No início de agosto, uma vaga

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1 Tolerância ao escaldão na vinha: uma variável a considerar num contexto de alterações climáticas A vaga de calor extrema ocorrida em agosto causou prejuízos muito significativos por todo o País. Tendo por base a avaliação do seu impacto em dois campos ampelográficos, discute-se a importância da casta como medida de adaptação a um fenómeno cuja frequência e intensidade se prevê que aumente nas próximas décadas. No início de agosto, uma vaga de calor extrema destruiu uma parte significativa da produção em diversas regiões do país. Neste trabalho, e no âmbito do Grupo Operacional Seleção e caracterização das castas mais bem adaptadas a cenários de alterações climáticas ( WineClimAdapt), caracterizou-se a intensidade desta vaga de calor e analisou-se o seu impacto na produção de cerca de 200 castas plantadas em dois campos ampelográficos, nomeadamente na Coleção Ampelográfica Nacional (), em Dois Portos, e no Campo Ampelográfico da Herdade do Esporão (), em Reguengos de Monsaraz. Neste último, as castas foram submetidas a diferentes condições hídricas, nomeadamente ausência de rega, rega deficitária com e sem aplicação de caulino e rega para conforto hídrico. Em ambas as coleções, as linhas estão orientadas na direção norte-sul. Que fatores podem contribuir para a ocorrência do escaldão? Os fatores mais evidentes são os relacionados com as condições meteorológicas, nomeadamente radiação solar intensa associada a temperaturas altas e níveis de humidade do ar muito baixos. Outras variáveis a ter em conta são as fases fenológicas, as variáveis que influenciam o balanço de energia do bago, as intervenções culturais, a orientação das linhas, entre outros. Nem todas as fases fenológicas têm a mesma suscetibilidade às altas temperaturas. Segundo Greer e Weston (2010), as fases mais críticas nos bagos ocorrem do pintor à meia maturação, enquanto as fases logo após o vingamento (até bago de chumbo) são as mais tolerantes. Outros autores consideram que a fase mais crítica se inicia logo ao bago de ervilha. Uma das razões que pode explicar esta maior sensibilidade é a diminuição do arrefecimento evaporativo que ocorre por transpiração nos bagos. A transpiração é maior nas fases iniciais do desenvolvimento do bago, reduzindo-se ao longo do ciclo devido à perda de atividade estomática. Por exemplo, na casta Shiraz foi verificado que a taxa máxima de transpiração do bago foi de cerca de 300 mg nas fases iniciais do desenvolvimento do bago, 30 mg ao pintor e cerca de 15 mg à maturação (Greer e Rogiers, 2009). Nestas condições, a transpiração dos bagos é, sobretudo, determinada quer por fatores externos, como a temperatura (T) do ar e o défice de pressão de vapor (DPV), quer por fatores internos específicos da casta, nomeadamente a área de superfície do bago e a condutância cuticular (Zang e Keller, 2015). Por outro lado, em condições de elevada procura atmosférica, a desidratação do bago pode aumentar por transferência de água para a planta-mãe (fluxo inverso no xilema), fenómeno cuja intensidade pode depender da condutividade hidráulica do bago/ráquis (Hall et al., 2011). Outra razão para o aumento da sensibilidade ao escaldão a seguir ao pintor é a cor dos bagos nas castas tintas (aumento da radiação absorvida). A temperatura dos bagos depende, grosso modo, da temperatura do ar, da radiação absorvida e das perdas convectivas de calor, seja por evaporação, seja pelo movimento do ar. As variáveis que influenciam o balanço de energia do bago, tal como o grau de exposição à radiação, direta e/ou refletida, a velocidade do vento, a cor e tamanho do bago e a compacidade do cacho, podem facilmente provocar uma T do bago 15 C superior à T do ar (Keller, 2010). 14 outubro/novembro/dezembro 2018

