IN PLENI TUS REVISÃO DO PDM DE SÃO VICENTE ESTUDOS SETORIAIS DE CARATERIZAÇÃO 3. OCUPAÇÃO DO SOLO

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1 IN PLENI TUS ESTUDOS SETORIAIS DE CARATERIZAÇÃO 3. OCUPAÇÃO DO SOLO FEVEREIRO DE 2013

2 ÍNDICE OCUPAÇÃO DO SOLO USOS E FUNÇÕES 4 TERRITÓRIOS ARTIFICIALIZADOS 11 ÁREAS AGRÍCOLAS E AGRO-FLORESTAIS 26 FLORESTAS E OS MEIOS NATURAIS E SEMI-NATURAIS 38 ZONAS HÚMIDAS 48 CORPOS DE ÁGUA 49 SÍNTESE 55 BIBLIOGRAFIA 58

3 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Habitação e exploração agrícola Ponta Delgada 15 Figura 2 - Tecido urbano do Concelho de São Vicente 16 Figura 3 - Tecido urbano contínuo Ponta Delgada 17 Figura 4 - Tecido urbano contínuo São Vicente 17 Figura 5 - Tecido urbano contínuo Ponta Delgada 18 Figura 6 - Tecido urbano descontínuo esparso - São Vicente 19 Figura 7 - Tecido urbano descontínuo Boaventura 19 Figura 8 - Tecido urbano descontínuo Boaventura 20 Figura 9 - Indústria, comércio e transportes do Concelho de São Vicente 21 Figura 10 - Parque Empresarial de São Vicente 22 Figura 11 - Via Expresso - São Vicente / Porto Moniz 22 Figura 12 - Via Expresso - São Vicente / Ribeira Brava 23 Figura 13 - Estaleiros inertes São Vicente 23 Figura 14 - Espaços verdes urbanos, equipamentos de cultura e lazer e zonas históricas 24 Figura 15 Zona balnear e Porto de abrigo Ponta Delgada 25 Figura 16 Grutas e Centro de Vulcanismo São Vicente 25 Figura 17 - Escola Secundária, pavilhão desportivo e piscina coberta de Santana 26 Figura 18 Encosta com Poios Ponta Delgada 27 Figura 19 Encosta agricultada Boaventura 27 Figura 20 - Culturas temporárias no Concelho de São Vicente 29 Figura 21 - Estufas São Vicente 29 Figura 22 - Culturas temporárias Boaventura 30 Figura 23 - Culturas temporárias 31 Figura 24 - Culturas permanentes no Concelho de São Vicente 32 Figura 25 - Culturas permanentes Vinha Ponta Delgada 33 Figura 26 - Culturas permanentes Pomar de citrinos São Vicente 33 Figura 27 - Pastagens permanentes no Concelho de São Vicente 34 Figura 28 - Pastagens permanentes São Vicente 35 Figura 29 - Áreas Agrícolas Heterogéneas no Concelho de São Vicente 36 Figura 30 - Sistemas culturais e parcelares complexos Boaventura 37 Figura 31 - Florestas no Concelho de São Vicente 40 Figura 32 - Floresta Natural da Madeira São Vicente 41 Figura 33 - Floresta de pinheiro bravo com folhosas São Vicente 41 Figura 34 - Floresta de eucalipto com folhosas São Vicente 42 Figura 35 - Floresta de invasoras Boaventura 42 Figura 36 - Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea no Concelho de São Vicente 43 Figura 37 - Vegetação herbácea natural Ponta Delgada 44 2

4 Figura 38 - Floresta aberta de outras folhosas São Vicente 44 Figura 39 - Zonas descobertas e com pouca vegetação no Concelho de São Vicente 45 Figura 40 - Área ardida Boaventura 46 Figura 41 - Ilhéu Preto - Boaventura 46 Figura 42 - Praia da Ribeira de São Vicente 47 Figura 43 Arribas entre Ponta Delgada e Boaventura 47 Figura 44 - Zonas húmidas no Concelho de São Vicente 48 Figura 45 - Paul São Vicente 49 Figura 46 - Corpos de água águas interiores no Concelho de São Vicente 50 Figura 47 - Ribeira de São Vicente 50 Figura 48 - Troço final da Ribeira da Boaventura 51 Figura 49 - Vista para o leito / foz da Ribeira de São Vicente 51 Figura 50 - Carta de ocupação do solo na freguesia de São Vicente 52 Figura 51 - Carta de ocupação do solo na freguesia da Boaventura 53 Figura 52 - Carta de ocupação do solo na freguesia de Ponta Delgada 54 Figura 53 - Carta de ocupação do solo na freguesia de São Vicente 55 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Variação população residente, famílas, alojamentos e edifícios 12 Gráfico 2 - Variação população residente, famílas, alojamentos e edifícios, na RAN, concelho e freguesias 13 Gráfico 3 - Variação população residente, famílas, alojamentos e edifícios, na RAN, concelho e freguesias 14 Gráfico 4 - Percentagem de área de ocupação do solo com base nos dados agregados, por freguesia 52 Gráfico 5 - Percentagem Relativa das Ocupações de Solo no concelho de São Vicente, segundo dados da COSRAM Gráfico 6 e 7 - Percentagem relativa das Ocupações de Solo no concelho de São Vicente, dados agregados 56 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 - Padrões de Ocupação do Solo 5 Quadro 2 Padrões de Ocupação do Solo no concelho de São Vicente 10 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Tipologia de freguesias, população, área e densidade populacional para concelho e freg. de São Vicente 11 Tabela 2 - Número de alojamentos e de edifícios por familia e por indivíduo para São Vicente e para a RAM 13 3

5 OCUPAÇÃO DO SOLO USOS E FUNÇÕES Com o estudo da ocupação do solo do Concelho de São Vicente, pretendese proceder à análise relativa das cambiantes físicas do território que resultaram do grau de humanização que este vem sofrendo. O objetivo será a apresentação da situação de referência, aspeto determinante para a ponderação da tradução territorial da estratégia de desenvolvimento. Com a matriz de ocupação do solo actual devidamente analisada será possível proceder à elaboração dos critérios orientadores para se chegar às aptidões, capacidades e potencialidades do espaço concelhio, bem como à avaliação dos impactes biofísicos, socio-económicos e culturais que resultem da alteração da situação actual Em termos metodológicos procedeu-se ao enquadramento do concelho em primeira análise, no âmbito dos estudos dos padrões de ocupação do Solo, elaborados para a Carta de Ocupação do solo da Região Autónoma da Madeira (COSRAM 2007), que se constituiu como um documento de relevante importância, quando em conjunto com os outros estudos setoriais, se torna indispensável na fundamentação das opções de planeamento, na construção do Modelo Territorial, bem como para a delimitação de Unidades Territoriais e da Estrutura Ecológica Municipal. A importância da identificação dos padrões de ocupação do solo deriva da possibilidade de, através dela, poder ser aferida a estrutura e morfotipologias do povoamento e ainda das formas de apropriação e exploração do território, de acordo com as circunstâncias que derivam das suas dinâmicas, seja decorrentes das suas caracteristicas morfologicas e biofisicas. Para atingir esse objetivo no âmbito do território do concelho de São Vicente, pretendeu-se posteriormente pormenorizar e fundamentar essa análise, com uma especificação maior da ocupação do solo decorrente de informação actualizada, fruto de uma maior aproximação ao território e à sua realidade local. A metodologia utilizada na COSRAM (2007), prevê que ao nível da sua classificação, sejam estes divididos em vários níveis com o intuito de 4

