UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ATROPOLOGIA ANA CAROLINA CARVALHO DE ALMEIDA NASCIMENTO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ATROPOLOGIA ANA CAROLINA CARVALHO DE ALMEIDA NASCIMENTO O SEXTO SENTIDO DO PESQUISADOR: A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA DE EDISON CARNEIRO RIO DE JANEIRO 2010

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3 ANA CAROLINA CARVALHO DE ALMEIDA NASCIMENTO O SEXTO SENTIDO DO PESQUISADOR: A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA DE EDISON CARNEIRO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre Orientador: Prof. Dr. José Reginaldo Santos Gonçalves Rio de Janeiro 2010

4 NASCIMENTO, Ana Carolina Carvalho de Almeida (1983-) O sexto sentido do pesquisador: a experiência etnográfica de Edison Carneiro. Rio de Janeiro, f. Dissertação (Mestrado em Sociologia - com concentração em Antropologia) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Orientador: José Reginaldo Santos Gonçalves. 1. Antropologia 2. Experiência Etnográfica 3. História da Antropologia 4. Antropologia das Religiões Afro-Brasileiras 5. Edison Carneiro I. GONÇALVES, JOSÉ REGINALDO SANTOS (Orient.). II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Programa de Pós- Graduação em Sociologia e Antropologia. III. Título

5 ANA CAROLINA CARVALHO DE ALMEIDA NASCIMENTO O SEXTO SENTIDO DO PESQUISADOR: A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA DE EDISON CARNEIRO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre Aprovada em 06 de maio de 2010 Banca Examinadora Prof. Dr. José Reginaldo Santos Gonçalves Orientador (PPGSA UFRJ) Profa. Dra. Regina Abreu (PPGMS UNIRIO) Prof. Dr. Marco Antonio Gonçalves (PPGSA UFRJ) Profa. Dra. Márcia Contins (Suplente) (PPCIS UERJ) Profa. Dra. Elsje Lagrou (Suplente) (PPGSA UFRJ)

6 Resumo Proponho neste trabalho uma reflexão sobre a experiência etnográfica de Edison Carneiro em Salvador (Bahia), nos anos Lanço a hipótese de que neste período ele se elabora subjetivamente enquanto um pesquisador de campo, definindo uma identidade autoral que o particularizaria em relação aos seus mestres, Nina Rodrigues e Arthur Ramos. Ao travar encontros e negociações com pais e mães-de-santo de terreiros de candomblé nagôs, bantos ou caboclos, ele escreve sua própria história do candomblé da Bahia. Procuro dialogar com as leituras correntes da obra do autor no campo que se convencionou chamar dos estudos afrobrasileiros. Exploro também a idéia de que Carneiro atua como um mediador entre os universos aos quais está vinculado: intelectuais e nativos, antropologia brasileira e norte-americana, centro e periferia, papel que seria permitido pela ambigüidade constitutiva de sua própria figura.

7 Abstract Through this paper I propose a reflection about the ethnographic experience of Edison Carneiro in Salvador (Bahia) in the 1930 s. I launch the hypothesis that in this time period he elaborates himself subjectively as a field researcher, defining an author identity that particularizes him from his masters, Nina Rodrigues and Arthur Ramos. By setting up meetings and negotiations with cult chiefs (pais e mães-de-santo) of nagô, banto or caboclo candomble worship houses (terreiros de candomblé), he writes his own history of Bahia s candomble. I intend to dialogue with current readings on the author s work in the field that has been called afro-brazilian studies. I also explore the idea that Carneiro acts as a mediator between the universes he is bound: intellectuals and natives, Brazilian and North-American anthropology, center and periphery, this being a role granted by his figure s constitutive ambiguity.

8 À memória de Edison Carneiro, a um só tempo Jovem Feiticeiro e Mestre Antigo A Waldir, Bráulio, Vicente e Philon, que dividiram comigo suas memórias

9 Agradecimentos Ao meu orientador, José Reginaldo Santos Gonçalves, que me apresentou ao Edison Carneiro e me acompanhou com dedicação e paciência ao longo de toda a graduação e do mestrado. À Professora Martha Abreu, que me ensinou que a história, a cultura e as festas são políticas, e que devemos olhar para elas sempre procurando as frestas, a resistência, as lutas dos de baixo. À Professora Regina Abreu, que compartilha do encantamento por Edison Carneiro e dividiu comigo tão generosamente conversas, idéias e materiais de pesquisa. Ao Professor Marco Antonio Gonçalves que aceitou gentilmente o convite para participar de minha banca e também se deixou encantar por Edison Carneiro. Ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia. Aos meus Professores, que me incentivaram a fazer este trabalho, leram e comentaram suas versões preliminares, e foram referências intelectuais que me inspiraram ao longo de minha formação: Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, Yvonne Maggie, Peter Fry, Emerson Giumbelli, Olívia Cunha e Matthias Rohrig Assunção. À CAPES que financiou a pesquisa e permitiu a realização deste trabalho. Ao Professor Waldir Freitas Oliveira, que me recebeu em sua casa em Salvador em uma manhã de sol para contar suas tantas histórias, numa conversa na varanda sob a sombra das árvores de seu quintal.

10 Aos Professores Bráulio do Nascimento e Vicente Salles, companheiros de Edison Carneiro, de seu projeto e de sua missão. Guardo com carinho nossos bate-papos, almoços, aulas e entrevistas. A Philon Carneiro, pelos encontros emocionados e presentes inesquecíveis. A todos da Biblioteca Amadeu Amaral, do Museu de Folclore Edison Carneiro, que facilitaram o meu acesso aos arquivos. À Doralice e Mariza, pelos cuidados com os papéis de Edison Carneiro. À Diretora do Museu, Cláudia Márcia Ferreira. Regina Abreu me sugeriu olhar para o encontro entre Edison Carneiro e Ruth Landes a partir de uma antropologia da amizade. Agradeço às amizades inspiradoras de Fernanda Mesa, Adriana Xerez, Ana Letícia Canegal, Nina Pinheiro Bitar, Maria Raquel Passos Lima, Bruno Cardoso, Ana Gabriela Morim de Lima, Flora Moana Van de Beuque, Natasha Neri, Sílvia Monnerat e Mariana da Luz. Um agradecimento especial a Clarissa Menezes, que desenhou os mapas que acompanham essa dissertação e a Maria Raquel Passos Lima e Paloma Espínola, que revisaram o texto. A Ana, Guilherme e Popó, minha família conquistada, que me acolheu na sua casa e em suas vidas. A Francisco que, como Edison Carneiro, carrega consigo outros mundos que a imaginação e os livros lhe meteram na cabeça, e me leva pela mão a passear por eles. Aos meus pais, Luiz Carlos e Terezinha, e meu irmão Leandro, com todo o meu amor.

