[H + ]=10-7 M. M ADP + Pi. G (gradiente eléctrico) = C mol -1 (- 0,15 V) = - 14,5 kj mol = - 3,6 kj mol - +

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "[H + ]=10-7 M. M ADP + Pi. G (gradiente eléctrico) = C mol -1 (- 0,15 V) = - 14,5 kj mol = - 3,6 kj mol - +"

Transcrição

1 Quando o transporte de uma substância ocorre contra o seu gradiente electroquímico e o processo exergónico é o transporte de um ião a favor do seu gradiente electroquímico (por sua vez criado por um transporte activo primário) falamos em transporte activo secundário. transporte de glicose no polo apical dos enterócitos éum transporte activo secundário em que o processo exergónico é a passagem de iões sódio para dentro das células a favor do gradiente electroquímico e o endergónico o transporte de glicose contra gradiente. Diz-se que os transportadores de Na e glicose existentes no polo apical dos enterócitos (SGLT1; sodium dependent glucose transporter 1) éum simporte porque só pode funcionar transportando 2 iões Na e 1 molécula de glicose 21 no mesmo sentido. Aquando da síntese de ATP pela síntase de ATP mitocondrial (complexo V) ocorre um processo que é o inverso do que corresponde aos processos de transporte activo primário: uma reacção enzímica endergónica ( G >0) está acoplada com um transporte exergónico ( G <0) [H ]=10-7 M G (gradiente eléctrico) = C mol -1 (- 0,15 V) = - 14,5 kj mol -1 G (gradiente químico) = - RT ln (10-7,0 /10-7,6 ) = - 3,6 kj mol G (gradiente eletroquímico) relativo ao [H ] = 10-7,6 transporte de 3 moles protões = M ADP Pi 3 (-14,5 kj - 3,6 kj) = - 54,1 kj 3 H V 3 H = - 0,15 V ATP - - G relativo à síntese de 1 mol de ATP = 50 kj G relativo ao processo global = - 54,1 kj 50 kj = -4,1 kj 22 As palavras difusão, transporte passivo e transporte activo referem-se à termodinâmica do processo de transporte. As palavras simples, facilitado/a, mediado, transportador, cotransporte uniporte, antiporte e simporte referem-se ao catalisador (ou à sua ausência). 1- Palavras que descrevem a energia envolvida no processo de transporte e estão, portanto, relacionadas com aspectos relacionadas com termodinâmica do processo: a) transporte passivo = difusão = transporte a favor do gradiente electroquímico b) transporte activo = transporte contra o gradiente químico ou electroquímico. 2- Palavras relacionadas com o tipo de catalisador envolvido no processo de transporte: a) simples = não mediado (sem catalisador). b) facilitado = mediado por transportador. b1) uniporte, simporte e antiporte. b2) quando há co-transporte está envolvido um simporte ou um antiporte. 23 A linha de separação entre transportadores e enzimas é tão ténue que, em muitos casos, é impossível dizer se estamos a falar de uma enzima ou de um transportador. 1- Nos complexos da cadeia respiratória da mitocôndria as reacções de oxi-redução são exergónicas e o componente endergónico é o transporte de protrões contra gradiente electroquímico. 1 - Um caso semelhante ocorre no caso da bomba de sódio e potássio. (hidrólise de ATP exergónica; movimento de iões endergónico) 2- No caso da síntase do ATP na mitocôndria nas condições in vivo o componente exergónico é o movimento de protões a favor do gradiente electroquímico e o endergónico é a reacção de síntese do ATP (ADPPi ATP H 2 ). Nota: os transportadores/enzimas são apenas catalisadores... 24

