O Trabalho no século XXI. Mudanças, impactos e perspectivas

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1 VII CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE ESTUDOS DO TRABALHO O Trabalho no século XXI. Mudanças, impactos e perspectivas GT 06 SUBCONTRATACIÓN Y ORGANIZACIÓN DE TRABAJADORES PRECARIOS GT 6B Organización de trabajadores precarios Sesione 1) Precariedad laboral: Conceptos y cuantificación Título: Precarização do trabalho no Brasil. Mapeamento das configurações sociais, económicas e políticas e impactos nas condições de vida dos trabalhadores e famílias Autores: Prof. Dr. Adilson Marques Gennari -UNESP, Campus de Araraquara, Brasil, PhD, Professor Assistente-Doutor Prof. Dra. Cristina Albuquerque FPCE, Universidade de Coimbra, Portugal, PhD, Professora Auxiliar Resumo simples: Na comunicação proposta pretendemos mapear analiticamente as situações e condições de trabalho precarizadas no Brasil, entre 2000 e Para o efeito analisaremos não somente os contornos (vínculos, salários, perfis de empresas e trabalhadores) e fatores económicos (com particular enfoque na globalização e mundialização de capitais), associados à precarização laboral, recorrendo a análises nacionais e internacionais (particularmente europeias), mas também, os impactos de um trabalho precarizado na construção de relações sociais, na dimensão dos direitos de cidadania e na determinação de projetos de vida de trabalhadores precarizados, utilizando o exemplo do trabalho em call center e do trabalho informalizado. 1

2 1. Introdução A precariedade constitui-se, nas sociedades contemporâneas, não apenas como uma condição, mais ou menos perene, mas também como uma experiência decorrente de situações plurais e complexas potenciadas pela globalização. Segundo Cingolani (2005), os conceitos de precariedade e de precário remetem para conceções distintas 1, ainda que muitos próximas, relacionadas com: a) a esfera do trabalho ou do emprego (precário); b) a situação de sujeitos (os precários) vivendo experiências, mais ou menos conjunturais ou persistentes, de uma certa precariedade; c) o produto de uma situação específica de desvantagem socioeconómica (precariedade) (CINGOLANI, 2005, p.6). Na presente comunicação iremos centrar-nos sobre a análise das duas primeiras aceções, ainda que a precariedade, como estatuto e situação de desvantagem, seja, na maioria dos casos, causa e/ou consequência de empregos precários. Embora não se constitua como uma situação apenas típica das sociedades contemporâneas 2, a precariedade do mercado de emprego adquire hoje configurações distintas, correspondendo a uma readequação socio-laboral face a mercados globalizados e competitivos. Assim, de fator de adjetivação de situações, mais ou menos conjunturais, no passado, a precariedade transmuta-se hoje em substantivo; em condição estruturante da vida de um conjunto cada vez mais alargado e heterogéneo de trabalhadores, com níveis de incidência e de impactos distintos em diferentes regiões do mundo. 1 A noção de precariedade no emprego adquire diversas conotações por exemplo em vários países da Europa. No Reino Unido mais do que falar em precariedade são referenciados os poor jobs ou bad jobs em oposição a empregos satisfatórios (BARBIER, 2005, p.363). O termo precariedade é muito utilizado sobretudo nos países latinos (França, Itália, Espanha e Portugal), e ainda assim com contornos diferenciados, correspondendo a uma situação laboral que se opõe ao contrato de trabalho tradicional a tempo inteiro, com duração indeterminada e com proteção social agregada (reforma, subsídio de desemprego, de férias, etc.). 2 A noção de emprego ou trabalho precário raramente é referenciada antes dos anos É o chamado trabalho temporário que, nesta altura, começa a designar todo um conjunto de novas formas de emprego, que parecem corresponder a novas estratégias empresariais e consubstanciar realidades sociológicas e jurídicas inéditas. Os trabalhos de Guilbert, Lowit e Creusen (Le travail temporaire, 1970) e de Caire (Les nouveux marchands d hommes, 1973) são a este respeito precursores. 2

3 Com efeito, o incremento e transformação do desemprego, particularmente no contexto europeu e em algumas regiões da América Latina, e a emergência de novas formas de emprego, em sociedades cada vez mais globalizadas e complexas, geraram, sobretudo a partir das décadas de 1980 e 1990, preocupações acrescidas com a situação dos trabalhadores em situação de incerteza e de insegurança socioeconómica. Preocupações tanto mais pertinentes se forem consideradas as conexões profundas entre a precarização do emprego, a degradação das condições e relações coletivas de trabalho e a precariedade social. Já na década de 1970, a relação entre precariedade laboral e precariedade social e estatutária começa a ser discutida, nomeadamente no contexto europeu. É particularmente relevante a emergência das noções de fora de estatuto, permitindo a distinção entre verdadeiros e falsos assalariados (MAGAUD, 1974), ou de emprego sem estatuto (SCHNAPPER, 1989). A segmentação do mercado de emprego, que tal distinção comporta, contribuiu, como salienta Magaud (1974), para a relativa invisibilidade e subordinação dos que não possuíam um estatuto permanente e para a ocupação de segmentos distintos do mercado de trabalho por trabalhadores com conhecimentos diversos. Este fator propiciou a criação, entre os próprios precários, de diferenças estatutárias e salariais que impediam a construção de uma identidade partilhada (PIORE e BERGER, 1979). Nas sociedades contemporâneas globalizadas estas dimensões acentuam-se e adquirem novos objetivos e formas de concretização face à disseminação do modelo neoliberal de produção capitalista. Com efeito, como teremos oportunidade de salientar, as novas configurações do mercado de emprego segmentado tendem a aumentar as distâncias socioespaciais, mesmo entre os trabalhadores precários. Na década de 1980, já Baudoin e Collin (1983) exploram, na obra Le contournement des forteresses ouvrières, as consequências sociopolíticas do trabalho precarizado, nomeadamente em termos de condições de trabalho e da representação clássica dos trabalhadores, com impactos na função sindicalista. Como sublinham os autores, dualizações sociais agregam-se às dualizações do mercado de emprego, gerando processos de produção e reprodução de desigualdades cada vez mais complexos à medida que as sociedades e o sistema produtivo se globalizam. 3