6 desagregar as realidades territoriais mais complexas e compreender a expressão territorial dos fenómenos em estudo e das suas dinâmicas. Assim, concretizando esses níveis de classificação, temos: Quadro 1 - Padrões de Ocupação do Solo (continua) TECIDO URBANO CONTÍNUO PREDOMINANTEMENTE VERTICAL TECIDO URBANO CONTÍNUO TECIDO URBANO CONTÍNUO PREDOMINANTEMENTE HORIZONTAL 1.1 TECIDO URBANO ÁREAS DE ESTACIONAMENTOS E LOGRADOUROS TECIDO URBANO DESCONTÍNUO TECIDO URBANO DESCONTÍNUO TECIDO URBANO DESCONTÍNUO ESPARSO 1. TERRITÓRIOS ARTIFICIALIZADOS INDÚSTRIA COMÉRCIO INSTALAÇÕES AGRÍCOLAS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS 1.2 INDÚSTRIA, COMÉRCIO E TRANSPORTES INDÚSTRIA, COMÉRCIO E EQUIPAMENTOS GERAIS INFRAESTRUTURAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA INFRAESTRUTURAS DE CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E ABASTECIMENTO DE ÁGUAS PARA CONSUMO INFRAESTRUTURAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS E ÁGUAS RESIDUAIS Fonte: COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira)

7 Quadro 1 - Padrões de Ocupação do Solo (continuação) REDES VIÁRIAS E ESPAÇOS ASSOCIADOS REDES VIÁRIAS E ESPAÇOS ASSOCIADOS TERMINAIS PORTUÁRIOS DE MAR E DE RIO 1.2 INDÚSTRIA, COMÉRCIO E TRANSPORTES ÁREAS PORTUÁRIAS ESTALEIROS NAVAIS E DOCAS SECAS (cont.) MARINAS E DOCAS DE PESCA AEROPORTOS AEROPORTOS E AERÓDROMOS AERÓDROMOS ÁREAS DE MINAS A CÉU ABERTO EXTRACÇÃO DE INERTES PEDREIRAS 1. TERRITÓRIOS ARTIFICIALIZADOS (cont.) 1.3 ÁREAS DE EXTRACÇÃO DE INERTES, ÁREAS DE DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS E ESTALEIROS DE CONSTRUÇÃO ÁREAS DE DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS ATERROS LIXEIRAS E SUCATAS ÁREAS EM CONSTRUÇÃO ÁREAS EM CONSTRUÇÃO ÁREAS ABANDONADAS EM TERRITÓRIOS ARTIFICIALIZADOS PARQUES E JARDINS ESPAÇOS VERDES URBANOS CEMITÉRIOS 1.4 ESPAÇOS VERDES URBANOS, EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS, CULTURAIS E DE LAZER, E ZONAS HISTÓRICAS EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS, CULTURAIS E DE LAZER E ZONAS HISTÓRICAS EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS EQUIPAMENTOS DE LAZER EQUIPAMENTOS CULTURAIS E ZONAS HISTÓRICAS Fonte: COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira)

8 Quadro 1 - Padrões de Ocupação do Solo (continuação) CULTURAS TEMPORÁRIAS DE SEQUEIRO CULTURAS TEMPORÁRIAS DE SEQUEIRO ESTUFAS E VIVEIROS FLORICULTURA 2. ÁREAS AGRÍCOLAS E AGRO-FLORESTAIS 2.1 CULTURAS TEMPORÁRIAS CANA-DE-AÇUCAR CULTURAS TEMPORÁRIAS DE REGADIO CULTURAS TEMPORÁRIAS DE REGADIO ARROZAIS ARROZAIS VINHAS 2.2 CULTURAS PERMANENTES VINHAS POMARES VINHAS COM POMAR VINHAS COM OLIVAL POMARES (FRUTOS FRESCOS, AMENDOEIRA, CASTANHEIRO, ALFARROBEIRA, CITRINOS, FRUTOS TROPICAIS, BANANAL) POMARES COM VINHA POMARES COM OLIVAL OLIVAIS OLIVAIS OLIVAIS COM VINHA OLIVAIS COM POMAR 2.3 PASTAGENS PERMANENTES PASTAGENS PERMANENTES PASTAGENS PERMANENTES 2. ÁREAS AGRÍCOLAS E AGRO-FLORESTAIS (cont.) CULTURAS TEMPORÁRIAS E/OU PASTAGENS ASSOCIADAS A CULTURAS PERMANENTES CULTURAS TEMPORÁRIAS DE SEQUEIRO ASSOCIADAS A CULTURAS PERMANENTES CULTURAS TEMPORÁRIAS DE REGADIO ASSOCIADAS A CULTURAS PERMANENTES 2.4 ÁREAS AGRÍCOLAS HETEROGÉNEAS SISTEMAS CULTURAIS E PARCELARES COMPLEXOS AGRICULTURA COM ESPAÇOS NATURAIS E SEMI- NATURAIS PASTAGENS ASSOCIADAS A CULTURAS PERMANENTES SISTEMAS CULTURAIS E PARCELARES COMPLEXOS AGRICULTURA COM ESPAÇOS NATURAIS E SEMI- NATURAIS SISTEMAS AGRO-FLORESTAIS SISTEMAS AGRO-FLORESTAIS COM CULTURAS TEMPORÁRIAS DE SEQUEIRO 7

