Exmo. Sr. Prefeito. Ilmos. Srs. Contador, Tesoureiro e Responsáveis pelo Sistema de Controle Interno e Licitação.

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1 Carta Circular nº 1/ Prefeitura Juiz de Fora, 4 de janeiro de Para: Exmo. Sr. Prefeito. Ilmos. Srs. Contador, Tesoureiro e Responsáveis pelo Sistema de Controle Interno e Licitação. Assunto: Calendário de Obrigações 2016: 1. Divulgação da Execução Orçamentária e Financeira em Tempo Real 2. Contas Públicas 3. Acesso à Informação Pública 4. Publicação e Envio dos RREO e RGF ao TCEMG e Câmara Municipal. 5. Audiência Pública 7. GEO-OBRAS 8. SICOM A Planejar Consultores Associados Ltda., como de costume, lembra a existência de inúmeras normas que estabelecem obrigações legais e que exigem dos Agentes Políticos e Servidores da Administração Municipal seus cumprimentos, com observância dos prazos competentes, evitando dessa forma instauração de processos administrativos, imposição de multas e outras sanções. Assessorando a Administração Pública Municipal e ciente da responsabilidade afeta aos Gestores Públicos e aos Servidores Municipais divulgamos, desde 2006, no site o CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES ANUAL - preparado por integrantes da nossa equipe técnica com informações acerca do cumprimento formal de algumas obrigações legais e seus prazos para cada mês, sem cunho exaustivo, devendo a Administração Pública verificar outros prazos aplicáveis ao Município. Nesses termos, segue o calendário de obrigações do mês de janeiro de 2016, sendo que o calendário dos meses posteriores será divulgado no site da Planejar Consultores. Dentre as obrigações legais que constam no Calendário de Obrigações reiteramos: 1 DIVULGAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA EM TEMPO REAL Compete à Administração Direta e Indireta liberar ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, até o primeiro dia útil subsequente à data do registro contábil no respectivo sistema, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira das unidades gestoras, referentes à receita e à despesa, bem como o registro contábil tempestivo dos atos e fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da

2 entidade, em meio eletrônico que possibilite amplo acesso público: a internet, sem exigências de cadastramento de usuários ou utilização de senhas para acesso público. Nos termos do inciso II do parágrafo único do art. 48, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, acrescido pela Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009, regulamentado pelo Decreto Federal nº 7.185, de 27 de maio de 2010 e Portaria nº 548, de 22 de novembro de 2010, sem prejuízo dos direitos e garantias individuais constitucionalmente estabelecidos, a transparência da gestão fiscal deverá ser disponibilizada, via internet, pelo menos, das seguintes informações afetas à execução orçamentária e financeira: DESPESA: a) o valor do empenho, liquidação e pagamento; b) o número do correspondente processo da execução, quando for o caso; c) a classificação orçamentária, especificando a unidade orçamentária, função, subfunção, natureza da despesa e a fonte dos recursos que financiaram o gasto; d) a pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento, inclusive nos desembolsos de operações independentes da execução orçamentária, exceto no caso de folha de pagamento de pessoal e de benefícios previdenciários; e) o procedimento licitatório realizado, bem como à sua dispensa ou inexigibilidade, quando for o caso, com o número do correspondente processo; e f) o bem fornecido ou serviço prestado, quando for o caso. RECEITA, os valores de todas as receitas da unidade gestora, compreendendo no mínimo sua natureza, relativas a: a) previsão; b) lançamento, quando for o caso; e c) arrecadação, inclusive referente a recursos extraordinários. 2 CONTAS PÚBLICAS Compete ao Município tornar disponível para acesso, via internet, na homepage Contas Públicas do Tribunal de Contas da União os seguintes dados e informações públicas, nos termos da Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998, regulamentada pela Instrução

3 Normativa TCU nº 28, de 5 de maio de 1999 TCU e Portaria Federal nº 275, de 14 de dezembro de 2000: montante de cada um dos tributos arrecadados; demonstrativos bimestrais acerca da execução; demonstrativos anuais de receitas e despesas; orçamentos anuais; balanços orçamentários anuais; resumos dos instrumentos de contrato, ou de seus aditivos; e relações mensais de todas as compras realizadas. Para que o município divulgue suas informações na homepage Contas Públicas, é necessário o preenchimento de formulário para identificação do órgão responsável, do nível de governo (Município) e do endereço eletrônico (links) na Internet, a permitir acesso à página específica de seu site, contendo os referidos dados e informações. Assim, após preenchido e assinado, o formulário deve ser encaminhado ao TCU, para cadastramento. 3 ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA A Lei Federal nº , de 18 de novembro de 2011, foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.724, de 16 de maio de 2012, estabelecendo que qualquer cidadão tem direito de acesso às informações dos órgãos públicos. Todos podem solicitar acesso às informações públicas. O pedido não precisa ser justificado, apenas conter a identificação e o contato do interessado, bem como a especificação da informação solicitada, sendo importante que seja criado um Formulário de Pedido de Acesso de Informação, para um melhor controle e acompanhamento no âmbito interno da Prefeitura, com definição do setor administrativo que o formulário deverá ser protocolado e o setor ou servidor responsável para proceder a análise e efetivação do procedimento competente para a resposta à informação pleiteada e a quem recorrer nos casos de indeferimento do requerimento. A resposta ao interessado deve ser dada imediatamente, se estiver disponível, ou em até 20 dias, prorrogáveis por mais 10 dias, mediante justificativa, garantindo, assim, a metodologia legal correta e o amplo acesso das informações públicas ao cidadão, de forma transparente, completa, imediata e gratuita, em linguagem clara e de fácil compreensão.

