Relatório Final de Avaliação. Ação n.º 14/2011. Despertar para a Ciência: Um Laboratório Aberto. Modalidade: Oficina de Formação
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1 Centro de Formação de Escolas dos Concelhos de Benavente, Coruche e Salvaterra de Magos Relatório Final de Avaliação Ação n.º 14/2011 Despertar para a Ciência: Um Laboratório Aberto Modalidade: Oficina de Formação Destinatários: Educadores de Infância e Professores do 1º ciclo do Ensino Básico
2 A implementação do ensino das Ciências de base experimental na Educação Pré- Escolar e no 1º ciclo do Ensino Básico é considerada um dos fatores fundamentais para a formação científica dos alunos, a qual deve ser iniciada nos primeiros anos de escolaridade, uma vez que permite responder e alimentar a curiosidade das crianças e promover o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Esta Oficina de Formação surge da necessidade de melhorar as aprendizagens das crianças neste domínio do saber; promover as competências dos professores para a implementação do Ensino das Ciências; desenvolver uma articulação mais precisa e coerente quer nas primeiras abordagens à Ciência na Educação Pré Escolar, no âmbito da área de conteúdo do Conhecimento do Mundo, quer na área de Estudo do Meio do 1º ciclo do Ensino Básico. A realização desta oficina visa também criar situações de formação em que os professores possam discutir as diferentes potencialidades educativas associadas a tarefas práticas/laboratoriais/experimentais, de modo a poderem selecioná-las, adaptálas, implementá-las e avaliá-las nas suas práticas letivas. Com esta Ação pretendeu-se atingir os seguintes objetivos: Aprofundar a compreensão dos Educadores de Infância/ Professores do 1º CEB sobre a relevância de uma adequada Educação em Ciências para todos, de modo a mobilizá-los para uma intervenção inovadora no ensino das Ciências nos seus Jardins de Infância/Escolas. Promover a exploração de situações didáticas para o ensino das Ciências de base experimental no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico, através do aprofundamento e/ou reconstrução de conhecimento científico e curricular. Promover a produção, implementação e avaliação de atividades práticas/laboratoriais/ experimentais para o ensino das Ciências no pré-escolar e no 1º CEB. Desenvolver uma atitude de interesse, apreciação e gosto pela Ciência e pelo seu ensino. 2
3 Da leitura conjunta das fichas de avaliação da ação, por parte dos formandos, resultou a seguinte análise: A.1. Planificação/Execução A Os objetivos propostos foram cumpridos 5,00 B A metodologia foi adequada aos participantes, a nível teórico 5,00 C A metodologia foi adequada aos participantes, a nível prático 5,00 D Os trabalhos práticos propostos apresentaram coerência 5,00 E A gestão dos recursos foi adequada 5,00 F O espaço em que decorreu a ação foi adequado 5,00 G A relação dos formadores com o grupo de formandos contribuiu de forma positiva 5,00 H A relação dos formandos entre si contribuiu de forma positiva 5,00 A.2. Avaliação dos Formadores A.2.1. Conhecimentos/ Conteúdos A Os conteúdos foram adequados 5,00 B Houve aprofundamento dos temas 4,80 C A articulação dos diferentes conteúdos temáticos foi concretizada 4,87 A.2.2. Exposição A A linguagem utilizada foi clara e assertiva 4,87 B A adaptação do discurso aos destinatários / finalidades foi conseguida 4,87 3
4 A.3. Organização da Ação pelo Centro A O atendimento/ contacto com os formandos foi facilitador 5,00 B A divulgação/ informação foi oportuna 4,93 C O material entregue correspondeu às necessidades 5,00 D A calendarização foi ajustada 4,93 E A disponibilidade foi manifestada 5,00 B.1. Apreciação Global 1 Fraca 0 2 Satisfatória 0 3 Boa 0 4 Muito Boa 1 5 Excelente 14 Total de Formandos: 15 4
5 Opinião Global da Ação/Observações: Da leitura das fichas de avaliação das formandas que frequentaram a ação, podese constatar que todas manifestaram a sua opinião. De um modo geral, as formandas consideraram que a ação ultrapassou as expectativas iniciais, tendo sido bastante positiva a todos os níveis. Foi de encontro às suas necessidades, permitiu momentos de grande aprendizagem e partilha, estava muito bem organizada e os conteúdos foram muito pertinentes, adequados e coerentes com o currículo escolar. Tiveram necessidade de rever/recordar conteúdos e conceitos, tendo-lhes sido fornecida muita informação. Realçaram o caráter prático da oficina, facto que a tornou motivadora e muito agradável e lhes permitiu aprender metodologias e estratégias para trabalhar as ciências de uma forma menos teórica. O Laboratório Aberto, realizado na última sessão, foi considerado uma mais valia para o desenvolvimento de atividades/experiências na sala de aula e para a união do grupo. Salientaram o facto de todo o grupo ter participado de forma tão ativa, pois foi com empenho, alegria e boa disposição que este interagiu notando-se um grande espírito de equipa. Também o bom relacionamento entre formandos e entre formandos e formadora fez com que a ação decorresse da melhor forma e resultaram num trabalho profícuo em prol do desenvolvimento da ciência e do seu ensino junto dos alunos. Referiram que a ação contribuiu para o seu desenvolvimento profissional e que a formadora de forma simples lhes transmitiu muitos conhecimentos e/ou teorias, esclareceu todas as dúvidas e apresentou diferentes perspetivas de abordarem as experiências. Sugestões: Continuidade da ação, com outros temas dados no 1º ciclo e com uma vertente transversal, por exemplo, som, biologia, plantas, poluição, vulcanismo. Também, uma ação sobre ciência vocacionada para o dia a dia e sua aplicação para a sociedade. O relatório da formadora refere que forneceu ferramentas práticas e teóricas às formandas, de modo a se sentirem mais tranquilas na abordagem de algumas temáticas relacionadas com a Ciência. Tentou ter sempre presente a necessidade de promover alterações de fundo na prática das formandas, atendendo ao papel fulcral que as 5
