Variáveis Instrumentais

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1 Técnicas Econométricas para Avaliação de Impacto Variáveis Instrumentais Guilherme Issamu Hirata Centro Internacional de Pobreza (IPC/PNUD) Brasília, 2 de maio de 28.

2 Introdução Qualidade do Ensino: Escola Pública X Escola Privada Escola Católica (proxy para escola privada) Ingresso na Universidade Renda Familiar

3 Salário e Educação: S f, + ( X E ) u O problema é que a habilidade determina salário e pessoas mais habilidosas buscam mais educação. Mesmo mecanismo anterior. Ocupação e Salário Incluir ou não ocupação na equação salarial? A escolha ocupacional pode não se dar por meio de fatores observáveis. Pode haver correlação espúria entre ocupação e salário.

4 Nos exemplos acima, temos: β + X i E β i + α D + v ( v ) Cov ( X,v ) Cov ( D, v ) Isto é, há um fator determinando D que também determina ou é determinado por. Basicamente, o método de Variável Instrumental busca eliminar do modelo essa correlação.

5 Nas três últimas aulas, a implementação dos métodos expostos tinham como pressupostos fundamentais: o SUTVA o Independência da média condicional Variável observada: ( ) ( ) ( ) [ ] E, E, onde * > v Z D D u u u u D D γ µ µ

6 Assim, µ + µ µ ( ) D + u + ( u u )D Segundo termo representa o ganho médio relativo ao tratamento, para indivíduos com vetor X Quarto termo indica o ganho específico individual Na estimação, viés pode aparecer em dois casos: Variável omitida que determina D e : seleção sobre observáveis Fatores não observáveis que determinam D e : seleção sobre não observáveis

7 ! No segundo caso, abandono do pressuposto de independência da média condicional Em outras palavras, P ( D, X ) P ( D X ) p ( x ) Como contornar o problema: basicamente, a idéia é retirar de u o componente correlacionado com v Métodos: o Variável instrumental o Heckman o DD o Modelos estruturais

8 Variáveis instrumentais Exemplos de aplicação: o Tostines: Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? o Oferta e demanda (Wright, 928) o Oferta de trabalho (Mroz, 98) o Educação (Altonji et al, 22) o Mortalidade (Jablon & Seltzer, 975) dos veteranos de guerra Obs: Método bastante empregado em casos de Omissão de Variáveis e Erros de Medida.

9 Identificação Suposição : SUTVA Suposição 2: Restriç ão de Exclusão Seja Z uma variável aleatória. Z atende a esta suposição se ( z D ) ( z ', D ), z, z ' Z,. Suposição não testável diretamente, uma vez que está baseada em um contrafactual. Para facilitar o entendimento, suponha que Z é a variável de designação do tratamento, aleatoriamente distribuída na população, ou seja, a intenção do tratamento.

10 Z para o indivíduo elegível. Z para o indivíduo não elegível. Se todos os elegíveis recebem o tratamento, Z D. No entanto, esse é o caso ideal. Na realidade, temos quatro tipos de indivíduos: Z, D Z, D Z, D Never-taker Complier Z, D Defier Always-taker

11 Suposição 3: Monotonicidade As suposições e 2 não garantem a identificação de um efeito de tratamento. Vejamos por que. [ ] [ ] ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) ( ) [ ] ( ) ( ) [ ] ' ' ' ' ' ' z Z z D E z Z z D E z Z z D z D E z Z z D z D E z Z E z Z E Por causa da suposição 2, a equação acima torna-se:

12 E Pr Pr [ D ( z ) D ( z ')( ) ] [ D ( z ) D ( z ') ] E [ D ( z ) D ( z ') ] [ D ( z ) D ( z ') ] E [ D ( z ) D ( z ') ] A equação acima pode ser zero ou negativa, mesmo se, para todo indivíduo,. > Para assegurar que isso não aconteça, assume-se uma restrição não verificável, mas bastante plausível: a monotonicidade do efeito de Z sobre D: Se, para z > z ', D ( z' ), então ( z ) os indivíduos. D, para todos

13 Observação: alternativamente, poderia ser assumido efeito de tratamento constante para todos os indivíduos, ou seja, restringir a possibilidade de heterogeneidade. Suposição 4: corr ( Z, D ) Basicamente, essa suposição diz que Z apresenta um efeito sobre D. Dessa forma, Z também afeta, mas apenas indiretamente, via D. Isto é, pode-se definir um D Z D Z efeito médio causal de Z sobre D: [ ( ) ( ) ] E.

14 Definição de Variável Instrumental: Z satisfaz as suposições 2 e 4. Dadas as suposições a 4: Local Average Treatment Effect (LATE) E [ D ( ) D ( ) ] [ (, D ( ) ) (, D ( ) ) ] E [ D ( ) D ( ) ] E

15 LATE representa o impacto sobre os compliers, não sendo, em geral, representativo do efeito sobre todos os tratados. LATE ATE ATT se o efeito de tratamento é homogêneo. Importante: Não podemos identificar o grupo dos compliers, ou seja, os indivíduos que mudam de comportamento influenciados pelo instrumento.