11 Sumário Apresentação...16 Capítulo 1 Edison Carneiro: um intelectual em permanente movimento O que importa é o povo: Edison Carneiro e os estudos de folclore Ô dai-me licença, Ô dai-me licença! Abre a porta, Que eu quero vir dançar: O lugar da etnografia de Edison Carneiro no campo de estudos das religiões afrobrasileiras Está à mão, uma incrível macafuzada, e eu por nada no mundo o passaria à maquina: Os arquivos de Edison Carneiro e a produção de sua memória...26 Capítulo 2 Edison Carneiro entre mundos To Edison, on the contrary, the field was his life as well.38

12 2.2 - Das Religiões Negras para os Negros Bantos: O lugar do trabalho de campo na trajetória de Edison Carneiro Redes intelectuais e políticas da antropologia brasileira na década de Crônica juvenil da maravilhosa Bahia: O encontro entre Edison Carneiro e Ruth Landes Coligir notas, classificar dados, sistematizar o material recolhido: Manual de pesquisa A gente qué samba, Mas a poliça contrareia Por uma escrita militante Edison Carneiro mediador Conseguir um lugar ao sol para o negro banto da Bahia: O II Congresso Afro-Brasileiro e a União das Seitas Afro-Brasileiras...99

13 Capítulo 3 Edison Carneiro em campo 3.1 Jogo de Pureza(s) e Impureza(s): dos nagôs para os bantos, dos bantos para os caboclos, dos candomblés de caboclo para as sessões de caboclo As diversas maneiras, formas inesperadas, particularidades interessantes: Da teoria para a etnografia África no Brasil Uma obra coletiva O eminente scholar (e candomblezeiro) dr. Édison Carneiro Considerações Finais Roteiro Lírico e Sentimental da Cidade da Bahia (e outros lugares por onde passou e se encantou o poeta...143

14 Anexos: Anexo I: Textos de Edison Carneiro Onde Judas perdeu as botas (1931) Presente à mãe d água (1934) Anexo II: Artigos de Edison Carneiro publicados em periódicos Referências...167

15 Lista de Ilustrações Figura 1: Dia do Folclore, ano de Edison Carneiro entregando flores a uma baiana...22 (Acervo Áudio-Visual do Museu de Folclore Edison Carneiro) Figura 2: Documento de Edison Carneiro guardado no Arquivo Edison Carneiro do Museu de Folclore Edison Carneiro. Ficha de um Terreiro de Umbanda produzida por Edison Carneiro para a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro...35 (Arquivo Edison Carneiro/ Bibllioteca Amadeu Amaral/ Museu de Folclore Edison Carneiro) Figura 3: Doação da Coleção de Livros de Edison Carneiro para a Biblioteca Amadeu Amaral (sem data). Vemos na fotografia a viúva de Edison Carneiro, Dona Magdalena Carneiro e seu filho, Philon Carneiro. Na fotografia também estão retratados o Professor Bráulio do Nascimento e a Diretora do Museu do Folclore Cláudia Márcia Ferreira...36 (Acervo Áudio-Visual do Museu de Folclore Edison Carneiro) Figura 4: Edison Carneiro em seu escritório em casa, no bairro do Leblon, Rio de Janeiro. Destaco a imagem de Exu em uma das prateleiras da estante, ao fundo da foto...37 (Acervo de Philon Carneiro) Figura 5: Mapa 1: Alguns pontos da circulação cotidiana de Edison Carneiro...48

16 Figura 6: O grupo da Academia dos Rebeldes. Jantar oferecido a Edison Carneiro quando da publicação de Religiões Negras, na noite de 27 de novembro de 1936, no restaurante Recreio Baiano, Baixa dos Sapateiros, em Salvador. Sentados, da esquerda para a direita, Azevedo Marques, João Cordeiro, Edison Carneiro, Jorge Amado e Clóvis Amorim; em pé, Áydano do Couto Ferraz (à esquerda) e Alves Ribeiro...49 (Acervo do Professor Waldir Freitas Oliveira. Publicada em Revista de Cultura da Bahia./Secretaria da Cultura e Turismo do estado da Bahia. Conselho Estadual de Cultura n.20 (2002) Figura 7: Mapa 2: Terreiros de Candomblé em que Edison Carneiro fez trabalho de campo para o livro Religiões Negras...65 Figura 8: Mapa 3: Terreiros de Candomblé em que Edison Carneiro fez trabalho de campo para o livro Negros Bantos...66 Figura 9: Famosa foto publicada em muitos trabalhos de história da antropologia. Édison Carneiro, Raimundo Lopes, Charles Wagley, Heloisa Alberto Torres, Claude Lévi-Strauss, Ruth Landes, Luís de Castro Faria, no jardim do Museu Nacional em (Publicada em Corrêa, Mariza. Antropólogas e Antropologia. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2003). Figura 10: Edison Carneiro em 1939, aos 26 anos de idade. Foto de Ruth Landes....78

17 (National Anthropological Archives, Smithsonian Institution. Publicada em Colle, Saly. Ruth Landes A Life in Anthropology. University of Nebrasca Press, 2003). Figura 11: Mapa 4: Circulação de Edison Carneiro com Ruth Landes...79 Figura 12: Mapa 5: Lugares de Realização dos Eventos que fizeram parte do Segundo Congresso Afro-Brasileiro Figura 13: Desenho de Edison Carneiro, publicada no livro Negros Bantos com a legenda Mappa do sul da Africa, vendo-se assignalados os principaes pontos de partida dos negros bantus para o Brasil Figura 14: Fotografia de Edison Carneiro publicada em Negros Bantos, com a legenda O paede-santo João da pedra Preta, do candomblé da Goméa Figura 15: Fotografia de Edison Carneiro publicada em Negros Bantos, com a legenda O paede-santo Manuel Paim, do Alto do Abacaxi Figura 16: Fotografia de Edison Carneiro publicada em Negros Bantos, com a legenda A paramenta official dos candomblés característicamente caboclos)...136

