a Federal Boletimj Manual de Procedimentos IPI - Cestas de Natal ICMS - IPI e Outros

Transcrição

1 Boletimj a Federal IPI - Cestas de Natal SUMÁRIO 1. Introdução 2. Embalagem para transporte 3. Cestas de Natal - Exclusão do conceito de industrialização 4. Hipóteses de incidência 5. Material utilizado na confecção da cesta de Natal 1. Introdução Na época das festas de final de ano, com o aquecimento do comércio é intensificada a atividade do reacondicionamento de produtos natalinos em embalagem confeccionada sob a forma de cesta para fins de comercialização. Neste texto, examinaremos as disposições que tratam da exclusão dessa operação do conceito de industrialização e também da consequente exclusão dessa atividade da sujeição ao IPI, com fundamento no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 7.212/2010. (RIPI - Decreto n o 7.212/2010) 2. Embalagem para transporte A legislação do IPI define como industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou que o aperfeiçoe para consumo. Entre as espécies de industrialização, está o acondicionamento ou reacondicionamento, uma operação que importa em alterar a apresentação do produto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição à original, salvo quando a embalagem colocada se destinar apenas ao transporte da mercadoria. Não se conceitua como reacondicionamento a simples revenda de produtos tributados, constantes dos Capítulos 16 a 22 da TIPI/2006, adquiridos de terceiros, quando acondicionados em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal ou semelhantes Quando se tratar de embalagem para transporte ou para apresentação, se a incidência do IPI estiver condicionada à forma da embalagem do produto, será entendido como acondicionamento para transporte o que se destinar principalmente a esta finalidade. Será entendida como embalagem para apresentação aquela que não estiver compreendida no conceito de embalagem para transporte (exceto nos casos em que a natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, às exigências técnicas ou a outras constantes de leis ou de atos administrativos). Para ser caracterizado como embalagem para transporte, o acondicionamento deverá atender, cumu lativamente, às seguintes condições: a) ser feito em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional, e não ter por finalidade valorizar o produto em razão da qualidade do material nele empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utilidade adicional; e b) ter capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendido, no varejo, aos consumidores. O acondicionamento do produto, ou a sua forma de apresentação, será irrelevante quando a incidência do imposto estiver condicionada ao peso da sua unidade. (RIPI/2010, art. 4 o, caput, IV, e art. 6 o ) Boletim IOB - - Out/ Fascículo 40 AM 1

2 3. Cestas de Natal - Exclusão do conceito de industrialização É excluído do conceito de industrialização o acondicionamento dos produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da Tabela de Incidência do IPI, aprovada pelo Decreto n o 6.006/2006, adquiridos de terceiros em embalagens confeccionadas sob a forma de cesta de Natal e semelhantes. Os produtos classificados nos referidos capítulos da TIPI/2006 são os seguintes: Capítulo TIPI Produtos 16 Preparações de carnes, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; 17 Açúcares e produtos de confeitaria; 18 Cacau e suas preparações; 19 Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria; 20 Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas; 21 Preparações alimentícias diversas; 22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. Desta forma, o acondicionamento dos produtos relacionados anteriormente, em embalagens confeccionadas sob a forma de cesta de Natal e assemelhadas, por não ser operação caracterizada como industrialização, não está sujeito à incidência do IPI por ocasião de os produtos saírem do estabelecimento que realizar o acondicionamento. (RIPI/2010, art. 5 o, X; TIPI - Decreto n o 6.006/2006) 3.1 Produto fora do campo de incidência do IPI Nos termos do Parecer Normativo CST n o 90/1975, a exclusão de uma operação do conceito de industrialização