4 Esta perspetiva permite-nos enfatizar a dimensão de vulnerabilidade associada à precariedade e às condições de proteção social e de rendimento, que acabam por consubstanciar-se em diversas trajetórias de vida. A insuficiência dos rendimentos embora não se associe somente ao emprego precário permite de fato caracterizar a precarização estatutária de alguns dos trabalhadores e faz (re) emergir o fenómeno dos working poors. Este aspeto é hoje tanto mais dramático quanto os dados demonstram que as empresas de trabalho temporário já não empregam somente trabalhadores pouco qualificados ou que os contratos a termo certo já não abrangem só esse tipo de trabalhadores. Destarte, as novas configurações do mercado de trabalho e os impactos que possuem nos trabalhadores, e respetivas formas de participação e integração socioeconómica, merecem hoje uma reflexão mais profunda, em prol de uma compreensão mais atualizada e complexa dos processos em curso e dos significados que pode assumir, em contextos geopolíticos diversos, a coesão social e económica. Sob tais pressupostos, pretendemos, na presente comunicação, posicionar algumas das mutações em curso no mundo laboral brasileiro relacionadas sobretudo com a precarização do emprego. Neste âmbito, analisaremos não somente a evolução deste fenómeno ao longo da última década, o enquadramento geográfico, mas também os contornos (vínculos, salários, perfis de empresas e trabalhadores) e fatores económicos (com particular enfoque na globalização e mundialização de capitais). Considerando a associação entre precariedade laboral e precariedade social, pretende-se também perspectivar a precariedade como experiência subjetiva e discutir os impactos do trabalho precarizado na construção de relações sociais, na dimensão dos direitos de cidadania e na determinação de projetos de vida de trabalhadores precarizados. Deste modo, intenta-se construir um mapa analítico das situações e condições de trabalho precarizadas no Brasil e comparar tais configurações à luz de dados gerais referentes à América Latina e à Europa. 2. Precariedade laboral: fatores e (re)configurações nas sociedades contemporâneas Embora não seja totalmente novo, como já foi explicitado, o conceito de trabalho precário adquire nas sociedades atuais novos sentidos e amplitudes. O elemento 4

5 fundamental para distinguir a precariedade laboral atual da do passado 3 é, na ótica de Cingolani (2005, p.33), a forma como as intermitências e as incertezas estão sob a pressão direta dos mercados e do capital, que passa a determinar o conjunto de trocas, nomeadamente em termos de relações sociais. A precariedade, afirmando-se como eixo central de uma nova configuração econômica e social, tende de fato a induzir novos comportamentos e reajustes na relação dos trabalhadores com o mundo do trabalho, num contexto de globalização multidimensional. Com efeito, a globalização tende a gerar ou potenciar, no âmbito dos processos de reorganização económica, polarizações no mundo do trabalho e do emprego, com efeitos evidentes e complexos nas dinâmicas de (re) inserção laboral e social de largos extratos da população. Neste sentido, para a compreensão da complexidade da precariedade na atualidade é importante, como sublinham Rodgers e Rodgers (1989, p.3), não apenas a identificação e avaliação das respetivas dimensões grau de instabilidade; grau de controlo dos trabalhadores sobre as condições de trabalho (nomeadamente em relação ao salário, à gestão de tempo de trabalho e de tempo livre, entre outras); proteção (quer por via de legislação laboral, quer de contratos coletivos de trabalho) e rendimento mas também, e sobretudo, a análise das formas complexas como as mesmas se combinam e das respetivas causas e efeitos. As configurações do mercado de trabalho, as mutações nos modelos organizativos e vínculos laborais (associadas, por exemplo, à flexibilização, aos contratos a prazo, à prestação de serviços, etc), bem como legislações laborais mais permissivas (permitindo ao empregador, por exemplo, maior facilidade de despedimentos ou de reduções salariais) e a orientação para a desregulação do mercado de trabalho, consubstanciam a dimensão estrutural da precarização (GENNARI e ALBUQUERQUE, 2012, p.68). 3 Por exemplo, no século XIX, o trabalho assalariado ainda não é generalizado sendo mais comuns atividades (não salariais) de trabalho agrícola e trabalho no domicílio. As formas de contratualização do trabalho são também extremamente precárias: trabalho ao dia; trabalho sob encomenda, à tarefa ou às peças. 5

