executar a proposta, com base no material fornecido, em pelo menos 10% das escolas/creches para o 6 ENOS e 30% para os Encontros Estaduais. 2 Recomenda-se que o trabalho seja executado por mais de uma pessoa, seja ela funcionária ou voluntária do OS. Não é aconselhável delegar a tarefa para o Conselho de Alimentação Escolar ou Secretaria de Educação do Município sem acompanhamento integral de um representante do OS. O Observatório Social também poderá conversar com a promotoria local no sentido de obter uma credencial, carta de apoio ou algo que configure o apoio do Ministério Público nesta ação, haja vista que, estaremos visitando escolas com boas intenções e pelo exercício do controle social. Nos Estados em que o OSB já firmou parceria com o MP este convênio poderá ser mencionado, inclusive. Materiais indicados para utilização: Questionários fornecidos pelo OSB; Máquina fotográfica para registro do trabalho importantíssimo; Licitações municipais para aquisição de merenda escolar; Pranchetas; Gravador de vídeo e/ou áudio para coleta de depoimentos (podem ser utilizados celulares) - importantíssimo. Questionários fornecidos, conforme a etapa: Para o 6 ENOS: GESTÃO MERENDA PRÓPRIA (produzida na escola) GESTÃO MERENDA TERCEIRIZADA (produzida por empresas) ATUAÇÃO DO CAE (Conselho de Alimentação Escolar) entrevista com Conselheiros Para Encontros Estaduais: VISITAS NA ESCOLA observação da cozinha e almoxarifados ASPECTOS MERENDA ESCOLAR entrevista com Direção da Escola ATUAÇÃO DO CAE (Conselho de Alimentação Escolar) entrevista com Escolas COMPRA DA MERENDA análise de licitações realizadas QUALIDADE DA MERENDA entrevista estudantes E questionários complementares da Gestão da Merenda própria ou terceirizada. Sugestão: Leiam todos os questionários, façam pesquisas na internet sobre o tema (se necessário), planejam-se, pois com organização este trabalho pode ser realizado
4 tranquilamente em uma semana, entre visita na escola, visita na prefeitura, reunião com o CAE, levantamento de licitações e geração dos relatórios para o OSB. Sugestão de realização da tarefa: 02 a 06 de março. Prazo de envio dos relatórios para o 6 ENOS, imagens, depoimentos: 12 de março (quinta-feira). 3 Bom trabalho!
5 O Programa Nacional de Alimentação Escolar O Governo Federal possui o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae ), implantado em 1955, contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de 4 educação alimentar e nutricional. São atendidos pelo Programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público), por meio da transferência de recursos financeiros. O Pnae tem caráter suplementar, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal, quando determina que o dever do Estado (ou seja, das três esferas governamentais: União, estados e municípios) com a educação é efetivado mediante a garantia de "educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos de idade" (inciso IV) e "atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde" (inciso VII). Atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino: Creches: R$ 1,00 Pré-escola: R$ 0,50 Escolas indígenas e quilombolas: R$ 0,60 Ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos: R$ 0,30 Ensino integral: R$ 1,00 Alunos do Programa Mais Educação: R$ 0,90 Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno: R$ 0,50 O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Al imentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público. O orçamento do Programa para 2014 é de R$ 3,5 bilhões, para beneficiar 43 milhões de estudantes da educação básica e de jovens e adultos. Com a Lei nº , de 16/6/2009, 30% desse valor ou seja, R$ 1,05 bilhão deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades. AVISO Conforme disposto no artigo 7º da Lei nº /2009, que dispõe sobre a alimentação escolar, e no artigo 6º da Resolução do FNDE nº 26/2013, que regulamenta alguns itens da lei, os estados poderão transferir a seus municípios a responsabilidade pelo atendimento aos alunos matriculados nos estabelecimentos estaduais de ensino localizados nas respectivas áreas de jurisdição e, nesse caso, autorizar o repasse de recursos do FNDE referentes a esses estudantes diretamente ao município. Ou seja, os municípios não são obrigados a fornecer alimentação escolar para os alunos da rede estadual e somente com um acordo entre as duas partes pode ser realizada a delegação do atendimento dos estudantes da rede estadual aos municípios. (aparecer na tela quando abre, mas ter a opção de fechar. Estar disponível até fevereiro)
6 Fonte: 5
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