Aula 06 CONTRATO DE EMPREITADA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aula 06 CONTRATO DE EMPREITADA"

Transcrição

1 Página1 Curso/Disciplina: Contratos em Espécie Aula: Contrato de Empreitada e Contrato de Depósito. Professor (a): Rafael da Mota Mendonça Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 06 CONTRATO DE EMPREITADA Qual a diferença entre um contrato de empreitada e um contrato de prestação de serviços? A diferença está no objeto. Não confundir empreitada com prestação de serviços. O objeto de uma prestação de serviços é uma obrigação de fazer. O objeto da empreitada é outro. 1. Conceito de Empreitada A empreitada é o contrato pelo qual uma das partes (o empreiteiro) se obriga, sem subordinação e habitualidade, mediante remuneração, a entregar à outra uma coisa pronta, um resultado final, algo pronto, uma obra pronta. Pode ser qualquer tipo de obra, tanto aquela com pedreiro e chefe de obra, quanto uma obra artística, intelectual etc. É um contrato em que o seu objeto não é uma obrigação de fazer, mas sim um resultado final. Não há subordinação. Não há habitualidade. Há remuneração. Objetiva o resultado final, a obra pronta. Qualquer tipo de obra. Há autores que celebram com editoras contratos de empreitada para a entrega de determinados livros. Pode ser contratado um empreiteiro para a construção de um 2º andar de uma casa. O objeto é o resultado final. Não interessa se o livro será escrito na véspera do dia da entrega, desde que esteja pronto no dia. O que se contrata em uma empreitada não é um fazer, mas sim um resultado final, uma obra pronta. Não há, na empreitada, nenhuma equivalência com o contrato de trabalho. O contrato de trabalho também é um contrato que tem como objeto uma obrigação de fazer. Tanto que contrato de trabalho e contrato de prestação de serviços se aproximam muito, pois têm o mesmo objeto. Ambos têm como objeto uma obrigação de fazer. Só que os requisitos são outros. Quais são os requisitos?

2 Página2 O contrato de trabalho tem subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoalidade, e o prestador tem de ser uma pessoa física. A prestação de serviços não. O único requisito que se estende ao contrato de prestação de serviços é a onerosidade. Mas o objeto deles é o mesmo. um outro objeto. Empreitada se difere do contrato de prestação de serviços e do contrato de trabalho por ter 2. Espécies de Empreitada - Empreitada de MÃO DE OBRA o empreiteiro disponibiliza para o dono da obra apenas mão de obra. O material é disponibilizado pelo dono da obra. O empreiteiro só entra com o pessoal para a realização da obra; - Empreitada de MÃO DE OBRA E MATERIAL o empreiteiro disponibiliza não só a mão de obra como também o material. Essa diferença é importante para questões que envolvam responsabilidade civil. Se os vícios da obra são provenientes da péssima qualidade dos materiais utilizados, é comum que se tenha primeiro que verificar quem disponibilizou o material para que se saiba se o dono da obra poderá ou não responsabilizar o empreiteiro. CC, art O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais. 1º A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 2º O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizarlhe a execução. obra. O art. fala das 2 espécies de empreitada. A regra é que a empreitada seja apenas de mão de 3. Remuneração da Empreitada A empreitada é o contrato pelo qual umas das partes, o empreiteiro, sem subordinação e habitualidade, mediante uma remuneração, se obriga a entregar à outra, o dono da obra, uma obra pronta. A remuneração é elemento indispensável do contrato de empreitada. O legislador fez questão de dizer que a remuneração no contrato de empreitada pode se dar de 2 formas: - Empreitada a PREÇO GLOBAL as partes fecham o preço no momento da celebração do contrato independentemente de o empreiteiro ter de disponibilizar material e mão de obra ou só mão de obra;

3 Página3 - Empreitada a PREÇO PROPORCIONAL o empreiteiro vai repassando para o dono da obra, durante a execução do contrato, o valor dos gastos na sua realização, inserindo o seu lucro. Durante a execução da obra os gastos vão sendo apresentados e o dono da obra vai remunerando o empreiteiro. Questão clássica de prova: a Teoria da Imprevisão pode ser utilizada na empreitada a preço global? Se a empreitada é a preço global, as partes fecharam o preço. Se para a realização da obra havia algum risco de mudança de preços de materiais ou da própria mão de obra, se havia risco de encarecimento, por que não foi feita a empreitada a preço proporcional? O Superior Tribunal de Justiça já se pronunciou sobre isso em vários momentos, afirmando que é possível sim. É possível que se aplique a Teoria da Imprevisão na empreitada, mesmo que ela seja a preço global, a preço fechado, a preço certo. 4. Contrato de Projeto O contrato de projeto está no art. 610, 2º, do CC: 2º O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizarlhe a execução. empreitada. O que o legislador quis dizer? O contrato de projeto não é um contrato de promessa de Toda modalidade de promessa é espécie do gênero contrato preliminar. Contrato preliminar está nos arts. 462 a 466, do CC. É o contrato em que uma ou ambas as partes se obriga a celebrar um contrato futuro. O objeto do contrato preliminar é uma obrigação de fazer, a celebração de um contrato definitivo. É possível a realização de um contrato preliminar, ou seja, de uma promessa, de qualquer espécie contratual. Pode ser feita promessa de compra e venda, promessa de doação, promessa de prestação de serviços, promessa de locação, promessa de empreitada etc. Se é feita uma promessa de empreitada, as partes estão obrigadas a celebrar o contrato definitivo de empreitada mais a frente. Mas o contrato de projeto não é um contrato de promessa de empreitada. Uma coisa é o contrato de projeto, e outra é o contrato de promessa de empreitada. Se é contratado um empreiteiro para a apresentação do projeto de uma obra, é pago o projeto e não há obrigação de execução do mesmo com ele. Isso já foi perguntado diversas vezes em provas. 5. Responsabilidade Civil no Contrato de Empreitada Responsabilidade civil na execução das obras.

