Transferencias de renda no Brasil. O Fim da Pobreza?

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1 Transferências de renda no Brasil O Fim da Pobreza? PET - Economia - UnB 20 de novembro de 2013

2 Outline A Autora 1 A Autora Sonia Rocha 2 Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola 3 Fome Zero O Novo Programa 4 Impacto sobre a pobreza 5

3 Sonia Rocha A Autora Sonia Rocha

4 A Autora Sonia Rocha Economista, formada pela PUC-RJ Doutorado pela Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne) Foi pesquisadora do IPEA Pesquisadora do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) Pesquisadora sênior do CNPq

5 Renda Mensal Vitaĺıcia Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola criado na década de 1970 Milagre Brasileiro contradição entre a desigualdade crescente e o enorme crescimento econômico do país apropriação desigual dos ganhos originários do grande crescimento econômico se enquadrava como Amparo Previdenciário

6 Como funcionava a RMV? Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola transferência de renda e meio salário mínimo aos idosos e portadores de deficiência em famílias de baixa renda. População alvo: maiores de setenta anos e inválidos com renda familiar per capita igual ou abaixo de 1 4 do salário mínimo vigente. Os indivíduos deveriam ter contribuído para o sistema de previdência social por pelo menos 12 meses.

7 Como funcionava a RMV? Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Seu objetivo não era, portanto, proteger todo o universo de idosos e portadores de deficiência pobres Garantia ao público alvo do programa acesso à assistência médica

8 Raízes do Bolsa Escola Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola As crises macroeconômicas da década de 80 levaram a um novo impulso das propostas de implantação de renda mínima no início da década de Pobreza associada à desigualdade de renda Educação tem um elevado poder explicativo sobre o nível de renda das pessoas

9 Objetivos A Autora Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Para que houvesse sucesso do componente educação, seria necessário promover a recuperação da educação pública básica como mecanismo de mobilidade social e redução da pobreza absoluta e das desigualdades. Visava atuar sobre as causas estruturais da pobreza, de forma a reduzi-la no futuro.

10 Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Primeiras experiências: Campinas e Distrito Federal Campinas: Programa Bolsa Escola mais antigo do país Articulava-se com um sistema preexistente de assistência social, complementando-o de forma a melhorar a renda das famílias assistidas

11 Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Primeiras experiências: Campinas e Distrito Federal Distrito Federal: Precondições ideias: renda média mais elevada do país em 1995 condições financeiras relativamente confortáveis por parte do poder público em função das condições socioeconômicas privilegiadas de Brasília em relação ao seu entorno, a imigração de populações de áreas vizinhas sempre foi forte, reforçando o fluxo migratório oriundo do Nordeste.

12 Bolsa Escola Federal A Autora Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Inicialmente o Programa Bolsa Escola tinha ênfase no componente educacional Centrava-se nas famílias pobres com crianças em idade escolar A mãe em uma família beneficiada era a interlocutora entre o governo e a família e responsável por receber a Bolsa.

13 Dificuldades do programa Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola O programa ficou aquém da meta estabelecida, atendendo menos famílias que o esperado Isso se deu, em parte, pelo abandono e exclusão de beneficiários, devido à mobilidade residencial e mudança de situação da família quanto à renda Poucos municípios possuíam os recursos para a implantação do programa de acordo com a pobreza local. Apenas 12 dos poderiam pagar um salário para cada família (alvo do programa). O programa foi difundido tendo como parâmetro o Distrito Federal, trazendo problemas devido à falta de embasamento para a implantação

14 Benefício A Autora Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Benefício B = (15 x número de crianças de 0 a 14 anos) - (0,5 renda familiar per capita)

15 Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Razões do fracasso do programa federal Primeira fase: Concepção e operacionalização do programa - fragilidades estruturais quanto ao desenho, cadastramento e seleção dos beneficiários. Baixo valor repassado pelo governo trouxe desinteresse por parte dos municípios. Dificuldades para definir o número de famílias beneficiadas por município: o número de família atendidas ficou abaixo do esperado.

16 Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Razões do fracasso do programa federal Falta de informações e imprevisibilidade quanto à frequência do repasse do auxílio. Pagamentos acumulados Falta de rigor técnico

17 Segunda fase: 2001 A Autora Renda Mensal Vitaĺıcia (RMV) Bolsa Escola Renda como critério de seleção: não levava em conta a predominância da renda de origem informal Introdução do cartão bancário magnético: maior praticidade e velocidade dos pagamentos O desafio não é mais a frequência escolar, mas a qualidade da educação recebida e a aprendizagem real que ocorre na sala de aula

18 Fome Zero A Autora Fome Zero O Novo Programa Pobreza como uma síndrome multidimensional de carências Combate à fome: poĺıtica nacional de segurança alimentar mutirão contra a fome envolvendo a esfera federal, estadual e municipal Impacto do Cartão Alimentação

19 O cerne da pobreza A Autora Fome Zero O Novo Programa Acesso aos alimentos já não era a questão principal na definição de pobreza Problema remanescia em áreas rurais e locais marginalizados das periferias metropolitanas Falha: Adoção da renda como critério para delimitar a população que passava fome.