6 Deste modo, o processo de precarização traduz-se em formas de trabalho precário cada vez mais estratégicas e centrais na própria lógica de dominação capitalista contemporânea (LEITE, 2009, p.14). São de destacar a este nível: o trabalho a tempo parcial involuntário; o trabalho com contrato a termo; o trabalho temporário; os falsos trabalhadores por conta própria; o trabalho sazonal; o trabalho ocasional; o trabalho no domicílio e o trabalho em regime de subempreitada (ROSA, 2000). A subcontratação, por exemplo, associa-se a uma lógica de lean production por via da criação de pequenas empresas paralelas e de fornecedores, que retira aos respetivos trabalhadores a mesma capacidade reivindicativa de proteção e estatuto proporcionada aos trabalhadores permanentes da empresa núcleo. As formas de trabalho precário no Brasil em particular são muito diversificadas e com impactos muito distintos no percurso de vida dos trabalhadores. Podem ser destacadas formas laborais associadas a atividades assalariadas por tarefa, aos pequenos autónomos, aos trabalhos part time e com contrato temporário, aos trabalhos ilegais (muito associados aos processos migratórios de outros países da América Latina, como a Bolívia e o Peru), ao trabalho doméstico sem registro em carteira e sem protecção, aos faxineiros diaristas, ao trabalho agrícola em atividades sazonais (como por exemplo no corte de cana de açúcar) 4. Em contrário, superando a dimensão meramente contratual e associando-se a condições de vida precarizadas, é possível identificar um conjunto de trabalhadores terceirizados que ganham um salário mínimo por mês, como porteiros, faxineiros, jardineiros, seguranças de patrimônio público, copeiras, etc., e ainda um sedimento mais profundo de atividades precárias, que pertencem ao grande universo da miséria social. Neste âmbito pode enquadrar-se todo um exército de catadores de lixo ou catadores de resíduos sólidos (como latas, garrafas pet, papelão, metais, etc.), aposentados que recebem um salário mínimo e catam resíduos sólidos para vender e complementar o pequeno rendimento, menores de idade em atividades irregulares como guardadores de carro, limpadores de vidro e, mais recentemente, artistas de rua que pedem esmolas nas esquinas quando o semáforo está fechado. 4 Trabalho executado por trabalhadores na maioria dos casos trazidos pelos gatos de Estados que concentram a maioria de trabalhadores que vivem próximo ou abaixo da linha da pobreza, como os Estados do Norte e, principalmente, do Nordeste brasileiro. 6

7 A compreensão da complexidade e especificidade das atuais situações de precariedade laboral implica porém uma reflexão mais profunda em torno da(s) associação(ões) entre a descontinuidade do tempo, no âmago da precariedade, e a nova informalidade (BALTAR e DEDDECA, 1997; NORONHA, 2003), associada a novos processos de segmentação do mercado de emprego em contextos neoliberais globalizados. A descontinuidade dos tempos, ou a lógica da intermitência, constitui-se de fato como uma dimensão relevante para a identificação e compreensão do conjunto de empregos que podem ser enquadrados sob a classificação de precários (CINGOLANI, 2005). No entanto, é necessário adotarmos uma compreensão mais alargada do que significa o emprego precário hoje. Desde logo, superando as fronteiras do mero quadro contratual, de modo a enquadrar a volatilidade de diversas condições de emprego mortalidade de pequenas e médias empresas, certas formas de trabalho independente, tipos de subcontratação que podem ser também expressão de precariedade, já que expõem os trabalhadores a uma situação de incerteza, ainda que possam não enquadrar legalmente a descontinuidade. Com efeito, tradicionalmente e em termos jurídicos, as diversas formas de trabalho precário permitem uma adequação e optimização dos efetivos, evitando que a empresa possua assalariados sobrenumerários. Assim, a contratação temporária ou a subcontratação permitem por exemplo assegurar atividades conjunturais ou sazonais, trabalhos urgentes, adaptação a horas de ponta, atividades que ultrapassam o setor de atividade da empresa, etc. Assim sendo, novos modelos de trabalho, de cariz híbrido, tendem a adquirir, num contexto marcado pela globalização e terceirização das empresas, cada vez maior centralidade. Exemplos paradigmáticos dos novos modos de estruturação do emprego, quer na Europa, quer no Brasil, é a contratação, como prestadores de serviços, de jovens (sobretudo qualificados) para desempenhar funções permanentes; a rotatividade de operadores de call centers e de marketing (em grande número jovens estudantes), sujeitos a padrões exigentes de controlo, de produtividade e de flexibilidade; a subcontratação de trabalhadores para assegurar tarefas centrais da empresa ou serviço e agências de trabalho temporal com trabalhadores em grande rotatividade (CAIRE, 1982), garantindo, por essa via, a redução de direitos e capacidade reivindicativa face à diluição da visibilidade e das responsabilidades do empregador real. 7

