FEMPAR FUNDAÇÃO ESCOLA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ ANA CAROLINE TEIXEIRA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL

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1 0 FEMPAR FUNDAÇÃO ESCOLA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ ANA CAROLINE TEIXEIRA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL CURITIBA 2009

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3 2 ANA CAROLINE TEIXEIRA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Ministério Púbico Estado Democrático de Direito na área de concentração em direito Eleitoral, Fundação da Escola do Ministério Público FEMPAR,, Faculdades Integradas Unibrasil, Orientador Professor doutor Fernando Knoerr CURITIBA 2009

4 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO DO PLEITO ELEITORAL Considerações Gerais Do princípio da Lisura do pleito eleitoral GARANTIAS ELEITORAIS Considerações Gerais AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDIDIAL ELEITORAL Consideração Gerais Da ausência do termo decadencial para o ajuizamento ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI / Considerações Gerais Princípio da Anterioridade da Lei eleitoral Do Processo Eleitoral Do posicionamento dos Tribunais CONCLUSÃO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS... 44

5 4 1. INTRODUÇÃO A Ação de Investigação Judicial Eleitoral, instrumento criado com a finalidade de atacar irregularidades com gastos na campanha eleitoral, foi criada pela Lei n de 10 de maio de 2006 que Dispõe sobre propaganda, financiamento e prestação de contas das despesas com campanhas eleitorais, que em seu artigo 1 o, incluiu na Lei de 30 de setembro de 1997, que Estabelece normas para as eleições, o artigo 30-A. A referida surgiu em um contexto de mudanças na legislação eleitoral, que buscou evitar práticas de atos que possam afetar a regularidade do pleito, em especial, o abuso do poder econômico, aumentando a rigorosidade na fiscalização dos gastos durante a campanha. Entretanto, diferente de outras ações existente no Direito Eleitoral, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE não tem previsão de termo inicial e termo final para sua propositura, manifestando-se a doutrina dos diversos tribunais do Brasil de forma diversa. Considerando a dúvida gerada, a Lei n de 30 de setembro de 2009, que Altera as Leis n os 9.096, de 19 de setembro de Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, de 15 de julho de Código Eleitoral. alterou o artigo 30-A, que passou a ter a seguinte redação: Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos. 1 o Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n o 64, de 18 de maio de 1990, no que couber;

6 5 2 o Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado. 3 o O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial Entretanto, mesmo regulando o termo inicial para a propositura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, a alteração legislativa gerou a dúvida quanto à utilização da mesma nas eleições de 2008 e nas próximas de 2010, tendo em vista o princípio da anterioridade da lei eleitoral, pois foi publicada em setembro de Considerando estas incertezas constantes na legislação busca o presente trabalho analisar como foi aplicado pelos tribunais o termo inicial da ação. Ainda, quanto a aplicação da lei nova para as eleições de 2008 e 2010, analisar a melhor doutrina e jurisprudência a respeito e concluir se ofende ou não o princípio da anterioridade.

7 6 2. DO PLEITO ELEITORAL 2.1 Considerações Gerais A República Federativa do Brasil tem como sua principal sustentação o princípio republicano. O princípio se confunde com a ordem do próprio país, considerando que é a base da democracia. Encontra-se no artigo 1 da Constituição de República Federativa do Brasil. Uma sociedade democrática deve ter como fundamentos o princípio da soberania popular, de forma direta e indireta. A forma direta engloba o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular. Como meio de soberania indireta aparece o voto, que é parte integrante e indissolúvel do princípio republicano. O ordenamento constitucional brasileiro tem como ápice do momento democrático o pleito eleitoral. É um dos fundamentos republicanos, que se encontra no parágrafo único, do artigo 1, vide: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição O artigo 14, por sua vez, regulamenta a forma com o povo irá exercer a sua soberania: A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante(...) Afirma Elcias Ferreira Costa: o indivíduo, titular de direito subjetivo público, promove o exercício de seu direito, mediante a efetuação de um ato jurídico em sentido estrito, a saber, o alistamento, o registro, a votação, a apuração, atos que pretende devam ser admitidos ou reconhecido pelo juiz. A atuação do juiz, nesses fatos, é de natureza administrativa. O direito de ação somente começa, quando alguém considerando-se obstacularizado no exercício ou no reconhecimento de algum dos seus direitos subjetivos públicos, em decorrência de alguma decisão do juiz, se

8 7 dirige ao tribunal a que esteja subordinado para que o tribunal dê concreção ao seu direito subjetivo público, que, pretende, tenha sido obstacularizado pelo juiz. 1 " Sobre a correlação entre a democracia e o processo eleitora, discorreu Carmem Lúcia antes de tornar-se Ministra do Supremo Tribunal Federal: Não há sistema eleitoral perfeito: cada um deres depende das condições políticas, históricas, sociológicas e até mesmo econômicas do povo e da adequação desta realidade à opção feita por este ou aquele figurino. Tal observação serve bem para que os cidadãos não se deixem envolver por modismos inúteis, por cópias infelizes e distorcidas, por manipulações de grupos pretensamente alvissareiros e que apenas traduzem os seus interesses na formulação de talhes que apenas comportam elites descomprometidas com a Democracia. Se é certo, contudo, que não há sistema eleitoral perfeito, também o é que a realização do modelo democrático depende, grandemente, do sistema eleitoral, pois é ele que oferece o melhor processo de representação, a verdade da representação, a participação do povo na organização e dinâmica do poder. A tendência atual é o alargamento dos espaços democráticos pelo alargamento do âmbito da representação e; mais ainda, pela busca de universalização da participação cidadã no processo político de exercício do poder. A opção pelo sistema eleitoral é tarefa do constituinte, e a pormenorização dos seus paradigmas normativos é atribuição do Poder Legislativo, o qual terá como limite de sua ação a natureza mesma dessa competência. Não se há de pensar numa escolha por um ou outro sistema eleitoral fundado exclusivamente no interesse dos partidos políticos ou dos membros dos partidos, deixando-se em segundo plano o interesse maior, que é o do cumprimento integral do sistema da representação, realizador, ou não, da Democracia. Daí porque se discute, permanentemente, inclusive no Brasil, sobre o sistema eleitoral. É que ele guarda uma relação direta com o processo democrático de eleições e, portanto, com a condição do cidadão na sociedade estatal. 2 Não é suficiente, entretanto, a declaração da Constituição de que desta viga democrática, é necessário que exista estrutura para que seja exercida efetivamente. Necessário se faz o estabelecimento de sanções para o caso de descumprimento das normas que regulam as eleições. 1 FERREIRA DA COSTA, Elcias. Direito Eleitoral, p ANTUNES ROCHA, Carmem Lúcia. O Processo eleitoral como Instrumento para a Democracia. Disponível em acessado em 10 de fevereiro de 2009.