4 Nesse compasso, para melhor aplicação da Lei Federal nº /2011 em sua área de atuação, cabe ao Município seus Poderes Executivo e Legislativo- regulamentar, mediante ato administrativo próprio, acerca das regras objetivas sobre o procedimento administrativo interno. Os municípios com população superior a (dez mil) habitantes são obrigados a divulgar informações públicas que deverão constar, no mínimo: I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; financeiros; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. Os Municípios com população de até (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet dos dados acima, mantida a obrigatoriedade de divulgação, a partir de 28/05/2013, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios previstos no art. 48-A da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000, alterada pela Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009 (Lei de Responsabilidade Fiscal/Transparência Fiscal) e Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998 (Contas Públicas). A transparência passa ser a regra; o sigilo, a exceção, já que consiste em um direito constitucional dos cidadãos e um dever do Poder Público, sendo de responsabilidade dos Agentes Políticos e Servidores facilitarem o acesso à informação pública, contribuindo para a consolidação do regime democrático, a ampliação da participação cidadã e o fortalecimento da transparência pública. 4 - PUBLICAÇÃO E ENVIO DOS RELATÓRIOS RESUMIDO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA RREO E DE GESTÃO FISCAL - RGF AOS ÓRGÃOS DE CONTROLE EXTERNO TRIBUNAL DE CONTAS E CÂMARA MUNICIPAL. O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais TCEMG, através da Instrução Normativa nº 12, de 3 de dezembro de 2008, dispõe sobre procedimentos afetos ao Relatório de

5 Gestão Fiscal RGF e Relatório Resumido da Execução Orçamentária RREO e dos Comparativos das Metas Bimestrais de Arrecadação previstos na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de Lei de Responsabilidade Fiscal LRF. Diante disso, compete ao Poder Executivo dar publicidade aos Relatórios de Gestão Fiscal e Resumido da Execução Orçamentária, acompanhado dos respectivos demonstrativos, bem como do comparativo das metas bimestrais de arrecadação, no prazo de até trinta dias após o encerramento do período a que se referir, por meio eletrônico e mediante a afixação em local de fácil acesso ao público, nas dependências da Prefeitura, da Câmara e das entidades da Administração Indireta Municipal (Autarquias, Fundações e, ainda, Empresas Estatais Dependentes). Assim, a observância da Instrução Normativa TCEMG nº 12, de 2008 se impõe, competindo ao Poder Executivo enviar, no prazo legal, à Câmara Municipal e às Entidades da Administração Indireta, se existentes, os relatórios, demonstrativos e comparativos acima mencionados, para que sejam afixados nos respectivos quadros de amplo acesso ao público. Vale lembrar que deixar de publicar e apresentar ao Tribunal de Contas - MG o Relatório Resumido da Execução Orçamentária RREO no prazo e com o detalhamento previsto em lei poderá ensejar punição, nos termos seguintes: Proibição de receber transferências voluntárias, excetos as relativas a ações de educação, saúde e assistência social e contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida imobiliária (art. 51, 2º c/c art. 52, 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal). Cassação do mandato (art. 4º, VII do Decreto-Lei nº 201, de 1967). Multas (Regimento Interno e Instruções do TCEMG) Ademais, deixar de divulgar ou de enviar ao Legislativo e ao Tribunal de Contas - MG o Relatório de Gestão Fiscal RGF, no prazo e com o detalhamento previsto em lei poderá ensejar também as seguintes penalidades: Proibição de receber transferências voluntárias, excetos as relativas a ações de educação, saúde e assistência social e contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida imobiliária (art. 51, 2º c/c art. 52, 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal). Multa de 30% (trinta por cento) dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal (art. 5º, inc. I, 1º da Lei nº , de 2000)