importa em considerar o produto dela obtido fora do campo de incidência do imposto. Transcrevemos, a seguir, a íntegra do Parecer Normativo CST n o 479/1970, que traz diversas elucidações sobre o reacondicionamento de produtos em embalagens confeccionadas sob a forma de cesta de Natal: Parecer Normativo CST n o 479/70 Formação de Cesta de Natal não configura reacondicionamento por força do art. 9 o do Decreto-lei n o 400/68. Mercadoria estrangeira importada diretamente e adquirida no mercado interno. Documentário Fiscal. Firmas que se dedicam ao reacondicionamento de produtos alimentares e de bebidas para formação de chamadas Cestas de Natal. Firma que reacondiciona em caixas sortidas frascos de sucos de frutas naturais e de geléia, com pagamento parcelado e entrega futura. Num e noutro caso não há substituição das embalagens originais, mas tão-somente a colocação de numerosos produtos numa embalagem maior, para facilidade de transporte. Importadores e atacadistas de mercadoria estrangeira. Preliminarmente, com relação às chamadas Cestas de Natal, o Decreto-lei n o 400, de , o art. 9 o, declara que não se conceitua como reacondicionamento a simples revenda de produtos tributados dos Capítulos 16 a 22, adquiridos de terceiros, quando acondicionados em embalagens confeccionadas com os produtos do capítulo 46, tudo da Lei n o 4.502, de ; os capítulos 16 a 22 compreendem os Produtos das Indústrias Alimentícias e as Bebidas, Líquidos Alcoólicos e Vinagre ; o Capítulo 46 diz respeito às Manufaturas de Espartaria e de Cestaria. A Nota 46-1, da Tabela manda considerar como matérias para entrançar as palhas, as varas de vime ou de salgueiro, o junco, as canas, as fitas de madeira, as tiras e cascas vegetais, as fibras têxteis naturais não fiadas, os monofilamentos e as tiras ou formas semelhantes de matérias plásticas artificiais e as tiras de papel. Em conseqüência, temos que sempre que os materiais com que as cestas são confeccionadas forem precisamente aqueles do capítulo 46 e os produtos acondicionados aqueles classificados nos capítulos 16 a 22 da Tabela, tal operação não é considerada reacondicionamento para os efeitos da legislação do IPI, posto que o art. 9 o do Decreto-lei n o 400/68 determina expressamente essa exclusão; da mesma forma, as firmas que reacondicionam conjuntos de frascos de sucos de frutas naturais e de geléias não serão alcançadas pela tributação, contanto que a embalagem dos conjuntos se enquadre nas especificações do art. 9 o citado, caso contrário, estará plenamente caracterizado o reacondicionamento a que alude o inciso IV do 2 o do art. 1 o do Regulamento; aliás, nesse sentido, já se manifestou esta Coordenação, através de vários Pareceres Normativos. Se a firma for importadora de mercadoria estrangeira ou filial de importadora operando no atacado, estará equiparada a industrial, por força do art. 3 o, 1 o, inciso I, competindo-lhe escriturar os livros 13 ou 13-A, 14 ou 14-A, 17, 30 (se for o caso) e 31 e possuir notas fiscais de subsérie especial, nas quais será destacado o IPI, devendo ditas notas conter os dizeres a que se refere o inciso II do art. 89, tratando-se de comerciante atacadista de produto estrangeiro adquirido no mercado interno, as prescrições quanto às notas fiscais são as já citadas, não havendo, porém, destaque do IPI e a escrituração fiscal cingir-se-á aos livros modelos 18 e 31 do RIPI. Contudo, relativamente aos livros 17 e 18 citados neste parecer, deve-se ter presente que a Portaria no GB-173, de dispensa a sua escrituração nos casos de produtos (exceto relógios) cuja alíquota ad 2 AM - Out/ Fascículo 40 - Boletim IOB