18 Apresentação Proponho aqui um exame da experiência etnográfica de Edison Carneiro (Salvador, 1912 Rio de Janeiro, 1972) na cidade de Salvador dos anos 1930, entre pais e mães de santo de terreiros de candomblé nagô, banto e de caboclo e mestres de capoeira, samba e batuque. Reflito sobre como Edison Carneiro se iniciou na experiência do trabalho de campo e como construiu sua relação com seus informantes. Este autor circula ao longo de sua carreira entre mundos bastante diversos: as ciências sociais e o folclore; a antropologia brasileira e a norte-americana; o universo dos intelectuais e o universo nativo; o Rio de Janeiro e a Bahia. Encontrando em campo uma trajetória tão heterogênea, tive de fazer algumas escolhas que me guiassem. Orientei-me entre a escrita de seus livros e artigos de jornal, o material do Arquivo Edison Carneiro guardado no Museu de Folclore Edison Carneiro e o trabalho de campo e entrevistas realizadas com pessoas que tiveram uma inserção especial na trajetória pessoal de Edison Carneiro. O primeiro capítulo da dissertação introduz um diálogo entre a minha própria experiência de pesquisa com o material que encontrei no meu trabalho de campo e a experiência de pesquisa do autor em seu trabalho de campo. No segundo capítulo descrevo as redes de relação pessoal com as quais Edison Carneiro esteve envolvido ao longo da década em foco: os intelectuais que de alguma forma participaram do processo de institucionalização acadêmica da disciplina antropológica brasileira e os chefes de culto de terreiros de candomblé de Salvador. Apresento também um evento singular, o 16

19 Segundo Congresso Afro-Brasileiro organizado pelo autor em Salvador, no ano de 1937, no qual promove um encontro entre essas duas redes de pessoas. No terceiro capítulo busco refletir sobre como tais redes de relação pessoal e intelectual irão repercutem na escrita dos seus textos, mas precisamente, dos seus dois primeiros livros, Religiões Negras e Negros Bantos. 17

20 Capítulo 1 Edison Carneiro: um intelectual em permanente movimento A primeira vez que ouvi falar no nome de Edison Carneiro foi ainda no início do curso de graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eu era bolsista de iniciação científica em uma pesquisa sobre As Festas do Divino Espírito Santo, orientada pelo Professor José Reginaldo Santos Gonçalves. O trabalho de pesquisa começou por uma leitura da bibliografia sobre festas populares em que dividíamos, apenas para fins esquemáticos, os autores que a produziram entre antropólogos, historiadores e folcloristas. A este último conjunto pertenciam uma série de autores que não costumam ser lidos no curso de Ciências Sociais, dentre eles, Edison Carneiro. Partimos para a leitura do livro de Luís Rodolfo Vilhena, o primeiro grande estudo sobre esse grupo de autores, que renovou entre os estudiosos o interesse pelo assunto e impulsionou uma série de pesquisas sobre cada um deles. Contudo, embora tais folcloristas sejam lidos por Vilhena como um conjunto, possuem trajetórias e pensamento bastante heterogêneos. Eu passava tardes inteiras na Biblioteca Amadeu Amaral do Museu de Folclore lendo textos sobre os mais diversos assuntos, de autores como Renato Almeida, Manuel Diégues Junior, Alceu Maynard Araújo e do próprio Edison Carneiro. Sem saber ao certo o que devia buscar nesses textos, procurei meu orientador pedindo que delimitasse melhor o que eu deveria fazer na pesquisa, pois achava que estava perdendo tempo lendo tantos textos sem dar uma direção mais específica a essas leituras. Ele me respondeu que é exatamente nesse momento em 18

21 que nos vemos perdidos em meio ao material que estamos fazendo pesquisa de verdade. E ele estava certo! A partir de então, a figura de Edison Carneiro destacou-se aos poucos, despertando cada vez mais o meu interesse. 19

22 1.1 O que importa é o povo 1 : Edison Carneiro e os estudos de folclore A imagem de Edison Carneiro folclorista é uma das mais poderosas das que foram produzidas sobre o autor. A atuação de Edison Carneiro mais destacada em suas biografias foi a que se deu na Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, como integrante do grupo de trabalho que a estruturou; membro do conselho técnico, a partir do ano de 1958, quando foi instaurada pelo governo de Juscelino Kubitschek, e Diretor-Executivo até 1964, quando passou a ser perseguido pela ditadura militar (Carneiro já havia sofrido perseguições e prisões durante o regime do Estado Novo de Getúlio Vargas) 2. Estes folcloristas concebiam a cultura popular como objeto de uma preocupação política: era preciso preservá-la para garantir a permanência da identidade nacional. Sua atuação se deu de forma mobilizadora: conseguiram criar agências estatais, fizeram apelos à imprensa, produziram publicações do movimento, realizaram congressos e festivais folclóricos pelo país com grande número de participantes. A formação do campo de estudos de folclore foi marcada por uma relação de permanente tensão com as ciências sociais em fase de institucionalização acadêmica no Brasil, a partir da figura de Florestan Fernandes e da escola paulista de sociologia, que se esforçou para definir o formato dessas ciências e demarcar suas fronteiras. Edison Carneiro foi uma das lideranças principais do movimento folclórico, principalmente por suas pesquisas nas escolas de samba cariocas, a participação em congressos 1 Góes, Para um exame detalhado da trajetória dessas instituições, ver Cavalcanti e Vilhena, 1992; e Vilhena,

23 que discutiam os rumos que estas deveriam tomar, as publicações sobre o assunto e sobre muitos outros temas da cultura popular. Edison Carneiro, dentre esse grupo dos folcloristas, aparecia como um dos mais atuantes, uma liderança do grupo, incentivando debates, articulando congressos, apresentações, publicações, mediando conflitos, conciliando diferenças. É assim que ele aparece na fala de Vicente Salles, seu companheiro na Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro: O Edison nos ensinou uma coisa importante, que era não só conviver com a teoria, como conviver também com a prática, ele nos levava aos grupos populares (...) escolas-de-samba, partido alto (...) ele nos proporcionava isso de ir à fonte, de não ficar no gabinete, era do estilo dele de trabalho essa pesquisa participante (...) o Edison nos impulsionava no sentido teórico e no sentido prático (...) e os contatos que ele fazia, lá na nossa repartição a gente recebia os pais-de-santo, e recebia também grandes figuras, Niemeyer, Luis Carlos Prestes, a gente convivia com essas polaridades, com esses extremos, a vida dele era uma vida de abertura pra todos os ângulos (...) Era aceito porque falava de igual pra igual, tinha esse dom de ser um elemento aglutinador, ele falava bem, se expressava bem e não impunha barreiras no seu contato com as figuras populares, ele próprio era uma figura popularíssima 3. Ao mesmo tempo, foi ele quem esteve em diálogo mais próximo com Florestan Fernandes, formulando o corpo teórico do que seria a ciência do folclore, uma vez que os folcloristas eram acusados pelos cientistas sociais, entre outras coisas, de anotadores arbitrários. Foi aí que ele chamou pela primeira vez a minha atenção. Se existia uma disputa de campos e de identidades intelectuais, Edison Carneiro parecia transitar entre os dois lados. 3 Entrevista realizada com Vicente Salles, que integrou, junto a Edison Carneiro, a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro. 21