9 8 O Código Eleitoral foi criado nesta lógica, para assegurar o regular processo eleitoral, conforme preconiza seu artigo 1º: Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado. Há legislação infraconstitucional dispersa que também surgem nesse cenário, em especial a Lei 9604 de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, buscando meios para coibir indivíduos que buscam mediante abuso do poder econômico ou político fraudar a lisura do pleito eleitoral. A legislação protege-se contra instrumentos capazes de coibir o desequilíbrio entre os candidatos, assim como que a propaganda eleitoral seja realizada de maneira licita. A Constituição Federal, no art. 37 caput estabelece, ipsis litteris: A administração pública, direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência" 2.2 Do princípio da Lisura do pleito eleitoral A legitimidade das eleições, que com o já mencionado é pilar fundamental do princípio republicano, depende da lisura do processo eleitoral. O processo dever ser sem vícios na vontade do eleitoral, na apuração dos votos, na equidade entre os candidatos, entre outros. A Constituição da República dispõe de um capítulo sobre os direitos políticos. O Capítulo IV, do Título II, em três artigos traz o fundamental das eleições, deixando para a legislação infraconstitucional sua regulamentação.

10 9 Surge para garantir que a vontade dos cidadãos seja efetivada sem vícios, considerando que estão elegendo seus representantes. É imprescindível que o pleito seja revestido de seriedade, rigidez. Essa rigidez, entretanto, deve estar presente em todos os momentos. Durante as convenções de escolha dos candidatos, a campanha eleitoral,o ato da eleição, a análise de prestação de contas, assim como durante o mandado eletivo. Afirma Paulo Hamilton, Juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo: O princípio da lisura das eleições é desdobramento lógico do princípio republicano que embasa o nosso Estado Democrático. Assim, a lisura é exigência do Estado inaugurado pela Constituição de1988, que atribuiu a Justiça Eleitoral a função de garantir a moralidade das eleições. Marcos Ramayana ensina que toda a atuação da Justiça eleitoral, do Ministério Público, dos partidos políticos e candidatos, inclusive do eleitorl, deve pautar-se na preservação da lisura das eleições. A preservação da intangibilidade dos votos e da igualdade de todos os candidatos perante a lei eleitoral e na propaganda política eleitoral ensejam a observância ética e jurídica deste princípio básico do Direito eleitoral. 3 Tratando a respeito do princípio da lisura afirma Marcos Ramayana: Toda atuação da Justiça Eleitoral, do Ministério Público, dos partidos políticos e candidatos, inclusive do eleitor, deve pautar-se na preservação da lisura das eleições. A preservação da intangibilidade dos votos e da igualdade de todos os candidatos perante a lei eleitoral e na propaganda política eleitoral ensejam a observância ética e jurídica deste princípio básico de Direito Eleitoral 4 Os princípios devem ser respeitados como norma jurídica, posto que o são. os princípios têm avultado como verdadeiras normas de conduta, e não meramente como diretrizes hermenêuticas, realçando-se, hodiernamente, a distinção entre regras jurídicas e princípios jurídicas, sendo ambos normas jurídicas (processo de juridicização). Despertou-se, por assim dizer, para o fato de que os princípios jurídicos escritos ou implícitos representam as bases as quais o direito se constrói e das quais ele deriva (as regras jurídicas, inclusive, seriam a concreção dos princípios), ou, dito de outro modo, os elementos fundamentais que inspiram o sistema jurídico e que, portanto, devem funcionar como 3 Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Representação n. 455, Acórdão n , Relator Paulo Hamilton, publicado em 17 de dezembro de RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral,. p. 35

11 10 orientadores preferenciais da interpretação, da aplicação e da integração normativa, com a conseqüente afastamento de uma postura mais legalista 5 Muitas foram as conquistas no que tange às eleições na contemporaneidade. O sufrágio universal, sem distinções de sexo e classe social, obrigatório, para englobar a todos e incluir os excluídos no processo. Entretanto, paralelamente, uma forte onda de ilicitudes, abuso do poder econômico e político, desvio de verbas, têm ocorrido em nosso país. Aponta o ex Ministro do STJ Paulo Roberto Saraiva da Costa Leite: O processo eleitoral deve repousar em princípios seguros, sérios, definidos, estáveis, de molde a que as instituições democráticas possam cada vez mais se desenvolver. Assim, imperiosa é a definição de uma legislação duradoura no âmbito eleitoral, onde as mudanças sejam realizadas somente para o fim de adequar as normas aos recentes avanços, e não aos interesses malsãos. Ainda: No conflito entre dois princípios constitucionais (proteção da intimidade e busca da verdade real), prevalece aquele que protege bem maior (a ser aferido estritamente no caso concreto), na hipótese dos autos, o interesse público na busca da verdade real em prol da lisura das eleições 6. Assim sendo, cada vez mais surgem instrumentos jurídicos para garantir a lisura no pleito, como ações e recursos eleitorais. A sociedade, quanto cidadãos, deve agir com respeito ao processo eleitoral. Entretanto, é dever do Estado buscar que a lisura seja garantida: "É próprio do Estado de Direito que se delineie na regra geral e impessoal produzida pelo Legislativo, o quadro, o esquema, em cujo interior se moverá a Administração. 7 " O princípio da lisura é consubstanciado no princípio da moralidade, previsto no art. 14, da CF, p.9 5 TRF da 5ª Região - Agravo Regimental n. º3557/02. Relator Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, publicado em 21/09/ TSE - Agravo de Instrumento n Comarca de Origem: Altamira do Paraná Relator Ministro Fernando Gonçalves publicado em 23/02/ BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Desvio de Poder. in RDP 89/24