2 As intervenções culturais como a rega e/ /ou as intervenções em verde, devem ser otimizadas de modo a minimizar os riscos de escaldão. Contudo, na maior parte das situações, os sistemas de rega não estão dimensionados de modo a permitir uma rápida resposta (ex. colocar a vinha em conforto hídrico antes e durante a vaga de calor). Por outro lado, as intervenções em verde que, além de aumentarem a eficiência dos tratamentos fitossanitários, são de grande importância na otimização da interceção da radiação solar pela sebe, assim como na quantidade e qualidade da radiação solar a que os cachos e bagos são expostos, devem ter em conta a fase do ciclo vegetativo em que são efetuadas, variando a sua aplicabilidade e intensidade em função da suscetibilidade dos bagos ao escaldão. Assim, sempre que necessário, as intervenções em verde devem ocorrer na fase logo após o vingamento, de modo a permitir a aclimatação dos cachos. A orientação das linhas será uma das variáveis a ter em conta quando da instalação da vinha. A este respeito, Zarrouk et al. (2016) e Costa et al. (2018) observaram numa vinha da Herdade do Esporão, com orientação norte-sul e conduzida igualmente em monoplano vertical ascendente, temperaturas de bago 3 a 9 C superiores em cachos na face da sebe exposta a oeste, relativamente a cachos da face este. Uma vez que a temperatura do ar tende a atingir o seu máximo 2 a 3 horas após o meio-dia solar, uma orientação NE-SW promoverá uma maior proteção dos cachos à radiação. A vaga de calor de agosto Para analisar a vaga de calor ocorrida no início de agosto, apresenta-se, na Figura 1, a evolução da T do ar e do DPV em Reguengos de Monsaraz (a) e em Dois Portos (b). Como se pode verificar, durante a vaga de calor, a T máxima absoluta foi extremamente alta e muito semelhante nos (a) Figura 1 Evolução horária da temperatura do ar e do défice de pressão de vapor em (a) Reguengos de Monsaraz (estação meteorológica da Herdade do Esporão) e (b) Dois Portos (estação meteorológica do IPMA), durante a vaga de calor de dois locais (cerca de 45 C). Contudo, em Reguengos, a vaga de calor foi mais extensa, com 6 dias com T máximas do ar acima dos 40 C, com T mínimas a rondar os 25 C, com ar extremamente seco, tendo o DPV máximo sido superior a 8,4 kpa. Salienta-se também as altas T verificadas durante a noite, bem como os DPV noturnos (superiores a 2 kpa), que podem ter contribuído para taxas de transpiração noturnas consideráveis. Em Dois Portos, a vaga de calor foi menos extensa (3 dias com T máximas acima de 40 C) e com níveis de humidade do ar muito baixos (DPV máximo de 7,6 kpa, máximo absoluto desde que existem registos meteorológicos horários). (b) Seria possível prever as consequências desta vaga de calor? Sim, fundamentalmente por três razões, nomeadamente porque (i) foi possível prever com alguns dias de antecedência a ocorrência de uma vaga de calor (apesar de não se conhecer previamente a sua intensidade e duração, um sistema de alerta ao setor poderia ter levado os viticultores a tomar medidas para atenuar o impacto, caso da rega de conforto), (ii) pela sensibilidade do estado fenológico e, sobretudo, (iii) porque não houve um período de aclimatização ao calor e radiação durante o período que antecedeu esta vaga. As condições mais frescas que antecederam este fenómeno podem ter contribuído para uma diminuição de metabolitos secundários, caso de alguns compostos fenólicos cuja síntese é promovida pela radiação, nomeadamente UV-B, e que protegem as células de danos por radiação solar