9 SISTEMAS AGRO-FLORESTAIS COM CULTURAS TEMPORÁRIAS DE REGADIO SISTEMAS AGRO-FLORESTAIS COM PASTAGENS SISTEMAS AGRO-FLORESTAIS COM CULTURAS PERMANENTES Fonte: COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Quadro 1 - Padrões de Ocupação do Solo (continuação) FLORESTAS DE FOLHOSAS FLORESTAS PURAS DE FOLHOSAS (SOBREIRO, AZINHEIRA, OUTROS CARVALHOS, CASTANHEIRO, EUCALIPTO E INVASORAS) FLORESTAS DE MISTURA DE FOLHOSAS (ENTRE OUTRAS A FLORESTA NATURAL DA MADEIRA) 3.1 FLORESTAS FLORESTAS DE RESINOSAS FLORESTAS PURAS DE RESINOSAS (PINHEIROS E OUTRAS RESINOSAS) FLORESTAS DE MISTURA DE RESINOSAS FLORESTAS MISTAS FLORESTAS MISTAS DE FOLHOSAS COM RESINOSAS FLORESTAS MISTAS DE RESINOSAS COM FOLHOSAS 2. FLORESTAS E MEIOS NATURAIS E SEMI-NATURAIS VEGETAÇÃO HERBÁCEA NATURAL MATOS VEGETAÇÃO HERBÁCEA NATURAL MATOS DENSOS MATOS POUCO DENSOS 3.2. FLORESTAS ABERTAS E VEGETAÇÃO ARBUSTIVA E HERBÁCEA VEGETAÇÃO ESCLERÓFITA FLORESTAS ABERTAS, CORTES E NOVAS PLANTAÇÕES VEGETAÇÃO ESCLERÓFITA DENSA VEGETAÇÃO ESCLERÓFITA POUCO DENSA FLORESTAS ABERTAS PURAS DE FOLHOSAS FLORESTAS ABERTAS DE MISTURA DE FOLHOSAS FLORESTAS ABERTAS PURAS DE RESINOSAS FLORESTAS ABERTAS DE MISTURA DE RESINOSAS FLORESTAS ABERTAS MISTAS DE RESINOSAS E FOLHOSAS FLORESTAS ABERTAS MISTAS DE FOLHOSAS E RESINOSAS OUTRAS FORMAÇÕES LENHOSAS CORTES RASOS E NOVAS PLANTAÇÕES 8

10 VIVEIROS FLORESTAIS 3. FLORESTAS E MEIOS NATURAIS E SEMI-NATURAIS (cont.) 3.3. ZONAS DESCOBERTAS E COM POUCA VEGETAÇÃO 4.1 ZONAS HÚMIDAS INTERIORES PRAIAS, DUNAS E AREAIS INTERIORES PRAIAS, DUNAS E AREAIS PRAIAS, DUNAS E AREAIS COSTEIROS ROCHA NUA ROCHA NUA VEGETAÇÃO VEGETAÇÃO ESPARSA ESPARSA ÁREAS ARDIDAS ÁREAS ARDIDAS PAUIS PAUIS TURFEIRAS TURFEIRAS SAPAIS SAPAIS 3. ZONAS HÚMIDAS 4.2 ZONAS HÚMIDAS SALINAS E SALINAS LITORAIS AQUICULTURA LITORAL AQUICULTURA LITORAL ZONAS ENTRE- MARÉS ZONAS ENTRE-MARÉS CURSOS DE ÁGUA NATURAIS CURSOS DE ÁGUA CANAIS ARTIFICIAIS 5.1. ÁGUAS INTERIORES LAGOS E LAGOAS INTERIORES 4. CORPOS DE ÁGUA PLANOS DE ÁGUA RESERVATÓRIOS DE BARRAGENS OUTROS PLANOS DE ÁGUA ARTIFICIAIS 5.2 ÁGUAS MARINHAS E COSTEIRAS LAGOAS COSTEIRAS LAGOAS COSTEIRAS DESEMBOCADURAS DESEMBOCADURAS FLUVIAIS FLUVIAIS OCEANO OCEANO Fonte: COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 A esta matriz de classificação corresponde uma representação cartográfica associada às classes, assinalando as manchas de ocupação dos diversos usos. Salvaguardando a escala de elaboração do estudo é possível extrapolar, em traços gerais as diversas classes e sub-classes de ocupação do solo, no que ao Concelho de São Vicente diz respeito e fazer dessa uma análise aproximada. Em termos de estrutura de análise à escala do concelho, optou-se por estabelecer a leitura ao nível do segundo nível de agregação, nomeadamente no que diz respeito a: 9

11 Quadro 2 Padrões de Ocupação do Solo no concelho de São Vicente COSRAM 2007 TERRITÓRIOS ARTIFICIALIZADOS tecido urbano indústria, comércio e transportes áreas de extracção de inertes, áreas de deposição de resíduos e estaleiros de construção espaços verdes urbanos, equipamentos desportivos, culturais e de lazer, e zonas históricas ÁREAS AGRÍCOLAS E AGROFLORESTAIS FLORESTAS E MEIOS NATURAIS E SEMI- NATURAIS culturas temporárias culturas permanentes pastagens permanentes áreas agrícolas heterogéneas florestas florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea zonas descobertas e com pouca vegetação ZONAS HÚMIDAS CORPOS DE ÁGUA Será feita uma segunda análise da ocupação do solo à escala da freguesia, procedendo-se a uma agregação de áreas, fazendo-as corresponder a quatro grupos principais: Áreas Urbanas; Áreas Agrícolas; Áreas Florestais; Outros Espaços Naturais. 10

12 1 TERRITÓRIOS ARTIFICIALIZADOS O concelho de São Vicente localiza-se na parte Norte da Ilha da Madeira, ocupa uma superfície de 78,8Km 2, e tem um total de população residente de 5723 indivíduos, que gera uma densidade populacional de 72,6hab/km 2., contrastando com os 335,7hab/km 2 da Ilha da Madeira. Nome Tipologia População Área (km2) Hab/Km2 São Vicente AMU ,1 71,2 Boaventura APR ,4 129,9 Ponta Delgada AMU , Concelho ,8 72,6 Tabela 1 - Tipologia de freguesias, população, área e densidade populacional para concelho e freguesias de São Vicente Fonte. Censos 2011, INE Em relação à tipologia das freguesias podemos salintar que não existem áreas predominantemente urbanas. A predominantemente rural (Boaventura) engloba 21,4% da população do concelho, numa área de 9,4Km 2, o que lhe confere uma densidade populacional de 129,9hab/Km 2. As freguesias mediamente urbanas (São Vicente e Ponta Delgada) têm 78,6% da população, numa área de 69,4Km 2, para uma densidasde populacional de 64,9hab/ Km 2.. Denota-se assim que a única freguesia considerada como área predominantemente rural é a que tem a maior densidade populacional do concelho, isto fica-se a dever a uma área de freguesia muito pequena e a uma elevada edificação dispersa. 11

