Produção de tomate sem desperdício de água. Palestrante Eng. Enison Roberto Pozzani
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1 Produção de tomate sem desperdício de água Palestrante Eng. Enison Roberto Pozzani
2 Panorama da irrigação no Brasil Estima-se que menos de 20% dos irrigantes utilizem alguma ferramenta para controlar a irrigação 70% da água utilizada pelo homem é usada na irrigação A irrigação é praticada em excesso - de 20 a 70%
3 Panorama da irrigação no Brasil Somente 5% das áreas cultivadas são irrigadas mas representam cerca de 25% de toda produção agrícola Segundo a FAO, 80% dos produtos necessários para satisfazer as necessidades da população mundial, nos próximos 20 anos, serão providos pelos cultivos irrigados.
4 Por que é importante saber irrigar? Promove o aumento da produtividade e qualidade; Melhora a sanidade da planta (menor incidência de fungos, bactérias, patógenos) Reduz o custo de produção (água, energia, fertilizantes e defensivos) Teremos leis mais rígidas e crescente de fiscalização quanto ao uso de água
5 Por que é importante saber irrigar? Porque a água é um bem cada vez mais escasso e deve ser usada com sabedoria Devemos fazer uso da água na medida da necessidade promovendo seu uso racional Reduz a contaminação do solo e lençol freático evitando a lixiviação e drenagem profunda
6 Efeito da produtividade x umidade do solo Curva típica de produtividade relacionado com a umidade do solo em plantas sensíveis a hipoxia Fonte: Dr. Adonai Calbo / Embrapa
7 O que é manejo da irrigação? É irrigar a planta na quantidade de água certa e na hora que ela precisa, isto é, saber QUANDO irrigar e QUANTO de água aplicar É saber QUANDO e QUANTO irrigar (simples assim?)
8 O que é manejo da irrigação? É irrigar de maneira que a planta se desenvolva na sua plena capacidade produtiva com o menor custo de produção, através de estratégias adequadas à cultura, tipo de solo e sistema de irrigação
9 O que é manejo da irrigação? O manejo da irrigação tem por objetivo promover um desenvolvimento radicular eficiente (grande volume de raízes e com alta capacidade de absorção). Isso se faz estabelecendo níveis de secamento adequados sem que a água seja um fator limitante de produtividade.
10 A pergunta (que não quer calar) Se o manejo da irrigação é tão importante e traz tantos benefícios, porque poucos ainda fazem o uso desta técnica?
11 As respostas Porque não se dá a devida importância para o fato (produtores, extencionistas, instituições de ensino) Porque as técnicas ou métodos são difíceis de aplicar Porque não dispomos de conhecimento e mão-de-obra qualificada
12 As respostas Porque os instrumentos tem alto custo (estação climática, sensores de umidade de solo, etc) Baixa qualidade e confiabilidade dos instrumentos Não se considera as relações de interdependência (cultivar, clima, solo, sistema de irrigação, nutrição)
13 Métodos de manejo de irrigação Manejo via clima Manejo via solo Manejo via planta
14 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via planta - Se utiliza de medidas feitas diretamente na planta para avaliar estados que se relacionem com a necessidade de irrigação
15 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via planta -
16 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via planta - Avaliação visual do estado da planta : parte aérea e raízes
17 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via planta - Vantagens: avalia diretamente a condição fisiológica da planta, mas não necessariamente a necessidade de irrigar Desvantagens: instrumentos de custo alto, técnica usada mais em pesquisas, pouco uso prático, dependência de mão de obra treinada (dedo verde), analise subjetiva
18 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via clima - Se utiliza de medidas climáticas para estimar a perda de água no solo (cálculo da evapotranspiração, balanço hídrico) Exemplos: medição de temperatura do ar, umidade relativa do ar, quantidade luminosa, velocidade do vento, precipitação de chuva, tanque classe A, evaporímetros
19 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via clima -
20 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via clima -
21 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via clima - Vantagens: atualmente os instrumentos tem custos mais acessíveis, técnica bastante difundida principalmente para grãos Desvantagens: precisão do método, uso de muitos cálculos e fórmulas empíricas, pouco aplicado em Horticultura, não avalia a condição fenológica da planta
22 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via solo - Se utiliza de medidas feitas no solo para avaliar a necessidade de água para as plantas Leituras são pontuais e precisam de uma amostragem representativa Exemplos: Tensiômetros, sensores de umidade, aparência do solo (hand-feel), método padrão de estufa