12 11 3. GARANTIAS ELEITORAIS 3.1. Considerações Gerais Para resguardar o ato de votar, que é o momento mais significativo dentro da democracia, a legislação criou diversas garantias eleitorais. As garantias são individuais do eleitor, que é protegido durante as eleições para não ter seu direito cerceado, no ato do escrutínio, que deve ser conduzido com extrema seriedade, durante as campanhas eleitorais, evitando abuso de poder econômico e político, entre outros momentos. As garantias estão previstas na Constituição Federal no artigo 14 e seguintes, no Código eleitoral no artigo 23 e seguintes, e na legislação esparsa. Sobre as garantias eleitorais ensina Armando Sobreiro Neto: As garantias estão presentes em diversos momentos, durante a campanha eleitoral, quando se limita a propaganda a fim de evitar abuso de poder econômico e político, durante o ato da eleição, regulando com seriedade o procedimento de votação e do escrutínio, após as eleições apurando irregularidade durante todo o processo. No entanto, o regime democrático instituído na Constituição Federal fez nascer disposições específicas que também tratam de garantir a liberdade do exercício do sufrágio, no sentido de assegurar a igualdade entre os concorrentes e mandatos políticos representativos, bem assim a normalidade e a legitimidade das eleições, através de medidas tendentes a: 1. Evitar a influência do abuso do poder econômico ou do poder de autoridade; 2. Coibir a utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social em benefício de candidato ou partido político; 3. Impedir o uso da máquina administrativa nas campanhas eleitorais. 8 As garantias individuais do eleitor passam pelo salvo conduto, pela proibição de aplicação de medidas restritivas de liberdade, livre exercício do vto, entre outros. 8 SOBREIRO NETO, Armando Antonio, Direito Eleitoral, p.172.

13 12 O candidato também é tutelado. Da mesma forma que o eleitor possuem restrições para medidas restritivas de liberdade, desde que não estejam dentre as causas de inalistabilidade, tem direito de candidatar-se, prioridade postal, entre outros. Entretanto, o que se discute neste trabalho são os remédios judiciais, em especial, os que surgiram para coibir p abuso do poder econômico e político, e a propaganda fora dos padrões. A Constituição Federal, o Código Eleitoral e a legislação esparsa trazem previsão sobre medidas judiciais aplicáveis na época das eleições. Ação de Impugnação de Registro de Candidato (AIRC) é prevista na Lei Complementar 64/90, nos artigo 3º ao 15. Esta ação tem o objetivo de impugnar o registro de candidatura do candidato logo após a publicação da homologação. O prazo é de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato. É legítimo para entrar com a demanda qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público. Não decreta inelegibilidade, apenas nega ou cancela o registro do candidato, ou cassasse o diploma, caso já tenha sido expedido. Destaca Joel J. Cândido: Ação de Impugnação de Registro de Candidatura: poderá discutir os fatos que envolvam o candidato até a data do registro de candidatura, mas só poderá ser interposta a partir desta 9. A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) está prevista na Constituição Federal, artigo 14, 10 e 11. Tem como fundamento abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. O prazo para interposição é de 15 dias, a contar da diplomação. Tem como efeitos a cassação do mandato eletivo. Ensina Armando Sobreiro: A ação de impugnação de mandato eletivo pode ser definida como ação constitucional, posta à decisão dos legitimados, que tem como desiderato decisão declaratória de perda de mandato eletivo, como conseqüência de comprovada prática de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude. Evidencia-se que é modalidade de ação constitucional porque encontra 9 CÂNDIDO, Joel Jose. Direito Eleitoral Brasileiro, p. 133.

14 13 amparo nos 10 e 11, do art. 14, da Constituição Federal, alem do que, trata de medida excepcional que autoriza, dentro do contraditório e da ampla defesa, a imposição de sanção política de natureza civil, consistente na perda do mandato eletivo 10. O Recurso contra a Expedição do Diploma, previsto no Código Eleitoral, no artigo 262, pode ser protocolado até três dias depois da diplomação. O recurso contra expedição de diploma, ou seja, contra a diplomação, pois a diplomação subentende sua outorga e entrega ao eleito, caberá nos casos referidos no art. 262 do CE. Esclareça-se que não pode haver recurso antes da diplomação, pois é evidente que somente a prática deste ato pode possibilitar manifestações de inconformismo 11 A Lei 9504 de 1997 prevê diversos outros instrumentos que são garantias de um processo eleitoral ilibado. O artigo 73 da lei citada prevê uma representação para a apuração de condutas que prejudiquem a igualdade entre candidatos no pleito, tanto no período que antecede o registro de candidaturas até a data das eleições, como também nos três meses que antecedem o pleito. Sobre o tema, afirma Joel J. Cândido: Esse capítulo, abrangendo dos arts. 73 ao 78, é novo e visa a proteger e tornar eficaz o Princípio Igualitário entre partidos e candidatos, assim como resguardar a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato,a normalidade e a legitimidade das eleições. Por agentes públicos, servidores ou não temos todos os que, independentemente da natureza ou peculiarida e do cargo ou função, pertencem ao serviço público federal, estadual ou municipal, conforme o 1 o12 Ainda, em seu artigo 41-A prevê a possibilidade de abertura de investigação judicial com a finalidade de apurar captação ilícita de sufrágio ocorrida no período do registro da candidatura até o dia da eleição. Pode ser ajuizada até a data da eleição. Tem como efeito a cassação do diploma. Novamente, importante destacar a posição de José Joel Cândido: 10 SOBREIRO NETO, Armando Antonio, Direito Eleitoral, p COSTA, Tito. Recursos em Matéria Eleitoral, p CÂNDIDO, Joel Jose. Direito Eleitoral Brasileiro, p. 526.