13 Gráfico 1 - Variação população residente, famílas, alojamentos e edifícios (regressão linear) Fonte. Censos 2001/2011, INE Numa análise directa à variação entre os anos de 2001 e 2011, relativa à população residente, famílias, alojamentos e edifícios para as unidades geográficas da Região Autónoma da Madeira (1), concelho São Vicente (2), freguesias de São Vicente (3), Boaventura (4) e Ponta Delgada (5), verificase que existe ao nível demográfico (população e famílias) um decréscimo acentuado, com valores negativos para a população residente e com as famílias a ficarem em valors positivos muito baixos. Percepciona-se também uma distinção forte entre os dados da RAM e das freguesias com maior vocação urbana, em relação aos demais. 12

14 Gráficio 2. Variação população residente, famílas, alojamentos e edifícios, na RAN, concelho e freguesias Fonte. Censos 2001/2011, INE A tendência geral é descendente, apesar de haver situações pontuais de crescimento, como são so casos relativos aos alojamentos e edifícios. Esta conjuntura demonstra algum desequilibrio entre o número de edifícios e alojamentos e a população e as famílas existentes, numa tendência regressiva. A população residente na freguesia da Boaventura tem um decréscimo de 20,56%. Interessante a evolução dos edifícios e alojamentos em Ponta Delgada, a rondar os 50%. Aloj/Família Aloj/indivíduo Edif/Família Edif/indivíduo São Vicente RAM Tabela 2 - Número de alojamentos e de edifícios por familia e por indivíduo para São Vicente e para a RAM Fonte. Censos 2011, INE A tabela 2 demosntra que o número médio de alojamentos e de edifícios por habitante no concelho de São Vicente é superior à média da RAM. 13

15 Gráficio 3. Variação população residente, famílas, alojamentos e edifícios, na RAM, concelho e freguesias Fonte. Censos 2001/2011, INE Esta aboradagem demonstra que o concelho de São Vicente tem tido um decréscimo acentuado ao nível da população residente (-7,7%), mas com aumento das famílias (1,83%) e um aumento muito substancial no n.º de alojamentos (31,25%) e no n.º de edifícios (31,94%). Em relação às freguesias salienta-se o decréscimo populacional em São Vicente (6%) e Boaventura (20,23%) e um crescimento em Ponta Delgada de 2,57%, sendo que o n.º de famílas só diminuiu em Boaventura (6,31%). Em relação aos alojamentos e edifícios o crescimento foi alto em São Vicente (cerca de 30%) e Ponta Delgada ( cerca de 50%), tendo sido mais moderado em Boaventura (cerca de 13%). O concelho de São Vicente, tal como toda a Ilha da Madeira, está fortemente condicionado pelo relevo, tanto para a realização das suas atividades, como para a implantação de habitação, equipamentos e infraestruturas. Refira-se que nesta área geográfica a cota dos 600 metros é um limite bem vincado, acima do qual é rara a presença de qualquer ocupação antrópica. 14

16 A ocupação urbana é maioritariamente dispersa e constituída por edifícios isolados de pequenas dimensões ao longo das vias, com um ou dois pisos, e destinam-se na sua maioria à habitação. Os edifícios de uso comercial ou industrial surgem, de forma geral, pulverizados pelo território, quer anexados a edifícios de habitação (pequenas oficinas), quer em terrenos autónomos mas nas proximidades da habitação, sem organização clara (grandes armazéns, depósitos de materiais de construção e estufas). Apesar de as várias atividades, como extracção de inertes e edificações associadas, estaleiros e sucatas, unidades industriais e armazéns, se encontrarem de forma dispersa pelo território. São frequentes os acrescentos e anexos, fazendo uso e impermeabilizando o terreno sobrante e contribuindo para uma grande variedade de cérceas, volumetrias e materiais, que descaracterizam a imagem do edificado coerente e assumidamente rural. É nas construções mais recentes que se verificam as maiores rupturas morfotipológicas, com construções em altura para habitação multifamiliar, de dois ou três pisos, muitas vezes desadequadas à morfologia do terreno, assim como as moradias de grande volumetria e com excessiva impermeabilização do solo. O concelho de São Vicente tem grande vocação para a prática agrícola, aspeto que condiciona toda a paisagem humanizada. O espaço artificializado está difundido no meio do espaço rural, formando um território retalhado em que a habitação surge lado a lado com o terreno agrícola. Figura 1 - Habitação e exploração agrícola Ponta Delgada 15

17 Para a análise da distribuição das tipologias de ocupação urbana no Concelho de São Vicente, foram consideradas as variantes de tecido urbano contínuo predominantemente horizontal, áreas de estacionamentos e logradouros, tecido urbano descontínuo e tecido urbano descontínuo esparso. Observa-se que as diferentes tipologias de ocupação correspondem a diversos graus e intensidades de humanização do território. A transposição territorial agregada dessa ocupação pode ser observada na figura seguinte: Figura 2 - Tecido urbano do Concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) As áreas de tecido urbano contínuo estão associadas às sedes de freguesia e estão em fase de consolidação de núcleos, que ainda têm áreas interiores vazias, ocupadas por pequenas parcelas agrícolas. Correspondem a territórios que possuem uma estrutura urbana organizada, com vias hierarquizadas e demais infraestruturas e equipamentos urbanos. A habitação unifamiliar domina, sendo que já verifica a expansão dos edifícios multifamiliares. 16

18 Figura 3 - Tecido urbano contínuo Ponta Delgada Figura 4 - Tecido urbano contínuo São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 17

19 Figura 5 - Tecido urbano contínuo Ponta Delgada As áreas de tecido urbano descontínuo são áreas associadas a territórios não planeados, onde o crescimento urbano é bastas vezes espontâneo e descontrolado, intimamente ligado à atividade agrícola, à matriz cadastral, às acessibilidades e às caracteristicas fisiográficas dos terrenos. São na sua maior parte ocupadas por construções do tipo residencial. Nas áreas classificadas como urbano descontínuo os edifícios e outras superfícies artificializadas estão associados a áreas com vegetação e solo nu, as quais ocupam uma superfície significativa, embora descontínua. 18

20 Figura 6 - Tecido urbano descontínuo esparso - Ginjas, São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 7 - Tecido urbano descontínuo Sítio do Serrão, Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 19

21 Figura 8 - Tecido urbano descontínuo Boaventura A ocupação urbana caracteriza-se, no geral do concelho por ser dispersa e de densidade média nas sedes de freguesia, motivado pela presença de serviços, equipamentos e infraestruturas. Na restante área do concelho é dispersa, resultado quer da morfologia do terreno, que muitas vezes impossibilita a formação de núcleos, quer do minifúndio que caracteriza a parcela agrícola. De acordo com os dados da COSRAM, as áreas classificadas como tecido urbano ocupam 2,98% da totalidade da área do concelho de Santana. As áreas principalmente ocupadas por estruturas relativas à atividade industrial, comercial e de transportes, incluindo áreas associadas e de exploração agroindustrial, são agrupadas como Industria, Comércio e transportes. Esta análise permite uma abordagem territorial de pontos chave de atracção de fluxos de pessoas e de energia, bem como a averiguação da localização das principais vias de serviço aos movimentos de pessoas e de interesses. Estas questões são de capital importância para a percepção das dinâmicas eventuais de expansão urbana. São aqui consideradas as áreas de atividade industrial, as grandes superfícies comerciais, armazéns e outros equipamentos diversos. São principalmente ocupadas com construções, asfalto, alcatrão, cimento na superfície ou terra compactada. Podem ter vegetação que, quando existente, ocupa pequenos espaços sobrantes e zonas ajardinadas. Inclui ainda os equipamentos públicos e privados e suas área adstritas, as grandes infraestruturas de captação, tratamento, abastecimento e saneamento e de produção de energia. Ainda é assinalada a rede viária de primeira ordem, nomeadamente as estradas regionais ER 101 (Via expresso), ER 103 (ligação ao Funchal) 20

22 A concentração de valências que se inserem dentro destas tipologias é notória junto ao centro urbano da Cidade de São Vicente onde se encontram os principais equipamentos escolares, as principais instituições e os principais serviços de apoio ao cidadão, e onde as acessiblidades e a capacidade atractiva é maior. A tradução territorial desta tipologia de ocupação, no âmbito da COSRAM, é representada na figura seguinte: Figura 9 - Indústria, comércio e transportes do Concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) O recente Parque Empresarial de São Vicente tem uma área total de 47505m 2, divididos por 42 lotes, e vem potenciar a relocalização de atividades que vão funcionando em situações mistas com habitação e a fixação de oportunidades de investimento e criação de emprego. Desde logo, trata-se de um considerável investimento que incluiu a reformulação de todo a rede viária interna de acesso. 21

23 Figura 10 - Parque Empresarial de São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Relacionado com os transportes tem de se destacar a construção da via rodoviária, Via Expresso, que faz a ligação do concelho de São Vicente aos concelhos de Porto Moniz (Oeste) da Ribeira Brava (Sul) e Santana (Esta). Esta via está ainda em fase de construção, faltando executar a ligação de São Vicente a Santana. Figura 11 - Via Expresso - São Vicente/Porto Moniz Fonte: Google Earth O troço VE2 que liga São Vicente a Porto Moniz tem uma extensão de 14,1Km, que corresponde ao lanço n.º 11 de São Vicente/Seixal/Ribeira da Janela/Porto Moniz. O troço VE4 faz a ligação entre o Sul e o Norte da Ilha a Ribeira Brava para São Vicente, numa extensão de 10,7Km, pelo lanço n.º 10, do Rosário/São Vicente.Falta completar a ligação da Ribeira de São Jorge (Santana) a São Vicente. 22

24 Figura 12 - Via Expresso - São Vicente/Ribeira Brava Dentro desta categoria de acordo com os dados da COSRAM, as áreas classificadas como Indústria, comércio e Transportes ocupam 0,48% da totalidade da área do concelho de São vicente. As áreas de extracção de inertes, áreas de deposição de resíduos e estaleiros de construção são áreas artificializadas principalmente ocupadas por atividades extractivas, estaleiros de construção, zonas de deposição de resíduos e áreas associadas a todas estas atividades. Inclui pedreiras, extracção mineira, aterros, lixeiras, etc. Figura 13 - Estaleiros inertes São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 23

25 Assinale-se a presença generalizada pontualmente pelo território de situações de estaleiros de construção e deposição de resíduos ou materiais, nomeadamente nas franjas dos tecidos urbanos, mas também Inclui instalações públicas e industriais, infraestruturas da rede rodoviária desde que em construção. O concelho de São Vicente tem excelentes condições naturais para a exploração de inertes, visto que a sua principal Ribeira tem uma bacia muito extensa e o leito principal tem uma dinâmica muito forte. As áreas de extracção de inertes, áreas de deposição de resíduos e estaleiros de construção, no âmbito da COSRAM, representam um total de 0,05% da superfície do Concelho. Os Espaços verdes urbanos, equipamentos desportivos, culturais e de lazer, e zonas históricas são tidas como áreas artificializadas ou áreas naturais aproveitadas para uso recreativo e de lazer. Incluem-se nesta categoria os parques verdes urbanos, equipamentos de desporto e de lazer, cemitérios, equipamentos culturais, etc. Inclui ainda complexos arqueológicos a céu aberto, zonas históricas não habitadas, igrejas e espaços associados, e equipamentos culturais como teatros, salas de espectáculos e afins. Figura 14 - Espaços verdes urbanos, equipamentos de cultura e lazer e zonas históricas Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) 24

26 A imagem anterior refere-se à distribuição específica no concelho de São Vicente, desta tipologia de ocupação, sendo importante relevar a dimensão associada ás Grutas e Centro de Vulcanismo e ao Parque Urbano de São Vicente e à Zona Balnear de Ponta Delgada. Figura 15 Zona Balnear e porto de abrigo Ponta Delgada Fonte: Panoramio, google earth Figura 16 Grutas e Centro de Vulcanismo São Vicente 25

27 Figura 17 - Escola Secundária, pavilhão desportivo e piscina coberta de São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007 As áreas de espaços verdes urbanos, equipamentos de cultura e lazer e zonas históricas no âmbito da COSRAM, representam um total de 0,16% da superfície do concelho. 1.1 ÁREAS AGRÍCOLAS E AGRO-FLORESTAIS A agricultura é o setor de atividade mais importante do concelho de São Vicente, tendo nas horticolas e na vinha os seus produtos de excelência. O território do concelho é ainda marcadamente rural, com campos agrícolas que se desenvolvem sobretudo abaixo dos 600m de altitude, onde existem melhores condições para o cultivo. Condicionada pelas características geomorfológicas, a agricultura tem lugar em pequenas parcelas, em terrenos inclinados que procuram ganhar área útil através da criação dos conhecidos socalcos (os poios, que tão bem caracterizam a paisagem madeirense), e sem os quais seria muito difícil agricultar áreas de difícil acesso. 26

28 Figura 18 Encosta com Poios Ponta Delgada Em parcelas agrícolas com estas características, é difícil a utilização de máquinas e equipamentos que substituam o trabalho manual, o que, aliado ao facto de a superfície agrícola ser maioritariamente explorada por conta própria, conduz ao progressivo abandono dos campos, com consequências obviamente negativas para a economia, para o ambiente (problemas de erosão do solo, desenvolvimento de espécies infestantes e riscos de propagação de incêndios) e para a paisagem (descaracterização da paisagem humanizada dos poios). Figura 19 Encosta agricultada Boaventura. 27

29 Ao contrário dos concelhos da vertente Sul da Ilha da Madeira, São Vicente tem grande produtividade ao nível da agrícultura, funcionando como fornecedor dos mercados da RAM. Para além das horticulas, a vinha é importante para este setor, correspondendo a 4,49% da área toral do concelho. O Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (PRODERAM) , enquadrado no Plano Estratégico Nacional e financiado pelo FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural), apresenta o setor agrícola na RAM como marcado por uma matriz ambiental, social e económica, sublinhando a sua importância para o turismo da Região (preservação da paisagem, fornecimento de produtos reconhecidos como regionais, fornecimento de produtos de qualidade), e apresentando uma série de medidas, ações e financiamentos com vista a aumentar a competitividade da agricultura e da silvicultura, sempre numa perspectiva de melhoria do ambiente e da paisagem rural, assim como de promoção de qualidade de vida e de fomento da economia. Para analisar a distribuição territorial das áreas agrícolas e agro-florestais, procedeu-se a desagregação das ocorrências e sua divisão em culturas temporárias, culturas permanentes, pastagens permanentes, áreas agrícolas heterogéneas. As áreas consideradas são utilizadas para agricultura, constituídas por terras aráveis, culturas permanentes, prados e pastagens permanentes. Inclui sistemas agro-florestais. As culturas temporárias são aquelas cujo ciclo vegetativo não excede um ano (anuais) e as que não sendo anuais são ressemeadas com intervalos que não excedem os 5 anos. Estas culturas encontram-se normalmente sob regime de rotação anual ou plurianual. Inclui culturas regadas (regadio), não regadas (sequeiro), culturas em campos inundados e pastagens temporárias, estufas e plantações de cana-de-açucar. A imagem seguinte expressa a distribuição das culturas temporárias no concelho de São Vicente: 28

30 Figura 20 - Culturas temporárias no Concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) Figura 21 - Estufas São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 29

31 Figura 22 - Culturas temporárias Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) A esmagadora maioria (99,5%) dos terrenos assinalados como culturas temporárias dizem respeito a culturas temporárias de regadio, geralmente associadas ao tecido urbano discontínuo disperso, aproveitando a disponibilidade de água e a prévia preparação do terreno. As áreas com culturas temporárias ocupam um total de 2,74% do total da superficie concelhia. 30

32 Figura 23 - Culturas temporárias As áreas classificadas como de ocupação com culturas permanentes são espaços ocupados durante um longo período e que fornecem repetidas colheitas, não entrando em rotações culturais. Esta classe não inclui prados e pastagens permanentes. No caso das árvores de fruto só são considerados os povoamentos com densidade mínima de 100 árvores/ha ou de 45 árvores/ha no caso de oliveiras, figueiras e árvores de frutos secos. Fazem parte desta classe os pomares, olivais e vinhas para produção. No Concelho de São Vicente a cultura permanente com a maior percentagem de ocupação, é a vinha com 99,9% da área total associada a esta tipologia, e 4,49% da área total do concelho. Esta cultura incorpora uma parte substancial de caracterização e valorização da Paisagem humanizada da Ilha da Madeira, na sua parte Norte, concorrendo para um produto turístico de excelência associado à região. 31

33 Figura 24 - Culturas permanentes no Concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) Na figura anterior, percebe-se a distribuição das culturas permanentes no território concelhio, ocupando claramente a faixa costeira, e também ao longo dos vales das ribeiras mais significativas, em áreas de declive mais suave. Para além da vinha, já atrás referida, a área ocupada com culturas permanentes distibui-se por pomares de citrinos (0,1%). 32

34 Figura 25 - Culturas permanentes Vinha. Ponta Delgada Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 26 - Culturas permanentes Pomar de citrinos. São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 33

35 As áreas classificadas com culturas permanentes ocupam um total de 4,5% do total da superficie concelhia. Os prados permanentes são áreas ocupadas (por um período superior ou igual a 5 anos) com vegetação essencialmente do tipo herbácea, quer cultivada (semeada) quer natural (espontânea), que não estejam incluídas no sistema de rotação da exploração. São utilizadas de forma intensiva e geralmente sujeitas a pastoreio, mas acessoriamente podem ser cortadas para silagem ou feno. A presença de árvores florestais pode verificar-se desde que com um grau de coberto inferior a 10%. Estas áreas têm frequentemente estruturas agrícolas tais como sebes ou cercados, abrigos, comedouros e bebedouros. Esta classe inclui as áreas agrícolas incultas há mais de cinco anos. Figura 27 - Pastagens permanentes no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) 34

36 Figura 28 - Pastagens permanentes Terra Chã, São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) A área demarcada como pastagem permanente no concelho de São Vicente corrsponde a uma zona muito próxima do centro da sede de concelho, numa área de expansão urbana. A sua expressão é infima, com 0,01% da áea total do concelho. As áreas agrícolas heterogéneas são espaços com diversos tipos de associações entre culturas temporárias, pastagens, culturas permanentes e áreas naturais. Inclui culturas temporárias e/ou pastagens associadas a culturas permanentes, culturas temporárias ou permanentes cultivadas sob coberto florestal, áreas de mosaicos de culturas temporárias, pastagens e culturas permanentes, e paisagens em que as culturas e pastagens se encontrem misturadas com áreas naturais ou semi-naturais. A figura seguinte expressa a distribuição territorial destes espaços no concelho de São Vicente, de acordo com o COSRAM

37 Figura 29 - Áreas Agrícolas Heterogéneas no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) A maior parte (86,2%) dos terrenos classificados como área agrícola heterogénea no concelho de São Vicente diz respeito a sistemas culturais e parcelares complexos nos quais ocorrem mosaicos de parcelas inferiores à UMC, correspondentes a combinações diversificadas entre culturas temporárias de regadio, culturas temporárias de sequeiro, pastagens permanentes e culturas permanentes. Este tipo de ocupação/uso está muitas vezes situado na proximidade de aglomerados urbanos ou rurais em resultado da produção agrícola de frutos ou legumes para consumo próprio (e.g. hortas de casas particulares). Inclui frequentemente jardins urbanos inferiores à UMC e edifícios dispersos correspondentes a uma impermeabilização inferior a 30%. 36

