LICENCIATURA EDUCAÇÃO DO CAMPO EM ARRAIAS: CRIAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O CAMPO
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- Carlos Marreiro Laranjeira
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1 LICENCIATURA EDUCAÇÃO DO CAMPO EM ARRAIAS: CRIAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O CAMPO ROCHA, Wellison da Silva 9 welisonrocha10@gmail.com Eixo 3 - História, Filosofia, Sociologia dos Movimentos Sociais Resumo: Nesta pesquisa discutiremos sobre a formação de professores dentro do Curso de Licenciatura em Educação do Campo Artes Visuais e Música, trabalharemos com o contexto da criação e a implantação do curso na Universidade Federal do Tocantins no município de Arraias, a metodologia da pesquisa será através de leituras teóricas e de acompanhamento de entrevista deixando o entrevistado livre, utilizaremos a Historia Oral, a pesquisa será realizada com os próprios alunos do curso, onde entrevistaremos alunos do primeiro período até sétimo período, dentro da formação de professores, buscaremos discutir a importância da formação acadêmica do docente. Trataremos sobre os benefícios que o curso trouxe para as pessoas que já tinham uma atividade direta com a docência, pois de acordo com os dados recolhidos podemos perceber a grande a deficiência na formação dos professores que estão dentro das salas as aulas em um ambiente que deveria ser um professor devidamente capacitado. Para tentar ameniza a grande deficiência na formação dos docentes o governo tenta através de programas vinculado a formação onde propõe um desenvolvimento para o professor ter mais segurança ao repassar o conhecimento apesar de não possuir uma formação adequada que seria a do ensino superior e com essa necessidade de se ter professores habilitado nas áreas especificas do conhecimento foi surgindo novos curso dando novas oportunidades para aqueles professores que não tinham a disposição de fazer um curso dentro dos padrões normais. Palavras chave: Educação; Formação; Campo. Introdução A formação do professor tem uma trajetória construída a partir de interesses do contexto sociopolítico das exigências colocadas pela realidade social, das finalidades da educação, do lugar que a educação ocupa nas políticas governamentais, e das lutas travadas pela categoria e sociedade civil. A formação de professor se destaca principalmente pelas políticas governamentais onde tem uma preocupação com a formação do cidadão da sociedade. A formação de professores em nível superior continua sendo um desafio a ser Enfrentado pelo poder público. Segundo dados do MEC, existem hoje no Brasil 1,38 milhão de Professores, dos quais 779 mil não têm curso superior. Destes, 124 mil não concluíram o 2º Grau e 63,7 mil não 9 Dicente matriculado na turma 2014/I do Curso de Licenciatura em Educação do Campo Artes Visuais E Música da Universidade Federal do Tocantins Campus de Arraias. Página 603
2 concluíram o 1ºGrau. Estes dados, entretanto, não revelam toda a gravidade da situação. Dados do próprio MEC (MEC/SEF,199613) mostram que dos aproximadamente 650 mil professores que têm Formação superior, têm licenciatura incompleta, têm licenciatura completa e têm outra graduação, completa. E dos professores com educação média, a têm incompleta, completa e com outra formação, completa. Ou seja, Um grande número de docentes, formados em cursos de nível médio ou superior, não tem a Formação específica para o magistério, seja por não haverem completado sua formação, seja Porque são oriundos de outras áreas de formação. De acordo com os dados acima podemos ver claramente a deficiência na formação dos professores que ministram as aulas em um ambiente que deveria ser um professor devidamente capacitado. Segundo Maria Iolanda Fontana no artigo A educação brasileira tem sido marcada por programas e projetos vinculados à educação pública. São programas efetivados a partir de diversas parcerias entre a sociedade civil organizada e os governos. Nossos professores têm tentado uma melhor formação através de programas vinculado a formação. Referencial Metodológico Segundo Alessandro Portelli (2006), as fontes orais revelam as intenções dos feitos, suas crenças, mentalidades, imaginário e pensamentos referentes às experiências vividas. Vale ressaltar que de certa forma, ao filtrarmos nossas lembranças, ativaremos aquilo que nos é significativo. Essas lembranças e primordial para compreensão