15 14 Como o art. 41-A explicitou, exaustivamente, as sanções que para esta infração quis aplicar multa, cassação de registro e cassação de diploma e, como só adotou o procedimento do art. 22 da LC64/1990, jamais dentro do campo da seriedade na exegese se poderá transplantar a inelegibilidade para, sem base alguma, aumentar o rol de punições explicitadas no art. 41-A pelo legislador. 13 A Lei 9.504, no seu artigo 30-A traz um dos pontos mais polêmicos, tema do presente trabalho. Que é a abertura de investigação judicial eleitoral para apurar gastos irregulares durante a campanha eleitoral. Sobre ela, trata o próximo capítulo. A respeito da importância destes instrumentos para garantir a lisura no pleito, segue decisão do Tribunal: O recurso contra expedição de diploma (RCED) é instrumento processual adequado à proteção do interesse público na lisura do pleito, assim como o são a ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) e a ação de impugnação de mandato eletivo (AIME). Todavia, cada uma dessas ações constitui processo autônomo, dado possuírem causas de pedir próprias e consequências distintas, o que impede que o julgamento favorável ou desfavorável de alguma delas tenha influência no trâmite das outras. A esse respeito, os seguintes julgados desta e. Corte CÂNDIDO, Joel Jose. Direito..., p Tribunal Superior Eleitoral - AREspe ReIartor Ministro Marcelo Ribeiro, Publicado em 7/08/2008.

16 15 4. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDIDIAL ELEITORAL 4.1 Consideração Gerais A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi inicialmente positivada no artigo 237 do Código Eleitoral. Entretanto, o artigo 22 da Lei Complementar 64 de 1990 revogou o referido artigo, passando a prever a AIJE com a redação a seguir: Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...) XIV - julgada procedente a representação, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 3 (três) anos subseqüentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico e pelo desvio ou abuso do poder de autoridade, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e processo-crime, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar; XV - se a representação for julgada procedente após a eleição do candidato serão remetidas cópias de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral, para os fins previstos no art. 14, 10 e 11 da Constituição Federal, e art. 262, inciso IV, do Código Eleitoral. Parágrafo único. O recurso contra a diplomação, interposto pelo representante, não impede a atuação do Ministério Público no mesmo sentido. Pela leitura dos incisos XIV e XV, verifica-se que se trata de um procedimento investigatório. Se a representação for julgada procedente antes da eleição, o registro de candidatura do condenado será cassado e ele será inelegível pelos próximos três anos subseqüente a eleição. Entretanto, se for eleito e só depois sobrevir a condenação, deverá ser instaurada uma Ação de Impugnação do Mandato Eletivo. Assim, resta claro que se trata de uma representação.

17 16 Destacam-se as palavras de Joel J. Cândido: Com efeito, hoje, as medidas previstas no art. 19 a 23 da nova Lei Inelegibilidades poderá ter um duplo efeito: 1 o ) a produção de prova judicial para eventual uso futuro e que será produzida sob o crivo do contraditório, mais a declaração de inelegibilidade do candidato; e 2 o ) a decretação da cassação do registro de sua candidatura. (...) (...) não estamos frente a uma ação. Nas ações o objetivo é certo, e aqui não é, dependendo da época do julgamento o efeito será um ou outro. Nas ações há sentença ou acórdão, dependendo da instância, e aqui o rito processual não mencionou qualquer desses termos; mencionou-os quando se referiu à ação de Impugnação de Registro de Candidatura 15. Dentro da Lei n /97, há ainda outras disposições que permitem a propositura da chamada investigação judicial eleitoral quais sejam, os artigos 41-A, 73 e 74. O artigo 41-A trata da investigação judicial eleitoral por captação ilícita de sufrágio, sendo que quando for o caso, aplica-se o procedimento do artigo 22 destacado. Já, o artigo 73 permite a ação em caso de descumprimento das condutas vedadas aos agentes públicos em época de eleição, tem um rito próprio. Em ambos os casos acima mencionados o prazo para o ajuizamento da ação e até a data da diplomação. Mais recentemente, a Lei de 10 de maio de 2006, chamada de minirreforma eleitoral alterou a legislação eleitoral na maior parte no que se refere a propaganda e financiamento, e criou uma nova disposição prevendo o cabimento de uma nova forma de propositura da Ação de Investigação Judicial eleitoral, o artigo 30- A para a Lei 9.504/199: Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral relatando fatos e indicando provas e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos 1 o Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n o 64, de 18 de maio de 1990, no que couber. 2 o Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado. 15 CÂNDIDO, Joel Jose. Direto..., p. 138.

18 17 A Constituição Federal, em seu artigo 14, já dispunha sobre a proteção contra o abuso do poder econômica: 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta Assim, o artigo 30-A veio concretizar uma norma já preexistente na Constituição da República. Essa disposição veio com muita força, por tratar de uma matéria sensível, qual seja, a aplicação de irregular de recursos. Com o aumento da severidade em relação à fiscalização da prestação de contas, o artigo 30-A pune quem as descumpre. O artigo surgiu num cenário nacional de muito abuso de poder econômico e político, com a função de criar um novo instrumento de garantir a lisura do pleito eleitoral, criando um instrumento jurídico capaz de combater casos de abuso de poder. Destacam-se as palavras de Fávila Ribeiro: eleitoral: em essência o direito de representação é uma forma de exteriorização da liberdade política, estabelecendo peculiar relacionamento na vida pública, estando assegurado a qualquer pessoa utilizar a faculdade cívica de dirigir-se aos poderes públicos, de um modo geral, para imputar práticas abusivas perpetradas nos serviços públicos, ou que neles tenham repercussão 16 Vagner Bispo da Cunha ilustra sobre os objetivos da Investigação Judicial A reforma eleitoral idealizada pela Lei n.º /2006 buscou atingir vários aspectos convergentes para os propósitos acima citados, quais sejam, eliminar ou reduzir a corrupção, 16 RIBEIRO, Fávila, Abuso de Poder no Direito Eleitoral, p