8 Por outro lado, vários autores (SCHEHR, 1999; GREEL e WERY, 1993; GAULEJAC e LEONETTI, 1994; GORZ, 1997; BAUMAN, 2001) têm concluído, através dos seus estudos, que muitos jovens já não aspiram, na atualidade, a um emprego permanente mas buscam novos valores e novas trajetórias (GORZ, 1997). Para o efeito procuram desenvolver estratégias de ajustamento ao mundo da precariedade, gerindo períodos de trabalho e não-trabalho, ocupando de forma produtiva os tempos de ócio e adaptando dinâmicas de consumo. O chamado jobber (GORZ, 1997, p.86) assume, assim, a precariedade como modo de vida: aceita empregos provisórios, que permitam assegurar o suficiente para prover as necessidades, e valoriza o tempo liberto como necessário a novas aprendizagens, à liberdade e à criatividade. É o caso, estudado por Bauman (2003), de alguns jovens japoneses instruídos que concretizam desse modo a cultura Furita. Uma reflexão sociológica, política e axiológica pertinente se evidencia com estes dados. Com efeito, a desagregação da sociedade salarial em curso (CASTEL, 1995) parece adquirir significações e impactos distintos, com uma feição mais negativa (precariedade laboral e social, desemprego) a par de uma dimensão mais positiva (novos valores e modos de vida, potenciadora de uma relação renovada com o trabalho e com o cotidiano). No entanto, esta dimensão mais positiva deve ser considerada política e contextualmente, ou seja, tem de pressupor necessariamente apoios, em termos institucionais e políticos, que permitam a independência económica de cada indivíduo e a verdadeira possibilidade de escolha (CASTEL e HAROCHE, 2001). Verificamos pois que as configurações da precariedade e os diferentes significados e impactos que adquire, em diferentes contextos e para diferentes populações, complexifica a compreensão dos processos em curso e obriga a uma reflexão, ao mesmo tempo ancorada em pressupostos globais e em referenciais históricos e contextuais. Neste sentido, se o elemento estruturante do mundo laboral moderno era, para diversos autores, a fragmentação do mercado de trabalho entre um núcleo produtivo com assalariados a tempo integral, e maiores perspetivas de progressão de carreira, e uma massa de trabalhadores com enquadramentos precários, esta tese é, no entender de Rodgers e Rodgers (1989), discutível nos contextos atuais. Como os autores enfatizam, atualmente certas formas de trabalho precário coexistem com modelos mais estáveis, na mesma empresa ou serviço, logo, é inadequado e anacrónico falar de um mercado dual, dicotomizado entre precários e não precários. 8

9 De forma paralela, evidenciam-se duas tendências, (pelo menos aparentemente) de sinais contrários, nos novos modos de estruturação do emprego. A primeira, no sentido de uma nova informalidade; a segunda na linha de uma maior racionalização (RITZER, 1996). A informalidade, contrariamente ao que era expectável há quatro décadas atrás (TOKMAN, 2004; LEITE, 2009), tem vindo a ampliar-se e a transmutar-se nas atuais sociedades capitalistas globalizadas, como diversos dados empíricos vêm demonstrando. No âmago da própria formalidade parece emergir hoje uma espécie de nova informalidade (BALTAR e DEDDECA, 1997; NORONHA, 2003), abarcando um conjunto de assalariados disfarçados (PORTES, CASTELLS e BENTON, 1989), que constituem, como salienta Tokman (2004, p.200), o excedente de mão de obra que está disponível para responder às necessidades dos sectores mais modernos, permitindo diminuir os custos de trabalho. A segunda tendência remete-nos para aquilo a que George Ritzer (1996) chama de mcdonaldization do trabalho e que consubstancia uma lógica de eficiência, de previsibilidade, de calculabilidade, de tecnologia humana e de controlo sobre a incerteza. A ideia subjacente a este conceito é o da racionalização do processo de trabalho, a assunção de uma lógica mecânica e alienante (por via de técnicas, procedimentos, rotinas, controlo, rapidez, eficiência ), dos contextos laborais aos processos de interação e às identidades. Numa perspetiva complementar, Scott Lash (1995) salienta a relevância do domínio ou do não domínio da informação e dos conhecimentos pertinentes para a integração social e laboral em contextos cada vez mais complexos e tecnologicamente especializados, sendo que aqueles que não dominam esse conhecimento se tornam facilmente descartáveis e invisíveis. A dimensão do conhecimento, mais ou menos especializado ou transversal, das competências (sobretudo tecnológicas e de gestão) e da informação torna-se, efetivamente, um elemento basilar para a compreensão das sociedades atuais e, em consequência, um fator estruturante para o entendimento das dinâmicas contemporâneas dos mercados de trabalho à escala global. 9