6 atividades práticas passaram a desempenhar no ensino das ciências, que entrassem em conflito cognitivo e fizessem as suas mudanças concetuais Durante as seis primeiras sessões abordou as temáticas propostas no plano da ação, com atividades práticas, laboratoriais e experimentais diversificadas, de fácil execução e com recurso a materiais simples, tentando adequar o melhor possível à realidade das escolas do 1º ciclo e jardins de infância, em termos dos recursos materiais que possuem para o ensino das Ciências. A sétima sessão serviu para, individualmente, apresentarem os seus projetos de sala de aula, a forma como os desenvolveram com os seus alunos, bem como as suas reflexões sobre o trabalho prático implementado. A última sessão consistiu num Laboratório Aberto, onde cada uma das formandas contribuiu com a sua atividade laboratorial, umas de forma expositiva/ilustrativa, outras de forma interativa. Como a ação se desenvolveu na modalidade de oficina de formação, algumas das atividades foram realizadas pelas formandas na sua sala de aula. Quanto à atividade que cada formanda, individualmente, tinha que pesquisar, selecionar e implementar, para apresentação na 7ª sessão da formação à formadora e restantes formandas, verificou que a maioria das formandas conseguiu envolver ativamente os alunos na sua aprendizagem, construir estratégias didáticas, discuti-las e implementá-las, de acordo com as faixas etárias e desenvolvimento cognitivo dos seus alunos, como promotoras de literacia científica. Estimularam os alunos a realizar registos das conceções e das observações experimentais, levando-os a refletir e a tirar conclusões. Por último, salienta que foi notório o bom ambiente e o clima de afetividade, cordialidade, respeito e amizade em que decorreram todas as sessões, aliviando o esforço que as formandas faziam para manter uma ativa participação, após um dia de trabalho intenso. A formação promoveu o espírito de trabalho em equipa, já que as sessões foram realizadas em grupos, onde as formandas discutiram, refletiram, experimentaram. Conjuntamente, ganharam confiança e versatilidade por forma a conseguir transpor, eficazmente, para a sala de aula, o conhecimento adquirido na formação. As opiniões emitidas pelas formandas, que constam dos documentos de reflexão crítica individuais, permitem concluir que foi um espaço muito proveitoso de aprendizagem, partilha, entusiasmo, curiosidade e boa disposição que irá ficar referenciado pela positiva na sua vivência, não só profissional como pessoal. Em suma, desenvolveram competências profissionais, melhorando as suas capacidades de pensamento crítico, aprofundando e/ou reconstruindo conhecimento científico e curricular, crescendo como professores 6
7 A entidade formadora proporcionou todas as condições para que a ação tivesse o maior sucesso. O relatório da especialista menciona que no âmbito da avaliação da ação a formadora, na última sessão, distribuiu as fichas de avaliação da ação, que foram preenchidas pelas 15 formandas, em regime de anonimato. Todas responderam à questão aberta (questão 3) da referida ficha: Opinião Global da Ação/Observações, o que permitiu a análise de conteúdo das respostas. Assim, pudemos constatar que salientaram na apreciação que fizeram da formação: - A necessidade de reverem/recordarem/aprofundarem conteúdos; - A forma como foi organizada e dinamizada pela formadora; - A interação positiva entre a formadora e as formandas, otimizando a boa relação no grupo de trabalho; - A motivação para a implementação de atividades práticas/laboratoriais/experimentais na sala de aula; - A adequação dos conteúdos da ação à sala de aula, nos primeiros anos de escolaridade, permitindo a sua reprodução e/ou adaptação e a sua coerência com o currículo escolar. Relativamente à questão B.1. - Apreciação Global da Ação, apenas uma formanda a considerou Muito Boa (6,67%); as restantes 14 consideraram-na Excelente (93,3%). Por parte da formadora, os referenciais de avaliação foram adequados, permitindo minimizar o grau de subjetividade inerente a qualquer processo de avaliação. Os critérios de avaliação, quer pelo rigor de elaboração, quer pelo facto de terem sido explanados e previamente apresentados à turma, criaram condições para se proceder a uma avaliação transparente e justa. De acordo com o relatório da formadora e com base na análise de todos os documentos facultados, nomeadamente a qualidade dos portfólios das formandas, considero que as metodologias ativas foram adequadas e facilitadoras do progresso das formandas. A ação foi devidamente contextualizada, bastante útil e positiva, contribuindo para o conhecimento e o desenvolvimento profissional das docentes envolvidas. Assim, e de acordo com o exposto, emite Parecer favorável relativamente a todas as classificações atribuídas e respetivos créditos que figuram na proposta de avaliação efetuada pela formadora. setembro
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