O CÓDIGO PENAL E AS CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE

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1 1 O CÓDIGO PENAL E AS CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE Roberto Elias Rodrigues 1 Valquíria Belomo 2 Francisco Carlos Giovanetti³ José Moreira Barbosa Neto RESUMO A legislação penal aborda hipóteses em que a aplicação da pena é inexigível, seja liberando da sanção ou apontando medidas condizentes. Este artigo trata das situações descritas no Código Penal abrangidas pela inimputabilidade, e os desdobramentos pertinentes. Palavras-chave: inimputabilidade código penal - causas 1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CULPABILIDADE Para a existência do crime bastam o fato típico e a antijuridicidade. A imposição da pena, como consequência do crime, depende ainda da avaliação intelectiva da culpabilidade, devendo ou não o agente responder pelo ato praticado. Em nosso direito penal, adotou-se a teoria normativa pura (ou teoria da culpabilidade), ensinamentos da escola finalista, em que dolo e culpa se colocam no tipo, através da conduta. O conteúdo da culpabilidade se revela na censurabilidade, da qual são requisitos: a imputabilidade, a consciência potencial da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 1 Bacharel em Direito, Advogado, Mestre em Direito e Professor do Curso de Direito do CEUNSP Salto. 2 Bacharel em Direito, Especialista em Direito Penal e Professora do Curso de Direito do CEUNSP Salto.. Bacharel em Direito. Advogado.Mestre em Direito e Professor do Curso de Direito do CEUNSP SALTO. Bacharel em Direito. Delegado de Polícia. Especialista em Direito Penal e Direito Público. Professor do curso de Direito do CEUNSP Salto.

2 2 No dizer de Fernando Capez: A culpabilidade é exatamente isso, ou seja, a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal. Por essa razão, costuma ser definida como juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto para imposição da pena, porque, sendo o juízo de valor sobre o autor de uma infração penal, não se conceba possa, ao mesmo tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e fora, como juízo externo de valor do agente. Para censurar quem cometeu um crime, a culpabilidade deve estar necessariamente fora dele. Há, portanto, etapas sucessivas de raciocínio, de maneira que, ao se chegar à culpabilidade, á se constatou ter ocorrido um crime. Verifica-se, em primeiro lugar, se o fato é típico ou não; em seguida, em caso afirmativo, a sua ilicitude; só a partir de então, constatada a prática de delito (fato típico e ilícito), é que se passa ao exame da possibilidade de responsabilização do autor. Na culpabilidade afere-se apenas se o agente deve ou não responder pelo crime cometido. Em hipótese alguma será possível a exclusão do dolo e da culpa ou da ilicitude nessa fase, uma vez que tais elementos já foram analisados nos precedentes. Por essa razão, culpabilidade nada tem que ver com o crime, não podendo ser qualificada como seu elemento.(capez, 2008, p. 206). Victor Eduardo R. Gonçalves cita que As pessoas são presumidamente culpáveis, presunção que deixa de existir se estiver presente alguma circunstância que exclua a culpabilidade (chamadas também de dirimentes). (GONÇALVES, 1999, p. 87). As causas dirimentes, ou causas de exclusão da culpabilidade, excluem a culpabilidade e, em consequência, excluem a pena, sem excluir, porém, a existência do crime. Pelo estudo destas, verifica-se que embora haja o crime, não haveria a culpa, e nem a pena. As dirimentes excluem a culpabilidade pela inimputabilidade, pela impossibilidade de conhecimento do ilícito, pela inexigibilidade de conduta diversa, ou por causas supralegais (como alguns autores admitem). Teríamos, como exemplos, a exclusão da culpabilidade pela inimputabilidade: a. idade inferior a 18 anos (art. 27 do Código Penal); b. doença mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado (art. 27 do Código Penal); c. embriaguez fortuita completa (art. 28 II 1 o. Código Penal). Já como exclusão da culpabilidade pela impossibilidade de conhecimento do ilícito:

3 3 a. erro de proibição (art. 21); b. erro sobre excludente putativa (art o.), ou erro de proibição indireto. E Exclusão da culpabilidade pela inexigência de conduta diversa: a. coação irresistível (art. 22); b. obediência hierárquica (art. 22). As causas justificativas, ou causas de exclusão da antijuridicidade excluem a ilicitude, e podem ser legais ou supra legais. Excluem não somente a pena, mas o próprio crime. Observam-se em regra pela expressão não há crime, como no art. 23 do Código Penal, que menciona: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito; ou não é punível, como nos arts o., e 22 do Código Penal. Algumas justificativas específicas são encontradas também na Parte Especial do Código Penal, como a do art. 146, 3 o., II. Como justificativa supralegal, poderia citar-se o consentimento do ofendido, quando admissível, no crime de dano ou de cárcere privado. A maioria dos autores entende que as justificativas não são apenas objetivas, sendo necessário o elemento subjetivo, ou seja, a convicção do agente em agir de acordo com uma justificativa. 2 IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE A imputabilidade é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. Damásio E. Jesus conceitua imputabilidade : imputar é atribuir a alguém a responsabilidade de alguma coisa. Imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente a capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível.(2008, p. 89). A imputabilidade, ou capacidade na órbita penal, adquire-se aos 18 anos. O momento da apreciação da imputabilidade é o da prática da infração penal. Para ser responsabilizado penalmente, o agente deve ter condições físicas, psicológicas, morais e mentais de saber que está realizando um ilícito penal.

4 Fernando Capez expõe que, além dessa capacidade plena de entendimento, deve exercer total controle sobre sua vontade. 4 A imputabilidade apresenta, assim, um aspecto intelectivo, consistente na capacidade de entendimento, e outro volitivo, que é a capacidade de comandar a própria vontade. Faltando um desses elementos, o agente não será considerado responsável pelo seus atos.(capez, 2006, p. 273). A imputabilidade exigiria, então, o controle de dois aspectos: o intelectivo como capacidade de entendimento; e o volitivo, na forma de faculdade de comandar a própria vontade. Do estudo do art. 26 e seu parágrafo único, depara-se com duas figuras: a inimputabilidade (caput) e a semi-imputabilidade (parágrafo único). Em regra, todo agente é imputável, a não ser que ocorra causa excludente da imputabilidade. O Código Penal não define a imputabilidade. Ao contrário, enumera apenas as hipóteses de inimputabilidade. Conforme o art. 26 caput do Código Penal: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado era, ao tempo da ação ou omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento. Em análise desse artigo diz-se que se não houver a compreensão acerca da ilicitude do ato praticado, não há a reprovabilidade da conduta; embora haja fato típico e ilícito, não há culpabilidade, ou esta não deve ser exercida em razão da incapacidade de compreensão do agente. A culpabilidade estaria diante dessa possibilidade da consciência e determinação do sujeito ativo quanto ao ato. Delmanto, em comentários, descreve: Imputabilidade é a capacidade de a pessoa entender que o fato é ilícito e de agir de acordo com esse entendimento. (...) não basta a prática de fato típico e ilícito para impor pena. É necessária, ainda, para que a sanção seja aplicada, a culpabilidade, que é a reprovabilidade da conduta. Por sua vez, a imputabilidade é pressuposto da culpabilidade, pois esta não existe se falta a capacidade psíquica de compreender a ilicitude. Por isso, este art. 26 dispõe que há isenção da pena se o agente, por doença mental ou carência de desenvolvimento mental era ao tempo de sua conduta incapaz de compreender a ilicitude do fato ou de conduzir-se de conformidade com essa compreensão. Assim, inimputáveis (não-imputáveis) são as pessoas que não têm aquela capacidade (imputabilidade). (DELMANTO, 2010, p. 47).

5 5 3 CRITÉRIOS DE AFERIÇÃO DA INIMPUTABILIDADE Em sede doutrinária propõe-se três critérios para aferição da inimputabilidade: os sistemas biológico, psicológico e o biopsicológico. -Sistema biológico: remete à conclusão de que se o agente é portador de uma doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, será considerado inimputável, sem se questionar se a anomalia retirou a sua capacidade de entendimento. Por este critério, há a presunção legal de que a deficiência ou doença mental impede o agente de entender o crime e comandar a sua vontade. -Sistema psicológico: este sistema se preocupa somente com o fato de, no momento da ação ou omissão delituosa, o agente tinha ou não as condições de avaliar o caráter criminoso de seus atos, voltando suas atenções para o momento da prática do crime. -Sistema biopsicológico: combina os sistemas biológico e psicológico, e exige que a causa geradora esteja prevista em lei e que, além disso, atue efetivamente no momento da ação ou omissão delituosa, retirando do agente a capacidade de entendimento e vontade. É inimputável, portanto, aquele que, em razão de uma causa prevista em lei atue no momento da prática da infração penal sem capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. É o sistema adotado pelo nosso Código Penal no art. 26. Pode-se citar ainda requisitos da inimputabilidade segundo o sistema biopsicológico: a) causal existência de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que são as causas previstas em lei. b) cronológico: atuação ao tempo da ação ou omissão delituosa. c) consequencial: perda total da capacidade de entender ou capacidade de querer. Para Delmanto (2010) os requisitos da inimputabilidade assim de dispõem: 1. Causas. Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. 2. Conseqüências. Incapacidade completa de entender a ilicitude do fato ou de determinar-se de acordo com essa compreensão. 3. Tempo. Os dois requisitos anteriores devem coexistir ao tempo da conduta.

