APOIO TÉCNICO Departamento de Arte, Marketing e Informática: Bruno Olsen Glaubert Dumpierre Sérgio Henrique Martins Peluzzi Wandreson Castro

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2 A Revista Científica FACIMED (ISSN ) é o veículo oficial de comunicação da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-RO, publicada exclusivamente em ambiente virtual e tem acesso aberto por meio do seu endereço eletrônico. CONSELHO EXECUTIVO Sandra Maria Veloso Carrijo Marques - Presidente da FACIMED Daniela Shintani - Diretora Geral da FACIMED Fabrício Almeida Barbosa - Diretor Acadêmico da FACIMED CONSELHO EDITORIAL Heriton Marcelo Ribeiro Antonio - Coordenador Weliton Nunes Soares - Membro Cleber Lizardo de Assis - Membro Rosana de Oliveira Nunes Neto Membro APOIO TÉCNICO Departamento de Arte, Marketing e Informática: Bruno Olsen Glaubert Dumpierre Sérgio Henrique Martins Peluzzi Wandreson Castro FACIMED Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal Revista Científica FACIMED Av. Cuiabá, Jd. Clodoaldo Cacoal - Rondônia - Brasil Telefone: +55 (69) R revista@facimed.edu.br Endereço eletrônico:

3 SUMÁRIO ANÁLISE DO ESTRESSE E DA QUALIDADE DE VIDA EM UNIVERSITÁRIOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO SUPERIOR... 4 CINESIOTERAPIA APLICADA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA DE ESFORÇO CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES DENTISTAS DA REDE PRIVADA DO MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO, AMAZÔNIA LEGAL, EM RELAÇÃO À SOROCONVERSÃO APÓS A VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS CORRENTE GALVÂNICA NO TRATAMENTO DE RUGAS FACIAIS TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA GINÓIDE COM ULTRASSOM TERAPÊUTICO E DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL A INCAPACIDADE FUNCIONAL NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DO BAIRRO JARDIM CLODOALDO NO MUNICÍPIO DE CACOAL/RO A APRENDIZAGEM DOS CONCEITOS MATEMÁTICOS A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS ATRAVÉS DAS CIVILIZAÇÕES A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

4 ISSN ARTIGO ORIGINAL ANÁLISE DO ESTRESSE E DA QUALIDADE DE VIDA EM UNIVERSITÁRIOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO SUPERIOR ALVES, Fabiane Pires 1 SANTOS, Michelle alexa¹ OLIVEIRA, Kelia dos Santos¹ NEIVA, Monielly Winne de Souza¹ ANTONIO, Heriton Marcelo Ribeiro 2 ARMONDES, Carla Caroline Lenzi 3 RESUMO A vida na universidade pode gerar estresse nos estudantes, afetando a saúde física e mental, o que pode influenciar a qualidade de vida. Este projeto teve como objetivo analisar o estresse e a qualidade de vida em universitários matriculados no primeiro e quarto ano do curso de fisioterapia. A amostra foi composta por 48 acadêmicos, sendo 08 homens (17%) e 40 mulheres (83%), 25(52%) do primeiro e 23(48%) do quarto ano, com faixa etária entre 17 e 60 anos, com média de 26,08 anos (± 10,50). Os dados foram coletados através de dois questionários: Whoqol-bref e Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Foram utilizados métodos estatísticos não paramétricos nas avaliações das variáveis que compõem o questionário de qualidade de vida, para comparações entre grupos (com e sem estresse) utilizou-se o teste do qui-quadrado e correlação de Pearson. Por meio da análise estatística constatou-se que dos 48 participantes 30 (62,5%) apresentaram estresse, sendo a maioria do sexo feminino 26 (86,5%). Os estudantes do quarto ano se encontram mais estressados (74%) em relação ao primeiro ano. Observou-se que os acadêmicos do primeiro ano apresentaram melhor qualidade de vida (76%) e a satisfação com a própria saúde obteve melhor resultado no quarto ano com (65%). Conclui-se que a atividade acadêmica pode ser fonte de estresse, principalmente no final da graduação, interferindo também na qualidade de vida. Palavras-chave: Qualidade de vida, Estresse, Fisioterapia. 1 Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED <fabyannypires@hotmail.com> 2 Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED 3 Docente Orientador do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED<cclarmondes@gmail.com> 4

5 ISSN ARTIGO ORIGINAL ABSTRACT Life at the university can create stress in students, affecting the physical and mental health, which can influence the quality of life. This project aimed to analyze the stress and the quality of life in college students enrolled in the first and fourth year of physical therapy. The sample consisted of 48 students, with 08 men (17%) and 40 women (83%), 25 (52%) of the first and 23 (48%) of the fourth year, aged between 17 and 60 years, average of years (± 10.50). Data were collected through two questionnaires: Whoqol-BREF and Inventory of Symptoms of Stress for Adults Lipp (ISSL) were used nonparametric statistical methods in the evaluation of variables that make up the questionnaire about quality of life, for comparisons between groups (with and no stress) we used the chi-square test and Pearson's correlation. Through statistical analysis it was found that 30 of the 48 participants (62.5%) had stress, most females 26 (86.5%). Students of the fourth year are more stressed (74%) than the first year. It was observed that the students of the first year had better quality of life (76%) and satisfaction with one's health got better results in the fourth year (65%). We conclude that academic activities can be a source of stress, especially at the end of the graduation, also interferes with quality of life. Keywords: quality of life, stress, physical therapy. INTRODUÇÃO A expressão qualidade de vida tem várias vertentes, que compreendem desde um conceito popular, amplamente utilizado na atualidade, em relação a sentimentos e emoções, relações pessoais, eventos profissionais, propagandas da mídia, política, sistemas de saúde, atividades de apoio social, dentre outros (PEREIRA, 2006). Segundo Cerqueira (2010), Qualidade de vida é um processo racional desenvolvido para checar com conhecimento ou demonstrações, as condições de vida dos seres humanos. É um método que avalia as condições físicas, mentais, emocionais e sociais dos indivíduos... 1 Qualidade de vida não se esgota nas condições objetivas de que dispõem os indivíduos, tampouco no tempo de vida que estes possam ter, mas no significado que dão a essas condições e a maneira com que vive. Nessa concepção, a percepção sobre qualidade de vida é variável em relação a grupos ou sujeitos (ALMEIDA et al., 2012). Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, estando aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental. Está relacionada aos elementos que a sociedade considera como padrão de conforto e bem-estar, variando com a 5

6 ISSN ARTIGO ORIGINAL época, os valores, os espaços e as diferentes histórias com foco na promoção da saúde (MIRANZI et al.,2008). O estresse significa uma reação interna do organismo vivo quando experimenta situações as quais são percebidas pelo seu aparelho sensorial como ameaçadoras ao seu bem-estar físico ou psicológico. Essa reação nada mais é do que uma preparação do organismo para a ação, ou de enfrentamento ou de fuga (MILSTED et al.,2009). Mondardo e Pedon (2005), afirmam que o estresse, em princípio, não é uma doença, é apenas a percepção do organismo para lidar com as situações que se apresentam sendo, então, uma resposta do mesmo a um determinado estímulo, a qual varia de pessoa para pessoa. O prolongamento ou a exacerbação de uma situação específica, de acordo com as características do indivíduo no momento, podem gerar alterações indesejáveis. Existem quatro fases do estresse: fase de alerta, caracterizada como a fase em que o organismo se mobiliza para lutar ou fugir. Fase de resistência, nesta fase surgem as primeiras consequências do estresse, tais como perda de concentração, instabilidade emocional, depressão e palpitações cardíacas. Fase de quase-exaustão, quando a defesas do organismo começam a ceder e ele já não consegue resistir as tensões e restabelecer a homeostase. Fase de exaustão, há um rompimento dos mecanismos de adaptação do organismo e o sujeito não mais possuindo forças para combatê-los fica ainda mais comprometido física e psicologicamente, é quando doenças graves podem ocorrer nos órgãos mais vulneráveis (TOMAZ et al.,2011). Ao ingressar na universidade, os acadêmicos do curso de fisioterapia passam por um momento de transição em que devem se adaptar a um novo estilo de vida. Aliado a isto, temse ainda a complexidade do curso e o lidar com a dor, o sofrimento e até a morte de pessoas, favorecendo, muitas vezes o desenvolvimento de sentimentos de incapacidade frente a estas atividades. Podendo prejudicar a homeostase e exercer influência direta na sua vida social, pessoal e, sobretudo, na sua trajetória acadêmica, podendo resultar em complicações físicas ou psicológicas (SANTOS et al.,2012). O ambiente acadêmico traz em seu contexto fatores que podem desencadear distúrbios patológicos. Acadêmicos que cursam o quarto ano tendem apresentar maior nível de estresse, quando comparado aos demais. Devido ao estudante nessa fase ter maior envolvimento com pacientes (ANDRADE et al.,2011). 6

7 ISSN ARTIGO ORIGINAL O presente trabalho teve como objetivo, avaliar o nível de estresse e a qualidade de vida dos universitários do curso de fisioterapia do primeiro e quarto ano. MÉTODO População estudada Através da técnica de amostragem aleatória simples, foi obtida uma amostra constituída de 48 acadêmicos de ambos os sexos, sendo 40 mulheres e 8 homens, com idade entre 17 e 60 anos. Devidamente matriculados no curso de fisioterapia, da faculdade de ciências biomédicas de Cacoal (FACIMED) cursando o primeiro e quarto ano. Os critérios de inclusão foram: aceitar participar da pesquisa, acadêmicos matriculados no curso de fisioterapia, acadêmicos que estejam cursando o primeiro e quarto ano do curso de fisioterapia. Foram excluídos acadêmicos que estejam realizando apenas disciplinas em dependência e acadêmicos que estejam com matriculas em adaptação. Materiais Os dados foram coletados por meio de dois questionários, World Health Organization Quality Of Life-Bref (WHOQOL-BREF) e o Inventario de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) e um formulário, previamente elaborado pelo pesquisador, contendo informações pessoais sobre os acadêmicos participantes do estudo em questão. Procedimentos Foi preenchido um formulário com as seguintes variáveis descritivas: idade, estado civil, filhos (sim ou não) trabalha (sim ou não), jornada de trabalho (horas) atividade física (sim ou não) apresenta alguma patologia (sim ou não). Este formulário, contendo informações pessoais, foi elaborado com o objetivo de verificar quais características individuais dos participantes poderiam interferir na detecção ou não do estresse. Posteriormente, aplicaram-se os questionários acerca da qualidade de vida e do estresse. WHOQOL-BREF e LIPP respectivamente. A execução destes questionários foi realizada de forma padronizada, pelo pesquisador, sendo que os participantes eram orientados a questionar acerca de dúvidas que viessem a surgir durante as respostas e o aplicador do mesmo permanecia no local durante todo o tempo. 7

8 ISSN ARTIGO ORIGINAL Avaliação da qualidade de vida O instrumento para coleta de dados utilizado foi o questionário genérico sobre qualidade de vida da OMS, o WHOQOL-BREF, que consiste na versão abreviada do WHOQOL-100, ambos desenvolvidos pelo grupo de qualidade de vida da OMS. A versão em português do WHOQOL-BREF foi desenvolvida no centro WHOQOL para o brasil. Ela contém 26 questões: duas gerais, que não entram no cálculo dos escores dos domínios e 24 distribuídas em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Os escores finais de cada domínio consideram as respostas de cada questão que compõem o domínio, resultando em escores finais numa escala de 4 a 20, que podem ser transformados em 0 a 100, medidos em direção positiva. Escores mais altos indicam melhor avaliação da qualidade de vida. Avaliação do estresse A avaliação do estresse foi realizada pelo ISSL cujo objetivo foi à identificação da sintomatologia apresentada pelo indivíduo, avaliando se o mesmo possui sintomas de estresse, o tipo de sintomas existentes (se somáticos ou psicológicos) e a fase em que se encontra (alerta, resistência, quase exaustão e exaustão). Tal instrumento foi validado para o Português, sendo composto por três quadrantes: o primeiro referente aos sintomas experimentados pelo indivíduo nas últimas 24 horas, o segundo à lista dos sintomas da última semana e o terceiro aos sintomas do último mês. A correção e interpretação do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp foram realizadas pela psicóloga Professora Cássia (CRP: 01/15565) de acordo com as diretrizes do Conselho Federal de Psicologia quanto ao uso desse teste. Aspectos éticos Esta pesquisa foi iniciada após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa da faculdade de ciências biomédicas de Cacoal-RO, com o protocolo den e autorização do coordenador do curso. Todos os participantes foram esclarecidos acerca dos objetivos do estudo e dos procedimentos metodológicos da pesquisa. Portanto, aqueles que concordaram em participar, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Análise estatística Após a coleta, inicialmente, realizou-se uma análise exploratória dos dados do questionário WHOQOL-BREF (Estatística Descritiva). Devido à natureza dos dados 8

9 ISSN ARTIGO ORIGINAL (escores), foram utilizados métodos estatístico não paramétricos nas avaliações das variáveis que compõem o questionário WHOQOL-BREF, para comparações entre grupos (com e sem estresse), utilizou-se o teste do qui. Quadrado e a Correlação de Pearson, os cálculos estatísticos efetuados, análise de informações, construção de gráficos e visualização foram realizados com auxílio de planilhas dos softwares de Microsoft Office Excel RESULTADOS Participaram da pesquisa 48 acadêmicos, sendo 25 do primeiro ano (52%) e 23 do quarto ano (48%). Gráfico 1. Gráfico 1-Participantes da pesquisa. ALUNOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA 2015, FACIMED CACOAL, PARTICIPANTES DA PESQUISA 48% 52% 1º ANO - 52% 4º ANO - 48% Fonte: próprio autor. As tabelas 1 e 2, respectivamente, refere-se à média de idade e descrição dos dados demográficos dos acadêmicos em estudo. Tabela 1- Valor referente à idade dos 48 acadêmicos que participaram da pesquisa. X ± DP CV P Mínimo Máximo Valor de P Idade (anos) 26.08± % 0, P <0,05 Legenda: X= média; DP= desvio- padrão; cv = coeficiente de variação. Teste do quí. Quadrado (p <0,05), estatisticamente significante. Fonte: próprio autor. 9

10 ISSN ARTIGO ORIGINAL Tabela 2 - Descrição das variáveis demográficas dos estudantes do primeiro e do quarto ano do curso de Fisioterapia, Cacoal, Estudantes do 1º e 4º Variável P Ano Valor de P N=48 =100% Sexo Masculino Feminino 0, = 17 % 40 = 83 % P <0,05 P <0,05 Idade média em anos DP ,08 10,50 P <0,05 Estado civil Casado Solteiro Divorciado = 18,75% 37 = 77,08% 02 = 4,17% P <0,05 P <0,05 P <0,05 Filhos Sim Não Trabalha Com carga horária 25 a 80 horas semanal Não Pratica atividade física Sim Não Patologia Asma Hérnia de disco Condromalácea patelar Vitiligo Arritmia Sim, mas não citou Não = 16,7% 40 = 83,3% 22 = 45,8% 26 = 54,2% 06 = 12,5% 42 = 87,5% 01 = 2,1 % 01 = 2,1 % 01 = 2,1 % 01 = 2,1 % 01 = 2,1 % 01 = 2,1 % 42 = 87,4% P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 P <0,05 Legenda: DP= desvio- padrão= números de alunos. Teste do quí. Quadrado (p <0,05), estatisticamente significante. Fonte: próprio autor. Os resultados obtidos através do ISSL revelaram que dos 25 acadêmicos do primeiro ano, 13 (52%) se encontram estressados, 10 (40%) estão sem estresse e 02 (8%) não responderam. Gráfico 2. 10

11 ISSN ARTIGO ORIGINAL Gráfico 2-acadêmicos do primeiro ano com estresse. ALUNOS DO 1º ANO DO CURSO DE FISIOTERAPIA 2015, FACIMED CACOAL 8% 40% 52% com estresse - 52% sem estresse - 40% não respondeu - 8% Fonte: próprio autor. O quarto ano apresentou maior nível de estresse, dos 23 acadêmicos, 17 (74%) estão estressados, 05 (22%) não apresentaram estresse e 01 (4%) não respondeu. Gráfico 3. Gráfico 3-acadêmicos do quarto ano com estresse. ALUNOS DO 4º ANO DO CURSO DE FISIOTERAPIA 2015, FACIMED CACOAL 22% 4% 74% com estresse - 74% sem estresse - 22% não respondeu - 4% Fonte: próprio autor. Foi observado que dos 30 participantes com estresse, 26 foi do sexo feminino (86,7%) e 04 do sexo masculino (13,3%). Gráfico 4. 11

12 ISSN ARTIGO ORIGINAL Gráfico 4 - Distribuição dos acadêmicos com índice de estresse. Fonte: próprio autor. A tabela 3 revela a Correlação do Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL) entre alunos do sexo masculino e feminino do primeiro ano e do quarto ano do curso de Fisioterapia, Cacoal, 2015, sendo r = -1 um resultado de perfeitamente correlação negativa e r = +1 um resultado de perfeita correlação positiva. Tabela 3-Correlação entre sexo masculino e feminino do primeiro e quarto ano. Domínios Estudantes do 1º Ano % Estudantes do 4ºAno % Correlação de Pearson M F M F M F Estresse 15.4% 84.6% 11.8% 88.2% r = +1 r = -1 Fases Resistência Q. exaustão 15.4% 0% 76.9% 7.7% 5.9% 5.9% 76.4% 11.8% r = -1 r = +1 Sintomas Físico Psicológico 0% 15.4% 0% 84.6% 0% 11.8% 29.5% 58.8% r = +1 r = +1 Legenda: M= masculino; F= feminino; % = porcentagem; r = coeficiente de correlação de Pearson. Fonte: próprio autor. 12

13 ISSN ARTIGO ORIGINAL Os dados obtidos através do questionário WHOQOL-BREF revelaram que 76% dos acadêmicos do primeiro ano referiram ter boa qualidade de vida. Em relação ao quarto ano, 52% referiram ter boa qualidade de vida. Gráfico 5 e 6 respectivamente. Gráfico 5 - Resultados do questionário WHOQOL-BREF-primeiro ano. Como você avaliaria sua qualidade de vida? 12% 76% 12% muito ruim - 0 % ruim - 0% nem ruim nem boa - 12% boa - 76% muito boa - 12% Fonte: próprio autor. Gráfico 6 -Resultados do questionário WHOQOL-BREF-quarto ano. Como você avaliaria sua qualidade de vida? 26% 52% 22% muito ruim - 0% ruim - 0% nem ruim nem boa - 22% boa - 52% muito boa - 26% Fonte: próprio autor. 13

14 ISSN ARTIGO ORIGINAL DISCUSSÃO O motivo da escolha do tema para este estudo é mostrar que o estresse tem sido evidenciado de maneira significativa entre os estudantes seja em qualquer período da faculdade, por vezes afetando a qualidade de vida desses acadêmicos e a sensação de bemestar. Calais et al. (2007), realizou um estudo em 105 acadêmicos do primeiro e quarto ano do curso de jornalismo. Onde o número de mulheres com estresse foi maior do que o de homens. O mesmo revelou que os alunos estressados se enquadraram em apenas duas das quatro fases relatadas no ISSL: resistência e quase-exaustão, concordando com o presente estudo. No estudo de Eurich e Kluthcovsky (2008), utilizando o questionário ISSL, as mulheres eram maioria (80,6%) a idade média dos acadêmicos foi de 21,2 anos ±4.3, com idade mínima de 17 e máxima de 44 anos. Quanto ao estado civil, os solteiros (as) corresponderam a 91,0%, corroborando com os resultados da pesquisa em estudo onde 83% eram do sexo feminino, a idade média foi de 26,08 anos ±10,50 sendo a idade mínima 17 e máxima 60 anos. Na presente pesquisa, foi possível observar que 62,50% dos acadêmicos encontravamse com estresse, obtendo resultados semelhantes ao estudo de Assis (2013). Onde 72% foram diagnosticados com estresse. Dias et al. (2010), realizaram um estudo através do questionário WHOQOL-BREF com 100 acadêmicos de medicina, sendo 50 do primeiro ano e 50 do sexto ano. Os resultados obtidos revelaram que a maioria dos alunos, tanto do primeiro ano (86%) como do sexto ano (88%) consideraram sua qualidade de vida boa, não concordando com a presente pesquisa onde o primeiro ano apresentou melhor qualidade de vida (76%) contra 52% do quarto ano. Aguiar et al. (2009), observaram níveis elevados de estresse no quarto ano (67.2%) tais resultados foram associados ao fato de que esta fase do curso corresponde a época em que os estudantes iniciam as disciplinas clínicas, tendo maior contato com pacientes. Concordando com o presente estudo.. No estudo de Milsted et al. (2009), observaram que dentre os estressados houve maior incidência de manifestação de sintomas físicos. Discordando do estudo presente onde apresentou 0,0% para o primeiro ano e 29,4% para o quarto ano, onde o sintoma psicológico 14

15 ISSN ARTIGO ORIGINAL teve maior incidência. Na presente pesquisa foi observado que o domínio relações sociais apresentou melhores resultados tanto no primeiro (89,3%) quanto no quarto ano (97,1%). Concordando com Silva e Heleno (2012) que obteve resultados semelhantes em seu estudo. Costa et al. (2008), verificaram que os alunos do quarto ano apresentaram pior resultado no domínio meio ambiente (68,35%) não concordando com a presente pesquisa, onde o quarto ano obteve pior resultado no domínio físico (70,8%). Costa et al. (2012), observaram em seu estudo, que os acadêmicos estressados, em sua maioria apresentaram sintomas psicológicos, concordando com o presente estudo, com predominância de sintomas psicológicos entre os que apresentaram estresse. Furtado et al. (2003), realizaram um trabalho em uma amostra de 178 acadêmicos e os resultados obtidos revelaram que (65,2%) apresentaram estresse, dentre estes, a maioria encontra-se na fase de resistência. Corroborando com os resultados da presente pesquisa onde, (62,50%) estavam estressados com maioria na fase de resistência. CONCLUSÃO Conclui-se que através dos dados obtidos, que os acadêmicos do quarto ano demonstraram maior nível de estresse em comparação ao primeiro, em relação a qualidade de vida, não houve diferença estatisticamente significante entre os períodos em estudo, ambos obtiveram bons resultados. REFERÊNCIAS AGUIAR, S. M. et al. Prevalência de sintomas de estresse nos estudantes de medicina. Universidade de Fortaleza (Unifor). Fortaleza/CE, ALMEIDA, Marco Antônio Bettine de; GUTIERREZ, Gustavo Luís; MARQUES, Renato. Qualidade de vida: Definição, conceitos e interfaces com outras áreas de pesquisa. São Paulo, ALVES, Joao Guilherme Bezerra et al. Qualidade de vida em estudantes de medicina no início e final do curso: Avaliação pelo WHOQOL-BREF.Revista.Bras.Educ.Med.vol.34 n.1, Rio de Janeiro. Jan /Mar,

16 ISSN ARTIGO ORIGINAL ANDRADE, Eric Francelino et al. Perfil de estresse em graduandos de educação física: Comparação entre os períodos letivos do curso. Lavras/MG, ARRONQUI, Grazielle Viola et al. Percepção de graduandos de enfermagem sobre sua qualidade de vida. Universidade federal de São Paulo. São Paulo/SP ASSIS, Cleber Lizardo de et al. Sintomas de estresse em concluintes do curso de psicologia de uma faculdade privada do norte do país. Psicologia da saúde, 21(1), Jan-jun BAMPI, Luciana Neves da Silva et al. Qualidade de vida de estudantes de medicina da Universidade de Brasília. Universidade de Brasília/DF, BRAZ, Christefany Régia et al. Análise da presença do estresse em acadêmicos ingressos no curso de enfermagem. Universidade Federal de Alagoas. (UFAL) CALAIS, Sandra Leal et al. Stress entre calouros e veteranos de jornalismo. Universidade Estadual Paulista. Bauru/SP, CERQUEIRA, Joséle Coura. Qualidade de Vida. Universidade Candido Mendes Instituto a Vez do Mestre. Rio de Janeiro, COSTA, Cristine Cardoso da et al. Qualidade de vida e bem-estar espiritual em universitários de psicologia. Revista Psicologia em Estudo.vol.13.n.2.abr-jun-Maringá/PR, DIAS, João Carlos Ramos et al. Qualidade de vida em cem alunos do curso de medicina de Sorocaba-PUC/SP.Revista.Bras.Educ.Med.vol.34 n.1 Rio de Janeiro.Jan-Mar, EURICH, Rosane Bueno; KLUTHCOVSKY G.C Ana Cláudia. Avaliação da qualidade de vida de acadêmicos de graduação em enfermagem do primeiro e quarto anos: Influência das variáveis sociodemográficas. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS, FURTADO, Eliane de Souza; OLIVEIRA, Eliane Mary de; CLARK, Cynthia. Avaliação do estresse e das habilidades sociais na experiência acadêmica de estudantes de medicina de uma universidade do Rio de Janeiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, MILSTED, Jader Gabriel; AMORIM, Cloves; SANTOS, Mauro. Nível de estresse em alunos de psicologia do período noturno. PUCPR, MIRANZI, Sybelle de Souza Castro et al. Qualidade de vida de indivíduos com diabetes mellitus e hipertensão acompanhados por uma equipe de saúde da família.enfermagem.vol.17 n.4.florianópolis, MONDARDO, Anelise Hauschild; PEDON, Elisangela Aparecida. Estresse e desempenho acadêmico em estudantes universitários. Porto Alegre/RS, NUNES, Fábio Rogerio et al. Estresse do universitário: Estilos de pensar e criar como estratégia de enfrentamento. Universidade de Mogi das Cruzes. São Paulo/SP,

17 ISSN ARTIGO ORIGINAL OLIVEIRA, Bruno Luciano Carneiro Alves de et al. Estresse entre graduandos de enfermagem de uma universidade pública federal: Um estudo epidemiológico, OLMO, Neide Regina Simões et al. percepção dos estudantes de medicina do primeiro e sexto ano quanto à qualidade de vida. Diagn Tratamento. 2012; 17(4): PEREIRA, Renata Junqueira et al. Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Revista. Psiquiatr. vol.28 n.1, jan-abr Porto Alegre/ RS. SANTOS, Juliana Atanásio de Freitas et al. Estresse em acadêmicos do curso de fisioterapia. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. V.16, SILVA, Érika Correia; HELENO, Maria Geralda Viana. Qualidade de vida e bem-estar subjetivo de estudantes universitários. Revista Psicologia e Saúde, v.4 n.1, Jan-Jun, SOUZA, Lídia Acyole de et al. Qualidade de vida de acadêmicos de educação física: Ingressant.es e concluintes. Coleção Pesquisa em Educação Física. Vol.11, n.5, Goiânia /GO. THOMAZ, Patrícia Ester; ROCHA, Luciano Baracho; NETO, Vicente Machado. Estresse em estudantes de engenharia. Rio Grande, 20 (1): 73-86,

18 ISSN ARTIGO ORIGINAL CINESIOTERAPIA APLICADA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA DE ESFORÇO BRUNO, Graciela Souza 1 QUEIROZ, Eugênia Iris Silveira de 2 PEREIRA, Cleidimar Medeiros 3 LIMANA, Jaqueline Araujo 4 ANTONO, Heriton Marcelo Ribeiro 5 ARMONDES, Carla Caroline Lenzi 6 RESUMO A Incontinência Urinária é considerada um problema de saúde pública. Entre os tipos existentes o que mais interfere na saúde da mulher é a incontinência urinária de esforço (IUE). O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia terapêutica após cinesioterapia aplicada em mulheres as quais apresentaram IUE. A amostra foi composta por 7 mulheres, na faixa etária entre 35 a 60 anos (± 6,07), quais foram submetidas a avaliação da força muscular do assoalho pélvico através do perineômetro, avaliação da qualidade de vida por meio do King s Health Questionnaire, realizados antes e após tratamento. O protocolo adotado foi uma série de 10 exercícios de Kegel, com duração de 45 minutos, duas vezes por semana, totalizando 10 sessões. Em relação ao grau de força muscular mensurado, através do perineômetro, foi constatado melhora evolutiva do pré para o pós-tratamento: pico (1,37±0,20 para 2,30±0,20); média (4,91±1,78 para 9,70± 1,92) e duração (4,04±0,46 para 9,59±1,32), atingindo o nível de significância (p<0,05). Em relação à avaliação da qualidade de vida, observou-se melhora em todos os domínios (p<0,05). O tratamento conservador cinesioterapêutico adotado foi eficaz no fortalecer a musculatura pélvica para a melhora da qualidade de vida. Palavras Chave: Incontinência urinária; Fisioterapia; Cinesioterapia. 1 Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED. 2 Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED. 3 Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED. 4 Acadêmica do curso bacharelado de Fisioterapia FACIMED. 5 Docente do curso de bacharelado de Fisioterapia FACIMED. 6 Docente do curso de bacharelado de Fisioterapia FACIMED. 18