intensa (Webb et al., 2010). Para ilustrar a falta de aclimatização, na Figura 2 compara-se a evolução da T do ar no período de 15 de maio a 15 de agosto, para os anos de 2017 e 2018, em Reguengos de Monsaraz. Em 2017, os danos por escaldão foram reduzidos, apesar da T máxima ter sido semelhante à verificada em 2018 (T máxima superior a 45 C ocorrida no mesmo estado fenológico). Em termos fenológicos, e para o caso do (média de 189 Quadro 1 Datas de ocorrência dos estados fenológicos floração e pintor no Campo Ampelográfico da Herdade do Esporão (, Reguengos) e na Coleção Ampelográfica Nacional (, Dois Portos) Ano, Reguengos, Dois Portos Floração Pintor Floração Pintor maio 14 julho 17 maio 21 julho junho 03 agosto 09 junho 15 agosto outubro/novembro/dezembro

3 Figura 2 Evolução horária da temperatura do ar em Reguengos de Monsaraz (estação meteorológica da Herdade do Esporão) durante os períodos de 15 de maio a 15 de agosto, nos anos de 2017 e castas), as vagas de calor ocorreram, quer em 2017, quer em 2018, no pleno pintor (Quadro 1). Importa ainda salientar que, nos períodos entre a floração e o pintor, a temperatura média do ar foi consideravelmente mais alta em 2017 e a humidade do ar foi mais elevada em 2018 (dados não apresentados). Em Dois Portos, verificou- -se também uma diferença considerável nas condições meteorológicas, que conduziram a uma deficiente aclimatização dos bagos. Por exemplo, quando se comparam as condições meteorológicas ocorridas em junho e julho de 2017 e 2018, verifica-se que as médias da T máxima diária foram 3,3 C mais baixas em 2018, a humidade do ar, bem como a precipitação foram consideravelmente mais altas em 2018 e a radiação solar foi 20% mais baixa em A sensibilidade do escaldão é variável com a casta? Aqui, a resposta é novamente afirmativa, com as castas a apresentarem danos por escaldão muito diferentes e variáveis dos dois lados da sebe, em linhas orientadas de norte a sul, que, para o mesmo local e idade, variam de ausência de danos a 100% de perdas. Nos Quadros 2 a 4 apresenta-se a intensidade do escaldão, avaliado numa escala de intensidade de 1 a 5, sendo 1 muito tolerante e 5 muito sensível, verificado no (Reguengos de Monsaraz) e na (Dois Portos). Estes dois locais apresentam condições climáticas e pedológicas contrastantes, nomeadamente clima quente e seco, solo delgado, de textura franco-arenosa, no, e solo franco-argiloso, profundo, clima temperado, sem limitações hídricas, na. Como consequência, estes locais apresentam uma grande variação na sua expressão vegetativa, como pode ser verificado por índices de vegetação. Apesar da grande variação de vigor entre as diferentes castas, os NDVI médios (dados Sentinel, imagens do início de agosto) foram 0,20 no e 0,42 na. Quando se analisa a intensidade do escaldão nas castas brancas, pode-se verificar que, no caso do, apenas 3 castas se apresentaram como extremamente sensíveis (Esganinho, Jampal e São Mamede) e 5 castas como muito sensíveis (Alvarinho, Avesso, Donzelinho Branco, Gouveio Estimado e Perrum). Por outro lado, 44% das castas estudadas (com diferentes origens geográficas) comportaram-se como extremamente tolerantes. Num caso particular, o Alfrocheiro Branco (mutação do Alfrocheiro) apresentou-se como extremamente tolerante, enquanto o Alfrocheiro se mostrou como muito tolerante, o que pode resultar da influência da cor do bago no seu balanço de energia. Já no caso da, a intensidade do escaldão foi maior do que no, em particular no lado este da sebe. Por outro lado, o padrão do escaldão também foi diferente. Enquanto no se caracterizou, sobretudo, por cachos ou partes do cacho totalmente dessecados, na, para além dos