10 Neste sentido, por um lado a precarização tende a afetar sobretudo as populações mais vulneráveis, que possuem, quer um menor domínio da informação pertinente e das competências essenciais numa economia e sociedade tecnológicas, quer uma menor capacidade de visibilização e de superação de situações de discriminação, exploração e submissão (como acontece por exemplo com os trabalhadores imigrantes sem papeis). Por outro lado, as exigências renovadas do mercado de emprego atual permitem a emergência, no âmago dos fluxos globais, de novas categorias, mais qualificadas e adaptáveis. Tais categorias, apelidadas por Elísio Estanque (2005) de novas elites socioprofissionais, asseguram a preservação e consolidação do seu poder e influência em virtude do domínio das competências e informações mais relevantes nos respetivos contextos laborais e sociais, o que tende a acentuar, como sublinha o mesmo autor (ESTANQUE, 2005), as desigualdades e as distâncias socioespaciais entre/ intra categorias socioprofissionais no mundo globalizado. A compreensão dos diversos eixos dos processos em curso e da forma como a precarização sociolaboral se consubstancia em diferentes contextos e experiências constitui-se, pois, como um fator importante para o entendimento das próprias dinâmicas capitalistas contemporâneas, como veremos com a exemplificação da situação brasileira. No Brasil, o emprego e o desemprego ganharam, também, um novo perfil a partir do novo ambiente configurado no final dos anos Em primeiro lugar, temos que levar em conta as mudanças institucionais advindas da abertura política, principalmente no que tange à nova Constituição de Outro aspeto relevante tem a ver com os efeitos devastadores da crise econômica estrutural que se consubstanciou numa persistente estagnação do crescimento econômico. A este quadro vieram se somar as novas modalidades de política econômica de talhe neoliberal, implementadas desde a ascensão ao poder do Presidente Fernando Collor de Melo. As políticas neoliberais, principalmente no que tange à abertura econômica, acompanhada de várias formas de flexibilização da estrutura econômica e social e altas taxas de juros, exerceram pressões expressivas no nível e no perfil do emprego. O resultado bastante palpável é uma reestruturação do mercado de trabalho, ou, na verdade, um processo de desestruturação do mercado de trabalho com a geração do chamado desemprego estrutural, ou seja, aquele que persiste com as mudanças conjunturais da economia, já que advêm de transformações profundas no interior da estrutura 10

11 socioeconômica na era da globalização. Estas transformações associadas a abertura econômica, inovações tecnológicas, reestruturação industrial, terceirização dos serviços, flexibilização produtiva, etc., trouxeram uma novidade na estrutura econômica capitalista, cujo epicentro está na maior racionalização em detrimento da geração de empregos na nova estrutura tecnológica flexível. O resultado é uma mudança no perfil do emprego ou, dito de outro modo, na fragmentação, informalização, terceirização, trabalho part time, etc., ou seja, a precarização do emprego, acompanhado da introdução do chamado desemprego de longa duração (ou desemprego estrutural). Na verdade, os dados sobre a variação do emprego no Brasil são significativos. As taxas de desemprego atuais apresentadas pelas pesquisas do DIEESE para as grandes capitais atingem cerca de 10% (DIEESE, 2010). Já os dados da CEPAL demonstram que em quase duas décadas de reestruturação produtiva, sob a égide das políticas neoliberais, o desemprego passou de 4,3% em 1990, 7.1 em 2000, para 8,1% em 2009, o que corresponde a uma quase duplicação no período em análise. No Brasil, pelo menos desde o século XIX, sempre houve a convivência com o trabalho precário. Entretanto, ganhou nova dimensão com a difusão do trabalho precário (que) aconteceu um pouco depois que nos Estados Unidos, nos anos 1990, com o aumento da privatização e da desregulação que acompanharam um comprometimento a uma ideologia neoliberal e ao Consenso de Washington. (KALLEBERG, 2009, p. 23) Neste sentido, no Brasil, a precariedade está bastante associada ao trabalho na chamada economia informal. Esta forma não está ligada necessariamente com a redução da proteção social, como no caso de alguns países europeus, mas, principalmente àquelas atividades que são desenvolvidas sem, ou à margem, de toda a regulamentação advinda do Estado. É notório que no processo de desestruturação do mercado de trabalho intensifica-se a chamada informalização dos empregos. Segundo Suisso (2010, p. 3), no Brasil, em janeiro de 1991, os empregados com carteira representavam 55,0% da força de trabalho. Além desses, quase 20,0% eram autônomos registrados e outros 4,5% empregadores. Os empregados informais representavam 20%. A partir do início da década de 1990 observa-se uma ruptura na estrutura do emprego no Brasil de modo que existe um enorme abismo entre a lei e a realidade no campo do trabalho. Embora o Brasil possua 11

12 uma das legislações mais protecionistas do mundo, apenas 40% dos brasileiros que trabalham desfrutam das proteções mínimas. Ou seja, 60% vivem na informalidade. (Suisso, 2010, p. 9). Os dados mais recentes sobre a realidade brasileira, disponíveis no IPEAdata (2010), demonstram queda nos níveis de informalidade nos anos 2003 a 2007 (Tabela I). Entretanto, na ocasião, persistia o fato de que aproximadamente metade dos trabalhadores brasileiros viviam na informalidade, o que praticamente significa dizer, na precariedade. O resultado é que evidencia-se o desenvolvimento de um sub-proletariado informal e desprotegido. No que tange à informalidade houve uma sensível melhora nos anos recentes como demonstra o gráfico I. Tabela I - Grau de Informalidade do Emprego no Brasil (% anual) 5 Ano Fonte: IBGE, Os dados da tabela II, de agosto de 2009, demonstram que no Brasil aproximadamente metade dos trabalhadores possuíam carteira assinada, ou seja, são os chamados trabalhadores formais, de maneira que fica também apresentado, contrario sensu, o percentual da informalidade. Tabela II - Configurações do Emprego no Brasil Tipo de Empregados % Empregados com carteira de trabalho assinada 49.0 Empregados sem carteira de trabalho assinada 19.0 Empregados por conta própria 18.0 Trabalhadores não remunerados Uma das três diferentes definições do grau de informalidade oferecidas no IPEAData, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE. Esta taxa corresponde ao resultado da seguinte divisão: empregados sem carteira + trabalhadores por conta própria/ trabalhadores protegidos + empregados sem carteira + trabalhadores por conta própria (DISOC/ IPEA). 12

