PAISAGEM E LUGAR: O RESSIGNIFICADO DAS PAISAGENS DA ORLA DA PRAIA DA PONTA NEGRA (RIO NEGRO-MANAUS-AM)
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- Madalena Caldeira Fagundes
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1 Valdelice Carvalho Sousa Mestranda da Universidade Federal do Amazonas Amélia Regina Batista Nogueira Doutora da Universidade Federal do Amazonas PAISAGEM E LUGAR: O RESSIGNIFICADO DAS PAISAGENS DA ORLA DA PRAIA DA PONTA NEGRA (RIO NEGRO-MANAUS-AM) INTRODUÇÃO Ao falar do termo paisagem, a primeira interpretação que se faz é associá-la a uma ideia meramente artística, apontando elementos ligados a natureza. Porém, podemos afirmar que a mesma apresenta inúmeros significados, pois é utilizada de diferentes maneiras e por várias ciências. No entanto, a pesquisa abordará as análises das paisagens ligadas as interpretações da ciência geográfica, que diante das correntes do pensamento tem-se a paisagem como um conceito-chave, por apresentar elementos básicos para a compreensão do espaço geográfico. Logo, para compreendermos este conceito fez-se necessário associá-lo ao lugar, desta forma, foi escolhido o Bairro da Ponta Negra. Cumpre destacar que dentre os inúmeros lugares da cidade, o citado bairro foi selecionado por apresentar nos últimos anos um processo de modernização acentuada, não somente no que diz respeito à proliferação dos conjuntos residenciais, mas principalmente o parque recreativo, por ter passado recentemente por um processo de revitalização, sendo este, o ponto de encontro de inúmeros moradores da cidade, representando num mesmo lugar diversidades de crenças, hábitos e costumes.
2 Diante disso, é de extrema importância ter conhecimento sobre a geografia cultural/humanística ao se estudar a paisagem, pois não é possível compreendê-la isoladamente, sem considerar a cultura, à vista disso que os seres humanos dão vida as paisagens. Segundo Claval (2001) o homem afirma sua personalidade, suas convicções e suas esperanças ao representá-la. Nesse sentido, o conhecimento das paisagens, é importante não apenas no que diz respeito à relação que o homem tem com a mesma, mas também no processo de mudanças do meio, que gera uma constante criação e recriação das paisagens. É o que se observa constantemente nas cidades, onde são frequentemente alteradas. Logo, na cidade de Manaus não é diferente, inúmeras partes da cidade vem sofrendo constantes modificações, o que contribui para a construção de novas paisagens. No entanto, o homem sendo um dos elementos que a compõe, muita das vezes não é considerado, ou seja, as mudanças ocorrem para atender a determinados grupos, e não os que vivenciam o lugar, deixando esses sujeitos à margem dessas transformações. Assim, surge o seguinte questionamento: a paisagem é realmente o retrato da população que ali vive? Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo compreender as paisagens percebidas pelos moradores e/ou frequentadores da orla da Praia da Ponta Negra. Diante do descrito, a pesquisa fundamenta-se na perspectiva fenomenológica, pois desta maneira será possível compreender a essência do conceito de paisagem vinculado ao mundo vivido dos sujeitos, o qual é caracterizado por um mundo de valores. Assim, Buttimer (1985) afirma que nas análises fenomenológica o mundo é o contexto dentro do qual a consciência é revelada. Portanto, faz-se necessário às entrevistas semiestruturadas com os sujeitos da pesquisa, enquanto muitos tratam os indivíduos de seus estudos como meros objetos, a intenção desta pesquisa, é tratá-los como sujeitos, que examinam suas experiências tornando possível a apreensão de inúmeras paisagens que somente são perceptíveis para os que a vivenciam e/ou vivenciaram.