16 Efeito de Tratamento Marginal [ X, Z ] [ D X, Z ] E MTE Z Pr z ATE valor esperado de MTE, incluindo todos os indivíduos. ATT valor esperado de MTE, excluindo os indivíduos que não participam do tratamento. LATE valor esperado do MTE, para o intervalo de Z onde a taxa de participação difere.

17 Violação de pressupostos SUTVA: se a variável de interesse de um indivíduo é afetada pela condição de tratamento das demais pessoas ou por algum outro tratamento que ocorre ao mesmo tempo, não podemos identificar o contrafactual (Rubin, 986).

18 Restrição de exclusão: ( ) Z X D u X Z v Z X D X Z e X X D λ β π λ β π ε β α ' ' ' ˆ ' ˆ, cov '

19 ˆ α α D ˆ α + + X ' β + cov ( v, ε ) λ var ( v ) ε Quanto maior a correlação entre Z e D, isto é, quanto mais forte o instrumento, menos sensível é o estimador à violação da restrição de exclusão. Podemos ver também que, quanto maior o efeito de Z sobre, maior o viés do efeito do tratamento.

20 Monotonicidade: E, D LATE E D [ ( ( ) ) (, D ( ) ) ] [ ( ) D ( ) ] [ D ( ) > D ( ) ] + { E [ D ( ) < D ( ) ] E [ D ( ) > D ( ) ] } P [ D ( ) D ( ) ] λ < E [ D ( ) D ( ) ] E λ onde Mesmo se a proporção de defiers for baixa, o viés pode ser alto caso o instrumento seja fraco.

21 Se o efeito médio do tratamento para compliers e defiers é o mesmo, então a violação da monotonicidade não produz viés. ( Z, D ) corr : Não há identificação do efeito do tratamento, uma vez que Z não representa um instrumento.

22 Estimação ATE: Supondo ausência de heterogeneidade do impacto, MQ2E produz resultados consistentes e eficientes. No entanto, há controversa sobre a melhor maneira de estimar o primeiro estágio. P ( D X, Z ) G ( X, Z ;γ ) β + β i X i + α D + u

23 ATE incluindo interações β + β X + α D + D X i i Instrumentos G ˆ, G ˆ ( X ) ( X X ) δ + u LATE: δ + α D + u, usando Z como instrumento.

24 Múltiplos Instrumentos Baseados no estimador de Wald, Angrist e Imbens (995) identificam um ATE por meio da média ponderada do que eles chamam de Resposta Causal Média (average causal response, ACR). Considerando k variáveis instrumentais discretas, pode-se construir uma única variável Z com k+ valores. O parâmetro de efeito de tratamento seria: E [ Z k ] E [ Z k ] β µ k Z E D Z k E D Z k [ ] [ ]

25 K onde µ. k k O peso é proporcional à ( D Z k ) E ( D Z k ) E, ou seja, à qualidade do instrumento. Além disso, β dá mais peso às estimativas de Wald que estão mais próximas ao centro da distribuição de Z, uma vez que µ k é proporcional a ( Z > k ) ( Pr ( Z > k ) ) Pr.

26 Aleatorização e Variável Instrumental Tanto a aleatorização da eligibilidade ao tratamento, quanto a aleatorização da participação dentre os elegíveis garante que as mesmas não sejam correlacionadas com fatores pessoais ou sociais e, portanto, tratados e controles não apresentam diferenças, na média, nas características não observáveis. Por construção X D. E X g X g X E U U [ ] ( ) ( ) ( X )

27 ATE ATT quando: Não há heterogeneidade Há heterogeneidade, mas há aleatorização da participação. Propensity Score e Variável Instrumental Ichimura e Taber(2) mostram como o método de propensity score pode ser considerado um caso especial do método de variável instrumental

28 Pressupostos Independência condicional: D X Suporte comum: < p ( X ) <, Podemos assumir que D é uma restrição de exclusão em E i. [ X ] Assim, suponha que Z seja uma variável instrumental, não necessariamente binária. Temos que, Z X, ou seja: E Z, X E X + E X P Z, X [ ] [ ] [ ] ( ) onde P ( Z, X ) Pr ( D Z, X )

29 Dois métodos de estimação Primeiro: regressão 2 Defina ( X ) E [ P ( Z, X ) X ] e Q ( X ) E P ( Z, X ) [ X ] P Pode-se mostrar que: E [ P ( X ), Q ( X ) ] Cov Var [, P ( Z, X ) P ( X ), Q ( X ) ] [ P ( Z, X ) P ( X ), Q ( X ) ] Segundo: Diferença Defina Q ( X ) Pr [ Z z Z z ou Z z', X ], z, z '

30 E [ Q ( X ), Z z, z '] E P ( z, X ) P ( z ', X ) Z z, Q ( X ) E P ( z, X ) P ( z ', X ) Z z Se Z D, P(Z,X) D, e Q(X) P(X), ou seja, temos o propensity score. ', Q ( X )

31 Considerações finais Método promissor teoricamente, mas pode frustrar na prática Há um problema de eficiência em pequenas amostras Sensibilidade do LATE ao instrumento Controversa: Qual parâmetro é factível de ser estimado no contexto do método IV?

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