Trabalho e Condições de Vida nas Favelas Cariocas. Marcelo Neri

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1 Trabalho e Condições de Vida nas Favelas Cariocas Marcelo Neri 2009

2 2 Neri, Marcelo C. Trabalho e Condições de Vida nas Favelas Cariocas (Marcelo Neri), Rio de Janeiro, RJ FGV Social 70 páginas. 1. Favelas. 2. Metrópoles. 3. Informalidade. 4. Cidades. 5. Rio de Janeiro As manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getulio Vargas, nas quais constem a sua identificação como tais, em artigos e entrevistas publicados nos meios de comunicação em geral, representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não, necessariamente, a posição institucional da FGV. Portaria FGV Nº19. 2

3 Trabalho e Condições de Vida nas Favelas Cariocas 3 1. Favelas. 2. Metrópoles. 3. Informalidade. 4. Cidades. 5. Rio de Janeiro 1. Introdução O Rio é um estado voltado mais para fora do que para dentro. Os nomes dos principais jornais locais, Jornal do Brasil e O Globo, refletem o interesse cosmopolita fluminense. O título dos jornais de outros estados faz, em geral, referência à respectiva unidade da federação. No caso dos pesquisadores do Rio, ou melhor, dos Três Rios, o ato de olhar para o futuro da Região Metropolitana, da cidade e do Estado, é atípico. O Rio tem vocação para questões nacionais. A recíproca também é verdadeira. Os olhos do Brasil e do mundo também se voltam com frequência para o Rio. Isto desde os tempos em que o Rio era sede da Corte Portuguesa. A presença da sede da Rede Globo reforça a visibilidade da vitrine carioca. As imagens do Rio, nem sempre aquelas que causam orgulho local, como da violência e o desemprego nas favelas cariocas, são transmitidas ao vivo e em cores para o resto do país. O Rio é o estado mais metropolitano da federação, 76% da população fluminense mora numa metrópole. Não há nenhum estado que chegue perto disso. No período 1997 a 2003, vivemos no Brasil uma grande crise metropolitana. As áreas metropolitanas não são as áreas mais pobres, mas foram as localidades onde a renda caiu mais. São Paulo, o maior município brasileiro, foi entre os mais de 5 mil municípios do Brasil onde a pobreza aumentou mais entre os censos de 1991 e 2000, o que dá ideia de como tamanho de cidade e sua evolução social se relacionaram na década de Tem sido patente a incapacidade do Estado brasileiro nos seus três níveis em lidar com a crise metropolitana, em particular no tema trabalho. De forma que a experiência das grandes favelas cariocas, quer pelo problema mais substantivo local, quer pelo seu simbolismo nacional, permite-nos olhar a partir de um dos epicentros da crise metropolitana pregressa tirar lições potencialmente valiosas para a crise iniciada em setembro de O Censo 2000 aplicado ao Rio pela sua data e abertura geográfica propiciada por seus dados permitem talvez um dos melhores ângulos para traçar uma fotografia estatística da chamada crise metropolitana. O presente estudo descreve o nível e a evolução das condições de trabalho e de vida no Rio de Janeiro dando destaque à análise das grandes favelas cariocas, tais como Complexo do Alemão, Jacarezinho e Rocinha bem como de reassentamentos 3

4 urbanos como os da Cidade de Deus e Maré. O foco nessas comunidades ilustra talvez o lado 4 mais difícil da crise metropolitana brasileira: o surgimento e o crescimento de uma nova pobreza muito próxima de áreas de alta riqueza e desassistida pelo Estado. Inovamos ao trabalhar com microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) abertos para aglomerados subnormais como aproximação das comunidades de baixa renda e as demais comunidades do município do Rio de Janeiro para oferecer uma visão mais recente da saída desta situação de decadência das grandes cidades brasileiras até Estes dados permitem situar a composição de renda do município do Rio em face das demais capitais e das periferias das grandes metrópoles brasileiras. O plano do trabalho é o seguinte: As três seções iniciais analisam a partir do Censo Demográfico a situação de trabalho e moradia das seis maiores favelas e reassentamentos cariocas. A seção 2 analisa alguns aspectos não trabalhistas das condições de vida nas grandes favelas cariocas. As seções 3 e 4 estudam as condições de trabalho e o diferencial de renda entre as áreas cariocas. As seções 5 e 6 detalham, segundo microdados da PNAD, os diferenciais de renda do trabalho e total entre aglomerados subnormais e as demais áreas cariocas. Detalha a comunidade da Rocinha, em que analisamos rapidamente as principais características sociodemográficas e as atividades empresariais lá exercidas. A seção 7 busca contextualizar as análises por meio de uma retrospectiva da crise social recente, nas grandes metrópoles brasileiras, vis-à-vis à adoção de novas políticas sociais. As principais conclusões são apresentadas na última seção. 2. Cidade de Deus: O Reassentamento Cidade de Deus, o filme brasileiro com maior número de indicações da história do Oscar, tem como cenário uma comunidade que protagonizou uma valiosa experiência sobre efeitos de reassentamentos urbanos a partir da remoção de favelas. O relativamente longo período da existência da comunidade, cuja criação remonta a 1966, na cidade do Rio de Janeiro, permite extrair lições úteis para o desenho de um menu de políticas alternativas de provisão de infraestrutura pública em áreas desfavorecidas sem a remoção de famílias para outras áreas, como preconiza o programa Favela-Bairro, em execução na cidade ou de regularização fundiária, em pauta no debate político, função da crise metropolitana brasileira em curso. Mais metropolitano e favelizado estado da federação, o Rio de Janeiro é um privilegiado laboratório de políticas habitacionais. A realocação de comunidades marginalizadas é um exercício complexo de economia política que pode ser visto de acordo com as diferentes perspectivas dos diversos tipos de 4

5 atores envolvidos no processo. Em primeiro lugar, a dos antigos vizinhos da favela, no 5 coração da Zona Sul carioca, que perceberam um ganho de capital derivado da valorização imobiliária. Em segundo, as perspectivas do setor público, aí incluindo aspectos políticos e financeiros imediatos e futuros, como custos de remoção ou mudanças prospectivas na arrecadação de impostos, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Por último, e mais importante na perspectiva da pobreza, a ótica dos reassentados, que se confunde com a narrativa perseguida no filme. É a partir dessa última perspectiva que analisemos as condições de habitação, trabalho e vida dos moradores da Cidade de Deus. Em particular, até que ponto a comunidade compartilha os mesmos problemas sociais de outras favelas de grande porte da cidade do Rio de Janeiro, como Rocinha, Complexo do Alemão, Jacarezinho e Maré. 11 Essas comunidades constituem 5 das 32 regiões administrativas cariocas e podem ser analisadas em detalhe a partir do Censo 2000 do IBGE. 2 A comparação desses retratos sociais fornece impressões iniciais sobre possíveis implicações dos reassentamentos. Comecemos por alguns indicadores ligados à habitação, relacionados à própria origem da Cidade de Deus. A proporção de moradias em terreno próprio (82,8%) é maior que a média das outras quatro comunidades (73,2%) e mesmo de outras do Estado do Rio de Janeiro. O volume de financiamento habitacional (6,9%) é bem superior ao das quatro comunidades (1,5% da média), o que legitima a ideia de que acesso a crédito e maior formalidade dos direitos de propriedade fundiária caminha de mãos dadas. O acesso das famílias a bens duráveis de alto valor, mais sujeito a restrições de crédito, é maior na Cidade de Deus do que nas demais comunidades máquinas de lavar (55,4% contra 38,3%), automóveis (19,3% contra 12,8%), televisores (99,1% contra 97,4%) e gravadores de videocassete (61% contra 53,6%), o que permitiu à quase totalidade de seus habitantes assistirem à cerimônia do Oscar e permitirá a mais da metade deles assistir ao filme no conforto de seus lares 23 Além de financiamento habitacional e títulos de propriedade, um sinal da presença do Estado na vida dos moradores da Cidade de Deus é o acesso a alguns serviços públicos. A comparação, no entanto, revela números próximos aos das outras comunidades analisadas: rede geral de água (98,2% contra 97,7%), canalização no domicílio (98,3% contra 96,2%) e 1 Apesar de não ser considerada favela tecnicamente falando, por ser objeto de planejamento urbano, os habitantes da Maré a tratam pelo nome de favela. 2 Dos habitantes da Cidade de Deus, 24,2% têm renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo, índice idêntico à média das demais comunidades de baixa renda analisadas. Consistentemente com as imagens do filme, a Cidade de Deus é a região administrativa carioca com maior presença de pessoas que se consideram negros ou pardos (62%), mas diferentemente do nome é a terceira em proporção de pessoas sem religião. 5

6 iluminação (99,1% contra 99,4%). O lixo coletado é o único item a apresentar maior 6 discrepância favorável à comunidade: (79,1% contra 52,4% das outras 4 comunidades). Como vimos na tabela da seção anterior, das 5 comunidades analisadas, a da Cidade de Deus tem a maior renda média do trabalho: R$ 439 contra R$ 396 da média das outras 4, embora a jornada de trabalho permaneça em nível idêntico: 45,8 horas semanais. O diferencial salarial pode ser explicado pela maior escolaridade média dos ocupados (7,2 anos completos de estudo), também a mais alta entre as quatro comunidades analisadas (6,1 anos). Como a taxa histórica brasileira leva cerca de uma década para que escolaridade média suba um ano, a Cidade de Deus está cerca de uma década à frente das demais favelas, mas 10 anos atrás da totalidade do estado. No item taxa de desemprego, os 22,3% registrados pela comunidade representam o recorde entre as grandes favelas cariocas (média de 19,1%) e de todas 32 regiões administrativas da cidade ou dos 92 municípios do estado. A alta taxa de desemprego não resulta de maior atividade econômica, visto que a Cidade de Deus tem a menor taxa de participação no mercado de trabalho entre as favelas consideradas (67,9% contra 70,2% da média). A diferença fundamental na renda percebida no grupo de comunidades é a maior participação de transferências pelo estado, que é mais importante na Cidade de Deus (25,3% contra 19,4%). As condições de moradia da comunidade estão mais próximas das observadas nas grandes favelas cariocas do que no resto da cidade. No entanto, a carência de Estado aparece um pouco menos ali do que nas demais favelas. Obviamente, simples comparações de retratos de comunidades diversas tiradas num dado ponto do tempo não são capazes de determinar relações de causalidade entre reassentamentos e condições de moradia e de trabalho dos envolvidos. Para isso, era preciso ter uma sequência de fotografias, de modo a permitir comparar as mesmas pessoas antes e depois da mudança, 3 ou preferivelmente um filme que acompanhasse a história de vida dessas pessoas. 4 3 No programa Favela-Bairro, recentemente empreendido pelo Instituto Pereira Passos, é um excelente exemplo deste tipo de metodologia. 4 Janice Perlman realiza agora nova pesquisa de campo, entrevistando novamente moradores (e seus familiares) de algumas favelas cariocas, o que faz há 35 anos. Entre eles, ex-moradores da favela da Catacumba removidos da Lagoa Rodrigo de Freitas para a Cidade de Deus. Há cerca de um ano encontrei Janice no aeroporto de uma cidade do Nordeste, onde estava em busca de ex-moradores que tinham regressado à terra natal. 6

7 Serviços e Transferências Públicas 7 Acesso a Serviços Públicos Transferências Água rede geral Canalização do micílio Iluminação elétrica Lixo coleta do % da Renda Não Trabalho Cidade de Deus 98.2% 98.3% 99.1% 79.1% 25.3% Média das demais 4 favelas 97.7% 96.2% 99.4% 52.4% 19.4% Maré 99.5% 97.5% 99.6% 85.0% 17.9% Rocinha 95.3% 96.4% 98.3% 10.7% 18.0% Complexo do Alemão 97.6% 92.9% 99.9% 48.8% 18.2% Jacarezinho 98.5% 97.9% 99.7% 64.8% 23.5% UF (Rio de Janeiro) 81.8% 92.9% 98.9% 83.0% 31.9% Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico 2000/IBGE. Duráveis e Moradia Acesso a Bens Duráveis Financiamento Habitacional Regularização Fundiária Tem Tem automó Tem videoc Domicílio próprio máquina de la Tem televisão Terreno próprio vel assete pagando var Cidade de Deus 55.4% 19.3% 99.1% 61.0% 6.9% 82.8% Média das demais 4 favelas 38.3% 11.9% 97.4% 53.6% 1.5% 73.1% Maré 38.0% 14.3% 97.1% 49.6% 4.2% 67.3% Rocinha 35.6% 8.9% 96.9% 54.1% 0.4% 71.7% Complexo do Alemão 38.3% 15.2% 97.6% 53.9% 0.8% 82.6% Jacarezinho 41.2% 9.0% 98.0% 56.7% 0.7% 71.0% UF (Rio de Janeiro) 52.1% 34.2% 97.4% 57.6% 5.7% 70.6% Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico 2000/IBGE. 3. O Trabalho nos Morros Cariocas Os dois temas mais presentes em pesquisas de opinião realizadas nos últimos anos sobre os principais problemas brasileiros são acima de tudo metropolitanos: desemprego e violência, invariavelmente. Neste processo, a violência carioca tem figurado nas páginas policiais nacionais, em especial a das grandes favelas como Complexo do Alemão, Maré e Rocinha. Em que medida a atual onda de violência nos morros cariocas é acompanhado por um mau desempenho trabalhista? O Censo 2000 permite analisar o desempenho trabalhista nas principais favelas cariocas. Observe que em função de diferenças metodológicas estes dados não são comparáveis àqueles de outras bases de dados como a PNAD, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e mesmo do Censo 1991, inviabilizando análises temporais. Trabalhamos aqui com as três favelas citadas antes, mais Cidade de Deus e Jacarezinho que constituem 5 das 32 regiões administrativas (RAs) cariocas. Optamos por realizar um contraste deste grupo de RAs com o de RAs de renda mais alta compostas por Lagoa, Barra da Tijuca, Botafogo, Copacabana e 7

8 Tijuca. Utilizamos aqui o banco de dados do Mapa do Fim da Fome II para fazer um zoom 8 sobre a situação do trabalho nos morros cariocas. A renda média do trabalho é 5,3 vezes maior no grupo das áreas mais ricas. Agora ao contrário do estereótipo do malandro do morro carioca, a jornada de trabalho média lá é 5 horas semanais a mais do que no asfalto. O resultado destes dois vieses torna os diferenciais de salário-hora superiores aos observados na renda mensal: 11,8 reais-hora contra 1,99 realhora. Um fator é a diferença de 11 anos média entre os dois universos analisados, os jovens têm menos experiência o que prejudica os salários e mais predisposição a trabalhar mais horas. Outro é a diferença na taxa de informalidade que libera os mercados do piso de salário e do teto de horas impostos pela legislação trabalhista explicando parte dos contrastes. A taxa de cobertura previdenciária entre os ocupados que moram nos bairros de alta renda é de 74,5% contra 68,9% das comunidades de baixa renda. Informalidade trabalhista e fundiária parece caminhar lado a lado. Já as taxas de participação não são muito diferentes nas áreas observadas. Cerca de 70% das pessoas em idade ativa em ambas as áreas estão economicamente ativas, isto é, trabalhando ou procurando trabalho. A taxa de desemprego representa relevante diferencial entre morro e asfalto: 9,9% nos bairros de alta renda contra 19,1% nas favelas em questão, resultado qualitativamente consistente ao de uma série de pesquisas de campo nos morros cariocas pela Ence/IBGE contratada pela Secretaria Municipal do Trabalho. O excesso de oferta de mão de obra gera uma pressão para baixo no rendimento do trabalho local. Obviamente, as taxas de participação, informalidade e desemprego tanto quanto as taxas de salários são variáveis endógenas, mesmo no curto prazo. O fator fundamental é a desigualdade de escolaridade: média de 11,9 anos completos de estudo de um trabalhador nos bairros de luxo contra 6,2 anos nas comunidades de baixa renda. Como existe retorno crescente de educação, cada ano a mais de escolaridade rende mais aos ocupados dos bairros de alta renda: 180,5 reais por ano de estudo de um ocupado nos bairros ricos contra 65,9 reais dos pobres. Os vieses observados na renda, jornada e retorno do estudo das pessoas em favelas podem ser sintetizados por meio do diferencial de salário-hora por ano de estudo de 307% entre os dois grupos de localidades. Um fato que chama a atenção é que, apesar de todas as adversidades enfrentadas pelo trabalhador das comunidades de baixa renda, a renda do trabalho desempenha ali um papel mais fundamental: 81% de todas as fontes de renda nestas áreas advêm do trabalho contra 63% das áreas de renda mais alta. Apesar das agruras da vida privada das favelas cariocas, a maior carência parece ser a de Estado. 8

9 MAPA TRABALHISTA Subdistritos do Rio de Janeiro População Ocupada Subdistrito Renda em Jornada Educação Salário por Reais em Horas Salário- dos Ano de Mensais Semanais Hora Ocupados Escola Grandes Favelas Cariocas Rio de Janeiro Jacarezinho Maré Complexo do Alemão Rocinha Cidade de Deus Bairros de Renda Alta Cariocas Lagoa Barra da Tijuca Botafogo Copacabana Tijuca Estado do Rio de Janeiro Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE, 9 MAPA TRABALHISTA Subdistritos do Rio de Janeiro População Ocupada Subdistrito % da Renda do Trabalho Taxa de Desemprego Taxa de Participação Idade Tx de Formalidade Grandes Favelas Cariocas Rio de Janeiro Jacarezinho Maré Complexo do Alemão Rocinha Cidade de Deus Bairros de Renda Alta Cariocas Lagoa Barra da Tijuca Botafogo Copacabana Tijuca Estado do Rio de Janeiro Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE, Equação de Renda: Há um viés contra o favelado? É importante precisar se apenas atributos pessoais como gênero, raça, idade, escolaridade etc. explicam a totalidade dos diferenciais de renda ou se existe discriminação contra o favelado, no sentido de que pessoas com atributos observáveis similares têm acesso a oportunidades de trabalho e de renda diferentes. Uma forma de fazer isso é comparar a renda familiar per capita de todas as fontes de moradores das favelas com os moradores de outras regiões com os mesmos atributos observáveis (sexo, raça e polinômios de idade e escolaridade). Os resultados confirmam que os diferenciais controlados de renda per capita de pessoas nas 5 comunidades de baixa renda analisadas são até 115,8% menores do que na região administrativa da Lagoa, aquela que apresenta a maior renda. Ou seja, os dados comprovam a existência de um viés de renda contra o favelado. 9

10 Diferenciais de Renda Familiar Per Capita (base Jacarezinho) População entre 15 e 65 anos de idade Estimativas Estimativas Não Controladas Controladas** Complexo do Alemão -1.74% 3.39% Jacarezinho 0% B 0% B Maré 7.88% * 12.98% * Santa Cruz 9.69% * 1.72% Guaratiba 10.44% * 5.96% * Cidade de Deus 14.52% * 9.69% * Rocinha 18.31% * 25.11% * Pavuna 26.00% * 11.73% * 10 Bangu 34.76% * 18.14% * Portuária 36.34% * 27.67% * Campo Grande 38.41% * 18.78% * Anchieta 45.15% * 22.63% * Realengo 49.80% * 25.31% * Penha 51.47% * 25.65% * São Cristóvão 57.02% * 32.39% * Madureira 61.27% * 28.96% * Inhaúma 64.08% * 31.01% * Ramos 68.55% * 35.64% * Rio Comprido 68.75% * 35.89% * Irajá 76.40% * 37.36% * Ilha de Paquetá 78.78% * 51.89% * Jacarepaguá 82.65% * 46.82% * Santa Teresa 85.54% * 47.54% * Ilha do Governador 96.06% * 53.75% * Méier % * 50.03% * Centro % * 66.26% * Vila Isabel % * 75.43% * Tijuca % * 78.91% * Barra da Tijuca % * % * Botafogo % * 97.29% * Copacabana % * 99.32% * Lagoa % * % * Fonte: CPS/FGV/IBRE segundo microdados do Censo Demográfico B: Todos os dados estão em comparação com o Jacarezinho (variável omitida na regressão). * Estatisticamente significante no nível de confiança de 95%. ** Controlada pelas variáveis: sexo, cor ou raça, idade, educação, UF e tamanho de cidade. De maneira geral, os vieses observados na renda, jornada e retorno do estudo das pessoas em favelas podem ser sintetizados por meio do diferencial de salário-hora por ano de estudo de 307% entre os dois grupos de localidades. Um fato que chama a atenção é que, apesar de todas as adversidades enfrentadas pelo trabalhador das comunidades de baixa renda, a renda do trabalho desempenha ali um papel mais fundamental: 81% de todas as fontes de renda nestas áreas advêm do trabalho contra 63% das áreas de renda mais alta. Quando 10

11 estendemos a análise para a periferia do Grande Rio, notamos que áreas em que a renda 11 total e a aquela proveniente de transferências do Estado se situam ambas nos níveis de 20% a 25% menores que as das grandes favelas cariocas. 5 Ou seja, apesar das agruras da vida privada das favelas cariocas, e da periferia fluminense, a maior carência parece ser a de Estado. 4. Evolução Recente da Renda os Aglomerados Subnormais Cariocas segundo as PNADs Dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar nos permitem avaliar alguns indicadores de renda e trabalho nas favelas cariocas até Neste caso, observe que estamos abrindo a parte de município do Rio de Janeiro pela PNAD, o que não é normalmente aberto nas divulgações do IBGE a não ser no âmbito do convênio com a Prefeitura do Rio, que é o único com este tipo de convênio. Outro ponto é que neste caso a aproximação para as favelas seriam os setores censitários formados de aglomerados subnormais que são características atribuídas pelo próprio IBGE aos setores antes de ir para o campo, não sendo totalmente satisfatória do ponto de vista empírico e diferente das grandes favelas e reassentamentos urbanos que são áreas que correspondem a Regiões Administrativas isoladas no Censo Observe as diferenças dos questionários do Censo e da PNAD. Feitas estas ressalvas, conforme podemos observar nos gráficos a seguir, a taxa de ocupação nos aglomerados subnormais cariocas atinge o nível mais baixo em 2001 com 39,1%, assumindo trajetória ascendente a partir de então e atingindo 44,8% em 2006, mas caindo no último ano para 41,2%. Em 2007, a taxa de ocupação nessas localidades está 3,77 pontos percentuais inferior ao nível apresentado nas demais localidades cariocas em Numa perspectiva de longo prazo, se observarmos o avanço dos últimos 11 anos, a proporção de ocupados residentes nas favelas manteve-se praticamente constante (41,7% em 1996 contra 42,36% em 2007). 5 O exemplo mais marcante é Engenheiro Pedreira, distrito de Japeri, que apresenta o maior déficit per capita de pobreza de todo Estado superando inclusive o de áreas como São Francisco de Itabapoana, no norte fluminense (ver o detalhamento no nível de regiões administrativas cariocas e subdistritos fluminenses). De todo modo, a taxa de pobreza nestes locais é menos da metade a de municípios mais pobres brasileiros como Centro do Guilherme no Maranhão. 11

12 Taxa de Ocupação Município do Rio de Janeiro 12 Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. Nesse mesmo intervalo de 11 anos, a escolaridade média do carioca ocupado sobe 1,34 ano de estudo, sendo este avanço relativo pouco maior nas favelas (1,5 contra 1,17 nos demais lugares). Em 2007, a escolaridade média do carioca ocupado atinge 10,9 anos de estudos (7,5 entre os moradores de favelas). Educação Média dos Ocupados Município do Rio de Janeiro Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE 12

13 Em termos de evolução da renda do trabalho, os dois grupos apresentaram queda desde o 13 início das séries. A redução de salário dos cariocas foi de 18,5% no período entre 1996 e 2007, esta menos sentida nas favelas (cai 15,7% contra de 20,4% dos outros locais). Ao incluirmos outras fontes de renda individuais observamos trajetória semelhante, conforme podemos ver no segundo gráfico abaixo. Renda do Trabalho dos Ocupados Município do Rio de Janeiro Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. Renda dos Ocupados Município do Rio de Janeiro Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 13

14 5. Renda Domiciliar: Decomposição em Diferentes Fontes A seguir apresentamos a decomposição da renda dos ocupados cariocas em diferentes fontes. Optamos por analisar aqui a renda domiciliar per capita, ou seja, a renda socializada no interior dos domicílios, uma vez que incluímos fontes diversas alternativas ao trabalho, tais como transferências públicas de programas sociais e aposentadorias. Os dados mostram que a renda do trabalho é relativamente mais importante nas favelas (87,7% contra 83,7% nas demais localidades). Em termos de transferências públicas, os programas sociais respondem por 0,52% da renda nas favelas cariocas (0,59% no resto do Rio), enquanto a previdência até 1 salário- mínimo contribui com 4,5% (1,06%). Já quando avaliamos a previdência acima de 1 salário-mínimo destacamos as demais localidades (16,08% da renda). 14 Categoria Decomposição de Renda Domiciliar Per Capita por Fontes de Renda Ano Nível de Rendimentos Ocupados Município do Rio Renda todas as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF* Piso Previdencia - SM* Previdência Pós-piso > SM* Não especial ,7 900,31 14,37 6,3 11,39 143,32 Aglomerado ,63 314,67 2,43 1, ,66 subnormal Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. Categoria Decomposição de Renda Domiciliar Per Capita por Fontes de Renda Participação (%) das Diferentes Fontes Ocupados Município do Rio Ano Renda todas as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF* Piso Previdencia - SM* Previdência Pós-piso > SM* Não especial ,70 1,34 0,59 1,06 13,32 Aglomerado ,74 0,68 0,52 4,46 6,60 subnormal Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE 14

15 Equações de Renda: Como anda o viés contra o favelado? Os dados mais recentes nas duas últimas seções confirmam que apesar de toda precariedade trabalhista, precariedade ainda maior se refere à presença do setor público nos aglomerados subnormais. Mas será que esta diferença tem se mantido, aumentado ou diminuído no período recente? Equação Minceriana A equação minceriana de salários serve de base a uma vasta literatura empírica de economia do trabalho. O modelo salarial de Jacob Mincer (1974) é o arcabouço utilizado para estimar retornos da educação, entre outras variáveis determinantes do salário. Mincer concebeu uma equação para rendimentos que seria dependente de fatores explicativos associados à escolaridade e à experiência, além de possivelmente outros atributos, como sexo, por exemplo. Essa equação é a base da economia do trabalho em particular no que tange aos efeitos da educação. Sua estimação já motivou centenas de estudos, que tentam incorporar diferentes custos educacionais, como impostos, mensalidades, custos de oportunidades, material didático, assim como a incerteza e a expectativa dos agentes presentes nas decisões, o progresso tecnológico, não linearidades na escolaridade etc. Identificando os custos da educação e os rendimentos do trabalho, viabilizou o cálculo da taxa interna de retorno da educação, que é a taxa de desconto que equaliza o custo e o ganho esperado de se investir em educação - a taxa de retorno da educação, que deve ser comparada com a taxa de juros de mercado para determinar a quantidade ótima de investimento em capital humano. A equação de Mincer também é usada para analisar a relação entre crescimento e nível de escolaridade de uma sociedade, além dos determinantes da desigualdade. O modelo econométrico de regressão típico decorrente da equação minceriana é: ln w = β0 + β1 educ + β2 exp + β3 exp² + γ x + є onde w é o salário recebido pelo indivíduo; educ é a sua escolaridade, geralmente medida por anos de estudo; exp é sua experiência, geralmente aproximada pelo idade do indivíduo; x é um vetor de características observáveis do indivíduo, como raça, gênero, região; e є é um erro estocástico. Este é um modelo de regressão no formato log-nível, isto é, a variável dependente o salário está em formato logaritmo e a variável independente mais relevante - a escolaridade está em nível. Portanto, o coeficiente β1 mede quanto um ano a mais de escolaridade causa de variação proporcional no salário do indivíduo. Por exemplo, se β1 é estimado em 0,18, isso quer dizer que cada ano a mais de estudo está relacionado, em média, com um aumento de salário de 18%. Matematicamente, tem-se que: Derivando, encontramos que ( ln w / educ ) = β1 Por outro lado, pela regra da cadeia, tem-se que: ( ln w / educ) = ( w / educ) (1 / w) = ( w / educ) / w) Logo, β1 = ( w / educ) / w, correspondendo, portanto, à variação percentual do salário decorrente de cada acréscimo unitário de ano de estudo

16 Aplicamos exercícios de diferença em diferença a fim de captar o desempenho 16 relativo das favelas em face das demais localidades do município do Rio de Janeiro. Analisamos a renda domiciliar per capita carioca em diferentes pontos do tempo: 1996, 1999, 2001, 2005 e Estimador de diferença em diferença Exemplo de metodologia aplicada a dois períodos distintos Em economia, muitas pesquisas são feitas analisando os chamados experimentos. Para analisar um experimento natural sempre é preciso ter um grupo de controle, isto é, um grupo que não foi afetado pela mudança, e um grupo de tratamento, que foi afetado pelo evento, ambos com características semelhantes. Para estudar as diferenças entre os dois grupos são necessários dados de antes e de depois do evento para os dois grupos. Assim, a amostra está dividida em quatro grupos: o grupo de controle de antes da mudança, o grupo de controle de depois da mudança, o grupo de tratamento de antes da mudança e o grupo de tratamento de depois da mudança. A diferença entre a diferença verificada entre os dois períodos, entre cada um dos grupos é a diferença em diferença, representada com a seguinte equação: g3 = (y2,b y2,a) (y1,b y1,a) Onde cada Y representa a média da variável estudada para cada ano e grupo, com o número subscrito representando o período da amostra (1 para antes da mudança e 2 para depois da mudança) e a letra representando o grupo ao qual o dado pertence (A para o grupo de controle e B para o grupo de tratamento). E g3 é a estimativa a partir da diferença em diferença. Uma vez obtido o g3, determina-se o impacto do experimento natural sobre a variável que se quer explicar. Apresentamos a seguir os resultados estimados de acordo com uma equação do log da renda domiciliar per capita total e de todas as fontes aplicadas ao município do Rio de Janeiro. Além de vários controles sociodemográficos, incluímos entre as variáveis de tratamento o fato de a pessoa estar ou não residindo em uma residência situada num agregado subnormal, como aproximação de favela. Outra variável de interesse é a variável dummy ano interagindo com a dummy de agregado subnormal. Corroborando o que vimos nas seções acima, a renda controlada dos agregados subnormal é menor (-0,49), porém ela está menos distante da renda das outras localidades quando observamos a renda proveniente do trabalho (-0,40). Este resultado é robusto quando analisamos a renda individual para as pessoas ocupadas em idade ativa, ou seja, sem a hipótese de socialização intradomiciliar. A análise de diferença em diferença indica que há um crescimento relativo da renda do trabalho nos aglomerados subnormais em relação aos demais em particular a partir de 2005 chegando a 0,14 em 2008 (era 0,06 em 2005). A renda de todas as fontes tem desempenho qualitativamente similar, porém com menor crescimento relativo nos últimos anos com os novos programas assistenciais como o Bolsa Família às comunidades de baixa renda da 6 Optamos por excluir da análise os anos 2004 e 2006 para fugirmos do que chamamos de efeito suplemento. Melhor explicando, nesses dois anos a parte suplementar do questionário da PNAD se refere a perguntas detalhadas sobre as fontes renda. Acreditando que esta diferença pode influenciar nas respostas das pessoas, o que prejudicaria as comparações temporais, decidimos por não incluí-los na análise. 16

17 Cidade do Rio de Janeiro, mas que grande parte da melhora e do crescimento relativo das 17 favelas vem da renda do trabalho. A regressão completa pode ser encontrada no Anexo. Os resultados mostram acúmulo relativo favorável às favelas ao longo dos anos. Analisando por partes os resultados da regressão, percebemos: 1 Renda da favela inferior às demais localidades (-0,49). 2 Maiores níveis de renda em Apesar da queda, essa distância foi diminuindo ao longo do tempo a partir de 2005, quando era 0,14 menor que a de Atinge em 2008, a renda inferior em 0,06 quando comparado a Há crescimento relativo das favelas ao longo dos anos, captado pelos sinais positivos das dummies interativas. Estamos em 2008 na melhor situação relativa (menor distancia entre favelas e o restante), em particular a partir de 2005, alcançando a 0,93 em 2008 (era 0,039 em 2005). Os efeitos são parecidos quando analisamos a renda do trabalho. 17

18 Equação renda domiciliar per capita Município do Rio de Janeiro 18 Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado Pr > Qui- Quadrado asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZNão anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE Equação renda domiciliar per capita do trabalho Município do Rio de Janeiro Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado Pr > Qui- Quadrado asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZNão anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 18

19 4. Zoom sociodemográfico na Rocinha 19 A miséria atinge 19,45% da população fluminense e 14,57% dos cariocas em Importante destacar que, apesar de possuir a menor proporção de pobres, a cidade do Rio dada a sua população é a que mais contribui para a pobreza total do Estado (30,35%), isso se deve ao fato de grande parte da população fluminense ali residir. Dividindo o município em Regiões Administrativas, ela varia desde menos de 4% nas RAs de Botafogo, Copacabana e Lagoa até 29.4% no Complexo do Alemão. Outras favelas e reassentamentos como Jacarezinho (27,54%), Cidade de Deus (26,02%), Maré (25,235%) e Rocinha (21,89%) se destacam entre as regiões mais miseráveis do município. Dessa forma, o conjunto das 5 grandes favelas cariocas se equipara à periferia metropolitana fluminense (25,87% contra 24,73% de miseráveis), sendo a segunda acompanhada de maior desigualdade, enquanto nas favelas o índice de Gini varia de 0,31 a 0,34, na periferia metropolitana é 0,48%. Nas tabelas do Apêndice encontramos o custo da erradicação da miséria no Estado, município do Rio e em todas as regiões administrativas. Os dados mostram que seriam necessários na melhor das hipóteses R$ 14,04 em média, por pessoa mês, para acabar com a pobreza no estado, totalizando um custo de R$ 109 milhões mensais e R$ 1,3 bilhão anuais. Analisamos o custo da erradicação da miséria de outras duas perspectivas, como, por exemplo: cada miserável fluminense deveria receber, em média R$ 39,24; por outro lado, cada não miserável deveria contribuir com R$ 9,47 para que a miséria fosse totalmente aliviada. No conjunto de favelas, o recebimento médio por miserável seria R$ 40,67 (R4 1,21 acima da periferia fluminense), enquanto a contribuição dos que estão acima da linha, R$ 14,17 (R$ 0,79 a mais). Os dados permitem a população em nível de localidades enxergarem a sua vizinhança de uma perspectiva própria. Por exemplo, o déficit social da Rocinha é de 575 mil reais mensais, o que daria 3,56 reais mensais por não miserável da região administrativa vizinha da Lagoa (inclui Ipanema e Leblon), a mais rica da cidade. Portanto, a renda média fluminense (ou mesmo da Zona Sul carioca) oculta a riqueza da Bélgica, a miséria da Índia e a violência da Colômbia. 19

20 MAPA DO FIM DA FOME DA POPULAÇÃO TOTAL Rio de Janeiro - Medidas de Miséria 20 % Miseráveis Transferências Mínimas para Erradicar a Miséria R$ não R$ pessoa R$ total mês R$ miserável miserável Brasil ,371,086, UF - Rio de Janeiro ,159, Periferia Metropolitana ,251, Município do Rio de Janeiro ,172, Grandes Favelas Cariocas ,237, Cidade de Deus , Complexo do Alemão , Jacarezinho , Maré ,091, Rocinha , Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da amostra do Censo Demográfico 2000/IBGE. Em seguida, um perfil dos moradores da Rocinha tendo como base os dados do Censo Demográfico de Apresentamos na tabela as principais características dos moradores de uma das comunidades de baixa renda mais conhecidas, por meio dos seguintes atributos sociodemográficos: gênero, faixa etária, posição na família, escolaridade, raça, religião, estado civil, natureza da união. Incluímos também algumas variáveis de natureza econômica como setor de atividade e contribuição previdenciária. Realizamos uma breve análise dessa população comparando as características sociodemográficas dos cariocas e a dos cariocas em situação de miséria. Identificamos moradores na Rocinha, dos quais 38,49% ocupam a posição de filhos nos domicílios e 31,64% são chefes de família. Quando observamos os domicílios dos cariocas em situação de miséria vemos que nesse caso aqueles que ocupam a posição de filhos representam 48,12%. Um dado importante é a questão etária: o maior grupo na Rocinha é daqueles que têm entre 20 e 24 anos (12,12%), o número de pessoas idosas é relativamente baixo, ou seja, na Rocinha temos majoritariamente mais crianças e jovens. Entre os miseráveis o grupo mais representativo é o das crianças de 0 a 4 anos (15,52%), seguido pelo grupo daqueles que têm entre 5 a 9 (13,78%) e de 10 a 14 anos (11,45%). Quando observamos o total de cariocas (pobres e não pobres), notamos que, diferente da Rocinha e dos lugares pobres, o grupo etário mais significativo é o dos idosos (12,76%). Na Rocinha e no município do Rio como um todo, a maioria das pessoas se denominou de cor branca, 53,86% e 58,4%, respectivamente; já entre os cariocas miseráveis, a maior parte deles (44,03%) se autodenominaram de cor parda e 39,78% de cor branca. 20

21 Um dos quesitos mais importantes a ser analisado é a posição na ocupação. Nos três 21 universos em análise a maior parcela da população é composta de inativos: 39,35% entre os miseráveis; 37,26% entre o total dos cariocas; e 28,96% na Rocinha. Na Rocinha o grupo dos empregados com carteira também é bastante representativo: 26,93%. Outra variável social de grande importância é o nível de educação: a maioria dos cariocas (33,34%) tem de 8 a 11 anos de estudo, na Rocinha o grupo mais numeroso, 31,75%, tem de 4 a 7 anos de estudo; por outro lado, na Rocinha aqueles que não têm nenhum grau de instrução representam o segundo grupo mais relevante. Quando nos voltamos para o grupo dos cariocas miseráveis, a situação se altera, a maior parte deles não tem grau de instrução, comprovando a forte ligação existente entre miséria e baixa educação.sendo assim, as variáveis que mais distinguem esses três grupos são a escolaridade, a faixa etária e a raça. Em resumo, a Rocinha é composta de crianças e jovens, que ocupam a posição de filhos no domicílio, a maioria se denomina brancos e depois pardos; por um lado, temos um grupo numeroso que tem um nível de educação relativamente razoável (de 4 a 7 anos) contrastando com um grupo também significativo cujo nível de educação é extremamente baixo (sem instrução ou menos de 1 ano de estudo). Vimos também que a maior parte dos moradores da Rocinha é inativa e trabalhadores com carteira assinada. Podemos dizer que a Rocinha apresenta certas características similares ao conjunto do município e outras que assemelham às localidades pobres do município. Apresentamos a tabela completa dos Retratos Sociais da Rocinha e também pormenorizamos numa outra tabela esse retrato detalhado por faixas etárias. 21