19 18 o abuso de poder econômico e todas as formas de desvio dos recursos financeiros eleitorais 17. O abuso de poder pode estar presente de diversas formas nas eleições, como o econômico, político, de autoridade. Muito embora possua muitas entraves e inconsistências, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, denominada de AIJE, é hoje a forma mais utilizada para combater a desigualdade nas eleições por conta do abuso de poder econômico. O abuso do poder econômico, principal ponto da representação prevista no artigo 30-A, não pode ser decisivo em uma eleição. O voto do eleitor não pode ser viciado, influenciado por uma campanha esmagadoramente maior do que outra. Outdoors pela cidade sem qualquer limitação de tamanho ou conteúdo, não pode ser o principal influenciador do voto. Ainda, é necessário que se saiba quem financia a campanha eleitoral dos candidatos e a exata medida em que se está gastando. É um meio de transparência, para que se saiba os motivadores dos candidatos. Conforme ensina Armando Antônio Sobreiro Neto O regime democrático não admite desigualdade no acesso ao sufrágio passivo, seja na vida intrapartidária, seja na fase da campanha eleitoral. Haverá abuso de por econômico sempre que os recursos financeiros, materiais ou humanos significarem desequilíbrio na obtenção de votos, mormente quando se considera a apartação social existente no Brasil, circunstância que fragiliza a consciência do eleitorado. Disso demanda especial cuidado na correta compreensão e alcance das normas que tratam do abuso do poder econômico. 18 Castro: Ainda, cita em seu próprio livro, as palavras de Carlos Fernando Correa de 17 BISPO CUNHA, Vagno. O art. 30-a da Lei Eleitoral e as suas implicações. Arrecadação, gastos e prestação de contas de campanha eleitoral. Disponível em: texto.asp? id=11478, acessado em 25 de março de SOBREIRO NETO, Armando Antonio, Direito..., p

20 19 Entre as influências nocivas à liberdade e pureza do voto, encontra-seo abuso do poder ecnomico, que pode ser praticado por parte dos partidos políticos, Poder Público, corporações, instituições ou empresas e mesmo candidatos para, por qualquer forma, coagir o eleitor a votar em determinada pessoa ou em corrente ideológica. É claro que recursos financeiros são necessário em qualquer eleição, para o custeio de despesas; o que se condena é o abuso, isto é, o excesso ou exorbitância no emprego dos meios financeiros. 19 Muito embora utilize o procedimento do art. 22, da Lei Complementar 64/90, a representação prevista no art. 30-A é vista por muitos não como um pedido de investigação administrativa buscando apurar fatos, mas como uma ação de direito material, vez que ataca diretamente o direito substantivo do representado, o mandato eletivo. Tito Costa entende como ação material a relação de direito a ser declarada, a situação jurídica a ser definida quanto aos direitos eleitorais 20 A grande diferença entre a ação prevista no artigo 30-A e a prevista no artigo 22 da LC64 é que esta última, após a eleição, não possui poder ara cassar o diploma do candidato eleito, já aquela, pode cassar o diploma. O Tribunal Superior Eleitoral entende desta forma, conforme palavras do Ministro Francisco Cesar Asfor Rocha: 1. A Representação Judicial Eleitoral, cogitada no art. 22 da LC nº 64/90, configura-se como ação cognitiva com potencialidade desconstitutiva e declaratória (art. 30-A, 2º, da Lei nº 9.504/97), mas o seu procedimento segue as normas da referida norma legal, mitigados os poderes instrutórios do juiz (art. 130 do CPC), no que concerne à iniciativa de produção de prova testemunhal (art. 22, V, da LC nº 64/90) 21 A Lei n foi publicada em 10 de maio de 2006 e muito se questionou sobre a aplicação da legislação nas eleições daquele ano, considerando o princípio da anualidade eleitoral. Entretanto, os legitimados entraram com diversas ações com fundamento neste artigo, sendo que os tribunais julgaram com base no mesmo. 19 Ibidem, apud Carlos Fernando Correa de Castro, em O abuso do poder econômico no direito eleitos, Paraná Eleitoral, n.13, p COSTA Tito, Recursos... p Tribunal superior Eleitoral Representação n Relator Ministro Francisco César Asfor arocha Publicado em 26/04/2007

21 20 As representações previstas nos artigos já mencionados 41-A, 73 e 74, tem como prazo decadencial a diplomação do candidato eleito. A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo prevista no parágrafo 10, do artigo 14 da Constituição Federal tem o prazo decadencial de 15 dias após a diplomação, entretanto, a ação de investigação judicial eleitoral do artigo 30-A da Lei /98, não tem prazo estipulado. 4.2 Da ausência do termo decadencial para o ajuizamento A Ação de Investigação Judicial Eleitoral, com fundamento no artigo 30-A da Lei 9.504/1998, possuía um diferencial que ao mesmo tempo gerou incertezas em todo território nacional. Sua redação incompleta não trazia o termo inicial e nem o prazo decadencial para a propositura da ação. O termo inicial levantou alguns questionamentos para a doutrina em especial. Para Adriano Soares Costa afirma: Se houver, por exemplo, a utilização indevida de propaganda publicitária da administração pública, antes do período próprio para o registro de candidatura, com a finalidade de beneficiar a pessoa que viria a ser, posteriormente, escolhida como candidato do partido do governo, há abuso de pode político, passível de ser atacado por AIRC. Os fatos ocorreram antes das convenções partidárias, mas podem ser objeto da ação de impugnação de registro de candidatura, pois beneficiaram indevidamente o futuro candidato do governo, em detrimento da liberdade do voto. Os fatos ocorreram antes do registro de candidato; a AIJE apenas após o registro poderia ser ajuizada, pois se o beneficiado não conseguir ser indicado em convenção partidária, benefício algum obteve, pois sequer concorreu a cargo eletivo. Logo, a AIJE não poderá abarcar tais fatos, por serem tratados como matéria infraconstitucional, preclusa após o registro da candidatura. 22 Em sentido diverso, opina Lauro Barreto: Alguns eleitoralistas de renome como, por exemplo, Adriano Soares da Costa, entendem que o que determina o início do prazo para o ajuizamento dos pedidos de instauração dessa Investigação é o registro da candidatura pela Justiça Eleitoral. Outros, como Joel José Cândido, defendem a tese de que este prazo pode até mesmo anteceder ao deferimento do registro dos candidatos, quando então a Investigação Judicial Eleitoral é proposta em face de não-candidato ou de ainda-não-candidato. É exatamente nesta corrente que tenho me 22 COSTA, Adriano Soares da, Instituições de Direito Eleitoral, p.522