3 valorem da Tarifa Aduaneira seja, por ocasião do respectivo desembaraço, igual ou inferior a 55%. Tratando-se de produtos tributados em várias posições far- -se-á a escrituração fiscal por posição, inciso e subinciso, na conformidade do art (Parecer Normativo CST n o 479/1970; Parecer Normativo CST n o 90/1975) 3.2 Não incidência Não se conceitua como reacondicionamento, conforme já mencionado, a simples revenda dos produtos tributados conforme Capítulos 16 a 22 da TIPI/2006, adquiridos de terceiros, quando acondicionados em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal ou semelhantes. Assim, por não ser operação caracterizada como industrialização, não há incidência do IPI, tendo em vista que, no caso, não há substituição das embalagens originais, mas apenas colocação de vários produtos em uma só. (RIPI/2010, art. 5 o, X) 4. Hipóteses de incidência No caso de reacondicionamento em cestas de Natal ou assemelhadas realizado pelo próprio industrializador ou importador de produtos do exterior (equiparado a industrial), há a incidência do IPI nas saídas dos produtos por ele industrializados ou importados, uma vez que a legislação considera fato gerador do imposto a saída de produtos desses estabelecimentos. A incidência do IPI, nesse caso, não ocorre em razão do reacondicionamento dos produtos realizado pelo estabelecimento industrial ou importador, mas sim pela saída de produto por ele industrializado ou importado (parte final do Parecer Normativo CST n o 479/1970, reproduzida no subitem 3.1 deste texto). O mesmo ocorre em relação aos produtos importados por outro estabelecimento da mesma empresa, exceto nas hipóteses em que o estabelecimento reacondicionador seja exclusivamente varejista e não tenha recebido os produtos diretamente da repartição que os liberou. (RIPI/2010, art. 9 o, I, e art. 35, II; Parecer Normativo CST n o 479/1970) 5. Material utilizado na confecção da cesta de Natal O art. 5 o, X, do RIPI/2010 dispõe que a exclusão do conceito de industrialização se aplica à simples revenda dos produtos de que tratam os Capítulos 16 a 22 da TIPI, quando acondicionados em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e semelhantes. Contudo, o Decreto-lei n o 400/1968, no qual se fundamenta o art. 5 o, X, do RIPI/2010, dispõe que a exclusão do conceito de industrialização se aplica à simples revenda de produtos dos Capítulos 16 a 22 da TIPI, quando acondicionados em embalagens confeccionadas com os materiais citados no Capítulo 46. O Capítulo 46, citado no Decreto-lei n o 400/1968, trata de obras de espartaria ou de cestaria. Nesta última, enquadram-se as cestas de Natal ( Obras de cestaria obtidas diretamente na sua forma a partir de matérias para entrançar ou fabricadas com artigos da posição 46.01; obras de bucha). A Nota 1 do citado Capítulo dispõe que a expressão matérias para entrançar se refere às matérias em estado ou forma que possam ser entrançadas, entrelaçadas ou submetidas a processos análogos. Consideram-se matérias para entrelaçar, entre outras, a palha, as varas de vime ou de salgueiro, os bambus, os ratãs, os juncos, as canas, as fitas de madeira, as tiras de outros vegetais (por exemplo: tiras de cascas, folhas estreitas e ráfia ou outras tiras provenientes de folhas largas), as fibras têxteis naturais não fiadas, os monofilamentos e as lâminas ou formas semelhantes, de plástico, e as tiras de papel. Não obstante a redação do art. 9 o do Decreto- -lei n o 400/1968, deve prevalecer, a nosso ver, o disposto no art. 5 o, X, do RIPI/2010, uma vez que esse diploma legal atualizou e interpretou a disposição anterior, não sendo exigido que as cestas de Natal e semelhantes sejam confeccionadas exclusivamente com os produtos do Capítulo 46 da TIPI, como, por exemplo, as confeccionadas em caixas de madeira ou embalagens metálicas. (Decreto-lei n o 400/1968, art. 9 o ; RIPI/2010, art. 5 o, X) N Boletim IOB - - Out/ Fascículo 40 AM 3

4 a Estadual ICMS - Tratamento fiscal nas operações com gado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Inscrição do produtor no Cadastro de Contribuintes 3. Diferimento 4. Base de cálculo 5. Cálculo do imposto 6. Apuração do imposto 7. Documentário fiscal 8. Recolhimento 9. Modelos de nota fiscal 10. Escrituração fiscal 1. Introdução Neste procedimento, veremos o tratamento fiscal previsto na legislação do ICMS para as operações com gado em pé, com base no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n o /1999, e em outros atos que serão citados no transcorrer deste texto. 