19 ISSN ARTIGO ORIGINAL KINESIOTHERAPY APPLIED IN FEMALE STRESS URINARY INCONTINENCE ABSTRACT Urinary incontinence is considered a public health problem. Among the existing types which more interferes with the health of women is stress urinary incontinence (SUI). The aim of this study was to evaluate the therapeutic efficacy after kinesiotherapy applied in which women had SUI. The sample consisted of 7 women, aged between years (± 6.07), which were subjected to evaluation of the muscular strength of the pelvic floor through perineometer, assessment of quality of life through the King's Health Questionnaire conducted before and after treatment. The protocol used was a series of 10 Kegel exercises, with a 45 minute duration, twice a week, total of 10 sessions. Regarding the degree of muscle strength measured by the perineometer, it was found evolutionary improvement from pre to posttreatment: peak (1.37 ± 0.20 to 2.30 ± 0.20); average (4.91 ± 1.78 to 9.70 ± 1.92) and duration (4.04 ± 0.46 to 9.59 ± 1.32), reaching the level of significance (p <0.05). Regarding the assessment of quality of life, improvement was observed in all domains (p <0.05). The conservative kinesiotherapeutic treatment adopted was effective in strengthening the pelvic muscles to improve the quality of life. Keywords: Urinary incontinence. Physiotherapy. Kinesiotherapy. INTRODUÇÃO Propõe-se com o presente trabalho apresentar ao leitor uma abordagem simples e clara sobre o que é a incontinência urinária de esforço feminina a qual deveria ser uma preocupação eminente de saúde pública, e dos profissionais que atuam diretamente nos programas voltados à saúde da mulher. A população acometida por essa patologia cabe-lhes oferecer boas condições de tratamento e proporcionar uma melhor vivência social. Nesse sentido, o papel do fisioterapeuta é primordial na atuação de prevenção, avaliação e realização de manobras técnicas de reeducação e tratamento de maneira menos invasiva, barata e eficaz (MORENO, 2009). Moreno (2009), afirma em seus estudos que, é de fundamental importância para os profissionais de saúde, em especial os que prestam assistência em ginecologia e obstetrícia, conhecer os diâmetros pélvicos femininos. Como em toda nova área do conhecimento, os seus conceitos sofrem rápidas e grandes mudanças, obrigando-nos a constante atualização para continuar oferecendo a melhor opção diagnóstica e terapêutica para as pacientes. Nesse contexto, as técnicas fisioterapêuticas surgem, naturalmente, como grande contribuição para a 19

20 ISSN ARTIGO ORIGINAL uroginecologia. Desempenham papel central na terapêutica da incontinência urinária e das demais afecções do assoalho pélvico da mulher. Para Montellato, Baracat e Arap (2000), a incontinência urinária de esforço (IUE) consiste na perda involuntária de urina durante situações que aumentem a pressão abdominal, como por exemplo: tosse, espirro, mudanças abruptas de posição e esforços físicos. A observação da perda urinária pela uretra, simultânea as situações referidas, caracteriza o sinal de IUE, cuja condição fisiopatológica subjacente é uma anormalidade esfincteriana (Hipermobilidade uretral ou Deficiência esfincteriana intrínseca). Segundo Chiarapa, Cacho e Alves (2007), a reeducação uroginicológica é importantíssima na vida dos pacientes acometidos pelaa IUE. São muitos os recursos disponíveis em cinesioterapia. Além dos exercícios de contração isolada perineal (CIP), são aplicados também exercícios globais e pélvicos, bola terapêutica, técnicas respiratórias de alongamento e fortalecimento diafragmático, iso-stretching, outras técnicas de educação postural e técnicas hipopressivas. OBJETIVOS Objetivo Geral Verificar a eficácia terapêutica da cinesioterapia associado ao Kegel aplicada no tratamento da incontinência urinária feminina de esforço. Objetivos Específicos a) Mensurar o grau de força da musculatura do assoalho pélvico das mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE), antes e após o tratamento cinesioterapêutico; b) Avaliar por meio do questionário KHQ a qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE), antes e após tratamento cinesioterapêutico; 20

21 ISSN ARTIGO ORIGINAL CINESIOTERAPIA COMO REEDUCAÇÃO Na escolha pelo tratamento conservador em reeducação cinético-funcional pélvicoperineal, a primeira etapa a ser cumprida, rigorosamente, é a avaliação, conduzida pelo fisioterapeuta de forma sistemática e objetiva. Após conclusão diagnóstica, planejamento e aplicação da conduta terapêutica, a assistência à paciente se prolonga mesmo após a alta, com acompanhamento em períodos preestabelecidos, sendo um acompanhamento após 3 meses, novo retorno em 6 meses e a última reavaliação após 1 ano (CHIARAPA; CACHO; ALVES, 2007). Segundo Chiarapa, Cacho e Alves (2007), na reeducação uroginecológica, são muitos os recursos disponíveis em cinesioterapia. Além dos exercícios de contração isolada perineal (CIP), são aplicados também exercícios globais e pélvicos, bola terapêutica, técnicas respiratórias de alongamento e fortalecimento diafragmático, iso-stretching, outras técnicas de educação postural e técnicas hipopressivas. Nos estudos de Souza et al. (2011), aponta-se a cinesioterapia aplicada, associada à outras técnicas de conscientização (exercícios de Kegel) para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico tem demonstrado resultados expressivos significantes, e que são formas mais eficazes de tratamento, pois melhora a força e a função desta musculatura, favorecendo uma contração consciente e efetiva nos momentos de aumento da pressão intra-abdominal, evitando assim as perdas urinárias e reforçando o mecanismo da continência de urina, melhorando a qualidade de vida das pacientes. Os exercícios perineais têm como objetivo maior o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, bem como a manutenção e restauração da continência, explicado fisiologicamente que o aumento da força muscular advém da repetição dos movimentos voluntários. O treinamento muscular perineal proporciona também uma adaptação neural ao longo do tratamento. O funcionamento harmônico do assoalho pélvico resultante do exercício direcionado oferece apoio estrutural para a bexiga e a uretra, distribuindo cargas/ pressões durante um aumento de pressão intra-abdominal (CHIARAPA; CACHO; ALVES, 2007). 21

22 ISSN ARTIGO ORIGINAL Exercícios de Kegel Adiante veremos em específico os exercícios de Kegel, descritivamente e ilustrado, os quais associados com os exercícios cinesioterapêuticos, são aplicados à mulheres que possuem incontinência urinária de esforço. a) Despertar: a paciente, em decúbito dorsal e membros inferiores (MMII) em extensão, deve realizar a Contração Isolada Perineal (CIP) e a contração do abdome e dos glúteos, sem perder o contato com o solo. Figura 1 - Exercício de Kegel: despertar. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p b) Elevador: a paciente, em decúbito dorsal e MMII fletidos com apoio plantar, deve inspirar profundamente e, durante a expiração, realizar retroversão pélvica com CIP, contração do abdome, dos glúteos e dos adutores, elevando o quadril aproximadamente 5 cm do tablado. Figura 2 - Exercício de Kegel: elevador. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p c) Fechamento: a paciente, em decúbito dorsal e MMII fletidos com apoio plantar, deve posicionar uma bola entre os joelhos e, no momento da expiração, realizar uma adução pressionando a bola, contraindo ao mesmo tempo o abdome e o glúteo, e realizando CIP. 22

23 ISSN ARTIGO ORIGINAL Figura 3 - Exercício de Kegel: fechamento. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p d) Reforço anterior: a paciente, em decúbito dorsal com MMII apoiados em 90º na bola ou na cadeira e as mãos posicionadas atrás da cabeça, no momento da expiração deve flexionar o tronco (aproximadamente 30º) realizando a CIP. Figura 4 - Exercício de Kegel: reforço anterior. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p e) Reforço posterior: a paciente, em posição de quatro, tronco alinhado, no momento expiratório deve realizar a retroversão do quadril com CIP e contração do abdome e do glúteo. Figura 5 - Exercício de Kegel: reforço posterior. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p f) Borboleta: a paciente, sentada com a coluna apoiada na parede com MMII fletidos e aduzidos, na expiração deve realizar a abdução das pernas com CIP e contração de abdome. 23

24 ISSN ARTIGO ORIGINAL Figura 6 - Exercício de Kegel: borboleta. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p g) Propriocepção do assoalho pélvico: a paciente, sentada na bola, realiza quatro variações de movimentos, inicialmente sem realizar CIP, somente para um feedback proprioceptivo de contato e posteriormente associar a CIP: movimentos laterais, movimento em oito para os lados, pulando e anterior e posterior. Figura 7 Exercício de Kegel: propriocepção do assoalho pélvico movimento lateral. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p Figura 8 Exercício de Kegel: propriocepção do assoalho pélvicomovimento em oito para os lados. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p Figura 9 Exercício de Kegel: propriocepção do assoalho pélvicopulando. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p

25 ISSN ARTIGO ORIGINAL h) Treino de dissociação diafragmática: a paciente, sentada na bola ou na cadeira, com discreta inclinação de tronco, deve inspirar e realizar CIP e tosse. Figura 10 - Exercício de Kegel: treino de dissociação diafragmática. Fonte: Adaptado de Chiarapa; Cacho; Alves, 2007, p DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS Trata-se de um estudo descritivo do tipo quase-experimental que teve como objetivo colher informações e conhecimentos acerca de um problema, aplicar a cinesioterapia em mulheres com patologia de incontinência urinária de esforço, procurar uma resposta e tentar mostrar um resultado. A amostra foi composta, inicialmente, por 10 mulheres com idade de 35 a 60 anos (DP: 6,07), que apresentaram diagnóstico médico de Incontinência Urinária de Esforço (IUE) e que não realizaram tratamento para esta patologia, todas com histórico de parto normal ou cesariana; praticantes ou não de alguma atividade física leve (caminhada); cognitivo preservado; capacidade de locomoção e encaminhadas dos hospitais e clínicas pertencentes à cidade de Cacoal-RO. Foram excluídas do estudo, pacientes com idade inferior a 35 anos e superior a 60 anos; cirurgias pélvicas recentes; outros tipos de incontinência urinária; grávidas; pacientes com cardiopatias graves; realizando tratamento específico para IUE; e as que recusaram o tratamento. 25

26 ISSN ARTIGO ORIGINAL Variáveis do estudo Para a análise estatística foram consideradas as seguintes variáveis: tempo de aplicação dos exercícios (45 minutos); idade das pacientes (35 a 60 anos); pontuação e cálculo do King s Health Questionnaire e a força muscular do assoalho pélvico. Análise dos dados A verificação do comportamento homogêneo da idade, a comparação entre os valores dos domínios avaliados pelo KHQ, pré e pós-tratamento, e a mensuração da força muscular do assoalho pélvico, obtida pelo perineômetro, pré e pós-tratamento, foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney, sendo que todas as conclusões foram discutidas no nível de 5% de significância. Critérios Éticos O estudo seguiu os procedimentos éticos de análise do Comitê de Ética da instituição. A pesquisa foi iniciada após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- RO (FACIMED), com o protocolo de aprovação n em dezembro de Todas as pacientes assinaram o Termo de consentimento livre e Esclarecido (TCLE), e o Consentimento de participação da pessoa como sujeito antes de iniciar o estudo. Destas pacientes, somente 7 concluíram o estudo, pois uma teve que desistir por problemas referente a sua saúde (furúnculos), e as outras 2 por problemas de ordem pessoal. RESULTADOS Quanto ao protocolo a presente pesquisa foi composta por 10 mulheres, na faixa etária de 35 a 60 anos, destas 3 desistiram e somente 7 concluíram o tratamento. Todas com queixa clínica de incontinência urinária de esforço. Conforme mostra o gráfico abaixo. 26

27 ISSN ARTIGO ORIGINAL Tabela 1- Média, desvio- padrão, Cv e valor de p referente á idade das 7 mulheres com diagnóstico de incontinência urinária. Em relação à qualidade de vida, a tabela nº 2 demonstra o resultado dos nove domínios do questionário (KHQ) das sete pacientes, de forma geral no pré e pós-tratamento. Houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) em todos os domínios. Tabela 2- Domínios do Questionário King s Health Questionnaire Nas tabelas 3 e 4 estão demonstrados a média e desvio-padrão (DP) da força muscular do assoalho pélvico de cada paciente, pré e pós-tratamento obtidos através do perineômetro; pico, média e duração, podendo ser observados esses dados nos gráficos 1, 2, 3. 27

28 ISSN ARTIGO ORIGINAL Tabela 3- Médias e desvios-padrão da força muscular do assoalho pélvico obtida pelo perineômetro de cada participante da pesquisa na primeira avaliação. Tabela 4- Médias e desvios-padrão da força muscular do assoalho pélvico obtida pelo perineômetro de cada participante da pesquisa na última avaliação. (pós-tratamento). 28

29 ISSN ARTIGO ORIGINAL Considerando os dados obtidos, quanto à média e ao desvio-padrão (DP), pré e póstratamento, foram demonstrados que de modo geral, houve aumento considerável, exceto em dois casos: paciente F no item pico, e paciente B no item média, o que de forma geral não alterou os resultados. A tabela 5 demonstra que houve diferença estatísticamente significante entre o pré e pós-tramento, sendo (p <0,05), confirmando a eficácia da cinesioterapia como reeducação muscular do assoalho pélvico no tratamento da IUE, através dos exercícios de Kegel. Tabela 5- Média, desvio-padrão, Cv e valor de p da força muscular do assoalho pélvico, obtida pelo perineômetro pré e pós-tratamento. DISCUSSÃO O motivo da escolha do tema para este estudo é mostrar que a incontinência urinária de esforço (IUE) é uma patologia que afeta um elevado número de mulheres, e que estas ficam ocultas na sociedade, devido ao preconceito e vergonha em abordarem esse problema. Portanto é um método eficaz de tratamento dessa patologia, as amostras escolhidas foi composta por pacientes do sexo feminino. Um dos objetivos do tratamento cinesio-terapêutico é reeducar e fortalecer os músculos do assoalho pélvico feminino, pois com a melhora da força e da função dessa musculatura favorece a contração consciente efetivando um aumento da pressão intra- 29

30 ISSN ARTIGO ORIGINAL abdominal, fazendo com que as perdas urinárias venham a diminuir, concordando com Rett et al.(2007). Pode-se afirmar que na presente pesquisa, a maioria das pacientes submetidas ao tratamento, houve melhora estatisticamente significante, tornando o resultado satisfatório. De modo geral, as pacientes mostraram-se receptivas ao tratamento, notou-se uma maior conscientização em relação à musculatura do assoalho pélvico e da sua importância no que diz respeito à saúde e o bem estar, e que retomar o controle das funções do próprio corpo (RAMOS e OLIVEIRA, 2010). CONCLUSÃO Tendo em vista a dificuldade de encontrar pacientes para o tratamento da incontinência urinária, por falta de conhecimento e orientação para esse fim, os resultados foram satisfatórios com as pacientes acompanhadas e tratadas. A análise dos resultados demonstrou e permitiu concluir que, a cinesioterapia aplicada através dos exercícios de Kegel em mulheres com Incontinência Urinária de Esforço (IUE), foi comprovadamente eficaz. Foi demonstrado que houve ganho de força significante da musculatura do assoalho pélvico, melhorando os sintomas relatados pelas pacientes e a melhora da qualidade de vida. Neste contexto, recomenda-se a cinesioterapia associada aos exercícios perineais como técnica de reeducação no tratamento da incontinência urinária de esforço como forma de proporcionar as pacientes melhores condições de vivência social. Porém, este estudo deixa em aberto espaço para mais pesquisas e discussões sobre o assunto com tempo maior de investigação e trabalho. 30

31 ISSN ARTIGO ORIGINAL REFERÊNCIAS BARACHO, E. Fisioterapia aplicada á Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, BARBOSA, A.M.P. et al. Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico. Rev Bras Ginecol Obstet. Vol. 27. N. 11, BORGES, J. B. R. et al. Avaliação da qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária pelo uso do Kings Health Questionnaire. Einstein. Vol. 7. N. 3, CHIARAPA, T. R.; CACHO, D. P; ALVES, A. F. D. Incontinência urinária feminina: Assistência fisioterapêutica e multidisciplinar. 1. Ed. São Paulo: Livraria médica paulista editora, DEDICAÇÃO AC et al. Comparação da qualidade de vida nos diferentes tipos de incontinência urinária feminina. Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol.13. N. 2, FONSECA, E.S.M. et al.validação do questionário de qualidade de vida (King s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. Vol.27.N.5, GAINO, M. R. C.; MOREIRA, R. T. Manual prático de cinesioterapia: Terapia pelo movimento. 1ª. Ed. São Paulo: Roca, HENSCHER, U.; BECKER, A. H.; DÖLKEN, M. Fisioterapia em ginecologia. São Paulo: Livraria Editora Santos, HERRMANN, V. et al. Eletroestimulação Transvaginal do Assoalho Pélvico no Tratamento da incontinência urinária de Esforço: Avaliação Clínica e Ultrasonográfica. Vol. 49. N. 4, HIGA, R.; LOPES, M.H.B.M.; REIS, M.J. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Rev Esc Enferm USP. Vol. 42. N. 1, MONTELLATO, N.; BARACAT, F.; ARAP, S. Uroginecologia. 1ª Ed. São Paulo: Roca, MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, MORENO, A. L. Fisioterapia em Uroginecologia. 2. Ed. Barueri, SP: Manole, NASCIMENTO, S. M. Avaliação Fisioterapêutica da Força Muscular do Assoalho Pélvico na Mulher com Incontinência Urinária de Esforço após Cirurgia de Wertheim- Meigs: Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Cancerologia. Vol. 55. N. 2, OLIVEIRA, J. R.; GARCIA, R. R. Cinesioterapia no tratamento da incontinência urinária em mulheres idosas. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Vol. 14. N. 2,

32 ISSN ARTIGO ORIGINAL POLDEN, M.; MANTLE, J. Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. 1ª. Reimpressão. São Paulo- SP: Livraria Santos Editora, RAMOS, A. L.; OLIVEIRA, A. A. C. Incontinência Urinária em Mulheres no Climatério: Efeitos dos Exercícios de Kegel. Revista Hórus. Vol. 4. N. 2, RETT, M. T. et al. Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Vol. 29. N. 3, ROUSSENQ, K. R. et al. Atendimento Fisioterapêutico na Incontinência Urinária: Resultados e Vivência prática. 6º Encontro de Extensão da UDESC, SARTORI, D. V. B. Efeito da Eletroestimulação e Exercícios Perineais em Mulheres com Incontinência Urinária de Esforço. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde. Vol. 15. N. 4, SOUZA, J. G. et al. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico em idosas com incontinência urinária. Fisioterapia em Movimento. Vol. 24. N. 1,

33 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES DENTISTAS DA REDE PRIVADA DO MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO, AMAZÔNIA LEGAL, EM RELAÇÃO À SOROCONVERSÃO APÓS A VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B DENTIST S KNOWLEDGE IN RELATION TO SEROCONVERSION AFTER VACCINATION AGAINST HEPATITIS B IN THE CITY OF PIMENTA BUENO, LEGAL AMAZÔNIA. SUAREZ, Mônica Alejandra Moreno 1 BRITO, Sabrina Steffani dos Santos 2 ALMEIDA, Zilanda de Almeida 3 RESUMO Considerado o maior avanço no controle da hepatite B, a vacina é a principal medida adotada e inserida no roteiro de imunização brasileiro. O esquema padrão de vacinação são: três doses de vacinas, ministradas em um intervalo de um a seis meses. É importante realizar o exame para verificação da soroconversão após a vacinação, pois mesmo após o esquema vacinal, alguns profissionais podem não estar imunizados. Este estudo tem como foco verificar a situação vacinal e a soroconversão a vacina contra hepatite B em profissionais da área de odontologia da rede privada que atuem na cidade de Pimenta Bueno/RO. Estudo transversal de caráter descritivo onde 21 profissionais cirurgiões dentistas responderam a um questionário. Das avaliações 80,95% tomaram as três doses da vacina; 61,90% não realizaram o exame anti-hbs para verificar a soroconversão e 42,86% acreditaram que as três doses seriam suficientes para a imunização. Infere-se com este trabalho que campanhas de vacinação para conscientizar os não vacinados precisam ser realizadas e, informações sobre a importância do monitoramento da resposta vacinal devem ser repassadas a esses profissionais. Palavras-chave: Hepatite B. Vacinação. Imunização. 1 Bacharelando em Odontologia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. monicalktnl@hotmail.com.br 2 Bacharelando em Odontologia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. sabrinastefbrito@hotmail.com 3 Mestranda em Ciências da Saúde-Iamspe-SP. Especialista em Dentística Restauradora, pela Faculdade de Governador Valadares-MG. Especialista em Microbiologia pela Universidade Católica Minas Gerais, PUCMG. Graduada pela Faculdade de Odontologia de Governador Valadares. zilanda07@hotmail.com 33

34 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original ABSTRACT Considered the greatest advance in hepatitis B control, vaccine is the main measure adopted and inserted in the brazilian immunization guide. The standard immunization scheme is: three doses of vaccine, given at an interval of one to six months. It is recommended monitoring to be sure if the vaccine really worked, because even after the vaccination schedule, some professionals may not be immunized. This study focuses on checking the vaccination status and seroconversion to vaccine against hepatitis B from private dental offices dentists working in the city of Pimenta Bueno / RO. Descriptive cross-sectional study in which 21 professionals answered a questionnaire % of the evaluated took the three doses of the vaccine; 61.90% did not undergo the anti-hbs exam to check for seroconversion and 42.86% believed that the three doses would be enough for immunization. It is possible to infer that vaccination campaigns to raise awareness among unvaccinated dentists need to be performed. Information about how important to monitor the vaccine response is should be well explained to these professionals. Keywords: Hepatitis B. Vaccination. Immunization INTRODUÇÃO Segundo pesquisa publicada por RAPPARINI (2015), o risco de contaminação pelo vírus da hepatite B a que estão expostos os profissionais de saúde é 100 vezes maior que o risco da contaminação por HIV e 10 vezes maior do que o risco de contaminação nos casos de hepatite C. Por ser um vírus extremamente estável, a hepatite B pode permanecer viável em superfícies por períodos prolongados de até uma semana. Sendo assim, o risco de contaminação pelo vírus da hepatite B pode chegar a 30%. A Hepatite B é uma doença de grande impacto na saúde pública do Brasil. A vacinação apresenta comprovada eficácia na profilaxia primária desta doença e das complicações a ela relacionadas, como a cirrose hepática e o carcinoma hepatocelular (CHIEN, 2006). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de mortes por ano no mundo são causadas pela hepatite B e aproximadamente 240 milhões de pessoas são infectadas (ONUBR, 2015). 34

35 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Os profissionais da área da saúde apresentam risco de infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) três a cinco vezes mais alto que a população geral, devido à forma de transmissão, que se dá através de sangue e seus derivados (BOCCATO, 1999). Dentre as principais causas de contaminação estão os acidentes profissionais com agulhas ou outros materiais contaminados. A hepatite B também pode ser transmitida por via sexual e via vertical( parto ou gestação). (LOPES e SCHINONI, 2001) Considerada o maior avanço no controle da hepatite B, a vacina é a principal medida adotada para prevenção, e inserida no roteiro de imunização brasileiro estabelecida no início da década de 80. Em todo o país, a vacina está disponível para os grupos de riscos (indivíduos que se expõem ao contato direto com sangue humano, seus derivados ou secreções humanas), onde estão incluídos os profissionais de saúde. Tal imunização teve início com a utilização de uma vacina constituída de antígeno de superfície (HBsAg) obtido do plasma de portadores crônicos do HBV, os quais foram submetidos a um processo de purificação e inativação viral, vacina de plasma humano. Neste processo de desenvolvimento, têm-se notícias do surgimento das primeiras vacinas contra hepatite B que se utilizava de DNA recombinante derivado de leveduras (SANCHES, 2007). O esquema padrão de vacinação são: três doses de vacina, ministradas em um intervalo de um a seis meses, sendo aconselhável a realização do teste de resposta a vacinação no prazo mínimo de 60 dias após a aplicação da terceira dose (MOREIRA, 2007). Após este período, pode-se observar a máxima resposta a vacina, garantindo assim a imunidade quando se atinge níveis de imunidade acima de 10 mui/ml, podendo ainda persistirem após o desaparecimento do anti HBs ao longo dos anos. A soroconversão e o conhecimento da mesma após a vacinação é de extrema importância, principalmente para profissionais do grupo de risco.( Vieira ET AL,2016) Apesar de grande número de cirurgiões dentistas terem tido acidentes perfurocortantes com instrumentais contaminados, muitos ainda negligenciam a prática preventiva contra a hepatite B.(Albrecht et AL, 2014).Sugere-se após o esquema vacinal a realização do exame sorológico, anti HBs para comprovação da imunidade contra o virus, devido a ocorrência de casos de não conversão mesmo após o esquema de vacinação. (Lima, 2016) Este estudo tem como foco avaliar o conhecimento sobre a situação vacinal e a 35

36 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original realização do exame sorológico para certificação da imunidade contra hepatite B em profissionais da área de odontologia da rede privada que atuam na cidade de Pimenta Bueno/RO. MATERIAL E MÉTODOS O protocolo deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED, parecer /2015. O nível de conhecimento dos cirurgiões dentistas da rede privada referente à soroconversão após a vacinação contra Hepatite B foi realizado na cidade de Pimenta Bueno, sendo sujeitos deste estudo, profissionais de saúde, cirurgiões-dentistas, cadastrados no Conselho Regional de Odontologia (CRO), subseção de Cacoal, Rondônia. A amostra foi composta por 40 profissionais e a coleta de dados foi realizada nos consultórios da cidade após autorização dos proprietários. Foram utilizados questionários, com sete perguntas de múltipla escolha, direcionados ao tema Vacinação Contra Hepatite B e Realização do Exame de Soroconversão. Apenas as pessoas que aceitaram, espontaneamente, responderam aos questionários, após análise e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O processamento e tabulação dos dados foram realizados através de recursos de estatística, a partir do programa Microsoft Word, Excel e Dyane 2.0 ano 2001 e estão incluídos neste trabalho na forma de tabelas. Este estudo se classifica como pesquisa exploratória e descritiva, quali-quantitativa, observacional e transversal, pois, se relaciona diretamente com os fenômenos de atuação prática e se propõe a apresentar uma visão do objeto de pesquisa. RESULTADOS Pesquisa realizada no mês de julho de A amostra composta por 40 profissionais, onde apenas 21 se dispuseram a responder aos questionários. Essa diferença ocorreu, porque alguns desses profissionais não se encontravam no local de trabalho, mesmo após algumas tentativas, viagem e óbito foram também causas da não participação. 36

37 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Tabela 1: Há quanto tempo se formou? Valor significativo Frequencia % 1 Entre 1 e 3 anos 9 42,86 2 Entre 3 e 5 anos 3 14,29 3 Mais de 5 anos 9 42,86 Total frequencias Fonte: As autoras (2015).. Tabela 2: Você já participou de algum programa de imunização contra Hepatite B? Valor significativo Frequência % 1 Sim Total frequência Fonte: As autoras (2015). Objetivando a correta verificação sobre a vacinação dos cirurgiões dentistas, 100% dos entrevistados afirmaram positivamente terem participado de programas de vacinação. Tabela 3: No caso de resposta afirmativa, quantas doses você já tomou? Valor significativo Frequência % 1 Uma dose 2 9,52 2 Duas doses 2 9,52 3 Três doses 17 80,95 Total frequência Fonte: As autoras (2015). 37

38 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Tabela 4: Se você não é vacinado (a) ou não completou o esquema vacinal de três doses. Qual a principal razão? Valor significativo Frequência % 1 Falta de informação sobre hepatite B e seus riscos Falta de adesão as precauções de - 0 biossegurança 3 Falta de tempo ou esquecimento 3 14,29 4 Não respondeu 18 85,71 Total frequência Fonte: As autoras (2015). Tabela 5: Se você tomou as três doses da vacina, realizou o exame anti-hbs para verificar se houve soroconversão (adquiriu imunidade) contra a Hepatite B? Valor significativo Frequência % 1 Sim 8 38,10 2 Não ministério da saúde 13 61,90 Total frequência Fonte: As autoras (2015). Tabela 6: Qual motivo da não realização do exame para verificar a imunidade contra a Hepatite B? Valor significativo Frequência % 1 Acreditou que as três doses seriam suficientes para a imunização 9 42,86 2 Falta de cobrança dos órgãos públicos 2 9,52 aos serviços provados em relação as medidas de segurança recomendadas pelo ministério da saúde 3 Falta de conhecimento sobre a 4 19,05 existência do teste anti-hbs 4 Não respondeu 6 28,57 Total frequência Fonte: As autoras (2015). 38

39 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original DISCUSSÃO Sendo uma das maiores preocupações no setor odontológico, a hepatite B possui características peculiares, dentre elas a alta infectividade e resistência, podendo o vírus sobreviver por vários dias no meio ambiente (MARTINS e BARRETO, 2003). Faz-se necessário o conhecimento pelos profissionais da área de odontologia dos mecanismos de transmissão, bem como as formas de prevenção e cuidados necessários pertinentes à doença. É recomendada, para os grupos expostos à maior risco de infecção, a imunização ativa, utilizando vacinas modernas, consideradas seguras, por não apresentarem toxicidade e possuírem benefícios e os efeitos colaterais desprezíveis (SACHETTO, 2013). Os resultados apontam que entre os profissionais entrevistados, 100% participaram de algum tipo de programa de imunização contra a hepatite B. Esse resultado indica um percentual próximo dos obtidos em pesquisas em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde 96,6% dos Cirurgiões Dentistas foram vacinados e em Montes Claros, Minas Gerais, 99% dos profissionais foram imunizados, sendo 296 dentistas entrevistados (BATISTA 2006; BARRETO 2003). O Ministério da saúde do Brasil (SUS, 2015), orienta que é fundamental imunizar-se antes do início da vida profissional, sendo a vacina a principal medida preventiva que visa estimular a produção de anticorpos. Conforme explica GIR (2015), os profissionais da área da saúde devem receber três doses da vacina, sendo que a segunda dose seja ministrada após 30 dias da aplicação da primeira dose e, a terceira dose após seis meses, com eficácia de aproximadamente 90 a 95%. Segundo esta pesquisa, 80,95% dos cirurgiões dentistas fizeram o uso das três doses da vacina contra a hepatite B, apresentando resultado aproximado ao estudo feito por MARTINS e BARRETO (2003), onde entre 295 dentistas, 75% tomaram as três doses, 14% apenas duas doses, 2% somente uma dose, e 9% não tomaram nenhuma dose da vacina. Neste estudo, 85,71% dos profissionais não responderam a principal razão de não terem completado o esquema vacinal de três doses, mas, BRAGA (2014) verificou em seu estudo feito com 120 profissionais que uma grande parte acredita que uma não cobrança por parte do governo em relação às medidas de biossegurança recomendada pelo Ministério da Saúde leva os profissionais á negligência. 39