3 Em relação à quantidade de sujeitos da pesquisa, é importante ressaltar que serão realizadas entrevistas com vinte moradores e/ou frequentadores da orla da Praia da Ponta Negra, em dias e horários diferenciados, com intuito de destacarmos os elementos descritos pelos mesmos. Entretanto, é importante considerar que primeiramente a pesquisa está baseada no levantamento bibliográfico, com constante revisão. E por último o trabalho de gabinete que servirá para analisar os dados coletados bem como o aporte teórico levantado durante o período da pesquisa. A PAISAGEM: AS INÚMERAS FACETAS DE UM CONCEITO Escrever a respeito da paisagem não constitui tarefa fácil, visto que apresenta um leque de definições, conotações e interpretações, variando conforme a área de conhecimento que se pretende conceituá-la, pois é trabalhada pelas artes, arquitetura, geografia, história, dentre outras. Somente a Geografia, ciência por nós escolhida, apresenta diversas interpretações diante das múltiplas abordagens geográficas. Assim, falar da paisagem na Geografia nos faz lembrar a sistematização dessa ciência, por ser um dos conceitos mais antigo. Diante disso, Mello (2001) afirma ser a Geografia a ciência das paisagens, além disso, Dardel (2011:30) já ressaltava que a paisagem é a geografia compreendida como o que está em torno do homem, como ambiente terrestre. Isto é tão verdadeiro que as primeiras acepções a respeito da categoria sugeriam que os relatos dos viajantes correspondiam aos ambientes terrestres dos quais descreviam. Cumpre destacar, que no período marcado pelos os relatos dos viajantes a paisagem era marcada pelas observações que se faziam da natureza, porém, vale importante salientar que a definição deste conceito passou por uma série de transformações, onde a partir do advento das técnicas, a paisagem passa a ser vista e analisada como algo passível de ser apropriado e transformado.
4 Primeiramente, segundo Claval (2004) a paisagem era concebida numa perspectiva marcada pelas observações em relação do que era visto na natureza, contudo percebeu-se que a mesma precisava incluir em suas observações a distribuição dos homens, suas atividades e suas obras na superfície da Terra. Assim, Ratzel delimita o campo da antropogeografia, da Geografia Humana que tinha como intuito compreender a influência que o meio ambiente exerce sobre os indivíduos e grupos, além de avaliar as transformações que a atividade humana provoca no meio ambiente. Desse modo, a paisagem deve ser olhada como obra do sujeito. (CLAVAL, 2004). Visto que a paisagem é obra do sujeito, teremos assim numa mesma paisagem diversas acepções, pois são caracterizadas segundo a relação que se tem com o lugar, onde as apreensões são construídas a partir das percepções dos indivíduos. Portanto, (...) cada percepção tende a ser seletiva, criativa, fugaz, inexata, generalizada, estereotipada e, justamente porque imprecisa, as impressões parcialmente heterogêneas sobre o mundo em geral sempre são mais convenientes do que os detalhes exatos a propósito de um pequeno segmento do mundo. (LOWENTHAL, 2007 apud ROCHA, 1982, p. 29). Nesse contexto, a percepção de uma dada paisagem é construída tendo em vista as impressões que o indivíduo tem do mundo, o qual é carregado de simbolismo, onde possuem uma relação de identidade com os objetos descritos, sendo marcado pelas diversidades. Vale lembrar que a paisagem construída pelo sujeito é denominada de paisagem cultural ou humanizada, o qual se contrapõe a paisagem natural. Tradicionalmente, a Geografia faz uso dessas denominações para diferenciar a paisagem estudada por outras ciências. Diante disso, temos que a paisagem natural é assim caracterizada por apresentar elementos ligados a natureza, isto é, são áreas que abrange regiões das quais não se observa a presença humana. Além disso, pode englobar regiões das quais não podem ser habitadas. Sauer (1998) afirma que a forma da paisagem natural é moldada pelo
5 clima; Terra (superfície, solo, drenagem, recurso mineral); mar e litoral; e vegetação, vinculados a noção de tempo e causa. Já a paisagem cultural, categoria aqui por nós escolhida, é assinalada como a que contempla a ação do homem, ou seja, as expressões da atividade humana, marcado por inúmeras construções, sendo comum tanto na cidade quanto no campo. Assim, Sauer (1998) coloca que as formas dessa paisagem são obras do homem, ou seja, as marcas que estes deixam impressos na paisagem. Vale salientar que a paisagem cultural é originária da paisagem natural. Dessa forma, Sauer (1998:59) ressalta que a paisagem cultural é modelada a partir de uma paisagem natural por um grupo cultural. A cultura é o agente, a área natural é o meio, a paisagem cultural o resultado. Nesse contexto, teceremos algumas considerações a respeito da paisagem