e estudo do tempo presente, pois só através dela podemos conhecer os sonhos, anseios, crenças e lembranças do passado de pessoas anônimas, simples, sem nenhum status político, econômico ou social, mas que viveram os acontecimentos de sua época. De acordo com Verena Alberti (1989), a fonte oral pode acrescentar uma dimensão viva, trazendo novas perspectivas à historiografia, pois o historiador, muitas vezes, necessita de documentos variados, não apenas os escritos. A princípio, como a pesquisa ainda está em desenvolvimento, primeiro partirá, de um estudo utilizando alguns teóricos, e um estudo sobre a formação de professores, após seleciona alguns alunos para realização de entrevista. Também iremos realizar entrevista com alguns dos protagonistas do curso, O caráter pratico da pesquisa desrespeita realização de entrevistas abertas utilizando a metodologia oral, por meio de material de gravação o, gravador de voz, após as entrevistas transcreve, todo o material recolhido de forma fielmente a falas do colaborador. Todo o trabalho será realizado dentro da História Oral. Página 604
3 Pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação que não sabemos e que precisamos saber. Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazendo perguntas para obter respostas, são formas de pesquisa, considerada como sinônimo de busca, de investigação e indagação. Esse sentido amplo de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa como tratamento de investigação científica que tem por objetivo comprovar uma hipótese levantada, através do uso de processos científicos (metodologia do trabalho científico). Para que possamos investigar esse assunto, utilizarei a metodologia de base qualitativa onde ela nos permite dá aos entrevistados liberdades para dar seu entendimento sobre o assunto que está sendo falado e por não está ligado a resposta induzidas pelo sim ou pelo não. A pesquisa qualitativa nos dá liberdade entender o porquê de algumas coisas e contarei também com as contribuições da História Oral como metodologia de pesquisa, pois consideramos que a abordagem em torno da oralidade é fundamental para a compreensão da realidade na criação do curso e na dificuldade enfrentada pelos alunos que ingressaram na primeira turma no curso licenciatura educação do campo em Arraias: criação e consolidação da formação de professores para o campo. Toda pesquisa tem que utilizar um método de pesquisa para melhor se realizar dessa forma escolhemos trabalha com Historia Oral com entrevista para melhor desenvolvimento. O trabalho com entrevista e bem complicado pois temos que toma cuidado com as perguntas não devemos induzir o entrevistado a responder de acordo com aquilo que desejamos tem que ser pergunta onde ele se sinta livre a fala o que for da vontade dele também tem que ser um lugar agradável e adequado para que não atrapalha a gravação e que não causar distrações. Todo o trabalho será realizado dentro da História Oral. a história oral apenas pode ser empregada em pesquisas sobre temas contemporâneos, ocorridos em um passado não muito remoto, isto é, que a memória dos seres humanos alcance, para que se possa entrevistar pessoas que dele participaram, seja como atores, seja como testemunhas. É claro que, com o passar do tempo, as entrevistas assim produzidas poderão servir de fontes de consulta para pesquisas sobre temas não contemporâneos. (ALBERTI, 1989, p. 4) E de grande valia a entrevista se realizada com uma pessoa que tem passado por aquele processo ou tenha vivenciado tal também e bom que não tenha passado muito tempo pois quanto menos tempo tive passado do fato a ser pesquisado melhor vai ser o desempenho do testemunho: [...] um método de pesquisa (histórica, antropológica, sociológica,) que privilegia a realização de entrevistas com pessoas que participaram de, ou testemunharam acontecimentos, conjunturas, visões de mundo, como forma de se aproximar do objeto de estudo. Trata-se de estudar acontecimentos históricos, instituições, grupos sociais, categorias profissionais, movimentos, etc. (ALBERTI, 1989:52) Página 605