40 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original A pesquisa mostra que a realização deste exame não é uma rotina, corroborando com FERNANDEZ (2013), que em seu estudo com 100 profissionais apenas 44% realizaram o exame. CHAVES (2002) entrevistou 153 pessoas entre cirurgiões dentistas e acadêmicos, constatou então que apenas 20% dos graduados e 6,97% dos acadêmicos haviam realizado o exame, mesmo que este seja o único meio de confirmar se a vacina foi eficiente. Em uma pesquisa feita em Santa Catarina com cirurgiões dentistas e seus auxiliares, GARCIA e BLANK (2007) verificou que apenas 32,1% dos dentistas e 21,9% de seus auxiliares realizaram o exame após a vacinação. CONCLUSÃO Apesar dos cirurgiões dentistas terem conhecimento da necessidade de saber se houve soroconversão após vacinação, à maioria não realizou o exame anti-hbs. Assim podemos concluir que campanhas de conscientização sobre os riscos da hepatite B, precisam ser realizadas visando à vacinação daqueles que não completaram o seu esquema vacinal e orientações sobre a necessidade da realização do monitoramento da resposta vacinal. REFERÊNCIAS ALBRECHT, Nathalia et al. Conhecimento dos dentistas sobre contaminação das hepatites B e C na rotina odontológica. Revistas, v. 70, n. 2, p. 192, BATISTA, S. M. F.;Soropositividade para o vírus da hepatite B e Determinação do índice de resposta vacinal em cirurgiões-dentistas de Campo Grande (MS) [Tese] BOCCATO, R. S. B. S.;Avaliação da resposta imunológica à vacina contra a hepatite B aplicada pelas vias intradérmica ou intramuscular em profissionais da saúde de Hospital Universitário: seguimento de cinco anos Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, BRAGA, A.; Soroprevalência de infecção pelo vírus da hepatite B e resposta de anticorpos anti-hbs a vacinação em cirurgiões dentistas da Grande Salvador-Bahia. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 32, n. 1, p. 7, BRASIL, Ministério da Saúde. Secretária de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de Aids: manual de condutas. Brasília - DF;

41 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original CHAVES, Patrícia Inês et al. Verificação do conhecimento sobre hepatite B. RGO (Porto Alegre), v. 50, n. 1, p , CHIEN, Y.C.; Efficacy of Hepatitis B Virus Vaccination on the Reduction of Hepatocellular Carcinoma Incidence: Post-national Program Surveillance. J Hepatology, v.44, FERNANDEZ, Cristhine Sato et al. Conhecimento dos dentistas sobre contaminação das hepatites B e C na rotina odontológica. Revista Brasileira de Odontologia, v. 70, n. 2, p , GARCIA, Leila Posenato; BLANK, Vera Lúcia Guimarães; BLANK, Nelson. Aderência a medidas de proteção individual contra a hepatite B entre cirurgiões-dentistas e auxiliares de consultório dentário. Rev. Bras. Epidemiol, v. 10, n. 4, p , GIR, E.;Acidente com material biológico e vacinação contra hepatite b entre graduandos da área da saúde. Disponível em: < Acesso em: 28 abr LIMA, Ricardo Costa. Conhecimentos, situação vacinal e imunidade contra hepatite b de cirurgiões-dentistas Acesso em:19 julh,2016 MARTINS, A. M. E. B. L.; BARRETO, S. M. Vacinação contra a Hepatite B entre Cirurgiões Dentistas. São Paulo: Rev. Saúde Pública, v.37, n. 3, MOREIRA, R.C. Soroprevalência da hepatite B e avaliação da resposta imunológica à vacinação contra a hepatite B por via intramuscular e intradérmica em profissionais de um laboratório de saúde pública. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 43, n ONUBR, Nações Unidas no Brasil. Mais de 400 milhões de pessoas vivem com o vírus da hepatite, mas não sabem, alerta OMS. Disponível em: < milhoes-de-pessoas-vivem-com-o-virus-da-hepatite-mas-nao-sabem-alerta-oms/>. Acesso em 10 mai RAMOS, A. L.; LEITE, N. C. Profilaxia das hepatites A e B com vacinas. Gastroenterologia: Hepatites. Rio de Janeiro: Rubio, RAPPARINI, C.; Hepatite B. Aspectos gerais. Disponível em: < Acesso em: 19set SACCHETTO, M. S. L. S.; Hepatite B: Conhecimentos, situação vacinal e soroconversão de alunos de odontologia de uma universidade pública. Teresina. Tese apresentada à Universidade Federal de Piauí, SANCHES, G. B. S. Hepatite B: Caracterização do status imune de profissionais de saúde no Estado de Mato Grosso do Sul Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) Programa Multiinstitucional de Pós-Graduação em Ciênciasda Saúde, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, VIEIRA, T. B. et al. Soroconversão após a vacinação para hepatite B em acadêmicos da área da saúde. Disciplinarum Scientia Saúde, v. 7, n. 1, p ,

42 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS BASIC KNOWLEDGE OF BASIC LIFE SUPPORT (BLS) IN UNIVERSITY STUDENTS SANTOS, Giancarla Aparecida Botelho 1 GONÇALVES, Thallys Sampaio Pires 2, Fernanda Aparecida 2 BRUZI, Flávia Alvarenga Fernandes 3 SANTOS, Antônio Claret dos 4 RESUMO Conhecimentos a respeito de primeiros socorros são fundamentais, visto que eventos clínicos ou traumáticos podem ocorrer em diferentes locais e situações. O objetivo deste estudo foi avaliar através de questionários, o conhecimento sobre suporte básico de vida (SBV) entre universitários e verificar se eles têm conhecimento de que a universidade oferece a disciplina de Primeiros Socorros. A amostra foi constituída de 320 discentes da Universidade Federal de Lavras. Verificou-se que 84% sabem verificar a respiração, 27% conhecem a técnica de hiperextensão do pescoço, 30% sabem aplicar a técnica de respiração boca a boca, 79% sabem o que é e para que serve a massagem cardíaca e 100% desconhecem a frequência das compressões torácicas. A disciplina de primeiros socorros é ofertada na grade do curso de educação física, sendo optativa para alguns cursos. Porém, somente 10% sabem que há esta disciplina na universidade. Pela falta dos devidos conhecimentos sobre SBV muitas pessoas deixam de realizar ou realizam de forma incorreta os procedimentos de primeiros socorros em situações de urgência e emergência. Além disso, poucas são as instituições onde se há a preocupação de divulgação dos protocolos de SBV. Palavras-Chaves: suporte básico de vida, conhecimento, primeiros socorros. 1 Doutora em Fisiologia e Farmacologia. Professora Adjunta do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras. Docente da disciplina de Socorros Urgentes. Campus Universitário - Caixa Postal CEP Lavras Minas Gerais - Brasil. Telefone: (35) giancarla@dsa.ufla.br. Categoria do trabalho: ensaio. Área de conhecimento: Ciências da saúde. Classificação das áreas/subáreas do CNPq/CAPES: / Universidade Federal de Lavras. Acadêmico do curso de Educação Física. 3 Universidade Federal de Lavras. Especialista. Enfermeira do Ambulatório da Universidade Federal de Lavras. Revisão crítica do conteúdo intelectual e aprovação final da versão a ser publicada. 4 Centro Universitário de Lavras. Mestre. Professor e Coordenador de Curso. Revisão crítica do conteúdo intelectual e aprovação final da versão a ser publicada. 42

43 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original ABSTRACT Knowledge about first aid are essential, as clinical or traumatic events may occur in different locations and situations. The aim of this study was to evaluate through questionnaires the knowledge about basic life support (BLS) among university students and checks if they know that University offers the first aid discipline. The research covered 320 students of Lavras Federal University. It was found that 84% of interviewed students know how to check breathing, 27% know hyperextension technique of the neck, 30% know how to apply the mouth breathing technique mouth, 79% know what is and the objective of cardiac massages and 100% don t know how cardiac frequency compression should be done. The first aid discipline is offer to the Physical Education Course, but it is optional for other courses. However, only 10% know that there is this discipline at the university. Due to the lack of knowledge about BLS several people don t perform the procedures or perform them in a wrong way in urgency and emergencies situations. In addition, there are few institutions where there is concern for the dissemination of BLS protocols. Keywords: basic life support, knowledge, first aid. INTRODUÇÃO O Suporte Básico de Vida (SBV) é definido como o primeiro atendimento recebido pela vítima, cuja finalidade é a manutenção de seus sinais vitais até a chegada de uma equipe especializada 1. Quando executado de maneira correta e rápida, diminui a mortalidade e aumenta a sobrevida das vítimas, tanto de eventos clínicos quanto de eventos traumáticos 2,3. O conhecimento dos protocolos utilizados no ambiente pré-hospitalar tem como objetivo capacitar pessoas leigas nas práticas dos primeiros socorros, uma vez que apenas o espírito de solidariedade não é suficiente para um socorro de emergência eficiente. É necessário o domínio das técnicas de primeiros socorros. Há evidências de redução da mortalidade em vítimas que receberam de maneira imediata as manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), por voluntários treinados nos protocolos de atendimento préhospitalar 3,4. No Brasil as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 5, 6,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais de idade tiveram diagnóstico médico de alguma doença do coração, onde a necessidade do uso de técnicas, como a de RCP, desobstrução de vias aéreas, respiração boca a boca e imobilização, foram indispensáveis. Com relação aos acidentes de trânsito, o cenário não é diferente. No ano de 2000, as causas externas representaram a terceira causa de morte no país, com 14,5% do total de mortes 6. De acordo com a pesquisa de Waiselfisz (2013) 7, mais de 43 mil pessoas 43

44 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original foram mortas no trânsito brasileiro em 2011, com uma maior taxa de pedestres e motociclistas. Dentro deste contexto, algumas pessoas se sentem inseguras e com medo de que no momento de emergência faltem coragem e habilidades suficientes. Por isso, são de fundamental importância o esclarecimento e o treinamento da população nos protocolos de SBV, para que não haja paralisia do socorrista e dúvidas nos próximos passos a seguir. Além disso, é importante lembrar que o simples conhecimento de que solicitar por socorro especializado, no caso o Corpo de Bombeiros ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), já se está prestando socorro à vítima 1. Dessa forma, considerando a importância do tema abordado, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os conhecimentos sobre SBV entre estudantes de graduação de uma Universidade Federal do Sul do Estado de Minas Gerais. MÉTODOS A amostra compreendeu discentes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com idade superior ou igual a 18 anos, que concordaram em participar da pesquisa. No período de coleta de dados, a UFLA contava com cerca de alunos de graduação e com 26 cursos de graduação. Os discentes foram abordados nos períodos entre as aulas, nos horários diurno e noturno, na cantina central da UFLA. Somente participaram aqueles que tinham disponibilidade e interesse em responder aos questionários. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados questionários referentes aos conhecimentos de suporte básico de vida (SBV), validado por Pergola & Araújo (2009) 1, e conhecimentos a respeito da existência da disciplina de primeiros socorros na universidade, à realização prévia de algum curso relacionado aos primeiros socorros e interesses pessoais sobre o tema. Ambos os instrumentos de coleta foram elaborados após leitura e análise da bibliografia revisada que aborda os princípios básicos de SBV. O questionário sobre os conhecimentos de SBV é constituído por nove questões abertas e de múltipla escolha, sendo as quatro primeiras relativas à respiração e as cinco últimas à massagem cardíaca (apêndice). O segundo questionário é formado por questões que avaliam se os participantes já haviam tido algum treinamento na área de atendimento préhospitalar, se tinham interesse em realizar, se tinham conhecimento de que havia uma 44

45 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original disciplina de primeiros socorros na universidade e suas respectivas opiniões a respeito da mesma se tornar uma disciplina obrigatória para todos os cursos. Ambos os questionários foram aplicados pelos discentes da disciplina de Socorros Urgentes oferecida pelo Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Lavras após treinamento prévio nos protocolos de atendimento pré-hospitalar e discussão dos mesmos. A atividade foi pré-requisito para aprovação na disciplina. O tratamento e análise dos dados foram realizados de forma descritiva, com a distribuição relativa das informações obtidas dos questionários. Os resultados estão representados na forma tabular. Para a realização do estudo foram observados os preceitos éticos da Resolução do Conselho Nacional de Saúde 466/2012 do Ministério da Saúde 8 que envolve pesquisa com seres humanos, garantindo-se o anonimato dos pacientes quanto às informações coletadas. Essa pesquisa foi apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, ratificado com o seguinte protocolo: CAAE: RESULTADOS A amostra foi constituída por 320 graduandos com idade média de 21 ± 2 anos. Os entrevistados pertenciam a diferentes cursos da Universidade Federal de Lavras, como agronomia, nutrição, zootecnia, educação física, matemática, medicina veterinária e dentre outros, escolhidos aleatoriamente, conforme disponibilidade e interesse de responder ao questionário. As primeiras quatro questões do questionário que avalia os conhecimentos sobre suporte básico de vida foram relativas à respiração. Na questão 1 onde o participante foi questionado se ele sabia ou não verificar se a vítima está respirando, 271 (84,70%) entrevistados marcaram a opção correta (olhando o movimento do peito ou da barriga e/ou aproximando a mão ou o rosto da boca/nariz da pessoa para sentir a saída de ar), 10 (3,12%) responderam incorretamente (tampar o nariz da vítima e ver se ela reage) e 39 (12,18%) não souberam responder (não sei). Na questão sobre facilitar a respiração da vítima, 88 (27,5%) dos entrevistados responderam corretamente ao marcar a opção levantando o queixo da vitima, 134 (41,9%) responderam incorretamente ao optar pelas respostas levantar a cabeça da vítima, abaixar a cabeça da vítima ou sentar a pessoa e 98 (30,6%) não souberam responder (não sei). 45

46 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Em relação a como realizar a técnica de respiração boca a boca, 98 dos participantes (30,62%) responderam corretamente (inclinando a cabeça da vítima para trás, tampando o nariz e abrindo a boca. Após encher o peito de ar, assopre dentro da boca da vítima, protegendo a minha boca), 176 (55%) responderam incorretamente (inclinando a cabeça da vítima para trás e abrindo a boca. Após encher o peito de ar, assopre na boca da vítima ou assopra dentro da boca da pessoa) e 46 (14,38%) não souberam responder (não sei). As frequências das respostas das questões 1,2 e 3 são mostradas nos dados da tabela 1. Tabela 1. Distribuição das respostas dos entrevistados em valores absolutos e relativos (%) quanto aos conhecimentos referentes à respiração. Questões Acertos Erros Desconhecimento da resposta Verificar a respiração da vítima 271 (84,70%) 10 (3,12%) 39 (12,18%) Facilitar a respiração da vítima 88 (27,50%) 134 (41,90%) 98 (30,60%) Respiração boca a boca 98 (30,62%) 176 (55,00%) 46 (14,38%) Na questão que avalia a realização da técnica de respiração boca a boca em uma pessoa desconhecida sem equipamento de proteção, 211 (66%) participantes não realizariam a técnica sem o dispositivo de proteção para evitar a própria contaminação, 107 (33,4%) responderam que realizariam mesmo sem o dispositivo de proteção, usando a justificativa de que estariam salvando uma vida e 2 (0,6%) responderam que dependeria da situação. Quanto à possibilidade de realizar a massagem cardíaca isoladamente (realização da massagem cardíaca mesmo não tendo feito respiração boca a boca), 175 (54,68%) dos entrevistados fariam a massagem cardíaca, 143 (44,68%) não fariam e 2 (0,62%) disseram que dependeria da situação. Dos entrevistados que não realizariam a massagem cardíaca, 84 (58,04%) não realizariam por falta de conhecimentos específicos e 61 (41,96%) não se justificaram. Em relação ao conhecimento sobre o que é e para que serve a massagem cardíaca, 254 (79,38%) entrevistados responderam que sabiam e 66 (20,62%) responderam que não sabiam. Dos que responderam que sabiam, 223 (87,79%) deram respostas corretas, como reanimar o coração da vítima e manter a circulação, enquanto 31 (12,20%) dos entrevistados que responderam que sabiam o que é e para que serve a massagem cardíaca, responderam de forma incorreta, de acordo com as diretrizes vigentes de RCP da American Heart Association 9. Na tabela 2 encontram-se as distribuições das respostas dos participantes da pesquisa sobre a finalidade da massagem cardíaca. 46

47 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Tabela 2. Distribuição das respostas dos participantes da pesquisa sobre a finalidade da massagem cardíaca. Justificativas N % Reanimar o coração da vítima ,44 Manter a circulação 28 12,55 Outros 31 12,20 Sobre a posição da vítima para realização da massagem cardíaca, 115 (35,95%) entrevistados responderam corretamente (vítima deitada de costas em superfície plana e dura com a cabeça pouco inclinada para trás), enquanto 186 (58,12%) responderam incorretamente (deitada de costas ou em qualquer posição ou deve permanecer da maneira como desmaio) e 19 (5,93%) responderam não saber (não sei). Considerando a região do corpo da vítima onde se realiza a massagem cardíaca, 109 (34,06%) responderam corretamente (dois dedos antes do final do osso que está no meio do peito), 181 (56,56%) responderam incorretamente (sobre o coração ou no meio do peito ou em qualquer local) e 30 (9,37) não souberam responder (não sei). Em relação à quantidade de compressões torácicas que deve ser realizada por minuto durante a ressuscitação cardíaca, 229 (71,56%) participantes responderam não ter conhecimento e 91 (28,43%) afirmaram ter conhecimento, no entanto, as respostas estavam incorretas. Dessa forma, 100% dos entrevistados não sabiam que o número correto de compressões torácicas deve ser de 100 a 120 compressões torácicas por minuto durante a ressuscitação cardíaca de um adulto 9. As frequências das respostas das questões 7 a 9 são mostradas nos dados da tabela 3. Tabela 3. Acertos, erros e não conhecimento das respostas relativas à massagem cardíaca. Questões Acertos Erros Desconhecimento da resposta Posição da vítima para realização 115 (35,95%) 186 (58,12%) 19 (5,93%) da massagem cardíaca Local do corpo da vítima para 109 (34,06%) 181 (56,56%) 30 (9,37%) realização da massagem cardíaca Número de compressões torácicas por minuto. 0 (0%) 320 (100%) 0 (0%) Na questão sobre se os entrevistados já tinham realizado algum treinamento sobre primeiros socorros, 75 (23,59%) responderam afirmativa, com a maioria dos cursos tendo 47

48 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original sido feitos nas escolas de formação de condutores. 245 (76,41%) dos entrevistados nunca tiveram aula de primeiros socorros. Em relação se era do conhecimento que havia uma disciplina de primeiros socorros na universidade, 34 (10,56%) dos entrevistados sabiam da existência e 286 (89,44%) não sabiam. Na opinião dos entrevistados, 253 (79,22%) responderam que deveria ter esta disciplina na grade curricular de todos os cursos, independentemente da área, enquanto 67 (20,78%) consideraram desnecessário. Com referência ao interesse dos mesmos em realizar esta disciplina, 257 (80,28%) tinham interesse e 63 (19,72%) não tinham (tabela 4). Tabela 4. Conhecimento dos estudantes a respeito de primeiros socorros e sobre a existência da disciplina de primeiros socorros na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e suas opiniões. Os números de respostas positivas e negativas estão representados em valores absolutos e relativos (%). Questões Sim Não Você já teve alguma aula sobre primeiros socorros? 75 (23,59%) 245 (76,41%) Você sabe que a UFLA oferece a disciplina de primeiros 34 (10,56%) 286 (89,44%) socorros? Você acha que deveria ter a disciplina de primeiros 253 (79,22%) 67 (20,78%) socorros para todos os cursos? Você se interessa em fazer a disciplina de primeiros socorros? 257 (80,28%) 63 (19,72%) DISCUSSÃO O Suporte Básico de Vida (SBV) visa o primeiro atendimento à vítima, fazendo com que essa pessoa tenha os devidos cuidados, mantendo seus sinais vitais e evitando complicações 1. Acidentes e eventos clínicos podem ocorrer em qualquer local e com qualquer pessoa, como em casa, trabalho, escola, esportes, lazer e no trânsito 10,11. De acordo com a AHA 12, quanto maior o número de pessoas leigas treinadas nos protocolos de suporte básico de vida (SBV), melhor a sobrevida da vítima e menor o índice de morbidade e mortalidade, pois na cena do evento clínico ou traumático, quanto mais rápido e eficiente forem os cuidados prestados, maior será o sucesso de recuperação da vítima. Assim, fica evidente que quando há conhecimento dos protocolos, melhores serão as condições para se identificar o evento e iniciar rapidamente os cuidados à vítima, mantendo dessa forma, os sinais vitais até a chegada da equipe especializada

49 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Indicadores de morbidade e mortalidade e fatores de risco no Brasil indicam que os agravos clínicos têm sido os mais prevalentes, sendo responsáveis pelos altos índices de doença e morte 14. Sendo assim, quanto maior for a participação da população leiga no atendimento a esses eventos, maior será a chance de sucesso. Entretanto, poucas são as pessoas que se interessam pela aprendizagem dos protocolos de primeiros socorros, tornando o conhecimento insuficiente e incompleto e muitas das vezes incorreto, como demonstrado por Pergola & Araújo (2008) 15. Os pesquisadores encontraram baixo índice de conhecimento sobre SBV em uma população leiga de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Dados similares foram encontrados na população universitária avaliada no presente trabalho, uma vez que a proporção de pessoas conhecedoras dos protocolos de SBV, também foi baixa. Estes dados sugerem que independentemente da população avaliada, os conhecimentos a respeito de SBV são reduzidos, demonstrando o pouco interesse da população em geral por esse assunto, assim como do estado, instituições, associações e demais responsáveis. Com relação à respiração, grande parcela dos entrevistados (84,7%) sabia como verificar a respiração da vítima, que consiste em seguir os passos do ver/ouvir/sentir, ou seja, o socorrista deve aproximar seu ouvido da boca e nariz da vítima para ver se há movimentação torácica, ouvir se há algum ruído de ar durante a respiração e sentir se há fluxo de ar entrando e saindo das vias aéreas 16. Poucos sabiam como facilitar a respiração (27,5%), que consiste em realizar a manobra de hiperextensão do pescoço. Esta manobra por abrir as vias aéreas, evita obstrução das mesmas por queda de língua em situações de redução do tônus muscular, como na inconsciência, por exemplo. A manobra de hiperextensão puxa superiormente a base da língua, consequentemente, abrindo as vias aéreas 17. No entanto, deve ser realizada de forma cautelosa em casos de vítimas de traumas, principalmente sob suspeita de lesão de coluna cervical ,38% dos entrevistados não sabiam ou não tinham conhecimento de como realizar a respiração boca a boca. No entanto, de acordo com a AHA 9, o socorrista leigo treinado deve realizar ventilações de resgate. Caso ele não tenha condições de realizar de forma efetiva essa técnica, deve no mínimo aplicar compressões torácicas em vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR). As compressões torácicas geram variações de pressão dentro da 49

50 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original caixa torácica, e consequentemente, entrada e saída de ar 12,19, mantendo dessa forma, os níveis de oxigênio durante os primeiros minutos da ressuscitação cardiopulmonar 20. No que diz respeito à realização da técnica de respiração boca a boca em uma pessoa desconhecida sem equipamento de proteção, 66% dos entrevistados não fariam. Tal dado demonstra a preocupação do indivíduo em contrair doenças infecto-contagiosas por meio da respiração boca a boca, embora haja na literatura poucos relatos de contágio durante a execução das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) 21. Sendo assim, o ideal seria que em todos os ambientes pré-hospitalares, como escolas, comércio, universidades, shoppings, clubes e dentre outros, houvesse disponíveis, além de indivíduos treinados nas técnicas de SBV, material de primeiros socorros, como equipamentos pessoais de segurança, máscaras de ventilação, desfibriladores externos automáticos, colares cervicais, equipamentos de imobilização e de resgate aquático. Estes últimos deveriam ser obrigatórios em ambientes aquáticos. Quanto à possibilidade de realizar a massagem cardíaca isoladamente, 54,68% dos entrevistados fariam a massagem cardíaca contra 44,68% que não fariam e 0,62% que disseram que dependeria da situação. Dos entrevistados que não fariam a massagem cardíaca, 58,04% seria por falta de conhecimento e 41,96% não se justificaram. É importante ressaltar que vítimas de parada cardíaca fora do ambiente hospitalar dependem da assistência da comunidade até a chegada do socorro adequado. Dessa forma, quanto maior o número de leigos treinados nas técnicas de RCP, maiores serão as chances de reconhecimento da PCR, ativação do sistema médico de emergência e início da RCP 9, 15. No que se referem às compressões torácicas, estas têm como objetivo promover circulação artificial do sangue oxigenado para evitar isquemia dos órgãos vitais, já que se trata de uma manobra básica de reanimação juntamente com a ventilação artificial. Caso o indivíduo fique mais de cinco minutos em parada cardíaca sem nenhuma intervenção, pode ocorrer a morte do tecido cerebral 20, 22. Dessa forma, para manter a oxigenação cerebral de um adulto em PCR, são indicadas de 100 a 120 compressões torácicas por minuto no terço médio do osso esterno com a vítima em decúbito dorsal 9. No presente estudo, 79,38% dos entrevistados disseram ter conhecimento do que é a massagem cardíaca e qual sua finalidade. Porém, com relação à posição da vítima, apenas 35,95% dos entrevistados responderam corretamente e quanto ao número de compressões torácicas, 100% dos entrevistados deram respostas incorretas. 50

51 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Estes dados evidenciam a falta de conhecimento a respeito dos protocolos de primeiros socorros pela população universitária. Tal fato pode ser um reflexo do desinteresse dos mesmos em se capacitarem nas técnicas ou devido à ausência de uma disciplina obrigatória ou eletiva de primeiros socorros nas matrizes curriculares dos cursos. Pela importância do assunto, é necessária a divulgação dos protocolos de SBV para um maior número possível de pessoas, sejam elas universitárias ou não, com o objetivo de redução da morbidade e da mortalidade entre as vítimas de eventos clínicos ou traumáticos 15,16. Estudos de Neves et al. (2010) e de Sardinha et al. (2006) também encontraram pequena porcentagem de indivíduos conhecedores dos protocolos de SBV 23,24. Além disso, o presente trabalho observou que apenas 23,59% dos entrevistados tinham feito alguma aula relativa ao assunto, com a maioria em cursos de formação de condutores. Tais dados corroboraram com os achados de Pergola & Araújo 1,15, que demonstraram que a população leiga possui conhecimento insuficiente sobre SBV e que, além de incompletos, alguns são incorretos, podendo comprometer o socorro prestado. Em relação se era do conhecimento que havia uma disciplina de primeiros socorros na universidade, a grande maioria dos entrevistados (89,44%) não sabia. Além disso, 79,22% eram a favor da obrigatoriedade desta disciplina na grade curricular de todos os cursos, independentemente da área e 80,28% tinham interesse em fazer esta disciplina. Dessa forma, os dados sugerem a necessidade de divulgação dos cursos oferecidos e a oferta da disciplina de primeiros socorros a todos os cursos da instituição. Sugerem também, a necessidade de um maior investimento e divulgação do assunto por parte dos responsáveis. Assim, a aprendizagem dos protocolos é de suma importância a todas as áreas de atuação, já que ninguém esta imune a uma situação de urgência ou emergência. Dessa forma, quanto mais preparada a sociedade leiga estiver para prestar socorro, maiores serão as chances da vítima em sua recuperação. Além disso, isto deixa evidente a necessidade de uma maior participação das instituições, como clubes, escolas, shoppings, universidades, fábricas e etc., na divulgação dos protocolos de SBV através de cursos de capacitação e palestras. CONCLUSÃO Embora exista uma grande necessidade de aprendizagem dos protocolos de primeiros socorros por socorristas leigos, há ainda um conhecimento insuficiente por parte da população universitária. No entanto, a população avaliada apresentou interesse na aprendizagem desses 51