24 Figura 1: Dia do Folclore, ano de Edison Carneiro entregando flores a uma baiana Acervo Áudio-Visual do Museu de Folclore Edison Carneiro 22

25 1.2 - Ô dai-me licença, Ô dai-me licença! Abre a porta, Que eu quero vir dançar 4 O lugar da etnografia de Edison Carneiro no campo de estudos das religiões afrobrasileiras O segundo momento em que a figura de Edison Carneiro me foi apresentada foi durante a leitura do livro A Cidade das Mulheres, da antropóloga americana Ruth Landes, que fez pesquisas em Salvador entre os anos de 1938 e Ali novamente Edison Carneiro aparecia em destaque, como um guia da antropóloga americana pelos terreiros de candomblé de Salvador, numa relação que parecia bastante íntima com mães, pais, filhas e filhos de santo. Comecei a pensar que, além de folclorista e talvez cientista social, ele também era de alguma forma um nativo. E uma frase que ouvi durante as aulas que discutiram esse livro no meu curso de graduação não saiu de minha cabeça: Edison Carneiro foi um etnógrafo, mas morreu como folclorista. O que será que estava em jogo nessas classificações? Na mesma ocasião li os livros de Beatriz Góis Dantas e Stefania Capone, sobre a construção da pureza nagô. Com isso, revelou-se mais uma face do autor, que até então eu pouco conhecia e não conseguia compreender muito bem: mais uma vez, como parte de um grupo de autores, os fundadores do campo dos estudos afro-brasileiros, ao lado de outros de quem já tinha ouvido falar bastante: Nina Rodrigues, Arthur Ramos, Roger Bastide, Pierre Verger. Uma das primeiras referências em sua biografia para a qual se chama atenção é a organização do II Congresso Afro-Brasileiro em Salvador, em 1937, um congresso que dava 4 Cantiga do caboclo Ogum recolhida por Edison Carneiro na sessão de caboclo de Carmosa. 23

26 sequência ao I Congresso Afro-Brasileiro, organizado por Gilberto Freyre em Recife, alguns anos antes. Gilberto Freyre já havia publicado Casa-Grande & Senzala e Edison Carneiro, com apenas 24 anos, já travava um diálogo intenso com o sociólogo. Se, por um lado, o lugar de Edison Carneiro nas Ciências Sociais ganhava para mim uma nova dimensão de peso já que figurava como um dos fundadores de um campo de estudos, por outro, as mesmas autoras que me chamaram atenção para isso pareciam-me dar por encerrado qualquer possível interesse na obra do etnógrafo. Essa é outra das imagens mais fortes que foram produzidas sobre o autor. Seguindo a análise já clássica de Beatriz Góis Dantas do tema da construção da pureza nagô, Carneiro tem sido genericamente lido como parte de um conjunto amplo de pesquisadores que estariam comprometidos com a construção e valorização do que seria a tradição nagô ou ioruba, e com a consequente desvalorização de outras tradições religiosas, principalmente as identificadas como bantos ou caboclos (Dantas, 1988; Silva, 1992 e 1995; Santos, 1995; Healey, 1996; Capone, 2004; Nucci, 2005). Essas leituras exploram as alianças que teriam se estabelecido entre tais pesquisadores e os chefes de culto dos três terreiros de candomblé tidos como os mais antigos da Bahia: O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho (Sociedade São Jorge do Engenho Velho ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká), o Terreiro do Gantois (Sociedade São Jorge do Gantois ou Ilê Iyá Omi Axé Yamassê) e o Centro Cruz Santa do Axé do Opó Afonjá (Ilê Axé Opô Afonjá), os dois últimos nascidos de cisões do primeiro. Porém, em seus textos escritos sobre o II Congresso Afro-Brasileiro, ele enfatizava o lugar de destaque dos pais de santo nas mesas de discussão, não só os de terreiros de candomblé nagô, mas também bantos e caboclos. A partir do II Congresso Afro-Brasileiro, Carneiro buscou incentivar a congregação dos chefes de cultos brasileiros de origem africana (tal qual os definia) 24

27 em torno de uma associação que unificasse as lutas pelas suas reivindicações a União das Seitas Afro-Brasileiras. O congresso contou com a participação, em presença ou com o envio de comunicações, de boa parte dos intelectuais brasileiros que se preocupavam com o tema das relações raciais, além de norte-americanos, cubanos e nigerianos; das lideranças de terreiros de candomblé de tradições diversas e mestres de capoeira, samba e batuque, tanto participando das mesas de discussão, quanto organizando apresentações, festas e festivais para os congressistas. Tal empreendimento do congresso nos anos 1930 pareceu-me uma experimentação interessante. Em alguns de seus escritos, Carneiro parecia de fato um defensor da pureza nagô, um teórico evolucionista, o que me provocava certo desânimo. Como dar conta desse incômodo? Talvez fossem as minhas próprias ambiguidades em relação ao meu campo que mostravam-se explícitas. Em outros lugares, a sua escolha por categorias como rebeldia, beleza, importância, para falar de alguns pais de santo de terreiros de caboclo, e, da mesma forma, a categoria tirania para falar de mães de santo de terreiros nagô, reacendiam meu interesse. Não por inverterem o discurso da pureza, mas porque mostravam que as relações cotidianas entre ele e cada um desses sujeitos ganhavam espaço em meio às teses mais generalizantes, produzindo uma escrita dividida contra si mesma. Seus textos insistiam em me fazer questionar essa imagem fixada. Neles, teoria e etnografia se articulam de forma complexa: se, de um lado temos a tese da pureza nagô, de outro, temos sua autoria, que é singular. 25