23 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via solo - Hand-feel (avaliação sensitiva da umidade do solo) : dependência de mão de obra treinada (dedo verde), análise subjetiva
24 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via solo - Determinação da umidade do solo por método padrão de secagem: método preciso, dispendioso, resultado não imediato
25 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via solo - Sensores de umidade (capacitivos, TDR, resistivos, etc): normalmente medem o teor volumétrico de água no solo, custos relativamente altos, podem ter interferência da salinidade do solo
26 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via solo - Sensores com princípio tensiométrico: Irrigás,
27 Métodos de manejo de irrigação Tensiômetros - Manejo via solo -
28 Métodos de manejo de irrigação - Manejo via solo - Tensiômetros É a ferramenta mais usada mundialmente para manejo de irrigação em hortaliças. Medem a tensão de água no solo ou potencial matricial Representa diretamente a disponibilidade de água para as plantas Baixo custo de implantação, práticos e fáceis de usar Servem para uso em solo, não em substratos
29 Uso prático de tensiômetros Recomendações: Usar tensiômetros de qualidade para obter leituras confiáveis Use no mínimo 3 pontos de controle Posicionamento adequado: profundidade, junto das raízes, dentro do bulbo úmido, plantas sadias Verificar que a tensão-limite é também função do sistema de irrigação utilizado e da textura do solo A instalação deve garantir um bom contato entre cápsula porosa e solo Registrar as leituras em uma ficha de controle mensal: valor de cada estação de controle, chuva, lamina aplicada, data de plantio
30 Uso prático de tensiômetros
31 Uso prático de tensiômetros Tensiômetro raso: deve ser instalado na profundidade de maior concentração de raízes : chamado de decisão, define o momento de irrigar usando uma tensão limite. A determinação da tensão limite pode ser definida por meios práticos ou uso de tabelas É comum o uso de tensiômetros em 3 profundidades: melhorando a análise do perfil do solo
32 Uso prático de tensiômetros Tensiômetro fundo: deve ser instalado na profundidade de pouca presença de raízes : usado para ajuste da lamina de irrigação por tentativas. Irrigar o suficiente para que a tensão nos tensiômetros rasos seja reduzida para 5 a 10 kpa e a leitura nos tensiômetros profundos permaneça entre 15 e 25 kpa. A lâmina de água aplicada será considerada insuficiente se a tensão nos tensiômetros rasos, 1 a 4 horas após a irrigação, for maior que 10 kpa e/ou se perceber que a tensão nos tensiômetros profundos começar a aumentar lentamente a cada irrigação. Neste caso, aumentar o tempo de irrigação entre 10% e 25% e observar o comportamento dos tensiômetros durante as próximas irrigações.
33 Gráfico real de leituras em solo
34 Gráfico real de leituras em substrato
35 Gráfico real de leituras em solo
36 Uso prático de tensiômetros Fonte: Circular 57 EMBRAPA Uso de Tensiômetros
37 Novas ferramentas Telemetria : utilização de sensores sem fio (facilidade de instalação, custos ainda altos, interfaces amigáveis)
38 Novas ferramentas Registradores eletrônico de dados: registros contínuos dos sensores, preços atrativos, interfaces gráficas
39 Novas ferramentas Telemetria via WEB: acesso as leituras em tempo real de qualquer PC, smartfone ou tablets
40 Novas ferramentas Tensiometros a gás: uso em solo e substratos. Incorpora funções de medição e controle automático da irrigação
41 Considerações importantes *** Fatores de interdependência *** Condutividade elétrica do solo (salinidade): afeta diretamente a tensão osmótica (1 ms/cm 35 Kpa)
42 Considerações importantes *** Fatores de interdependência *** Sistema de irrigação > Gotejamento: irrigações mais frequentes, tamanho de bulbo úmido variável > Aspersão: irrigações menos frequentes, maior volume de água armazenada no solo Fase fenológica da planta : germinação (muda), crescimento, florescimento, frutificação
43 Considerações importantes *** Fatores de interdependência *** ph do solo: afeta a eficiência de absorção de nutrientes pelas raízes
44 Considerações finais Não há receita pronta, cada caso deve desenvolver estratégias próprias de manejo de irrigação Utilize métodos complementares: hand-feel, análise visual da planta Escolha tecnologias adequadas ao seu perfil tecnológico Lembre-se de considerar a raiz com parte integrante da planta Comece a medir e registrar as leituras Faça intervenções lentas e graduais: é mais seguro e prudente Uniformidade de distribuição de água do sistema de irrigação: afeta diretamente a eficiência de aplicação de água e consequentemente o desperdício. Avalie periodicamente seu sistema de irrigação. Comece numa área pequena, aprenda a técnica, verifique os resultados, cresça as áreas Peça auxílio (remunerado) de um profissional
45 ????? Perguntas?????
46 Agradecemos sua atenção! Contato: Enison Pozzani
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