22 21 posicionado, por entender que o objeto maior desse procedimento não é a decretação da inelegibilidade deste ou daquele candidato, mas sim a preservação da lisura eleitoral, que pode, perfeitamente, ser comprometida muito antes do registro dos candidatos. 23 Entretanto, a discussão mais intensa foi quanto ao prazo decadencial para a propositura da ação. Não restou claro se a vontade do legislador era deixar sem prazo, para que a ação pudesse ser ajuizada a qualquer tempo ou se foi um lapso. Assim, Os tribunais diversos, a doutrina e os próprios legitimados, posicionavam-se de maneira diversa se o prazo era de 15 dias após a diplomação, até a diplomação, ou se não havia prazo. Diversos tribunais, caso é o caso do Tribunal Regional de São Paulo, entendia o fim do prazo com a diplomação: Na mesma esteira, segundo nosso entendimento na ação de investigação judicial eleitoral por captação ou gasto ilícito de recursos para fins eleitorais (art. 30-A da Lei 9.504/97) o prazo para o ajuizamento compreendia o inicio do processo eleitoral até a data da diplomação dos eleitos. 24 O mesmo tribunal ainda decide: RECURSO ELEITORAL. INVESTIGAÇÃO JUDICIAL. ALEGAÇÃO DE CAPTAÇÃO ILÍCITA DE RECURSOS (LEI 9504/97, ART. 30-A). EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. PRAZO DECADENCIAL JÁ SUPERADO. FALTA DE INTERESSE SUBSTANCIAL. DESPROVIMENTO COM OBSERVAÇÃO. (...) Portanto, não se compadece cm o papel reservado à justiça Eleitoral a possibilidade praticamento indefinida de propositura de medidas fundadas em processos eleitorais já consolidados. Isso representa grave risco para a segurança jurídica, em tema no qual esse valor é particularmente relevante. Entendimento ampliativo do prazo para a demanda poderá, com a devida vênia gerar o risco de que, às vésperas de novo pleito, sejam intentadas investigações tendentes a fustigar candidatos adversários, em reserva estratégica (ou tática ) que a jurisprudência do C. Tribunal Superior Eleitoral diligentemente repudiou, por exemplo, quando firmou entendimento acerca do termo final para representações fundadas no art. 73 da Lei 9504/97. É certo que recentemente entendeu aquela C. Corte, nos autos de RO1540, Relator Ministro Félix Fischer, que a investigação judicial fundada em tal dispositivo poderia ser proposta a qualquer tempo: Tendo em vista que a sanção prevista pela violação ao mencionado 23 BARRETTO, Lauro. Investigação Judicial Eleitoral e Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, pg Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Representação n. 455,Acórdão n , Relator Paulo Hamilton Publicado em 17 de dezembro de 2009

23 22 dispositivo representa apenas a perda do mandato, sua extinção é que revela o termo a partir do qual não verifica o interesse processual no ajuizamento da ação. Contudo, obviamente respeitado tal entendimento e a função uniformizadora da corte Superior, é certo igualmente que a nova redação dada ao art. 30-A da Lei 9504/97 pela recém editada Lei n /09 passou a prever um prazo para a propositura da demanda. Não se trata aqui de aplicar retroativamente tal dispositivo, mas de reconhecer que, no contexto interpretativo de uma norma até então omissa, a evolução legislativa positivou e explicitou o que antes era possível extrair do sistema, conforme razões expostas anteriormente. 25 O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, por sua vez, também julga no sentido de que o prazo decadencial é com a diplomação dos eleitos: RECURSO INOMINADO. REPRESENTAÇÃO ELEITORAL. IRREGULARIDADE NA ARRECADAÇÃO E GASTOS DE RECURSOS DE CAMPANHA. ART. 30-A DA LEI Nº 9.504/97. RITO DA AIJE. AJUIZAMENTO APÓS A DIPLOMAÇÃO. DECURSO DO PRAZO. CARACTERIZAÇÃO. IMPROVIMENTO DO RECURSO. 1. É pacífico na doutrina e na jurisprudência que a AIJE, bem como a representação por afronta ao art. 30-A, da Lei das Eleições, só pode ser intentada a partir do pedido de registro até a data da diplomação. Ajuizada após a diplomação deve ser extinta, já que operada a decadência. 2. Recurso conhecido e desprovido. 26 Outros Tribunais, diferentemente dos acima citados, passaram a utilizar como analogia o prazo para a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo AIME, que tem como termo decadencial 15 dias após a diplomação. Neste sentido, o Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul passou a julgar suas ações: RECURSO ELEITORAL. TEMPESTIVIDADE. CAPTAÇÃO E GASTO ILÍCITO DE RECURSOS PARA FINS ELEITORAIS. ART. 30-A DA LEI N.º 9.504/97. CONHECIDO. PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO DE ORIGEM PARA SEU REGULAR PROSSEGUIMENTO. A representação do art. 30-A da Lei n.º 9.504/97 não se confunde com aquela prevista no art. 41-A da mesma lei. Nessa última, a finalidade é impedir a captação ilícita de sufrágio, de 25 Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Representação n , Acórdão n , Relator Flávio Luiz Yarshell Publicado em 01 de dezembro de Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas - Recurso eleitoral 823, Acórdão 5990 Publicado em 26/03/2009