6 5 AUDIÊNCIA PÚBLICA. A transparência dos gastos públicos é um dos pilares em que se apoia a Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, alterada pela Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal LRF. Com efeito, um dos mecanismos dessa transparência consiste na realização de audiências públicas. Assim, o Poder Executivo deve providenciar a realização de Audiência Pública para demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais na Câmara de Vereadores, nos meses de fevereiro, maio e setembro, nos termos do 4º do art. 9º, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso, compete o Poder Executivo a incentivar a participação popular e a realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão do plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos, conforme inc. I do parágrafo único do art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. 6 GEO-OBRAS Os dados, informações e documentos relativos ao procedimento de licitação, dispensa ou inexigibilidade, à contratação e à execução de obras e serviços de engenharia deverão ser remetidos no prazo definido na Instrução Normativa nº 06, de 26 de outubro de 2013, de acordo com a realização, por meio do Sistema Informatizado de Acompanhamento de Obras e Serviços de Engenharia GEO-OBRAS. O Gestor da Unidade Jurisdicionada deverá designar os servidores responsáveis pela remessa das informações, documentos e imagens relativos à licitação, contrato e a execução de obras e serviços de engenharia, mediante assinatura digital, certificada por autoridade credenciada pela ICP-Brasil, via Sistema de Gestão de Identidade do Tribunal de Contas SGI, no Portal do Tribunal de Contas. Os servidores designados serão cadastrados no Sistema de Gestão de Identidade do Tribunal de Contas SGI, com senha pessoal e intransferível, a qual servirá como chave de acesso para o Geo-obras/TCEMG, nos termos da Instrução Normativa n. 04, de 03 de abril de Importa reiterar que deverão ser inseridos no Sistema Geo-obras/TCEMG todas as informações e documentos relativos a: a) licitações, contratos e obras e serviços de engenharia cujos avisos de licitação tenham sido publicados ou cujos convites tenham sido emitidos;

7 b) contratações diretas, mediante dispensa ou inexigibilidade de licitação, referentes às obras e serviços de engenharia cujas publicações da ratificação da situação de dispensa ou inexigibilidade tenham ocorrido; c) obras e serviços de engenharia executados diretamente pela Administração cujas ordens de serviço tenham sido emitidas. O órgão, entidade e consórcio público de direito privado deverão manter em sua sede as informações, documentos e comprovantes de despesas devidamente arquivados, na forma da legislação específica. 7 SICOM O Tribunal de Contas editou novas regras e prazo para o envio do Sicom - Sistema Informatizado de Contas dos Municípios com vigência a partir de 1º de janeiro de 2016, referente ao exercício financeiro de 2016 e seguintes, mantendo a regra anterior para o exercício de 2015 e anteriores. Assim, permanece a Instrução Normativa n. 10, de 14 de dezembro de 2011 para as informações do ano de 2015 e a nova Instrução Normativa n. 03, de 25 de novembro de 2015 disciplina a remessa ao Tribunal de Contas das informações orçamentárias, financeiras, contábeis, operacionais e patrimoniais dos municípios, referentes ao exercício financeiro de 2016 e seguintes, por meio do Sicom. A remessa referentes as informações a partir de janeiro de 2016 será realizada exclusivamente por meio do Portal do Sicom, nos seguintes prazos e módulos, respectivos: I Instrumentos de Planejamento (PPA/LDO/LOA) - até 31 de janeiro do exercício financeiro a que se referir a Lei Orçamentária Anual/LOA; II Acompanhamento Mensal - até o último dia do mês subsequente ao mês de referência; III Balancete Contábil até 15 de fevereiro do exercício financeiro subsequente; e IV Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público até 31 de março do exercício financeiro subsequente. Nenhum leiaute dos módulos Instrumentos de Planejamento poderá ser gerado em branco, as informações pertinentes ao Plano Plurianual , Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016 e Lei Orçamentária de 2016 deverão ser enviadas ao TCEMG até 31 de janeiro, conforme leiaute disponibilizado no Portal do Sicom, acompanhadas dos textos integrais das leis.

8 Assim, eventualmente e quando não houver informações a serem prestadas ao Tribunal de Contas/MG, esse fato deverá ser expresso por meio da Declaração de Inexistência de Informações na versão do Sicom. Importa reiterar que os responsáveis pelos documentos e informações prestados ao Tribunal de Contas por eles responderão pessoalmente, nos termos da Lei Complementar Estadual nº 102/2008, caso venham ser apuradas divergências ou omissões ou o não cumprimento dos prazos estabelecidos na INs TC ns 10/2011 e 03/2015 (SICOM). Por derradeiro, recomendamos que seja designado, por escrito, por ato administrativo próprio, os servidores que ficarão responsáveis pelo preenchimento dos dados e informações acima indicados e seu acompanhamento, bem como a remessa competente ao Tribunal de Contas/MG. As normas mencionadas acima estão disponíveis no endereço eletrônico e Todos os assuntos em pauta são de relevância pública, cujas regras e seus prazos devem ser observados, para garantia da regularidade da gestão pública municipal, evitando, inclusive, a aplicação de multa e outras sanções. necessários. À disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que porventura se façam Atenciosamente. PLANEJAR CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA.