Seminário RMC e os desafios para o século XXI OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES/UFPR
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1 Seminário RMC e os desafios para o século XXI OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES/UFPR : mudanças na estrutura produtiva e no mercado de trabalho no período 1991/2010 Paulo Delgado Liana Carleial Curitiba, 17 e 18 de setembro 2013
2 RMC: ESTRUTURA PRODUTIVA E NO MERCADO DE TRABALHO Questões: Que características sua estrutura produtiva assumiu no período ? Como o mercado de trabalho reagiu a essas mudanças econômicas e como se caracteriza a inserção ocupacional da população nesses dois períodos? Qual o rebatimento territorial dessas mudanças em termos de distribuição regional das atividades econômicas e da configuração de segmentação econômica dos municípios quanto ao seu papel na geração e apropriação da riqueza gerada no espaço metropolitano?
3 RMC : a estrutura produtiva e o mercado de trabalho A estrutura produtiva é uma expressão da divisão social do trabalho num dado território; ela indica a natureza da ocupação que os homens desempenham, podendo indicar também a razão das diferenças salariais, de organização dos trabalhadores e de atuação do Estado no território; Há uma especificidade na estrutura produtiva de um país subdesenvolvimento: dependência tecnológica, pouco diversificação, concentração territorial da produção e implicações danosas sobre o mercado de trabalho e a distribuição de renda(furtado e Marini); Intenso processo de urbanização, industrialização tardia e migração interregional( ); 1980: o parque industrial se aproximava das tendências mundiais e era maior que o da Tailândia, Malásia, Coreía do Sul e China juntos!!!! (Cassiolato, 2001)
4 Brasil: a expressão da concentração produtiva
5 RMC: ESTRUTURA PRODUTIVA E O MERCADO DE TRABALHO A é um dos casos de inserção tardia no processo de metropolização brasileiro e esta temporalidade vai marcar seu desenvolvimento. A configuração de sua base produtiva marcada pela expansão e modernização da indústria e serviços consolidou-se no período que se estende até meados dos anos 1980; Na década de 1990, a RMC ganha com a desconcentração industrial de São Paulo e recebe novos investimentos, especialmente, os da automotiva, já num padrão de condomínio industrial e rede de firmas; assim, não é tão atingida pelos processos de reestruturação industrial, como SP, BH e POA; A década iniciada a partir de 2000 vai ser marcada, na RMC, por duas mudanças importantes: um processo de redistribuição das atividades econômicas em seu território, mesmo que restrita a alguns municípios do polo metropolitano, e, a partir de meados da década, uma importante recuperação da dinâmica de seu mercado de trabalho.
6 Anos 1990: Macroeconomia, estrutura produtiva e o mercado de trabalho Receituário neoliberal; Reestruturação produtiva, abertura comercial e flexibilização dos mercados; Incapacidade de enfrentar a crise do anos 1980; Auge da revolução microeletrônica, mudança nas formas de concorrência e fragmentação produtiva; Privatização e desnacionalização de muitos elos das cadeias produtivas; Firma-rede enquanto indicador da nova divisão internacional do trabalho: aos subdesenvolvidos cabe apenas a montagem! Crescimento lento e ausência de política industrial; Plano real, câmbio, juros altos e superavit primário como eixo; Precarização do trabalho Aumento do desemprego Perda de participação da indústria na ocupação = desindustrialização Aumento da informalização / flexibilização dos contratos laborais
7 Anos 2000: Macroeconomia, estrutura produtiva e o mercado de trabalho Retomada do papel do Estado enquanto indutor do desenvolvimento; Pouca mudança de natureza macroeconomica no 1º. Gov. Lula; Retomada de políticas industriais: PICTE I e II e PDP(governos Lula) e Brasil Maior( gov.dilma) Política de valorização do salário mínimo + ampliação de crédito + política de transferência de renda; PAC I e II Grandes projetos de infraestrutura; Boa estratégia de enfrentamento da crise de 2008; Queda importante de juros no 1º.governo Dilma; A dificuldade de retomar o crescimento industrial; Efeitos muito positivos sobre o mercado de trabalho: crescimento do emprego formal e da proteção social.
8 ESTRUTURA DO ARTIGO Introdução Contexto Geral do país nessas duas décadas; Cenário macroeconômico no período ; Reestruturação produtiva, plano real e abertura comercial; privatizações e perda de elos das cadeias produtivas; o processo de desindustrialização. Cenário macroeconômico no período : novo modelo de desenvolvimento?
9 INDICADORES DE OCUPAÇÃO Em média, 43 mil pessoas ingressavam no mercado de trabalho da RMC a cada ano. Em um período de 20 anos, somente em 8 o crescimento do emprego formal foi maior que a variação média da PEA. A PNAD considera o território correspondente à delimitação original da RMC, que hoje é composto por 19 municípios. Fonte: IBGE: PNAD.
10 INDICADORES DE OCUPAÇÃO A PNAD considera o território correspondente à delimitação original da RMC, que hoje é composto por 19 municípios. Fonte: IBGE: PNAD.
11 INDICADORES DE OCUPAÇÃO Fonte: IBGE: PNAD.
12 EMPREGO FORMAL Evolução RMC e Paraná RMC - Períodos crise com recuperação estagnação (REESTRUTURAÇÃO) crescimento lento crescimento intenso
13 EMPREGO FORMAL RMC Desempenho Geral Incremento médio anual (nº) Estoque (31 dezembro): 1990: : : : :
14 EMPREGO FORMAL RMC Desempenho Setorial Não estão representadas as taxas referentes à indústria extrativa e à agricultura; em 2010, estas atividades representavam apenas 1% do emprego formal da RMC.
15 EMPREGO FORMAL RMC Desempenho Setorial + 10,0 mil -3,2 mil -39,7 mil -13,0 mil
16 EMPREGO FORMAL RMC Estrutura Setorial Mecânica / Mat. Elétrico e Com. / Mat. De Transportes (nº) Participação na indústria de transformação (%) 26,4 21,8 27,7 28,0 33,8
17 EMPREGO FORMAL RMC Desempenho Intrametropolitano Apesar das baixas taxas, Curitiba teve, no período 1990/2010, um incremento de 350,5 mil empregos formais, ¾ deles gerados após 2003.
18 EMPREGO FORMAL RMC Desempenho Intrametropolitano
19 EMPREGO FORMAL RMC Índice de concentração
20 EMPREGO FORMAL RMC Participação do polo (%)
21 EMPREGO FORMAL OBRIGADO!
22 EMPREGO FORMAL RMC Grupos ocupacionais superiores CBO 94 CBO Variação Variação Total Grupos superiores Participação GS (%) 20,7 21,1-18,0 18,2 - Fonte: MTE/RAIS. Lembrete: profissionais autônomos nível superior nem sempre têm registro na RAIS. Em 2010, observando as CATs, os grupos superiores totalizam pessoas, das quais são autônomos.
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