38 Figura 30 - Sistemas culturais e parcelares complexos Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Ainda na classe de áreas agrícolas heterogéneas, encontramos os terrenos com agricultura com espaços naturais e semi-naturais que representam os restantes 13,8% do total da tipologia. No total, as áreas agrícolas heterogéneas ocupam 3,33% da superfície do Concelho. 37

39 1.2 FLORESTAS E OS MEIOS NATURAIS E SEMI-NATURAIS A par do setor agrícola, o setor florestal deve ser entendido como de grande contribuição para a socioeconomia do Concelho, nomeadamente para o turismo, além da óbvia importância que a sua conservação e valorização têm para o ambiente. As potencialidades multifuncionais da floresta são, de resto, reconhecidas e sublinhadas por vários planos e programas, como no Plano Regional da Politica do Ambiente (PRPA) e o Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (PRODERAM). A atividade silvícola com fins económicos tem pouca expressão no concelho, mas quando praticada numa óptica sustentável pode desempenhar um importante papel de proteção dos solos e dos recursos hídricos, assim como de prevenção de incêndios. É ainda importante lembrar aqui o potencial energético da biomassa proveniente da recolha de resíduos de exploração florestal (sem valor comercial), cujo aproveitamento contribui também para a melhoria do ordenamento dos espaços florestais sujeitos ao abandono. (Recorde-se que, pelas suas características únicas, a Floresta Laurissilva não poderá ser contabilizada no que à utilização de resíduos para aproveitamento energético diz respeito, devendo recorrer-se aos resíduos do coberto vegetal da floresta exótica). Em termos turísticos, além da beleza natural que a orografia, os recursos hídricos e o coberto vegetal oferecem aos visitantes, é de referir as cada vez maiores ações de sensibilização e recreio associadas ao turismo de montanha, com a definição e monitorização dos percursos pedestres e a criação de miradouros e parques de merendas, entre outros, permitindo uma contemplação, conhecimento e vivência da floresta, respeitando-a e protegendo-a. São Vicente é um ponto de referência para os amantes das caminhadas, por ser um dos principas acessos às levadas mais emblemáticas. Refira-se o Património natural dos SIC do Maciço Montanhoso Central (MMC) e da Laurissilva da Madeira (LM), caracterizados pela elevada taxa de endemismos ao nível da flora e da fauna e aos quais se têm vindo a associar não só projectos de repovoamento florestal e de levantamento e 38

40 monitorização de espécies invasoras e indígenas, como projectos de turismo de montanha percursos pedestres e zonas de recreio e lazer, equipadas com fogareiros, fontanários, mesas e outro mobiliário urbano. Os POG (Planos de Ordenamento e Gestão) do MMC e da LM regulam as atividades que podem ter lugar nestas áreas, condicionando e orientando a ocupação humana de forma a possibilitar as atividades de recreio, lazer e fruição pelos visitantes de forma compatível com a manutenção dos valores naturais. Um última nota para a prática da pastorícia, que desde os primórdios da ocupação da Ilha tem lugar nos terrenos pedregosos e de magro revestimento vegetal das zonas altas do interior, de forma desregrada e contribuindo para a degradação da vegetação e para a erosão dos solos (e, consequentemente, para a ocorrência de fenómenos como as aluviões). Desde a década de 80 do século XX que têm sido criadas medidas objectivas para a correcta gestão da criação de gado em pastorícia, tornando possível a regeneração dos matos e florestas. As Florestas são áreas ocupadas por conjuntos de árvores florestais resultantes de regeneração natural, sementeira ou plantação. O sobcoberto não é dedicado à agricultura (classes x.x) nem a atividades recreativas quando inseridas num contexto urbano. Neste contexto as florestas são subdivididas em florestas puras ou mistura de folhosas (sobreiros, azinheiras, outros carvalhos, eucalipto, castanheiros, outras folhosas, invasoras e floresta natural da Madeira), puras ou mistura de resinosas (pinheiros e outras resinosas) e florestas mistas. São ainda contabilizadas as zonas com florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea (vegetação natural e matos, vegetação esclerófita, florestas abertas de folhosas, resinosas e mistas - cortes e novas plantações). As zonas descobertas e com pouca vegetação são áreas naturais com pouca ou nenhuma vegetação em que se incluem áreas ardidas recentemente, rocha nua, zonas pedregosas, praias e areais. Na figura seguinte inicia-se esta análise alargada com a distribuição das florestas, agragadas as sub-tipologias. 39

41 Figura 31 - Florestas no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) A distribuição relativa das tipologias florestais assinaladas, conferiu no concelho de São Vicente os seguintes resultados: Floresta Natural Laurissilva com 57,74% do tota da área, estando esta integrada em Sítio da Rede Natura As restantes áreas ocupadas com floresta são consideravelmente menos significativas, tendo presença a floresta de pinheiro bravo com folhosas (7,18%), floresta de eucalipto com folhosas (1,85%), floresta de pinheiro bravo (1,39%), todas as outras têm valores abaixo do 1%. 40

42 Figura 32 - Floresta Natural da Madeira São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 33 - Floresta de pinheiro bravo com folhosas São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 41

43 Figura 34 - Floresta de eucalipto com folhosas São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 35 - Floresta de invasoras Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 42

44 As áreas classificadas como floresta congregando todas as sub-categorias correspondem a 71,21% da área total do concelho de São Vicente. Figura 36 - Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) Em termos de florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea, a maior área está associada a matos (83,84%) dividida entre matos densos (69,40%) e matos pouco densos (14,44%). Com 15,54% surge a vegetação herbácea natural, sendo que todas as outras ocorrências representam cerca de 0,62%. As áreas classificadas como floresta abertas e vegetação arbustiva e herbácea congregando todas as sub-categorias correspondem a 14,68% da área total do concelho de São Vicente. 43

45 Figura 37 - Vegetação herbácea natural Ponta Delgada Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 38 - Floresta aberta de outras folhosas São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 44

46 Figura 39 - Zonas descobertas e com pouca vegetação no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) A expressão das áreas descobertas e com pouca vegetação no concelho de São Vicente é dada pela conjugação das áreas ardidas (32,6%), das praias, dunas e areais costeiros (60,7%) e das áreas de rocha nua (6,7%). Assinala-se a expressão das áreas ardidas e da crescente problemática associada aos incêndios florestais, potenciada pelos fatores naturais da morfologia do terreno e pela ocupação desregrada do território, odesordenamento e transformação florestal e o abandono do espaço rural e das práticas culturais. 45

47 Figura 40 - Área ardida Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 41 - Ilhéu Preto Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 46

48 Figura 42 - Praia da Ribeira de São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 43 - Arribas ente Ponta Delgada e Boaventura As zonas descobertas e com pouca vegetação ocupam 0,34% da superficie do concelho de São Vicente. 47