52 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original protocolos, o que futuramente poderá refletir nos cuidados prestados às vítimas no ambiente pré-hospitalar. Além disso, enquanto o assunto primeiros socorros não se torna uma disciplina obrigatória nos cursos superiores, sugere-se que as instituições de ensino superior incentivem a divulgação da disciplina eletiva através das diversas mídias institucionais e apoie iniciativas científicas de divulgação do SBV, tais como seminários, congressos e projetos de extensão. REFERÊNCIAS PERGOLA A.M., ARAUJO I.E.M. O leigo e o suporte básico de vida. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43(2): FERREIRA A.V.S., GARCIA E. Suporte Básico de Vida. Rev Soc Cardiol Estado São Paulo. 2001; 11(2): FERREIRA D.F., QÜILICI A.P., MARTINS M., FERREIRA A.V., TARASOUTCHI F., TIMERMAN S., et al. Essência do suporte básico de vida perspectivas para o novo milênio: chame primeiro - chame rápido. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2001; 11(2): VELDE S.V., BROOS P., BOUWELEN M.V., WIN R., SERMON A., VERDUYCKT J., et al. European first aid guidelines. Resuscitation. 2007; 72(2): Pesquisa Nacional de Saude 2013, IBGE, Disponivel em: ftp://ftp.ibge.gov.br/pns/2013/pns2013.pdf. Acesso em 16 de Setembro de Brasil. Ministério do Planejamento. Orçamento e Gestão. Síntese de indicadores sociais: Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: [Estudos e pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica; n.12]. WAISELFISZ J.J. Mapa da violência Acidentes de trânsito e motociclistas. Rio de Janeiro, Disponivel em: Conselho Nacional de Saúde. RESOLUÇÃO Nº466, DE 12 DE DEZEMBRO DE American Heart Association. Destaques da American Heart Association Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Guidelines, PEREIRA W.A.P., LIMA M.A.D.S. Atendimento pré-hospitalar: caracterização das ocorrências de acidente de trânsito. Acta Paul Enferm. 2006;19(3): VERONESE A.M., OLIVEIRA D.L.L.C., ROSA I.M., NAST K. Oficinas de primeiros socorros: relato de experiência. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS). 2010; 31(1): American Heart Association. Destaque das diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. Guidelines,

53 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original MOURA L.T.R., LACERDA L.C.A., GONÇALVES D.D.S., ANDRADE R.B., OLIVEIRA Y.R. Assistência ao paciente em parada cardiorrespiratória em unidade de terapia intensiva. Rev Rene. 2012; 13(2): MARQUES G.Q., SILVA M.A.D., CICONET R.M. Agravos clínicos atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre RS. Acta Paul Enferm. 2011; 24(2): PERGOLA A.M., ARAUJO I.E.M. O leigo em situação de emergência. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(4): LUCIANO P.M., MATSUNO A.K., MOREIRA R.S.L., SCHMIDT A, PAZIN-FILHO A. Suporte básico de vida. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2010; 20(2): CHAPLEAU C.W. Manual de Emergências - Um Guia para Primeiros Socorros. 1ª edição. Editora Elsevier; RIBEIRO C.J.R., ALVAREZ F.S., SILVEIRA J.M., SILVEIRA L.T.C., CANETTI M.D., SILVA S.P.D.A. Manual Básico de Socorro de Emergência para Técnicos em Emergências Médicas e Socorristas. 2ª edição. Editora Atheneu; BERNE R.M., LEVY M.N. Fisiologia. 6ª Edição. Editora Elsevier; ARAÚJO S., ARAÚJO I.E.M., CARIELI M.C.M. Ressuscitação cardio-respiratória. Rev Bras Cli Terap. 2001; 27(2): AREND C.F. Transmission of infectious diseases trhough mouth-to-mouth ventilation: evidence-based or emotion-based medicine? Arq Bras Cardiol. 2000; 74(1): BORTOLOTTI F. Manual do Socorrista. 2ª edição. Porto Alegre: Expansão Editorial, NEVES L.M.T., DA SILVA M.S.V., CARNEIRO S.R., AQUINO V.S., REIS H.J.L. Conhecimento de fisioterapeutas sobre a atuação em suporte básico de vida. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo. 2010; 17 (1): SARDINHA L.R., CARVALHO A.M. Análise do nível de capacitação dos profissionais de Educação Física atuantes no Ensino Médio da Rede Pública Estadual da cidade de Ipatinga- MG para execução dos primeiros socorros. Movimentum. Revista Digital de Educação Física. Ipatinga: Unileste-MG. 2006; 1:

54 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original CORRENTE GALVÂNICA NO TRATAMENTO DE RUGAS FACIAIS GALVANIC CURRENT IN WRINKLE FACIAL TREATMENT ALONSO, Karoline Antunes 1 ; AZEVEDO, Jéssica Fagundes de¹; CZARNICK, Sérgio Miguel¹; OLIVEIRA, Jaqueline Cristina Lopes de 2 ; CASTRO, Luana de Oliveira²; ARMONDES, Carla Caroline Lenzi³ RESUMO As rugas caracterizam-se por afecções dermatológicas. Surgem com o processo de envelhecimento, como consequência do declínio das funções do tecido conjuntivo. Entretanto, existem recursos fisioterápicos para melhorar o tecido afetado, como microcorrentes. A pesquisa teve como objetivo verificar os efeitos da aplicação da corrente galvânica (CG) em rugas faciais, identificando os estágios das rugas das participantes, analisando as alterações visuais das regiões, antes e após tratamento e a eficácia do uso da (CG) nos diferentes estágios das rugas e sua progressão. A amostra foi composta por 12 participantes, onde 10 concluíram. Os grupos foram distribuídos igualmente, utilizando (CG), porém um grupo fez uso de corrente galvânica com colágeno (CC). Ambos foram submetidos a 10 sessões por um período de 10 semanas. A faixa etária média foi de 46 anos (±4,83). Ao iniciar, as participantes passaram por anamnese, registros fotográficos, responderam à escala de satisfação pessoal e escala de dor. Posteriormente foram reavaliadas. A satisfação pessoal inicial possuía média 4,8 (±1,55) e final 7,9 (±1,37), de uma escala de 0 (insatisfeito) a 10 (muitíssimo satisfeito). O valor de média para escala de dor inicial foi 1,3 (±0,95) e final de 5 (±1,49), em uma escala de 0 (sem dor) a 10 (dor insuportável). Foi constatado uma discreta melhora da aparência, aumento da satisfação pessoal e ao passar das sessões, ocorreu aumento da sensibilidade dolorosa. Palavras-Chave: Corrente Galvânica, Rugas, Face. 1 Acadêmica do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- FACIMED. kah.aranda@gmail.com ¹ Acadêmica do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- FACIMED. jessicafagundesro@hotmail.com ¹ Acadêmico do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- FACIMED. smc.rondonia@gmail.com 2 Graduada do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- FACIMED (2015). jaquelopes_@hotmail.com ² Graduada do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- FACIMED (2015). luanaoliveira06@hotmail.com ³ Orientadora docente do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED. Bacharel em Fisioterapia UNESP (2008). Mestre em Engenharia Biomédica (2011). E- mail: cclarmondes@gmail.com 54

55 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original ABSTRACT The wrinkles are characterized by dermatological diseases. Arise with the aging process as a result of the decline in the functions of connective tissue. However, there are physical therapy resources to improve the affected tissue, as microcurrent. The research aimed to determine the effects of application of galvanic current (CG) in facial wrinkles, identifying the stages of wrinkles of participants, analyzing the visual changes to the areas before and after treatment and the efficacy of the (CG) in the different stages of wrinkles and progression. The sample consisted of 12 participants, where 10 concluded. The groups were equally distributed, using (CG), but a group made use of galvanic current with collagen (CC). Both were subjected to 10 sessions for a period of 10 weeks. The average age was 46 years (± 4.83). At the start, the participants underwent anamnesis, photographic records, responded to the scale of personal satisfaction and pain scale. Later they were reevaluated. The initial staff had average satisfaction 4.8 (± 1.55) and the final 7.9 (± 1.37), a scale of 0 (dissatisfied) to 10 (extremely satisfied). The mean value for initial pain scale was 1.3 (± 0.95) and 5 final (± 1.49) on a scale from 0 (no pain) to 10 (unbearable pain). a slight improvement in appearance was observed, increased staff satisfaction and passing the sessions, there was an increase in pain sensitivity. Keywords: Galvanic Current, Wrinkles, Face. INTRODUÇÃO A pele é o maior órgão do corpo em área superficial e em peso. É constituída por duas camadas principais, a epiderme e a derme (TORTORA, 2003; GUIRRO 2002; BAENA, 2003). A derme é responsável pela maior parte da resistência estrutural da pele, é mais profunda, contendo muitas fibras de colágeno, algumas elásticas e regulares, vasos linfáticos, nervos, órgãos com sentido e glândulas especializadas (GUIRRO, GUIRRO, 2004; SEELEY, STEPHENS, TATE, 2003; SPENCE, 1991). A pele possui funções como proteção, regulação de temperatura do organismo, excreção, sensibilidade e produção de vitamina D. Possui importância também no sistema imunológico, e sintetiza alguns hormônios (GUIRRO, GUIRRO, 2004; AZULAY,1999; SENA, MEJIA, s.d.). As mudanças fisiológicas da pele são inevitáveis com o tempo. O envelhecimento é um processo lento, progressivo e irreversível, que possui influência de diversos fatores. Em torno dos 30 aos 40 anos, as fibras de colágeno reduzem seu número, endurecem, rompem-se e agrupam-se em um emaranhado disforme. As fibras elásticas perdem parte da elasticidade, espessam-se em agrupamentos e enfraquecem. Há também menor velocidade de 55

56 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original troca de oxigenação dos tecidos, levando a desidratação da pele e dando como resultado as linhas de expressão, as rugas (GUIRRO, 2002; TORTORA, 2003; BAENA, 2003; BARBA e RIBEIRO, 2009). As rugas possuem vários tipos de classificações. Uma delas é a classificação clínica, onde podem ser superficiais ou profundas. As superficiais desaparecem à medida em que a pele é estirada. As profundas, conforme há o estiramento da pele, não há alteração (KEDE, SABATOVICH, 2004; MALGAREZI, 2009; CULURA, 2015). Outra classificação as divide em três grupos, rugas estáticas, rugas dinâmicas e rugas gravitacionais. As estáticas são consequências da fadiga das estruturas que compõem a pele, por excesso ou ausência de movimentos. As dinâmicas, como resposta a movimentos repetitivos da mimica facial e aparecem com o movimento. As gravitacionais estão ligadas à flacidez da pele, e há ptose das estruturas faciais (GUIRRO, GUIRRO, 2004; PIRES, 2011; LIRA, LIMA, 2008). O presente estudo teve como objetivo verificar quais dos dois tratamentos haveriam melhores resultados, corrente galvânica ou corrente galvânica com associação de colágeno. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo pré-experimental, longitudinal quantitativo. A pesquisa foi iniciada após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Biomédica de Cacoal RO, com o protocolo de n 919/12 e autorização da clínica onde foi realizado o estudo. Todas as participantes foram esclarecidas sobre os objetivos do estudo e os procedimentos metodológicos da pesquisa e aquelas que concordaram em participar assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram convidadas 12 participantes em que havia queixa de rugas faciais, com idade entre 38 e 54 anos. Duas interromperam o tratamento por problemas pessoais. Foram divididas igualmente em dois grupos, onde um utilizava somente o uso da corrente galvânica (CG), e no outro, associação do uso da corrente galvânica com colágeno (CC) creme gel a 10%. O estudo seguiu com 10 sessões, de aproximados 50 min, uma vez por semana. Na primeira sessão realizou-se avaliação facial e clínica, fotos das regiões acometidas e início do tratamento, assim como responder a uma escala de satisfação pessoal e uma escala de dor. Ao final do tratamento, foram reavaliadas da mesma forma, para posterior análise. As duas participantes que divulgaram as imagens demonstram as características do grupo estudado. 56

57 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Afim de manter o sigilo dos nomes das participantes somente as iniciais dos respectivos nomes foram utilizados. Os critérios de inclusão foram: gênero feminino, idade entre 35 e 55 anos, apresentar rugas faciais. Os critérios de não inclusão foram: pessoas do gênero masculino, idade abaixo de 35 e acima de 55 anos, alergia aos produtos, mulheres que não aceitaram divulgar as imagens do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente estudo foi realizado com 10 mulheres que realizaram tratamento de rugas faciais com o uso de corrente galvânica;sendo elas divididas em dois grupos iguais, onde um grupo usava somente corrente galvânica e o outro corrente galvânica com associação do colágeno. Notou-se que o tratamento de corrente galvânica com colágeno obteve um grau maior de satisfação, melhorando a autoestima das participantes. A média de idade geral foi de 46 (± 4,83) anos. Sendo a média de idade do CG 47 (± 4,89) anos e CC 46 (± 5,09) anos. Na escala de satisfação pessoal, ao pré-tratamento obtevese a média geral 4,8 (± 1,54) e pós tratamento 7,9 (± 1,37), como o gráfico 1. Sendo o grupo CG apresentando ao pré tratamento média de 5,6 (± 1,14) e após o tratamento, média 8,4 (± 1,51). O grupo CC apresentou ao pré tratamento média 4 (± 1,58) e pós tratamento média 7,4 (± 1,14). Segundo Esteves (1991 apud BARBOSA e CAMPOS 2013), as linhas de expressão têm enorme importância estética particularmente no sexo feminino, como sinal do desaparecimento da juventude, aumentando a procura de tratamentos, sendo um campo profícuo para o crescimento da fisioterapia dermatofuncional. Enquanto para BARBOSA e CAMPOS (2013), notaram que o uso da corrente galvânica através da técnica de eletrolifting obteve-se um grau de 83,3% de satisfação pessoal e 83,4% relataram que a sensibilidade dolorosa manteve ou diminuiu após o tratamento, enquanto na pesquisa realizada desse trabalho, a sensibilidade dolorosa aumentou de 1,3 para 5 em uma escala de 0 a 10. O fato do resultado da corrente galvânica com a técnica de eletrolifting ter se apresentado mais satisfatório, dá-se devido ao uso de microdermoabrasão, que nada mais é que um peeling mecânico, responsável por estimular a regeneração da pele formando novas fibras de elastina e colágeno. 57

58 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Gráfico 1: Avaliação média total da escala de satisfação pessoal antes e pós tratamento Fonte: Própria autora. Em relação à escala de dor, obteve-se antes do tratamento resultado total de média 1,3 (±0,94), e após, média de dor 5 (± 1,49). Para o grupo CG, pré tratamento a média foi 1,6 (± 0,89) e pós tratamento 5 (± 1,58). Já o grupo CC apresentou média de dor 1 (± 1) pré tratamento e 5 (± 1,58) pós tratamento. Gráfico 2: Média total da escala de dor antes e após tratamento. Fonte: Própria autora. Em resposta a ficha de anamnese, as participantes não faziam uso de medicamento com corticóide, filtro solar, ou realizaram algum tratamento anterior. Apenas uma se encontrava na menopausa. Informaram ter alimentação normal. À inspeção inicial, na maioria verificou rugas estáticas, localizadas ao redor dos olhos, horizontais na fronte, glabelas verticais. 58

59 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original A imagem 01 mostra onde foram realizadas as marcações para aplicação da corrente, sendo horizontalizadas na fronte (a), glabelas verticais (b), ao redor dos olhos (c) e peribucais (d). Na paciente J.K., foi utilizado associado ao tratamento com a corrente o uso de colágeno, na formulação creme gel a 10%. Foi orientado à todas as pacientes fazerem uso de protetor solar após as sessões. Verifica-se as imagens de antes e após aplicação das 10 sessões de estudo, em três vistas: anterior, perfil direito e perfil esquerdo. Imagem 01: Marcações. Paciente J.K. 59

60 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Imagem 02: Paciente J.K Pré e Pós tratamento de CC, respectivamente. Vista anterior. Imagem 03: Paciente J.K Pré e pós tratamento CC, respectivamente. Vista perfil direito. 60

61 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Imagem 04: Paciente J.K Pré e pós tratamento CC, respectivamente. Vista perfil esquerdo. Ao início do tratamento, a paciente informou que uma nota para sua satisfação pessoal era 06 de um escore de 0 a 10, sendo 10 valor máximo. Após tratamento, deu nota 8 para satisfação pessoal. Também respondeu a uma análise de dor, na primeira sessão foi de 01 e na última sessão nota 03, de um escore de 0 a 10, sendo 10 o valor máximo para dor. Na participante M.M., mostram os resultados que foi utilizado somente a aplicação da CG nas regiões necessárias. Também houve orientação ao uso de protetor solar. A pontuação para satisfação pessoal inicial, foi de nota 06 e a nota final foi de 8. Em relação a escala de dor, na primeira sessão deu nota 01 e na última sessão nota 05. Imagem 05: Paciente M.M. Pré e pós tratamento de CG, respectivamente. Vista anterior. 61

62 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Imagem 06: Paciente M.M. Pré e pós tratamento de CG, respectivamente. Vista perfil esquerdo. Imagem 07: Paciente M.M Pré e pós tratamento de CG, respectivamente. Vista perfil direito. CONSIDERAÇÕES FINAIS O grupo participante da pesquisa foi composta por pacientes do sexo feminino, cm idade entre 38 e 54 anos, pois segundo Guirro e Guirro (2004), entre a faixa etária de 45 e 55 anos, aparecem as rugas periorbiculares, frontais e glabelares 62

63 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original Comparando as imagens de ambas pacientes e os dados de ambos grupos, verifica-se uma melhora do aspecto da pele, que resulta da aceleração do metabolismo local que é provocado pelo uso da corrente galvânica. Conforme relatam os estudos de Jackson, Durães e Piazza (s.d.); Malgarezi (2009) e Bragato, Fornazari e Deon (2013). Segundo Guirro (2002), o objetivo da utilização da corrente galvânica no tratamento das linhas de expressão é produzir uma reação inflamatória aguda e estimular a atividade fibroblástica, produzindo síntese de colágeno, reestruturando o tecido lesado. A pele fica sensível conforme se provoca a micro agressão desejada, estimulando os receptores nervosos da face, portanto, conforme foram sendo realizadas as sessões, as pacientes relataram o aumento da dor, corroborando com o estudo de Malgarezi (2009), onde a maioria das pacientes relataram aumento de dor no decorrer das sessões. Na pesquisa de Baena (2003), houve também aumento da dor durante a aplicação do estudo. Apesar do surgimento e aumento da dor durante o tratamento, as pacientes se mostraram satisfeitas ao final do estudo, conforme o estudo aplicado por Jackson, Durães e Piazza (s.d.), os autores dizem que houve melhora no aspecto geral da pele, bem como a suavização de rugas, linhas de expressão e flacidez facial. De acordo com Baena (2003) as linhas de expressão são de enorme importância estética, principalmente para mulheres, como sinal ou selo do desaparecimento da juventude, aumentando a procura de tratamentos, portanto esse aumento na escala de satisfação pessoal é de grande importância. Souza et al (2007), realizaram um levantamento bibliográfico onde afirmaram ser possível o uso do eletrolifting associado ao cosmético, concordando com o presente estudo onde foi utilizado o eletrolifting associado ao colágeno, obtendo resultados satisfatórios. CONCLUSÃO Ao término do estudou, notou-se que houve discreta melhora no quadro clínico das pacientes. Em análise separada dos grupos, verificou-se que o uso de colágeno associado ao tratamento tem efeitos positivos. Ambas relataram melhora na satisfação pessoal, o que está diretamente relacionada à autoestima. Faz-se sugestão de mais estudos sobre o tema abordado, e com maiores tempos de aplicação de estudo. 63

64 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original REFERÊNCIAS AZULAY, D. R. Dermatologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, BAENA EG. A utilização da corrente galvânica (eletrolifting) no tratamento do envelhecimento facial. [Monografia do Curso de Fisioterapia]. Cascavel: UNIOESTE, BARBA, J; RIBEIRO, E.R. Efeito da microdermoabrasão no envelhecimento facial. Revista Inspirar. Vol 1. Num 1. Jun/Jul BARBOSA, Déborah Fischer; CAMPOS, Ludmila Gueterres. Os efeitos da corrente galvânica através da técnica de eletrolifting no tratamento do envelhecimento facial. Movimento & saúde revista inspirar, V.5,n.1, Jan/Fev BRAGATO, P.E; FORNAZARI, L.P; DEON, K.C. Aplicação de eletrolifting em rugas faciais: relato de caso.revista UNIANDRADE 2013; 14(2): CULURA, B.G. Fototerapia e eletrolifting no tratamento de rugas estáticas. V Encontro Cientifico de Simposio de Educação UNISALESIANO GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. Barueri-SP: Manole, GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, Recursos JACKSON, A.E.S; DURÃES, P.B; PIAZZA, F.C.C. Ação da microcorrente no envelhecimento cutâneo. s.d. KEDE, M.P.V; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu LIRA, I.P.S; LIMA, T.F.S. O uso da corrente microgalvânica no tratamento de rugas: uma revisão MALGAREZI, M.B. Um estudo comparativo na aplicação do eletrolifting epicutâneo e subcutâneo no tratamento de rugas faciais. [TCC]. UNESC. Criciúma PIRES, S.F.S. Rugas: Os indicadores da ação facial. Instituto Brasileiro de Linguagem corporal SEELEY, R.R; STEPHENS, T.D; TATE, P. Anatomia e Fisiologia. 6ª Ed., Lusociência. Loures SENA, S.L.R; MEJIA, D.P. Corrente galvânica no tratamento de estrias atróficas. Pós graduação em fisioterapia dermatofuncional. Faculdade Ávila. s.d. SOUZA, S.L.Z; BRAGANHOLO, L.P; ÁVILA, A.C.M, FERREIRA, A.S. Recursos Fisioterapêuticos Utilizados no Tratamento do Envelhecimento Facial. RevFafibe 2007; 3:

65 Revista Científica FACIMED, v5, n1, Jan/Jul ISSN Artigo original SPENCE, A.S. Anatomia Humana Básica. Manole, São Paulo,. Brasil, 4 Ed, TORTORA, G. J. Corpo humano. Fundamentos de anatomia e fisiologia. 4ª Ed., Porto Alegre: Artmed,

66 ISSN ARTIGO ORIGINAL TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA GINÓIDE COM ULTRASSOM TERAPÊUTICO E DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL Lipodystrophy Gynoid Treatment Therapeutic Ultrasound and Manual Lymphatic Drainage CASTRO, Karine de 1 CROVE, Elaine Herculano 2 MOREIRA, Fernando Freitas 3 SILVA, Alessandra Maciel da 4 ARMONDES, Carla Caroline Lenzi 5 SAVI, Vanessa Koppe 6 RESUMO A lipodistrofia ginóide é um problema estético e funcional e até mesmo emocional. Este projeto tem como objetivo verificar a atuação do ultrassom terapêutico e da drenagem linfática manual no tratamento da lipodistrofia ginóide. Participaram desta pesquisa 5 voluntárias, na faixa etária entre 18 e 35 anos. Primeiramente, as voluntárias passaram por uma anamnese e exame físico geral. Os parâmetros escolhidos foram a perimetria da região glútea e superior da coxa e os registros fotográficos. As voluntárias foram submetidas a 20 atendimentos, primeiramente, realizou-se a aplicação do ultrassom, seguida da estimulação dos gânglios linfáticos e depois a drenagem linfática manual. Após a realização da técnica, as voluntárias foram reavaliadas, para a obtenção dos resultados. Constatou-se que houve uma diminuição geral das medidas após os atendimentos. Na região glútea, 20 cm abaixo da CIPS e logo abaixo da prega glútea direita foram as regiões que obtiveram uma diminuição das medidas, sendo de 2,97% (± 0,70) e 3% (± 1,40). Com relação ao grau de acometimento 40% das voluntárias apresentaram redução do mesmo, já 60% das voluntárias apresentaram apenas uma melhora no aspecto visual, não havendo redução no grau de acometimento. Portanto, conclui-se que a atuação do ultrassom e drenagem linfática manual auxilia na melhora do aspecto visual do tecido acometido por esta patologia. Palavras chave: Ultrassom, Lipodistrofia, Drenagem. 1 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED. karinecast18@gmail.com 2 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED. elaineherculano30@gmail.com 3 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED. Freitas124@hotmail.com. 4 Bacharel em Fisioterapia - Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. 5 Docente do curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal- FACIMED. Bacharel em Fisioterapia UNESP. Mestre em Engenharia Biomédica docente do curso de fisioterapia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. cclarmondes@gmail.com 6 Docente do curso de fisioterapia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. vanessa_koppe@hotmail.com Local da realização do trabalho: Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal FACIMED. CACOAL 66

67 ISSN ARTIGO ORIGINAL ABSTRACT The gynoid lipodystrophy is an aesthetic and functional problem and even emotional. This project aims to check the effectiveness of therapeutic ultrasound and manual lymphatic drainage in the treatment of gynoid lipodystrophy. Participated in this research five volunteers, aged between 18 and 35 years. First, the volunteers underwent a medical history and general physical examination. The parameters chosen were perimetry the gluteal and upper thigh and photographic records. The volunteers were subjected to 20 calls, first, took place the application of ultrasound, followed by stimulation of the lymph nodes and then the manual lymphatic drainage. Upon completion of the technique, subjects were re-evaluated to obtain the results. It was found that there was a general decrease of the measures after the consultations. Ventrogluteally 20 cm below the CIPS and just below the right gluteal fold regions which were obtained a reduction of the measures, and 2.97% (± 0.70) and 3% (± 1.40). Regarding the degree of involvement 40% of the volunteers showed a reduction of the same, as 60% of the volunteers had only an improvement in the visual appearance, with no reduction in the degree of involvement. Therefore, it is concluded that the performance of ultrasound and manual lymphatic drainage aids in improving the visual appearance of the tissue affected by this disease. Keywords: ultrasound, lipodystrophy and drainage. INTRODUÇÃO De acordo com Menezes (2009), a maior preocupação estética das mulheres está relacionada à lipodistrofia ginóide, conhecida também como celulite, e que chega a atingir 85-98% das mulheres de todas as raças. A lipodistrofia ginóide recebe outras designações como: fibro edema gelóide, hidrolipodistrofia, infiltração celulítica, paniculopatia edemato fibro esclerótica, lipoesclerose nodular e outros (CORRÊA, 2005). Segundo Mendonça e Rodrigues (2010), a lipodistrofia ginóide (LDG) surge a partir da mudança do tecido gorduroso, dos tecidos conectivos e dos vasos sanguíneos e linfáticos. O estrógeno, hormônio feminino, pode agir nos vasos, aumentando ou diminuindo a irrigação da área. Isso compromete os tecidos, podendo produzir uma reação fibrótica. Essa patologia é considerada multifatorial e pode ser causada por efeitos hormonais, predisposição genética, inatividade física, obesidade, tabagismo, estresse e maus hábitos alimentares (MILANI; JOAO; FARAH, 2006). De acordo com Menezes (2009), a lipodistrofia ginóide pode ser classificada em quatro fases: A fase inicial, onde o processo já está instalado internamente, mas não pode ser visto ou sentido; na segunda, inicia-se a evolução do processo, caracterizada por mudanças estruturais que vão ficando cada vez mais acentuadas; nesse caso, os primeiros sintomas passam a ser visíveis e podem ser sentidos sob palpação, a pele 67

68 ISSN ARTIGO ORIGINAL ganha um aspecto de casca de laranja e com ondulações; já na terceira fase, há presença de nódulos, os sinais são bem visíveis, não necessitando de palpação para serem percebidos, a pele áspera aparenta uma casca de laranja e a pele esta edemaciada, ocorre sensação de perna pesada; na quarta fase, ela é dura e a pele fica lustrosa, cheia de depressões, as pernas ficam inchadas, pesadas, doloridas e a sensação de cansaço está presente, mesmo sem esforço físico. Uns dos tratamentos que apresentam benefícios a essa patologia é o ultrassom terapêutico, devido aos seus efeitos biofísicos específicos já conhecidos, como o aumento da circulação, com consequente neovascularização e relaxamento muscular, efeito mecânico, caracterizado pela micromassagem, o rearranjo e extensibilidade das fibras colágenas e melhora das propriedades mecânicas do tecido, e também por seus efeitos de veiculação de substâncias por fonoforese (MILANI; JOAO; FARAH, 2006). Segundo Cunha (2007), a drenagem linfática manual é de grande importância no tratamento da lipodistrofia ginóide, diante do quadro de estase sanguínea e linfática. Essa técnica consiste em captar o líquido intersticial excedente que originou o edema e evacuá-lo em direção as reservas ganglionares, mantendo, dessa forma, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. O presente trabalho teve como objetivo verificar a atuação do ultrassom terapêutico e da drenagem linfática manual no tratamento da lipodistrofia ginóide. MATERIAIS E MÉTODOS A amostra foi selecionada de maneira aleatória simples, a mesma foi caracterizada por 5 pacientes do sexo feminino, na faixa etária dos 18 aos 35 anos, que residem na cidade de Cacoal RO. Os Critérios de inclusão foi apresentarem LDG na região dos glúteos e superiores das coxas, apresentarem qualquer grau de LDG, e Sedentárias. Os Critérios de não inclusão da pesquisa foram pacientes que apresentaram lesão muscular na região a ser tratada, pacientes que praticantes de atividade física, pacientes em tratamento específico para LDG, mulheres com idade superior á 35 anos, mulheres com idade inferior á 18 anos, mulheres que se recusaram a assinar o TCLE. A pesquisa foi iniciada após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de ciências biomédica de Cacoal RO, com o protocolo de n 892/12 e autorização da clínica onde foi realizado o estudo. Todas as participantes foram 68