4 Página4 Responsabilidade civil extracontratual Se refere aos danos que o empreiteiro e o dono da obra podem causar a terceiros durante a execução do contrato. Imaginemos uma empreitada de um prédio, de um edifício. O dono da obra contrata uma empreiteira para a construção de um prédio de 10 andares. Alguns danos podem ser causados a terceiros. Há alguns aspectos a serem observados: 1º - O terceiro pode ser um vizinho. Aplicam-se as regras dos direitos de vizinhança, constantes dos arts e seguintes do CC. Ex: a obra está fazendo muito barulho, está atrapalhando a coletividade, esta caindo reboco em cima dos carros dos vizinhos que ficam estacionados etc. Se são terceiros vizinhos, há regras próprias. 2º - Terceiro não vizinho. Há algumas possibilidades: a) Ex: responsabilidade por conta de uma marquise que caiu, de alguma parte que se desprendeu do prédio, de algum objeto que foi lançado em local indevido. Nesses casos podemos trabalhar com a ideia de RESPONSABILIDADE CIVIL POR FATO DA COISA. CC, arts. 937 e 938. Art O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. Art Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. b) Se a relação do empreiteiro com o dono da obra se inserir em uma atividade de incorporação imobiliária, há um fim econômico claro. O dono da obra contrata o empreiteiro para edificar e enquanto ele está edificando, unidades habitacionais estão sendo vendidas no mercado. O terceiro não vizinho é CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. CDC, arts. 14 e 17. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. c) Se não for nenhuma das 2 situações, há a RESPONSABILIDADE CIVIL COMUM, do art. 927 e seu parágrafo único, do CC. Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

5 Página5 Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Em todas as hipóteses de danos a não vizinhos a responsabilidade é OBJETIVA, em razão da TEORIA DO RISCO CRIADO. A empreitada é, por si só, uma atividade de risco, que gera riscos para terceiros. O art. 927, parágrafo único, garante responsabilidade objetiva nas hipóteses em que há lei assim determinando ou nas hipóteses em que a atividade regularmente desenvolvida pelo autor do dano for uma atividade que, por si só, gera risco. Teoria do Risco Criado. Como é a responsabilidade do empreiteiro e do dono da obra perante terceiros, vizinhos ou não vizinhos? O terceiro deve responsabilizar só ao empreiteiro, que é quem está executando a obra, só ao dono da obra, que é quem paga por ela, ou a ambos? Há controvérsias doutrinárias. A orientação doutrinária majoritária, também acolhida na maioria das vezes nos tribunais, defende a responsabilidade SOLIDÁRIA de empreiteiro e dono da obra. Empreiteiro e dono da obra respondem solidariamente pelos danos causados a terceiros. A solidariedade não se presume. De onde ela vem então? Do contrato de empreitada. Com relação a danos causados a terceiros, empreiteiro e dono da obra respondem solidariamente. A solidariedade é pautada no próprio contrato de empreitada. Responsabilidade civil contratual A responsabilidade do dono da obra para com o empreiteiro é simples. O empreiteiro executa a obra e o dono da obra realiza o pagamento. Se ele não realiza, há possibilidade de cobrança. Vícios da obra: possibilidade de o dono da obra demandar em face do empreiteiro. Entra em cena o capítulo de empreitada do CC. Art Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo. Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito. O art. trata da responsabilidade do empreiteiro por vícios na obra. O prazo de 5 anos presente no art. é o prazo que tem o dono da obra não para demandar em face do empreiteiro, mas para tomar ciência de vícios de qualidade da obra. Prazo de constatação, assim como ocorre nos vícios redibitórios estudados em Teoria Geral dos Contratos. Qual o prazo para o dono da obra exigir, reclamar do empreiteiro, os vícios da obra?

6 Página6 Ele tem 5 anos da data da entrega da obra para tomar ciência do vício. Tomando ciência do vício, qual o prazo que ele tem para reclamar os vícios da obra? O prazo está no parágrafo único do art Ele tem 180 dias. Qual o prazo que tem o dono da obra para exigir, para demandar, contra o empreiteiro com relação a vícios da obra? 180 dias contados da ciência do vício, desde que a ciência ocorra em 5 anos, contados da entrega da obra. CONTRATO DE DEPÓSITO O contrato de depósito está disciplinado nos arts. 627 a 652 do CC. É um contrato que só recai sobre bens móveis, pois é da própria natureza do contrato de depósito a tradição da coisa. Temos depositante e depositário. O depósito é o contrato pelo qual o depositante realiza a tradição de um bem móvel para que o depositário faça a guarda e a conservação e, sobretudo, a restituição após o requerimento do depositante. Contrato pelo qual uma das partes, o depositante, realiza a tradição de um bem móvel em favor do depositário para que este realize a sua guarda e conservação e, sobretudo, a restituição quando for requisitada pelo depositante. O contrato de depósito recai apenas sobre bens móveis. Assim como o comodato, tem base no art do CC. Art A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. O que o contrato de depósito faz é o desdobramento da posse. O depositante passa a ser um possuidor indireto e o depositário um possuidor direto. Se o depositante requerer a devolução da coisa e o depositário não devolver, qual a ação que deve ser proposta pelo depositante? O CPC de 73 disciplinava um procedimento especial sobre o tema. Determinava que a ação a ser proposta era a ação de depósito. Era a ação para o depositante reaver o bem depositado. A ação de depósito foi afastada pelo CPC de Ele não disciplinou esse procedimento especial. Portanto, a ação a ser proposta é a AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. Necessariamente o objeto do contrato de depósito tem de ser um bem infungível. A razão de ser do contrato de depósito é gerar obrigações para o depositário. Que obrigações são essas? Guarda e conservação da coisa e posteriormente a restituição da mesma coisa.