2. Inscrição do produtor no Cadastro de Contribuintes O produtor, pessoa física ou jurídica, que realiza, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações relativas à circulação de mercadorias, ainda que iniciadas no exterior, deverá inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do Estado do Amazonas (CCA). Dessa forma, as operações com gado realizadas por esse contribuinte obedecerão à legislação do ICMS. Convém esclarecer que poderá ser indeferido pela Secretaria da Fazenda o pedido de inscrição no CCA do estabelecimento: a) que não disponha de patrimônio e capacidade operacional necessários à realização de seu objetivo; b) cujas instalações sejam impróprias para a execução da atividade declarada em seus objetivos sociais; c) que tenha cedido seu nome, mediante disponibilização de sua inscrição ou de documentos próprios, para a realização de operações de terceiros (ver no item 6.2 as consequências dessa não inscrição no CCA). 2.1 Produção rural e as cooperativas de produtores - Cadastro especial Ressalte-se que a pessoa física que exerça a atividade de produção rural e as cooperativas de produtores têm cadastro simplificado na forma da Resolução GSEFAZ n o 24/1994. O Cadastro Simplificado de Produtor Rural Pessoa Física (CSPR) destina-se à inscrição da pessoa física que exerça atividades de produção rural, seja ela proprietária, usufrutuária, comodatária ou possuidora, a qualquer título, de imóvel rural definido em lei. A inscrição no CSPR deverá ser requerida à repartição fazendária do domicílio do produtor com os seguintes documentos: a) Declaração de Produtor Rural/Pessoa Física (dados cadastrais), previamente conferida e visada pela Secretaria de Estado da Produção Rural e Assuntos Fundiários; b) cédula de identidade e cartão de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do Ministério da Fazenda. Para fins de cadastramento será considerado autônomo cada imóvel rural do mesmo produtor, ainda que de área contínua, independentemente de sua localização. (RICMS-AM/1999, art. 77, caput e 3 o e 6 o ; Resolução GSEFAZ n o 24/1994, arts. 1 o e 2 o ) 3. Diferimento Em algumas operações, determina a legislação que será aplicado o diferimento, ou seja, que o lançamento e o pagamento do ICMS sobre determinada operação serão adiados para etapa posterior, com a atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto diferido ao adquirente ou destinatário da mercadoria, na condição de sujeito passivo por substituição tributária, vinculado à etapa posterior. É o que ocorre nas operações com gado em pé, que têm o lançamento do imposto incidente diferido para o momento em que ocorrer: a) a saída destinada a: 4 AM - Out/ Fascículo 40 - Boletim IOB

5 Nota Nestas hipóteses de saída, o imposto devido será pago pelo estabelecimento que a promover, mesmo que a operação não seja tributada. a.1) consumidor ou usuário final; a.2) outra Unidade da Federação ou ao exterior; a.3) instituições federais, estaduais ou municipais; a.4) feirantes e ambulantes; b) a entrada no estabelecimento: Nota Nesse caso, o imposto devido será pago pelo estabelecimento que promover a entrada, mesmo que a operação subsequente não seja tributada. b.1) matadouro ou abatedouro, de gado em pé e aves, respectivamente; b.2) industrial, de leite fresco pasteurizado ou não, de produtos agropecuários, de produtos in natura, inclusive calcário, exceto petróleo e gás natural, e de polpas de frutas; b.3) industrial, de refeições prontas para consumo por parte de seus empregados; b.4) de empresa com atividade de concretagem, e demais ramos da construção civil, ou de revendedor de areia, pedra, barro e seixos. Ressalte-se que não se aplica a interrupção referida na letra b quando o abatedouro ou matadouro é indústria ou frigorífico, localizado no interior do Estado, incentivado pela Política Estadual de Incentivos Fiscais e com projeto aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam). Nessa hipótese, o imposto fica diferido para o momento da saída dos produtos resultantes de abate ou industrialização, considerando-se recolhido com o pagamento do ICMS apurado, deduzido o crédito-estímulo a que o contribuinte tiver direito, caso em que os produtos são tidos como já tributados nas demais fases de comercialização. (RICMS-AM/1999, art.109, 4 o, 6 o e 22, e Anexo I, item 3) 4. Base de cálculo A base de cálculo será o valor da operação praticada