24 23 modo a salvaguardar a liberdade individual de votar; e o art. 30-A, a higidez da campanha política. Aplica-se, por analogia, o prazo de 15 (quinze) dias previsto na Ação de Impugnação de Mandado Eletivo, para a hipótese do art. 30-A, considerando, no entanto, como termo inicial para a contagem do prazo a data da publicação da decisão que julga as contas do candidato e não a data da diplomação (Precedentes: Acórdãos TRE/MS n.ºs 5.549, 5.550, e 5.590). Entretanto, quer se considere o entendimento desta Corte, quer se adote o do TSE (até a extinção do mandato), não há que se falar em decadência da representação em exame, que foi ajuizada em tempo oportuno ( ), sendo que a diplomação do recorrido ocorreu em , tendo havido a suspensão do prazo em razão do recesso forense 27. O Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiânia, por sua vez, também decidia como analogia à Ação de Impugnação de /mandato Eletivo: REPRESENTAÇÃO ELEITORAL FUNDAMENTADA NO ART. 30-A DA LEI 9.504/97 (COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI /2006). REJEIÇÃO DAS PRELIMINARES. FALTA DE REGISTRO DE DESPESA COM COMITÊ ELEITORAL E AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DO RECURSO UTILIZADO PARA PAGAMENTO DE DESPESA QUE NÃO TRANSITOU NA CONTA BANCÁRIA ESPECÍFICA. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. POTENCIALIDADE DAS IRREGULARIDADES PARA CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO. PROCEDÊNCIA EM PARTE DOS PEDIDOS. CASSAÇÃO DO DIPLOMA. 1) Aplica-se à Representação Eleitoral por captação e gastos ilícitos (art. 30-A da Lei 9.504/97) o mesmo prazo decadencial de 15 (quinze) dias após a diplomação, previsto para a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (art. 14, 10, da CF/88). Precedentes do TRE/GO. 28 A fixação do prazo de15 dias torna a Ação de Investigação Judicial Eleitoral muito parecida com a de Impugnação do Mandato Eletivo, deixando de ser uma nova forma de proteção da soberania popular. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, de forma diversa, posiciona-se no sentido de que não há prazo decadencial. Considera que se o legislador não fixou prazo para a decadência, quis que a ação pudesse ser intentada a qualquer tempo durante a legislatura do eleito. Seguem duas decisões que ilustram a situação: 27 Tribunal Regional eleitoral do Mato Grosso do sul Recurso Eleitoral n. 1359, Acórdão n. 6235, Relator Rêmollo Letteriello - Publicado em Data 19/10/ Tribunal Regional Eleitoral de Goiânia Representação n. 1457, Acórdão n. 1457, Relator Euler de Almeida Silva Junior,.

25 24 EMENTA. RECURSO ELEITORAL. INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL PARA APURAR IRREGULARIDADES NA ARRECADAÇÃO DE RECURSOS E GASTOS DE CAMPANHA ELEITORAL. FUNDAMENTO NOS ARTIGOS 30-A, DA LEI Nº 9.504/97 E 22, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90. PRAZO PARA O AJUIZAMENTO. PRAZO DECADENCIAL ATÉ A DIPLOMAÇÃO DOS ELEITOS. INAPLICABILIDADE. INEXISTÊNCIA DE DISPOSIÇÃO LEGAL EXPRESSA QUE ESTABELEÇA PRAZO DECADENCIAL. RECURSO PROVIDO. 1. Não se aplica às ações de investigação judicial eleitoral propostas com fundamento no artigo 30-A, da Lei nº 9.504/97, o entendimento jurisprudencial de que devem ser intentadas até a data da diplomação dos eleitos, raciocínio consolidado para o ajuizamento das ações de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico e político. 2. É tempestiva a ação de investigação judicial eleitoral proposta com fundamento no artigo 30-A, da Lei nº 9.504/97, quando ajuizada apenas dois dias após a diplomação e três dias após julgada a prestação de contas, devendo a sentença que a extinguiu ser anulada e o feito retornar ao Juízo de origem, para regular processamento e julgamento. 29 Ainda: INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL FUNDAMENTADA NO ARTIGO 30-A DA LEI Nº 9.504/97 - IRREGULARIDADE NA ARRECADAÇÃO DE VALORES EM CAMPANHA ELEITORAL - ARRECADAÇÃO DE FONTE VEDADA - PRAZO DECADENCIAL - INEXISTÊNCIA - PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE - IMPROCEDÊNCIA DA AIJE - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO PARA AFASTAR A DECADÊNCIA E JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO INICIAL. 1. A Lei Complementar nº 64/90, em seu art. 22, não previu prazo decadencial para a propositura da Ação de Investigação Judicial. Por construção jurisprudencial é que se reconheceu a inexistência de interesse de agir para a propositura da AIJE com fundamento no abuso de poder econômico e político ou, ainda, fundada no artigo 41-A da Lei nº 9.504/97, após a diplomação do candidato, bem como em relação às condutas vedadas do artigo 73 da Lei nº 9.504/97, entendeu-se que persiste o interesse de impugnação mediante AIJE somente até a data da eleição. 2. Quanto à Ação de Investigação Judicial Eleitoral fundada na arrecadação irregular de recursos em campanha, por inexistir outro instrumento processual substitutivo, não prevalece o prazo decadencial instituído pela jurispudência. 3. A aplicação da penalidade prevista no art. 30-A, da Lei 9.504/97, não demanda potencialidade da conduta para influir no resultado do pleito, mas deve ser vista com base no princípio da proporcionalidade. 30 No mesmo sentido que o Paraná, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro decide pela ausência de prazo decadencial na AIJE: 29 Tribunal Regional Eleitoral do Paraná Acórdão Relator Munir Abagge Publicado em 14/10/ Tribunal Regional Eleitoral do Paraná Recurso eleitoral, Acórdão Relatora Regina Helena Afonso de Oliveira. Publicado em 17/12/2009