cultural, diante da perspectiva fenomenológica, que segundo Nogueira (2001) prioriza a descrição do mundo físico e humano, sendo descrito pelos os sujeitos que os experienciam, onde procuram destacar o mundo vivido valorizando todas as experiências concretas do homem com o mundo. De modo geral, a paisagem vem sendo utilizada desde a formação do planeta, no entanto foi somente no século XX que passa a agregar uma significação dentro da Geografia, marcado pela busca entre a interação dos aspectos físicos e humanos. Apesar dessa busca incessante pela a articulação desses aspectos, o que se observa na prática é a sua separação. Durante o período do século XX, o conceito de paisagem recebeu diversas definições, muito deles numa mesma corrente de pensamento. Além disso, houve também momentos de questionamentos em relação a sua cientificidade, por ser muito utilizada pelo senso comum (MELLO, 2001). Como ressaltado, a paisagem é uma categoria muito usual em diferentes abordagens geográficas, porém muitos a utilizam de forma superficial, deixando de lado a verdadeira essência de seu significado, mediante a isso, optamos em traçar
6 contribuições teóricas a partir da perspectiva cultural humanística, que procura entender como os indivíduos dão significados para as paisagens. Dentre os temas pelos os quais passaram a ser discutidos ao longo do século XX, destaque para paisagem, que segundo Mello (2001) foi um dos primeiros temas a ser abordado numa perspectiva cultural pelos geógrafos alemães, sendo posteriormente incorporado pela Geografia Cultural. Diante disso, a paisagem passou a ser o conceito de grande singularidade para a Geografia. Portanto, ao fazer referência a concepção de paisagem nessa ciência é associá-la as contribuições de Sauer. Logo, é impossível falar de paisagem sem citar as contribuições desse autor. Dentre as contribuições de Carl Sauer, podemos citar sua célebre obra A Morfologia da Paisagem, que abarcava a valorização do mundo vivido, baseado numa visão fenomenológica da ciência. Buttimer (1985) aponta que a atitude fenomenológica é expressa pelas evidências dos próprios fatos e uma investigação da própria consciência. Um dos conceitos considerados essenciais para a ciência geográfica é o termo paisagem, pois nos remete para o mundo, que segundo Tuan (1965) é um campo que se estrutura na relação do eu com o outro, o reino onde ocorre a nossa história, onde encontramos as coisas, os outros e a nós mesmos (HOLZER, 1997:82). Compreendese então, que a paisagem é o reflexo da população que vive num determinado lugar. Nesse contexto, Sauer (1998) afirma que a paisagem é caracterizada pela observação de cenas individuais, logo apresenta identidade, existindo uma relação com outras paisagens. Ainda nas palavras desse autor, a paisagem é considerada como tendo uma qualidade orgânica. Assim, a paisagem deve articular tanto as características físicas quanto culturais. RESULTADOS PRELIMINARES
7 A PAISAGEM DE UM LUGAR CHAMADO PONTA NEGRA Dentre as cidades que compõem o estado do Amazonas, podemos afirmar que Manaus é uma cidade que possui inúmeros contrastes, um exemplo disso são os bairros, dos quais apresentam características urbanísticas bem diferenciadas. Localizado na zona oeste de Manaus, à margem esquerda do Rio Negro, o bairro da Ponta Negra é considerado como um dos mais nobres da cidade. Diante das diversidades que o local apresenta, destaque para os conjuntos residenciais, as instalações militares, o Shopping Center e a praia, o qual é frequentado por diferentes pessoas de diversas partes da cidade. É importante ressaltar que a expansão imobiliária juntamente com a orla do Rio Negro apresenta uma das características marcantes desse lugar, por serem os luxuosos edifícios e a praia as primeiras imagens que a população da cidade associa a esse bairro. No processo de modernização do espaço urbano do bairro, a intervenção paisagística da praia da Ponta Negra resultou num grande complexo arquitetônico, como o calçadão, anfiteatro e restaurantes. Essa intervenção urbana mudou a paisagem e valorizou ainda mais a área, criando assim o Parque Ponta Negra. O Parque Ponta Negra foi criado a partir da revitalização da área que compreende a orla do Rio Negro. Vale lembrar que essa área de lazer, ainda não denominada de parque, foi construída na década de 90, dotado de quadras de esporte, praças e pontos comerciais. Porém, sem receber algum tipo de manutenção durante os anos seguintes, o local foi se deteriorando até ficar quase que completamente abandonado. No entanto, com a intervenção urbana e a criação desse parque, o local torna a ser um dos atrativos de recreação da população manauara, sendo também frequentemente visitado pelos turistas. Diante disso, podemos afirmar que este lugar reúne num único ambiente diversidades culturais.