69 ISSN ARTIGO ORIGINAL esclarecidas sobre os objetivos do estudo e os procedimentos metodológicos da pesquisa e aquelas que concordaram em participar assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em todas as fichas de avaliação, os indivíduos foram identificados por números visando preservar sua identidade. Foram utilizados os seguintes instrumentos ultrassom terapêutico (KLD Esthétic Avatar) com frequência de 3 MHZ continuo e o tempo de aplicação, mensurado 2 minutos para áreas próximas de 10 cm² para realização do tratamento de lipodistrofia ginóide, Guirro e Guirro (2004). Gel á base de água (carbogel): como via de acoplamento entre o transdutor e a pele. O transdutor foi mantido sempre perpendicular á área tratada e em constante movimentação, para diminuir a energia refletida e refratada. Maca (IMER): para participante ficar em decúbito ventral durante o tratamento. Papel toalha: para higienização das regiões a serem tratadas. Fita métrica plástica (Fitness): para realização da perimetria antes e depois do tratamento com objetivo de comparação. Lápis demográfico: para marcar os pontos anatômicos. Ficha de Avaliação (segundo Borba (2006), que foi adaptada por não apresentar perimetria): para armazenar dados subjetivos e objetivos sobre as participantes. Câmara Digital Fotográfica (OLYMPUS) 12 Megapixels: para registro fotográfico das regiões tratadas na primeira e na última sessão, para verificar os efeitos obtidos. A drenagem linfática manual foi realizada nas coxas e regiões glúteas das voluntarias, utilizando técnicas tradicionais, obedecendo á seguinte ordem: Bombeamento dos linfonodos inguinais e poplíteos, deslizamento simples, deslizamento direcionado, amassamento, bombeamento com deslizamento, deslizamento final e bombeamento final dos linfonodos inguinais e poplíteos, foram realizados cinco repetições de cada movimento. COLETA DE DADOS O procedimento da coleta na primeira sessão foi aplicada a ficha de avaliação da lipodistrofia ginóide que obteve: Identificação; investigação sobre possíveis patologias do sistema circulatório; disfunção hormonal; fraturas não consolidadas; processo inflamatório agudo na articulação; lesão muscular/ tendinosa; espasticidade/ miotonias; alergias a corrente elétrica ou produtos; fumantes; pratica atividades físicas; tipos de alimentação; tratamentos anteriores e resultados; período de aparecimento da celulite 69

70 ISSN ARTIGO ORIGINAL grau e localização; uso de anticoncepcional. O exame físico constou de: inspeção; palpação; teste casca de laranja, teste de preensão e perimetria. A perimetria foi realizada com as voluntárias em posição ortostática, glúteos relaxados e de costa em relação à pessoa que efetuou as medidas. Os pontos anatômicos citados foram marcados com lápis demográfico á 10 cm, 15 cm, 20 cm abaixo da crista ilíaca póstero superior e abaixo da prega glútea direita e esquerda para facilitar a efetuação da perimetria. Foi realizado registro fotográfico das regiões a serem tratadas, em vista posterior, enfatizando-se a região acometida, tiradas a uma distância de 75 cm da participante, a qual permaneceu em posição ortostática com os glúteos relaxados e depois contraídos. Esse registro serviu como base de comparação para a verificação da eficácia do tratamento, permitindo visualizar os resultados obtidos. Esta pesquisa foi realizada na clinica de fisioterapia da Faculdade de ciências biomédica de Cacoal (FACIMED), localizada na Avenida Projetada, 2070, Bairro Jardim Eldorado, Cacoal RO. Os atendimentos foram realizados das 15:25 ás 19:10 horas. Cada participante recebeu 20 atendimentos divididos em 3 sessões por semanas, em dias alternados, num total de 15 atendimentos por semanas, cada sessão teve duração de 45 minutos. O intervalo entre tratamentos sucessivos depende da natureza da lesão, aguda ou crônica. As lesões com caráter agudo devem ser tratadas diariamente e as lesões com caráter crônico, em geral menos severo, poderão ser tratados em dias alternados, duas ou três vezes por semana (FUIRINI; LONGO, 1996). Lima et al. (2006), realizou um trabalho para demonstrar a eficácia da drenagem linfática manual no tratamento de lipodistrófia ginóide, este estudo foi realizado por 15 mulheres com idade entre 18 a 27 anos com duração de 20 sessões. Os resultados foram satisfatórios e obtiveram diminuição nas medidas da perimetria após as sessões de tratamento. Após as 20 sessões as voluntarias foram submetidas á perimetria exatamente sobre os pontos anatômicos citados anteriormente, e os dados obtidos foram comparados ás medidas realizadas no inicio do tratamento. E as voluntarias foram fotografadas novamente para verificação da evolução do tratamento. O grau de acometimento foi avaliado através do aspecto visual fotográficos, antes e depois dos atendimentos. 70

71 ISSN ARTIGO ORIGINAL RESULTADOS De acordo com a ficha de avaliação participaram desta pesquisa 5 voluntárias do sexo feminino. Constatou-se que a faixa etária das participantes variou entre 18 e 24 anos, com uma idade média de 22 (± 2,34) anos. Quanto ao uso de anticoncepcional constatou-se que 3 participantes (60%) faziam uso do mesmo e 2 participantes (40%) não faziam uso deste medicamento, com relação ao uso de cigarro relatou que 100% não faziam uso do mesmo. De acordo com as participantes, 2 relataram (40%) início da LDG na gravidez e 3 das participantes (60%) tiveram início na adolescência. Quanto ao grau da LDG 3 das voluntárias (60%) apresentavam grau 2, 1 das participantes (20%) apresentava grau 1 e a outra apresentava grau 3. Segundo os critérios de inclusão e exclusão dessa pesquisa 100% das participantes não praticavam atividade física. Em relação aos testes realizados antes e depois das avaliações observou-se que: O teste de casca de laranja (consiste em pressionar o tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou entre palmas das mãos. Será positivo se a pele parecer com uma casca de laranja, com aparência rugosa) foi positivo em 100% das participantes tanto antes quanto após o tratamento ,4 103,8 90,6 89,4 96,6 100,8 10cm abaixo CIPS 15cm abaixo CIPS 20cm abaixo CIPS 61,6 59,8 61,8 60,6 abaixo da prega glútea - Direita abaixo da prega glútea - Esquerda Antes Depois GRAFICO 1: Média das variáveis da perimetria das regiões 10cm abaixo CIPS, 15cm abaixo da CIPS, 20cm abaixo da CIPS, abaixo da prega glútea direita e abaixo da prega glútea esquerda realizado antes e após os 20 atendimentos. Fonte: própria autora. O gráfico 1 demonstra as médias de cada região anteriormente e após o tratamento. A região 10 cm abaixo da CIPS, antes do atendimento obteve uma média de 71

72 ISSN ARTIGO ORIGINAL 90,6 (± 3,28) cm e depois do atendimento 89,4 (± 3,78) cm. Já a região 15 cm abaixo da CIPS obteve uma média de 98,4 (± 3,20) cm antes e depois do atendimento 96,6 (± 1,94) cm. Na região 20 cm abaixo da CIPS, antes do atendimento obteve uma média de 103,8 (± 1,92) cm e depois do atendimento 100,8 (± 1,78) cm. Abaixo da prega glútea direita antes do atendimento 61,6 (± 1,14) cm e depois do atendimento 59,8 (± 0,83) cm. Abaixo da prega glútea esquerda obteve uma média 61,8 (± 0,83) cm antes e 60,6 (± 0,89) depois dos atendimentos. Participantes ,38 10cm abaixo CIPS 1,84 15cm abaixo CIPS 2, cm abaixo CIPS abaixo da prega glútea - Direita 1,98 abaixo da prega glútea - Esquerda Participantes GRÁFICO 2: Média em percentual da diminuição das variáveis da perimetria das regiões 10cm abaixo CIPS, 15cm abaixo da CIPS, 20cm abaixo da CIPS, abaixo da prega glútea direita e abaixo da prega glútea esquerda realizado antes e após os 20 atendimentos. Fonte: própria autora. Observa-se que há variação entre as médias de antes e depois, mostram que no geral houve melhora da redução de medidas. Na região 10 cm abaixo da CIPS obteve uma diminuição de 1,38% (± 2,55). Na região 15 cm abaixo da CIPS teve uma redução de 1,84% (± 1,48). Nas regiões de 20 cm abaixo da CIPS e abaixo da prega glútea direita, foram as regiões que apresentaram maior redução de medidas, sendo 2,97% (± 0,70) e 3% (± 1,40) respectivamente. Na prega glútea esquerda apresentou diminuição de 1,98% (± 1,39) conforme ilustra no gráfico 2. De acordo com a avaliação e reavaliação segue abaixo as fotografias do antes e depois dos 20 atendimentos mostrando o resultado maior eficácia e o resultado menor eficácia. 72

73 ISSN ARTIGO ORIGINAL Resultado com maior eficácia: Foto 1: 1 paciente (22 anos) antes das 20 sessões (foto esquerda glúteos relaxados e direita sob contração glútea). Observou-se que antes do tratamento a participante apresentava grau 1 no glúteo esquerdo e grau 2 no glúteo direito e superior das coxas, conforme ilustra à foto 1. Fonte: própria autora. Foto 2: 1 paciente (22 anos) depois das 20 sessões (foto esquerda glúteos relaxados e direita sob contração glútea). Depois das 20 sessões observou-se que o glúteo direito não apresentava mais grau de acometimento da LDG, o glúteo esquerdo e parte superior das coxas evoluíram para grau 1 (foto 2). 73

74 ISSN ARTIGO ORIGINAL Resultado com menor eficácia: Foto 9: 5 paciente (18 anos) antes das 20 sessões (foto esquerda glúteos relaxados e direita sob contração glútea). Observou-se a presença de LDG grau 2 nas regiões glúteas e superior das coxas Fonte: própria autora. Foto 10: 5 paciente (18 anos) depois das 20 sessões (foto esquerda glúteos relaxados e direita sob contração glútea). Fonte: própria autora. Depois das sessões observou que não houve diferença significante do antes e depois do tratamento em comparação aos graus de classificação da LDG. Pode observar que houve uma melhora tecidual onde a pele ficou com um aspecto mais liso. 74

75 ISSN ARTIGO ORIGINAL DISCUSSÃO A justificativa do presente estudo baseia-se na utilização do ultrassom terapêutico associado à drenagem linfática manual, visando reduzir a lipodistrofia ginóide, um problema que atinge um grande número de mulheres causando nestas um quadro patológico e estético indesejável (WEIMANN, 2004). Existem vários fatores que favorecem o aparecimento da lipodistrofia ginóide. Alguns fatores foram analisados e poderiam ter interferido no resultado da pesquisa, como é o caso do anticoncepcional. Segundo Guirro e Guirro (2004) e Borges (2006), por apresentarem hormônios na sua fórmula, podem levar a uma alteração nos adipócitos, e desencadear ainda mais a lipodistrofia ginóide. Como podes se observar nessa pesquisa as participantes (60%) que faziam uso de anticoncepcional (1, 3 e 4 ) obtiveram um bom resultado; as que não faziam uso (2 e 5º) obtiveram resultados distintos, sendo que a 5º participante não apresentou resultado satisfatório, o que vem a contradizer os autores citados acima. Outras variáveis como tabagismo e o exercício físico, também poderiam ter influenciado no resultado. Segundo Fernandes (2003), as substâncias do cigarro determinam espessamento das paredes dos vasos sanguíneos prejudicando a circulação, já deficiente na lipodistrofia ginóide. Em relação à prática de exercícios físicos, 100% das participantes não praticavam atividades físicas, já que essa variável apresentava-se como um critério de exclusão, isso pode ter influenciado nos resultados, segundo Leite (2003) e Pravatto (2007). No presente estudo, não foram averiguados alimentação, posição preferencial adotada durante o dia e tensão pré-menstrual. Estas variáveis segundo os autores citados abaixo tem grande importância no nível de variabilidade dos resultados. De acordo com Guirro e Guirro (2004) e Borges (2006), os hábitos desordenados e abusos na dieta, dão origem com o passar do tempo, a desequilíbrios a nível celular que originam uma reação em cadeia, influenciando diretamente na formação da lipodistrofia ginóide. Para Rossi (2001), a posição preferencial adotada durante o dia, como a postura sentada por período prolongado, pode comprimir as cadeias ganglionares da região 75

76 ISSN ARTIGO ORIGINAL poplítea e inguíno - crural e agravar o quadro de lipodistrofia ginóide, devido à resistência oferecida à circulação de retorno veno-linfático. Oenning e Braz (2002) realizaram uma pesquisa do tratamento de lipodistrofia ginóide associado ao ultrassom e observaram que no período pré-menstrual e menstrual, houve piora no quadro de lipodistrofia ginóide. Deve-se ressaltar que a perimetria realizada neste estudo não foi utilizada para identificar a lipodistrofia ginóide ou classificá-la, mas como uma medida complementar e indireta na avaliação, pois o aumento na circunferência da região glútea poderia estar relacionada com o ganho de peso e este com a lipodistrofia ginóide. Observou-se que todas as participantes tiveram diminuição da perimetria em alguma região que foi mensurada. Sabendo que a lipodistrófia ginóide é uma patologia multifatorial que causa complicações estéticas, funcionais e sociais, o presente estudo mostra á população que o tratamento de lipodistrofia ginóide apresenta bons resultados, porém é de grande valia uma abordagem multiprofissional do distúrbio para obtenção de resultados mais satisfatórios. Conforme afirma Milani, João e Farah (2006) e Guirro e Guirro (2004). Com os resultados obtidos nesta pesquisa pode-se observar que o tratamento isolado de lipodistrofia ginoide não levaria a resultados satisfatórios. Visto que nesta pesquisa foi utilizado ultrassom associado com drenagem linfática, e os resultados foram bons, onde 2 participantes obteve redução do grau de acometimento e 3 participantes não apresentaram redução do grau de acometimento, mais apresentaram redução da perimetria e uma melhora do aspecto visual tecidual. Os resultados poderiam ser satisfatórios se o tratamento fosse acompanhado com adoção de medidas alimentares equilibradas e com a prática de atividades físicas. Isso vem a confrontar com as pesquisas realizadas por Lima et al. (2006) e Pieri e Brongholi (2003), Lima et al. (2006), realizou um trabalho para demonstrar a eficácia da drenagem linfática manual no tratamento de lipodistrófia ginóide, este estudo foi realizado por 15 mulheres com idade entre 18 a 27 anos com duração de 20 sessões. Os resultados foram satisfatórios e obtiveram diminuição nas medidas da perimetria após as sessões de tratamento. O presente estudo esta de acordo com a pesquisa de Marcant (2007), onde 10 mulheres que foram submetidas a 10 sessões, apresentaram resultados satisfatórios, na qual todas as participantes obtiveram redução das medidas mensuradas e duas 76

77 ISSN ARTIGO ORIGINAL participantes apresentaram redução do grau de acometimento da LDG. Demonstrando que a associação da drenagem linfática com o ultrassom é eficaz no tratamento de lipodistrófia ginóide. O ultrassom melhora a circulação, favorece as trocas metabólicas e evita fibroses como o aspecto da casca de laranja, também faz com que ocorra a quebra das moléculas de gordura. A drenagem linfática manual auxilia na eliminação desses líquidos e toxinas, através da corrente linfática, fazendo com que essas impurezas sejam excretadas (BORGES, 2006). Em relação à classificação da lipodistrofia ginóide, de acordo com o estágio encontrado, analisando-se, isoladamente, os glúteos e a parte superior das coxas, que foram submetidos à terapia, observou-se, da primeira para a segunda avaliação, uma melhora no aspecto visual tecidual da pele, com consequente redução do grau de acometimento. A avaliação realizada após as 20 sessões, verificou que as participantes 3, 4 e 5 (60%) não apresentaram decréscimo do grau de acometimento da LDG, a 1 e 2 participantes (40%) obtiveram decréscimos do grau de acometimento. Segundo Pravatto (2007), não foram encontrados estudos científicos que comprovem o número mínimo eficaz de sessões de ultrassom associado á drenagem linfática manual no tratamento da lipodistrofia ginóide. Por fim, a lipodistrofia ginóide não pode ser tratada isoladamente é preciso buscar a saúde da paciente em todos os seus aspectos, ou seja, o sistema muscular e a gordura localizada também dever ser abordadas para devolver ou manter a harmonia corporal. Isto pode ser obtido através da adoção de medidas alimentares equilibradas e com a prática de atividades físicas (GUIRRO; GUIRRO 2004). CONCLUSÃO Com os resultados obtidos através deste estudo, conclui-se que a atuação do ultrassom terapêutico na frequência de 3 MHZ, modo continuo, associado à drenagem linfática manual no tratamento de lipodistrofia ginóide, auxilia na melhora das depressões teciduais, aspecto geral da pele e diminuição das medidas. Apesar da notável melhora no aspecto visual da pele, constatou-se que os números de sessões não foram suficientes para todas as participantes, já que as mesmas 77

78 ISSN ARTIGO ORIGINAL possuíam diferentes graus de acometimento da lipodistrofia ginóide. Uma boa alimentação e a prática regular de exercícios físicos poderiam complementar o tratamento. O presente estudo mostra à população que esse tratamento funciona, porém é de grande valia uma abordagem multiprofissional do distúrbio. Sendo assim, sugere-se novos estudos sobre o assunto, com maior número de sessões e com mudança no estilo de vida das pacientes para a obtenção de melhores resultados. REFERÊNCIA BORBA, P. F. Análise da eficácia da corrente russa na redução do fibro edema gelóide. Disponível em: eficacia_da_corrente_na_reducao_do_fibro_edema_geloide.pdf. Acesso em: 22/07/2011. BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, CORRÊA, M. B. Efeitos obtidos com a aplicação do ultrassom associado à fonoforese no tratamento do fibroedema gelóide. Disponível em: Acesso em: 04/07/2011. CUNHA, S. E. et al. Intervenção fisioterapêutica no tratamento do fibro edema gelóide. Disponível em: fisioterapia/alternativa/geloide_eline.htm. Acesso em: 04/03/13. FERNANDES, P.V. Fisioterapia no tratamento da celulite. Disponível em: < Acesso em: 10/05/11. FUIRINI, N. J.; LONGO, G. J. Ultrassom. Amparo: KLD Biossistemas equipamentos eletrônicos Ltda, GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermato funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. rev. e ampliada. Barueri, SP: Manole, LEITE, R. G. Fisioterapia Dermato Funcional uma área em observação. Disponível em: Acesso em: 02/01/13. LIMA, F. W. et al. A eficácia da drenagem linfática manual para o tratamento do fibro edema gelóide (celulite). Disponível em: /INIC_2006/inic/inic/03/INIC ok.pdf. Acesso em: 03/03/13. MARCANT, M. S. Análise da associação das técnicas de drenagem linfática manual e aplicação de ultrassom 3 mhz no tratamento do fibro edema gelóide. Disponível em: 78

79 ISSN ARTIGO ORIGINAL Acesso em: 04/03/13. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, MENDONÇA, R. S. C.; RODRIGUES, G. B. O. As principais alterações dermatológicas em pacientes obesos. Disponível em: Com.br/frame.jsp?url= Acesso em: 01/07/2011. MENEZES, R. C. Ultrassom no tratamento do fibro edema gelóide. Disponível em: page=11. Acesso em: MILANI, G. B.; JOÂO, S. M. A.; FARAH, E. A. Fundamentos da fisioterapia dermato-funcional: revisão de literatura. Disponível em: /revista/rfp/fpv13n1.pdf#page=37. Acesso em: 04/07/2011. OENNING, E. P.; BRAZ M. M. Efeitos obtidos com a aplicação do ultrassom no tratamento do fibro edema geloide feg (celulite). Disponível em: Acesso em: 07/07/2011. PIERI, P. P.; BRONGHOLI, K. A utilização da drenagem linfática manual no tratamento do fibro edema gelóide. Disponível em: /Tccs/03b/patricia/artigopatrciapaolapieri.pdf. Acesso em: 23/03/13. PRAVATTO, M. Efeitos do ultrassom terapêutico 3mhz associado à Endermoterapia no tratamento do fibro edema gelóide e da gordura localizada. Disponível em: Acesso em: 03/01/13. ROSSI, M.H. Dermato Paniculopatias e Ultrassom. Material do IBRAPE WEIMANN, L. Análise da eficácia do ultrassom terapêutico na redução do fibro edema gelóide. Disponível em: DO-ULTRA-SOM-TERAPEUTICO-NA. Acesso em: 03/01/13. 79

80 ISSN ARTIGO ORIGINAL A INCAPACIDADE FUNCIONAL NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DO BAIRRO JARDIM CLODOALDO NO MUNICÍPIO DE CACOAL/RO The FUNCTIONAL DISABILITY IN THE QUALITY OF LIFE IN GARDEN CLODOALDO NEIGHBORHOOD IN ELDERLY Cacoal / RO RESUMO Edilucia Viana de Souza Savegnago 1 Denise Nascimento Pereira 2 Edson Batista dos Santos 3 Wagner Itiro Sekigami 4 Juvenil Gomes Pessoa 5 Carla Caroline Lenzi Armondes 6 O presente estudo teve como objetivo analisar se a Incapacidade Funcional (IF) interfere na Qualidade de Vida (QV) de idosos do Bairro Jardim Clodoaldo no Município de Cacoal, RO. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, transversal e descritiva. Participaram da pesquisa 52 idosos com idade média de 79,02 ± 6,14 anos, respondendo quatro questionários, sociodemográficos, utilizando escala de Lawton e Brody, a escala de Katz, questionário whoqol- bref. De acordo com os resultados, a maior frequência de idosos é do sexo feminino: 51,92% da amostra; de todos os participantes, 92,31% não estavam acamados e 69,23% não realizavam atividades físicas. Quanto à escala Brody, 20,91% dos idosos relataram não conseguir realizar os oitos domínios avaliados; 30,90% afirmaram realizar (AIVD) com ajuda total de maneira dependente, enquanto que 39,18%, afirmaram realizar suas atividades instrumentais da vida diárias sem ajuda. Quanto à escala Katz, a maioria, 84,29%, consegue realizar AVD. Na escala Whoqolbref, 48,1% afirmaram ter uma boa qualidade de vida. Sendo assim, conclui-se que, por meio do que foi observado e analisado com melhor desempenho nas escalas de (AVD) e por meio do questionário whoqol-bref 2º classe, a incapacidade funcional (IF) não interfere na qualidade de vida dos 52 idosos participantes da pesquisa. Palavras-Chave: Idoso; qualidade de vida; incapacidade. 1 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED. edilucia.v.s.s@hotmail.com 2 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED. desao2011@hotmail.com 3 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED. fisioterapiaedson@gmail.com 4 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED. Wagner_itiro@hotmail.com 5 Acadêmico do Curso de Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED. juvenilgomespessoa@hotmail.com 6 Coorientadora: Carla Caroline Lenzi Armondes. cclarmondes@gmail.com. 80

81 ISSN ARTIGO ORIGINAL Summary This study aimed to analyze the Functional Disability (IF) interferes with quality of life (QOL) in Elderly Neighborhood Clodoaldo Garden in the city of Cacoal, RO. This is an epidemiological study, cross-sectional, descriptive, participated in the study 52 seniors with an average age (± 6.14), to answer four questionnaires, and these demographic questionnaire, Lawton and Brody scale, the scale of Katz questionnaire WHOQOL bref. According to the results most often elderly è female (51.92%) of the sample; of all participants 92.31% were not bedridden and 69.23% did not perform physical activities. As the scale Brody (20.91%) of the elderly who reported not accomplish the eight evaluated areas; (30.90%) reported receiving (AIVD) with total aid-dependent manner, while (39.18%) responded that performs instrumental activities of daily living without help. As the Katz scale, most 84.29% can perform ADLs. In Whoqol-BREF scale, 48.1% said they had a good quality of life. Therefore, it is concluded that through what was observed and analyzed with better performance on scales (AVD) and through the WHOQOL-BREF 2nd class questionnaire that functional disability (IF) does not affect the quality of life of 52 elderly participants research. Keywords: Elderly; quality of life; inability. INTRODUÇÃO A etapa da vida caracterizada como senilidade, com suas peculiaridades, só pode ser compreendida a partir da relação que se estabelece entre os diferentes aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Essa interação institui-se de acordo com as condições da cultura na qual o indivíduo está inserido. Condições históricas, políticas, econômicas, geográficas e culturais produzem diferentes representações sociais da senilidade e também do idoso (SCHNEIDER, 2008). O processo de envelhecimento acarreta uma série de mudanças, tanto morfológicas quanto funcionais. Tais mudanças diminuem a capacidade individual para enfrentar a demanda necessária para à manutenção de uma vida saudável, particularmente em situações nas quais há uma diminuição na reserva funcional, como, por exemplo, em condições de doença, de crise ou de perdas (FLÓ, 2013). De acordo com Perracini (2013), Há incapacidade e dificuldade para executar atividades em qualquer âmbito da vida, desde atividades básicas, como a higiene, até atividades de lazer; e não como uma característica pessoal, mesmo que ainda a considerem como uma lacuna entre a capacidade pessoal e a demanda exigida pelo ambiente. 81

82 ISSN ARTIGO ORIGINAL Os estudos têm demonstrado que as mulheres não desenvolvem incapacidade funcional com maior frequência do que os homens, mas sobrevivem mais tempo do que eles com as suas limitações. Este fato pode ser explicado, segundo Parahyba (2006), pelo menos em parte, devido à diferença nas doenças associadas aos homens e às mulheres que relatam incapacidade, e por fatores comportamentais, que assinalam uma maior procura das mulheres por serviços de saúde do que dos homens, indicativo de uma provável maior percepção quanto aos problemas de saúde por parte delas. Conforme Parahyba (2006) apontou, as mulheres declararam incapacidade funcional em maior proporção do que os homens. Observa-se, também, o caráter progressivo da incapacidade funcional entre os idosos em relação ao aumento da idade. Para tanto, há evidência de redução no declínio funcional da população idosa, o que aponta na direção de uma população mais saudável. Um fator importante para esse declínio pode estar relacionado a uma maior universalização do acesso aos serviços públicos de saúde e à melhoria no tratamento médico, no que diz respeito à tecnologia. Outros fatores, como o aumento dos níveis de escolaridade da população, que vem ocorrendo há algumas décadas, e mudanças comportamentais em relação a hábitos alimentares, também são importantes. Assim, de acordo com as informações do diagnóstico, associadasà informação sobre funcionalidade em qualidade de vida do idoso por meio da pesquisa, possibilita-se uma visão ampla e significativa do estado de saúde da pessoa acima de 70 anos, facilitando dessa forma, a decisão sobre o tipo de intervenção que os necessita (FLÓ, 2013). Fallowfield (1990), em sua importante revisão sobre qualidade de vida, cita Shakespeare para mostrar a importância de se estudar a qualidade de vida de idosos. Apesar do quadro desanimador, por meio do qual o dramaturgo inglês descreve a velhice, a situação pode ser ainda pior, pois Shakespeare se deteve, apenas, na deterioração física. Para muitos idosos poderíamos também acrescentar: sem autoestima, sem eficácia pessoal, sem amor, sem companhia, sem suporte social. Todos, mesmo os mais independentes, precisamos de afeto, de sermos amados, cuidados, estimados e valorizados e de termos a sensação de estarmos ligados a uma rede de comunicação e de obrigações mútuas. Sem estes suportes, muitos idosos experimentam impotência psicológica, levando a um estado de abandono e desesperança FALLOWFIELD (1990). Todo idoso é um ser de seu espaço e de seu tempo, sendo esse um resultado do seu processo de desenvolvimento, do seu curso de vida. Descobrindo suas próprias 82

83 ISSN ARTIGO ORIGINAL forças e possibilidades, estabelece a conexão com as forças dos demais, cria suas forças de organização e empenha-se em lutas mais amplas, transformando-as em força social e política (SANTOS, 2010). Para Toscano (2009), o conceito de qualidade de vida tem que ser compreendido como influenciado por todas as dimensões da vida, incluindo, mas não limitando, a existência ou não de morbidades. Um estilo de vida saudável está associado ao incremento da prática de atividades físicas, sejam elas realizadas no âmbito do trabalho, da locomoção, do lazer ou das atividades domésticas. Como consequência, melhores padrões de saúde e qualidade de vida. A funcionalidade é um dos atributos fundamentais do envelhecimento humano, pois trata da interação entre as capacidades físicas e psicocognitiva para a realização de atividades no cotidiano e as condições de saúde. Tal interação é medida pelas habilidades e competências desenvolvidas ao longo do curso de vida (PERRACINI, 2013). Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi analisar se a Incapacidade Funcional interfere na qualidade de vida de idosos do bairro jardim Clodoaldo do município de Cacoal/RO. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi realizado de acordo com todas as diretrizes do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sendo aprovado pelo parecer Os idosos que aceitaram participar da pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, atendendo às orientações da resolução 196/96 do CNS, de 10/10/96. A coleta foi realizada no período de janeiro a março de Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, transversal, quantitativa e descritiva. A pesquisa foi realizada no perímetro urbano no bairro Jardim Clodoaldo, no município de Cacoal/RO, com visitas aos domicílios dos idosos ali residentes.a população do estudo foi composta por 52 idosos de ambos os sexos, acima de 70 anos, cadastrados na unidade de saúde do referido bairro. Quanto aos critérios de inclusão, foi escolha dos próprios indivíduos participar da pesquisa, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Era necessário possuírem capacidade de responderem ao questionário de qualidade de vida ou a entrevista estruturada e precisavam ter acima de 70 anos. 83

84 ISSN ARTIGO ORIGINAL Para a realização da pesquisa foi explicado o termo de consentimento livre e esclarecido e o termo de participação da pessoa como sujeito. Em seguida, foi feito o preenchimento do questionário sociodemográfico. COLETAS DOS DADOS Os dados foram colhidos dentro da residência dos idosos que aceitaram participar do estudo. O instrumento da pesquisa foi constituído por quatro partes. A primeira parte foi representada por dados sociodemográfico como: nome, idade, sexo, se está acamado, se faz atividade física. A segunda parte foi constituída pela escala de Lawton e Brody,utilizada desde 1969, com oito questões para avaliar o nível de independência no que se refere à realização das Atividades Instrumentais da Vida Diária AIVD. As AIVD avaliadas foram: uso de telefone, fazer compras, preparar refeições, realizar tarefas domésticas como arrumar a casa e pequenos reparos manuais, usar meio de transporte, manejar medicações e dinheiro. Os itens da escala Lawton e Brody são classificados quanto à necessidade de ajuda, quanto à qualidade de execução e quanto à iniciativa, variando a valoração de 1 a 3. O valor1 representa a necessidade de ajuda total dependência para a realização das atividades; o valor 2 representa que o idoso precisa de alguma ajuda e o valor 3 representa total independência para a função. Essa avaliação é baseada no que realmente o paciente faz no seu dia a dia e não na habilidade em que teria para fazê-lo. O idoso que não faz a atividade por opção, por fatores ambientais, ou por papéis sociais é considerado dependente. A terceira parte tratou-se do índice de Katz, no qual se avaliou as habilidades de manutenção de 6 atividades de vida diária, de cunho fisiológico hierarquicamente, de funções mais complexas para funções mais simples, tais como tomar banho, vestir-se, fazer higiene pessoal, realizar transferência, apresentar continência e alimentar-se. Na escala modificada, cada tarefa recebe o escore independente (1 ponto) ou dependente (0), que são somados para denotar o grau de dependência, sendo bastante utilizado para pacientes institucionalizados. O escore máximo de (6 pontos) denota independência para Atividade da Vida Diária (AVD), o intermediário (4 pontos) mostra dependência parcial ou déficit moderado e o mínimo (2 pontos) denota dependência 84

85 ISSN ARTIGO ORIGINAL importante ou déficit acentuado, enquanto que a ausência de pontos demonstra total dependência. A quarta parte do instrumento foi representada pelo questionário de (whoqolbref). Composto por 26 questões, duas delas sobre qualidade de vida no âmbito geral e 24 representantes de cada uma das 24 facetas que compõem o instrumento original. Compreende quatro domínios da qualidade de vida, cada um como objetivo de analisar, respectivamente: a capacidade física, o bem-estar psicológico, as relações sociais e o meio-ambiente onde o indivíduo está inserido (referente a como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida) com respostas valorando de 1 a 5 pontos, divididos em cinco facetas, cada faceta composta por cinco itens, gerando então um escore que varia de 5 a 25 pontos. Os escores das 5 facetas, combinados com a resposta aos 26 itens, geram também, um escore overall (total). RESULTADOS Considerando que o Bairro Jardim Clodoaldo é o bairro com maior contingente de idosos, segundo o censo de 2010 (IBGE 2010), interessa saber como é o perfil desses idosos cacoalenses. De acordo com os resultados coletados, há maior frequência de idosos do sexo feminino: 51,92% são mulheres e 48,08% são homens. A porcentagem de acamados 7,69% é bem menor que a de não acamados, 92,31%.A minoria, 30,77%, faz atividades físicas, enquanto que69,23% não as fazem. Para chegar a esses resultados foram pesquisados 52 idosos com idade média de 79,02 ± 6,14 anos, todos aposentados, como mostra o gráfico abaixo: 85

86 ISSN ARTIGO ORIGINAL 120,00% Percentuais por categoria 100,00% 80,00% 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% Gráfico 1. Questionário sociodemográfico dos 52 participantes do estudo, demonstrativo do percentual por categorias. Verificou-se na escala Brody que 20,91% dos idosos relataram não conseguir realizar as atividades instrumentais da vida diária (AIVD); 30,90% afirmaram realizar (AIVD), enquanto que 39,18%, disseram realizar suas atividades diárias sem ajuda. Ainda, verificou-se pela tabela estatística das 416 respostas, respostas médias de 2,18 ± 0,754, limite abaixo de 2,1, limite acima de 2,26 e intervalo de confiança de 95%, como mostra a tabela abaixo: Frequência Percentual % Percentual válido % Percentual acumulado % Não consegue 87 20,9 20,9 20,9 Com ajuda ,9 39,9 60,8 total Sem ajuda ,2 39,2 39,2 Total ,0 100,0 100,0 Tabela 1.Escala de atividades instrumentais da vida diária Lawton e Brody Por meio dos resultados obtidos na escala Katz de acordo com o gráfico 2, verificou-se que, de um total de 263 idosos, que a maioria, 84,29%, dos idosos 86

87 ISSN ARTIGO ORIGINAL respondeu afirmativamente, enquanto, que 15,71%, responderam negativamente ao fato de conseguirem realizar AVD. Avaliando as habilidades de manutenção de 6 atividades da vida diária, 312 entrevistados responderam entre sim ou não, com média de 1,16 ± 0,364, limite abaixo de 1,12 e limite acima de 1,20, com intervalo de confiança de 95%, como mostra o referido gráfico: Gráfico 2. Escala Katz: Atividade Básica de Vida Diária Ao analisar tabela 2 escala Whogol-bref 2º classe das 26 questões do questionário, percebeu-se que 3,8% dos 52 idosos consideraram que a sua qualidade de vida é muito ruim; já 2,9% relataram ser ruim, 44,2% não consideraram ruim, nem boa; e a maioria dos idosos, 48,1%, consideraram sua qualidade de vida boa; apenas 1% relatou ser muito boa. Observou-se 104 respostas, com média de 3,39 ± 0,743, limite abaixo de 3,25, limite acima de 3,54 e intervalo de confiança de 95%, como mostra a tabela abaixo: Frequência Percentual % Percentual válido % Percentual acumulado % Muito ruim 4 3,8 3,8 3,8 Ruim 3 2,9 2,9 6,7 Nem ruim e 46 44,2 44,2 51,0 nem boa Boa 50 48,1 48,1 48,1 Muito boa 1 1,0 1,0 1,0 Total ,0 100,0 100,0 87

88 ISSN ARTIGO ORIGINAL Tabela 2.Whoqol-bref 2º classe: avaliação da qualidade de vida dos idosos DISCUSSÃO A partir dos resultados coletados na pesquisa, a escala sociodemográfica demonstrou que, dos idosos avaliados quanto à ocupação, 100% eram aposentados, indo de encontro ao estudo de Cunha et al. (2011), no qual apenas 46,90% eram aposentados, 41,40% trabalhavam como domésticas e 11,70% exerciam outras profissões. Os resultados corroboram com o mesmo estudo quanto ao sexo, predominando o feminino: 79,70% no estudo de Cunha e 51,92% no presente estudo. Da mesma forma, no estudo de Pereira et al. (2006), observou-se a predominância do sexo feminino:51,70% contra 48,30% do sexo masculino valores muito próximo dos verificados aqui. Neste estudo observou-se média de idade de 79,02 anos, sendo que fazem atividades física 30,77% dos participantes fazem atividades físicas, corroborando com o estudo de Paskulinet al. (2007), que obteve média de 71,30 anos com 51,40% dos entrevistados praticando algum tipo de atividade física, mais comumente a caminhada. Cunha et al. (2011) observou, em sua pesquisa, que apenas 22,4% dos entrevistados praticavam atividade física. Foi observado que 15,71% dos entrevistados apresentavam incapacidade para as AVD e 60,8% para as AIVD, diferentemente do estudo de Ducaet al. (2009), que encontrou maior incapacidade para atividades básicas (26,8%) e menor incapacidade para atividades instrumentais (28,8%). Giacominget al. (2008) observou quanto à incapacidade funcional, que 84% idosos eram totalmente independentes nas seis AVD consideradas, 8% apresentavam alguma dificuldade para realizar pelo menos uma AVD e 8% eram totalmente incapazes para fazê-las. Resultado semelhante foi obtido nesta pesquisa: 84,29% mostraram-se independentes e 15,71% mostraram-se dependentes para as AVD. O estudo de LOURENÇO (2012) por sua vez mostrou que 57,9% dos idosos eram independentes e 42,1% os que apresentavam algum grau de dependência para as AVD. Como foi observado na escala de Lawton e Brody com relação à capacidade de realizar as AIVD, 39,18% apresentavam independência, 39,9% apresentavam dependência parcial e 20,91% dos idosos eram completamente dependentes. Tais 88

89 ISSN ARTIGO ORIGINAL resultados diferem do estudo de LOURENÇO (2012), que identificou 27,4% como independentes, 68,4% com dependência parcial e 4,2% com dependência total. De acordo com os resultados de Miranzinet al. (2008) quanto à autopercepção da saúde,menos de 1% considerou-a muito boa, 36,67% consideraram-na boa, 46,67% consideraram-na nem ruim e nem boa, 13,33% consideraram-na ruim e 3,33%consideraram-na muito ruim, corroborando com os resultados desta pesquisa. A mesma mostrou que apenas 1% dos idosos relatou-há como muito boa, 48,1% relataram-na como boa, 44,2% dos entrevistados relataram-na como nem como ruim e nem como boa, 2,9% relataram-na como ruim e 3,8% relataram-na como muito ruim. A partir da escala Whoqol-bref 2º classe, observou-se que 3,8% dos idosos consideraram muito ruim sua qualidade de vida e mostraram-se satisfeito com sua saúde,2,9% já consideraram-na ruim, 44,2% consideraram-na nem ruim e nem boa,48,1% consideraram-na boa e apenas 1%considerou-a muito boa. Então, compreende-se que a incapacidade funcional não interfere na qualidade de vida dos idosos. Percebe-se que a maioria dos entrevistados está satisfeito tanto com sua qualidade de vida, quanto com seu estado de saúde. O progresso da idade cronológica, aliado ao próprio processo de envelhecimento, se se relaciona diretamente com os maiores níveis de incapacidade funcional, fato bem descrito na literatura. Em recente publicação da OMS focalizando o envelhecimento populacional, busca-se orientar para uma longevidade ativa, com base na tríade participação, saúde e segurança (SERBIM, 2011). Os resultados da pesquisa epidemiológica realizada no Bairro Jardim Clodoaldo vai de encontro ao conceito de Vecchia (2005) sobre a compreensão do que vem a ser qualidade de vida para os idosos, apontando diversos fatores que influenciam na qualidade de vida. São eles: relacionamentos interpessoais, boa saúde física e mental, bens materiais, casa, carro, salário, acesso a serviços de saúde, lazer, trabalho, espiritualidade, honestidade, solidariedade, educação ao longo da vida e ambiente favorável, sem poluição e sem violência. Para Neri (2003), a expectativa de vida tem aumentado em todo o mundo, e viver mais e com qualidade tornou-se um desafio. Em seus estudos, apresentou inúmeras variáveis relacionadas a esse tema, tratando-os como indicadores de bem-estar na velhice:a longevidade, a saúde biológica, a saúde mental, a satisfação, o controle cognitivo, a competência social, a produtividade, a atividade, a eficácia cognitiva, o 89

90 ISSN ARTIGO ORIGINAL status social, a renda, a continuidade de relações informais em grupos primários e a rede de amigos. Quanto às atividades físicas, o presente estudo mostrou que apenas 30,77% dos idosos a praticam, enquanto que 69,23% não a praticam. No entanto, a manutenção e a preservação da capacidade para desempenhar as atividades básicas de vida diária são pontos básicos para prolongar por maior tempo possível a independência. Com isso, os idosos melhoram sua qualidade de vida por essa estar relacionada à capacidade de desenvolver atividades cotidianas ou atividades agradáveis (TOSCANO, 2009). A funcionalidade na velhice é influenciada pelo processo de envelhecimento fisiológico, por características de gênero, idade, classe social, renda, escolaridade, condições de saúde, cognição, ambiente, história de vida e por recursos de personalidade. A funcionalidade relacionada ao envelhecimento bem sucedido está associada a maiores níveis de satisfação e bem estar subjetivo, maior senso de autoeficácia e controle pessoal, a maior rede de relações sociais, melhor saúde e independência física e mental, e a um envolvimento mais ativo com a vida, a despeito da presença de doenças crônicas (PERRACINI, 2013). Na escala Brody, verificou-se que 20,91% dos idosos relataram não consegue realizar os oitos domínios avaliadores, 30,90% afirmaram realizar (AIVD) com ajuda total de maneira dependente, enquanto que 39,18%, afirmaram realizar suas atividades diárias sem ajuda. Então, dessa forma, percebeu-se que as atividades instrumentais de vida tais como: Usar telefone sozinho; fazer compras; usar os meios de transportes; preparar sua própria refeição; arrumar a casa; fazer pequenos serviços domésticos; tomar seu remédio na hora certa e a dose correta e cuidar do seu dinheiro (FLÓ, 2013). Ainda na escala de Brody, dentre as atividades de autocuidado, a menor proporção de independência foi observada para o controle das funções quanto a usar o telefone, fazer compras, usar meios de transportes, preparar refeições,ter controle financeiro, tomar seu remédio na hora certa e a dose correta e cuidar do seu dinheiro (20,91%). Já a maioria dos entrevistados declararam-se menos independentes para realizar todas as atividades (39,18%). A capacidade de o indivíduo realizar suas atividades físicas e mentais, necessárias para a manutenção de suas atividades básicas e instrumentais, ou seja, como, tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se, manter a continência, preparar refeições, ter controle financeiro, tomar remédios, arrumar a casa, 90

91 ISSN ARTIGO ORIGINAL fazer compras, usar transporte coletivo, usar telefone e caminhar certa distância, é definida como capacidade funcional, afirma (PARAHYBA, 2006). Notou-se, por meio da pesquisa epidemiológica, que, apesar da idade média de79,02 ± 6,14 anos, os idosos conseguem realizar suas atividades instrumentais de forma independente. De acordo com Perracini (2013), a recuperação e a manutenção da capacidade funcional têm importantes implicações para uma boa qualidade de vida na velhice, possibilitando o engajamento em atividades significativas até idades mais avançadas. A funcionalidade é um dos atributos fundamentais do envelhecimento humano, pois trata da interação entre as capacidades físicas e psicocognitivas para a realização de atividades cotidianas e as condições de saúde. Tal interação é medida pelas habilidades e competências desenvolvidas ao longo do curso de vida (PERRACINI, 2013). CONCLUSÃO O objetivo deste estudo foi verificar se a incapacidade funcional interfere na qualidade de vida de idosos, podendo-se concluir,por meio do que foi observado, que a incapacidade funcional (IF) não interfere na qualidade de vida dos 52 idosos entrevistados.pode-se observar que a maioria desses idosos tem qualidade de vida e a sua capacidade funcional preservada. Pode-se destacar que há com o presente estudo que, há ainda poucos achados científicos sobre este tema abordado na localidade estudada, assim também como no município de Cacoal RO, havendo a necessidade de que mais estudos sobre o tema sejam desenvolvidos, na tentativa de melhor analisá-lo. REFERÊNCIAS CUNHA, Lorena Lourenço; MAYRINK, Wildete Carvalho. Influência da dor crônica na qualidade de vida em idosos. Rev. Dor, v. 12, n. 2, p , Centro Universitário do Maranhão, São Luís, MA, Brasil Disponível em:< Acesso em 07/12/2015. DEL DUCA, Giovâni Firpo; SILVA, Marcelo Cozzensa da; HALLAL, Pedro Curi. Incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais da vida diária em idosos. Rev Saúde Pública, v. 43, n. 5, p ,Universidade Federal de Pelotas 91

92 ISSN ARTIGO ORIGINAL (UFPel). Pelotas, RS, Brasil Disponível em:< em 06/12/205. FLÓ, M.C. Funcionalidade e Envelhecimento. Rio de Janeiro,Guanabara Koogan, 2013.Disponível em: < em 27/10/2015. GIACOMIN, Karla C. et al. Estudo de base populacional dos fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad Saúde Pública, v. 24, n. 6, p , Disponível em: < em 09/12/2015. LOURENÇO, Tânia Maria. Capacidade funcional do idoso longevo admitido em unidades de internação hospitalar na Cidade de Curitiba-PR. Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Disponível em: < em 07/12/2015. MIRANZI, Sybelle de Souza Castro et al. Qualidade de vida de indivíduos com diabetes mellitus e hipertensão acompanhados por uma equipe de saúde da família. Texto and Contexto Enfermagem, v. 17, n. 4, p. 672,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil Disponível em:< Acesso em 08/12/2015. NERI, AL.Qualidade de vida e idade madura.campinas:papirus, PARRACINI, M. R.; NERI, A. L. Tarefas de cuidar: com a palavra, mulheres cuidadoras de idosos de alta dependência. In: NERI, A. L. et al. Cuidar de idosos no contexto familiar: questões psicológicas e sociais. São Paulo: Alínea, PARAHYBA, M. I. ; SIMOES, C. C. S.A prevalência de incapacidade funcional em idosos no Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, dez Disponível em: < Php?script=sci_arttext&pid=S &lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 19/10/2015. PASKULIN, Lisiane MG; VIANNA, Lucila AC. Perfil sociodemográfico e condições de saúde auto-referidas de idosos de Porto Alegre. Rev Saúde Pública, v. 41, n. 5, p ,Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). São Paulo, SP, Brasil Disponível em: < Acesso em 09/12/2015. PEREIRA, Renata Junqueira et al. Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. RevPsiquiatr Rio Gd Sul, v. 28, n. 1, p , Universidade Federal de Viçosa, MG Disponível em: < em 05/12/

93 ISSN ARTIGO ORIGINAL SANTOS, S.S.C. Concepções teórico-filosóficas sobre envelhecimento, velhice, idoso e enfermagem gerontogeriátrica. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília. Nov-Dez. 63(6): ,2010. SERBIM, A.K.; FIGUEIREDO, A. E. P. L. Qualidade de vida de idosos em um grupo de convivência. Sci. med, v. 21, n. 4, TOSCANO, J.J.O.; OLIVEIRA, A.C.C. Qualidade de vida em idosos com distintos níveis de atividade física. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 15, Nº3, Mai/Jun VECCHIA, R. D. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Rev. Brás Epidemiol, SHNEIDER R.H.; IRIGARAY T.Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais.universidade Católica do Rio Grande do Sul, Disponível em: < Acesso em 13/08/2016. PASCHOAL, S.M.P. "Qualidade de vida na velhice." Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan (2002): Disponível em: < Acesso em 13/08/

94 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A APRENDIZAGEM DOS CONCEITOS MATEMÁTICOS LOVO, Leilane de Fátima 1 SOUZA, Luana da Silva 2 NETO, Severino Bertino 3 RESUMO O presente artigo fundamenta-se em uma pesquisa bibliográfica, cuja finalidade está fixada no objetivo de descrever sobre o processo da aprendizagem dos conceitos matemáticos, bem como sua importância na vida humana. Como está presente na vida de uma criança desde seus primeiros anos com características abstratas. Neste contexto, este estudo busca sanar algumas duvida existentes nos dias atuais e analisar formas de deixar mais claro o ensino aprendizagem da matemática. Para concretizar essa pesquisa baseamo-nos, dentre outros, nos relatos deixados por Fossa (2001), Guilherme (1983), Nunes & Bryant (1997), Pais (2002). Palavras chaves: Aprendizagem, matemática, professor, cotidiano. ABSTRACT This article is based on a literature review, the purpose of which is fixed in order to describe on the learning process of mathematical concepts and their importance in human life. As is present in a child's life from his early years with abstract features. In this context, this study seeks to address some existing doubts these days and examine ways to make clearer the teaching and learning of mathematics. To realize this research we rely, among others, the reports left by Fossa (2001), William (1983), Nunes & Bryant (1997), Parents (2002). Key Words: Learning, math, teacher, everyday 1 Graduada em Licenciatura Plena em Matemática pela Facimed. 2 Graduada em Licenciatura Plena em Matemática pela Facimed. 3 Professor Orientador Mestre em Ciências da Educação. 94

95 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA INTRODUÇÃO Os conceitos matemáticos são adquiridos desde os primeiros anos de vida de uma criança, esse processo se dá de maneira abstrata, sem que ela perceba. Uma criança mesmo nos seus primeiros anos já sabe quantificar sua idade, tem noções de tempo, espaço, conhecimentos estes que serão concretizados na vida escolar. Através de pesquisa bibliográfica, buscamos esclarecer duvidas existentes dentro do processo de ensino aprendizagem, o quanto a história da matemática pode contribuir para esse aprendizado, situações que remetem ao cotidiano e a vida escolar, como relacionar o conhecimento abstrato ao concreto, como a matemática deve ser vista pelo aluno para sua construção do crescimento social. O ensino da matemática, por muitas vezes é interpretado como mecânico, onde se é passado uma série de exercícios, e o aluno as repete, embora essa prática segundo alguns estudiosos não deva ser descartada, busca-se um ensino mais contextualizado, que leve o aluno a interpretar, a relacionar, onde se aperfeiçoa o conhecimento. O presente artigo é uma pesquisa bibliográfica, e tem por metas demonstrar os conceitos matemáticos dentro do processo de ensino aprendizagem, serão discutidas através de relatos de estudiosos, situações que venham a contribuir ou não para o ensino da matemática nas mais diversas situações. Para sistematizar esses conhecimentos vamos fazer uma análise a algumas situações propicias que dão ênfase ao processo de ensino aprendizagem tais como resolução de problemas, dentre outras. A APRENDIZAGEM DOS CONCEITOS MATEMÁTICOS Os números fazem parte da vida da criança sem que ela ao menos tenha conhecimento dos mesmos, pois desde os primeiros anos de sua vida ela tem contato naturalmente com os números, desenvolvendo noções de tempo, espaço, tamanho, idade, entre outras atividades que desenvolvem no cotidiano. Ao indagarmos a idade de uma criança de um ou dois anos, ela mostra-nos os dedos com o número de anos correspondentes, em vez de usar o numeral, e isso pode ser associado ao senso numérico, essa noção de quantidade faz parte da evolução histórica dos números. Nesse sentido, Howard (2004, p. 25) diz que: 95

96 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA É razoável admitir que a espécie humana, mesmo nas épocas mais primitivas, tinha algum senso numérico, pelo menos ao ponto de reconhecer mais ou menos quando se acrescentavam ou retiravam alguns objetos de uma coleção pequena. Há uma diversidade de situações da vida cotidiana a qual precisamos recorrer aos números, por meio do conhecimento abstrato. Quanto a isto, Vygotsky (1989, p. 94) afirma que: [...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas freqüentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Conseqüentemente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar, que somente psicólogos míopes podem ignorar. Desta forma, cabe a escola a tarefa de sistematizar estes conhecimentos, transformando os conhecimentos abstratos em conhecimentos concretos. Para (Pais, 2002, p. 59): O desafio didático consiste em estudar estratégias que possam contribuir na transformação desse saber cotidiano para o saber escolar, preparando a passagem ao plano da ciência. Contar e calcular, bem como, medir e organizar o espaço e as formas (Geometria) é competências para cujo desenvolvimento o ensino da Matemática se faz fundamental, conforme BRASIL (1997, p. 38). No entanto, este não é um trabalho simples. Quando a criança chega à escola, muitas vezes ela se depara com dificuldades na área da matemática. Rangel & Moreira (2010) afirmam que, o professor das classes de 1º ano e da Educação Infantil, na grande maioria, desconhece como se dá o desenvolvimento matemático das crianças. Para Guilherme (1983), a Matemática está sendo ensinada através de uma série de exercícios artificiais e mecânicos. Ele assegura que essa maneira mecanizada de trabalhar com a matemática pode ser um dos fatores que contribuem para as representações que hoje se tem a respeito desse Componente. Essa abordagem de instrução deixa a impressão de que o objetivo do educador ao ensiná-la é apenas o de transmitir os conteúdos, acreditando que, por meios destes, os alunos sejam capazes de compreender a sua linguagem e, portanto, desenvolver o raciocínio lógico, tornando-se aptos a analisar, abstrair, sintetizar e generalizar. 96

97 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Em análise das atividades desenvolvidas nas escolas, observa-se que as aulas de matemática geralmente seguem um roteiro, segundo o qual o professor expõe o conteúdo e explica os sinais, os símbolos e as regras que deverão utilizar, em seguida propõe a resolução de uma série de exercícios. Aos alunos cabe a função de compreender tais explicações e por vezes memorizá-las, aplicando-as na realização dos exercícios que lhe forem apresentadas onde, segundo Azenha (1997), o professor é o sujeito do processo de ensino e aprendizagem, o elemento decisivo e decisório no ensino. Cabe lembrar que a própria História da Matemática mostra que ela foi construída como resposta a perguntas provenientes de diferentes origens e contextos, motivadas por problemas de ordem prática (divisão de terras, cálculo de créditos), por problemas vinculados a vida cotidiana. Quanto a isto, Brasil ( 2002, p.251) ressalta: É importante salientar que partir dos conhecimentos que as crianças possuem não significa restringir-se a eles, pois é papel da escola ampliar esse universo de conhecimentos e dar condições a elas de estabelecerem vínculos entre o que conhecem e os novos conteúdos que vão construir, possibilitando uma aprendizagem significativa. (...) destacar que a matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento de seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação. A análise que cada indivíduo faz de si próprio em relação a sua capacidade de aprender matemática é um dos fatores que influenciam para seu desenvolvimento ou não, de sua aprendizagem. Por isso, é importante que o aluno perceba que é capaz de resolver problemas, de idealizar, de assimilar questões do cotidiano. Esse entusiasmo não deve ser visto como facilitador no processo de ensino e aprendizagem. Segundo PCN. decodificar e resolver problemas faz parte da construção do conhecimento matemático. De acordo Brasil ( 2002, p.112): A resolução de problemas é peça central para o ensino de Matemática, pois o pensar e o fazer se mobilizam e se desenvolvem quando o indivíduo está engajado ativamente no enfrentamento de desafios. Essa competência não se desenvolve quando propomos apenas exercícios de aplicação de conceitos e técnicas matemáticos, pois, neste caso, o que está em ação é uma simples transposição analógica: o aluno busca na memória um exercício semelhante e desenvolve passos análogos aos daquela situação, o que não garante que seja capaz de utilizar seus conhecimentos em situações diferentes ou mais complexas. 97

98 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Embora a resolução de problemas possibilite um aprendizado espontâneo pelo aluno, não podemos esquecer que exercícios mecanizados também precisam ser trabalhados pelo educando. Quanto a isto, Brasil (2002, p. 113), relata que: Isso não significa que os exercícios do tipo calcule..., resolva... devam ser eliminados, pois eles cumprem a função do aprendizado de técnicas e propriedades, mas de forma alguma são suficientes para preparar os alunos tanto para que possam continuar aprendendo, como para que construam visões de mundo abrangentes ou, ainda, para que se realizem no mundo social do trabalho. Nos últimos anos, tem-se desenvolvido ações apontando para a necessidade de mudanças nas metodologias utilizadas no ensino da matemática, na busca de soluções das dificuldades no aprendizado. Quanto a isto Nunes e Bryant (1997) nos colocam que: As dificuldades encontradas na Matemática precisam ser discutidas, pesquisadas, analisadas, buscando novos caminhos que tem como solução um tempo, longo, médio ou curto prazo, evidenciando que a construção do conhecimento matemático é complexa, extensa e contínua, e que seja de modo transparente estabelecendo os conceitos matemáticos. Na procura por novas propostas para ensinar a Matemática, emergem modismos nos processos metodológicos utilizados pelos professores. O educador às vezes se confunde entre formas antigas e novas de ensiná-la. Hoje parece ser consenso geral a necessidade de ensinar de forma contextualizada. Mas para muitos contextualizar é encontrar aplicações práticas para este Componente Curricular a qualquer preço. Desta concepção resulta que um conteúdo que não se consegue contextualizar, não serve para ser ensinado. Assim sendo, contextualizar é estabelecer semelhanças entre o que está sendo ensinado com os conhecimentos prévios o qual o educando já possui, ou situações que se encaixem a esta abordagem D Ambrósio (2001) diz que: O cotidiano está impregnado dos saberes e fazeres próprios da cultura. A todo instante, os indivíduos estão comparando, classificando, quantificando, medindo, explicando, generalizando, inferindo e, de algum modo, avaliando, usando os instrumentos materiais e intelectuais que são próprios à sua cultura. O autor descreve em seus livros um conjunto de afazeres que dão conceitos de como a Matemática se apresenta no cotidiano dos seres humanos. Ele apresenta a seriedade de se meditar sobre o habitual do sujeito na obtenção do conhecimento matemático. 98