13 Empregadores 4.50 Fonte: IBGE, 2010 Quanto à composição da população ocupada segundo a posição na ocupação, o contingente de empregados com carteira de trabalho assinada teve um crescimento de 6,3% em 2011 com relação a 2010, o que equivale, em valores absolutos, a aproximadamente 691 mil novos contratos com carteira assinada. Já o emprego sem carteira de trabalho assinada teve uma redução de 4,2% na comparação das médias trimestrais. Esse resultado confirma a crescente formalização dos postos de trabalho,13 ou, se quiser, a trajetória de queda do grau de informalidade.14 No mês de março esse indicador chegou a 35,4%, o que caracteriza o menor valor já registrado. (boletim IPEA, p. 13) Nos últimos anos, verifica-se pois no Brasil uma redução da informalidade dos trabalhadores, o que não significa necessariamente redução da precarização das relações laborais. O gráfico abaixo apresenta a rápida e consistente redução da informalidade na conjuntura recente do Brasil. Gráfico I Grau de informalidade nos anos recentes ( ) Fonte: Boletim IPEA/MTE n. 42, 2011, p

14 2.1. Mapa analítico da precariedade laboral no Brasil na última década Segundo informações do Observatório Social podemos identificar, na tabela ilustrada abaixo, que no Brasil, a região Nordeste concentra o maior número de trabalhadores precários quando observa-se o número de precários em relação à População Economicamente Ativa - PEA da região. Enquanto que nas outras regiões do país esse número cai pela metade. Tabela III - % do trabalho precário/pea por região: Fonte: observatório social.org.br: Acesso abr/2013 A título meramente exemplificativo, é de salientar que no, contexto europeu, de acordo com um estudo realizado por Oliveira e Carvalho (2010) com recurso aos dados do Labour Force Survey, o peso relativo do trabalho precário é muito diferenciado. Analisando a taxa de trabalho temporário da população entre os 15 e os 64 anos, ao longo de três décadas, bem como os valores do indicador em 2005, por escalão etário (15-24 anos, anos, anos), as autoras concluem que, nos países de Leste, à exceção da Polónia e Eslovénia, as taxas de trabalho precário são mais reduzidas. A Espanha 14

15 regista a taxa de trabalho precário mais elevada (33,8%) e Portugal ocupa a terceira posição (19,5%). As autoras adiantam neste sentido que a tendência de precarização do emprego é de natureza estrutural mas não generalizada na União Europeia. Existem mesmo países, como a Dinamarca, Grécia, Reino Unido, Irlanda e Espanha, que registam uma diminuição do recurso a contratos temporários nos últimos 30 anos. Ainda assim, os níveis de precarização têm-se agravado, nas últimas décadas, para os indivíduos integrados no escalão etário dos 15 aos 24 anos. As autoras destacam igualmente que o principal fator de diferenciação entre países é o caráter involuntário ou voluntário (normalmente associado a projetos de educação e formação prolongados) do trabalho precário, sendo que na população adulta (25-49 anos) o trabalho precário é maioritariamente um constrangimento e não uma opção (ao contrário do que acontece com os mais jovens que muitas vezes preferem trabalhos precários, a par de estudos ou outras atividades paralelas, concebidos como transitórios, como salientaremos no ponto 2 da presente comunicação). Em Portugal, a situação de precariedade, maioritariamente involuntária, da população adulta tem-se agravado progressivamente, sobretudo na última década em estudo. As autoras salientam ainda uma mudança estrutural nos mercados de emprego europeus no sentido da definição de uma nova relação salarial, apelidada de neoconcorrencial já que associada a uma maior liberalização das relações de emprego. 3. A precariedade como experiência: os precários e as práticas Numa ótica mais micro, a compreensão da precariedade laboral implica a consideração de três aspetos fundamentais: o sentido atribuído ao trabalho por parte do indivíduo, a escolha ou imposição do vínculo precário e as práticas precárias. Como já foi salientado, novas formas de relação com o trabalho permitem também a afirmação de trabalhos precários como opções de vida (por exemplo, freelancers ou os intellos precaires em França, ou os furita no Japão). É a ausência de liberdade de escolha e de opções (cada vez mais limitadas), e a transformação das pessoas em peças de engrenagens de racionalização (RITZER, 1996), que se constitui como um elemento profundo na compreensão das sociedades precarizadas atuais e das dinâmicas de desenvolvimento que devem comportar. Por outras palavras, é a questão da segurança 15