28 1.3 - Está à mão, uma incrível macafuzada, e eu por nada no mundo o passaria à maquina: 5 Os arquivos de Edison Carneiro e a produção de sua memória Depois de ler a maior parte de seus livros, continuei a pesquisa, buscando nos seus arquivos documentos de outras naturezas. O arquivo Edison Carneiro do Museu de Folclore Edison Carneiro, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, indexado no acervo dos folcloristas da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, é composto de três caixas. A primeira delas contém manuscritos e primeiras versões de textos, publicados por ele em sua maioria, outros publicados após a sua morte, e alguns poucos inéditos; na segunda está sua correspondência expedida e recebida entre 1941 e 1971, quase toda referente às atividades na CDFB; e na terceira, pareceres de leitura e documentos dos mais variados: convites para eventos, certificados, mandados de busca e apreensão, documentos de sua aposentadoria, contratos, recortes de jornal. A informação que se tinha no Museu do Folclore, onde está guardado o acervo, é a de que ele fora doado pela Fundação Casa de Rui Barbosa onde estava antes disso, mas não havia nenhuma documentação referente a essa doação. Só se sabia disso por haver um carimbo da fundação em um documento de Pedro Nava que veio por engano no conjunto. Procurei reunir mais pistas da trajetória desse arquivo em entrevistas com a diretora do Museu de Folclore, Cláudia Márcia Ferreira e com uma funcionária antiga da Casa de Rui Barbosa, Eliane Vasconcelos. Mesmo assim não conseguimos encontrar documentos ou datas da doação. A história que se contava era que a viúva de Edison Carneiro quis doar o arquivo para a Fundação Casa de Rui Barbosa, pois o diretor responsável na época, Plínio Doile, era amigo da família. 5 Edison Carneiro, em carta a Arthur Ramos, sobre um vocabulário maluco nagô-português em que estava trabalhando. (Oliveira e Lima, 1987) 26

29 Quando a atual diretora do Museu de Folclore assumiu o cargo, os arquivos foram depositados lá definitivamente. Dos livros de Edison Carneiro, ele próprio levou muitos para a Biblioteca Amaral, quando de sua fundação, em 1961, para iniciar a formação de seu acervo. Já na década de 1990, seu filho Philon fez a doação dos restantes. O arquivo encontra-se atualmente em fase de digitalização, como parte dos preparativos para a comemoração do centenário de Edison Carneiro, que se aproxima. A funcionária responsável pelo arquivo contou que nos últimos cinco anos a procura desses documentos por pesquisadores cresceu enormemente. Os arquivos do Museu de Folclore foram produzidos com uma marca fortemente profissional, oficial e formal. Eu me perguntava o quanto este controle partiu da família que selecionou o que deveria ir para o Museu e o que não deveria, ou dos responsáveis pela organização do arquivo no Museu de Folclore, já que sua própria história, em certa medida, se confunde com a de Edison Carneiro. Não há quase nada nesta coleção que se aproxime de um arquivo pessoal : cartas, diários, fotografias de família, ou mesmo cadernos de campo. Alguns dos artigos que poderiam ser lidos como um diário de campo foram organizados por Vicente Salles numa publicação póstuma, o livro Folguedos Tradicionais, em O fato me levou a continuar a busca nos arquivos das instituições de pesquisa de Salvador, sua cidade natal o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o Arquivo Público da Bahia, o Arquivo Histórico Municipal, a Biblioteca Pública do Estado da Bahia e a Fundação Casa de Jorge Amado. A única coisa que encontrei foram os jornais da época em que escrevia. Estava interessada também no restante de sua biblioteca e em possíveis anotações suas nas páginas dos livros. Imaginei que parte deste material teria ficado com a família. 27

30 Resolvi, então, iniciar o contato através do historiador Waldir Freitas Oliveira, que eu soubera ter sido seu amigo 6. Consegui seu telefone com a secretária do Centro de Estudos Afro- Orientais da Universidade Federal da Bahia, do qual ele é um dos fundadores, e marcamos um encontro. O professor me recebeu em sua casa em Camaçari (Salvador), em uma manhã de sol para contar suas tantas histórias, numa conversa na varanda sob a sombra das árvores de seu quintal. Foi aí que descobri que não poderia mesmo ter encontrado o material que estava procurando: Os livros dele... foi uma história terrível. Ela [Magdalena] se mudou pra Bahia, trouxe os livros, o caminhão tombou no caminho, os livros se perderam. O que restou tá tudo no Museu Edison Carneiro lá no Catete. (Entrevista com Waldir Freitas Oliveira). A parte do material guardado por Edison Carneiro que não se perdeu ou não está no Museu de Folclore foi deixado por sua viúva aos cuidados de Waldir: sua coleção da revista O Momento, publicação de sua juventude; um álbum com artigos publicados em jornal, guardados e anotados por ele; e outros manuscritos de textos não publicados. À medida que fui mergulhando nos arquivos do Museu de Folclore, pude perceber que Edison Carneiro realizou um intenso arquivo de si, selecionando, organizando e documentando seu passado. Há alguns traços bem marcados em relação aos documentos que guardou. A primeira marca é a profissional. São contratos de trabalho, referências a pagamentos de artigos encomendados, pareceres de leitura, convites para palestras, congressos ou para escrever artigos, pagamentos de passagens, estadia, ajuda de custo e honorários para congressos, reuniões, 6 Infelizmente não tive a oportunidade de encontrar Vivaldo da Costa Lima, que, como Waldir Freitas Oliveira, foi fundador do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia e grande amigo de Edison Carneiro. O Professor Vivaldo encontrava-se hospitalizado na ocasião de minha visita a Salvador. 28

31 palestras. Aparecem referências de muitas viagens a vários lugares, principalmente à Bahia. A segunda marca é a de um grande articulador que movimentava debates, publicações, discussões e críticas. Ele publicou muitas críticas de artigos e livros e procurava estabelecer uma comunicação intensa com outros autores. Estava sempre lendo muito, comentando, criticando, publicando, enviando, recebendo e pedindo livros. Também escrevia às editoras propondo publicações de livros, artigos e coleções. A terceira é a de um autor muito cioso da circulação de seus textos: mandava exemplares de seus livros e artigos para as pessoas, acompanhava se estava sendo citado, publicado, lido e comentado. Há muitas cópias de cartas expedidas reivindicando o pagamento de publicações não autorizadas e de direitos autorais. Há também muitos artigos publicados em jornais de ampla circulação ou revistas especializadas, destacados e guardados por ele em pastas, tendo anotados à mão a data e o veículo de publicação. O resultado de tanta movimentação é a publicação de cerca de vinte livros que poderiam ser classificados nas áreas de literatura, história, etnografia ou folclore, todos marcados por esse interesse pela religião e pela cultura popular, e muito fortemente também por suas preocupações de militante comunista: Lenita (com Dias da Costa e Jorge Amado), em 1931; Religiões Negras, em 1936; Negros Bantos, em 1937; Castro Alves Ensaio de compreensão, em 1937; Guerra de Los Palmares (edição mexicana) e O Quilombo dos Palmares (edição brasileira), em 1947; Trajetória de Castro Alves, em 1947; Candomblés da Bahia, em 1948; Antologia do Negro Brasileiro, em 1950; Dinâmica do Folclore, em 1950; Linguagem Popular da Bahia, em 1951; O Folclore Nacional, em 1954; A Cidade de Salvador, em 1954; A Conquista da Amazônia, em 1956; O Negro em Minas Gerais, em 1956; A Sabedoria Popular, em 1957; A Insurreição Praieira, em 1960; Ladinos e Crioulos, em 1964; Dinâmica do Folclore 29