2 Conhecer o G ( razão Keq/QR) de um sistema reactivo indica-nos o sentido em que a reacção pode evoluir... mas não nos diz nada acerca da velocidade em que ela ocorre. 1- Algumas reacções são muito lentas: A Keq da reacção de oxidação da glicose (glicose C 2 6 H 2 ) é cerca de M -1 G º = kj/mol a reacção tem tendência a evoluir até ao consumo total do reagente limitante (em geral a glicose)...mas, à temperatura ambiente e na ausência de enzimas, posso ter glicose em contacto com 2 durante milhares de anos que não acontece nada. 2- utras reacções são muito rápidas As reacções de dissociação de protões ou ligação de protões (ácido-base) aproximam-se rapidamente do equilíbrio e não necessitam de catalisadores. 25 A maioria das reacções que ocorrem nos seres vivos só existem porque existem enzimas que as catalisam. A maioria das enzimas são de natureza proteica e, relativamente aos outros catalisadores, têm uma grande especificidade em relação aos substratos e produtos da reacção. 1- A palavra enzima (do Grego: en, na zima, levedura) foi inventada em 1878 por Fredrich Kühne. 2- A sua natureza proteica só foi definitivamente aceite na década de Relativamente aos catalisadores não enzímicos as enzimas são, em geral: a) mais potentes, b) actuam em condições pouco agressivas (ph 7, temp. < 100 C, etc.), c) têm uma enorme especificidade relativamente aos substratos e produtos, e d) a sua actividade pode ser, frequentemente, regulada por substâncias diferentes dos substratos e dos produtos (as enzimas podem ser sensores do meio ambiente em que estão inseridas...). 4- Sendo as enzimas moléculas proteicas o seu tamanho é, frequentemente, muito grande relativamente ao tamanho das moléculas dos substratos. sítio activo (ou sítio catalítico ) é um local específico modelado de tal forma que permite a interacção específica com o substrato (ou substratos) e é onde ocorre a reacção 26 química. A Comissão de Enzimas da União Internacional de Bioquímica definiu critérios para a classificação e denominação das enzimas; os critérios são de tipo funcional: duas enzimas com estruturas diferentes que catalisam a mesma reacção (isozimas ou isoenzimas) têm o mesmo nome. 1- A cada enzima foi atribuído um número EC (de Enzyme Comission) que contém 4 números separados por pontos (EC W.X.Y.Z). s números W, X e Y referem-se, respectivamente, à classe, sub-classe e sub-sub-classe e o número Z é específico de cada enzima. 2- No dia estavam classificadas 4367 enzimas que podem ser consultadas em 3- Em geral uma mesma enzima tem vários nomes e a nomenclatura não é isenta de ambiguidade; a atribuição de um número EC às enzimas é uma tentativa de resolver essa ambiguidade. Foram definidas 6 classes: Classe 1: oxi-redútases Classe 2: transférases Classe 3: hidrólases Classe 4: líases Classe 5: isomérases Classe 6: lígases ou sintétases As isomérases (EC 5.x.y.z) catalisam a interconversão de dois isómeros: A B Em rigor, as isomérases são as únicas enzimas em que se pode falar do substrato da enzima no singular. Exemplos: fosfoglicomútase fosfogliceratomútase isomérase das hexoses-fosfato epimérase das pentose-fosfato epimérase da UDP-galactose (Glicose-1-P Glicose-6-P) (3-fosfoglicerato 2-fosfoglicerato) (Glicose-6-P Frutose-6-P) (Ribulose-5-P Xilulose-5-P) (UDP-Galactose UDP-Glicose) Em geral, nas reacções catalisadas pelas isomérases 4- A classificação é de tipo funcional: diferentes proteínas com a mesma actividade catalítica (como as isoenzimas) têm o mesmo nome e número EC. 27 as Keq têm valores não muito diferentes de 1 ( Gº não muito diferente de 0) 28 e são fisiologicamente reversíveis.

3 Nas reacções catalisadas pelas hidrólases (EC 3.x.y.z) um dos reagentes é a água e o substrato rompe-se nas suas partes constituintes: AB H 2 A B As hidrólases catalisam a rotura de ligações sendo a água um dos substratos. Exemplos de ligações que podem sofrer rotura hidrolítica: 1- éster (produtos = álcool ácido) ou tioéster (produtos = tiol ácido) 2- lactona (produtos = álcool ácido; notar que neste caso, porque a lactona é um éster interno : A H 2 B) 3- anidrido (produtos = ácido ácido) 4- amida (produtos = ácido amina) 5- osídicas (produtos = semi-acetal álcool ou semi-acetal semi-acetal ou semi-acetal ácido ou o semi-acetal amina) Em geral, quando à frente do nome de um composto se coloca o sufixo ase a enzima é uma hidrólase (maltase, amílase, fosfolípase, lípase, ATPase, glutamínase...). 29 Quase sempre catalisam reacções fisiologicamente irreversíveis. As fosfátases são hidrólases em que um dos produtos é o fosfato inorgânico (Pi). As reacções catalisadas pelas fosfátases chamam-se desfosforilações. Alguns exemplos de fosfátases: Glicose-6-fosfátase (glicose-6-p glicose Pi) ATPase (ATP ADP Pi) pirofosfátase inorgânica (PPi H 2 2 Pi) 2 30 Nas reacções catalisadas pelas transférases (EC 2.x.y.z) um substrato dador cede um grupo químico ou um resíduo a um outro substrato (o substrato aceitador) que o aceita: XT Y X YT As cínases são fosfotransférases que catalisam reacções do tipo: ATP Y ADP Y-P. As reacções catalisadas pelas cínases chamam-se fosforilações. Nas reacções catalisadas por cínases o resíduo transferido é um fosfato e, em geral, o dador de fosfato é o ATP (ou o GTP) que cede o fosfato (o terceiro) a um aceitador. Numa reacção enzímica do tipo: ATP Y ADP Y-P a enzima denominar-se-ia cínase do Y sendo Y o substrato que aceita o fosfato do ATP. Exemplos de cínases: Uma transférase catalisa uma reacção em que um resíduo T é transferido de XT para Y (ou, tendo em conta a reacção inversa, de YT para X). São exemplos de transférases: 1- cínases (ATP Aceitador ADP Aceitador-P) 2- fosforílases (Dador-T Pi Dador T-P) 3- pirofosforílases (Aceitador-T PPi Aceitador T-PP) 4- transférases de uridilato 31 (dador-ump aceitador dador aceitador-ump) cínase da glicose cínase da frutose-6-p cínase do piruvato A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos: (1) a cínase do piruvato catalisa in vivo a fosforilação do ADP pelo fosfoenolpiruvato. (2) a cínase do adenilato (=AMP) catalisa a fosforilação do AMP pelo ATP (mas 32 também a reacção inversa; é fisiologicamente reversível): ATP AMP 2 ADP