cachos completamente dessecados, verificou-se também em bagos dispersos pelo cacho, totalmente ou parcialmente dessecados, bem como alguma dessecação foliar. Importa salientar que, apesar da maior expressão vegetativa (cachos mais protegidos da radiação direta), foi o ano de abertura dos braços na (talhão 1). Assim, será razoável admitir que, pela sua juvenilidade, a área efetiva de xilema no tronco e braços poderá ser menor, pelo menos em termos relativos, e, provavelmente, os vasos do xilema serão mais largos, havendo assim maior probabilidade de cavitação ao nível dos vasos xilémicos, a qual pode explicar a maior intensidade de escaldão, quer nos bagos, quer nas folhas. Será também razoável admitir que, face ao efeito da maior área foliar, o fluxo xilémico inverso nos bagos possa ter contribuído para o aumento do escaldão nos cachos. Ao nível das castas rosadas (Quadro 3), destaca-se a Ahmeur bou Ahmeur, que, apesar de ter a sua origem na Argélia, apresenta-se como muito sensível ao escaldão. Já o Dedo de Dama rosado apresenta uma maior sensibilidade na, 16 outubro/novembro/dezembro 2018

4 Quadro 2 Intensidade do escaldão verificado nas castas brancas (1 muito tolerante a 5 muito sensível) do Campo Ampelográfico da Herdade do Esporão () e da Coleção Ampelográfica Nacional (), 2018 Alfrocheiro Branco Luzidio Alicante Branco Macabeo Almafra Malvasia Alvadurão Malvasia Babosa Alvarinho Malvasia Cândida Antão Vaz B Malvasia Fina Arinto Malvasia Rei Arinto do Interior Manteúdo Arinto do Pico Molinha Macia Avesso Montua Azal Moscatel Galego Branco Barcelo Moscatel Graúdo Bastardo Branco Moscatel Nunes Batoca Mourisco Branco Beba Müller Thurgau Bical Pardina Binzelo Parellada Boal Espinho Pé Comprido Boal Ratinho Pedro Ximenez Boal Vencedor Perrum Branco de Gouvães Petit Maseng Cascal Prosecco Castelão Branco Rabigato Cayetana Rabigato Moreno Cerceal Branco Rabo de Ovelha Cercial Riesling Chasselas Roupeiro Branco Chenin Samarrinho Codega do Larinho São Mamede Dedo de Dama Sarigo Diagalves Sauvignon Doçal Seara Nova Dona Branca Sercial Donzelinho Branco Silvaner Douradinha Síria Encruzado Tália Esgana Cão Tamarez Esganinho Terrantez Esganoso Terrantez do Pico Fernão Pires Trajadura Feteasca Alba Trincadeira Branca Folgasão Trincadeira das Pratas Fonte Cal Uva Cão Galego Dourado Uva Salsa Gewürztraminer Valente Gouveio Verdejo Gouveio Estimado Verdelho Granho Vermentino Jampal Viognier Lameiro Viosinho Larião Vital Loureiro outubro/novembro/dezembro

5 Quadro 3 Intensidade do escaldão verificado nas castas rosadas (1 muito tolerante a 5 muito sensível) do Campo Ampelográfico da Herdade do Esporão () e da Coleção Ampelográfica Nacional (), 2018 Ahmeur bou Ahmeur Dedo de Dama Rabigato Francês Roal Quadro 4 Intensidade do escaldão verificado nas castas tintas (1 muito tolerante a 5 muito sensível) do Campo Ampelográfico da Herdade do Esporão () e da Coleção Ampelográfica Nacional (), 2018 Alfrocheiro Manteúdo preto AlicanteBouschet Marselan Alvarelhão Ceitão Marufo Alvarelhão Merlot Amaral Molar Amor-Não.Me-Deixes Monvedro Amostrinha Moreto Aragonez Moscatel Galego Tinto Azal Espanhol Negra Mole Azal Tinto Patorra Baga Pedral Bastardo Petit Verdot Bastardo Tinto Pical Bobal Pilongo Bombalino Pinot Noir Borraçal Preto Cardana Branjo Preto Martinho Cabernet Franc Prieto Picudo Cabernet Sauvignon Ramisco Caladoc Rufete Camarate Sangiovese Carignan Sousão Carrasquenho Syrah Castelão Tinta Barroca Castelinho Tinta Bragão Cidadelhe Tinta Calada Cidreiro Tinta Carvalha Cinsaut Tinta da Barca Cornifesto Tinta Francisca Corropio Tinta Gorda Corvo Tinta Grossa Dolcetto Tinta Miúda Donzelinho Tinto Tinta Pomar Espadeiro Mole Tintinha Espadeiro Tinto Cão Ferreira Touriga Fêmea Galego Touriga Franca Gouveio Preto Touriga Nacional Grenache Trincadeira Jaen Vinhão Malbec Zinfandel outubro/novembro/dezembro 2018