7 Página7 Se fosse feito o depósito de bem fungível, todas essas obrigações não teriam razão de ser, pois o depositário pegaria a coisa e poderia utilizá-la ou destruí-la e depois restituiria, devolveria, uma outra para o depositante. O depósito de bens fungíveis é chamado de DEPÓSITO IRREGULAR. Para ele se aplicam as regras do contrato de mútuo. O depósito só se aplica a bens móveis e infungíveis, gerando obrigações para o depositário, de guarda, conservação e restituição da coisa. Se a coisa não for restituída, o depositante pode propor ação de reintegração de posse, em razão do esbulho. Acabado o tempo do contrato de depósito ou se for um depósito com prazo indeterminado em que o depositante requereu a devolução da coisa e o depositário não devolveu, este passa a ser considerado DEPOSITÁRIO INFIEL. Durante muito tempo o depositário infiel pôde ser preso. Era uma das hipóteses de prisão civil admitidas no direito brasileiro. Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a supralegalidade dos tratados internacionais de direitos humanos que não passaram pelo processo de emenda constitucional, o dispositivo legal do CC que autoriza a prisão do depositário infiel teve a eficácia suspensa pela supralegalidade do Pacto de São José da Costa Rica. modalidade do depósito. Súmula Vinculante nº 25 - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a A súmula proíbe a prisão civil do depositário infiel. Qual a repercussão hoje de o depositário que não devolve a coisa ser considerado ainda um depositário infiel? Depositário infiel é possuidor de má-fé. O depositário que não entrega a coisa, que não a devolve quando requerida pelo depositante, é considerado depositário infiel, um possuidor de má-fé, com todas as desvantagens disso. I) O contrato de depósito é UNILATERAL, pois gera obrigações apenas para o depositário, quais sejam: guarda, conservação e restituição da coisa. II) Contrato GRATUITO, pois gera vantagem apenas para o depositante, via de regra. III) Contrato REAL, só se aperfeiçoando com a tradição do bem. A razão de ser do contrato de depósito é gerar obrigações para o depositário. Essas obrigações decorrem da tradição. IV) Contrato COMUTATIVO.

8 Página8 V) Contrato, via de regra, NÃO SOLENE. VI) Contrato TÍPICO. Essa classificação sofre algumas variações porque há 2 espécies de depósito: - Depósito NECESSÁRIO algum fator leva o depositante a realizar o depósito. É como se ele fosse obrigado a fazê-lo por alguma circunstância externa, alheia a sua vontade; - Depósito VOLUNTÁRIO depósito usual. Decorre de exclusiva liberalidade, exclusiva vontade, do depositante. No CC, o legislador dividiu o tema dessa forma. Depósito voluntário Está disciplinado nos art. 627 a 646 do CC. O art. 627 nos dá o conceito: depositante o reclame. Art Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel 1, para guardar, até que o O depósito voluntário decorre da vontade do depositante e segue exatamente a classificação dada acima, com apenas uma exceção, a constante do art. 646 do CC: O depósito voluntário provar-se-á por escrito. O depósito voluntário é solene. Tem de ter forma escrita. Depósito necessário Há subespécies de contratos de depósito necessário: saque. I) CC, art É depósito necessário: I - o que se faz em desempenho de obrigação legal; II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o Inciso I é o DEPÓSITO NECESSÁRIO LEGAL. CC, art O depósito a que se refere o inciso I do artigo antecedente, reger-se-á pela disposição da respectiva lei, e, no silêncio ou deficiência dela, pelas concernentes ao depósito voluntário. 1 Objeto móvel e infungível.

9 Página9 Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se aos depósitos previstos no inciso II do artigo antecedente, podendo estes certificarem-se por qualquer meio de prova. O art. 648 garante a aplicação subsidiária do depósito voluntário. É o que acontece, por exemplo, nos contratos de penhor como garantia legal. O penhor é uma garantia legal em que ocorre a transferência da posse direta do bem para o credor. O credor pignoratício atua como verdadeiro depositário da coisa dada em penhor. Hipótese de depósito necessário legal, que é aquele que decorre de obrigações previstas em lei. Quando um relógio é dado em penhor na Caixa Econômica, esta atua como depositária e tem dever de guarda, conservação e restituição quando há o término do pagamento da dívida. II) Inciso II Imaginemos que teve uma enchente e a única coisa salva na casa foi um sofá que foi deixado em um colégio público que a Prefeitura disponibilizou para o depósito de bens. É depósito necessário legal. É chamado pela doutrina de DEPÓSITO NECESSÁRIO MISERÁVEL. III) CC, art Aos depósitos previstos no artigo antecedente é equiparado o das bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem. Parágrafo único. Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos. bagagens no hotel? É. DEPÓSITO NECESSÁRIO POR EQUIPARAÇÃO. É contrato de depósito quando se deixa as São 3 os depósitos necessários: - Depósito necessário legal; - Depósito necessário miserável; - Depósito necessário por equiparação. Alterações existentes no depósito necessário: CC, art O depósito necessário não se presume gratuito. Na hipótese do art. 649, a remuneração pelo depósito está incluída no preço da hospedagem. O depósito necessário passa a ser BILATERAL e ONEROSO. Gera obrigação também para o depositante, que é a de remunerar o depositário, e o depositário também têm vantagem por causa do contrato, que é receber a remuneração. Enquanto o depósito voluntário é unilateral, gratuito e solene, o depósito necessário é bilateral, oneroso e não solene. Neste a forma escrita é dispensada.

Responsabilidade Civil na Incorporação Imobiliária (Continuação)

Responsabilidade Civil na Incorporação Imobiliária (Continuação) Turma e Ano: 2016 (Master A) Matéria / Aula: Responsabilidade Civil - 16 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 16 Responsabilidade Civil na Incorporação Imobiliária (Continuação) Art.