4 Numa reacção enzímica do tipo: ATP Y ADP Y-P a enzima denominar-se-ia cínase do Y e a regra mantém-se mesmo quando o aceitador é outra enzima. Exemplo: a cínase da desidrogénase do piruvato catalisa a fosforilação da desidrogénase do piruvato pelo ATP As acções das cínases e das fosfátases não são reacções inversas. A cínase da glicose e a fosfátase da glicose-6-fosfato têm papeis metabólicos opostos mas as reacções que catalisam não são a inversa uma da outra. Glicose Pi Cínase da glicose ATP v = 100 J= 90 v = 10 ADP H 2 Glicose- 6-P Fosfátase da glicose-6-p = Glicose-6-Pase A reacção inversa da fosforilação da glicose por acção da cínase da glicose seria a fosforilação do ADP (a ATP) pela glicose-6-p Em geral, quando existe uma cínase que catalisa a fosforilação de um substrato A existe também uma fosfátase (hidrólase) que catalisa a desfosforilação do substrato A fosforilado e ambas as reacções são (quase sempre) fisiologicamente irreversíveis 33 Quando uma cínase e a fosfátase que se lhe opõe estão simultaneamente activas a reacção soma é a hidrólise de ATP Quando isto acontece falamos em ciclos de substrato. A ATP ADP A-P A-P A Pi 34 Alguns fármacos e hormonas exercem os seus efeitos ligando-se a receptores celulares que têm actividade catalítica intrínseca e que são, portanto, enzimas. Alguns receptores celulares são enzimas. receptor da insulina éuma cínase que, quando a insulina está ligada, catalisa a fosforilação de proteínas citoplasmáticas chamadas substratos do receptor da insulina. Algumas cínases (com a PKA; cínase de proteínas dependente do AMP cíclico) são relativamente inespecíficas catalisando a fosforilação de muitas enzimas e essa fosforilação pode activar ou inibir essas enzimas. ATP síntase do glicogénio (activa) PKA (ligada ao AMPc) ADP síntase do glicogénio fosforilada 35 (inactiva) As fosforílases são transférases em que o substrato aceitador é o fosfato inorgânico (Pi): XT Pi X T-P. As reacções catalisadas pelas fosforílases denominam-se fosforólises. Numa reacção do tipo XT Pi X T-P a enzima denominar-se-ia fosforílase do XT (T é o resíduo transferido)...e XT sofre uma fosforólise: XT rompe-se (lise) por acção do fosfato inorgânico (Pi). Exemplo de fosforílase: A fosforílase do glicogénio catalisa a fosforólise do glicogénio Glicose-glicose-glicose... Pi glicose-glicose... Glicose-1-P 36

5 As pirofosforílases são transférases em que o substrato aceitador do resíduo transferido é o pirofosfato inorgânico (PPi): XT PPi X T-P-P. As reacções catalisadas pelas pirofosforílases denominam-se pirofosforólises. Numa reacção do tipo XT PPi X T-P-P a enzima denominar-se-ia pirofosforílase do XT...e XT sofre pirofosforólise: rompe-se (lise) por acção do pirofosfato inorgânico (PPi). As transférases de uridilato (uridil-transférases) são enzimas em que o resíduo transferido é o UMP (e não se forma nem se consome PPi inorgânico): X-UMP Y X Y-UMP. Galactose-1-P UDP-Glicose Galactose-P Glicose-P- P-uridina Exemplo de pirofosforílase: Pirofosforílase do UDP- Glicose Para compreender porque se denomina pirofosforílase do uridino-difosfato de glicose (UDP-glicose) à enzima que catalisa a reacção Glicose-1-P UTP UDP-glicose PPi, temos de pensar na reacção inversa àquela que de facto ocorre nas células dos seres 37 vivos. A reacção inversa é a pirofosforólise do UDP-glicose. Glicose-1-P UDP-Galactose Glicose-P UMP (uridino-monofosfosto) também se designa de uridilato. Galactose-P- P-uridina 38 As lígases (ou sintétases) (EC 6.x.y.z) catalisam reacções que podem ser lidas como sendo o somatório de duas reacções: uma de hidrólise do ATP e outra de combinação de duas substâncias. Nalgumas lígases o nucleosídeo trifosfato envolvido na reacção não é ATP mas o GTP. ATP A B ADP Pi AB ou ATP A B AMP PPi AB Nas reacções catalisadas pelas lígases a energia libertada no processo de hidrólise do ATP permite a combinação de dois reagentes A e B. u, considerando o sentido inverso, que a energia libertada na cisão de AB permite a síntese de ATP. Sintétase do AB No ciclo de Krebs a reacção catalisada pela sintétase de succinil-coa (uma das isoenzimas) evolui no sentido da rotura do succinil-coa e síntese de GTP: GDP Pi succinil-coa succinato CoA GTP Quando a rotura do ATP ocorre entre os resíduos fosfato e forma-se ADP e Pi mas quando ocorre entre os resíduos fosfato e 39 forma-se AMP e PPi. Podemos considerar, conceptualmente, que a sintétase de succinil-coa faz a acoplagem de duas reacções: Succinil-CoA H 2 Succinato CoA (reacção exergónica) G1<0 GDP Pi GTP H 2 (reacção endergónica) G2>0 40 GDP Pi Succinil-CoA GTP Succinato CoA G(1,2)= G1 G2

