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2 Ensaio sobre o problema da delimitação da lei processual e da lei substantiva no âmbito do direito internacional privado europeu I. O problema O problema da delimitação entre a lei processual e a lei substantiva resulta do conflito entre as funções de gestão da justiça que são de competência exclusiva do Estado do foro e os interesses privados inerentes à justiça do DIP. A existência de interesses distintos entre a escolha do foro competente e a determinação da lex causae coloca o problema dos limites da aplicação da lei estrangeira e da lei processual do foro em matéria relevantes como o direito probatório e as presunções legais 1. No âmbito da Convenção de Bruxelas, o TJUE concluiu que a qualificação sobre a natureza processual ou substantiva depende da lex fori, sendo esta competente para regular as 1 Cfr. Bernard Audit, Droit International Privé (Paris: Economica, 2008)., p Sobre as posições que fundamentam a soberania da lex fori a respeito do direito processual ver Richard Garnett, Substance and Procedure in Private International Law (Oxford: Oxford University Press, 2012)., p. 10 e seguintes.

3 3024 Geraldo Rocha Ribeiro questões processuais 2. Todavia, esta solução apresenta dificuldades e riscos quanto à aplicação harmoniosa do direito da União, uma vez que há divergências que a latere podem frustrar a desejada uniformização da competência jurisdicional e do direito de conflitos. Em particular quando as matérias do direito de prova e direito processual foram excluídas do âmbito de competência dos Regulamentos Roma I e II, ficando por responder como se acautela o princípio do primado do direito da União se o critério de resolução entre direito processual e direito substantivo resultar de soluções nacionais. Em princípio este conflito não ocorrerá por força da delimitação uniliteral operada pelos regulamentos e pela defesa de uma interpretação autónoma dos conceitos jurídicos 3. De facto, o carácter autónomo dos conceitos bem como os princípios e liberdades fundamentais tanto podem estender como limitar a competência da lex fori. Assim a interpretação dos conceitos utilizados nos artigos 1.º, n.º 3 de Roma I e Roma II, quanto ao processo e prova, têm um significado decisivo porque algumas regras podem constituir limites práticos à eficácia dos regulamentos. Daí a necessidade da interpretação não ser determinada por cada Estado membro, mas pela construção de um conceito autónomo 4 5, tanto mais que tem sido difícil para a doutrina 2 Cfr. Acórdão Hagen v Zeehaghe, C 365/88, Sobre a interpretação autónoma ver Mathias Audit, "L'interprétation Autonome Du Droit International Privé Communautaire," Journal du Droit International, no. 3 (2004). 4 De forma geral ver, já citado, Acórdão Corman v Hauptzollamt Gronau: em princípio a ordem comunitária não pretende definir os seus conceitos em analogia a uma ou várias ordens jurídicas nacionais a não ser que isto tenha sido expressamente previsto (C 64/81 8). 5 Stefan Grundmann defende a necessidade, ainda que se referindo ao DIP interno, à regulamentação especial quanto à determinação das regras de qualificação direito material direito processual cfr. Stefan Grundmann,

4 Ensaio sobre o problema da delimitação da lei PROCESSUAL 3025 e para os sistemas nacionais erigir uma distinção clara entre direito substantivo e direito processual 6. No entanto, esta tarefa de construção de conceitos autónomos é difícil porque não há indícios de desenvolvimento de uma noção do que são matérias de natureza processual no direito da União. Na ausência de uma regra expressa, a resposta ao problema será feita de forma casuística em função da justiça do caso concreto. Vale por isso, e ainda, uma aproximação funcional à distinção 7. Por exemplo, o artigo 12.º Roma I, bem como o artigo 15.º do Roma II abarcam algumas matérias que, apesar de para muitas jurisdições serem de natureza processual, compete a lex causae regular. Um desses casos diz respeito à natureza jurídica da prescrição pelo direito inglês 8. De forma semelhante acontece com o artigo 18 Roma I e o artigo 22 Roma II, ao classificarem o ónus da prova como a questão de direito material. Esta opção resulta da função essencial que o ónus da prova desempenha para o reconhecimento de um direito o que entre nós é denominado de «direito proba- Qualifikation gegen die Sachnorm: Deutsch Portugiesische Beitrage zur Autonomie des Internationalen Privatrechts (München: Beck, 1985)., p Sobre a evolução nos países de common law ver Garnett, pp Como nota Martin Illmer a questão é colocada, pelo menos nos sistemas continentais, não no plano de princípios, mas como categorias pré dadas pelo sistema (cfr. Martin Illmer, "Neutrality Matters Some Thoughts About the Rome Regulations and the So Called Dichotomy of Substance and Procedure in European Private International Law," Civil Justice Quarterly 28, (2009)., pp ). 7 Cfr. Erwin Spiro, "Forum Regit Processum (Procedure Is Governed by the Lex Fori)," International & Comparative Law Quarterly 18, no. 4 (1969)., p Cfr. Illmer, "Neutrality Matters Some Thoughts About the Rome Regulations and the So Called Dichotomy of Substance and Procedure in European Private International Law.", p. 241.

5 3026 Geraldo Rocha Ribeiro tório material» e não tanto com a regra de competência dos poderes jurisdicionais das autoridades do foro. Todavia, apesar dos casos ora descritos, ainda não é certo que se possa partir para a determinação de uma regra geral. Tanto mais que se defende, ainda, a soberania dos Estados membros na regulação processual interna 9. A este respeito Martin Illmer refere que os artigos 1 n.º 3 de Roma I e Roma II se fundam num conceito autónomo de direito europeu processual, ao contrário do artigo 12, n.º 1 c) Roma I e do artigo 15.º d) Roma II que se baseiam nos limites dos poderes atribuídos ao tribunal do foro através do seu direito processual 10. Ainda assim, a determinação do âmbito de aplicação do direito competente permite deslindar, ainda que pontualmente, as fronteiras entre a competência da lei do foro em matéria processual, deslocando o problema da qualificação, para a determinação do âmbito de competência da lex fori e da lex causae 11. Como forma de integrar a lacuna regulativa a respeito da natureza processual ou substantiva das normas, é possível recorrer ao método de direito comparado para definição de um critério geral; em alternativa procurar soluções de base casuística 12, ou ainda, proceder à regulamentação da competência em função da lei aplicável (lex propria in forum proprio). Contudo, como refere Clemens Trautmann, este problema 9 Cfr. Clemens Trautmann, Europäisches Kollisionsrecht und Ausländisches Recht im Nationalen Zivilverfahren (Tübingen: Mohr Siebeck, 2011)., pp O autor considera que a exclusão expressa destas matérias pelos artigos 1.º, n.º 3 de Roma I e Roma II coloca estas questões fora do âmbito de competência da União. 10 Cfr. Martin Illmer, "Neutrality Matters Some Thoughts about the Rome Regulations and the So Called Dichotomy of Substance and Procedure in European Private International Law.", p Cfr. ibid., p. 242 e Garnett, p Cfr. Trautmann., p. 283.

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