99 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Fossa (2001) narra que, A história da Matemática como uma fonte de atividades matemáticas, nesse contexto é importante salientar que a História da Matemática oferta recursos para se contextualizar o ensino da Matemática, sendo que esta porta oferece caminhos mais abrangentes acerca do conhecimento matemático. PAIS (2002, p. 28) propõe que: A educação escolar deve se iniciar pela vivência do aluno, mas isso não significa que ela deva ser reduzida ao saber cotidiano. No caso da matemática, consistem em partir do conhecimento dos números, das medidas e da geometria, contextualizadas em situações próprias para o aluno. Portanto, o educador deve utilizar o conhecimento abstrato do aluno e interagir com a informação concreta estabelecida por ele. Assim o aluno se sentirá familiarizado, valorizado, compreendendo e desenvolvendo de forma adequada e espontânea as habilidades matemáticas. Assim escreve (Pais, 2002, p, 28): [...] o valor educacional de uma disciplina expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com um contexto compreensível por ele. O papel da Matemática no ensino fundamental é apresentado nos PCNs como fundamental [...] na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. (BRASIL, 1997, p. 29). Segundo Pais (2002 p.58): A articulação entre o saber matemático e o contexto educacional é uma maneira de valorizar o plano existencial do aluno e a componente profissional do trabalho docente. Entretanto, é bom realçar que iniciar a aprendizagem a partir de uma realidade próxima do aluno não sign ifica substituir o saber escolar pelo senso comum: segundo nossa visão, isso negaria a função transformadora da educação escolar. Quanto a esse aspecto, a especificidade pedagógica do ensino fundamental é ainda maior, porque os alunos estão vivenciando os primeiros contatos com a formalização do saber e estão quase totalmente dominados pelos conhecimentos aprendidos fora da escola. No entanto, o objeto da aprendizagem escolar tem uma essência que não é a mesma dos saberes do cotidiano. Para tanto, é preciso que o educador tenha autoconfiança no que se faz em sala de aula e para isso é indispensável estudar, buscar, pesquisar, além de conhecer boas metodologias, pois se precisa dar sentido às atividades, situando o conhecimento matemático no contexto de sua aplicação, no contexto histórico de sua construção e de envolver o aluno na construção do conhecimento. 99

100 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O professor deve ter consciência que: Um dos aspectos mais importantes da Matemática é o seu papel na compreensão dos fenômenos da realidade. Ess a compreensão oferece, aos seres humanos, as ferramentas necessárias para que eles possam agir de forma consciente sobre a sociedade na qual estão inseridos. Dessa forma, a Matemática aparece como parte essencial da bagagem de todo cidadão. Para isso, cabe à escola oferecer as condições necessárias para que o sujeito possa servir-se dessas ferramentas em suas práticas sociais. Isso não quer dizer que a escola seja a única responsável por essas aprendizagens, já que aprendemos também em nossas práticas sociais [...] a criança, antes de chegar à escola, também desenvolve um conjunto de saberes matemáticos construídos em interação com seu meio social. (BRASIL, 2011b p. 08, apud GALVÃO & NACARATO) Verifica-se que o trabalho com a matemática em sala de aula representa um desafio para o professor na medida em que exige que ele o conduza de forma significativa e estimulante para o aluno. Para tanto, as aulas de matemática devem ser um: [...] espaço reservado ao desenvolvimento de uma comunicação interativa na sala de aula, no qual os alunos possam interpretar e descrever idéias matemáticas, verbalizar os seus pensamentos e raciocínios, fazer conjecturas, apresentar hipóteses, ouvir as idéias dos outros, argumentar, criticar, negociar o significado das palavras e símbolos usados, reconhecer a importância das definições e assumir a responsabilidade de validar seu próprio pensamento, se reduz a um emaranhado de técnicas, que na maior parte dos casos surgem, aos olhos dos alunos, sem grande significado, levando-os a desistirem de tentar encontrar um sentido para a matemática que lhes é ensinada. (D Antonio, 2004, p. 32 apud Souza). Nesse sentido, a utilização dos jogos e atividades lúdicas na Matemática e de materiais concretos, são saudáveis e produtivos e estão relacionados ao desenvolvimento cognitivo das crianças. Brasil ( 1998, p.24), comenta que: Para dimensionar a Matemática no currículo do ensino fundamental é importante que se discuta sobre a natureza desse conhecimento e que se identifiquem suas características principais e seus métodos particulares como base para a reflexão sobre o papel que essa área desempenha no currículo, a fim de contribuir para a formação da cidadania. Neste contexto, a Matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural. Brasil ( 1998, p.24),reforça a idéia que: 100

101 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam capacidades de natureza prática para lidar com a atividade matemática, o que lhes permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões. Quando essa capacidade é potencializada pela escola, a aprendizagem apresenta melhor resultado. Assim, a sala de aula deve ser vista como um espaço de aprendizagem relacionado ao diálogo, a difusão de idéias, por intermédio do professor e, principalmente, voltado para atividades pedagógicas que visem expansão das possibilidades de aprendizado. Na intenção de despertar os educando quanto a sua análise própria Brasil ( 1997,p. 42), apontam que: É consensual a idéia de que não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da Matemática. No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática. O PCN é um documento maravilhoso, bem feito e que nos permite um ensino de Matemática com muito mais qualidade. Eles são frutos na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, publicada em 20 de dezembro de 1996, Lei nº 9394/96, um grande avanço em relação às anteriores e aponta para a necessidade de uma reforma em todos os níveis educacionais, que se inspira, em parte, nas visíveis transformações porque passa a sociedade contemporânea. CONCLUSÃO O objetivo do ensino da matemática é promover a compreensão das idéias matemáticas, dos sinais, signos e símbolos que as representam de forma que o aluno possa interpretá-los e expressar-se através deles, portanto, o professor deve atuar como facilitador de um processo de construção e significação dos números, valorizando as experiências cotidianas do aluno e contextualizando tais conhecimentos, além de agregar novos conhecimentos ao que o aluno já sabe, formalizando seu saber. Sendo que fica evidenciado nesse estudo que as crianças adquirem conhecimentos matemáticos muito antes de irem para a escola, por meio de atividades informais relacionadas ao ato de contar. Este ainda nos relatar situações a qual o professor deve estar preparado, para não criar um bloqueio em relação ao aprendizado pelo aluno, devendo sempre conhecer o habitual do educando, para assim usar situações 101

102 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA rotineiras em suas explanações, fazendo uma interação entre o conhecimento abstrato ao conhecimento concreto. O ensino da matemática deve sempre ser valorizado, evidenciado, como uma das possibilidades para o crescimento da sociedade, pois está diretamente ligado a atividades desenvolvidas no cotidiano de cada individuo. A escola, por sua vez, trabalha com a construção do conhecimento concreto, muitas vezes levando em consideração o conhecimento prévio a que o aluno possui, associando e contextualizando a atividades matemáticas. A resolução de problemas também tem sido de grande valia para essa construção, dentro das salas de aula, mas nunca deixando de utilizar atividades de fixação. REFERÊNCIAS ASSIS, Jéssica Roldão de Oliveira. A Origem dos Números. Monografia apresentada ao Instituto de Matemática da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, Disponível em Acesso em 20/03/ AZENHA. Maria da Graça. Construtivismo: De Piaget a Emilia Ferreiro. São Paulo: Ática, F D AMBROSIO, Ubiratam. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas, Papirus, FOSSA, Jonh A. Ensaios sobre a Educação Matemática. Belém: EDUEPA, GUILHERME, Marisa. A ansiedade matemática como um dos fatores geradores de problemas de aprendizagem em Matemática. Dissertação de Mestrado, universidade Estadual de Campinas, NUNES, T.; BRYANT, P. Crianças fazendo matemática. Porto Alegre, Artes Médicas, PAIS, L. C. Didática da matemática. Belo Horizonte: Autentica, RANGEL, Ana Cristina & MOREIRA, Maria Luiza. Alfabetização e Matemática VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Livraria Martins Fontes, PCN Parâmetros Curriculares Nacionais EM. Ministério da Educação. Brasília: 102

103 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA HOWARD, Eves. Introdução a história da matemática - Campinas, S.P. - Editora da Unicamp,

104 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS ATRAVÉS DAS CIVILIZAÇÕES LOVO, Leiliane de Fátima 1 SOUZA, Luana da Silva 2 BARANECK, Elda Fátima Zampiva 3 RESUMO O presente artigo estrutura-se em torno do objetivo de descrever o processo histórico da evolução dos números; bem como sua importância na vida humana. Nesse sentido, o estudo buscar informações contextuais sobre a evolução dos números, como sugiram nas principais civilizações, seu desenvolvimento e suas aplicabilidades dentro de um contexto histórico. Assim, para o desenvolvimento desta pesquisa, baseamo-nos, dentre outros, nos estudos realizados por Assis (2015), Barthélemy (1999), Boyer (1996), Guelli (1998), Gongorra e Sodré (2005) e Ifrah ( ); a fim de que pudéssemos construir nossa base teórico-conceitual e; por conseguinte, mostrar a evolução dos números dentro dos diversos sistemas numéricos e relacionar uma metodologia histórica com os dias atuais, esclarecendo algumas dúvidas e analisando formas de deixar mais claro o processo de ensino aprendizagem da Matemática. Palavras-chave: Matemática. História dos Números. Necessidade Humana. ABSTRACT This article is structured around the goal of describing the historical process of the evolution of the numbers ; as well as its importance in human life. In this sense, the study fetch contextual information about the evolution of numbers suggest as the main civilizations, their development and their applicability within a historical context. Thus, for the development of this research, we rely, among others, in studies conducted by Assisi (2015 ), Bartholomew (1999 ), Boyer (1996 ), Guelli (1998 ), and Gongorra Sodre (2005) and Ifrah ( ) ; so that we could build our theoretical and conceptual base and ; therefore, show the evolution of the numbers within the various number systems and relate a historical methodology to the present day, clarifying some questions and analyzing ways to make clearer the teaching process learning of mathematics. Keywords : Mathematics. History of Numbers. Human Need. 1 Graduanda em Matemática com Licenciatura Plena pela FACIMED. 2 Graduanda em Matemática com Licenciatura Plena pela FACIMED. 3 Professora orientadora. Graduada em Matemática pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), com Licenciatura Plena. 104

105 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA INTRODUÇÃO O objetivo deste artigo é o de compreender e analisar os diferentes processos de contagem e sistemas de numeração que antecederam e foram essenciais para evolução dos números na sociedade contemporânea. O princípio de contagem baseava-se em relações biunívoca em que se faz corresponder cada elemento de um conjunto a um determinado símbolo e que era uma conjectura era utilizada por muitos povos. Dessa forma, por meio de uma série de situações, o homem aprendeu a contemplar sua percepção limitada de número e passou a se utilizar de outros meios para suprir a necessidade existente naquele período. Como artifício utilizado para responder a essa necessidade, surgiu o processo de contar que, segundo a história a percepção dos números, foi um dos maiores avanços da humanidade. A história da Matemática, além de nos remeter ao passado da evolução numérica; ainda nos mostra caminhos para que o professor possa fazer comparações entre o presente e o passado, fazendo com que o aluno perceba o quão valioso foi esse processo para evolução humana. Ademais, também favorece o processo de contextualização dos conceitos matemáticos, possibilitando ao educando um melhor desenvolvimento do processo de o ensino/aprendizagem por meio de comparações entre o concreto e o abstrato. A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS E A NECESSIDADE DO HOMEM DE CONTAR Na antiguidade, o ser humano não necessitava contar, nem de criar símbolos para registrar quantidades. O senso numérico existente nesse período era satisfatório para atender às suas necessidades; pois se vivia em cavernas e, quando a caça diminuía no local onde estava, deslocava-se em busca de novas fontes de alimentos. Com o passar dos tempos, e em decorrência de diversos fatores, o homem começou a residir de forma fixa em determinados locais; criou residência e deixou de ser nômade, já eu, agora, dedicava-se ao cultivo de certas plantas e à criação de rebanhos, fatores que o levaram à necessidade de contagem para melhor administrar os recursos de que necessitava para sobreviver. Um dos primeiros sistemas de contagem foi desenvolvido tendo como base os dedos das mãos; pois, somando os dedos das duas mãos, ele conseguia representar até dez elementos 105

106 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA e, combinando-os com os dedos dos pés, poderia ir até 20. A partir do momento em que os dedos se tornaram inadequados, ou insuficientes, para esse processo; passou-se à utilização de pequenas pedras para representação dos elementos dos rebanhos e, posteriormente, para o próprio rebanho. Nesse processo, portanto, a contagem era realizada fazendo-se a correspondência entre cada objeto (dedo ou pedra) e parte da coleção. Boyer (1996, p. 02) diz que Quando o homem primitivo usava tal método de representação, ele freqüentemente amontoava as pedras em grupos de cinco, pois os quíntuplos lhe eram familiares por observação das mãos e pés humanos. Já Barthélemy (1999, p. 17) afirma que, [...] é mais fácil verificar a presença de todos os animais de um rebanho se tivermos representado previamente cada um deles por uma pedrinha. Costa, Costa e Batista (2006, p. 11) ressaltam que: No caso das pedrinhas, cada animal que saia para o pasto de manhã correspondia a uma pedra que era guardada num saco. No fim do dia, quando os animais voltavam do pasto, era feita a correspondência inversa: para cada animal que retornava, era retirada uma pedra do saco. Se no fim sobrasse alguma pedra era porque faltava algum dos animais. E se fosse acrescentado um animal ao rebanho era só acrescentar mais uma pedra. (...) A correspondência biunívoca "unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usadas também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas, entre outros tipos de marcação. Mas não foi só de contar que o homem teve necessidade, a agricultura fez o homem desenvolver sua percepção de tempo e de espaço que o levou a estabelecer, a partir das observações feitas ao seu redor; noções relativas às fases da Lua e às estações do ano que se constituíram nos primeiros indícios de um calendário. (GONGORRA; SODRÉ, 2005). Segundo Barthélemy (1999, p. 17), a [...] enumeração constitui a primeira operação. Estudos apontam que, em todas as épocas da evolução humana, mesmo nas mais primitivas, encontra-se junto ao homem o sentido de número e de contagem. Nesse sentido, Howard (2004, p. 25) diz que É razoável admitir que a espécie humana, mesmo nas épocas mais primitivas, tinha algum senso numérico, pelo menos ao ponto de reconhecer mais ou menos quando se acrescentavam ou retiravam alguns objetos de uma coleção pequena. Segundo Boyer (1996, p. 03), [...] o homem difere de outros animais de modo mais acentuado pela sua linguagem cujo desenvolvimento foi essencial para que surgisse o pensamento matemático abstrato. No que se refere ao pensamento abstrato, o ser humano, 106

107 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA nesse período, não conseguia associar de forma concreta algo vivenciado com alguma realidade vivida. Em decorrência dessa constatação, a matemática fica impossibilitada de se concretizar, pois, nessa época, tudo ainda era muito superficial com relação ao conhecimento matemático porque as descobertas ainda estavam acontecendo. Segundo Brasil (2006, p. 13), a Matemática foi construída ao mesmo tempo como uma forma de pensamento e como uma ferramenta que o homem utilizava para organizar suas idéias e ajudar a entender as leis que governam o universo e os fenômenos naturais. Em relação à época do surgimento dos números, não é possível determinar uma data exata para a aparição dessa forma de linguagem; mas, provavelmente, ela precedeu de vários milhões de anos à aparição da escrita. É por isso que Howard (2004, p. 25) afirma que O conceito de número e o processo de contar desenvolveram-se tão antes dos primeiros registros históricos (há evidências arqueológicas de que o homem já há uns anos, era capaz de contar) que a maneira como ocorreram é largamente conjectural. Quando algumas civilizações começaram a registrar as quantidades que deram origem aos números; passou-se a utilizar o processo de representação pela repetição de traços verticais, conforme Figura 1: Figura 1: Origem dos números Fonte: À medida que a civilização avançava, esses traços se tornaram insuficientes e, então, começaram a surgir os primeiros sistemas de numeração constituídos por um conjunto de símbolos e com regras utilizadas para sua representação. SISTEMA NUMÉRICO OU SISTEMAS DE NUMERAÇÃO Segundo estudiosos, a evolução dos diferentes sistemas de numeração desenvolveuse por meio de um processo lento; algumas vezes incorporando elementos de outras culturas dentro de sua composição, mostrando também algumas formas de evolução, nem sempre mencionadas no nosso processo de ensino. 107

108 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Assim, a partir deste momento, passaremos a estudar os principais sistemas de numeração conhecidos e que são, comumente, trabalhados no ensino fundamental, analisando suas principais características e curiosidades. SISTEMA DE NUMERAÇÃO EGÍPCIO Uma das civilizações mais antigas é a dos egípcios que se desenvolveu junto às margens do rio Nilo. Os egípcios desenvolveram um sistema de numeração de base dez e adotavam símbolos para representar as primeiras potências de dez. Com isso, interpretavam determinada quantidade por meio do símbolo a que ela estava relacionada. Berlinghoff e Gouvêa (2012, p. 65) dizem que: Durante os séculos de antes de 3000 a.c. a cerca de 1000 a.c., a antiga civilização egípcia melhorou o sistema de marcação escolhendo mais alguns símbolos para os números e enfileirando-os até que os valores somados resultassem no número desejado. Os números eram hieroglíficos, isto é, eram pequenos desenhos de coisas comuns (ou não tão comuns). Essas formas de representação, seus significados e as notações correspondentes na atualidade podem ser melhor visualizados na Figura 2: Figura 2: Sistema de Numeração Egípcio Fonte: 108

109 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O sistema de numeração egípcio não era posicional, ou seja, sua representação não dependia da posição do símbolo; mas era aditivo, pois seus valores eram somados quando se agregava mais de um símbolo, retratado na Figura 3: Figura 3: Sistema de Numeração de Base 10 Fonte: SISTEMA DE NUMERAÇÃO DA MESOPOTÂMIA OU BABILÔNICO Berlinghoff e Gouvêa (2012; p. 66), informa que, Dos vales do Tigre e do Eufrates, a região conhecida como Mesopotâmia (agora parte do Iraque), do período entre 2000e 200 a.c., surgiu o sistema babilônico de numeração. O sistema de numeração da Mesopotâmia até o número 9 apresenta muitas semelhanças com o sistema de numeração egípcio. Este sistema era considerado de base 60. Embora não haja uma resposta concreta acerca do porquê da base 60, uma das hipóteses é de que o número 60 permite várias subdivisões, ele pode ser dividido em metades, em terços, quartos, quintos, entre outros (DOMINGUES, 1991). O sistema era cuneiforme, pois seus desenhos eram gravados em forma de cunhas em pedaços de argila como representados pela Figura 4: 109

110 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 4: Sistema de Numeração Mesopotâmico de Base 60 Fonte: Também conhecido como sistema de numeração babilônico, o sistema de numeração Mesopotâmico usava apenas 2 símbolos. O cravo indica o número 1. A asna indica o número 10. Estes símbolos podiam ser repetidos até nove vezes. No caso do cravo, ele era utilizado para representar os números de 1 a 9; a asna representava os números de 10 a 90. (BIANCHINI, 2011). Dessa forma, até o número 59, esse sistema era aditivo. Por exemplo, para escrever o número 4, eram acrescentados 4 sinais correspondentes ao número 1 (cravo), para se escrever o número 21; utilizavam-se dois símbolos que correspondiam ao número 10 (asna) e um símbolo que era igual ao número 1(cravo). (DOMINGUES, 1991). O sistema de numeração da Mesopotâmia também não apresentava o número 0 (zero). Além de apresentar alguns inconvenientes como, por exemplo, a representação para o número 3, 62, 121 em que se utilizavam os mesmos símbolos; porém, em posições diferentes (IMENES e LELLIS 1999), como pode ser observado na figura 5: 110

111 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 5: Sistema de Numeração Babilônico Fonte: Lellis e Imenes (1999). Acerca do sistema de numeração babilônico, Souza (2011, p. 07) afirma que: [...] era uma mistura de base dez com base sessenta, no qual os números menores que 60 eram representados pelo uso de um sistema de base 10 simples, por agrupamentos; e o número 60 e os maiores eram designados pelo princípio da posição na base sessenta (...). Ainda hoje utilizamos este sis tema ao medir o tempo em horas, minutos e segundos e os ângulos em graus. Um símbolo em uma seqüência fica, então, multiplicado por 60 cada vez que avançamos uma casa à esquerda. Segundo Imenes e Lellis (1999, p. 26), [...] o professor marroquino George Ifrah dedicou boa parte de sua vida pesquisando sobre a história dos números, e não encontrou uma explicação plenamente eficaz quanto a origem da base sessenta. Desse modo, o sistema de numeração babilônico era aditivo e posicional o que o diferenciava do sistema de numeração egípcio. SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANO Assim como o sistema de numeração egípcio e babilônico, a numeração romana também é aditiva, mas com um aspecto peculiar introduzindo, mais tarde, a subtração. A combinação de valores de dois símbolos também era encontrada por subtração. O sistema numérico romano é um dos sistemas da Antiguidade que não desapareceu por completo e, ainda hoje, é comumente usado para representar horas nos mostradores de relógios, nas fachadas de prédios antigos, para representar datas, etc. (IMENES; LELIS, 1999). Souza (2011, p. 11) afirma que Roma foi o centro de uma das mais notáveis civilizações da antiguidade, período que se manteve entre os anos 753 a.c. (data atribuída à sua fundação) e 1453 (data atribuída à queda do Império Romano do Oriente). 111

112 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Os romanos utilizavam 7 letras como numerais, como nos mostra a figura 6: Figura 6: Sistema de Numeração Romano Fonte: Gongorra e Sodré (2005, p. 16) nos mostram que estas letras obedeciam a três princípios, que será apresentado no quadro 1: Quadro 1: Princípios de Representação do Sistema Romano de Numeração PRINCÍPIO EXEMPLOS 1 Todo símbolo numérico que possui valor VI = = 6 XII = = 12 menor do que o que está à sua esquerda, CLIII = = deve ser somado ao maior Todo símbolo numérico que possui valor menor ao que está à sua direita, deve ser subtraído do maior. 3 Todo símbolo numérico com um traço horizontal sobre ele representa milhar e o símbolo numérico que apresenta dois traços sobre ele representa milhão. IX = 10-1 = 9 XL = = 40 VD = = 495 XII = X = LII = Fonte: Quadro elaborado pelas autoras com base em Gongorra e Sodré (2005, p. 16). Imenes e Lellis (1999 p. 34) exemplificam, ainda, que os símbolos I, X, C, podem ser usados até três vezes, como exemplifica o quadro 2: Quadro 2: Símbolos que Poderiam ser Repetidos no Sistema Romano de Numeração SÍMBOLO EXEMPLO REPRESENTAÇÃO I II 2 X XX 20 C DCCC 800 Fonte: Quadro elaborado pelas autoras com base em Imenes e Lellis (1999 p. 34). 112

113 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Bianchini (2011, p. 09) destaca outra curiosidade do sistema romano ao afirmar que [...] a repetição das letras V, L e D não ocorre, pois VV, LL, DD, VVV, por exemplo, têm como representação X, C, M, XV, respectivamente. A numeração romana foi usada em livros até século XVIII, nos países europeus. SISTEMA DE NUMERAÇÃO CHINÊS O sistema numérico chinês do tipo híbrido é tido como um sistema de numeração tradicional e posicional cujas operações encontram-se relacionadas ao produto e à soma. Imenes & Lellis (1999, p. 28) informam que Na longa história da civilização chinesa, houve mais de um sistema numérico. O sistema de numeração mais utilizado pelos chineses apresentava os seguintes símbolos, conforme projetados na Figura 7: Figura 7: Sistema de Numeração Chinês Fonte: Esses símbolos são conhecidos ainda nos dias atuais, tanto pelos chineses quanto pelos japoneses; embora eles utilizem, também, o mesmo sistema de numeração que nós. O antigo sistema de numeração chinês apresenta regras bem interessantes; como pode ser observado na Figura 8: 113

114 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 8: Sistema de Numeração Chinês Fonte: Esse sistema de numeração é decimal e apresenta algumas semelhanças com nosso sistema de numeração atual. Comparativamente, a nossa maneira de escrever 25 é muito semelhante a dos chineses; a diferença é que, no nosso caso, o dez fica escondido, não aparece na escrita. (IMENES; LELLIS, 1999). SISTEMA DE NUMERAÇÃO GREGO A cultura grega faz parte da base da civilização ocidental. Foram os gregos os criadores das Olimpíadas e, também, são eles os responsáveis pelo surgimento de algumas ciências, como a Medicina e a Matemática. (IMENES; LELLIS, 1999). Howard (2004, p. 35) descreve que O sistema de numeração grego, conhecido como jônico ou alfabético, cujas origens situam-se já por volta do ano 450 a.c., é um exemplo desse sistema cifrado. Ele é decimal e emprega 27 caracteres as letras do alfabeto grego mais três outras obsoletas: digamma, koppa e sampi. Embora se usassem letras maiúsculas (as minúsculas só muito mais tarde vieram a substituí-las). 1 A figura seguinte ilustra o sistema de numeração adotado pelos gregos. Na primeira coluna de cada um dos quadros, há a representação do sistema de numeração grego antes da introdução das letras minúsculas e, na coluna seguinte, como ficou após o conhecimento das letras minúsculas. (BOYER, 1996). As demais colunas representam, respectivamente; o nome o símbolo e a correspondência ao sistema numérico atual no Ocidente,vejamos Figura 9: 114

115 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 9: Sistema de Numeração Grego Fonte: Segundo Boyer (1996, p. 41), [...] para os primeiros nove múltiplos de mil, o sistema adotou as primeiras nove letras do alfabeto, e essas letras eram precedidas por um risco ou um acento. SISTEMA DE NUMERAÇÃO MAIA A civilização maia habitou a América Central durante mais de mil anos, por volta de 300 a.c. e tinha um sistema de numeração semelhante ao babilônico, eles também utilizavam apenas dois símbolos para representar seus números, um ponto (.) para o número um e um traço horizontal ( ) para o número cinco. (BERLINGHOFF; GOUVÊA, 2010). Esse sistema de numeração dos maias era de base 20 cuja origem encontra-se relacionada à soma dos dedos dos pés e das mãos. Além disso, os maias utilizavam de um símbolo para representar o nada, a ausência de algo que era representado pela forma de uma concha. Eles também usavam agrupamentos símbolos para representar números grandes os quais eram dispostos verticalmente, enquanto valores menores eram colocados na horizontal. (IMENES; LELLIS, 1999). Figura 10: Representação dos Símbolos Maias Dispostos na Horizontal. Fonte : 115

116 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 11: Exemplos do Sistema de Numeração Maia. Fonte: Imenes; Lellis (1999, p. 37). Figura 12: Representação dos Símbolos Maias Dispostos na Vertical. Fonte: Bernard Gundlach (1992, p. 35), relata que: Talvez o uso sistemático mais antigo de um símbolo para zero num sistema de valor relativo se encontre na matemática dos maias das Américas Central e do Sul. O símbolo maia do zero era usado para indicar a ausência de quaisquer unidades das várias ordens do sistema de base vinte modificado. Esse sistema era muito mais usado, provavelmente, para registrar o tempo em calendários do que para propósitos computacionais. O número 20 era representado por 1 ponto e 1 concha, o número 21 por 2 pontos, o 22 por 3 pontos; e, assim, sucessivamente. Porém, é importante observar a posição que cada ponto ocupa; pois isso irá diferenciar os valores ou quantidades representados. (IMENES; LELLIS, 1999). Assim, no sistema de numeração maia, o símbolo. (ponto) poderia ser usado até 4 vezes, enquanto o símbolo (traço horizontal) só era utilizado até no máximo 3 vezes, esse sistema também era posicional. 116

117 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SISTEMA DE NUMERAÇÃO INDO-ARÁBICO Os algarismos indo-arábicos formam um sistema de numeração criado pelos Hindus, aperfeiçoado e difundido ao longo dos séculos principalmente pelos árabes. Todos os sistemas de numeração criados anteriormente foram substituídos pelo indo-arábico o qual utilizamos e que o mundo usa até hoje; pois facilita o cálculo de situações cotidianas por conter o algarismo zero, ser decimal e posicional. (IMENES; LELLIS, 2005, apud MARIUS; ALMEIDA). Berlinghoff e Gouvêa (2012, p. 65) afirmam que Nosso modo atual de escrever números é chamado indo-arábico. Inventado na Índia em algum tempo antes de 600 d.c. e refinado nos séculos seguintes, ele foi adotado pelos árabes durante a expansão do Islã sobre a Índia nos séculos VII e VIII. Segundo Bianchini (2011, p.16), Os símbolos criados pelos indianos para a escrita de números sofreram várias modificações ao longo do tempo, até chegar à representação atual. Esse processo de modificações pode melhor ser entendido a partir da figura 13: Figura 13: Evolução do Sistema de Numeração Indo-Arábico Fonte : O primeiro número inventado foi o 1; ele significava o homem e sua unicidade; o segundo número, o 2, significava a mulher da família, a dualidade e o número 3 (três) significava muitos, multidão, o que significava que um número como o 5 não era entendido como 5 unidades, mas como um símbolo independente (GONGORRA; SODRÉ, 2005). Outra descoberta importante para esse período foi a criação do número zero que, segundo Souza (2011, p.15), [...] a origem do zero não é conhecida, mas acredita que 117

118 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA antecedeu o ano 800 d.c.; pois o matemático persa Al Khowarizmi, apresenta, em um livro escrito no ano 825 d.c.; um sistema hindu completo. Ifrah (1997, p. 700), enfatiza que Perante a necessidade de marcar a ausência de unidades numa certa posição, os hindus recorreram a um novo símbolo, que posteriormente designaremos por zero. Este possui ao mesmo tempo um verdadeiro significado numérico: aquele de número «nulo». O sistema de numeração indo-arábico é de base 10 e também é posicional, mas para que uma notação numérica seja corretamente adaptada à prática das operações escritas é necessário, não somente que ela descanse sobre o princípio da posição; mas que possua também símbolos expressivos distintos. Outra condição para que esse sistema de numeração seja perfeito, é possuir o zero. (IFRAH, 1997). Ao analisar a nossa volta, não é difícil encontrar uma situação que não esteja, direta ou indiretamente, ligada com os números. Segundo contexto histórico, os números, inicialmente, eram utilizados para medir quantidades, hoje são usados pelo menos para 5 funções sociais (contar, medir, codificar, ordenar, quantificar). 42). De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNS (BRASIL 1999, p. A história da matemática pode oferecer uma importante contribuição ao processo de ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar a matemática como uma condição humana, ao mostrar as necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse conhecimento. Desse modo, é fundamental o conhecimento acerca da historicidade da origem e da evolução das formas de representação dos números a fim de que o profissional da área de Matemática possa melhor adequar e utilizar seus conhecimentos para possibilitar ao aluno o domínio e a aplicação de suas habilidades e competências em Matemática. CONCLUSÕES Conforme pesquisa realizada e cujos dados se encontram apresentados no presente artigo, podemos perceber que a história da evolução dos números é um valioso recurso para se perceber como a teoria e a prática matemática foram criadas; bem como tal instrumento serviu 118