6 Nas reacções catalisadas pelas líases (EC 4.x.y.z) um dos reagentes que contém uma dupla ligação combina-se com um segundo reagente de tal maneira que o produto já não contém a dupla ligação: A=B C ABC As oxi-redútases (EC 1.x.y.z) catalisam reacções de oxi-redução u, pensando na reacção inversa: são líases as enzimas que catalisam reacções em que um composto se rompe dando origem a dois produtos sendo que um destes produtos contém uma dupla ligação que não existia no composto que lhe deu origem: ABC A=B C Frequentemente o composto C é a água mas aqui, ao contrário do caso das hidrólases, a reacção de C com A=B não resulta na lise de A=B. 41 Exemplos de nomes associados a oxi-redútases: Desidrogénases Redútases xídases xigénases Peroxídases Catálase Dismútases dinucleotídeos são substratos 2 é o oxidante directo o 2 é reduzido a água... catalisam reacções de dismutação 42 1) As desidrogénases são oxi-redútases que catalisam reacções do tipo: AH2 lactato NAD NAD NADP FAD FMN desidrogénase de AH2 Piruvato Coenzima A C 2 Piruvato Acetil-CoA NAD A NADPH FADH2 FMNH2 Desidrogénase do lactato Desidrogénase do piruvato 2) As redútases também são oxi-redútases. A maioria das redútases catalisa reacções do mesmo tipo das desidrogénases mas o redutor é o NADPH... A NADPH FADH2 FMNH2 redútase do A AH2 NAD NADP FAD FMN Exemplo: redútase do glutatião; NADPH dissulfureto de glutatião (GSSG) NADP 2 glutatião (2GSH) NADPH NADP 2 e - H NAD Desidrogénase do Ubiquinona Ubiquinol (não se chama desidrogénase 43 do ubiquinol) H 44

7 3) As oxídases também são oxi-redútases. Catalisam reacções em que o 2 é um dos reagentes que se reduz a H 2, a peróxido de hidrogénio (H 2 2 ) ou a superóxido ( 2 - ). 2 cyt. c (Fe 2 )½ 2 2 cyt. c (Fe 3 ) oxídase do citocromo c NADPH 2 2 NADP oxídase da NADPH 5) As peroxídases também são oxi-redútases. Catalisam reacções em que o 2 é o agente oxidante directo de um composto orgânico. Exemplo: a peroxídase do glutatião é a mais conhecida 2 Glutatião (2 GSH) H 2 2 dissulfureto de glutatião (GSSG) 2 H 2 4) As monooxigénases (também chamadas oxigénases de função mista) também são oxi-redútases. Catalisam reacções em que o 2 é o oxidante directo, sendo que um dos átomos de oxigénio se vai incorporar num composto orgânico que é oxidado e o outro vai formar água. São frequentemente chamadas hidroxílases; neste caso seria hidroxílase do VH (no exemplo está a reacção catalisada pela hidroxílase da fenilalanina) VH VH fenilalanina tirosina 2 WH2 W 2 tetrahidrobiopterina 2 2 e - 2H 2 dihidrobiopterina A palavra síntase (não confundir com sintétase) está popularmente associado a algumas enzimas e as síntases podem pertencer a diferentes classes. Algumas vezes o nome que foi originalmente atribuído a uma enzima (síntase do composto X), embora fora da nomenclatura sistemática, manteve-se o mais popular ao longo dos anos. 1- A síntase do glicogénio é de facto uma transférase. 2 - A síntase do ATP é de facto uma hidrólase (e, simultaneamente um transportador de protões). ADP Pi ATP H 2 A componente exergónica do processo é o transporte de protões através de um componente da enzima que está mergulhado na membrana interna da mitocôndria. s protões deslocam-se a favor do seu gradiente electroquímico. 47 À rotura hidrolítica das ligações fosfoanidrido do ATP (entre os fosfatos - e - ) estão associados valores de Gº muito negativos; por isso se diz na gíria dos bioquímicos que estas ligações são ricas em energia. 1- Dizemos que a glicose e o etanol são substâncias energéticas porque no seu processo de oxidação libertam enormes quantidades de energia: Glicose C 2 6 H 2 Gº = kj/mol Etanol C 2 2 H 2 Gº = kj/mol (nota: estes Gº não se referem aos seres vivos; Gº refere-se sempre a condições padrão) 2- Quando dizemos que o ATP é uma substância energética não estamos a falar da reacção de oxidação do ATP mas da sua fosfohidrólise. ATP H 2 ADP Pi Gº = - 31 kj/mol ATP H 2 AMP PPi Gº = - 46 kj/mol Gº= -31 kj Gº= -46 kj 48

8 As ligações em que o Gº que corresponde à sua rotura hidrolítica (em condições padrão) tem um valor semelhante ou é ainda mais negativo que o que corresponde à rotura das ligações fosfoanidrido do ATP (- 31 kj mol -1 ou - 46 kj mol -1 ) dizem-se ricas em energia e costumam representar-se por As ligações ricas em energia podem ser de tipo: a) fosfoanidrido como no ATP b) fosfamida como na fosfocreatina c) enolfosfato como no fosfoenolpiruvato. Gº= -62 kj Gº= - 43 kj Embora o Gº seja apenas uma medida da Keq (e não determine por si só o sentido em que a reacção vai evoluir) o conceito de ligação rica em energia revelou-se útil (1) porque, normalmente, quando uma enzima catalisa o acoplamento de duas semireacções em que uma é a rotura de uma ligação rica em energia e a outra a formação de uma ligação que não é rica em energia (como as fosfoéster) a reacção é fisiologicamente irreversível Exemplos: glicose ADP glicose-6-p (cínase da glicose) frutose-6-p ADP frutose-1,6-bisfosfato (cínase da frutose-6-p) (2) e porque, normalmente, quando nas duas semi-reacções acopladas, numa se rompe e na outra se forma uma ligação rica em energia a reacção é fisiologicamente reversível d) tioéster como no succinil-coa. Quando dizemos que o ATP, a fosfocreatina, o fosfoenolpiruvato ou o succinil-coa são substâncias energéticas estamos simplesmente a dizer que a sua fosfohidrólise 49 tem um valor de Gº muito negativo. Gº= -36 kj Exemplos: ADP succinato CoA Síntétase de succinil-coa ADP creatina Cínase da creatina ADP 3-fosfoglicerato 50 Cínase do 3-fosfoglicerato A cínase do 3-fosfoglicerato catalisa uma reacção de fosfotransferência que é fisiologicamente reversível (no sentido da síntese de ATP na glicólise e de consumo de ATP na gliconeogénese)... No 1,3-bisfosfoglicerato há uma ligação fosfoanidrido ( rica em energia ) que não existe no 3-fosfoglicerato... mas nem sempre o acoplamento de semi-reacções em que há síntese e rotura de ligações ricas em energia corresponde a reacções fisiologicamente reversíveis: por exemplo, a reacção catalisada pela cínase do piruvato é fisiologicamente irreversível. As reacções enzímicas que in vivo geram PPi têm um G (real) muito negativo porque o produto PPi é rapidamente hidrolisado pela acção catalítica de pirofosfátases que mantém a sua concentração muito baixa. Como resultado da acção catalítica das pirofosfátases celulares a concentração de PPi na célula é muito baixa; não existe um dos substratos para que a reacção inversa possa ocorrer As reacções em que um dos produtos é o PPi são reacções exergónicas em todas as condições metabólicas reacções fisiologicamente irreversíveis. ADP piruvato 51 52

9 Pi G > 0 ADP ATP enzimas e enzimas/transportadores envolvidas no catabolismo nutrientes C 2 2 G < 0 I love electrons nutrientes 2 NAD We hate electrons 53 2 Glicose 2 Piruvato NAD 2 C 2 2 acetil-coa 2 C 2 2 C 2 2 ADP 2 ADP 2 NAD NAD 4 H I Q III cyt c IV 1 NAD 10 H 2,5 ADP 2,5 Pi (2 H 4 H ) V Simp. Pi 2,5 H2 A oxidação completa de 1 mole de glicose é a componente exergónica num processo global em que a componente endergónica é a síntese de 30 (envolvimento da 54 lançadeira do glicerol-3-p) a 32 moles (envolvimento do malato) de ATP. G < 0 Pi ATP ADP enzimas e enzimas/ transportadores Nutrientes ou intermediários do metabolismo proteínas, glicoproteínas, lipídeos e glicídeos complexos, ácidos nucleicos... G > 0 55 Bibliografia aconselhada: Newsholme, E. A. & Leech, T. (2009) Functional Biochemistry in Health and disease, Wiley-Blackwell, xford. Nelson DL & Cox MM. (2005) Lehninger Principles of Biochemistry. 3rd ed. Worth Publishers. New York. Chang R. (1994) Química 5ª ed. McGrow-Hill de Portugal, Lda Fontes R (2010) Notas sobre Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. Fontes R (2005) Notas de termodinâmica química e calorimetria (A energia como um conceito menos intuitivo que o que parece). 56

2- No dia estavam classificadas 4046 enzimas que podem ser consultadas em

2- No dia estavam classificadas 4046 enzimas que podem ser consultadas em A maioria das enzimas são de natureza proteica e, relativamente aos outros catalisadores, têm uma grande especificidade em relação aos substratos e produtos da reacção. 1- A palavra enzima (do Grego: en,

Leia mais

A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos

A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos mesmo quando (por razões de índole termodinâmica) apenas a reacção em que ocorre formação de ATP pode

Leia mais

Exemplos: Exemplos: Síntase da hidroxi-metil-glutaril-coa

Exemplos: Exemplos: Síntase da hidroxi-metil-glutaril-coa A palavra síntase (não confundir com sintétase) está popularmente associado a algumas enzimas e as síntases podem pertencer a diferentes classes. Algumas vezes o nome que foi originalmente atribuído a

Leia mais

Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional.

Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. s vias metabólicas existem porque existem enzimas que têm especificidade para substratos que são simultaneamente produtos de outras reações enzímicas. Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico,

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DE ENZIMAS

CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DE ENZIMAS CLASSIFICAÇÃO DE ENZIMAS INTRODUÇÃO A Comissão de Enzimas da União Internacional de Bioquímica definiu critérios para a classificação e denominação das enzimas. 1- A cada enzima foi atribuído um número

Leia mais

Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional.

Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. ulas a cargo de na Branco e Rui Fontes ruifonte@med.up.pt s vias metabólicas existem porque existem enzimas que

Leia mais

nutrientes 1 Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões.

nutrientes 1 Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões. Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões. nutrientes 1 Zn + Cu 2+ Zn 2+ + Cu...mas também se podem definir como

Leia mais

Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional.

Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. rui.fontes@mail.telepac.pt s vias metabólicas existem porque existem enzimas que têm especificidade para substratos

Leia mais

nutrientes Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões.

nutrientes Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões. Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões. nutrientes Zn + Cu 2+ Zn 2+ + Cu...mas também se podem definir como

Leia mais

nutrientes Reacções de redox nos seres vivos n.o.= +1 n.o.= 0 n.o.= 0 n.o.= 0 n.o.= 0 n.o.= -1 n.o.= +3 n.o.= +2 n.o.= -3 n.o.

nutrientes Reacções de redox nos seres vivos n.o.= +1 n.o.= 0 n.o.= 0 n.o.= 0 n.o.= 0 n.o.= -1 n.o.= +3 n.o.= +2 n.o.= -3 n.o. Reacções de redox nos seres vivos O n.o. do carbono do formol (metanal) é zero: perde 2 electrões para o O mas ganha 2 dos H. Dizemos que a glicose se oxida quando se converte em na glicólise... nutrientes

Leia mais

Reacções de redox nos seres vivos. nutrientes

Reacções de redox nos seres vivos. nutrientes Reacções de redox nos seres vivos As reacções de oxi-redução (ou redox) costumam definir-se como reacções em que há transferência de electrões. nutrientes rui.fontes@mail.telepac.pt Laboratório de Bioquímica

Leia mais

Notas sobre Introdução às Reacções Enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional

Notas sobre Introdução às Reacções Enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional Notas sobre Introdução às Reacções Enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional Índice 1- Conceitos de processo endergónico, exergónico e energia livre de Gibbs. O sentido em que um

Leia mais

Notas sobre Introdução às Reacções Enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional

Notas sobre Introdução às Reacções Enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional Notas sobre Introdução às Reacções Enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional Índice 1- Conceitos de processo endergónico, exergónico e energia livre de Gibbs. O sentido em que um

Leia mais

Visão geral do metabolismo glicídico

Visão geral do metabolismo glicídico Visão geral do metabolismo glicídico 1. Todas as células do organismo podem usar glicose oxidando-a (processo exergónico) de forma acoplada com a formação de (processo endergónico). a) O catabolismo da

Leia mais

Reações de redox nos seres vivos. nutrientes

Reações de redox nos seres vivos. nutrientes Reações de redox nos seres vivos As reações de oxi-redução (ou redox) costumam definir-se como reações em que há transferência de eletrões. nutrientes ruifonte@med.up.pt Departamento de Bioquímica da Faculdade

Leia mais

O 2 CO 2 + H 2 O. Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato. ADP + Pi. nutrientes ATP

O 2 CO 2 + H 2 O. Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato. ADP + Pi. nutrientes ATP Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato Em todas as células ocorre continuamente a hidrólise do ATP (formando ADP + a uma velocidade tal que, mesmo em repouso, todo o stock de ATP se

Leia mais

C 6 H 12 O O 2 6 CO H 2 O

C 6 H 12 O O 2 6 CO H 2 O O que os seres vivos sabem fazer melhor é comer ingerir substâncias no estado reduzido que vão ser oxidadas a e respirar inspirar O 2, o oxidante último dos nutrientes e expirar o produto da oxidação dos

Leia mais

Rui Fontes. O sentido das reacções de oxi-redução e a fosforilação oxidativa

Rui Fontes. O sentido das reacções de oxi-redução e a fosforilação oxidativa Rui Fontes O sentido das reacções de oxi-redução e a fosforilação oxidativa Porto 2005 Índice 1. As tabelas de potencial redox dos bioquímicos não são iguais às dos químicos porque são diferentes as condições

Leia mais

Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional.

Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. Introdução às reacções enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. A reacção de oxidação dos nutrientes pelo O 2 tem uma constante de equilíbrio tão elevada (>10 450 ) que tem tendência

Leia mais

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich Acetil CoA e Ciclo de Krebs Prof. Henning Ulrich Glicose + Consumo de 2 ATP 2 Ácidos Pirúvicos + 4H + + Produção de 4 ATP (2C 3 H 4 O 3 ) 2H + são Transportados pelo NAD passando Para o estado reduzido

Leia mais

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio Página 1 de 5 Aulas de grupo 2001-02; Rui Fontes Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio 1- Gliconeogénese 1- A gliconeogénese é um termo usado para incluir o conjunto de processos pelos quais o organismo

Leia mais

Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose

Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose Índice 1- O transporte transmembranar e a fosforilação da glicose...1 2- A glicólise e a oxidação da glicose a CO 2...1 3- A oxidação da glicose-6-fosfato

Leia mais

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração?

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração? Respiração Mas o que é respiração? FISIOLOGIA VEGETAL Respiração É o processo pelo qual compostos orgânicos reduzidos são mobilizados e subsequentemente oxidados de maneira controlada É um processo de

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Profª Eleonora Slide de aula Condições de anaerobiose Glicose 2 Piruvato Ciclo do ácido cítrico Condições de anaerobiose 2 Etanol + 2 CO 2 Condições

Leia mais

Organelas Transdutoras de Energia: Mitocôndria - Respiração

Organelas Transdutoras de Energia: Mitocôndria - Respiração Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Organelas: Cloroplasto e Mitocôndria Obtenção de energia para a célula a partir diferentes fontes: Curso: Engenharia

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PRBLEMAS - Série 1 Soluções 2009/2010 idratos de Carbono (Revisão) e Metabolismo Central 1 R: (α 1 4) (lineares) Ο (α1 6) (pontos de ramificação) 2. R: Locais de glicosilação são

Leia mais

Como é que as células extraem energia e poder redutor do ambiente? Como é que as células sintetizam as unidades das macromoléculas?

Como é que as células extraem energia e poder redutor do ambiente? Como é que as células sintetizam as unidades das macromoléculas? Metabolismo Como é que as células extraem energia e poder redutor do ambiente? Como é que as células sintetizam as unidades das macromoléculas? Os seres vivos precisam de energia para: Realização de trabalho

Leia mais

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa Metabolismo: integração entre catabolismo e anabolismo Assimilação ou processamento da mat. Orgânica Síntese de Substâncias Estágio 1

Leia mais

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich Acetil CoA e Ciclo de Krebs Prof. Henning Ulrich No citossol Na mitocôndria Descarboxilação do piruvato: H 3 C- Piruvato Coenzima A Acetil CoA Redução de 1 NAD + Formação de acetil CoA (rica em energia)

Leia mais

Metabolismo de Glicídeos

Metabolismo de Glicídeos Universidade Federal de Pelotas Instituto de Química e Geociências Departamento de Bioquímica Metabolismo de Glicídeos Professora Ana Chaves Introdução Boca Enzima Ligação Substrato Produto α-amilase (glândulas

Leia mais

Notas sobre equilíbrio químico e termodinâmica, catálise enzimática e nomenclatura das enzimas

Notas sobre equilíbrio químico e termodinâmica, catálise enzimática e nomenclatura das enzimas Notas sobre equilíbrio químico e termodinâmica, catálise enzimática e nomenclatura das enzimas Índice 1 Conceitos de termodinâmica e de equilíbrio aplicados a enzimas e a processos de transporte transmembranar...