22 Universo: Membros efetivos no domicílio Nº de Pessoas RETRATO SOCIAL Município do Rio de Janeiro. Rocinha Total Miserável Total Composição Vertical (%) Nº de Pessoas Composição Vertical (%) Nº de Pessoas 22 Composição Vertical (%) Total Sexo Masculino Feminino Posição na Família Chefe Cônjuge Filho(a) Pai, mãe, sogro(a) Neto(a) Irmão, irmã Outro parente Agregado Faixa etária 0 a a a a a a a a a a a a ou mais Cor ou raça Branca Preta Amarela Parda Indígena Outras Religião Sem religião Católica Evangélica Espiritualista Afro-brasileira Orientais Outras Anos de Estudo Sem instrução ou menos de 1 a 13 ano a a ou mais ignorado Natureza da última união Casamento civil e religioso Só casamento civil Só casamento religioso União consensual Nunca viveu Ignorado Estado Civil Casado(a) Desquidado(a) Divorciado(a) Viúvo(a) Solteiro(a) Ignorado Posição na Ocupação Desempregado Inativo Funcionário Público Empregado com carteira Empregado sem carteira Conta-própria Empregador Não-remunerado Próprio consumo Ignorado Contribuia para previdência Contribui (ocupados) Não Contribui Ignorado Fonte: CPS/FGV processando os microdados do Censo Demográfico 2000/ IBGE 22

23 23 5. Empresários da Rocinha O principal objetivo desta seção do trabalho é subsidiar a aplicação de políticas locais de incremento das atividades microempresariais nas áreas de baixa renda. Em particular, empreendemos um estudo de caso dos microempresários da favela Rocinha. Mais forte do que a escassez nas favelas de recursos privados, seja de capital físico, humano ou social, é a escassez de serviços e políticas públicas. Nesse sentido, o universo aqui analisado constitui num laboratório privilegiado acerca dos constrangimentos e carências que devem ser combatidos por meio da ação pública e de suas possíveis interações com ações privadas. a. Perfil dos microempresários da Rocinha Segundo a tabela 1 a seguir, podemos verificar que os microempresários da Rocinha geralmente pertencem mais ao sexo masculino (8,2% mais homens do que mulheres), são casados ou apresentam união livre (65,4%) e têm faixa etária de 26 a 50 anos, visto que 70,23% da população concentra-se nesta faixa de idade. Essa participação dos indivíduos em prime-age é bastante similar às encontradas segundo a PNAD. De acordo com esta última pesquisa, 69,31% dos contas próprias e 68,71% dos empregadores de empresas com até cinco empregados se situavam nessa faixa etária. 23

24 DADOS GERAIS Sexo Idade Estado Civil Fonte : Rocinha População (%) Masculino Feminino Anos ou Menos a 20 Anos a 25 Anos a 30 Anos a 35 Anos a 40 Anos a 45 Anos a 50 Anos a 55 Anos a 60 Anos a 65 Anos a 70 Anos 1.10 Mais de 70 Anos 0.90 Solteiro Casado/União Livre Separado/Divorciado 7.80 Viúvo De acordo com a tabela 2 a seguir, nota-se que entre os microempresários da Rocinha predomina a baixa escolaridade, pois o analfabetismo abrange 11,81% da população e 66,56% da população era alfabetizado mas possuía apenas o ensino fundamental (completo ou incompleto). De acordo com a PNAD de 1996 existia entre os contas próprias cariocas 6,34% de analfabetos e 51,53% de alfabetizados com até o ensino fundamental completo. Estas mesmas estatísticas sobem, respectivamente, para 2,41% e 49,17% entre empregadores com até cinco empregados. O baixo nível de educação dos microempresários da Rocinha pode ser também captado pela baixa participação relativa daqueles com ensino médio completo: 8,9% entre os microempresários da Rocinha contra 12,66% e 24,89% com superior incompleto entre os contas próprias e empregadores com até cinco empregados cariocas. A escassez de capital humano entre os microempresários da Rocinha pode se apresentar como um importante redutor da taxa de retorno dos outros tipos de capital utilizados pelos microempresários. Os microempresários da Rocinha normalmente possuem imóvel próprio (82,68%). Embora a pesquisa não apresente a participação de direitos formais de propriedade que poderiam facilitar o uso do imóvel como colateral de empréstimos. Apenas 14,1% habitam imóveis alugados. 24

25 Quanto à ocupação dos microempresários da Rocinha, eles geralmente são 25 biscateiros ou dedicam-se à produção doméstica (33,4%), são micro ou pequeno proprietário (43,8%) ou ainda autônomos, do tipo chofer, caminhoneiro, pedreiro, corretor, técnico, professor particular (14,63%), conforme a tabela 2. A variável econômica síntese da pesquisa talvez seja a renda familiar desses microempresários. Observa-se que a renda mensal familiar concentra-se na faixa de 200 a 800 reais, visto que enquanto 45,81% dos microempresários da Rocinha se inserem nesta faixa, somente 15,57% destes recebem de a reais como renda mensal familiar e apenas 17,56% ganham mais de reais (ver tabela 2). Quanto às características de fecundidade, 80,10% dos microempresários da Rocinha têm filhos; 78,35% têm até 3 filhos; e 87,7% dos seus domicílios são constituídos por até 5 pessoas. Em resumo, os atributos pessoais predominantes entre os microempresários da Rocinha são os seguintes: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) 54,1% são homens; 70,23% encontram-se na faixa de idade de 26 a 50 anos; 65,4% são casados/união livre; 80,1% têm filhos; 82,68% moram em imóvel próprio; 78,37% possuem apenas até o ensino fundamental completo; 66,87% pertencem à faixa de renda familiar até reais; (viii) 33,4% são biscateiros ou dedicam-se à produção doméstica; 43,8% são micro ou pequeno proprietários; e 14,63% autônomos do tipo chofer, caminhoneiro, pedreiro, corretor, técnico, professor particular. 25

26 DADOS PESSOAIS E FAMILIARES 26 População (%) Nível Escolar Analfabeto º Grau Completo º Grau Incompleto º Grau Completo º Grau Incompleto º Grau Técnico Incomp./Comp 2.30 Superior Incomp./Comp 4.80 Ocupação Funcionário de Alto/Médio Escalão 1.24 Funcionário de Baixo Escalão 2.18 Profissional Liberal com Curso Superior 0.73 Autônomos (corretor, técnico, prof. particular) 4.67 Autônomos ( chofer, caminhoneiro, pedreiro) 9.96 Biscateiro, Produção domética Médio ou grande proprietário 0.21 Pequeno proprietário Micro proprietário Empregados domésticos 1.04 Outros 2.70 Renda Mensal Familiar Até 200 reais a 400 reais a 600 reais a a a a Mais de Nº de Pessoas no Domicílio Até 2 Pessoas Pessoas Pessoas Pessoas Pessoas Pessoas ou mais 7.30 Tem Filhos Quantos Filhos 1 Filho Filhos filhos Filhos Filhos ou mais Tipo de Domicílio Imóvel próprio Imóvel alugado Imóvel de familiares 2.80 Outros 0.30 Fonte : Rocinha 26

27 b. Perfil dos Empregados em Microempresas da Rocinha 27 A fim de completar a análise dos recursos humanos das microempresas da Rocinha, examinamos o perfil dos empregados e dos familiares ocupados nestes empreendimentos. Ao todo 56,9% das microempresas da Rocinha não recebem qualquer ajuda da família, segundo a tabela 3. Ou seja, 43,1% dos microempresários são auxiliados por suas respectivas famílias, revelando a importância relativa da célula básica do tecido social, a família, como insumo das atividades microempresariais locais. Do total, 38,42% microempresários recebem auxílio familiar por intermédio do trabalho de seus membros, principalmente do cônjuge (20%) e de seus filhos (16,20%) e somente 3,3% dos microempresários recebem dinheiro da família como forma de ajuda. As microempresas da Rocinha geralmente não contam com a ajuda de mais nenhum funcionário em seus empreendimentos além de seus próprios familiares (76,82%). 18,1% das microempresas da Rocinha possuem 1 ou 2 pessoas auxiliando suas atividades, enquanto 5,1% possuem três ou mais funcionários. Os funcionários contratados pelas microempresas da Rocinha, em sua maioria, são fixos (81,7%) e quando decidem empregar trabalhadores ocasionais, os microempresários normalmente contratam apenas um funcionário (73,81%). Além disso, nota-se que normalmente as microempresas decidem contratar apenas 1 funcionário fixo (53,61%) ou no máximo de 2 a 5 funcionários fixos (39,7%), mas muito dificilmente elas contratam mais de 5 funcionários (1,3%). A faixa etária dos funcionários das microempresas da Rocinha situa-se entre 19 a 35 anos de idade, pois tal faixa de idade representa 54,44% dessa população. Portanto, como apenas 22,22% dos funcionários das microempresas situam-se na faixa etária de 35 a 50 anos, podemos dizer que os funcionários são relativamente jovens. Nesse sentido, ao compararmos os dados referentes à idade dos micro-empresários e de seus funcionários (tabelas 1 e 3, respectivamente), podemos concluir que os funcionários das microempresas sejam mais jovens que os seus patrões, uma vez que: (i) de um lado, 44,34% dos funcionários situam-se na faixa de idade até os 25 anos, tal porcentagem cai para 11,52% ao considerarmos os proprietários das micro-empresas. (ii) por outro lado, 47,03% dos funcionários situam-se na faixa de idade de 26 a 50 anos, tal porcentagem sobe para 70,03% ao considerarmos os proprietários das microempresas. 27

28 Em suma, a análise do trabalho adicional em relação ao desenvolvido pelos 28 proprietários revela a importância do trabalho dos cônjuges e de filhos, evidenciando a relevância do chamado capital social aqui representado através da família na operação desses empreendimentos. As microempresas da Rocinha geralmente não contam com a ajuda de mais nenhum funcionário em seus empreendimentos, além de seus próprios familiares (76,82%), dos quais 18,3% ocasionais e em geral jovens (44,34% até 25 anos). Apenas 5,1% das microempresas possuem 3 ou mais funcionários. 28

29 DADOS DOS FUNCIONÁRIOS DAS MICROEMPRESAS 29 População (%) Ajuda Familiar Não tem Dinheiro 3.30 Trabalho Filhos Cônjuge Pais 3.10 Outros Parentes Outra forma de Ajuda 1.38 Compra Produto p/negócio 0.43 Entrega encomendas 0.26 Divulgação 0.26 Outros 0.43 nº de Pessoas que Ajudam na Atividade além do Familiares Nenhuma Pessoa Pessoas a 5 Pessoas 3.80 Mais de 5 Pessoas 1.30 Funcionários Fixos Funcionário Funcionários a 5 Funcionários Mais de 5 Funcionários 6.70 Ocasionais Funcionário Mais de 2 Funcionários Faixa de Idade dos Funcionários Menores de 14 Anos a 18 Anos a 25 Anos a 35 Anos a 50 Anos Maiores de 50 Anos 8.52 Fonte : Rocinha 29

30 c. Perfil das Microempresas da Rocinha 30 De acordo com a tabela 4 em seguida, constatamos que as microempresas da Rocinha apresentam como atividades principais a venda de produtos alimentícios (21,93%), a posse de bar/birosca (18,94%) e a realização de serviços diversos (13,16%). Em termos mais genéricos, a atividade de vendas supera a atividade de serviços nas microempresas da Rocinha. A maioria dos microempresários da Rocinha não tem outra atividade e dedica-se apenas a sua atividade principal (87,75%), e entre os 12,25% que desempenham uma atividade empresarial complementar, observa-se mais da metade dessas atividades extra (6,57% do total) se refere à venda de produtos alimentícios, roupas e acessórios e 25% (3% do total) se refere a biscates e serviços diversos. Em consonância com os dados do último parágrafo, a grande maioria dos microempresários pobres da Rocinha não tem acesso a outras fontes de renda (74,47%) e apenas 16,92% desses microempresários possuem outro negócio ou um emprego como outra fonte de renda. As aposentadorias e pensões complementam a renda de apenas 2,6% da população. Quanto à intensidade das atividades microempresariais, 94,71% se ocupam durante os 12 meses por ano, 73,27% operam em mais de 5 dias por semana e 91,5% dedicam acima de 5 por dia à atividade. Quanto à sazonalidade dos negócios, apesar de 30,40% dos micro-empresários não considerarem que existam melhores épocas para o trabalho, mas 45,5% consideram subperíodos do verão carioca representados por itens como mês de dezembro, o fim de ano, o ano-novo e o verão os melhores períodos para o desempenho de suas atividades. Este tipo de informação explorado nos últimos dois parágrafos pode ser útil na formulação do fluxo de pagamento dos contratos de crédito. Os microempresários da Rocinha realizam tal atividade entre 1 a 5 anos (37,75%), mas observa-se que enquanto 74,47% da população desempenha essa atividade há menos de 10 anos, apenas 19,72% desta desempenha 11 anos ou mais. 30