pelo contribuinte substituído. (RICMS-AM/1999, art. 109, 11) 4.1 Pauta de preços mínimos Para efeito da substituição tributária, a Secretaria da Fazenda do Estado divulga trimestralmente a pauta de preços mínimos, na qual o gado e seus subprodutos (couro e sebo) constam da relação de mercadorias elencadas. (RICMS-AM/1999, art. 19, 6 o ) 5. Cálculo do imposto O ICMS será calculado mediante a aplicação da alíquota de 17% sobre a base de cálculo ou pauta fiscal, indicadas no item 3, se interna a operação, e/ ou de 7% ou 12% se interestadual. (RICMS-AM/1999, art. 12, I, c e II) 6. Apuração do imposto O imposto será apurado mensalmente através do confronto entre os créditos e os débitos. (RICMS-AM/1999, art. 98) 7. Documentário fiscal 7.1 Produtor inscrito Neste caso, será emitida a Nota Fiscal de Produtor e/ou a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, conforme se trate de produtor pessoa física ou jurídica. (RICMS-AM/1999, arts. 202, V, 232, 233 e 239 a 241; Ajuste Sinief n o 9/1997) 7.2 Produtores não inscritos Tratando-se de produtor não inscrito no CCA, a operação com diferimento deverá ser realizada com Nota Fiscal Avulsa, emitida pela repartição fazendária do local de origem do produto ou por outra que esteja mais próxima. Essa nota fiscal deverá indicar o valor do imposto diferido e ser desembaraçada, juntamente com o conhecimento de transporte correspondente, na repartição fiscal competente do município de destino. (RICMS-AM/1999, art. 109, 12 e 13) 8. Recolhimento 8.1 Produtor inscrito O recolhimento do imposto será efetuado até o 10 o dia do 2 o mês subsequente ao fato gerador. (RICMS-AM/1999, art. 107, IV, a ) Boletim IOB - - Out/ Fascículo 40 AM 5

6 8.2 Produtor não inscrito Nesse caso, o imposto será recolhido no momento da apresentação à repartição fiscal para desembaraço. (RICMS-AM/1999, art. 107, I, b ) 9. Modelos de nota fiscal 9.1 Nota Fiscal de Produtor EMITENTE: NOME DO PRODUTOR: João da Silva DENOMINAÇÃO DA PROPRIEDADE: Sítio Engenho Velho LOCALIZAÇÃO: Estrada Morro Velho, km 30 - Morro Velho MUNICÍPIO: Manaus UF: AM FONE (DDD): FAX: DDD CEP: NATUREZA DA OPERAÇÃO Venda DESTINATÁRIO NOME/RAZÃO SOCIAL José da Silva & Cia. Ltda. ENDEREÇO Rua Amazonas, nº 328 MUNICÍPIO Manaus DADOS DO PRODUTO CNPJ/CPF UF AM NOTA FISCAL DO PRODUTOR CNPJ/CPF INSCRIÇÃO ESTADUAL INSCRIÇÃO ESTADUAL NÚMERO ª VIA DESTINATÁRIO DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DATA DA EMISSÃO DATA DA SAÍDA/ENTRADA HORA DA SAÍDA 10h DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS UNIDADE QUANT. VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL ALÍQ. ICMS Cabeças de gado bovino para abate Un 120 R$ 500,00 R$ ,00 CÁLCULO DO IMPOSTO GUIA DE RECOLHIMENTO (Nº AUTENTICAÇÃO E DATA) BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS VALOR TOTAL DOS PRODUTOS VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO ,00 TOTAL DA NOTA ,00 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE 2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL 1 QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ICMS diferido conforme art. 109, Anexo I, item 3, do RICMS- AM/1999 Nº DE CONTROLE DO FORMULÁRIO DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO PRODUTOR) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR NOTA FISCAL DO PRODUTOR Nº 6 AM - Out/ Fascículo 40 - Boletim IOB

7 9.2 Nota Fiscal, modelo 1 NOTA FISCAL, MODELO 1 EMITENTE LOGOTIPO João da Silva Sítio Engenho Velho Estrada Morro Velho, km 30 - Morro Velho Manaus UF: AM CEP: NOTA FISCAL Nº x SAÍDA ENTRADA CNPJ 1ª VIA DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Venda CFOP INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁ- RIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL Abatedouro Luis Gama Ltda. ENDEREÇO Av. Central, 500 MUNICÍPIO Itaquatiara FATURA CNPJ/CPF DATA DAEMISSÃO BAIRRO/DISTRITO CEP DATA DA SAÍ- DA/ENTRADA Centro FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA DADOS DO PRODUTO CÓDIGO SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS QUANTIDADE VALOR TOTAL PRODUTO TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS cabeças de gado bovino 051 Un ,00 CÁLCULO DOIMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS R$ ,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA R$ ,00 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1 EMITENTE Remetente 2 DESTINATÁRIO AM ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ICMS diferido conforme art. 109, Anexo I, item 3, do RICMS- AM/1999 RESERVADO AO FISCO Nº DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 1595 DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR Nº Boletim IOB - - Out/ Fascículo 40 AM 7