Leia mais

Direito Civil. Depósito. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Depósito. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Depósito Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que

Leia mais

Aula 02 CONTRATO DE COMPRA E VENDA

Aula 02 CONTRATO DE COMPRA E VENDA Página1 Curso/Disciplina: Contratos em Espécie Aula: Contrato de Compra e Venda: Classificação. Res perit domino. Professor (a): Rafael da Mota Mendonça Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 02 CONTRATO

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres 1-) Responsabilidade Civil: a) Objetiva: Esta responsabilidade diz respeito a não necessidade de comprovação de culpa,

Leia mais

PÓS RESPONSABILIDADE CIVIL PROF. SÉRGIO CAVALIERI FILHO

PÓS RESPONSABILIDADE CIVIL PROF. SÉRGIO CAVALIERI FILHO PÓS RESPONSABILIDADE CIVIL PROF. SÉRGIO CAVALIERI FILHO 1 O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A RESPONSABILIDADE CIVIL NOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS Relevância e Gravidade da Questão a) Caso Palace II (22

Leia mais

Direito Civil. Empreitada. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Civil. Empreitada. Professor Fidel Ribeiro. Direito Civil Empreitada Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil EMPREITADA CAPÍTULO VIII DA EMPREITADA Conceito da Doutrina (Carlos Roberto Gonçalves): Empreitada (locatio

Leia mais

Responsabilidade civil do empreiteiro e do projetista. Mario Rui Feliciani

Responsabilidade civil do empreiteiro e do projetista. Mario Rui Feliciani civil do empreiteiro e do projetista Mario Rui Feliciani Este, que pode parecer um tema de pouca importância, é na verdade tema que envolve vários conceitos fundamentais de direito: O primeiro artigo de

Leia mais

Responsabilidade civil do empreiteiro e do projetista

Responsabilidade civil do empreiteiro e do projetista civil do empreiteiro e do projetista Mario Rui Feliciani Este, que pode parecer um tema de pouca importância, é na verdade tema que envolve vários conceitos fundamentais de direito: 1 O primeiro artigo

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. EMPREITADA - Artigos 610 a 626 do Código Civil

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. EMPREITADA - Artigos 610 a 626 do Código Civil EMPREITADA - Artigos 610 a 626 do Código Civil 1. Conceito 2. Traços característicos da empreitada a) bilateralidade b) comutatividade c) onerosidade d) consensualidade e) indivisibilidade f) execução

Leia mais

1º Workshop Avaliação de Desempenho na Prática

1º Workshop Avaliação de Desempenho na Prática 1º Workshop Avaliação de Desempenho na Prática Módulo 02 Avaliação de Desempenho em Projetos Palestrante Dr. Luiz Antonio Scavone Junior Código Civil: Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios

Leia mais

O artigo 937 é importante e muito aplicado nas hipóteses de responsabilidade civil nas incorporações imobiliárias.

O artigo 937 é importante e muito aplicado nas hipóteses de responsabilidade civil nas incorporações imobiliárias. Turma e Ano: Responsabilidade Civil/2016 Matéria / Aula: Responsabilidade Civil/Aula 010 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Amana Iquiene da Cunha Silva Aula 10 II) Temas específicos 2) Responsabilidade

Leia mais

DIREITO CIVIL. Contratos emespécie. Depósito, Mandato, Comissão, Agência e Distribuição. Prof. Vinicius Marques

DIREITO CIVIL. Contratos emespécie. Depósito, Mandato, Comissão, Agência e Distribuição. Prof. Vinicius Marques DIREITO CIVIL Contratos emespécie Depósito, Mandato, Comissão, Agência e Distribuição Prof. Vinicius Marques Depósito: Conceito: negócio jurídico pelo qual o depositário recebe um objeto móvel e corpóreo,

Leia mais

RELAÇÃO DE CONSUMO. objeto. consumidor. fornecedor INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CDC

RELAÇÃO DE CONSUMO. objeto. consumidor. fornecedor INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CDC RELAÇÃO DE CONSUMO objeto qualquer bem móvel, imóvel, material, imaterial, serviços, serviços públicos art. 2º, CDC art. 2º, PÚ, art. 17 e art. 29, CDC (equiparados) Serviços públicos Uti singuli - Aplica-se

Leia mais

POSSE PROF. PAULO H M SOUSA

POSSE PROF. PAULO H M SOUSA POSSE PROF. PAULO H M SOUSA Posse X Detenção Ordem de outrem para manter a posse (art. 1.198) Detenção Atos de tolerância do proprietário (art. 1.208) Posse violenta ou clandestina (art. 1.208) Vício objetivo

Leia mais

Conceito. obrigação tanto crédito como débito

Conceito. obrigação tanto crédito como débito OBRIGAÇÕES Conceito Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. (CRG) obrigação tanto crédito

Leia mais

Aula 6. Responsabilidade civil

Aula 6. Responsabilidade civil Página1 Curso/Disciplina: Direito do Consumidor Aula: Direito do Consumidor - 06 Professor (a): Samuel Cortês Monitor (a): Caroline Gama Aula 6 Responsabilidade civil Após a entrada em vigor do CDC, houve

Leia mais

Aula 17 TEORIA DO ADIMPLEMENTO

Aula 17 TEORIA DO ADIMPLEMENTO Página1 Curso/Disciplina: Direito Civil (Obrigações) Aula: Teoria do Adimplemento: Compensação. Confusão. Remissão. Transação e compromisso 17 Professor (a): Rafael da Mota Mendonça Monitor (a): Luis Renato

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 24/10/2017). Continuação das características do Direito das Obrigações. Características do direito das obrigações.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 27/06/2018) Responsabilidade no CDC.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 27/06/2018) Responsabilidade no CDC. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 27/06/2018) Responsabilidade no CDC. Responsabilidade por vício do produto ou serviço. Fundamentação

Leia mais

Aula 22. O art. 22, CDC, é aplicável às pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços públicos.