31 31 DADOS OCUPACIONAIS P o p u l a ç ã o ( % ) A t i v i d a d e P r i n c i p a l S e r v i ç o s D i v e r s o s 1 3, 1 6 B i s c a t e s, C h a v e i r o, E t c 1 0, 2 7 C o s t u r a 4, 2 9 D i a r i s t a / B a b á / C o z i n h e i r a / C h o f e r 1 1, 4 7 B a r / B i r o s c a 1 8, 9 4 V e n d a, R o u p a s e A c e s s ó r i o s 9, 1 7 V e n d a d e P r o d u t o s A l i m e n t í c i o s 2 1, 9 3 V e n d a D i v e r s o s 1 0, 7 7 O u t r a A t i v i d a d e N ã o t e m o u t r a A t i v i d a d e 8 7, 7 5 S e r v i ç o s D i v e r s o s 1, 3 9 B i s c a t e s, C h a v e i r o, E t c 1, 5 9 C o s t u r a 0, 5 0 D i a r i s t a / B a b á / C o z i n h e i r a / C h o f e r 0, 7 0 B a r / B i r o s c a 0, 7 0 V e n d a, R o u p a s e A c e s s ó r i o s 2, 4 9 V e n d a d e P r o d u t o s A l i m e n t í c i o s 4, 0 8 V e n d a D i v e r s o s 0, 8 0 T e m p o q u e r e a l i z a a a t i v i d a d e M e n o s d e 1 a n o 2 1, a 5 a n o s 3 7, a 1 0 a n o s 1 8, a 1 5 a n o s 7, a 2 0 a n o s 6, a 2 5 a n o s 2, a 3 0 a n o s 3, 0 9 M a i s d e 3 0 A n o s 2, 2 9 O u t r a s F o n t e s d e R e n d a N ã o t e m O u t r a s F o n t e s d e R e n d a 7 4, 4 7 O u t r o N e g ó c i o 7, 3 1 E m p r e g o 9, 6 1 A l u g u e l 5, 1 1 O u t r o s 3, 3 0 A p o s e n t a d o r i a e P e n s õ e s 2, 6 0 N ã o S a b e / N ã o R e s p o n d e u 0, 2 0 H o r a s P o r D i a q u e D e d i c a a A t i v i d a d e A t é 4 H o r a s 8, a 8 H o r a s 2 8, a 1 2 H o r a s 4 7, 6 0 M a i s d e 1 2 H o r a s 1 5, 7 0 D i a s P o r S e m a n a q u e s e D e d i c a a A t i v i d a d e A t é 5 D i a s 2 6, 7 3 M a i s d e 5 D i a s 7 3, 2 7 M e s e s P o r A n o q u e d e D e d i c a a A t i v i d a d e A t é 1 1 M e s e s 5, M e s e s 9 4, 7 1 M e l h o r e s É p o c a s p a r a o T r a b a l h o N ã o E x i s t e 3 0, 4 0 I n í c i o d o M ê s 3, 1 0 F i n a l d o M ê s 2, 5 4 D e z e m b r o 4, 7 6 F i m d e A n o e A n o N o v o 2 1, 1 3 I n v e r n o 3, 3 2 V e r ã o 1 9, 5 9 O u t r o s 1 5, 1 6 Fonte: Rocinha. 31

32 6. Conclusões e extensões 32 As diversas safras de microdados colhidas comprovaram que na virada da década passada uma crise social se instalou nas metrópoles brasileiras 7. Como exemplo extremo, a taxa de miséria no município de São Paulo aumenta cerca de 50% entre 1991 e No município do Rio de Janeiro a miséria cai 19% neste período, o que representa uma inversão da decadência de desempenho relativo em face de São Paulo, observada nas décadas anteriores. No período , observamos a continuidade desta tendência: a taxa de miséria baseada em renda do trabalho sobe 1,57% no município de São Paulo e cai 1,68% no Rio. Nesse mesmo período, a taxa de miséria sobe mais nas periferias dessas capitais, 10,4% e 18,3%, o que faz com que o aumento da miséria na Grande São Paulo seja inferior a do Grande Rio, 5,3% contra 7,3% (média móvel de 12 meses, segundo cálculos feitos sobre os microdados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME/IBGE)). O ônus da crise se concentra no espaço metropolitano, já o bônus dos novos programas sociais se dirige para os grotões de miséria. Isto vale para a implantação de programas constitucionais como a Previdência Rural e o Benefício de Prestação Continuada; para programas ad hoc emergenciais do final da década de 1990 como as frentes de trabalho contra a seca no Nordeste; para as bolsas do projeto Alvorada (Escola, Alimentação etc.) implantados a partir de 2000, para as ações do Fome Zero. Mais recentemente, o Bolsa Família começa a contemplar de maneira mais intensiva as áreas metropolitanas, com destaque as periferias. A pesquisa indica que a miséria atinge 14,57% dos cariocas em 2000 varia de menos 4% nas RAs de Botafogo, Copacabana e Lagoa até 29,4% no Complexo do Alemão. Outras favelas e reassentamentos como Jacarezinho (27,54%), Cidade de Deus (26,02%), Maré (25.235) e Rocinha (21.89%) se destacam entre as regiões mais miseráveis do município. Os dados permitem a população no nível de localidades observar a sua vizinhança de uma perspectiva própria. Por exemplo, o déficit social da Rocinha é de R$ 575 mil mensais, o que daria 3,56 reais mensais por não miserável da região administrativa vizinha da Lagoa (inclui Ipanema e Leblon), a mais rica da cidade. Portanto, a renda média da Zona Sul carioca oculta a riqueza da Bélgica, a miséria da Índia e a violência da Colômbia. 7 Neri (2006) demonstra que a chamada crise metropolitana, pelo menos no que tange a indicadores sociais baseados em renda como pobreza, se prolonga até 2003, sofrendo uma reversão desde então. 32

33 MAPA DO FIM DA FOME DA POPULAÇÃO TOTAL Rio de Janeiro - Medidas de Miséria - Linha de R$79* 33 Rio de Janeiro Subdistrito % Miseráveis Transferências Mínimas para Erradicar a Miséria R$ não R$ pessoa R$ total mês R$ miserável miserável Brasil ,371,086, UF - Rio de Janeiro ,159, Município do Rio de Janeiro ,172, Lagoa , Rocinha , Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados da amostra do Censo Demográfico 2000/IBGE. a. Extensões Pesquisas de opinião apontam o desemprego e a violência como os dois problemas a ocupar mais as preocupações dos brasileiros. Os números do desemprego e da violência brasileira têm a cara dos jovens periferias e das favelas metropolitanas. Marcos Lisboa e Mônica Viegas exploram a relação entre as duas variáveis. 8 Eles demonstraram que as condições de desemprego durante a juventude são determinantes da probabilidade de o indivíduo ser vítima de homicídio. Esta probabilidade é maior durante todo o ciclo de vida do indivíduo, e não apenas durante a fase que o desemprego está alto. Os jovens tragados para atividades criminosas tendem a não mudar de vida mesmo que a macroeconomia reaja favoravelmente. Estes custos permanentes do desemprego se aplicam em particular às grandes metrópoles brasileiras que nos últimos anos foram, e continuam sendo, o epicentro da nossa crise econômica e social. Nesse sentido, as mudanças na política social, ocorridas na última década, como a expansão da previdência rural patrocinada pela Constituição de 1988, o projeto Alvorada de Fernando Henrique, ou mesmo o Fome Zero de Lula, são altamente meritórias mas não compensam este quadro. Pois o bônus das novas ações foi para os grotões de miséria, enquanto o ônus das crises recentes está concentrado nas grandes cidades. Os números do desemprego e da violência brasileira têm a cara dos jovens das periferias. A taxa de desemprego entre 15 e 29 anos é 22,6%, 4,5 vezes maior do que as do grupo de 35 a 39 anos de idade. Cabe lembrar que a taxa de desemprego dos jovens é quadruplicado entre 1989 e Apesar do quadro de desespero inercial traçado acima, os novos tempos trazem bons augúrios que talvez permitam à sofrida juventude metropolitana reverter esta tendência. 8 Richard Freeman mostra que se incorporássemos a relativamente baixa taxa de desemprego americana, o contingente de presidiários, esta mesma mudaria de patamar, ficando mais próximas das congêneres europeias. 33

34 Steven Levitt, o autor do best-seller Freaknomics, causou espanto ao revelar como a 34 principal causa da redução da criminalidade em estados americanos em meados da década de 1990, a lei de aborto promulgada duas décadas antes. A ideia é tão simples quanto politicamente incorreta como muitas vezes a vida é (embora não gostemos disso): o fato de a lei diminuir o nascimento de filhos indesejados de pobres mulheres solteiras gerou uma redução da oferta de criminosos duas décadas depois! No Brasil, a contrapartida feminina da predisposição de jovens homens solteiros a atividades criminosas9 é a incidência da gravidez precoce que sobe de 7,97% para 9,1% entre 1980 e 2000, enquanto a taxa de fecundidade para todos os grupos etários cai de 4,4 para 2,3 filhos por mulher. Em particular, enquanto a taxa de fecundidade entre as moradoras de 40 a 45 anos de favelas cariocas é duas vezes maior que aquelas em bairros de alta renda, entre as adolescentes dos morros cariocas a taxa é 5 vezes maior que as adolescentes dos bairros de alta renda (0,27 filho por menina entre 15 a 19 anos na Rocinha contra 0,054 na Lagoa, respectivamente). Se o Brasil não revolucionar a educação reprodutiva dos jovens em áreas de alta violência, vamos colher mais e mais tragédias como as recentes noticiadas. A Rocinha é a região administrativa da cidade com o menor nível de educação da população em geral e da população ocupada entre todas do município do Rio de Janeiro. No que tange ao último aspecto, países e pais que cuidam de suas crianças, desde a mais tenra idade, viabilizam seu futuro. James Heckman, o Nobel de Economia, e Flávio Cunha nos brindam com suas mais recentes descobertas sobre a importância da educação na primeira infância. Eles demonstram que crianças que tiveram a oportunidade de frequentar o equivalente a creches e pré-escolas apresentaram na idade adulta renda mais alta e probabilidades mais baixas de prisão, de gravidez precoce e de depender de programas de transferência de renda do estado no futuro. Ou seja, acaba sendo mais produtivo do ponto de vista social e fiscal, prevenir do que remediar investindo desde a primeira infância. A educação nessa primeira fase da vida constitui o verdadeiro custo de oportunidade social qual seja a oportunidade de investimento com maior retorno social disponível. E mais: quanto menor for a idade da criança objeto do investimento educacional recebido, mais alto será o retorno percebido. 9 Neri (2004) isola fatores de risco associados à chance de cada indivíduo estar ou não presidiário, comparandose pessoas com as demais características iguais exceto uma. Por exemplo: comparamos homens e mulheres com atributos iguais, isto é, não levando em consideração o fato de que mulheres, na média, têm mais educação do que homens entre outras características. O exercício confirma que o principal fator de risco é o sexo. Os homens têm 46,3 vezes mais chance de estar presidiários do que as mulheres, considerando as demais características iguais. Em seguida, a grande distancia, está o estado civil. Ser solteiro é um importante fator de risco 4,8 vezes maior que os demais. Depois vem o fator idade. 34

35 Observamos abaixo uma visão local por meio do gráfico com as regiões 35 administrativas do município do Rio de Janeiro, plotando a relação entre a proporção de crianças de 4 a 6 anos na pré-escola e a proporção de empregadas domésticas morando na respectiva localidade. Entre as mulheres adultas da Rocinha 21% são domésticas (ou 47% das ocupadas). Notamos em lugares mais pobres, nas favelas em particular, a proporção de domésticas em idade ativa cai com o aumento da taxa de crianças na pré-escola. Essas pobres mulheres vão cuidar dos filhos de outras e deixam os seus filhos em casa, fora da pré-escola. % Pré-Escola x % Domésticas Botafogo Lagoa Rocinha Complexo do Alemão % Pre = %Dom R 2 = % Domésticas na população feminina em idade ativa. O chamado jeitinho brasileiro perpassa várias esferas das nossas vidas privadas, mas está presente acima de tudo nas relações econômicas com o estado, aí incluindo aquelas de natureza trabalhista, consumidora e empresarial. É sempre bom rever conceitos e cifras relativas à evasão tributária que constitui com o futebol o esporte nacional. A diferença é que a maioria dos brasileiros é apenas telespectadora do esporte bretão enquanto uma parcela substancial e desconhecida da nossa população é praticante da informalidade. Na verdade, a característica essencial da evasão tributária é ter poucos espectadores. A informalidade está associada a encargos fiscais crescentes aplicados pelos vários níveis de governo, sem que correspondentes benefícios sociais sejam percebidos coletiva ou individualmente. A taxa de informalidade elétrica em favelas e outras ocupações ilegais é 41,2% diante de 4,43% dos condomínios de casas e apartamentos, o que evidencia uma correlação forte entre informalidades fundiária e elétrica. A taxa de informalidade varia substancialmente entre as regiões metropolitanas pesquisadas, indo de 3,27%, em Belo Horizonte, a 16,2% em 35