6 devido, possivelmente, à reduzida expressão vegetativa que esta casta apresenta (quando comparada com o ). Como consequência, na, esta casta apresentou os cachos completamente expostos. No, e no caso das castas tintas, foi possível identificar um grupo de castas extremamente sensíveis ao escaldão, caso do Alicante Bouschet, Borraçal, Espadeiro Mole, Ferreira, Petit Verdot, Pical e Tinta da Barca, bem como um segundo grupo (Azal Espanhol, Corvo, Dolcetto, Malbec, Marselan, Syrah e Zinfandel) muito sensível ao escaldão. Cerca de 30% das castas tintas apresentaram-se como extremamente tolerantes ao escaldão (Alvarelhão, Azal Tinto, Baga, Bastardo, Cabernet Franc, Carrasquenho, Castelinho, Cidreiro, Cinsaut, Galego, Grenache, Jaen, Moreto, Pilongo, Ramisco, Rufete, Sousão, Tinta Francisca, Tinta Gorda, Tinta Grossa, Tinta Miúda, Touriga Fêmea, Touriga Franca e Touriga Nacional). Já no caso da, o grupo das castas extremamente tolerantes ao escaldão foi bastante superior (56%). De facto, quando se comparam as castas tintas nos dois locais, verifica-se que, ao contrário das castas brancas, a intensidade do escaldão foi superior no, sendo esta diferença mais nítida na face da sebe exposta a oeste, o que pode ser explicado pela diferença nos estados fenológicos nos dois locais, uma vez que no já tinha sido atingido o pintor (temperatura do bago maior devido à cor). Por último, importa referir que as diferentes modalidades do não conduziram a resultados consideravelmente diferentes. Não se verificaram diferenças relevantes entre as modalidades com e sem aplicação de caulino (agente refletor), nem entre a modalidade de rega de conforto e a de rega deficitária. Esta última pode parecer surpreendente, mas pode ser explicada pela frequência de rega (semanal). De facto, a rega ocorreu a meio da vaga de calor, pelo que não foi eficaz para atenuar os impactos dos primeiros dias. Outro facto surpreendente foi que apenas um reduzido número de castas sem rega apresentaram uma intensidade de escaldão muito superior. Isto, provavelmente, pode ser atribuído às condições meteorológicas deste ano, particularmente fresco até à chegada desta vaga. Quando se compara a sensibilidade/tolerância nos dois locais verifica-se, quer nas castas tintas, quer nas brancas, algumas situações com níveis de resistência/sensibilidade consideravelmente diferentes. Isto significa que é necessária uma análise mais detalhada, tendo em consideração a idade das plantas, a expressão vegetativa, nomeadamente a porosidade e dimen- outubro/novembro/dezembro

7 sões da sebe (exposição direta à radiação), as diferenças nos estados fenológicos, entre outros. O porta-enxerto pode ser outra das razões para as diferenças na sensibilidade ao escaldão, tendendo os porta-enxertos mais vigorosos e mais resistentes à secura induzirem maior resistência ao escaldão. De salientar que o porta-enxerto na é o SO4, enquanto na é o 1103P. Por outro lado, também foram verificadas diferenças na sensibilidade ao escaldão entre clones de determinadas castas (Böhm, com. pes.). O que podemos concluir e como nos devemos preparar? Assim, pode-se afirmar que: (i) o impacto da vaga de calor foi devido não apenas à sua intensidade e duração, mas também à falta de aclimatização das vinhas e ao estado fenológico; (ii) existe uma forte variabilidade na tolerância ao escaldão do material vegetal; (iii) a sensibilidade ao escaldão é maior nas faces da sebe mais expostas à radiação solar direta e, em particular quando em simultâneo