6 6 Assim, não basta a presença de um só dos requisitos, isolado. Necessário se faz que, em razão de uma das duas causas, houvesse uma das consequências, à época do comportamento do agente. Somente haverá inimputabilidade se os três requisitos estiverem presentes, a exceção dos menores de 18 anos, regidos pelo sistema biológico. 4 CAUSAS DE EXCLUSÃO DA INIMPUTABILIDADE Cite-se causas e circunstâncias que podem envolver a inimputabilidade (cujo reconhecimento depende da aplicação ao caso concreto e obediência aos requisitos exigidos) num estudo geral, tanto dos arts. 26, 27, 28 1 o. do Código Penal. 1. Doença mental 2. Desenvolvimento mental incompleto 3. Desenvolvimento mental retardado; 4. Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior; 5. Menoridade. 4.1 Doença mental É a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou a de comandar a vontade de acordo com esse entendimento. Compreende as moléstias: epilepsia condutopática, cleptomania, psicose, neurose, esquizofrenia, paranóias, psicopatia, epilepsias etc. Nesse estudo, entre o limiar entre a realidade e a falta de percepção do mundo exterior, o crime é cometido diante da impossibilidade do agente em compreender ou comporta-se diferentemente em razão do distúrbio. 4.2 Desenvolvimento mental incompleto É o desenvolvimento que ainda não se concluiu, ou devido à recente idade cronológica ou à falta de convivência em sociedade, ocasionando imaturidade

7 7 mental e emocional, mas que com a evolução da idade e o convívio social acabarão por atingir a plena potencialidade. É o caso dos menores de 18 anos (art. 27) e dos silvícolas inadaptados à sociedade. Quanto aos silvícolas, haverá a necessidade de laudo pericial para aferir a inimputabilidade. Quanto aos menores de 18 anos, apesar de não sofrerem sanção penal pela prática de ilícito penal, em decorrência da ausência de culpabilidade, estão sujeitos à medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei 8069/90). A título de curiosidade, coloca-se algumas posições jurisprudenciais acerca do índio: Só por ser indígena em vias de integração, não é inimputável; depende de ter ele ou não desenvolvimento mental incompleto. (STF, RTJ 105/396) O índio pode situar-se entre os inimputáveis, quando não demonstra grau de discernimento e de incorporação à sociedade civilizada. (STF, RTJ 106/334). É necessário perícia médica que comprove o desenvolvimento incompleto ou retardado, não bastando a só condição de silvícola. (TJSC, RT 544/390). 4.3 Desenvolvimento mental retardado É o incompatível com o estágio de vida em que se encontra a pessoa, estando abaixo do desenvolvimento normal para aquela idade cronológica. Enquanto no desenvolvimento incompleto não há maturidade psíquica em razão da precoce fase de vida do agente ou falta de conhecimento empírico, no desenvolvimento retardado a capacidade não corresponde às expectativas para aquele momento de vida, e a pela capacidade jamais será atingida. Segundo uma escala de coeficientes de inteligência, temos os oligofrênicos (pessoas de reduzido coeficiente intelectual). Dada à sua pouca capacidade mental, ficam impossibilitados de efetuar uma correta avaliação da situação de fato, não tendo, pois, capacidade de entendimento do crime que cometeram. Classificam-se em: débeis mentais, imbecis e idiotas. São, pois, as oligofrenias os atrasos mentais, insuficiências congênitas, ou pelo menos muito precoces, do desenvolvimento da inteligência e se opõem