4 E de grande importância o entendimento do que se pesquisa e procura sempre está dento do contesto histórico da pesquisa sobre aquele grupo pois quanto mais próximo for maior será a veracidade do fato. a memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado. Porque é afetiva e mágica, a memória não se acomoda a detalhes que a confortam: ela se alimenta de lembranças vagas, telescópicas, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censuras ou projeções. A história, porque operação intelectual e laicizante, demanda análise e discursos críticos. A memória instala a lembrança no sagrado, a história a liberta e a torna sempre prosaica [...]. (NORA, 1993, p 9) A memória está sempre ligada ao passado porem ao se retratada pode não ser falado com todos os detalhes do que foi de fato ocorrido, pode ocorre do indivíduo ao retrata um fato ele pode pular uma parte do assunto por isso deve-se ouvir atenciosamente o declarante. O entrevistador deve, primeiramente, ouvir, atentar à psicologia da testemunha, conhecê-la e respeitá-la. Na sequência a autora afirma que o sucesso da entrevista depende da relação de amizade conquistada através de encontros anteriores ao dia marcado para a entrevista entre a testemunha e o pesquisador. Assim como o resultado pode ser positivo, poderá surgir também uma entrevista entediante e sem importância para a pesquisa propriamente dita, e essa diferença, segundo Tourtier- Bonazzi, pode ser decisiva para a conclusão de muitos estudos. Como afirmar Tourtier: e preciso criar uma relação de confiança entre pesquisador e entrevistado pois e muito mais fácil e para o indivíduo que está sendo testemunha se abri, há grande diferenças entre um depoimento para um estranho e um conhecido quando e para um estranho a pessoa não se abre as vezes se atrapalha fica com receio já para a pessoa que já faz parte de uma convivência o declarante já não se prende conta com mais detalhes.e com isso facilita até no momento em que o pesquisador vai faze a transcrição da entrevista. Segundo Lozano, (2000) a História Oral é um procedimento destinado à constituição de novas fontes para a pesquisa histórica, com base nos depoimentos orais colhidos sistematicamente em pesquisas específicas, sob métodos problemas e pressupostos teóricos explícitos. Da entrevista oral, não e realizada de qualquer forma tem toda uma análise estrutural de lugar, evitar induzir o entrevistador a responder tem que ser livre fora de lugar público obter melhores documento. Abordar a formação de professores para o campo na licenciatura em educação do campo na UFT Arraias. Nosso problema gira em torno da discussão das possibilidades do curso de Licenciatura em Educação do Campo atender as necessidades do campo na região de Arraias e como os discentes do curso compreendem essa questão. Essa problemática é importante devido ao fato de refletir sobre Página 606
5 essa questão, uma vez que na região de Arraias há deficiências na formação de professores na educação do campo nas áreas de arte visuais e música. Com o intuito de cumprir com a legislação, o curso de Licenciatura em Educação do Campo vem com o propósito de cumprir com a legislação. Para debater essa questão optamos por dar voz aos alunos do curso, pois elas são de grande valia para entender quais as expectativas de cada um dentro de sua formação. Com essa pesquisa pretendemos relatar as expectativas que os alunos têm em relação ao curso, também identificar qual a porcentagem de alunos que pretende ser professor após a formação nas áreas de música e artes visuais. No decorre da pesquisa iremos descrever qual a visão dos graduandos da primeira turma em relação a formação em artes visuais e música Estudar a história do curso de educação do campo na cidade de Arraias-TO. Também fizemos um levantamento do curso de licenciatura oferecido nas regiões de Arraias e Tocantinópolis e seu entorno e constatamos que a área de conhecimento que mais urgia de atendimento era linguagem e códigos e dentro dessa, artes visuais e música. A escolha se justificou devido as manifestações artísticas culturais indígenas quilombolas extremamente importantes bem como a ausência de professores licenciados para essa área. (RAQUEL, 2015, p. 23) Para proporcionar um desenvolvimento melhor iriemos realizar um questionário com perguntas para os alunos para que possamos entender o olhar de cada aluno que será a seguinte, você pretende segui a carreira docente quando terminar o curso de licenciatura em educação do campo artes visuais e música? Pois é de grande importância saber qual será posição que cada aluno ira toma após a sua formação. A outra e você pretende segui qual das duas formações artes-visuais ou a música ou pretende trabalhar com as duas áreas de trabalho? Pôr o aluno está saindo com duas