49 1.3 ZONAS HÚMIDAS Correspondem às zonas húmidas interiores que incluem zonas apaúladas (caniçais, canaviais e juncais) e turfeiras; zonas húmidas litorais que incluem sapais, juncais e caniçais halófitos; salinas e zonas entre-marés. Figura 44 - Zonas húmidas no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) Ortofotomapa SRES (2007) No concelho de São Vicente, a classificação de zonas húmidas resume-se às áreas ocupadas com paúis (zonas baixas normalmente inundadas no Inverno e mais ou menos saturadas de água todo o ano). Inclui áreas não florestadas de terras baixas, alagadas ou sujeitas a alagamento por água doce, estagnada ou não. Apresentam uma vegetação baixa característica, com espécies herbáceas semi-lenhosas e lenhosas. 48

50 Figura 45 - Paul São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 1.4 CORPOS DE ÁGUA São consideradas as superfícies de água doce que incluem cursos de água e planos de água, naturais e artificiais; superfícies de água salgada, que incluem oceanos, e/ou de água salobra que incluem lagoas costeiras e desembocaduras fluviais. Os cursos de água são marcados desde que apresentem uma largura mínima superior ou igual a 10 m. Inclui rios com margens artificializadas, canais e bancos de areia ou outras acumulações de sedimentos em rios. A superfície cartografada deve apresentar continuidade, com exceção da situação em que a interrupção do curso de água se deve à presença de centrais hidroelétricas. As águas interiores representam 0,11% do total da superfície do concelho. 49

51 Figura 46 - Corpos de água águas interiores no concelho de São Vicente Fonte: Dados da COSRAM (Carta de Ocupação do Solo da Região Autónoma da Madeira) 2007 Ortofotomapa SRES (2007) Figura 47 - Ribeira de São Vicente Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) 50

52 Figura 48 - Troço final da Ribeira da Boaventura Fonte: Ortofotomapa SRES (2007) Figura 49 - Vista para o leito/foz da Ribeira de São Vicente 51

53 A partir dos dados agregados da ocupação do solo podemos descer na análise até à escala da freguesia e aí podemos tirar algumas conclusões. Gráfico 4 - Percentagem de área de ocupação do solo com base nos dados agregados, por freguesia - segundo dados da COSRAM 2007 Todas as freguesias do concelho de São Vicenet são muito semelhantes quanto à sua ocupação do solo, com valores entre os 10% e os 15% para os espaços agrícolas e de 85% a 90% de espaço florestal. As áeas urbanas têm masi significado em São Vicente e Ponta Delgada. De seguida são apresentadas as áreas agregadas de ocupação do solo, por freguesia. Figura 50 - Carta de ocupação do solo na freguesia de São Vicente, feita apartir dos dados da COSRAM

54 A freguesia de São Vicente tem uma área total de 44,1km 2, estando 86,1% ocupado com áreas florestais, 10,1 % com áreas agrícolas, 3,3% com áraes urbanas e 0,5% com outros espaços naturais. Figura 51 - Carta de ocupação do solo na freguesia de Boaventura, feita a partir dos dados da COSRAM 2007 A freguesia de Boaventura tem uma área total de 9,4km 2, estando 87,8% ocupado com áreas florestais, 9,9% com áreas agrícolas, 1,4% com áraes urbanas e 1,0% com outros espaços naturais. 53

55 Figura 52 - Carta de ocupação do solo na freguesia de Ponta Delgada, feita apartir dos dados da COSRAM 2007 A freguesia da Ilha tem uma área total de 25,3km 2, estando 79,8% ocupado com áreas florestais, 14,7% com áreas agrícolas, 4,1% com áraes urbanas e 1,4% com outros espaços naturais. 54

56 1.5 Síntese A figura seguinte constitui a expressão conjunta das categorias de ocupação do solo agregadas em quatro grandes grupos (urbano, agrícola, florerstal e natural) no concelho de São Vicente, segundo os dados analisados e sistematizados disponíveis na COSRAM A sua leitura demosntra a grande ruralidade do concelho e a distribuição dos diferentes tipos de ocupação do solo pelos condicionalismos do relevo, estando a atividade agrícola e a ocupação urbana nas cotas inferiores aos 500m de altitude, acima da qual apenas se encontra a floresta. Figura 53 - Carta de ocupação do solo no concelho de São Vicente feita apartir dos dados da COSRAM 2007 A análise apresentada nas páginas anteriores pode ser sintetizada nos gráficos seguintes que apresentam os valores ponderados de cada classe e sub-classe, no que a cada tipologia de uso de solo diz respeito: Gráfico 5 - Percentagem Relativa das Ocupações de Solo no concelho de São Vicente, segundo dados da COSRAM

57 Gráfico 6 - Percentagem relativa das Ocupações de Solo no concelho de São Vicente, dados agregados - segundo dados da COSRAM 2007 Gráfico 7 - Percentagem relativa das Ocupações de Solo no concelho de São Vicente, dados agregados - segundo dados da COSRAM 2007 Como se observa, existe uma clara maioria de ocorrência (85,9%) de ocupação florestal ou associada, quando em comparação com outros usos. As razões para essa realidade assentam não só nas características interínsecas do território da Ilha da Madeira, das suas aptidões e constrangimentos vários, mas também pela sucessão de circunstâncias históricas e conjunturais que hoje transparecem a imagem das mudanças socio-económicas e culturais da sociedade madeirense. 56

58 No caso expecífico do concelho de São Vicente explica-se pela presença de Floresta Natural de Laurissilva, que desde sempre mereceu proteção e presevação, por parte das entidades públicas. Os restantes tipos de floresta encontram na orografia do terreno e na húmidade do ar condições favoráveis à sua proliferação. Os dados de ocupação do solo e a sua tradução territorial, assumem uma importância redobrada quando se trata de territórios como o do concelho de São Vicente. Aqui, as questão da formulação dos usos, aptidões e funções potenciais, têm de ter em conta a avaliação de eventuais impactes nas populações e na paisagem, tendo em consideração a experiência e erros do passado. A salvaguarda da Paisagem como produto e recurso turístico assumido e renovado, requer uma monitorização especial e a consciencialização de que se baseia em territórios em equilbrio frágil, sujeitos a ocupação humana por vezes desordenada e na manutenção de práticas culturais em aparente desuso. Propor de forma acertiva novos usos e novas ocupações do solo, subentende ainda a perfeita noção que a gestão criteriosa de áreas de risco, não é uma opção de planeamento, mas sim um imperativo de cidadania e sustentabilidade. 57

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