36 Salvador. No Sudeste, o Rio de Janeiro apresenta a taxa mais próxima dos níveis 36 nordestinos, com 10,6%. Esse resultado seria consistente com a alta informalidade trabalhista observada no mercado de trabalho do Rio. 10 A comparação revela ainda que a chance de um morador do Rio ser gato é 98,96% acima dos paulistanos. Agora, quando comparamos moradores dessas duas metrópoles com características como as citadas acima exatamente iguais, essa estatística cai para 97.57%. Ou seja, a alta informalidade de energia elétrica consumida pelos moradores do Rio é pouco explicada pela posse de características associadas aos gatos e mais um atributo específico da região. A informalidade previdenciária é principalmente um fenômeno de evasão fiscal fornecendo indícios sobre o não pagamento de impostos e encargos trabalhistas. Esta última escolha se deve ao fato de a amostra do Censo Demográfico 2000 permitir analisar a informalidade previdenciária no nível de cada municipalidade isolada, pela alta taxa de amostragem utilizada (cerca de 10% da população) vis-à-vis a de outras pesquisas. Segundo dados do Censo Demográfico 2000, 63,4% dos trabalhadores ocupados fluminenses contribuem para a Previdência Social. Não se devem observar os diversos tipos de informalidade (trabalhista, previdenciária, empresarial, fundiária e mesmo elétrica) de maneira isolada, mas quantificar complementaridades e substituições entre diferentes tipos. Por exemplo, se tomarmos as cinco maiores regiões administrativas cariocas, as grandes favelas cariocas como Complexo do Alemão, Jacarezinho, Rocinha e Maré, que figuram entre as mais pobres da cidade, não figuram entre as cinco mais informais. Ou seja, a informalidade fundiária e previdenciária não anda de mãos dadas nesse caso, conforme se poderia esperar. Analisando internamente o município do Rio de Janeiro, Vila Isabel é líder em formalização (77,24%). Em seguida, Botafogo (76,54%), Lagoa (76%), Tijuca (75,51%) e Méier (73,80%). Entre os cinco menos, quatro são da Zona Oeste do município. Guaratiba com 53,56% é o mais informal. 10 Entretanto, a relação entre informalidade laboral e energética não é muito expressiva: entre aqueles domicílios cujo chefe contribui com a previdência, a informalidade elétrica é de 10,9% ante 9,4% das demais. 36

37 Ocupados % Contribui 37 Mais o Vila Isabel 77,24 o Botafogo 76,54 o Lagoa 76,00 o Tijuca 75,51 o Méier 73,80 Menos o Guaratiba 53,56 o Ilha de Paquetá 53,92 o Santa Cruz 60,87 o Campo Grande 63,41 o Bangu 63,57 Um banco de dados da sociedade O Mapa do fim da fome II é um banco de dados georreferenciado que permite a localização física dentro de estados e municípios das áreas sujeitas às condições sociais mais adversas. Contém um amplo conjunto de informações sobre riquezas e carências das localidades. Estas informações podem ser estendidas em diversas direções desejadas e passíveis de serem levantadas em qualquer estado ou município brasileiro, constituindo num poderoso instrumento para que a sociedade e governos possam elaborar programas focados de desenvolvimento social. R a n k i n g P o r S u b d s i s t r i t o - R i o d e J a n e i r o M é d i a d e A u t o m ó v e l I l h a d e P a q u e t á J a c a r é z i n h o T i j u c a B a r r a d a T i j u c a L a g o a R o c i n h a F o n t e : C P S / I B R E / F G V a p a r t i r d o s m i c r o d a d o s C e n s o d e m o g r á f i c o d e 2000 / I B G E

38 Taxa de Moradores em Favelas (%) Regiões Admnistrativas - Rio de Janeiro Maré Complexo do Alemão 38 Jacarézinho Centro Botafogo Guaratiba Cidade de Deus Rocinha Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo demográfico de 2000/IBGE

39 Conclusão (sumário executivo) 39 Utilizando inicialmente os microdados do Censo 2000 fazemos um zoom sobre a situação do trabalho nos morros cariocas, em particular nas comunidades de Cidade de Deus, Jacarezinho, Rocinha, Maré, Complexo do Alemão, comparando com as demais áreas do município do Rio de Janeiro. Optamos por realizar um contraste deste grupo de regiões administrativas (RAs) com o de RAs de renda mais alta compostas de Lagoa, Barra da Tijuca, Botafogo, Copacabana e Tijuca. A renda média do trabalho é 5,3 vezes maior no grupo das áreas mais ricas. Agora, ao contrário do estereótipo do malandro do morro carioca, a jornada de trabalho média ali é cinco horas semanais a mais do que no asfalto. O fator fundamental é a desigualdade de escolaridade: média de 11,9 anos completos de estudo de um trabalhador nos bairros de luxo contra 6,2 anos nas comunidades de baixa renda. Como existe retorno crescente de educação, cada ano a mais de escolaridade rende mais aos ocupados dos bairros de alta renda: 180,5 reais por ano de estudo de um ocupado nos bairros ricos contra 65,9 reais dos pobres. Os resultados confirmam que os diferenciais controlados de renda per capita de pessoas nas 5 comunidades de baixa renda analisadas são até 115,8% menores do que na região administrativa da Lagoa, aquela que apresenta a maior renda. Ou seja, os dados comprovam a existência de um viés de renda contra o favelado. Um fato que chama a atenção é que, apesar de todas as adversidades enfrentadas pelo trabalhador das comunidades de baixa renda, a renda do trabalho desempenha ali um papel mais fundamental: 81% de todas as fontes de renda nestas áreas advém do trabalho contra 63% das áreas de renda mais alta. Este resultado é confirmado por equações mincerianas de renda domiciliar per capita onde a dummy favela explica cerca de metade do diferencial explicado por outras variáveis observáveis. Posteriormente, fazemos um experimento de diferença em diferença usando os microdados das PNADs 1996 a 2008 para o município do Rio de Janeiro abertos neste estudo, separando os aglomerados subnormais como aproximação das favelas e comparando com as demais áreas da cidade. O exercício permite testar e analisar a evolução recente do viés contra os favelados. O diferencial é maior na renda total (-0,49) do que na renda do trabalho (-0,4). Ou seja, apesar das agruras da vida privada das favelas cariocas, a maior carência parece ser a de Estado no que tange a políticas redistributivas que caracterizam o país nos últimos anos. Por outro lado, a análise de diferença em diferença demonstra que estes diferenciais vêm caindo ao longo do tempo, o que pode ser resultado novos programas assistenciais como o Bolsa Familia as comunidades de baixa renda da Cidade do Rio de Janeiro. A renda de todas as fontes tem desempenho qualitativamente similar porém com menor crescimento relativo do 39

40 que o do trabalho nos últimos anos. Se a chegada de novos programas assistenciais como o 40 Bolsa Família às comunidades de baixa renda da cidade do Rio de Janeiro pode explicar parte do resultado, a maior parte da melhora relativa (e o maior crescimento relativo) das favelas mais uma vez vem da renda do trabalho. 40

41 REFERÊNCIAS 41 AMADEO, E. et al. Institutions, the labor market and the informal sector in Brazil. Washington: Inter-American Development Bank, AMADEO, E.; GILL, I.; NERI, M.C. Assessing the impact of labor regulations on informal workers in Brazil. In: GILL, I.; MONTENEGRO, C.; DOMELAND, D. (eds.). Crafting Labor Policy: Techniques and Lessons from Latin America. Oxford University Press, p , CAMARANO, A.A. (org.). Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros Brasília: Ipea, FONTES, A. Ensaios sobre a Informalidade no Brasil Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro. NERI, M.C. Cobertura Previdenciária: Diagnóstico e Propostas. Brasília: MPS, NERI, M.C., FERREIRA, F. e LANJOUW, P. A Robust Poverty Profile for Brazil Using Multiple Data Sources em Revista Brasileira de Economia, vol. 57, nº 2, p , Rio de Janeiro, jan/mar PERO, V. Mobilidade Social no Rio de Janeiro. In: Nadya Araújo Guimarães, Adalberto Cardoso, Peter Elias e Kate Purcel. (org.). Mercado de Trabalho e Oportunidades. 1 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2008, v. 1, p. PERO, V. O papel dos segmentos formais e informais no Rio de Janeiro. In: SMTb/RJ (org.) Mercado de Trabalho do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 1997, v., p. PERO, V.; CARDOSO, A.; ELIAS, P. Segregação Espacial e Discriminação no Mercado de Trabalho: O caso das favelas do Rio de Janeiro. In: Nadya Araújo Guimarães, Adalberto Cardoso, Peter Elias e Kate Purcel (org.). Mercado de Trabalho e Oportunidades. 1 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2008, v. 1, p. -. RIBEIRO, L.C.Q. (org.); KAZTMAN, Ruben (org.). A cidade contra a escola? Segregação urbana e desigualdades educacionais em grandes cidades da América Latina. 1. ed. Rio de Janeiro: Letra Capital, v p. 41

42 SILVA, M.O. Rio Nacional, Rio Local: Mitos e Visões Sobre a Crise Carioca e Fluminense. 42 Rio de Janeiro: SENAC, v p. URANI, A. Trilhas para o Ri. Ed. Campus Elsevier, URANI, A.; FONTES, A.; AZEVEDO, L.; BURGI, S. Marolinha carioca Crise financeira praticamente não chegou ao Rio. IETS, Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n VELOSO, F. et al. Educação básica no Brasil: Construindo o país do futuro. Ed. Campus Elsevier,

43 MAPA DA RENDA Rio de Janeiro Informações dos Domicílios Rendas Médias de Todos* 43 Subdistrito Índice de Gini Nº pessoas na família Familiar per capita Trabalho principal Demais trabalhos Total da UF Areia Branca Nova Aurora Jardim Redentor Parque São José Lote XV Japeri Engenheiro Pedreira Centro de Queimados Nordeste Oeste Portuária Centro Rio Comprido Botafogo Copacabana Lagoa São Cristóvão Tijuca Vila Isabel Ramos Penha Méier Irajá Madureira Jacarepaguá Bangu Campo Grande Santa Cruz Ilha do Governador Ilha de Paquetá Anchieta Santa Teresa Barra da Tijuca Pavuna Guaratiba Inhaúma Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Realengo Cidade de Deus Fonte: CPS/IBRE/FGV segundo microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE. * Os valores referentes às rendas são médias em que aos valores missing são atribuídos zeros (existe imputação). 43

44 MAPA DA RENDA Rio de Janeiro Informações dos Domicílios Rendas Médias de Todos* 44 Subdistrito Apos. e pensão Aluguel Transf. Privadas Transf. Públicas Outras Todas as fontes Total da UF Areia Branca Nova Aurora Jardim Redentor Parque São José Lote XV Japeri Engenheiro Pedreira Centro de Queimados Nordeste Oeste Portuária Centro Rio Comprido Botafogo Copacabana Lagoa São Cristóvão Tijuca Vila Isabel Ramos Penha Méier Irajá Madureira Jacarepaguá Bangu Campo Grande Santa Cruz Ilha do Governador Ilha de Paquetá Anchieta Santa Teresa Barra da Tijuca Pavuna Guaratiba Inhaúma Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Realengo Cidade de Deus Fonte: CPS/IBRE/FGV segundo microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE. * Os valores referentes às rendas são médias em que aos valores missing são atribuídos zeros (existe imputação). 44

45 Panorama das Favelas Cariocas A pesquisa se vale de panoramas estatísticos e simuladores de modelos multivariados aplicado ao conjunto de pequenos negócios operantes nessas comunidades de baixa renda. Estes dispositivos versam sobre geração de trabalho e renda, acesso a serviços públicos como luz, esgoto e água, e dinâmica demográfica (migração), entre outras. O panorama pode ser acessado no link: Nele podemos observar uma série de estatísticas trabalhistas em diferentes grupos socioeconômicos nas principais favelas cariocas. 45 Nas tabelas a seguir, geradas de acordo com o dispositivo acima, podemos ver o perfil da população ocupada nessas localidades. Na primeira coluna observamos o total das comunidades. Apresentamos uma síntese do perfil desses ocupados comparado ao perfil da população em idade ativa nessas comunidades. Os dados mostram que 59,44% dos ocupados nas favelas são mulheres (na PIA, elas representam 51,42% da população), 53,57% dos ocupados são chefes de família (42,2% na PIA), 18,37% têm entre 30 e 35 anos (15,46%), 43,96% são brancos (43,65%) e 37,37% têm entre 4 e 7 anos de estudo (39,43%). Caracterizando melhor o tipo ocupação, 57,51% dos ocupados nas favelas são empregados com carteira de trabalho assinada, 21,11% são sem carteira e 18,35% conta própria. Do total, 68,52% contribuem para a previdência. Estas e outras observações podem ser encontradas no dispositivo construído. 45