graduações e de graduação pode ser que ele deseja segui uma ou outra ou as duas pois nada o impede de aplicar aulas das duas formações. Também iremos pergunta, quais dificuldades que você enfrentou ou vem enfrentando no decorre do curso e importante sabermos se o curso está com uma estrutura adequada. A próxima será, Como você se ingressou no curso de educação do campo? A forma que cada um entrou no curso se foi por cota. Qual foi sua concepção em relação ao curso antes de ingressa no curso? E de grande valia sabe qual era a concepção de cada aluno antes de ingressa. E qual foi a sua concepção em relação ao curso após se ingressa no curso? E verificar se alguns desses alunos teve alguma decepção ao entra no curso e averigua a realidade do curso. Teve alguma influência ter proporcionou? Se foi alguém que influenciou para se ingressa ou se foi alguma necessidade que o fez ingressa. Também iremos realizar perguntas para os professores que participou desde o início da criação do curso, onde será essas, qual e era o objetivo ao cria o curso de licenciatura em educação do campo artes visuais e músicas? Averiguar se essa proposta está realmente de acordo com o que o Página 607
6 curso está fornecendo. Quais as dificuldades enfrentadas na criação do curso? Quais as barreiras que dificultou na criação ou se não teve nenhum tido de dificuldades se tinha algumas pessoas que não acreditava na criação do curso. Quantas pessoas fizeram partes da formação do curso de licenciatura em educação do campo artes-visuais e música? E de grande importância saber se ouve mais de uma pessoa que ajudou nessa criação. Qual a sua visão em relação ao curso nos dias de hoje? E interessante saber se o curso alcanço as expectativas que você o criador ou criadores almejavam. O objetivo do curso está sendo alcançados? Considerações Final Essas são as perguntas para os discentes do curso: Você pretende segui a carreira docente quando terminar o curso de licenciatura em educação do campo artes visuais e música? Você pretende segui qual das duas formações artes-visuais ou a música ou pretende trabalhar com as duas áreas de trabalho? Quais dificuldades que você enfrentou e vem enfrentando no decorre do curso? Como você se ingressou no curso de educação do campo? Qual foi sua concepção em relação ao curso antes de ingressa no curso? Qual foi a sua concepção em relação ao curso após se ingressa no curso? O que você pode dizer sobre a sexta musical? Teve alguma influência ter proporcionou? Você acha que foi uma boa ideia ter a sexta musical? Perguntas para os criadores do curso de educação do curso: Qual e era o seu objetivo ao cria o curso de licenciatura em educação do campo artes visuais e músicas? Quais as dificuldades enfrentado na criação do curso? Quantas pessoas fizeram partes da formação do curso de licenciatura em educação do campo artes-visuais e música? Qual a sua visão em relação ao curso nos dias de hoje? O objetivo do curso está sendo alcançados? O que você pode dizer sobre a sexta musical? Teve alguma influência ter proporcionou? você acha que foi uma boa ideia te a sexta musical? Referências ALBERTI, Verena. História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, CARVALHO, Raquel Alves de. O processo de implantação do Curso de Licenciatura em Educação do Campo na UFT Câmpus de Arraias. In: MOURA. Silvia Adriane Tavares. Educação do Campo e pesquisa: politicas, práticas e saberes em questão- Silvia Adriane Tavares Moura; Suze da Silva Sales; Kaled Sulaiman Khidir (Org.) Goiânia: Kelps, p. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, Página 608
7 Le Goff, Jacques, 1924 História e Memória/ Jacque Le Goff; tradução Bernardo Leitão... [et al.]. 7ª Ed. Revista Campinas SP: Editora da Unicamp, MESSIAS, Noeci Carvalho. Porto Nacional: patrimônio cultural e memória Goiânia: Ed. Da PUC Goiás, p.:21cm NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. São Paulo: PUC, n. 10, p. 7-28, dez PORTELLI, Alessandro. O massacre de Civitella Val di Chiana (Toscana: 29 de junho de 1944): mito, política, luta e senso comum. In: FERREIRA, M. M.; AMADO, J. (Org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, TOURTIER-BONAZZI, Chantal de. Arquivos: propostas metodológicas. In: FERREIRA, M. M.; AMADO, J. (Org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, THOMPSON, Paul. A voz do passado. São Paulo: Paz e Terra, Página 609
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