32 (edição ampliada), em 1965 (além de duas publicações póstumas, Folguedos Tradicionais 7, em 1974 e Ursa Maior 8, em 1980). Além da escrita dos livros, organizou congressos e publicou, desde os dezesseis anos de idade, um volume surpreendente de artigos, tanto em jornais de ampla circulação, como em revistas especializadas e acadêmicas, além de verbetes para enciclopédias e dicionários. Para me situar em meio à tão extensa produção, produzi um ensaio da bibliografia de Edison Carneiro (que segue em apêndice) no qual tento acompanhar a publicação de tantos artigos. Parti de um mapeamento produzido por Gilfrancisco, autor que publicou em coletânea as poesias escritas por Edison Carneiro na adolescência (Gilfrancisco, 2006). Incluí os registros reunidos na hemeroteca da base de dados digital da Biblioteca Amadeu Amaral. Certamente a lista permanece incompleta, mas já dá uma idéia das tantas áreas e assuntos sobre os quais escreveu. Ele não foi um intelectual facilmente classificável a partir de nenhuma identidade disciplinar, no entanto, procurou costurar as suas tantas áreas de interesse a partir de uma categoria que seria englobante: povo. Bacharel em direito como todo mundo (...) tenho trabalhado em história, etnografia e folclore e um pouco (muito pouco) em literatura. Em todos esses campos do saber o que me importa é sempre o povo as suas vicissitudes, as suas expectativas, as suas esperanças. Usando esta ou aquela técnica de trabalho, procuro sentir o povo lutando e sofrendo por construir uma nação e uma cultura. (Entrevista de Edison Carneiro a Tânia Góes, Gente muito especial. Rio de Janeiro, Correio da Manhã 28/03/71). Dentre tantas possibilidades de material, escolhi trabalhar com um período delimitado da trajetória de Edison Carneiro, a década de 1930, em relação ao qual lanço a hipótese de que é o 7 organizada por Vicente Salles 8 organizada e publicada pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia 30

33 período de formação de sua subjetividade, em que vão sendo desenhadas as atitudes que vão marcar toda a sua atuação. Uma diversidade de materiais produzidos pelo autor no período em questão permite situar sua experiência de pesquisa e entrever a realização das construções que realizou de si. A produção de então concentra-se principalmente em pesquisas em terreiros de candomblé (por isso priorizo aqui suas análises sobre a religião). Tal escrita apresenta a sua reelaboração particular desta experiência de pesquisa e nos fornece uma entrada no mundo de santo da Cidade da Bahia dos anos 1930 (aquela que nos é guiada por ele, uma das entradas entre tantas possíveis). Em 1936 foi publicado seu primeiro livro, Religiões Negras, e, em 1937, o segundo, Negros Bantos, ambos pela Biblioteca de Divulgação Científica, dirigida por Arthur Ramos, na Editora Civilização Brasileira. Pela mesma coleção saiu também o volume O Negro no Brasil, que reúne as comunicações apresentadas no II Congresso Afro-Brasileiro, organizado por Edison Carneiro em Salvador, no ano de Ao longo do processo de escrita dos livros é intensa a troca de correspondência entre Edison Carneiro e Arthur Ramos, ou, pelo menos, é intenso o envio de cartas de Carneiro para o mesmo. Esta correspondência foi publicada, atendendo a uma sugestão da viúva, Magdalena Carneiro, por Waldir Freitas Oliveira e Vivaldo Costa Lima, respectivamente historiador e antropólogo da Universidade Federal da Bahia e amigos próximos do casal. Os dois autores incluíram na publicação uma introdução e extensos comentários relativos a cada uma dessas cartas. Fiz pesquisas também no Arquivo Arthur Ramos vendido à Biblioteca Nacional em 1956, parte pela sua viúva Luiza Ramos, parte pela UFRJ. O arquivo soma uma das mais extensas coleções sob a guarda da Divisão de Manuscritos da BN. São cerca de cinco mil documentos. A 31

34 consulta é facilitada com um Inventário Analítico do arquivo, publicado em livro, que lista os nomes dos interlocutores, datas das cartas e documentos e um resumo do conteúdo de cada um deles. Toda a movimentação de Arthur Ramos entre as redes políticas e institucionais do campo da antropologia de sua época podem ser acompanhadas pela documentação guardada ali. Algumas características da biografia de Edison Carneiro parecem especialmente significativas no processo que estou chamando de formador de sua subjetividade. Procurei refletir sobre os sentidos que ele confere para cada uma delas em sua narrativa. O autor não produziu nenhum relato autobiográfico. Nessa direção encontrei algumas de suas respostas à já citada entrevista de jornal, raros documentos que se aproximam de um diário de campo em seu arquivo e alguns textos em que ele de alguma forma comenta suas experiências de pesquisa. Neste sentido, destaco as correspondências trocadas com Ruth Landes, Vivaldo da Costa Lima e Hildegardes Viana 9 (no que diz respeito às suas pesquisas de campo entre terreiros de candomblé de Salvador, que são o objeto de meu interesse). Em muitos dos textos, Edison Carneiro procura se retirar da situação que descreve. Ele não é um autor que constrói sua narrativa na primeira pessoa, refletindo sobre suas experiências num diário, tecendo impressões sobre seus encontros etnográficos e sobre as situações que enfrenta em campo. Acompanhei quais foram os lugares por onde ele passou e quem foram as pessoas com quem travou relações ao colocar em diálogo os seus livros, seus artigos de jornal e sua correspondência. Por outro lado, seus companheiros de juventude privilegiam em suas falas a circulação de Edison em campo, construindo-o a partir de uma imagem de intimidade com o universo afro-brasileiro de Salvador. Várias imagens do etnógrafo circulando em campo para além daquela que entrevemos em seus textos são desenhadas afetivamente por Ruth Landes e pelos seus companheiros de juventude, em artigos publicados em jornais. 9 Todos estes conjuntos de documentos estão guardados nos arquivos do Museu de Folclore Edison Carneiro 32