46 46 Ocupados População População Total Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Total Ocupados População Sexo Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Masculino 59,44 58,52 57,92 61,43 61,54 52,04 Feminino 40,56 41,48 42,08 38,57 38,46 47,96 Ocupados População Posição na Família Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Chefe 53,57 54,97 53,07 53,49 54,08 50,02 Cônjuge 21,98 22,54 22,46 22,01 21,79 21,09 Filho(a) 17, ,66 19,25 15,93 22,25 Pai, mãe, sogro(a) 0,29 0,21 0,3 0,4 0,25 0,37 Neto(a) 0,68 0,3 0,86 0,74 0,66 1,11 Irmão, irmã 2,28 3,48 1,87 1,36 2,4 1,89 Outro parente 3,14 3,57 2,31 2,41 3,62 2,94 Agregado 0,79 1,81 0,46 0,34 0,72 0,33 Pensionista 0,2 0, ,46 0 Empregado(a) doméstico(a) 0, ,05 0 Individual em domicílio coletivo 0, ,03 0 Ocupados População Faixa Etária Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus 15 a 19 6,71 6,83 5,97 6,75 7,18 5,59 20 a 24 16,8 18,31 14,41 16,78 17,24 15,17 25 a 29 16,3 17,14 15,69 15,35 17,32 13,68 30 a 35 18,37 19,48 16,88 18,03 17,94 19,92 36 a 39 10,58 9,96 10,61 9,94 11,08 11,14 40 a 44 11,26 11,41 11,94 10,94 10,86 12,27 45 a 49 8,48 7,52 9,85 9,12 8,38 7,97 50 a 54 5,96 5,29 8,17 7,12 4,95 6,21 55 a 59 3,11 2,23 3,65 3,28 2,86 4,64 60 ou mais 2,43 1,82 2,82 2,69 2,2 3,41 Ocupados População Cor ou raça Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Branca 43,96 53,96 40,67 42,75 42,31 37,45 Negra 12,26 9,2 17,63 13,52 10,34 16,36 Amarela 0, ,26 0,15 0,61 Parda 42,47 35,88 40,99 42,25 45,93 44,41 Indígena 0,35 0,14 0,07 0,53 0,48 0,26 46

47 47 Ocupados População Anos de Estudo Complexo do Alemão Cidade de Deus Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Maré Sem instrução ou menos de 1 ano 6,94 10,14 6,51 7,79 5,97 3,45 1 a 3 15,5 18,29 10,53 15,3 16,26 13,46 4 a 7 37,37 37,61 36,16 36,68 39,94 30,87 8 a 11 36,5 29,41 43,43 37,31 34,2 48,09 12 ou mais 3,01 3,75 2,87 2,07 2,88 4 Ocupados População Imigração UF ou País Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Menos de 1 ano 0,49 0,41 0,47 0,18 0,82 0,08 De 1 a 5 anos 8,33 13,69 4,72 3,79 11,16 1,25 De 6 a 10 anos 6,19 9,97 3,83 4,11 7,22 2,22 Mais de 10 anos 28,87 32,35 24,98 30,66 30,68 17,48 Não migrou 56,12 43, ,25 50,12 78,97 Ocupados População Imigração Município Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Menos de 1 ano 0,8 0,75 0,68 0,22 1,39 0,08 De 1 a 5 anos 9,96 16,27 6,14 4,86 13,04 1,63 De 6 a 10 anos 6,84 11,1 3,96 4,61 7,91 2,71 Mais de 10 anos 30,01 32,49 26,84 33,69 31,19 18,36 Não migrou 52,39 39,4 62,39 56,61 46,47 77,22 Ocupados População Posição na ocupação Complexo Cidade de Categoria Todos Rocinha Jacarezinho do Alemão Maré Deus Funcionário público 2,13 1,35 1,6 2 2,41 3,36 Empregado com carteira 57,51 64,95 56,11 52,65 56,04 59,46 Empregado sem carteira 21,11 18,8 20,08 22,2 21,89 21,7 Conta própria 18,35 14,14 21,26 21,95 18,79 14,91 Empregador 0,65 0,53 0,65 0,95 0,66 0,27 Não remunerado 0,21 0,1 0,3 0,25 0,19 0,31 Próprio consumo 0,03 0, ,02 0 Ocupados População Religião Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Sem religião 15,39 12,3 20,37 16,44 15,26 14,32 Católica 62,79 72,52 49,42 58,85 64,4 60,89 Evangélica 18,65 12,14 25,9 21,87 17,92 19,47 Espiritualista 0,81 0,56 1,2 0,92 0,44 1,9 Afro-brasileira 0,86 0,63 1,22 0,72 0,64 1,88 Orientais 0,21 0,31 0,33 0,09 0,19 0,2 Outras 1,29 1,54 1,56 1,11 1,15 1,34 47

48 48 Ocupados População Situação Conjugal Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Acompanhado(a) 60,35 60,18 58,73 62,78 61,62 53,75 Solitário(a) 39,65 39,82 41,27 37,22 38,38 46,25 Ocupados População Quintil Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus 1º 5,74 3,82 6,79 7,71 5,82 4,29 2º 14,91 11,22 15,79 16,93 15,79 13,9 3º 19,92 19,51 21,54 19,96 20,27 17,75 4º 26,01 24,82 26,89 24,79 27,53 24,35 5º 33,42 40, ,6 30,6 39,71 Ocupados População Situação Conjugal Detalhamento Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Casamento civil e religioso 15,09 11,4 17,03 17,94 15,03 14,7 Só casamento civil 13,44 12,41 14,99 15,26 12,82 12,51 Só casamento religioso 0,9 1,57 0,73 0,87 0,86 0,14 União consensual 30,92 34,79 25,99 28,71 32,91 26,4 Separado(a) 3,07 3,15 3,41 3,33 2,95 2,55 Desquitado(a) 1,16 0,92 1,44 1,19 1,06 1,61 Divorciado(a) 0,99 0,63 1,78 1,18 0,88 0,84 Viúvo(a) 1,73 1,57 2,48 1,88 1,41 2,07 Solteiro(a) 32,69 33,56 32,16 29,64 32,09 39,18 Ocupados População Maternidade Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus É mãe 28,18 28,71 29, ,96 31,74 Não é mãe 12,16 12,45 12,02 11,45 11,25 16,09 Ocupados População Contribuía para a previdência (apenas ocupados) Categoria Todos Rocinha Jacarezinho Complexo do Alemão Maré Cidade de Deus Contribui 68,52 73,18 67,12 64,92 67,71 70,88 Não contribui 31,48 26,82 32,88 35,08 32,29 29,12 Fonte: CPS/FGV segundo microdados do Censo Demográfico 2000/IBGE 48

49 Simulador de Renda das Favelas Cariocas 49 O simulador de renda das favelas cariocas pode ser acessado no link Nele podemos estimar a renda das principais favelas e compará-las com outras regiões administrativas do município do Rio de Janeiro. Passos para utilização: Selecione as suas características e local de moradia no formulário. Clique em Simular. O gráfico apresenta a renda domiciliar per capita simulada. Uma das barras representa o Cenário Atual (resultado de acordo com as características selecionadas) e a outra o Cenário Anterior (apresenta a simulação anterior). 49

50 Modelos utilizados para simular a renda 50 Equação do Log da RFPC para 15<=IDADE<=65 Rio de Janeiro (Com controle) Estimated Regression Coefficients Standard Parameter Estimate Error t Value Pr > t Intercept <.0001 RA Anchieta <.0001 RA Bangu <.0001 RA Barra da Tijuca <.0001 RA Botafogo <.0001 RA Campo Grande <.0001 RA Centro <.0001 RA Cidade de Deus <.0001 RA Complexo do Alem RA Copacabana <.0001 RA Guaratiba <.0001 RA Ilha de Paquetá <.0001 RA Ilha do Governad <.0001 RA Inhaúma <.0001 RA Irajá <.0001 RA Jacarepaguá <.0001 RA Lagoa <.0001 RA Madureira <.0001 RA Maré <.0001 RA Méier <.0001 RA Pavuna <.0001 RA Penha <.0001 RA Portuária <.0001 RA Ramos <.0001 RA Realengo <.0001 RA Rio Comprido <.0001 RA Rocinha <.0001 RA Santa Cruz <.0001 RA Santa Teresa <.0001 RA São Cristóvão <.0001 RA Tijuca <.0001 RA Vila Isabel <.0001 RA zzjacarezinho Fonte: CPS/FGV segundo microdados do Censo Demográfico 2000/IBGE. 50

51 Equação do Log da RFPC para 15<=IDADE<=65 Rio de Janeiro (Com controles sociodemográficos) Estimated Regression Coefficients Standard Parameter Estimate Error t Value Pr > t Intercept <.0001 SEXO Homem <.0001 SEXO Mulher fxcor Afro <.0001 fxcor nafro IDADE <.0001 idade <.0001 educa <.0001 educa <.0001 UF Rio de Janeiro Tipo Capital - Região RA Anchieta <.0001 RA Bangu <.0001 RA Barra da Tijuca <.0001 RA Botafogo <.0001 RA Campo Grande <.0001 RA Centro <.0001 RA Cidade de Deus <.0001 RA Complexo do Alem RA Copacabana <.0001 RA Guaratiba RA Ilha de Paquetá <.0001 RA Ilha do Governad <.0001 RA Inhaúma <.0001 RA Irajá <.0001 RA Jacarepaguá <.0001 RA Lagoa <.0001 RA Madureira <.0001 RA Maré <.0001 RA Méier <.0001 RA Pavuna <.0001 RA Penha <.0001 RA Portuária <.0001 RA Ramos <.0001 RA Realengo <.0001 RA Rio Comprido <.0001 RA Rocinha <.0001 RA Santa Cruz RA Santa Teresa <.0001 RA São Cristóvão <.0001 RA Tijuca <.0001 RA Vila Isabel <.0001 RA zzjacarezinho Fonte: CPS/FGV segundo microdados do Censo Demográfico 2000/IBGE

52 52 Simulador Recente da Renda Carioca Com base nos microdados da PNAD/IBGE processamos modelos estatísticos que estimam a renda do carioca até Os resultados da regressão podem ser encontrados a seguir ou podem ser acessados de forma interativa e amigável no link Nele podemos simular a renda dos habitantes do Rio de Janeiro, incluindo as favelas cariocas até o ano Passos para utilização: Selecione as suas características e local de moradia no formulário. Clique em Simular. O gráfico apresenta a renda domiciliar per capita simulada. Uma das barras representa o Cenário Atual (resultado de acordo com as características selecionadas) e a outra o Cenário Anterior (apresenta a simulação anterior). 52

53 Equação renda individual Parameter Município do Rio de Janeiro Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq Intercept <.0001 SEXO Homens <.0001 SEXO Mulheres fxage 10 a <.0001 fxage 15 a <.0001 fxage 20 a <.0001 fxage 25 a <.0001 fxage 30 a <.0001 fxage 36 a <.0001 fxage 40 a <.0001 fxage 45 a <.0001 fxage 50 a <.0001 fxage 55 a <.0001 fxage 60 ou mais edu 1 a edu 12 ou mais <.0001 edu 4 a edu 8 a edu Sem instrução ou menos de 1 ano edu Ignorado cor Amarela cor Branca <.0001 cor Indígena cor Parda cor Negra migra 5 a 9 anos migra Ignorado migra Mais de 10 anos migra Menos de 4 anos migra Não imigrou CHAVPO Conta própria CHAVPO Desempregado CHAVPO Empreg. agrícola CHAVPO Empreg. doméstico CHAVPO Empreg. com carteira CHAVPO Empreg. sem carteira CHAVPO Empregador CHAVPO Func. público CHAVPO Inativo CHAVPO Não remunerado

54 54 Parameter Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq CONTRIBU Contribui Prev Priv CONTRIBU Contribui Prev Pub <.0001 CONTRIBU Desempregado CONTRIBU Ignorado <.0001 CONTRIBU Inativo <.0001 CONTRIBU ZContribui Prev Pub e Priv asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZZNão Scale Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 54