Aula 22. O art. 22, CDC, é aplicável às pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços públicos. Turma e Ano: CAM MASTER B 2015 Matéria / Aula: Direito Civil Obrigações e Contratos Aula 22 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 22 Art. 22. Os órgãos públicos,

Leia mais

DIREITO CIVIL E PROCESUAL CIVIL 2014

DIREITO CIVIL E PROCESUAL CIVIL 2014 DIREITO CIVIL E PROCESUAL CIVIL 2014 59. O Código Civil pátrio estabelece as formas em que a propriedade da coisa móvel pode ser adquirida. Assinale a alternativa que NÃO prevê uma forma de aquisição da

Leia mais

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA 1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS. GUIA DE ESTUDO 1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS (Artigo 421 e seguintes

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 05/12/2017). Responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor. Responsabilidade por vício do produto ou serviço.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 11/10/2017). Continuação das características do Direito das Obrigações. Características do direito das obrigações

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte IX Contratos

Instituições de Direito Público e Privado. Parte IX Contratos Instituições de Direito Público e Privado Parte IX Contratos 1. Contratos Conceito Contrato é a convenção estabelecida ente duas ou mais pessoas, para constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação

Leia mais

Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO DE DOAÇÃO SIMPLES UNILATERAL

Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO DE DOAÇÃO SIMPLES UNILATERAL Turma e Ano: CAM MASTER B 2015 Matéria / Aula: Direito Civil Obrigações e Contratos Aula 10 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICO- HOSPITALAR E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Aula patrocinada pela Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde e pela Pós- Graduação em Direito do Consumidor 1 Conceito de

Leia mais

Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça

Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça Superior Tribunal de Justiça INFORMATIVO 619 TERCEIRA TURMA TEMA: Ação civil pública. Vício do produto. Reparação em 30 dias. Dever de sanação do comerciante,

Leia mais

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC Ato Lesivo Dano nexo causal Código Civil Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Leia mais

Direito e legislação. Tópico III Direito das obrigações Contratos

Direito e legislação. Tópico III Direito das obrigações Contratos Direito e legislação Tópico III Direito das obrigações Contratos Direito das Obrigações Credor Devedor Espécies das Obrigações Obrigação de dar (certa e incerta) Coisa Certa é aquela em que o devedor se

Leia mais

Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo (Continuação)

Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo (Continuação) Turma e Ano: 2016 (Master A) Matéria / Aula: Responsabilidade Civil - 14 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 14 Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo (Continuação) 3. Responsabilidade

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da Liberdade Provisória Prof. Gisela Esposel - : - Artigo 5º, inciso LXVII da CR/88 não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário

Leia mais

SECÇÃO VII: A COMPLEXIDADE INTRA-OBRIGACIONAL E OS DEVERES ACESSÓRIOS DE CONDUTA 117

SECÇÃO VII: A COMPLEXIDADE INTRA-OBRIGACIONAL E OS DEVERES ACESSÓRIOS DE CONDUTA 117 INTRODUÇÃO SECÇÃO I: O DIREITO DAS OBRIGAÇÕES E A DEFINIÇÃO LEGAL DE OBRIGAÇÃO 11 1. A definição de obrigação 11 2. Objecto e características do Direito das Obrigações 13 SECÇÃO II: PRINCÍPIOS GERAIS DO

Leia mais

Curso Êxito e Prof. Bruno Creado

Curso Êxito e Prof. Bruno Creado Curso Êxito e Prof. Bruno Creado Questões Comentadas Segue às questões da Vunesp do concurso de procurador municipal, devidamente comentada. Cargo de confiança 1) A determinação do empregador para que

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO. Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 02/10/2018 LOCAÇÃO DE COISAS

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO. Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 02/10/2018 LOCAÇÃO DE COISAS Prof. Durval Salge Junior TURMAS 14 e 04 (on-line) 02/10/2018 LOCAÇÃO DE COISAS Conceito: por este contrato alguém que tenha os poderes de uso e frutificação de bens não fungíveis, vai ceder esses poderes

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Está prevista no art. 473, parágrafo único do C.C.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Está prevista no art. 473, parágrafo único do C.C. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Cláusula Resilitiva: Está prevista no art. 473, parágrafo único do C.C. Art. 473. A resilição unilateral,

Leia mais

DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8

DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8 DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8 1. TERCEIRIZAÇÃO A terceirização constitui o fornecimento de atividade especializada e não o fornecimento de trabalhadores. É um instituto da ciência da administração

Leia mais

PONTO 1: Contratos em Espécie 1. CONTRATO DE MÚTUO 1.1 CONCEITO:... a. Real é necessário não apenas o consenso, mas a tradição da coisa.

PONTO 1: Contratos em Espécie 1. CONTRATO DE MÚTUO 1.1 CONCEITO:... a. Real é necessário não apenas o consenso, mas a tradição da coisa. 1 DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL PONTO 1: Contratos em Espécie 1. CONTRATO DE MÚTUO 1.1 CONCEITO:... 1.2 NATUREZA JURÍDICA: a. Real é necessário não apenas o consenso, mas a tradição da coisa. b. Gratuito

Leia mais

6 RESPONSABILIDADE CIVIL PELO FATO DA COISA E DO ANIMAL

6 RESPONSABILIDADE CIVIL PELO FATO DA COISA E DO ANIMAL Trata-se da responsabilidade da pessoa que detém o poder de comando de coisas e animais causadores de danos à esfera jurídica de outrem (GAGLIANO, PAMPLONA FILHO, 2010, p. 211) Só há interesse jurídico

Leia mais

UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO

UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO 1. Conceito de Terceirização é a transferência de atividades para fornecedores especializados. Assim, a Terceirização é uma relação Trilateral, abrangendo em um dos vértices

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 09/05/2018)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 09/05/2018) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 09/05/2018) Características do direito das obrigações. As obrigações podem ser simples ou complexas.