Leia mais

Introdução ao Metabolismo. Profª Eleonora Slide de aula

Introdução ao Metabolismo. Profª Eleonora Slide de aula Introdução ao Metabolismo Profª Eleonora Slide de aula Metabolismo Profª Eleonora Slide de aula Relacionamento energético entre as vias catabólicas e as vias anabólicas Nutrientes que liberam energia Carboidratos

Leia mais

Doenças Metabólicas. Revisão Bioquímica. Bruna Mion

Doenças Metabólicas. Revisão Bioquímica. Bruna Mion Doenças Metabólicas Revisão Bioquímica Bruna Mion GLICÓLISE Glicólise GLICOSE Armazenamento Polissacarídeo Sacarose Glicólise Piruvato ATP Intermediários Via das Pentoses Fosfato Ribose 5 fosfato NADPH

Leia mais

QBQ 0204 Bioquímica. Carlos Hotta. Glicólise 13/05/17

QBQ 0204 Bioquímica. Carlos Hotta. Glicólise 13/05/17 QBQ 0204 Bioquímica Carlos Hotta Glicólise 13/05/17 Uma visão geral do metabolismo Ribose 5P (5) NUCLEOTÍDEOS Algumas reações são irreversíveis Vias de síntese e degradação precisam ser separadas Uma visão

Leia mais

Profa Alessandra Barone.

Profa Alessandra Barone. Profa Alessandra Barone www.profbio.com.br Bioenergética Parte da bioquímica que trata do estudo dos fenômenos energéticos nos seres vivos, bem como sua forma de obtenção, armazenamento, mobilização e

Leia mais

A mitocôndria oxida combustíveis para gerar energia, em analogia ao processo pelo qual as usinas de força utilizam os combustíveis para gerar energia

A mitocôndria oxida combustíveis para gerar energia, em analogia ao processo pelo qual as usinas de força utilizam os combustíveis para gerar energia A mitocôndria oxida combustíveis para gerar energia, em analogia ao processo pelo qual as usinas de força utilizam os combustíveis para gerar energia elétrica Micrografia eletrônica de uma mitocôndria

Leia mais

MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS. Leu Ile Lys Phe. Gly Ala Ser Cys. Fosfoenolpiruvato (3) Piruvato (3)

MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS. Leu Ile Lys Phe. Gly Ala Ser Cys. Fosfoenolpiruvato (3) Piruvato (3) Ciclo de Krebs MAPA II POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Fosfoenolpiruvato (3) Asp Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Piruvato (3) CO 2 Acetil-CoA (2) CO 2 Oxaloacetato

Leia mais

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP MÓDULO 2 - METABOLISMO Bianca Zingales IQ-USP INTRODUÇÃO AO METABOLISMO CARACTERÍSTICAS DO SER VIVO 1- AUTO-REPLICAÇÃO Capacidade de perpetuação da espécie 2- TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA O ser vivo extrai

Leia mais

Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos

Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos Vias da Respiração Celular NADH Glicólise NADH 2 Ciclo de Krebs Mitocôndria Cadeia transp. elétrons Glicose Piruvato Citosol

Leia mais

Aulas Multimídias Santa Cecília Profª Renata Coelho Disciplina: Biologia Série: 9º ano EF

Aulas Multimídias Santa Cecília Profª Renata Coelho Disciplina: Biologia Série: 9º ano EF Aulas Multimídias Santa Cecília Profª Renata Coelho Disciplina: Biologia Série: 9º ano EF QUAIS SÃO OS PROCESSOS METABÓLICOS QUE LIBERAM ENERGIA DO ALIMENTO DENTRO DAS CÉLULAS HUMANAS? ONDE, NAS CÉLULAS

Leia mais

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese Aula 22.10.09 Neoglicogênese Gliconeogênese Metabolismo de açúcares Visão Geral Galactose Frutose Ácido láctico Fermentação Glicólise Glicose Piruvato Glicogenólise Gliconeogênese Glicogênese Glicogênio

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Introdução ao Metabolismo

Profª Eleonora Slide de aula. Introdução ao Metabolismo Introdução ao Metabolismo Nutrientes que liberam energia Carboidratos Gorduras Proteínas Catabolismo Produtos finais pobres em energia CO 2 2 O N 3 Energia química ATP NADP Metabolismo Macromoléculas celulares

Leia mais

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. Profa.