20 O carro chefe do novo governo Fome Zero O Novo Programa O governo abandona o Cartão Alimentação do Programa Fome Zero: problemas no desenho e na execução. Em seu lugar, entra o Programa Bolsa Famíilia, que visava unificar os programas de transferência preexistentes e envolvia mudanças na administração da poĺıtica de transferências. Cadastro Único como instrumento de integração dos beneficiários dos diferentes programas. Buscava uma repercussão positiva e significativa junto à opinião pública.

21 O Programa A Autora Fome Zero O Novo Programa Seguia os moldes do Bolsa Escola e Bolsa Alimentação, focando nas famílias pobres com crianças. Ainda assim, famílias muito pobres tinham o benefício independentemente de ter crianças. Dificuldades de cadastramento e acompanhamento das famílias beneficiadas: o programa unificava cadastros de diversos outros programas

22 Características do Programa Fome Zero O Novo Programa Famílias com renda per capita inferior a R$50 por mês: recebiam R$50 por mês mais R$15 por criança até 15 anos, com limite máximo de três benefícios; Famílias com renda entre R$50 e R$100 por mês: recebiam apenas o benefício variável; Valores desatrelados do salário mínimo;

23 Características do Programa Fome Zero O Novo Programa Superposição de programas significativa. Dados da PNAD, mostram que apenas 50,7% dos beneficiários do BF recebiam somente essa transferência; Apesar disso, o dispêndio dos novos programas agregadamente era 30% inferior ao dispêndio do BPC; Focalização melhor do que a do BPC, apesar de rápida expansão da cobertura. Atende mais intensamente famílias na base da distribuição;

24 Meta A Autora Fome Zero O Novo Programa Expansão pautada na substituição dos programas precedentes. Eliminava a superposição de transferências concedidas ao mesmo domicílio por diferentes programas, tal como ocorria até foi provavelmente o maior avanço realizado neste primeiro período do programa

25 Meta A Autora Fome Zero O Novo Programa Forte expansão do BF. Em 2004, havia 5 milhões de beneficiários. Em dezembro de 2006, atinge-se a meta de 11 milhões; Isso se deu por causa da unificação dos programas antigos sob o BF. O número total de transferência pouco aumentou;

26 A maturidade atingida A Autora Fome Zero O Novo Programa Pagamento de benefício aos jovens de 16 e 17 anos. Limitado a dois por domicílio; Elevar o número de crianças na faixa etária de até 15 anos, de três para cinco; Benefício variável a gestantes e nutrizes;

27 Cadastramento e recadastramento Fome Zero O Novo Programa As famílias cadastradas que se qualifiquem são incorporadas ao programa na medida da disponibilidade de vagas no seu município; Recadastramento anual para famílias que já estão no programa por dois anos;

28 Transparência A Autora Fome Zero O Novo Programa É possível conhecer o nome de beneficiários do programa:

29 Impacto sobre a pobreza Impacto sobre a pobreza Apesar do papel positivo das transferências, elas foram apenas coadjuvantes no processo de melhora distributiva. O rendimento do trabalho foi o fator principal: 3/4 da renda das famílias correspondia a distribuição da renda do trabalho, enquanto as transferências representavam 1,3%, no ano de 2009; Ocorreu no período uma importante melhoria da distribuição da renda do trabalho Apesar de as transferências terem estado longe de desempenhar o papel preponderante na queda da desigualdade, cabe destacar sua contribuição proporcionamente elevadíssima - 1,3% foram responsáveis por 18% da queda do grau de desigualdade;

30 Impacto sobre a pobreza Evolução da proporção de pobres no Brasil ( )

31 Desigualdade versus Pobreza Impacto sobre a pobreza Coube também ao mercado o papel principal no número de pobres; Os efeitos das transferências de renda são mais importantes sobre a desigualdade de renda do que sobre a pobreza;

32 Crianças versus Idosos A Autora Impacto sobre a pobreza As transferências não têm se mostrado capazes de corrigir a desvantagem histórica das crianças no que concerne à pobreza; Apesar do BF, a desvantagem das crianças tem se agravado no período; Sistema de Previdência e BPC protegem os idosos;

33 Educação A Autora Impacto sobre a pobreza Avaliação encomendada pelo MDS evidenciou que crianças nos domicílios assistidos pelo BF tinham frequência mais elevada e menor probabilidade de abandono escolar; Isso pode ser reflexo da forma como o cadastramento do Bolsa Escola foi feito, utilizando a rede escolar. Priorizaram-se as crianças mais pobres de cada escola;

34 Eliminação da extrema pobreza Impacto sobre a pobreza Dilma se compromete a eliminar a pobreza extrema - renda per capita inferior a R$70 - até o final de 2014; Mudanças no BF em 2012 com o objetivo de eliminar o hiato de pobreza extrema, ou seja, a diferença entre a renda da família e o valor da linha de pobreza; Clientela preferencial: crianças de 0 a 15 anos. Deveria ser adicionada uma margem variável que garantisse a todas as famílias com crianças atingir o valor mínimo de R$70 per capita;

35 A Autora Transferência de renda assistenciais vieram para ficar. Essas famílias tem desvantagens importantes em termos de capital humano, o que dificulta a inserção no mercado de trabalho; Necessário reduzir a discrepância entre BPC e o ; Corrigir as iniquidades em relação às crianças pobres; Caminhar para um sistema de assistência à la Chile, onde os serviços que atendem às necessidades das famílias se articulam ao mecanismo de transferência

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