Leia mais

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO:

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: ATRASO NO VOO Módulo II (Contratos em Espécie) do Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor Aula n. 37 Responsabilidade do Fato do Produto

Leia mais

Direito Civil. Empréstimo. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Empréstimo. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Empréstimo Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber

Leia mais

PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje, os espaços indicados para rascunho. Em seguida, escreva os textos definitivos

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR. Profª Maria Bernadete Miranda

DIREITO DO CONSUMIDOR. Profª Maria Bernadete Miranda DIREITO DO CONSUMIDOR Profª Maria Bernadete Miranda SAGRADAS ESCRITURAS Nas Sagradas Escrituras, desde os tempos do Jardim do Éden, já aparece o primeiro problema sobre o consumo de uma fruta. A Maçã que

Leia mais

Professor Me. Vitor Monacelli Fachinetti Júnior Professor Me. Walter Vechiato Júnior

Professor Me. Vitor Monacelli Fachinetti Júnior Professor Me. Walter Vechiato Júnior RESPONSABILIDADE DO ENGENHEIRO CRIMINAL E CIVIL Professor Me. Vitor Monacelli Fachinetti Júnior Professor Me. Walter Vechiato Júnior RESPONSABILIDADE CRIMINAL" DOLO E CULPA responsabilidade do engenheiro,

Leia mais

Teoria Geral dos Contratos. Formação dos Contratos. Extinção dos Contratos. Contratos Nominados. Contratos Inominados. Atos Unilaterais de Vontade

Teoria Geral dos Contratos. Formação dos Contratos. Extinção dos Contratos. Contratos Nominados. Contratos Inominados. Atos Unilaterais de Vontade 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 5º CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 Teoria Geral dos Contratos. Formação

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA O CONTRATO DE SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES ART. 14, CAPUT, DO CDC O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Remuneração e Salário. Dano moral e indenização. Parte I. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Remuneração e Salário. Dano moral e indenização. Parte I. Prof. Cláudio Freitas DIREITO DO TRABALHO Remuneração e Salário Dano moral e indenização. Parte I Prof. Cláudio Freitas Dano Moral e indenização - O dever primário: neminem laedere. - O dever secundário: responsabilização -

Leia mais

Direito Civil III Contratos

Direito Civil III Contratos Direito Civil III Contratos Troca ou Permuta Art. 533 Prof. Andrei Brettas Grunwald 2011.1 1 Conceito É o contrato pelo meio do qual uma parte se obriga a entregar uma coisa diversa de dinheiro a outra,

Leia mais

CONTRATO = SOLUÇÃO DE CONFLITO. o combinado não sai caro

CONTRATO = SOLUÇÃO DE CONFLITO. o combinado não sai caro CONTRATO = SOLUÇÃO DE CONFLITO o combinado não sai caro TIPOS DE CONTRATOS NO ÂMBITO DA 1) CONTRATOS DE EMPREITADA 1.1 Preço Global (MÃO DE OBRA E MATERIAL) 1.2 Preço Global (MÂO DE OBRA) 1.3 Preço Unitário

Leia mais

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA. Contratos EMPRÉSTIMO

CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA. Contratos EMPRÉSTIMO CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA Contratos de EMPRÉSTIMO WWW.CEAMAIA.ADV.BR EMPRÉSTIMO Cuida-se de contrato por meio do qual uma pessoa empresta uma coisa fungível ou infungível a outrem, a quem recairá

Leia mais

ATOS UNILATERAIS (Prof. Laryssa Cesar)

ATOS UNILATERAIS (Prof. Laryssa Cesar) ATOS UNILATERAIS 1. CONCEITO: manifestações volitivas unilaterais PROMESSA DE RECOMPENSA GESTAO DE NEGÓCIOS ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA PAGAMENTO INDEVIDO ART. 854 Art. 861 Art. 884 Art. 876 Obrigação instituída

Leia mais

160715B21 Direito Civil. Parte Geral Obrigações Contratos

160715B21 Direito Civil. Parte Geral Obrigações Contratos 160715B21 Direito Civil Parte Geral Obrigações Contratos Direito Civil Parte Geral Obrigações Contratos VÍCIO REDIBITÓRIO - GARANTIA IMPLÍCITA IMPOSTA AO ALIENANTE Defeito Material (contratos onerosos

Leia mais

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL E&O

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL E&O Aspectos Legais Código Civil Lei 10406/02 Artigo 186 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete

Leia mais

DO DEPÓSITO. O depósito, no direito brasileiro, tem por objeto coisa móvel, não se admitindo o depósito de imóveis. VOLUNTÁRIO NECESSÁRIO

DO DEPÓSITO. O depósito, no direito brasileiro, tem por objeto coisa móvel, não se admitindo o depósito de imóveis. VOLUNTÁRIO NECESSÁRIO DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO DO DEPÓSITO O depósito é o contrato pelo qual uma pessoa - depositário - recebe, para guardar, um objeto móvel alheio, com a obrigação de restituí-lo quando o depositante

Leia mais

AULA 10 PONTOS: 10/11 VÍCIOS REDIBITÓRIOS CONCEITO

AULA 10 PONTOS: 10/11 VÍCIOS REDIBITÓRIOS CONCEITO AULA 10 PONTOS: 10/11 Objetivo da aula: Teoria geral dos contratos. Teoria geral dos contratos. Perfil e princípios. Formação defeito e extinção. Classificação e interpretação. Garantias legais específicas.

Leia mais

O QUE É O DEVER DE REPARAR O DANO. RESPONSABILIDADE CIVIL? A RESPONSABILIDADE CIVIL NADA MAIS É SENÃO:

O QUE É O DEVER DE REPARAR O DANO. RESPONSABILIDADE CIVIL? A RESPONSABILIDADE CIVIL NADA MAIS É SENÃO: UM PORTAL DA ACESSE O QUE É RESPONSABILIDADE CIVIL? A RESPONSABILIDADE CIVIL NADA MAIS É SENÃO: O DEVER DE REPARAR O DANO. POR QUE DIVULGAR ESTE TIPO DE INFORMAÇÃO PARA EMPRESÁRIOS DA CONTABILIDADE? PREVENÇÃO

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 06/11/2017) Posse.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 06/11/2017) Posse. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior (Aula 06/11/2017) Direito das Coisas / Retenção. Posse. Detenção. A detenção é verdadeiramente uma posse não considerada