35 Tive a oportunidade de me encontrar com algumas pessoas que têm uma inserção bastante especial na biografia de Edison Carneiro: o Professor Waldir Freitas Oliveira, historiador baiano, que foi grande amigo de Edison Carneiro; os Professores Bráulio do Nascimento e Vicente Salles, seus companheiros na Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro. Tive também alguns encontros bastante emocionado com o filho de Edison Carneiro, Philon Carneiro. Procurei imaginar os possíveis diálogos entre todas as imagens do autor que vão sendo produzidas ao olhá-lo de diferentes ângulos: a construção de si, as falas de seus companheiros de juventude no momento em que transcorrem os acontecimentos em foco, as falas de seus amigos e de sua família produzidas posteriormente, as leituras dos textos de Edison Carneiro empreendidas pela literatura antropológica e historiográfica, o material guardado em seu arquivo. Este pesquisador foi ao longo da vida chamado de etnógrafo, folclorista, historiador, jornalista, comunista, africanista, e escreveu trabalhos que poderiam ser classificados em todas essas áreas. Escreveu principalmente sobre religiões afro-brasileiras, samba, escolas de samba, capoeira e arte popular, mas também sobre a história da escravidão, a história da cidade de Salvador, os abolicionistas, Castro Alves, os quilombos, os estudos de folclore, a linguagem, as danças, as festas populares, e mais centenas de textos de crítica literária e resenhas das publicações que saíam em todas essas áreas de seu interesse. Uma das imagens mais fortes que ficou de meu trabalho de campo foi a de Philon Carneiro lembrando de seu pai, que acordava e, ainda de cuecas, ia pro seu escritório em casa escrever durante a manhã inteira antes de ir pro trabalho. Chama atenção também em seu arquivo não só o quanto ele publicava, mas também o enorme número de convites que recebia para dar palestras, cursos, aulas e participar de congressos nacionais e internacionais, em universidades e institutos de folclore. Ao longo da 33

36 vida trabalhou também como jornalista, tradutor, foi funcionário público do SESI, professor de folclore da Biblioteca Nacional, e Diretor Executivo da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro A movimentação de Edison é intensa e ele está exercendo atividades tanto com a UNESCO, por exemplo, e ao mesmo tempo recebendo o convite para ser jurado num concurso que escolheria a Miss Escurinha da Guanabara (1961). Eu tentei desenhar um panorama amplo desses espaços de circulação que foram aparecendo pra mim ao entrar em contato com seus arquivos e conversar com algumas pessoas em meu trabalho de campo, que me contaram suas memórias e histórias do Edison Carneiro. O que me chamou mais a atenção na trajetória do Edison Carneiro foi essa característica da movimentação, do trânsito, da circulação entre esses muitos universos diferentes - o quanto vai construindo cada um desses universos ao passar por eles e o quanto constrói a si mesmo, narra a sua história a partir de cada um desses lugares. Carneiro tem sido lido a partir de óticas que tentam enquadrá-lo ora como um partidário da tese da pureza nagô, um etnógrafo que não conseguiu acesso à universidade, um folclorista, ora um militante, e até mesmo um candomblezeiro. Procuro perceber seu trânsito entre essas dimensões, que é justamente o que confere especificidade à sua obra. Carneiro transita de forma mais ou menos tensa e mais ou menos controlada entre todos esses universos: os intelectuais, as instituições acadêmicas, o jornalismo, os pais e mães de santo de terreiros de candomblés nagôs, bantos e caboclos e os mestres de capoeira, samba e batuque. Ele parece jamais se identificar inteiramente com algum desses universos dentro dos quais circula. Seus textos emergem dessa tensão, repercutindo as diversas relações de troca às quais está vinculado. Nenhuma dessas leituras me parece ter lançado um olhar mais atento sobre eles. É a isso que tento me dedicar aqui. 34

37 Figura 2: Documento de Edison Carneiro guardado no Arquivo Edison Carneiro do Museu de Folclore Edison Carneiro. Ficha de um Terreiro de Umbanda produzida por Edison Carneiro para a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro 35

38 Figura 3: Doação da Coleção de Livros de Edison Carneiro para a Biblioteca Amadeu Amaral (sem data). Vemos na fotografia a viúva de Edison Carneiro, Dona Magdalena Carneiro e seu filho, Philon Carneiro. Na fotografia também estão retratados o Professor Bráulio do Nascimento e a Diretora do Museu do Folclore Cláudia Márcia Ferreira. Acervo Áudio-Visual do Museu de Folclore Edison Carneiro 36

39 Figura 4: Edison Carneiro em seu escritório em casa, no bairro do Leblon, Rio de Janeiro. Destaco a imagem de Exu em uma das prateleiras da estante, ao fundo da foto. (Acervo de Philon Carneiro) 37

40 Capítulo 2 Edison Carneiro entre mundos To Edison, on the contrary, the field was his life as well 10 Algumas marcas da biografia de Edison Carneiro apresentam-se como especialmente significativas no processo que aqui chamo, como já dito, de formador de sua subjetividade. No presente capítulo, busco refletir sobre os sentidos que ele lhes confere em sua narrativa. Na narrativa de Edison Carneiro de sua experiência etnográfica, o encontro inicial com o universo dos terreiros de candomblé e rodas de samba, capoeira e batuque da cidade de Salvador, irá ocorrer a partir da relação com seu pai: Meu pai sempre foi um estudioso, e rodeado do seu talento, desenvolvi dentro de mim uma curiosidade imensa para pesquisar coisas importantes. Fui sempre envolvido pelo folclore. (entrevista de Edison Carneiro a Tânia Góes, Gente muito especial. Rio de Janeiro, Correio da Manhã 28/03/71). Antonio Joaquim de Souza Carneiro era professor da Escola Politécnica e um intelectual de prestígio na Bahia de então. Seu interesse por outras áreas além da engenharia faziam dele uma figura bastante peculiar. Escreveu dois romances, Furundungu e Meu Menino, usando negros como personagens principais; um estudo sobre mitos africanos no Brasil, resultado de suas pesquisas coletando fatos folclóricos na capital e no interior do estado (Oliveira e Lima, 10 Landes,

