Recorrência de Incêndios Florestais: Concelho de Mondim de Basto
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- Lavínia Botelho Aquino
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1 Mestrado Riscos, Cidades e Ordenamento do Território Recorrência de Incêndios Florestais: Concelho de Mondim de Basto Cartografia dos Riscos Docentes: Prof. Doutor Carlos Bateira Prof. Doutora Laura Soares Discente: Ricardo Anjos Porto, Junho 2014
2 O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina de Cartografia dos Riscos do Mestrado em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território,sob a orientação dos Professores Doutores Carlos Bateira e Laura Soares, no ano letivo 2013/2014. Resumo: Os incêndios florestais constituem uma preocupação a nível mundial, derivando a sua ocorrência de uma conjugação de factores variados. Este trabalho teve como objetivo, elaborar um mapa de recorrência de incêndios florestais para o concelho de Mondim de Basto, e perceber com base nos resultados obtidos, qual a importância desta ferramenta para o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. Palavras Chave: Incêndios Florestais, Cartografia dos Riscos, Recorrência, Susceptibilidade, Probabilidade, DFCI, Mondim de Basto 2
3 Indíce Introdução... 4 Enquadramento Territorial... 4 Incêndios Florestais... 5 Recorrência de Incêndios Florestais no Concelho de Mondim de Basto.. 7 Periodo de Retorno de Incêndios Florestais no Concelho de Mondim de Basto... 8 Notas Conclusivas Bibliografia Anexos
4 Introdução Recorrência: Processo que reflete todas as variáveis envolvidas no processo, desde as condições de natureza fisica, até ás causas diretas e indiretas do fogo, essencialmente de origem humana, passando ainda pela eficiência ou não da prevenção e combate. Este trabalho tem como objetivo identificar as áreas de risco mais susceptiveis aos incêndios florestais, bem como realçar a importância da cartografia de risco nos planos de defesa da floresta contra incêndios afim de o mitigar. Enquadramento Territorial Figura1. Enquadramento Geográfico O município de Mondim de Basto localiza-se na região norte do território nacional, integrando-se no distrito de Vila Real e na sub-região estatística do Baixo Tâmega É limitado a nordeste pelo concelho de Ribeira de Pena, a sudeste por Vila Real, a sudoeste por Amarante, a oeste por Celorico de Basto e a noroeste pelo município de Cabeceiras de Basto (fig.1). 4
5 Abrangendo uma área de 171,87km2, Mondim de Basto apresenta, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, uma população residente de 8573 habitantes. Incêndios Florestais Quando abordamos a temática dos Incêndios Florestais, temos que considerar todos os fatores que os influenciam, sejam eles condicionantes ou atenuantes. Assim sendo, a recorrência deste fenómeno, varia não só com os fatores fisicos do território, mas também com os fatores metereológicos e o homem. Neste caso em concreto, e devido ás carateristicas do relevo e de estarmos perante uma zona de montanha, a altitude tem aqui um papel importante, principalmente pela sua relação com a temperatura e o vento(figura 2). Figura2. Altitude Concelho de Mondim de Basto 5
6 Também o homem desempenha aqui um papel preponderante, não só no número de ignições como na área ardida, tendo em conta que muitas destas ocorrências se verificam fora do periodo normal da época de incêndios florestais(figura 3). Figura 3. Mapa Áreas Ardidas Concelho de Mondim de Basto 6
7 Recorrência de Incêndios Florestais no Concelho de Mondim de Basto Após elaborado o Mapa de Recorrência, com os dados de número de vezes que uma dada área ardeu no periodo de 2000 a 2013, podemos verificar que essa mesma recorrência se verifica mais vezes em zonas de montanha, ou com maior altitude. Podemos considerar, que para além do fator homem, da altimetria e do vento, também a vegetação representa aqui um papel de destaque, tendo em conta que devido á maior recorrência de incêndios nesta área a vegetação predominante torna-se mais vulnerável devido ao pouco tempo para se desenvolver e criar resistência a este fenómeno, sendo que estamos perante áreas de coberto vegetal herbáceo e arbustivo(figura 4). 7
8 Figura 4. Mapa Recorrência IF Concelho de Mondim de Basto(nºx) Periodo de Retorno de Incêndios Florestais no Concelho de Mondim de Basto Quanto ao periodo de retorno de incêndios florestais compreendido entre os anos 2000 a 2013, podemos verificar que os incêndios com maior área ardida têm um periodo de retorno maior e dizem respeito a anos atipicos 8
9 com condições extremas para a propagação de grandes incêndios florestais, como o caso dos anos 2005, 2007 e 2013(figura 5). Figura 5. Mapa de Recorrência IF Concelho Mondim de Basto(anos) 9
10 Notas Conclusivas De acordo com o PROF do Baixo Tãmega (2006), a recorrência de incêndios florestais nesta região, aparenta estar associada à pastorícia, nas regiões mais montanhosas, e à pressão demográfica nas regiões mais baixas. Em áreas como o Parque Natural do Alvão ou a Serra do Marão, segundo informações obtidas em conversas com os responsáveis dos baldios, a recorrência dos incêndios poderá estar associada sobretudo à criação do gado caprino, situação essa que exige uma constante renovção de pastagens de cariz herbáceo e arbustivo e motiva á utilização do fogo para o rápido processo de regeneração. A ocorrência sistemática de incêndios origina uma degradação dos solos, impondo-se o estabelecimento de medidas de conservação e protecção, em detrimento de uma exploração florestal, que se perspectiva não sustentável, ou a condições de compartimentação efectiva que limitem a progressão de fogos de grandes proporções (PROF Baixo Tãmega, 2006). A utilização do fogo nestas áreas deve ser controlado e aconselhado, devendo mesmo ser utilizado como uma ferramenta de gestão do coberto vegetal por entidades responsáveis e credenciadas. 10
11 Bibliografia - Cadernos Técnicos PROCIV, ANPC; - Guia metodológico para a produção de cartografia municipal de risco e para a criação de sistemas de informação geográfica (sig) de base municipal; - Incêndios florestais, consequência e razão de ser de novas Mudanças Globais, Luciano LOURENÇO FLUC; - A RECORRÊNCIA DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS NA SERRA DA CABREIRA, Flora Ferreira Leite I Edição Revista GeoPlanUM, Guimarães, 2010, p.9-15; 11
12 Anexos Gráfico 1. Relação Área Ardida e Nº de Ocorrências 12
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