8 COMPREENDENDO A PAISAGEM DA PONTA NEGRA A PARTIR DAS ANÁLISES DA GEOGRAFIA CULTURAL HUMANÍSTICA A linha de pensamento da Geografia ligada ao ponto de vista humanístico busca compreender os temas geográficos de forma totalizante, isto é, incorporando a relação subjetiva do homem e o meio. Diante disso, Tuan (1985) considera que a Geografia Humanística procura entender o mundo humano através do estudo das relações das pessoas com a natureza, mediado principalmente pelos sentimentos e ideias a respeito do espaço e do lugar. Vale lembrar que essas relações são construídas a partir de uma representação cultural. O fundamento das análises da concepção humanística tenta entender como as atividades e fenômenos geográficos revelam a qualidade da conscientização humana (Tuan, 1985). Logo, a proposta da pesquisa é considerar o sujeito enquanto indivíduo, contemplando a análise subjetiva e individual de seu mundo. Nesse contexto, Holzer (2008) assinala que com o método fenomenológico será possível destacar a experiência humana ligada ao mundo vivido do indivíduo, mundo do qual é carregado de valores. Enfim, se apresenta como uma abordagem que busca compreender o espaço geográfico como lugar de vivência. Para Cosgrove (1998) a partir dessa perspectiva, a paisagem é uma maneira de ver o mundo, expresso através de uma cena, sendo definido como uma criação racionalmente ordenada, designada e harmoniosa. Vale considerar ainda a respeito das paisagens simbólicas, por serem marcadas pelos os significados que os lugares e as paisagens possuem, expressam e evocam. Diante disso, as primeiras idas a campo, foi possível notar certo contraste nos indivíduos que compõe o ambiente, ou seja, as paisagens, sendo expressa através da relação que estabelecem com os lugares. Durante os primeiros contatos, os sujeitos destacaram a beleza da praia, e para exaltar sua exuberância foi comparada com as
9 praias do Rio de Janeiro. A despeito disso, Carlos (2007) destaca que a paisagem possui mistérios, beleza, sinais, símbolos, alegorias, tudo carregado de significados. Desse modo, Brito e Ferreira (2011) ressalta que Cosgrove caracterizava a paisagem ligada à cultura e à ideia de que as formas visíveis são representações de discursos e pensamentos. Vale ressaltar que a presente pesquisa encontra-se em fase de desenvolvimento, logo, foram poucos os campos realizados, porém nos contatos iniciais predominaram em suas descrições a beleza paisagística da praia. Dardel (2011) aponta que a paisagem possui uma carga de afetividade, pois compreende o que está ao redor do homem, como ambiente terrestre. É um ambiente vivido, caracterizado por uma ligação interna, que une todos os elementos geográficos, como a planície, o solo, a vegetação, o céu de inverno, as distâncias e as direções. Resumindo, a paisagem é constantemente modificada por esses elementos, onde uma mesma paisagem pode se compor diversamente. Mediante a isso, Luchiari (2001) salienta que a paisagem é uma representação que não se esgota, pois se reproduz, renova-se, regenera-se, tal quais as sociedades. A despeito disso, Bonnemaison (2002) afirma ser a paisagem o reflexo de uma sociedade. Portanto, as paisagens sempre estarão em processo de desenvolvimento, visto que o homem ocupam os lugares com intuito de alterá-los para melhor viver nele. E a área da Ponta Negra é um exemplo disso, que nos últimos anos passou por um processo de revitalização, da qual foram contemplados não somente os que moram nas mediações do bairro, mas todos os moradores da cidade que frequentam o lugar. A paisagem nas análises da Geografia Cultural Humanística é caracterizada por uma carga simbólica, por ser representada a partir do sentido que a sociedade dá ao meio, com isso uma dada paisagem possui diferentes sentidos para os indivíduos que as contemplam, ela pode representar um ambiente de refúgio, tranquilidade, beleza, paz e morada, para outros significam medo, tristeza, feiura e angústia. Cumpre destacar, que tudo isso é construído a partir das relações que os homens estabelecem com os lugares. É o Dardel (2011) evidencia em sua obra o homem e a