8 8 classicamente às demências, que são deteriorações de uma inteligência que havia se desenvolvido naturalmente. Eis a classificação clássica dos oligofrênicos (ou débeis): 1. débil mental - 6 a 9 anos de idade mental e QI (quociente de inteligência) entre 40 e 65; 2. imbecil - 3 a 6 anos de idade mental e QI entre 20 e 40; 3. idiota - idade mental inferior a 3 anos e QI abaixo de 20. Nesta categoria de desenvolvimento mental retardado incluem-se os surdosmudos que, em consequência da anomalia, não têm qualquer capacidade de entendimento e autodeterminação. Isso porque, em razão das dificuldades em relação às suas faculdades sensoriais têm afetado o seu poder de compreensão. 4.4 Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior Embriaguez é o estado de intoxicação aguda e passageira, provocada pelo álcool ou outras substâncias de efeitos semelhantes. Cumpre diferenciar a embriaguez crônica da habitual devesi tener presente Che la prima costituisce un`alterazione patologica di natura permanente, mentre la seconda è un`intossicazione acuta che presumibilmente cessare col cessare dell`uso delle sostanze alcooliche. (ANTOLISEI apud NORONHA, 1995, p. 179). Delmanto coloca no rol de substâncias apenas as de efeitos análogos ao álcool nas consequências, deixando o tratamento no que tange aos tóxicos, para a lei especial. Capez posiciona a embriaguez como causa capaz de levar à exclusão da capacidade de entendimento e vontade do agente, em virtude de uma intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool ou qualquer substância de efeitos psicotrópicos, sejam eles entorpecentes (morfina, ópio etc.), estimulantes (cocaína) ou alucinógenos (ácido lisérgico). (CAPEZ, 2006, p. 134). Coloca-se, pois, conforme o art. 28 II 1 o., a embriaguez acidental e completa para eximir de pena. Por embriaguez acidental, entenda-se a que não é desejada nem culposa, e que é fortuita quando o agente ignora que se está embriagando, seja

9 por desconhecimento que há álcool na bebida, seja por ignorar condição fisiológica sua; e proveniente de força maior quando o agente foi, por exemplo, forçado a ingeri-la ou caiu em um grande reservatório de vinho ou aguardente. Nestes casos, há a exclusão da imputabilidade. Se tratar-se do art. 28 II 2 o., se apesar do ocorrido o indivíduo não tiver plena capacidade (responsabilidade diminuída), será caso de redução da pena. embriaguez: Observação importante tange no caso da patologia que envolva a A embriaguez pode concorrer com uma doença mental ou perturbação da saúde mental, ou provocar uma anormalidade psíquica. Nos dois casos, se há exclusão da capacidade intelectual ou volitiva, aplica-se o disposto no artigo 26, caput; se há redução dessa capacidade, aplica-se o que contém o art. 26, parágrafo único. No sentido do texto: JTACrimSP, 29:205 (apud JESUS, 1995, p. 99). 9 Mirabete, em seu Manual de Direito Penal, vol. 1 p. 222 arremata a questão quando discorre a respeito dos tipos de embriaguez: Refere-se o art. 28, II, também aos casos em que a embriaguez é provocada por substâncias que provocam efeitos análogos ao do álcool, incluindo-se, por interpretação analógica, os entorpecentes e estimulantes, tais como a maconha (cannabis sativa L), cujo uso configura o diambismo; a cocaína (cocainismo); a morfina ou preparados opiáceos (morfinismo); o éter, o clorofórmio, bem como os alucinógenos, como o LSD etc. O agente que pratica a ação sujeito à ação dessas substâncias tóxicas é tratado pela lei nos mesmos termos reservados ao ébrio etílico (excetuados os crimes relacionados ao tráfico e porte de drogas, sujeitos à legislação especial). Deve-se verificar porém, se o agente não é portador de doença mental ou perturbação da saúde mental provocada pelo uso de drogas, hipóteses em que poderá caber a aplicação do art. 26. Observação quanto à menção de Mirabete é a de que questões envolvendo efeitos de substâncias que causem dependência física ou psíquica requerem estudo à parte e aprofundado, uma vez que a Lei /2006 aponta a inimputabilidade por dependência de droga (art. 45) provada mediante perícia, prevendo isenção de pena, redução e ou tratamento médico. 4.5 Menoridade Enquanto para os casos de doença mental, desenvolvimento mental retardado e desenvolvimento mental incompleto em relação aos silvícolas

10 10 inadaptados o Código adotou o sistema biopsicológico, foi adotado o sistema biológico quanto aos menores (exceção à regra) ocorrendo quanto a estes a presunção absoluta de inimputabilidade, conforme art. 27 do C.P. Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Apesar da inimputabilidade penal, a legislação prevê quanto à menoridade sujeição ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069/90). Ditos menores são: Criança, até 12 anos incompletos, e adolescente, entre doze e dezoito anos (art. 2º. Do ECA). Para as crianças são previstas as medidas constantes do art. 101 do ECA (assistenciais) e para os adolescentes as referidas no art. 112 (medidas sócioeducativas). 5 RESPONSABILIDADE DIMINUÍDA OU SEMI-IMPUTABILIDADE Completando o estudo da inimputabilidade, mencione-se acerca de semiimputabilidade, nos termos do art. 26 parágrafo único do C.P.: A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Segundo se observa no parágrafo único do art. 26, se o agente, em razão da doença mental ou do desenvolvimento mental incompleto ou retardado ao tempo da ação ou omissão estava parcialmente privado de sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3. Possuindo o agente meia capacidade, terá responsabilidade atenuada ou imputabilidade diminuída. O agente é chamado de semi-imputável, pois perde parcialmente a capacidade de entendimento e autodeterminação. É causa especial de diminuição da pena. A culpabilidade não é excluída, mas a pena é reduzida.