55 Equação renda domiciliar per capita Parameter Município do Rio de Janeiro Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq Intercept <.0001 SEXO Homens SEXO Mulheres fxage 0 a fxage 10 a <.0001 fxage 15 a <.0001 fxage 20 a <.0001 fxage 25 a <.0001 fxage 30 a <.0001 fxage 36 a <.0001 fxage 40 a <.0001 fxage 45 a <.0001 fxage 5 a fxage 50 a <.0001 fxage 55 a <.0001 fxage 60 ou mais edu 1 a edu 12 ou mais <.0001 edu 4 a edu 8 a edu Sem instrução ou menos de 1 ano edu Ignorado cor Amarela cor Branca <.0001 cor Ignorado cor Indígena cor Parda cor Negra migra 5 a 9 anos migra Ignorado migra Mais de 10 anos migra Menos de 4 anos <.0001 migra Não imigrou CHAVPO Conta própria CHAVPO Desempregado CHAVPO Empreg. agrícola CHAVPO Empreg. doméstico CHAVPO Empreg. com carteira CHAVPO Empreg. sem carteira CHAVPO Empregador <

56 56 Parameter Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq CHAVPO Func. público CHAVPO Ignorado CHAVPO Inativo CHAVPO Não remunerado CONTRIBU Contribui Prev Priv CONTRIBU Contribui Prev Pub <.0001 CONTRIBU Desempregado CONTRIBU Ignorado <.0001 CONTRIBU Inativo <.0001 CONTRIBU ZContribui Prev Pub e Priv asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZZNão Scale Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 56

57 57 Parameter Equação renda individual do trabalho 2008 Município do Rio de Janeiro Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq Intercept <.0001 SEXO Homens <.0001 SEXO Mulheres fxage 10 a fxage 15 a <.0001 fxage 20 a <.0001 fxage 25 a fxage 30 a fxage 36 a fxage 40 a fxage 45 a fxage 50 a fxage 55 a fxage 60 ou mais edu 1 a edu 12 ou mais edu 4 a edu 8 a edu Sem instrução ou menos de 1 ano edu Ignorado cor Amarela cor Branca <.0001 cor Indígena cor Parda cor Negra migra 5 a 9 anos migra Ignorado migra Mais de 10 anos migra Menos de 4 anos migra Não imigrou CHAVPO Conta própria CHAVPO Empreg. agrícola CHAVPO Empreg. doméstico CHAVPO Empreg. com carteira CHAVPO Empreg. sem carteira CHAVPO Empregador CHAVPO Func. público CHAVPO Não remunerado

58 58 Parameter Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq CONTRIBU Contribui Prev Priv CONTRIBU Contribui Prev Pub <.0001 CONTRIBU Ignorado <.0001 CONTRIBU ZContribui Prev Pub e Priv asubnormal Sim asubnormal ZZZNão Scale Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 58

59 59 Parameter Equação renda domiciliar per capita do trabalho 2008 Município do Rio de Janeiro Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq Intercept <.0001 SEXO Homens SEXO Mulheres fxage 0 a fxage 10 a <.0001 fxage 15 a fxage 20 a fxage 25 a fxage 30 a fxage 36 a fxage 40 a fxage 45 a fxage 5 a fxage 50 a fxage 55 a fxage 60 ou mais edu 1 a edu 12 ou mais <.0001 edu 4 a edu 8 a edu Sem instrução ou menos de 1 ano edu Ignorado cor Amarela cor Branca <.0001 cor Ignorado cor Indígena cor Parda cor Negra migra 5 a 9 anos <.0001 migra Ignorado migra Mais de 10 anos <.0001 migra Menos de 4 anos <.0001 migra Não imigrou CHAVPO Conta própria CHAVPO Desempregado CHAVPO Empreg. agrícola CHAVPO Empreg. doméstico CHAVPO Empreg. com carteira

60 60 Parameter Estimate Standard Error Wald 95% Confidence Limits Chi-Square Pr > ChiSq CHAVPO Empreg. sem carteira CHAVPO Empregador <.0001 CHAVPO Func. público CHAVPO Ignorado CHAVPO Inativo CHAVPO Não remunerado CONTRIBU Contribui Prev Priv CONTRIBU Contribui Prev Pub <.0001 CONTRIBU Desempregado CONTRIBU Ignorado <.0001 CONTRIBU Inativo <.0001 CONTRIBU ZContribui Prev Pub e Priv asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZZNão Scale Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 60

61 Equação domiciliar per capita do trabalho Município do Rio de Janeiro Com dummy interativa FAVELA * ANO 61 Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado Pr > Qui- Quadrado Intercept <.0001 SEXO Homens SEXO Mulheres fxage 0 a fxage 10 a fxage 15 a fxage 20 a fxage 25 a fxage 30 a fxage 36 a fxage 40 a fxage 45 a fxage 5 a fxage 50 a fxage 55 a fxage 60 ou mais fxage Ignorado edu 1 a <.0001 edu 12 ou mais <.0001 edu 4 a <.0001 edu 8 a <.0001 edu Sem instrução ou menos de 1 ano <.0001 edu Ignorado cor Amarela cor Branca <.0001 cor Ignorado <.0001 cor Indígena cor Parda cor Negra migra 5 a 9 anos <.0001 migra Ignorado

62 Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado 62 Pr > Qui- Quadrado migra Mais de 10 anos <.0001 migra Menos de 4 anos <.0001 migra Não imigrou CHAVPO CHAVPO Conta própria <.0001 CHAVPO Desempregado CHAVPO Empreg. agrícola CHAVPO Empreg. doméstico CHAVPO Empreg. com carteira CHAVPO Empreg. sem carteira CHAVPO Empregador <.0001 CHAVPO Func. público <.0001 CHAVPO Ignorado CHAVPO Inativo CHAVPO Não remunerado CONTRIBU Contribui Prev Priv CONTRIBU Contribui Prev Pub <.0001 CONTRIBU Desempregado CONTRIBU Ignorado <.0001 CONTRIBU Inativo <.0001 CONTRIBU ZContribui Prev Pub e Priv asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZNão anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão

63 Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado 63 Pr > Qui- Quadrado asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão Scale Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. Parâmetro Equação domiciliar per capita do trabalho Município do Rio de Janeiro Com dummy interativa FAVELA * ANO Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado Pr > Qui- Quadrado Intercept <.0001 SEXO Homens SEXO Mulheres fxage 0 a fxage 10 a fxage 15 a fxage 20 a fxage 25 a fxage 30 a fxage 36 a fxage 40 a fxage 45 a fxage 5 a fxage 50 a fxage 55 a fxage 60 ou mais fxage Ignorado edu 1 a <.0001 edu 12 ou mais <.0001 edu 4 a <.0001 edu 8 a edu Sem instrução ou menos de 1 ano <.0001 edu Ignorado

64 Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado 64 Pr > Qui- Quadrado cor Amarela cor Branca <.0001 cor Ignorado <.0001 cor Indígena cor Parda cor Negra migra 5 a 9 anos <.0001 migra Ignorado <.0001 migra Mais de 10 anos <.0001 migra Menos de 4 anos <.0001 migra Não imigrou CHAVPO Conta própria <.0001 CHAVPO Desempregado CHAVPO Empreg. agrícola CHAVPO Empreg. doméstico CHAVPO Empreg. com carteira CHAVPO Empreg. sem carteira CHAVPO Empregador <.0001 CHAVPO Func. público <.0001 CHAVPO Ignorado CHAVPO Inativo CHAVPO Não remunerado CONTRIBU Contribui Prev Priv CONTRIBU Contribui Prev Pub <.0001 CONTRIBU Desempregado CONTRIBU Ignorado <.0001 CONTRIBU Inativo <.0001 CONTRIBU ZContribui Prev Pub e Priv asubnormal Sim <.0001 asubnormal ZZNão anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo <.0001 anoo

65 Parâmetro Estimativa Erro Padrão Wald 95% Limites de Confiança Qui-Quadrado 65 Pr > Qui- Quadrado asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo Sim asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão asubnormal*anoo ZZNão Scale Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD/IBGE. 65

66 66 Evolução Recente das Condições de Vida no Município do Rio de Janeiro A Geografia da Pobreza Entre 2003 e 2008 houve uma redução de 43,03% da pobreza, o que corresponde à saída de 19,3 milhões de pessoas da miséria com uma renda abaixo de 137 reais em termos domiciliares per capita. Entre as 27 capitais das Unidades de Federação brasileiras e as periferias das seis maiores metrópoles, o destaque da redução no período 2003 a 2008 foi o município de Palmas (-80,9%) e nas menores reduções temos o município do Rio (-34,8%). Já em termos dos níveis das séries em 2008, o município Rio ocupa a 21 lugar no ranking das maiores taxas de miséria (10,18% da população), duas posições abaixo da periferia (11,15%). % Classe E % % % Var (%) Var (%) rank rank 2007 rank 2003 rank 2007/2008 rank 2003/ Periferia do Rio de Janeiro - RJ % % 21 Rio de Janeiro - RJ % % Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD. Na passagem do Ano I D.C. (um ano depois da crise) em 15 de setembro quando a crise irrompeu as bolsas de valores lá fora, o que podemos dizer dos seus efeitos no bolso do carioca pobre? (Não confundir com pobre carioca.) Damos sequência aqui, com dados até julho de 2009, ao monitoramento da evolução da composição da população em seus diversos estratos econômicos. A PME permite uma visão destes tipos de áreas no período pós-crise (leia-se na PME renda do trabalho no âmbito das seis maiores metrópoles apenas). No período julho de 2008 quando comparado a julho de 2009 a pobreza trabalhista caiu -0,6% na capital do Rio de Janeiro. 66

67 Classes Econômicas Locais 67 O líder da renda média no Brasil (R$ por mês e da participação das classes ABC é o município de Florianópolis (92,6% da população). A chamada cidade maravilhosa tem 75,3% nas classes ABC (7ª entre as 27 capitais) e cada carioca ganha reais (6ª maior). % Classe ABC % % % Var (%) Var (%) rank rank 2007 rank 2003 rank 2007/2008 rank 2003/ Rio de Janeiro - RJ % % 17 Periferia do Rio de Janeiro - RJ % % Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD. Julho de 2009, nove meses após a chegada da crise aqui, já há uma visão clara dos seus efeitos na renda dos trabalhadores brasileiros nas seis maiores metrópoles do país. Uma síntese pode ser encontrada na soma das classes ABC, que subiu 1,81% no período de crise e 25,7% na auspiciosa fase anterior à chegada da crise no Brasil, embora a crise já estivesse presente nos países desenvolvidos desde meados de Um aspecto inovador foi abrir as periferias e capitais. Como exemplo deste processo, veja o desempenho do município do Rio de Janeiro que teve aumento de 1,16%. Fontes de Rendas e Mudanças Se algo mudou, o segundo esforço é saber: Por que mudou? Mudou em quê? Estas últimas perguntas sugerem as duas linhas complementares de resposta aqui exploradas, a saber: a primeira observa os determinantes próximos da distribuição de renda e os componentes primários da renda das pessoas, o papel de pensões e aposentadorias, programas sociais e trabalho. A análise da participação de diferentes tipos de renda por classe econômica pode ser útil para aferir os impactos prospectivos de diferentes instrumentos de política pública sobre a distribuição de renda, tais como, por exemplo, as medidas adotadas no bojo da crise externa iniciada em setembro de 2008, se não vejamos: Aumentos do Bolsa Família e de outros programas não previdenciários tendem a beneficiar predominantemente a classe E brasileira que tem 16,25% de seus proventos desta modalidade de renda. A classe C é aquela que percebe a maior proporção de 67

68 benefícios previdenciários totais 20,73%. Agora, se optamos por separar a renda de 68 benefícios previdenciários em rendimentos individuais percebidos até 1 salário-mínimo e benefícios acima deste piso, pois a diferenciação de reajustes destas faixas foi a tônica da política de reajustes desde O maior beneficiário de reajuste do piso previdenciário é a classe D com 12,66% das rendas vinculadas ao piso. Finalmente, o reajuste de pensões e aposentadorias acima deste piso beneficia acima de tudo a classe AB com 18,94% de seus proventos associados a esta fonte. Esta medida encontra-se em debate hoje para ser implementada. As Capitais das Rendas O Rio ficou como a capital dos aposentados cujas rendas correspondem a 28,8% do bolso do carioca, a mais alta proporção de todas as 27 capitais. Em termos de renda do trabalho o município do Rio ficou com a última posição (67,98% do total). 68

69 Participação das diferentes fontes de renda no total (%) Capitais e Periferias Metropolitanas Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferênci as Pública - BF* Previdencia Pós-piso > SM* Piso Previdencia - SM* % % % % % Porto Velho - RO Rio Branco - AC Manaus - AM Boa Vista - RR Belém - PA PA Periferia Macapá - AP Palmas - TO São Luís - MA Teresina - PI Fortaleza - CE CE Periferia Natal - RN João Pessoa - PB Recife - PE PE Periferia Maceió - AL Aracaju - SE Salvador - BA BA Periferia Belo Horizonte - MG MG Periferia Vitória - ES Rio de Janeiro - RJ RJ Periferia São Paulo - SP SP Periferia Curitiba - PR PR Periferia Florianópolis - SC Porto Alegre - RS RS Periferia Campo Grande - MS Cuiabá - MT Goiânia - GO Brasília - DF Fonte: CPS/FGV segundo microdados da PNAD. 69

70 70 Praia de Botafogo, 190, Sala CEP: Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) / fgvsocial@fgv.br 70

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