10 Terra: natureza da realidade geográfica. O autor destaca que o mundo deve ser conhecido geograficamente e que o homem sinta-se ligado a Terra. Em outras palavras, essa perspectiva nos dar fundamento para compreender a paisagem além do aparente. Logo, diante da fenomenologia da paisagem é possível captar toda a essência, apontando como os sujeitos apreendem e concebem os lugares, dos quais criam vínculos marcados por uma relação de territorialidade. É importante destacar que a noção de territorialidade iniciou-se através de estudos sobre o comportamento animal frente a posse de um território e defesa deste contra invasão, do qual apresenta-se num ambiente demarcado pelo os membros de sua própria espécie. Para as sociedades humanas a territorialidade é entendida para além da manutenção da vida, pois abarca a relação social e cultural que é estabelecida com os lugares e itinerários que constituem seu território (BONNEMAISON, 2002). Por conseguinte, o território não é precisamente fechado, no entanto a demarcação é criada a partir de símbolos que identificam os grupos, o que de certa forma caracterizam a defesa desses lugares. Bonnemaison (2002) reforça que o território se constrói como um sistema e um símbolo, ou seja, agrega uma função de organização e outra simbólica. Consequentemente, as paisagens de um lugar são marcadas por diversas territorialidades. De tal modo, que quando ocorrem alterações na paisagem, ocasiona em muita das vezes mudanças na funcionalidade daquele lugar, as territorialidades que se configuravam começam a desaparecer, dando lugar há novas territorialidades, é o que pode ser visto no Bairro da Ponta Negra a partir das mudanças ocorridas nos últimos anos. Diante das proposições levantadas, a Ponta Negra apresenta diversidade em suas paisagens, pois são construídas pelos sujeitos que a compõe, onde o homem a modifica segundo uma dimensão simbólica que possui com o lugar, expressando seus valores, crenças e mitos. Portanto, a cultura tem um papel fundamental na modelação das paisagens. Em outras palavras, a paisagem representa a imagem dos homens.
11 BIBLIOGRAFIA BONNEMAISON, Joel. Viagem em torno do território. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. (org.). Geografia Cultural: um Século (3). Rio de Janeiro: EDUERJ, BRITTO, Monique Cristine; FERREIRA, Cássia de Castro Martins. Paisagem e as diferentes abordagens Geográficas. Revista de Geografi a - PPGEO - v. 2, nº 1, BUTTIMER, Anne. Aprendendo o Dinamismo do Mundo Vivido. In: CHRISTOFOLETTI, Antonio. Perspectivas da Geografia. 2ª edição. Rio Claro: DIFEL, CARLOS, Ana Fani Alessandri. Espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: Contexto, CLAVAL, Paul. A Paisagem dos geógrafos. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. (org.). Paisagens, textos e identidade. Rio de Janeiro: EDUERJ, COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. (org.). Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: EDUERJ, DARDEL, Eric. O homem e a terra: a natureza da realidade geográfica. Tradução de Werther Holzer. São Paulo: Perspectiva, HOLZER, Wether. Uma discussão fenomenológica sobre os conceitos de paisagem e lugar, território e meio ambiente. Revista TERRITÓRIO, ano li, nº 3, jul./dez A Geografia Humanística: uma revisão. Espaço e Cultura. UERJ. Rio de Janeiro, edição comemorativa, p , LUCHIARI, Maria Tereza Duarte Paes. A (RE) Significação da Paisagem no período Contemporâneo. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. (org.). Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, MELLO, Vera Mayrinck. Paisagem e simbolismo. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. (org.). Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.
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