a temperatura do ar é mais elevada, essa sensibilidade também varia muito com a casta; e (iv) a aplicação de refletores foliares (caso do caulino) não conduziu a uma maior tolerância ao escaldão nos cachos. Em resumo, e face às alterações que se esperam em termos climáticos, será cada vez mais urgente garantir uma adequada proteção das vinhas contra as vagas de calor. Esta questão deve ser equacionada aquando do planeamento da plantação, nomeadamente pela escolha de castas e porta-enxertos mais tolerantes ao stress hídrico e térmico, com elevada tolerância ao escaldão, adequar a orientação das linhas (NE-SW), fundamental para castas sensíveis, implantar um sistema de rega com capacidade de resposta rápida em condições de alerta de vagas de calor. Eventualmente, poderá ser necessário alterar os sistemas de condução de forma a permitir uma melhor proteção das uvas à radiação solar direta. Para o imediato, importa avaliar a infraestrutura de rega e promover as alterações necessárias que permitam uma resposta rápida sempre que se prevejam ondas de calor, ou seja, que permita regar todos os setores da vinha com dotações que permitam assegurar o conforto hídrico e maximizar o arrefecimento evaporativo da cultura, quer por transpiração, quer por evaporação do solo. Existem medidas mais extremas que permitem modificar o microclima da vinha e reduzir a sua temperatura. É o caso da aplicação de um sistema de rega por nebulização ou microaspersão, ao nível do coberto, ou de redes de ensombramento acima da cultura, mas isto dependerá sempre dos custos associados (dificilmente o preço da uva pode pagar estas alternativas) e da ausência de limitações significativas em termos sanitários (rega), em termos da fisiologia da vinha e do processo de maturação (redes de ensombramento) e adaptabilidade à mecanização. José Silvestre, Miguel Damásio, Ricardo Egipto, Jorge Cunha, João Brazão e José Eiras-Dias INIAV, I.P. Rui Flores, Amândio Rodrigues e Patrick Donno Herdade do Esporão Jorge Böhm Viveiros PLANSEL Lda. Bibliografia Costa, J.M.; Egipto, R.; Sánchez-Virosta, A.; Lopes, C.M.; Chaves, M.M Canopy and soil thermal patterns to support water and heat stress management in vineyards. Agricultural Water Management (in press), doi: /j.agwat Greer, D.H.; Rogiers, S.Y Water flux of Vitis vinifera L. cv. Shiraz bunches throughout development and in relation to late-season weight loss. American Journal of Enology and Viticulture, 60, Greer, D.H.; Weston, C Heat stress affects flowering, berry growth, sugar accumulation and photosynthesis of Vitis vinifera cv. Semillon grapevines grown in a controlled environment. Funct. Plant Biol. 37, doi: /FP Hall, G.E.; Bondada, B.R.; Keller, M Loss of rachis cell viability is associated with ripening disorders in grapes. Journal of Experimental Botany, 62, doi: / /jxb/erq355. Keller, M The Science of Grapevines: Anatomy and Physiology. Academic Press, 400 pp. Webb, L.; Whiting, J.; Watt, A.; Hill, T.; Wigg, F.; Dunn, G.; Needs, S.; Barlow, E Managing grapevines through severe heat: A survey of growers after the 2009 summer heatwave in South-eastern Australia. J. of Wine Research, 21, Zarrouk, O.; Brunetti, C.; Egipto, R.; Pinheiro, C.; Genebra, T.; Gori, A.; Lopes, C.M.; Tattini, M.; Chaves, M.M Grape ripening is regulated by deficit irrigation/elevated temperatures according to cluster position in the canopy. Front. Plant Sci., 15. doi: / /fpls /full. Zhang, Y.; Keller, M Grape berry transpiration is determined by vapor pressure deficit, cuticular conductance, and berry size. American Journal of Enology and Viticulture, 66, outubro/novembro/dezembro 2018

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