8 10. Escrituração fiscal 10.1 Escrituração da Nota Fiscal de Produtor ESCRITURAÇÃO DA NOTA FISCAL DE PRODUTOR REGISTRO DOCUMENTO FISCAL Data VALOR CODIFICAÇÃO Série e Espécie Números 2011 CONTÁBIL subsérie Dia Mês Contábil Fiscal NF DE SAÍDAS ICMS - VALORES FISCAIS Operações com débito do imposto Base de cálculo Imposto debitado Operações sem débito do imposto Isentas ou Outras não tributadas OBSERVAÇÕES 10.2 Escrituração da Nota Fiscal, modelo 1 ESCRITURAÇÃO DA NOTA FISCAL, MODELO 1 REGISTRO DOCUMENTO FISCAL Data VALOR CODIFICAÇÃO Série e Espécie Números 2011 CONTÁBIL subsérie Dia Mês Contábil Fiscal NF DE SAÍDAS ICMS - VALORES FISCAIS Operações com débito do imposto Base de cálculo Alíquota Alíquota Imposto debitado Operações sem débito do imposto Isentas ou Outras não tributadas OBSERVAÇÕES N 8 AM - Out/ Fascículo 40 - Boletim IOB

9 a IOB Entende Estadual ICMS - Escrituração do IPI, no livro fiscal, por contribuinte estadual usuário de processamento eletrônico de dados Uma situação duvidosa no cumprimento das obrigações acessórias é a forma de escrituração do IPI, destacado na nota fiscal, na aquisição realizada por estabelecimento comercial que não faça jus a este crédito do imposto nas circunstâncias em que o destinatário seja usuário de processamento eletrônico de dados (PED). Ao ser analisada, encontra-se na legislação estadual amazonense, especificamente no RICMS-AM/1999, art. 166, disposição determinando que o livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destina-se à escrituração do movimento de entrada de mercadorias, bens ou serviços, a qualquer título, no estabelecimento do contribuinte. Em relação à saída, existe, também, disposição idêntica sobre o livro Registro de Saídas, modelo 2 ou 2-A. Além dessas disposições gerais, há expressa determinação para que a escrituração fiscal seja realizada documento a documento, desdobrando-se em tantas linhas quantas forem as naturezas das operações ou prestações, e nas colunas próprias, segundo o Código Fiscal de Operações e Prestações. Com base nessas regras gerais de escrituração fiscal, o lançamento do ICMS será realizado da seguinte forma: na coluna ICMS - Valores Fiscais e Operações sem Crédito do Imposto e na coluna Outras, será lançado o valor da operação, deduzida a parcela do IPI, se consignada no documento fiscal, quando se tratar de entrada de mercadoria que não confira ao estabelecimento destinatário crédito do ICMS ou de entrada de mercadorias ou serviços, cuja saída do estabelecimento remetente tenha sido beneficiada com diferimento ou suspensão do recolhimento do ICMS. Serão registradas também outras entradas sem crédito de imposto. Ainda de acordo com o disposto na Resolução GSEFAZ n o 8/1996, para a escrituração dos livros fiscais por PED, obedecidos os seus modelos previstos em legislação, será admitido: a) dimensionar as colunas de acordo com as possibilidades técnicas do equipamento do usuário; b) imprimir o registro em mais de uma linha, utilizando-se códigos apropriados; c) suprimir as colunas que o estabelecimento não estiver obrigado a preencher; d) abolir a coluna Observações, desde que eventuais observações sejam impressas em seguida ao registro a que se referirem ou ao final do relatório mensal com as remissões adequadas. A coluna Observações poderá ser preenchida manualmente para a inserção de informações que somente possam ser conhecidas após o prazo previsto para a impressão do livro fiscal. Considerado o disposto no RICMS-AM/1999, art. 268, VII, que não exige escrituração de valores relativos ao IPI, por conta de o sujeito passivo não ser contribuinte deste imposto, combinado com a Resolução GSEFAZ n o 8/1996, entendemos que um estabelecimento comercial, não obrigado à escrituração das colunas relativas ao IPI, lançará o valor correspondente a este imposto na coluna de Observações, ainda que a sua escrituração se dê por processamento eletrônico de dados. Diante do exposto, considerando tratar-se de entendimento e levando-se em conta que a legislação do Estado do Amazonas não dispõe expressamente sobre o objeto deste texto, sugerimos a formalização de consulta tributária ao Fisco do Estado para convalidação desse procedimento. (RICMS-AM/1999, art. 268, VII; Resolução GSEFAZ n o 8/1996) N Boletim IOB - - Out/ Fascículo 40 AM 9