Leia mais

DIREITOS REAIS DE GARANTIA Aula 11

DIREITOS REAIS DE GARANTIA Aula 11 DIREITOS REAIS DE GARANTIA Aula 11 PREÂMBULO 1 QUADRO GERAL Titularidade Coisa própria Coisa alheia Propriedade Fruição Garantia Aquisição Penhor Hipoteca Anticrese GARANTIAS Geral Patrimônio Espécies

Leia mais

Arras. arras probatórias ou confirmatórias. 2 espécies. arras penitenciais

Arras. arras probatórias ou confirmatórias. 2 espécies. arras penitenciais Arras 2 espécies arras probatórias ou confirmatórias arras penitenciais Arras Probatórias 3 funções confirmar o contrato antecipar pagamento Fixar, previamente, perdas e danos são o sinal dado para provar

Leia mais

Obrigação de Dar, Fazer e Não Fazer

Obrigação de Dar, Fazer e Não Fazer Obrigação de Dar, Fazer e Não Fazer Obrigação de Dar Consiste no compromisso de entrega ou restituição pelo devedor ao credor. Esse compromisso se divide em: Dar coisa certa (ou obrigação específica):

Leia mais

DIREITO DOS CONTRATOS II PROGRAMA DA DISCIPLINA 3.ª ANO TURMA A (DIA) ANO LECTIVO Maria de Lurdes Pereira

DIREITO DOS CONTRATOS II PROGRAMA DA DISCIPLINA 3.ª ANO TURMA A (DIA) ANO LECTIVO Maria de Lurdes Pereira DIREITO DOS CONTRATOS II PROGRAMA DA DISCIPLINA 3.ª ANO TURMA A (DIA) ANO LECTIVO 2017-2018 Maria de Lurdes Pereira I. DOAÇÃO e natureza contratual 1.1. Atribuição patrimonial 1.2. Diminuição do património

Leia mais

Aula 09 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Aula 09 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Turma e Ano: CAM MASTER B 2015 Matéria / Aula: Direito Civil Obrigações e Contratos Aula 9 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 09 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2 AULA 19 PARTE 2 Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo I - Introdução ao Código de Defesa do Consumidor: Inversão do ônus da prova nas relações de consumo 1 Defesa do Réu (Fornecedor)

Leia mais

Objetivo da aula: Negócios jurídicos. ELEMENTOS ESSENCIAS NATURAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO

Objetivo da aula: Negócios jurídicos. ELEMENTOS ESSENCIAS NATURAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO AULA 04 PONTO: 04 Objetivo da aula: Negócios jurídicos. Tópico do plano de Ensino: Elementos dos negócios jurídicos. Classificação. Elementos essenciais naturais: Vícios redibitórios e evicção. Roteiro

Leia mais

COMPRA E VENDA E SUAS CLÁUSULAS

COMPRA E VENDA E SUAS CLÁUSULAS COMPRA E VENDA E SUAS CLÁUSULAS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Contratos em Espécie - Aula n. 41 Contrato A compra e venda é um contrato sinalagmático, em que uma pessoa

Leia mais

PROGRAMA DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I REGENTE: JOSÉ ALBERTO VIEIRA INTRODUÇÃO

PROGRAMA DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I REGENTE: JOSÉ ALBERTO VIEIRA INTRODUÇÃO PROGRAMA DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I REGENTE: JOSÉ ALBERTO VIEIRA ANO LECTIVO 2016-2017 INTRODUÇÃO 1. A origem. A actio in personam do Direito romano 2. A sistematização germânica do Direito Civil e o movimento

Leia mais

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM SUPERINTENDÊNCIA ACADÊMICA DIRETORIA DE GRADUAÇÃO Área de Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas DISCIPLINA: Dos Contratos CÓDIGO CRÉDITOS CARGA HORÁRIA H119749 04 80 PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EMENTA

Leia mais

Prescrição e Decadência Aula 01

Prescrição e Decadência Aula 01 Curso/Disciplina: Direito Civil (Parte Geral) Aula: e 01 Professor: Rafael da Mota Monitor: Ítalo Albanês Oliveira Bernardo e Aula 01 1. Introdução e O tema e gera bastantes discussões no meio acadêmico.

Leia mais

Aula 07. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 07. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 07 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 07 Parte Geral I Pessoas (continuação) 2. Pessoa Jurídica 2.5. Desconsideração

Leia mais

CÓDIGO CIVIL - EXTRATO

CÓDIGO CIVIL - EXTRATO CÓDIGO CIVIL - EXTRATO Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966. Entrada em vigor: 01-06-1967. Alterações aos artigos deste extrato: Decreto-Lei n.º 236/80, de 18 de julho, retificado

Leia mais

DIREITO SOCIETÁRIO PARTE III: DA SOCIEDADE LIMITADA. Paula Freire 2012

DIREITO SOCIETÁRIO PARTE III: DA SOCIEDADE LIMITADA. Paula Freire 2012 DIREITO SOCIETÁRIO PARTE III: DA SOCIEDADE LIMITADA Paula Freire 2012 Sociedade por quotas de responsabilidade limitada e o Decreto 3.708/19 Antes da vigência do CC/2002 era regida pelo Decreto 3.708/19

Leia mais

DIREITOS REAIS DE GARANTIA

DIREITOS REAIS DE GARANTIA DIREITOS REAIS DE GARANTIA Tipos de garantia 1- Real bem devedor ou de terceiro 2- Pessoal ou fidejussória fiança garantia relativa Princípio da responsabilidade patrimonial Direito real de garantia é

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Contratos administrativos Duração, extinção, inexecução, sanções e responsabilidade Parte 2 Prof. Denis França o Se a extinção ocorrer com culpa do contratado (art. 80, 86 e 87):

Leia mais

Aula 08. Agora serão apresentadas as questões complementares às autarquias.

Aula 08. Agora serão apresentadas as questões complementares às autarquias. Curso/Disciplina: Direito Administrativo / 2017 Aula: Autarquia e Fundação Pública / Aula 08 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 08 Agora serão apresentadas as questões complementares

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 17 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (II) Posse (6) Classificação

Leia mais

É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais.