16 que está em causa, dos alicerces que permitem superar a descontinuidade das incertezas e das vulnerabilidades que se lhe associam (CINGOLANI, 2005, p. 55). As descontinuidades associadas à precariedade laboral não expõem todos os sujeitos ao mesmo nível de risco; este varia em função de características como a idade, o sexo, as habilitações literárias, o local de proveniência, entre outros aspetos, mas também em função de experiências e percursos diferenciados. As situações integradas no conceito de condição precarizada são extremamente diversificadas (a mãe de família ou o estudante que trabalha a tempo parcial, o trabalhador agrícola que realiza trabalhos sazonais, o investigador que vive com uma bolsa, entre outras), supondo trajetórias biográficas muito distintas na relação com a vulnerabilidade. Assim sendo, para alguns grupos de sujeitos, cada vez mais numerosos, a condição de precariedade constitui-se como a marca fundamental de uma trajetória profissional e salarial de cariz atípico, potenciando a criação ou consolidação de uma situação de pobreza; para outros, a condição de precariedade é apenas uma etapa de transição, mais ou menos prolongada e difícil, para uma relação salarial mais estável. Em qualquer caso a compreensão da experiência e dos significados que a condição de precário assume para diversos sujeitos constitui-se como um elemento incontornável para o entendimento das facetas multidimensionais deste fenómeno complexo. A valorização das trajetórias e experiências da precariedade não implica porém a ocultação dos elementos estruturais associados aos constrangimentos pesados do mercado de emprego, global e indisponível para certas populações, ou aos processos de (re) produção das desigualdades. Pelo contrário, o estudo das trajetórias e discursos de precarização permitem evidenciar, no âmago das descontinuidades biográficas (CINGOLANI, 2005), o conjunto de tais constrangimentos estruturais do modo de produção capitalista atual, como teremos oportunidade de destacar pela referência a uma das formas de trabalho mais precário: o trabalho em call centers e também em um aspecto relevante representado pelo processo de terceirização de algumas atividades. 16

17 3.1. Práticas precárias: o exemplo dos call centers O trabalho em call centers é geralmente apresentado como exemplo do trabalho fortemente precarizado. Os contratos, renovados quinzenalmente, a grande flutuação do capital humano com dispensas e novas contratações constantes, a par de dinâmicas extremas de mcdonaldização (RITZER, 1996) do trabalho (mensuração da produtividade pelo tempo; ausência de interação com os restantes operadores; promoção da competitividade como fator de performance, entre outros aspetos), consubstanciam uma lógica de abstração do trabalho que poderia ser apelidada de neofordista (RAMALHO e DUARTE, 2011). Se a organização do trabalho no modelo fordista consagra como fator importante na determinação do valor de troca a utilidade da mercadoria produzida e a qualidade da mesma, no modelo neofordista o critério de qualidade centra-se exclusivamente no tempo despendido para assegurar uma determinada quantidade de trabalho (no caso em análise o número de chamadas atendidas). Nesta ótica os operadores de call centers constituem-se como o novo proletariado da era cibernética (RIBEIRO et al, 2011), o cybertariat como lhe chamou Ursula Huws (2003). Como afirma um operador de call center (RAMALHO e DUARTE, 2011, p. 118) Após uns anos na faculdade ou a tirar um curso de formação, a necessidade aperta e é preciso dinheiro. Olhar para as ofertas de emprego é pôr uns óculos afunilados que muitas vezes nos levam para o desconhecido mundo dos call centers. Aí chegados, as conversas com amigos e familiares não versam essa realidade sem interesse e desprestigiante, pelo menos sob o rigoroso e empreendedor olhar do circuito que nos rodeia. Sendo assim, a primeira lição é dada socialmente: as oito horas diárias que consomem um terço do quotidiano não são tema de conversa nem de interesse. Aprende-se, portanto, a esquecer. As regras básicas são as mesmas que um soldado raso tem de saber de cor. [ ]. «A obediência é o óleo da máquina». Depois aprende-se que nada é feito ao acaso: uma infernal máquina de produção em série está à espera do operador na sala ao lado. Esta máquina funciona com um curioso combustível, o objectivo, associado ao TMA (tempo médio de atendimento) e às NC (não conformidades) ou seja, erros ou esquecimentos que põem em causa toda a máquina: «qualquer distracção pode ser fatal», ouve-se com frequência. Fatal para o cliente, mas também para o operador, na medida em que os prémios de produção dependem da ausência de erros em todas as dezenas de chamadas que se fazem ou se recebem diariamente. Diversos estudos (BONO, 2000; DUARTE, 2004; SANTOS e MARQUES, 2006) têm revelado que a maioria dos trabalhadores das empresas de call center na verdade desejam e buscam o vínculo precário. Trata-se sobretudo de jovens, muitos ainda estudantes, que 17