41 1987); estudou também ocultismo e esoterismo e foi dono de uma vasta biblioteca em que constavam títulos de todos esses campos. Não encontrei nada indicando que Edison tenha ou não acompanhado seu pai nessas viagens de coleta, ou mesmo que frequentasse com ele os terreiros ou festas populares da Bahia. Mas sem dúvida seu envolvimento inicial com o universo afro-brasileiro foi influenciado por seu pai e pelo ambiente da casa em que cresceu, de férteis discussões intelectuais e políticas. Essa imagem de Souza Carneiro foi desenhada pelos companheiros mais próximos do filho, jovens para quem a figura do velho professor e o ambiente de sua casa são descritos como aglutinadores de suas primeiras movimentações na cena cultural, política e intelectual de Salvador. O componente do grupo que mais se destacou, Jorge Amado, constrói uma memória afetiva na qual Edison Carneiro, seu pai e a casa da família na Rua dos Barris ocupam lugar especial, tanto na sua iniciação no universo da cultura popular e dos candomblés baianos, que viriam a ser os cenários principais de seus romances, como também na agitação política, que marca toda a sua trajetória. Amado dedica seu discurso de posse na Academia de Letras da Bahia, no ano de 1985, a apresentar-se antes de tudo como um membro da Academia dos Rebeldes. O Professor Souza Carneiro, fascinante personagem, digno das páginas de um romance, progressista e batalhador. Catedrático da Escola Politécnica, substituía qualquer professor, ministrando as mais diversas matérias. Senhor de imaginação e de magia, um mestre da vida, cujo nome pronuncio com ternura e com saudade. Souza Carneiro era uma espécie de papa das doutrinas esotéricas e das ciências ocultas da Bahia. Em sua ampla residência nos Barris, alcunhada de Brasil por enorme, desorganizada e entregue às baratas nos abrigamos, os rebeldes. O Professor Souza Carneiro não nos olhava com suspeita nem com reserva; ao contrário, dava-nos caloroso apoio, compartilhava de nossas inquietações, sustentava nossa batalha, em sua casa nos Barris, pobre e misteriosa. O professor, segundo afirmava, escondia no quintal um avião um avião sim senhores que lhe serviria para controlar do alto dos céus as próximas eleições, às quais pretendia concorrer, candidato à deputado pela oposição. Nunca me foi dado ver o aparelho, bem camuflado certamente no 39

42 mataral do terreno, mas quem iria duvidar que ele estivesse ali, pronto para decolar? (Amado, 1985). A casa da Rua dos Barris, que, de tão grande, recebeu o nome de Brasil, uma casa alugada, cujo quintal deu um loteamento, e onde ingenuamente tramávamos à luz de velas. Galinhas invadiam a sala, os sem-teto que moravam no porão vinham pedir café e Edison num pobre pijama ralo, um cigarro Colomy no queixo, batia à máquina, imperturbável. (Ferraz, 1972). A Academia dos Rebeldes pode ser vista como um dos muitos movimentos modernistas que explodiram no Brasil dos anos Reuniu romancistas, poetas, escritores: o etnógrafo Edison de Souza Carneiro ( ), o romancista Jorge Amado de Faria ( ), o poeta Sosígenes Marinho Costa ( ), o poeta e depois dirigente comunista, Áydano Pereira do Couto Ferraz ( ), Raulino Walter da Silveira ( ), o fundador do Clube de Cinema da Bahia, em 1950, João de Castro Cordeiro ( ), o romancista Clovis Gonçalves Amorim ( ), o sonetista piauiense, José Severiano da Costa Andrade ( ), o poeta cronista José Alves Ribeiro ( ), os poetas José Bastos ( ) e De Souza Aguiar, o contista Oswaldo Dias da Costa ( ), Otávio Moura e João Amado Pinheiro Viegas ( ) (Gilfrancisco, 2008). Era um espaço de discussão, produção literária, crítica modernista, valorização do nacional e da cultura popular. Reunidos por sua afinidade na crítica às academias de letras e na busca pelo universo da cultura popular de Salvador, que opõem ao cotidiano das elites do pobre mundo burguês da cidade que batizam de Lixópolis. Seus encontros aconteciam em lugares que iam desde sebos e livrarias até a uma tenda espírita, passando por bares de Salvador ou a casa da família Souza Carneiro. O grupo movimentava publicações em jornais, revistas e suplementos literários (todas de curtíssima duração de poucos meses a no máximo um ano - por terem sido censuradas ou por não terem recursos para se manter). 40

43 A Academia dos Rebeldes foi muito pouco estudada, e dela restam pouquíssimos documentos 11. Encontrei alguns artigos de jornal assinados por seus membros Jorge Amado e Áydano do Couto em que falam sobre ela, além das memórias de Jorge Amado. Seu registro mais expressivo foi a revista O Momento, principal publicação do grupo, que circulou entre julho de 1931 e julho de 1932, totalizando nove números. Tive acesso pela primeira vez à coleção completa da revista na casa do Professor Waldir Freitas Oliveira, que guarda a coleção que pertenceu ao próprio Edison Carneiro. Na Biblioteca Nacional também há uma coleção completa. O projeto editorial e gráfico de O Momento me parece bastante semelhante ao de outras publicações independentes da época. Ela é feita principalmente de artigos, pequenas notas, crônicas, poesias, contos e fotografias, alguns assinados, outros não, dos próprios membros da Academia dos Rebeldes (muitos dos textos e poesias dedicados de um para outro membro) e mais anúncios de seus livros e dos de Souza Carneiro a serem publicados. Em meio a eles, e provavelmente o que sustentava a produção, publicação e circulação da revista, propagandas das mais variadas: lojas de roupas femininas, cinemas, promoções, médicos, dentistas, pastas de dente, funerárias, produtos de fotografia, concursos, livrarias, casas lotéricas, padarias, pastelarias, cafés, sabonetes, móveis, casas de penhores e dos bares e restaurantes que costumavam frequentar (talvez trocados por suas contas de jantares e comemorações); também curiosas notícias de coluna social, fotos de eventos e pessoas, notas de aniversários, casamentos, nascimentos, falecimentos. Além da revista, Edison publicou no mesmo período em outros jornais e revistas de circulação corrente e outros de curtíssima duração. Tem início aí uma longa carreira como 11 Encontrei alguns comentários em Gilfrancisco 2008, Freitas e Oliveira 1987, além da entrevista que realizei com o Professor Waldir Oliveira. 41

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