119 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA (e serve), como um dos grandes divisores para o desenvolvimento tanto matemático como evolutivo do conhecimento humano, pois os números podem ser utilizados como solução para resolver questões do cotidiano, contribuindo, assim, de maneira significante para diversas áreas do saber. Assim como evoluiu o sistema de numeração, as civilizações também evoluíram e isso propiciou muitas mudanças desde o inicio das civilizações até os dias atuais; pois os números estão presentes em basicamente todas nossas atividades. O processo de ensino-aprendizagem é uma construção coletiva, processo em que o professor deve atuar como facilitador. Como os processos de representação numérica continuam a evoluir; é essencial, dentro desse contexto, valorizar experiências cotidianas do aluno e contextualizá-las junto aos conceitos e princípios da Matemática a fim de que ele possa agregar conhecimento ao seu local de vivências cotidianas. A construção da significação dos números passa pela experiência evolutiva do conhecimento humano através dos tempos e constitui uma forma única e fundamental de representação de si mesmo e do mundo em que ele está inserido. REFERÊNCIAS BARTHÉLEMY, Georges anos de matemática: a evolução das idéias. Ellipses Édition Marqueting. S.A BOYER, Carl B. História da matemática. 2ª Ed. São Paulo: Blucher Acesso em 10/03/ Acesso em 18/03/ Acesso em 18/03/2015. IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. 3.ed. Traduzido por Stella M. Freitas Senra. São Paulo: Globo, GONGORRA, Miriam & SODRÉ, Moreira, Ensino Fundamental: A origem dos números ENCEEJA- Brasilia-MEC/INEP acesso em 14/05/

120 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA acesso em 14/05/ acesso em 14/05/2015 IFRAH, Georges (1997). História universal dos algarismos (tomo1). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. (Tradução portuguesa do original de 1994) SOUZA, Eronildo de Jesus Souza - Cefetba sobre a história dos números 2011 MATEMÁTICA : livro do estudante : ensino fundamental / Brasília : MEC : INEP Coordenação : MURRIE, Zuleika defelice. 2. ed., p MATEMÁTICA : livro do estudante : ensino fundamental / Sâo Paulo MEC : INEP Coordenação: BIANCHINI, Edwaldo, 7. ed., p editora moderna. GUNDLACH. Bernard H., Tópicos de História da Matemática para uso em sala de aula; números e numerais: Editora atual, 78p. 1ª edição (1992). BERLINGHOFF, William P, & GOUVÊA, Fernando Q., A matemática através dos tempos - 2ª edição , editora Edgard Blucher Ltda, 279p. PCN Parâmetros Curriculares Nacionais EM. Ministério da Educação. Brasília:

121 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO ROSA, Marcelo 1 FONSECA, Patrícia Lima 2 MAZZUTTI, Maristela de Melo 3 RESUMO Cada vez o mercado exige dos dentistas mais que habilidades e técnicas da odontologia, dessa forma ele quando assume um consultório precisa saber planejar e lidar com gerenciamento do marketing para manter se competitivo no mercado. O presente artigo teve como objetivo demonstrar a importância do planejamento estratégico do marketing para que esse profissionais possam alcançar as metas, objetivos e resultados a serem alcançados, auxiliando a conquistar criar e manter relacionamento, diferenciar seus serviços buscando atender a satisfação e desejo do paciente. A pesquisa demonstra que ao planejar estrategicamente estes compostos apresentará um diferencial para com os pacientes, alcançando assim sucesso, rentabilidade, lucratividade, fidelização e satisfação do paciente. Palavras chaves: Planejamento Estratégico. Marketing Odontológico. Compostos Mercadológicos. 1 Professor, graduado em Administração de Empresas, Especialista em Recursos Humanos, Mestre em Gestão Profissional. Ex - Professor no curso de Odontologia da FACIMED e Docente da Unemat e- mail: adm.marcelorosa@gmail.com 2 Graduanda no curso de Odontologia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED. patrícia_lima-@hotmail.com 3 Graduanda no curso de Odontologia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED. maristelamelomazzutti@hotmail.com 121

122 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ABSTRACT The dental professionals are a major challenge in having to assume a new role, the manager. These professionals spend much of their training and qualification dental technicians, forgetting to improve management in the area to conduct his office. Professional who wish to stand out in the market should be aware and make the changes they can to differentiate their services competitively, and it is necessary to develop a marketing strategic planning. This article aims to demonstrate the importance of strategic planning, as it will be the watershed between professional success and failure, because it is through seeks to achieve. Marketing is an essential tool for help to win, build and maintain relationships, seeking to differentiate their service meet the satisfaction and desire of purchase service odontologist. By applying the marketing mix of marketing are product, price, place and promotion in an appropriate manner, strategically planned, the professional will achieve a spread of others, since these compounds are often applied in the some way professional dentistry. To strategically plan these compounds present a differential to the patients, thus achieving success, profitability, customer loyalty and satisfaction. Key words: Strategic planning. Dental marketing. Marketing mix. INTRODUÇÃO O cenário odontológico tem sofrido muitas transformações, graças aos avanços tecnológicos, dos conhecimentos, da acentuada diversificação das especialidades odontológica entre outros fatores. As clínicas e os consultórios odontológicos transformaramse em instituições bastante dinâmicas. E devido a essas transformações houve um aumento da concorrência, e como conseqüência, uma grande preocupação para os dentistas em como manter-se nesse mercado e fidelizar os pacientes. O paciente é o personagem mais importante da instituição de saúde, é em torno dele que se desenvolve toda a organização (SELLES; MINEDO, 2006). Os cirurgiões dentistas se preocupam em grande parte com os aspectos técnicos da profissão, negligenciando o valor do seu relacionamento com o cliente, prejudicando assim o seu sucesso (ARCIER et al., 2008). 122

123 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Para alcançar esse êxito profissional é necessário a obtenção de conhecimento técnico cientifico, mas isso, por si só não basta, é necessário também ser bom administrador: gerenciando, planejando, executando e organizando adequadamente a sua empresa chamada consultório odontológico, de acordo com preceitos éticos e legais da profissão (GARBIN et al., 2010). Muitos dentistas buscam sucesso e lucratividade, porém, sabe-se que não é uma tarefa fácil, pois é necessário diferenciar-se dos demais para solidificar as relações com os pacientes e alcançar seus objetivos e metas. Preceitua Teixeira et al., (2010) que para obter resultados, você terá que planejar o que fazer (estratégia), e como fazer (tática), e para isso é necessário um plano de marketing, onde tenha por objetivo planejar o que se pretende para um produto, um serviço ou uma organização. O conhecimento da opinião dos pacientes, a excelência dos serviços prestados, a fidelização dos pacientes, a humanização do atendimento, a satisfação do atendimento, podem revelar um diferencial num mercado altamente competitivo e direcionar ações pertinentes para o aprimoramento dos serviços odontológicos. Neste contexto, a presente revisão de literatura teve como objetivo demonstrar a importância do planejamento estratégico de marketing e sua contribuição para melhoraria do atendimento e prestação de serviços odontológicos, oportunizando a fidelização dos clientes e, por conseqüência, manter-se no mercado. METODOLOGIA Presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva, de abordagem qualitativa, adotou o método de raciocino dedutivo. Os instrumentos da pesquisa foram livros, revistas especializadas e periódicos on-line. A coleta de dados foi realizada por meio eletrônico, através de levantamento de trabalhos em livros, revistas e sites especializados na divulgação de trabalhos científicos pela internet. 123

124 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA REVISÃO DE LITERATURA A formação dos profissionais de saúde nos dias atuais passa por profundas mudanças. O mercado exige além do conhecimento técnico-científico, o aperfeiçoamento em outra área, tais como: administração, marketing, psicologia, meio ambiente, entre outras. Conhecimentos estes necessários para prestação de serviços de qualidade, que satisfaçam as necessidades e desejos do cliente, cada vez mais exigente (TEIXEIRA et al., 2010). Grande parte dos profissionais de odontologia não possui base formal voltada para área empresarial, o que muitas vezes contribui para o insucesso profissional, não porque escolheu mal a profissão, mais por despreparo empresarial. A obtenção de conhecimentos gerenciais é um grande diferencial para o profissional em odontologia, muitos dentistas reclamam que fecharam o mês no vermelho, que os clientes/pacientes sumiram e que os antigos pacientes não os indicam para novos, que seu trabalho não é bem recompensado, que a secretária não presta um bom serviço bem, e assim por diante. É para tanto é necessário estar preparado para um mercado altamente competitivo, saber quem está entrando no consultório (o perfil do paciente), a quantia que está entrando em dinheiro, o quanto custa sua hora técnica, qual seu custo de seus serviços, a opinião e o desejo de seu paciente (SELLES; MINADEO, 2006, RUSSO, 2003). O administrador deve conhecer, entender e até criar novos modelos gerenciais para manter a saúde de sua empresa, identificar, perceber, manter e gerenciar recursos disponíveis tais como recursos humanos, recursos financeiros, recursos tecnológicos, recursos estruturais (KUAZAQUI; TANAKA, 2008). É importante destacar o discernimento do termo Administração e Gestão. A Administração é a coordenação planejada de todos os recursos e insumos de uma empresa e a Gestão é o gerenciamento dos recursos específicos a cada área, a cada departamento ou divisão e transformação de macro ambiente (KUAZAQUI; TANAKA, 2008). 124

125 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Saber administrar o consultório nesse cenário global é imprescindível e a maioria dos dentistas não possui uma visão de que o consultório funciona como uma empresa com diversos departamentos tais como: financeiro, clínico, recursos humanos, marketing e compras. O empresário cirurgião dentista deverá desempenhar cada função, ou pelo menos saber delegar algumas para seu funcionário, de uma forma organizada e planejada, a menos que deseje que sua empresa não obtenha sucesso, estabilidade e alcance seus objetivos e metas, por menor que seja seu consultório, existe todo um complexo administrativo/empresarial (RUSSO, 2003). Antes de montar um consultório é preciso fazer um planejamento, que é definido por Batemam (2006, p. 117) como: [...] o processo consciente, sistemático de tomar decisões sobre metas e atividades que um indivíduo, um grupo, uma unidade de trabalho ou uma organização buscará no futuro. como: Nesta mesma linha de raciocínio Kwasnicka (2007, p. 205) conceitua planejamento Análise de informação relevante do presente e do passado e a avaliação dos prováveis desdobramentos futuros, permitindo que seja traçados um curso de ação que leve a organização a alcançar bom termo em relação a sua estratégia competitiva e obter vantagem competitiva perante seus concorrentes. Como se observa planejar envolve uma série de atos, onde se deve determinar os objetivos, metas e definições dos planos a serem seguidos para atingir o público-alvo, pois a cada novo dia os clientes estão mais exigentes. Segundo Russo (2010) foi-se o tempo que era só comprar o equipamento e começar a trabalhar. O mundo mudou e a odontologia também, pior que isso, os clientes também não são mais os mesmos, tornaram-se exigentes, infiéis e extremamente econômicos. E quem não perceber isso, será passado para trás. Os profissionais que desejarem se sobressair no mercado atual devem ficarem atentos as mudanças e fazerem o possível para diferenciar seus serviços competitivamente. E para tanto é necessário elaborar um planejamento estratégico de marketing para alcançar suas metas, sua posição desejada, seu público-alvo e fortalecer a relação profissional/paciente. 125

126 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo Chiavenato e Sapiro (2003, p. 39): o planejamento deve maximizar os resultados e minimizar as deficiências utilizando princípios de maior eficiência, eficácia e efetividade. Eles são os principais critérios de avaliação da gestão. Para Kotler; Shalowitz; Stevens (2010, p.163): O planejamento estratégico orientado para o mercado é o processo gerencial de desenvolver e manter uma correspondência viável entre os objetivos, as habilidades e os recursos da organização e as oportunidades mutáveis do mercado. A meta do planejamento estratégico é moldar os negócios e as ofertas da organização de modo que rendam os lucros e o crescimento desejados. Por sua vez Chiavenato e Sapiro (2003, p. 39) definem o planejamento estratégico como um processo de formulação de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando. Conforme foi contextualizado, percebe-se que planejamento estratégico é um conjunto de atividades e ações que devem ser tomadas pelo Cirurgião Dentista para alcançar seus objetivos. Comenta Chiavenato (2007) que o alto nível de incerteza faz que o planejamento se torne importante, pois se tudo fosse certinho, não necessitaria do planejamento, pois ele serve para dar coerência e consistência às coisas incertas. Só é possível ser competitivos quando planejado estrategicamente metas e objetivos, pois são os mesmos que norteiam as ações a longo prazo para se alcançar o resultado esperado e o sucesso. O desenvolvimento de uma estratégia de Marketing assegura que a empresa corresponda ao ambiente do mercado competitivo (de seus produtos e /ou serviços) pelo qual ela opera (HOOLEY, 2005). Selles e Minadeo (2006, p. 16) descrevem o Marketing como: Marketing é pode ser entendido como uma orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organização é perceber as necessidades, desejos e valores de um mercado visado, e adaptar-se para promover as satisfações desejadas de forma mais eficaz que seus concorrentes. Assim, o papel do Marketing é conquistar e manter clientes. A essência do marketing é o processo de troca, no qual as partes permutam alguma coisa para satisfazer suas necessidades e desejos (TEIXEIRA et al., 2010) 126

127 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo Kloter (2000, p. 30): Marketing é um processo social por meio do quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. Marketing auxilia os profissionais a criarem e oferecerem serviços que atendam melhor às necessidades e desejos dos seus clientes, pois eles que irão decidir a compra dos seus serviços. O Marketing orienta a atuação no mercado em busca de melhores serviços e fidelização dos clientes ( SELLES; MINADEO, 2006). Paim et al., (2004, p. 223) ressalta que: O marketing envolve informação de mercado, conhecimento do produto, força da marca, assistência ao cliente, relações publicas, comunicação visual, domínio sobre preço, novos produtos, política de serviço e comprometimento para o cirurgião dentista; isso é obtidos por uma troca mútua e comprometimento de promessas. O Marketing desempenha um papel crucial, pois é através do plano de marketing que se defini o mercado alvo, as características e os benefícios de cada serviço a ser oferecido e as decisões que determinaram preços, praça e promoção (KOTLER, SHALOWITZ, STEVENS, 2010, p. 140). O objetivo do marketing é a melhorara do resultado financeiro, da qualidade de vida e do prestígio social por meio da excelência do atendimento ao paciente (PAIM et al., 2004). Para o dentista alcançar o sucesso precisa ser empreendedor, ver as oportunidades, usando as ferramentas do Marketing para gerar lucros, satisfazer os pacientes e conquistar os demais (MAIA; TRUGUEIRO, 2008). Segundo Medeiros e Lima (2001) a conquista de cliente no setor odontológico não é mais ditado apenas pela qualidade do serviço profissional, ela não mais constitui um diferencial. O sucesso atual está ligado às variáveis não - clínicas tais como: o contato permanente com o cliente, fazer da primeira consulta uma experiência agradável, mostrar uma ambiente organizado e aprazível, apresentar um plano de tratamento acessível. 127

128 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo kotler (2000, p. 37) Mix de marketing ou composto de marketing é o conjunto de ferramentas que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Composto pode ser definido de 4P S do Marketing, que são eles: produto, preço, praça, promoção. Devemos entender são inter-relacionados e que as ações de um interferem e afetam diretamente os outros (TEIXEIRA et al., 2010). Estes quatro compostos mercadológicos: produto, preço, praça, promoção do marketing, se bem utilizados na odontologia contribui muito para o planejamento e gerenciamento de clínicas e consultórios odontológicos. Esses compostos mercadológicos geralmente são usados da mesma maneira pelos dentistas, mais o planejamento estratégico é que será o diferencial para com os demais. Os quatro P s também estão incluídos na formulação do objetivo de marketing como criar, comunicar e fornecer valor a um mercado alvo de modo lucrativo (KOTLER; SHALOWITZ; STEVENS, 2010, p. 27). O composto mercadológico do Produto ou Prestação de Serviços é tudo aquilo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 204). Esse composto pode ser muito bem aplicado no dia a dia no consultório odontológico, o profissional deverá apresentar um diferencial na prestação de serviço em relação aos seus concorrentes, e essa diferença deve ser significativa para o paciente perceber. O profissional poderá diferenciar seus serviços de diversas formas (SELLES; MNADEO, 2006, RUSSO, 2003, TEIXEIRA et al.,2010). - Especialidades: oferecer novos serviços em uma determinada especialidade como exemplo: ortodontia e ortopedia facial, ou um serviço multidisciplinar com várias especialidades onde o paciente pode ter uma reabilitação oral completa sem precisar deslocar para outro consultório ou clínica. A manutenção técnica - cientifico do profissional em congressos, seminário e também de toda equipe. 128

129 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - Serviços diferenciados: equipamentos modernos como câmera intra-oral, radiografias digitais, orientando quanto às doenças bucais; atendimento a domicilio ao paciente que não podem ser deslocar; atendimento de emergência 24 horas; atendimento em horário especial fora do horário de serviço do trabalhador; o paciente participar das decisões sobre o tratamento; convênio com táxi, clínicas radiológicas, laboratórios de análise clínica; agendamento de consulta pela internet e outros. - Garantia dos serviços: lembrando que na área de saúde a obrigação é de meio e não de resultado, mais aqui se refere à sensação de disponibilidade e atenção que o poderá receber caso necessite de um serviço de suporte, por exemplo, de atendimento de urgência ou domiciliar. Preço. Outro composto mercadológico do marketing que se aplica na área odontológica é o Conforme kotler e Armstrong (2003, p. 48) preço significa é a quantia de dinheiro que os clientes têm que pagar para obter o produto. Russo (2003) relata que na odontologia existe uma percepção generalizada da sociedade quantos aos preços dos tratamentos odontológicos, classificando como muito alto os valores para o poder aquisitivo geral. Teixeira et al., (2010) diz que um grande desafio para gestores está na correta formação de preços de seus produtos e serviços, eles precisam ser compatíveis com o mercado e o público-alvo. Conforme Selles e Minadeo (2006) no setor de saúde os preços se diferem dos demais, pois está relacionada ao nível dos serviços oferecidos (clínicas populares, clínicas sofisticadas), e antes de tudo é necessário que os preços sejam compatíveis com o públicoalvo. Muitos profissionais desenvolvem esse composto mercadológico apenas no preço final da prestação de serviço, ou seja, calculam os custos fixos e variáveis, mais a margem de lucro 129

130 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA que almeja, chegando assim no preço final da prestação de serviço ao cliente. Todavia nesse composto mercadológico devem ser tratadas também as formas e condições de pagamentos tais como: cheques, cartões, boletos, parcelamento de serviços e outros. Todas essas estratégias podem ser um diferencial entre o paciente optar por determinado profissional. Além disso, com esse composto mercadológico de preço, ele poderá estar focando em determinado público alvo (SELLES; MINADEO, 2006, RUSSO, 2003). Outro composto mercadológico importante é de Praça ou Ponto. Para Kotler e Armstrong (2003, p. 48) praça envolve as atividades da empresa que tornam o produto disponível aos consumidores - alvo. E segundo Selles e Minadeo (2006, p. 65): praça ou ponto se refere a todo um conjunto de elementos que objetivam tornar o serviço de saúde disponível ao cliente onde e quando ele desejar utilizá-lo. Na área odontológica está relacionado à praticidade de tempo e lugar, ou seja, a facilidade de acesso a prestação de serviço, a sua localização (periferia, centro comerciais, zona rural) e o local de atendimento. Pode também ser percebido e trabalhado na área odontológica colocando paciente como foco principal, oferecendo, por exemplo, instalações agradáveis para prestação de serviços; seus cuidados em relação à biossegurança; Ambiente confortável, climatizados, bem decorados e com revistas atualizadas de vários assuntos; música que acalmam; prestação de serviço agradável como chá, café, sucos, água, para que o paciente sinta a vontade; serviço de van para buscar e levar os pacientes idosos e crianças (RUSSO, 2003). O Composto mercadológico de Promoção compreende todo o esforço de comunicação que será utilizado para atingir o consumidor-alvo. Na visão de Kolter e Armstrong (2003, p. 48) promoção envolve as atividades que comunicam os pontos fortes do produto e convencem os clientes- alvo a comprá-lo. A promoção envolve todas as ações relacionadas à comunicação. O cirurgiãodentista poderá utilizar as seguintes formas promocionais, entretanto sem ferir o Código de 130

131 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Ética Odontológica. Segundo kotler e Keller (2006) apud Teixeira et al., (2010, p. 119) as principais ferramentas de comunicação são: propaganda, promoções de vendas, relações públicas e assessoria de impressa, marketing direto e venda pessoal. Existem várias formas de diferenciar a promoção tais como (MAIA; TRUGUEIRO, 2008, RUSSO, 2003): Utilizar arquivos e álbuns: mostrando fotos e casos concluídos parecido com o do paciente; vídeos de orientações sobre higiene oral. Na recepção: impressos sobre orientação de pós-operatório, higienização de próteses, alimentação, higiene oral, lembrando que deverá conter nome, o número da inscrição do Conselho Regional de Odontologia, telefone e endereço profissional conforme artigo 33 do Código de Ética Odontológica. preventiva. Escrever artigos em revistas, jornais e sites de cunho instrutivo de odontologia Para o paciente: enviar um cartão de boas-vindas; um cartão de agradecimento a pessoa que indicou o paciente; um cartão agradecimento e parabenizando finalização do tratamento; atendê-lo no horário marcado; ligações telefônicas adicionais como confirmação de consulta, saber do pós-operatório. Poderá ainda mimar o paciente com brinde personalizados tais como: escovas personalizadas, kit de higiene oral personalizados, imã de geladeira para lembrete de horário, com cartão de aniversário, de casamento, etc. Apesar de todas essas ferramentas o boca-boca ainda é uma das mais eficientes e antigas, pois ela se está baseada no depoimento e indicação de pacientes satisfeito, pois representa um novo propagandista, sendo uma fonte publicitária eficiente e segura. Ser bem recomendado representa um sinal de confiança, credibilidade para com os pacientes futuros (SELLES; MINADEO, 2006). 131

132 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O profissional deverá utilizar as ferramentas do Marketing com cautela para não ferir os preceitos éticos do Código de Ética Odontológica onde constitui infração ética conforme artigo 33 e seus parágrafos tais como oferecer seus serviços profissionais como prêmio em qualquer concurso; receber e dar gratificação por encaminhamento de paciente; executar e anunciar trabalho gratuito, preços, modalidades de pagamento ou outras formas que signifiquem competição desleal, ou com desconto com finalidade de aliciamento; anunciar especialidades e títulos que não possua; anunciar técnicas e tratamentos que não tem comprovação científica; dar consulta e diagnóstico ou prescrição de tratamento em veículos de comunicação em massa; provocar direta ou indiretamente através de propaganda, poluição de ambiente. Existem inúmeras maneiras de utilizar as ferramentas de Marketing, mas a estratégia do bom atendimento da recepcionista é essencial, que deverá sempre ser educada e sorridente, cumprimentar e identificar o paciente pelo nome, saber a razão da consulta, ao atender ao telefone usar palavras que demonstre a importância do atendimento tais como por gentileza, por favor,, queira me desculpar pela demora e assim por diante, pois esse será um dos primeiros contatos que o paciente terá com o consultório, devendo perceber que ele é a prioridade de atendimento no consultório (RUSSO, 2003). DISCUSSÃO Na Odontologia, bem como em qualquer outra área da saúde, é importante o profissional saber lidar com os desafios que o mercado de trabalho proporciona, e diante desse cenário, o cirurgião dentista precisa estar preparado para conquistar um lugar estratégico no mercado. O profissional de odontologia precisa desenvolver o perfil de empreendedor, tendo em vistas as inovações que estão ocorrendo no mercado atual, somente irão alcançar o sucesso profissional/empresarial aqueles que estão além de suas habilidades técnico-científico. Muitos profissionais ainda possuem uma visão muito limitada, pois curso de graduação não lhe dá uma base empresarial, não é ensinado para os futuros profissionais que os pacientes desejam muito mais do que seus serviços técnicos, Desejam sentir-se valorizado, desde da recepção até a conclusão do tratamento. Querem ser acolhidos em ambiente organizado e 132

133 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA limpo. São desejosos de atenção privilegiada e especial, pois é dessa forma que os pacientes sentem-se seguros e orgulhosos. E assim, transmitam esta satisfação para as demais pessoas. E para que isso ocorra, o planejamento é indispensável, pois ele orientará o profissional, a estabelecer seus os objetivos e metas, ajudando a determinar a melhor maneira de agir, oferecendo assim um alicerce para o consultório. O profissional deverá analisar sua própria situação e planejar sua clínica de acordo com as necessidades da clientela, considerar: a localização (se tem um bom acesso, sua visibilidade); o horário de atendimento (flexibilidade); a área de atuação (as especialidades oferecidas); a classe econômica (baixa, média ou alta); o tipo de atendimento (qual o tipo de tratamento será realizado); a forma de pagamento (cheques, cartão, boleto); suas metas a curto e longo prazo (financeiras, adquirir novos equipamentos, diminuir o índice de inadimplência, manter e atrair novos pacientes); a razão da existência de seu consultório, qual o padrão a ser alcançado, os pontos fracos e os pontos fortes em relação aos concorrentes. Assim o profissional alcançará com êxito o sucesso tanto financeiro quanto pessoal no ambiente que está atuando (MAIA; TRUGUEIRO, 2008). Ao proporcionar um diferencial usando as ferramentas do composto mercadológico, de forma estratégica, cuidando para não ferir os preceitos éticos, o profissional irá valorizar o seu paciente de forma que irá manter os já existentes e atrair novos paciente, valorizando seu trabalho, aumentando seus lucros e o mais importante satisfazendo assim suas necessidades e desejos do paciente CONCLUSÕES Diante do que foi exposto, percebe-se que os compostos mercadológicos de marketing quase sempre são aplicados da mesma forma pelos dentistas, pois os serviços/produtos oferecidos são os mesmos, seus preços na maioria se equiparam seus canais de fornecimento, seu ambiente, layout e promoção quase não se diferem um do outro. Através do planejamento estratégico o profissional de odontologia poderá traçar os objetivos e metas a serem atingidas pelo seu consultório, trabalhando de forma estratégica os compostos mercadológicos do marketing (produto, preço, promoção e praça) oferecendo assim um diferencial a seus clientes em relação aos seus concorrentes. 133

134 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA REFERÊNCIAS ARCIER, Nátalia Mendes et al. A Importância do Marketing Odontológico para enfrentar um mercado competitivo. Revista odontológica de Araçatuba, Araçatuba, v. 229, n.1, p.13-19, jan./jun., Disponível em: < Acesso em: 26 mar BATEMAN, Thoma S. Administração: novo cenário competitivo. 2. ed. São Paulo: Atlas, CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Código de ética odontológica. Disponível em < > Acesso em: 12 maio GARBIN, Artênio José Isper et al. Publicidade em odontologia: avaliação dos aspectos éticos envolvidos. RGO, Porto Alegre, v. 58, n. 1, p , jan./mar Disponível em< Acesso em: 12 maio HOOLEY, Graham J. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, KOTLER, Philip; SHALOWITZ Joel; STEVENS, Robert J. Marketing estratégico para área da saúde. Porto Alegre: Bookman, KOTLER, Philip ; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Pearson Prentice Hall, KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, KUAZAQUI, Edmir; TANAKA, Luiz Carlos Takeshi. Marketing e gestão estratégica de serviços em saúde. São Paulo: Thomson Learning, MAIA, Renata Maria Félix; TRUGUEIRO, Mariana. O Marketing é a chave do sucesso para a Odontologia Atual. Odontologia e Sociedade, Taubaté, v. 10, p.14-19, Disponível em < Acesso em: 26 mar MEDEIROS, Fátima Cristina de Lara Menezes; LIMA, Violeta Marques Silva. Marketing de relacionamento: um diferencial competitivo para os profissionais da odontologia. R. FARN, Natal, v. 1, n. 1, p.33-34, jul./dez

135 ISSN REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PAIM, Aline Priscila et al. Marketing em odontologia. Revista Biociência, Taubaté, v. 10, n. 04, p , out./ dez /index.php/biociencias/article/view/181 >Acesso em: 26 mar RUSSO, Fernando Luis Peixoto. Gestão em Odontologia: um negócio que não se aprende na escola. São Paulo: Lovise, SELLES, Alice; MINADEO, Roberto. Marketing para serviço de saúde: um manual de talento e bom sucesso. Rio de Janeiro: Cultura Médica, TEIXEIRA, Ricardo Franco et al. Marketing em organizações de saúde. Rio de Janeiro:FGV,

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