18 asseguram por esta via um rendimento adicional numa ocupação concebida como transitória e facilmente abandonável. Como afirma o mesmo operador (RAMALHO e DUARTE, 2011, p. 121), O emprego é visto como passageiro, uma fase triste da vida profissional que rapidamente passará. Um outro emprego na sua área irá surgir a qualquer altura e, por isso, o fato de o contrato ser de um mês ou de seis até dá força à ideia de que o tédio é apenas uma curta fase passageira. Uma boa ilustração deste quadro é a felicitação unânime e efusiva dos colegas quando alguém sai, mesmo que não se saiba para onde: para pior não será, com certeza. Ainda assim, não podem ser descurados os impactos que a incerteza gerada pela precariedade tem na construção de projetos de vida (por exemplo, constituição de família; acesso a crédito bancário, etc) e nas formas de participação social e cidadania dos sujeitos. Deste modo, a precariedade pode assumir contornos de flexiexploração (RIBEIRO et al, 2011, p. 135) e constituir-se, sob a chantagem da necessidade, numa forma silenciosa de violência simbólica. Os chamados call centers vieram como um desenvolvimento do velho telemarketing pois agora as atividades são conectadas a computadores e com um sistema de trabalho e operação totalmente flexivel onde seus operadores, ou teleoperadores, estão conectados à internet, bases de dados diversos e outros intrumentos, meios e equipamentos de comunicação e de informação. Segundo o sindicato das empresas (sintelmark), o setor de telemarketing emprega no Brasil aproximadamente 1,4 milhões de trabalhadores, cujo perfil mais geral são pessoas jovens, do sexo feminino e muitas vezes no seu primeiro emprego. Quanto à atividade, cerca de 45% dos trabalhadores atuam no setor de atendimento ao cliente (SAC), 22% em televendas, 23% em recuperação de crédito e finalmente, 10% em outras atividades 6. Quando à formação educacional, apenas 10% dos trabalhadores do setor possuem ensino superior, sendo que a maioria (aproximadamente 70%) possuem o ensino médio completo. Por fim, no que tange ao salário, o teleoperador recebe algo próximo ao salário mínimo legal, ou seja, cerca de R$ 700,00, o que coloca a categoria entre as mais exploradas do tecido sócio-econômico brasileiro. 6 Fonte: acesso em 19 abr

19 3.2. Práticas precárias: alguns aspectos sobre a terceiração no Brasil. A terceirização do trabalho teve um grande impulso nos anos 1990 na onda das reformas liberalizantes, da reestrururação produtiva e da flexibilização das relações de traballho. Dito de um modo simples, a terceirização ocorre quando as empresas deixam de contratar diretamente trabalhadores para a realização de determinadas tarefas mas trasnferem a tarefa da contratação para outra empresa que passa a ser designada de empresa contratada ou empresa terceira. Segundo o Relatório do DIEESE (2007), vários setores foram objeto do processo de terceirização no Brasil, o que implicou e vem implicando na precarização das relações do trabalho. Algum setores relevantes são: o setor financeiro: os bancos, o próprio setor público, o setor elétrico, o setor químico, o setor de petróleo e petroquímico, o setor de contrução civil. O Ministério Público do Trabalho- MPT estima que o Brasil tem aproximadamente 8 milhões de trabalhadores terceirizados 7 em vários setores da sociedade, como saúde, construção civil, limpeza, segurança bancária, segurança, etc. Na tabela IV abaixo apresenta-se uma síntese de alguns elementos relevantes da terceirização no Brasil quanto à remuneração, ao rendimento e à escolaridade dos trabalhadores: Tabela IV Retrato da Terceirização 2009 (regiões metropolitanas) 1.Rendimento médio : R$799,00 ( 55% do rendimento dos trabalhadores com carteira assinada) 2. 93% contribuem para a Previdência Social 3. 50% dos terceirizados possuem ensino médio completo e superior incompleto 4. 30,4% dos terceirizados tem entre 30 e 39 anos 5. As mulheres são 40% dos trabalhadores terceirizados Fonte: Maia, DIEESE, apud Carleial (2013). O processo de terceirização se disseminou pelo tecido econômico tanto privado quanto público e acabou por criar uma sub-categoria de trabalhadores cujos direitos são 7 acesso em mar/

20 rebaixados, bem como os seus salários, que em média ficam menores do que os trabalhadores diretamente contratados pelas empresas. É assim que o capital encontrou novas maneiras de contrabalançar a tendência à queda na taxa média de lucro que se verifica na crise capitalista, além de conseguir sucesso em um aspecto antes inexplorado de reestruturação produtiva e nas relações do trabalho. Considerações finais É possível considerar, à guisa de conclusão, que todo o processo de precarização do trabalho, que vem como um dos aspetos mais relevantes do processo de globalização do capital nas últimas décadas, corrobora com o aumento da produtividade trabalho e da recuperação das margens de lucros das empresas, no processo de reestruturação e flexibilização da produção e das relações do trabalho no mundo e particularmente no Brasil. Na medida em que o trabalho precário se implanta paulatinamente em diversos setores do tecido socioeconômico e que uma de suas características centrais é o rebaixamento das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores, e por que não dizer, de suas condições de vida, já que se trabalha mais e em novas condições de trabalho permeadas por direitos rebaixados, podemos então inferir que, em paralelo à melhoria das condições para o restabelecimento da rentabilidade econômica dos investimentos, verifica-se a redução das condições necessárias para a construção da cidadania para um conjunto muito alargado e heterogêneo de populações que passam a vivenciar a precarização de suas relações laborais e consequentemente de suas vidas. Bibliografia: BALTAR, Paulo e DEDDECA, Cláudio (1997), Mercado de trabalho e informalidade nos anos 90, Estudos Económicos, IPE-USP, nº especial, pp BARBIER, Jean-Claude (2005), La précarité, une catégorie française à l épreuve de la comparaison internationale, Revue Française de Sociologie, n.º 46-2, pp BARBOSA, Alexandre e CARVALHO, Daniela. O Trabalho Precário no Mundo, na América Latina e no Brasil. Disponível em: 20

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