26 25 Recurso Eleitoral. Ação por captação ou gasto ilícito de recurso de campanha. Art. 30-A da Lei nº 9504/97. Prazo decadencial. Inexistência. Sentença de extinção do processo. Recurso provido, para sua desconstituição e prosseguimento do feito. 1 - Se a lei não fixou prazo para o exercício da ação, não há falar em decadência. 2 - Sendo o objetivo da ação a cassação do diploma, com perda do mandato, enquanto não extinto este aquela poderá ser aforada. 31 Muitas foram as demandas que chegaram até o Tribunal Superior Eleitoral considerando, principalmente, a extinção das Ações e Investigação Judicial Eleitoral sem julgamento do mérito pela decadência do prazo para propositura da ação. Assim, o TSE passou a decidir da mesma forma em todas as demandas, seguindo o entendimento do Parná, pela inexistência de prazo decadencial. Essa postura do TSE foi muito interessante, pois demonstrou que a corte Superior estava buscando legitimar o processo eleitoral. Segue decisão: RECURSO ORDINÁRIO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE) COM BASE NO ART. 22 DA LEI COMPLEMENTAR N 64/90 E ART. 30-A DA LEI N 9.504/97. IRREGULARIDADES NA ARRECADAÇÃO E GASTOS DE RECURSOS DE CAMPANHA. PRAZO PARA O AJUIZAMENTO. PRAZO DECADENCIAL. INEXISTÊNCIA. COMPETÊNCIA. JUIZ AUXILIAR. ABUSO DE PODER POLÍTICO. CONEXÃO. CORREGEDOR. PROPOSITURA. CANDIDATO NÃO ELEITO. POSSIBILIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA. MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. POSSIBILIDADE. SANÇÃO APLICÁVEL. NEGATIVA DE OUTORGA DO DIPLOMA OU SUA CASSAÇÃO. ART. 30-A, 2o. PROPORCIONALIDADE. PROVIMENTO. 2. Não houve a criação aleatória de prazo decadencial para o ajuizamento das ações de investigação ou representações da Lei n 9.504/97, mas sim o reconhecimento da presença do interesse de agir. Tais marcos, contudo, não possuem equivalência que justifique aplicação semelhante às hipóteses de incidência do art. 30-A da Lei 9.504/97. Esta equiparação estimularia os candidatos não eleitos, que por ventura cometeram deslizes na arrecadação de recursos ou nos gastos de campanha, a não prestarem as contas. Desconsideraria, ainda, que embora em caráter excepcional, a legislação eleitoral permite a arrecadação de recursos após as eleições (Art. 19, Resolução-TSE n /2006). Além disso, diferentemente do que ocorre com a apuração de abuso de poder e captação ilícita de sufrágio não há outros instrumentos processuais - além da ação de investigação judicial e representação - que possibilitem a apuração de irregularidade nos gastos ou arrecadação de recursos de campanha (art. 30-A da Lei 9.504/97). Assim, tendo sido a ação ajuizada em , não procede a pretensão do recorrente de ver reconhecida a carência de ação do Ministério Público Eleitoral em propor a representação com substrato no art. 30-A da Lei n 9.504/97. Tendo em vista que a sanção prevista pela violação ao mencionado dispositivo 31 Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro - Recurso Eleitoral n Acórdão , Relator Celio Salim Thomas Junior. Publicado em Data 03/11/2009.

27 26 representa apenas a perda do mandato, sua extinção é que revela o termo a partir do qual não mais se verifica o interesse processual no ajuizamento da ação 32. Entendo como sendo este o melhor entendimento, considerando que se for utilizado o prazo de apenas 15 (quinze) dias a AIJE acaba por ser igual à AIME, ou seja, não tem razão de existir. Além disso, tem como fundamento a lisura no pleito eleitora que é um braço do princípio republicado. Por isso, deve ter uma proteção majorada. A posição pela ausência de prazo atinge os fins da ação com mais eficácia. Considerando que a campanha é repleta de complexidades, em especial no que tange a prestação de contas, muitas das irregularidades são identificadas meses após as eleições. Assim, haveria um instrumento eficaz para punição. Este fato fortaleceria o princípio da lisura no pleito eleitora que é um braço do princípio republicado. Entretanto, como se verá a frente, esta não foi a intenção no legislador com as alterações da Lei n /2009, que considerou o prazo de 15 dias após a diplomação. 32 Tribunal Superior Eleitoral Recurso Ordinário n Relator Felix Fischer - Publicado em 01/06/2009.

28 27 5. ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI / Considerações Gerais Na data de 30 de setembro de 2009, entrou em vigência a Lei , também denominada de minirreforma eleitoral, em seu artigo 2º, alterou a Lei 9.504/98. O Projeto de Lei sofreu muitas alterações e debates. Um dos principais tópicos foi a possibilidade dos fichas sujas participarem do pleito, assim como a possibilidade de doações ocultas. Foi um momento de grande discussão, mas que na verdade não trouxe muitos resultados práticos. Poucos dispositivos foram alterados, de forma positiva, mas sem trazer algum progresso significativo. A propaganda eleitoral na internet, uma das mairoes dúvidas nas eleições de 2008, foi uma das maiores alterações. Foi liberada campanha através de blogs, sites da internet e diversos outros meios de comunicação online, tanto por iniciativa dos candidatos quanto de qualquer pessoa. A campanha na internet durante o dia da eleição (48h antes até 24h depois) foi liberada. O candidato que responde a processo criminal judicialmente continuará a poder se candidatar. Quanto às doações, continuaram da mesma forma, entretanto, não há mais a exigência de que a doação de pessoa física seja realizada depois do registro de candidatura. Em relação ao tema em questão, a mudança foi substancial e negativa. A redação do artigo 30-A, da Lei 9.504/97 passou a ser: Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a

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