É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais. DIREITO DAS COISAS É o conjunto de regras reguladoras das relações jurídicas entre as pessoas e os bens materiais. Posse Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de

Leia mais

Alienação fiduciária em garantia

Alienação fiduciária em garantia Surgimento: necessidade de criação de novas garantias reais para proteção do direito ao crédito Finalidade: transferência do direito de propriedade de com fins de garantia Outros exemplos de garantias

Leia mais

Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.

Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade. Introdução Visando conferir a pretendida proteção ao consumidor, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) introduz a ideia de responsabilidade pelo vício dos produtos e dos serviços prestados. Tal situação

Leia mais

DIREITO CIVIL. Contratos emespécie. Trocaou Permuta, Contrato Estimatório edoação. Prof. Vinicius Marques

DIREITO CIVIL. Contratos emespécie. Trocaou Permuta, Contrato Estimatório edoação. Prof. Vinicius Marques DIREITO CIVIL Contratos emespécie Trocaou Permuta, Contrato Estimatório edoação Prof. Vinicius Marques Troca ou Permuta: Conceito: é aquele pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que

Leia mais

SUMÁRIO 1 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS INTRODUÇÃO

SUMÁRIO 1 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS INTRODUÇÃO SUMÁRIO 1 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS INTRODUÇÃO... 1 1.1 Conceito de contrato. Conceito clássico e conceito contemporâneo... 1 1.2 A suposta crise dos contratos... 5 1.3 A teoria do diálogo das fontes.

Leia mais

Direito das Coisas. VI - Direitos Reais em Coisa alheia

Direito das Coisas. VI - Direitos Reais em Coisa alheia Turma e Ano: 2016/2017 Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 46 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 46 Direito das Coisas VI - Direitos Reais em Coisa alheia 2.1. Direito Real em coisa

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres 1-) Consignação em Pagamento Conti.: a) Judicial: Hipóteses de cabimento encontram-se perante o art. 335 do

Leia mais

Direito Civil. Dos Vícios Redibitórios Contrato. Professora Tatiana Marcello.

Direito Civil. Dos Vícios Redibitórios Contrato. Professora Tatiana Marcello. Direito Civil Dos Vícios Redibitórios Contrato Professora Tatiana Marcello www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Aula Civil XX LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Institui o Código Civil. O PRESIDENTE

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Mútuo Feneratício: Neste caso, o objeto do contrato terá uma finalidade econômico financeira, podendo ou não

Leia mais

DIREITO DOS CONTRATOS PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL

DIREITO DOS CONTRATOS PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL Princípio da autonomia da vontade Ampla liberdade das partes em contratar. Inclui três aspectos: liberdade de realizar o contrato ; liberdade de escolher o outro contratante;

Leia mais

Índice Sistemático. Nota da Editora... Nota ao Volume... XIII. Prefácio... Introdução Capítulo XXXVII Noção Geral de Contrato

Índice Sistemático. Nota da Editora... Nota ao Volume... XIII. Prefácio... Introdução Capítulo XXXVII Noção Geral de Contrato Índice Sistemático Nota da Editora...................................................... XI Nota ao Volume... XIII Prefácio... XV Introdução... 1 Capítulo XXXVII Noção Geral de Contrato 184. Conceito de

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI

XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI XXIII EXAME DE ORDEM DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENAN FERRACIOLLI XXIII EXAME DE ORDEM ELEMENTOS SUBJETIVOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Elementos da relação jurídica de consumo CONSUMIDOR FORNECEDOR

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Contrato de Compra e Venda Imobiliária: Para poder existir a venda de um imóvel, há necessidade daquele que

Leia mais

Direito Civil IV. Faculdade de Direito da UFMG Ana Clara Pereira Oliveira Professor(a): Edgar Marx 2015/2º - Diurno

Direito Civil IV. Faculdade de Direito da UFMG Ana Clara Pereira Oliveira Professor(a): Edgar Marx 2015/2º - Diurno Responsabilidade Civil Faculdade de Direito da UFMG Ana Clara Pereira Oliveira Professor(a): Edgar Marx 2015/2º - Diurno 1) Teoria geral da Responsabilidade Civil 1.1) Ilícito e Responsabilidade Civil:

Leia mais

Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Textos, filmes e outros materiais. Tipo de aula. Semana

Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Textos, filmes e outros materiais. Tipo de aula. Semana PLANO DE CURSO DISCIPLINA: DIREITO CONTRATUAL (CÓD. ENEX 60119) ETAPA: 4ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências Textos, filmes

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 16 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (II) Posse (3) Detenção:

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA DANO MORAL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DANO MORAL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1 CONCEITO DE DANO MORAL NA RELAÇÃO DE CONSUMO Dano moral e material - vício e defeito Vício: atinge o produto ou o serviço (lata de sardinha estragada) Defeito:

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Os direitos básicos do consumidor encontram-se perante o art. 6º, em seus incisos no C.D.C.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Os direitos básicos do consumidor encontram-se perante o art. 6º, em seus incisos no C.D.C. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Batista Cáceres. 1-) Direitos Básicos do Consumidor: Os direitos básicos do consumidor encontram-se perante o art. 6º,

Leia mais

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria Módulo Direito Sanitário 1 Responsabilidade do Fato do Produto ou do Serviço Artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor O fabricante, o produtor,

Leia mais

Direito das Coisas. VI - Direitos Reais em Coisa alheia

Direito das Coisas. VI - Direitos Reais em Coisa alheia Turma e Ano: 2016/2017 Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 47 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 47 Direito das Coisas VI - Direitos Reais em Coisa alheia 2.2. Direito Real em coisa

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Promessa de Compra e Venda: a) Conceito: São direitos reais de aquisição os adquiridos em favor do compromissário

Leia mais

PENHOR. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato

PENHOR. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato PENHOR Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato Classificação Direitos de Garantia Penhor (art. 1.225, VIII do CC) Hipoteca

Leia mais