11 Segundo observa Delmanto (1991, p. 48), os requisitos da responsabilidade diminuída são: Causas. Perturbação de saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. 2. Conseqüências. Falta de inteira capacidade de entender a ilicitude do fato ou de orientar-se de acordo com esse entendimento. 3. Tempo. Existência dos dois requisitos anteriores no momento do crime. A perícia médico-legal é preponderante na avaliação da responsabilidade diminuída. A pena deve ser reduzida de um a dois terços. Alguns autores entendem que a redução é obrigatória (TJSP, RT 514/313), como Delmanto, e não facultativa (STF, HC , DJU , p. 9443). O juiz pode ou não reconhecer a diminuição da capacidade de entendimento, porém se reconhecê-la, é obrigado a reduzir a pena. Pode também, conforme indica o art. 98 CP, alternativamente, substituí-la por medida de segurança, caso o condenado precise de tratamento curativo (TJSP, RT 599/312; RT 645/266). Poderá optar o juiz pela internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (se o crime era punível com reclusão) ou o tratamento ambulatorial (se crime era apenado com detenção). 6 REPERCUSSÕES DAS FIGURAS DE IMPUTABILIDADE, SEMI- IMPUTABILIDADE E INIMPUTABILIDADE Sendo o agente considerado imputável, haverá a aplicação de pena. De forma geral (excluindo-se as hipóteses abrangidas pela legislação especiais como o ECA e a Lei /2006), declarada a inimputabilidade diante das causas dirimentes, expostas no caput do art. 26 o agente é absolvido, mas fica sujeito à medida de segurança. Para os casos de semi-imputabilidade, pode ser reduzida a pena ou aplicada a medida de segurança.

12 12 Frente às causas justificantes o agente é isento de pena. A prova da inimputabilidade do acusado (acerca das causas dirimentes mencionadas) é feita mediante exame pericial. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do réu, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal, chamado de incidente de insanidade mental, suspendendo-se o processo até o resultado final (CPP, art. 149). CONSIDERAÇÕES FINAIS Para a existência do crime mister a tipicidade e a ilicitude. Como consequência do crime há, em tese, a culpabilidade, qual seja a possibilidade de reprovação do autor. A pena subsiste demonstrada a existência do fato típico, ilícito e da culpabilidade do agente. Nesta terceira etapa, aferição da culpabilidade, requer-se avaliar se o agente possuía ao tempo do crime causas dirimentes, ou causas que excluem a culpabilidade, e em consequência, excluem a pena, sem excluir, porém, a existência do crime; ou causas justificantes, que abrangem antijuridicidade ou a ilicitude, que excluem não somente a pena, mas o próprio crime. Na presença de causas dirimentes, persiste o crime, isentando-se de pena ou aplicando-se outras medidas; em causas justificantes, o próprio crime deixa de existir, não sendo pertinente, pois, a pena.

13 13 REFERÊNCIAS ANDREUCCI, Ricardo. Manual de direito penal. 4ª. Ed. São Paulo: Saraiva, BENETI, Sidnei Agostinho. Execução penal. São Paulo: Saraiva, BRASIL. LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em Acesso em 02.fevereiro BRASIL. Decreto-lei no de Código Penal. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. 10 a. Ed. São Paulo : Saraiva, DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado. 3 a. Ed. São Paulo: Renovar, DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado. 12. Ed. São Paulo: Renovar, GONÇALVES, Victor Eduardo R. Direito Penal: parte geral. 2 a. Ed. São Paulo: Saraiva, JESUS, Damásio E. Código Penal Anotado. São Paulo: Saraiva, JESUS, Damásio E. Direito Penal 1º. Vol. Parte geral. 29ª. Ed. São Paulo: Saraiva, LENZA, Pedro. Direito Penal Esquematizado. São Paulo: Saraiva, MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução Penal. 11 ª ed. São Paulo: Atlas, NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal : volume I. 31 a. ed. São Paulo: Saraiva, VADE MECUM SARAIVA. Obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz Toledo Pinto et al. 11ª. Ed. São Paulo: Saraiva, WHITAKER, Edmur de Aguiar. Manual de Psicologia e Psicopatologia Judiciárias. 2 a. ed. São Paulo: Sugestões Literárias S.A,1969.

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