Educação Sexual. Acção de Formação para Agentes Educativos das Escolas Católicas. Outubro de 2010
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- Patrícia Olivares Arantes
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1 Educação Sexual Acção de Formação para Agentes Educativos das Escolas Católicas Outubro de 2010 Enquadramento conceptual, Objectivos e Estrutura Programática
2 ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL A formação em educação sexual promovida pela Escola Superior de Enfermagem S.Francisco das Misericórdias, em parceria com o Movimento de Defesa da Vida, e por iniciativa da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), tem como finalidade subsidiar a actividade docente, ao nível do ensino básico e secundário, em resposta à formalização subjacente ao disposto na Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto. Considera-se a educação sexual uma área temática de confluência dos interesses da educação e da saúde. A promoção desta formação ao nível de uma Instituição de Ensino Superior, encontra razão de ser na necessária reflexão científica e pedagógica, associada com uma dinâmica de aplicação prática. É, pois, uma razão fundamentada na extraordinária relevância da temática, não só para a Pessoa, - preocupação primária -, como para o bem-estar social, - preocupação secundária -, que nos fez pensar numa proposta pedagógica para os próprios agentes pedagógicos. A presente proposta de formação em educação sexual, assenta numa concepção holística do Ser Humano, na qual se justifica a consideração da multiplicidade de dimensões que estão na base de todo o comportamento humano. É a tradução da concepção axiológica da Escola Superior de Enfermagem e das entidades parceiras A Escola pauta-se por valores humanistas de matriz Cristã, Católica, nos quais assentam as concepções de Pessoa, Enfermagem, Formação e Cidadania. -da Política Institucional da ESESFM. Embora as questões relacionadas com a transmissão da Vida e com os comportamentos de risco, tomem, no tempo corrente, uma relevância avassaladora, a verdadeira noção de sexualidade só pode, encontrarse e entender-se na abordagem da Pessoa concreta e total. De facto, não existe uma uniformidade sexual, relativamente à qual possamos parametrizar todas as intervenções educativas. Tal, só aconteceria se as variáveis em jogo fossem exclusivamente biológicas e sujeitas a uma relação de causa-efeito. A sexualidade desempenha um papel decisivo no desenvolvimento da personalidade do Homem. Ela não pode ser considerada uma força fechada em si mesma; ordena-se no sentido total da existência humana (Vidal, 1991) Pensamos, pois, numa Pessoa total; uma Pessoa entendida na sua natureza bio-psico-social cultural e espiritual. É para essa Pessoa que se orientam os esforços honestos, que o são porque visam favorecer 2
3 subsidiariamente o harmonioso desenvolvimento da criança e adolescente. OBJECTIVOS A formação em educação sexual, visa contribuir para a capacitação do professor, em quatro níveis de referência: A. O Plano da compreensão abrangente do fenómeno da sexualidade B. O Plano da organização longitudinal das intervenções C. O Plano da intervenção concreta para um grupo D. O Plano do diálogo Pessoa a Pessoa São, assim, estes, os objectivos desta Acção de Formação: Conhecer a importância do corpo enquanto núcleo estruturante da relação interpessoal; Diferenciar as responsabilidades dos diferentes agentes educativos; Associar as alterações biológicas do corpo em crescimento aos comportamentos da criança e adolescente; Identificar os mecanismos bio-fisiológicos, ao nível sexual, mais relevantes no tempo da adolescência; Conhecer todos os métodos de controlo de natalidade; Identificar as Infecções sexualmente transmissíveis mais frequentes e sua epidemiologia; Conhecer diferentes modelos de educação sexual; Planear uma intervenção estratégica em matéria de educação sexual; Planear uma intervenção pontual em matéria de educação sexual. Bibliografia Vidal, Marciano Ética da Sexualidade. São Paulo : Loyola,
4 MÓDULO I 25 HORAS 1 Crédito Conteúdos Programáticos Edição de Lisboa A. Primeira sessão: A relação com o corpo e a relação com os outros. Imagem corporal e sexualidade. Corpo e sexualidade perspectiva pedagógica Data: 20 de Novembro de Formadora: Dr.ª Isabel Leal Ruiz. B. Segunda sessão: Adolescência. Características e problemáticas mais comuns 1. O crescimento 2. As alterações hormonais e comportamentais 3. Condicionante sócio culturais 4. Os lutos e os projectos 5. Sociedade e adolescência. O educador. Responsabilidades e competências 1. Educador Natural 2. Educador Formal 3. Educador Informal Data prevista: 10 de Dezembro de Formadores: Dr.ª Fátima Perloiro; Pe. Vítor Feytor Pinto. 4
5 C. Terceira sessão: Corpo e sexualidade perspectiva fisiológica: 1. Anatomia e fisiologia dos aparelhos reprodutores 2. Fisiologia do ciclo feminino 3. Fisiologia da reprodução 4. Reprodução artificial Planeamento Familiar e projecto de vida: 1. Os métodos de regulação dos nascimentos 2. Infecções Sexualmente Transmissíveis Data prevista: 15 de Janeiro de Formadores: Enfª Mary Anne d Avillez, Enf. João Paulo Nunes, Dr. Vítor Neto. D. Quarta sessão: Modelos de educação sexual: questões contemporâneas em educação sexual. Planificar o trabalho em Educação Sexual. Organização de uma sessão de Educação Sexual. Avaliação dos formandos. Avaliação da acção. Data prevista: 22 de Janeiro de Formadores: Enf.ª Mary Anne d Avillez; Enf.ª Cristina Pereira. 5
6 PARTICIPANTES As inscrições deverão ser enviadas por mail até ao dia 15 de Novembro, sendo registadas por ordem de chegada. A APEC reserva o direito de gerir as inscrições de forma a distribuí-las o mais equitativamente possível pelas escolas católicas interessadas. A acção de formação está dirigida a um grupo de 35 participantes, podendo, no entanto, em condições adequadas, ser alargado o número dos destinatários. Em cada uma das quatro sessões será divulgada e distribuída, se possível, a bibliografia adequada. LOCAL E HORÁRIO Lisboa Rua de Santa Marta, nº 56 (Junto ao Hospital de Santa Marta, Zona do Marquês do Pombal) Horário: 9:30 13; 14:30 17:30 CUSTOS O custo, para cada participante, será de 75. O pagamento poderá ser efectuado por transferência Bancária, ou por cheque (à ordem de Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias), ou numerário. A opção de transferência Bancária para o NIB: implica que se coloque na ordem de transferência o nome do formando. O pagamento deverá ser efectuado logo que o formando receba a confirmação da sua participação na Acção. APOIO ADMINISTRATIVO Graça Antunes Secretariado de Pós Graduações da ESESFM Telefone: posgrad@esesfm.pt Jorge Cotovio Secretário-geral da APEC Telemóvel: apecatolica@gmail.com COORDENAÇÃO CIENTÍFICA, PEDAGÓGICA E LOGÍSTICA Carmelita Diniz João Paulo Nunes Jorge Cotovio 6
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