10 a IOB Perguntas e Respostas Simples Nacional/Declaração anual - Apresentação - Confissão de dívidas - Caracterização 1) A apresentação da Declaração Anual do Simples Nacional à Receita Federal do Brasil (RFB), constando também valores devidos quanto a impostos estaduais ou municipais, poderá ser considerada confissão desses débitos? Sim. A apresentação anual da declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, à RFB, constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos, resultantes das informações nela prestadas. (Resolução CGSN n o 10/2007, art. 4 o, 7 o ) IPI/ZFM - Ingresso de mercadoria na área incentivada - Comunicação da Suframa à Sefaz 2) A Secretaria da Fazenda do Estado onde está estabelecido o contribuinte remetente de mercadorias para a Zona Franca de Manaus poderá ter acesso a informações quanto à entrada delas na referida área incentivada? Sim. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) deverá comunicar o ingresso das mercadorias na Zona Franca de Manaus ao Fisco da Unidade da Federação onde estiver estabelecido o remetente e, ainda, à Secretaria da Receita Federal do Brasil, mediante remessa de arquivo magnético, até o último dia do 2 o mês subsequente à entrada da mercadoria. (RIPI/2010, art. 91) AM/ICMS - NF-e - Destruição das notas fiscais convencionais 3) O que o contribuinte deverá fazer em relação às Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, não utilizadas a partir do momento em que se tornar obrigado à emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)? Os contribuintes obrigados a emitir NF-e, dentro de 60 dias contados da data da obrigatoriedade ou da opção irretratável de emiti-la, deverão requerer à Sefaz, por meio de processo administrativo, autorização para destruir todas as Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, não utilizadas. O modelo de requerimento está previsto no Anexo II da Resolução GSEFAZ n o 6/2009. (Resolução GSEFAZ n o 6/2009, art. 2 o, 4 o ) AM/ICMS - Emissão de NF-e - Não destruição das notas fiscais em papel - Fiscalização 4) A partir do momento em que a NF-e se tornar obrigatória, qual será a implicação aos contribuintes que não requererem autorização para destruir as Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, não utilizadas? Os contribuintes que não requererem a autorização para destruir todas as Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, não utilizadas serão submetidos a regime especial de fiscalização na forma da lei, com o objetivo de se apurar eventuais desvios tributários, bem como arrecadar e inutilizar tais documentos fiscais, sem prejuízo da aplicação da multa de R$ 5.000,00, prevista na Lei Complementar n o 19/1997, XXXII, alínea e. (Resolução GSEFAZ n o 6/2009, art. 2 o, 6 o ) AM/ICMS - CCA - Suspensão de ofício 5) Com qual consequência poderá arcar, perante o Cadastro de Contribuintes do Amazonas (CCA), o contribuinte que não for localizado no endereço do estabelecimento? O contribuinte que não for encontrado em seu endereço poderá ter suspensa, de ofício, a inscrição no CCA. (RICMS-AM/1999, art. 84, II) AM/ICMS - CCA - Suspensão de ofício - Conveniência da fiscalização 6) Em qualquer hipótese a Sefaz pode suspender de ofício a inscrição do contribuinte? Sim. Ficando a inscrição na condição de suspensa pelo prazo conveniente à instrução do processo regular, com vistas ao resguardo dos interesses da Fazenda Pública Estadual, sua suspensão no Cadastro de Contribuintes do Amazonas (CCA) é declarada de ofício. (RICMS-AM/1999, art. 84, V) 10 AM - Out/ Fascículo 40 - Boletim IOB