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. Profa. Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa Profa. Marina Prigol 1 Glicólise Anaeróbica RESPIRAÇÃO CELULAR ou GLICÓLISE AERÓBICA:

Leia mais

Revisão do Metabolismo da Glicose

Revisão do Metabolismo da Glicose Gliconeogênese Revisão do Metabolismo da Glicose Esquema Geral da Glicólise lise 1 açúcar de 6 C 2 açúcares de 3 C A partir deste ponto as reações são duplicadas 2 moléculas de Piruvato (3C) Saldo 2 moléculas

Leia mais

Resumo esquemático da glicólise

Resumo esquemático da glicólise Resumo esquemático da glicólise Destino do piruvato em condições aeróbicas e anaeróbicas Glicólise Fermentação Oxidação completa Em condições aeróbicas o piruvato é oxidado a acetato que entra no ciclo

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Profª Eleonora Slide de aula Condições de anaerobiose Fermentação alcoólica Glicose 2 Piruvato Ciclo do ácido cítrico Condições de anaerobiose Condições

Leia mais

5/4/2011. Metabolismo. Vias Metabólicas. Séries de reações consecutivas catalisadas enzimaticamente, que produzem produtos específicos (metabólitos).

5/4/2011. Metabolismo. Vias Metabólicas. Séries de reações consecutivas catalisadas enzimaticamente, que produzem produtos específicos (metabólitos). Metabolismo Vias Metabólicas Séries de reações consecutivas catalisadas enzimaticamente, que produzem produtos específicos (metabólitos). 1 Endergônico Exergônico Catabolismo Durante o catabolismo de carboidratos,

Leia mais

Regulação do metabolismo oxidativo e equilíbrio energético. Na + Na + K + Ca + Ca +

Regulação do metabolismo oxidativo e equilíbrio energético. Na + Na + K + Ca + Ca + Regulação do metabolismo oxidativo e equilíbrio energético Semelhanças Usam a oxidação de compostos orgânicos como fonte de energia. 2 A velocidade de oxidação dos compostos orgânicos aumenta com o exercício.

Leia mais

Fosforilação oxidativa

Fosforilação oxidativa Fosforilação oxidativa 1- A maior parte do ATP formado durante a oxidação dos nutrientes ocorre nas mitocôndrias que contém duas membranas: uma externa e outra interna. A membrana externa, porque contém

Leia mais

Enzimas - Sítio catalítico

Enzimas - Sítio catalítico Enzimas - Sítio catalítico Significado de cofator, grupo prostético e coenzima Enzima holozima Grupo prostético metal cofator coenzima Distinção entre cofator e coenzima depende da força de ligação com

Leia mais

Conversão de energia Mitocôndria - Respiração

Conversão de energia Mitocôndria - Respiração Universidade de São Paulo (USP) Escola de Engenharia de Lorena (EEL) Engenharia Ambiental Organelas: Cloroplasto e Mitocôndria Obtenção de energia para a célula a partir diferentes fontes: Conversão de

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

Os organismos necessitam de um constante fornecimento de energia livre

Os organismos necessitam de um constante fornecimento de energia livre Os organismos necessitam de um constante fornecimento de energia livre Por que? - Biossíntese de moléculas complexas; - Transporte ativo de moléculas e íons c através de membranas; - Realização de Trabalho

Leia mais

Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Oxidação de Carboidratos. Obtenção de energia por oxidação 19/08/2014

Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Obtenção de Energia. Oxidação de Carboidratos. Obtenção de energia por oxidação 19/08/2014 , Cadeia de Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima Para que um organismo possa realizar suas funções básicas: Obtenção de nutrientes. Crescimento. Multiplicação.

Leia mais

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas Processo enzimático mais antigo conhecido é o da fermentação da glicose até etanol leveduras. (Pasteur, 1850). Enzima grego na levedura (Pasteur, 1877). Isolamento de todas as enzimas associadas a fermentação

Leia mais

Introdução ao Metabolismo Microbiano

Introdução ao Metabolismo Microbiano Introdução ao Metabolismo Microbiano METABOLISMO DEFINIÇÃO: Grego: metabole = mudança, transformação; Toda atividade química realizada pelos organismos; São de dois tipos: Envolvem a liberação de energia:

Leia mais

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) rui.fontes@mail.telepac.pt Laboratório de Bioquímica da Faculdade de edicina do Porto 1 As concentrações dos intermediários

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Origem das proteínas e de suas estruturas Níveis de Estrutura Protéica Estrutura das proteínas Conformação

Leia mais

Informação aos alunos sobre o exame de Bioquímica Cursos de Medicina e Medicina Dentária Ano lectivo de

Informação aos alunos sobre o exame de Bioquímica Cursos de Medicina e Medicina Dentária Ano lectivo de Informação aos alunos sobre o exame de Bioquímica Cursos de Medicina e Medicina Dentária Ano lectivo de 2002-03 O exame tem 3 grupos de perguntas: O grupo I tem 42 perguntas "de escolha". Em cada pergunta

Leia mais

Notas sobre reacções redox nos seres vivos

Notas sobre reacções redox nos seres vivos Notas sobre reacções redox nos seres vivos Quando, para facilitar a aprendizagem, se classificam as reacções químicas em grupos, um dos grandes grupos é o das reacções de oxi-redução. A importância das

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-p + H 2 O glicose + Pi (1)

Gliconeogénese. glicose-6-p + H 2 O glicose + Pi (1) Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar colectivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PROBLEMAS - Série 1 Licenciatura em Bioquímica Licenciatura em Biologia Celular e Molecular Licenciatura em Química Aplicada Hidratos de Carbono e Metabolismo Central (Revisão)

Leia mais

Fosforilação oxidativa

Fosforilação oxidativa Fosforilação oxidativa 1- A maior parte do ATP formado durante a oxidação dos nutrientes ocorre nas mitocôndrias que contém duas membranas: uma externa e outra interna. A membrana externa, porque contém

Leia mais

1. Produção de Acetil-CoA. 2. Oxidação de Acetil-CoA. 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa

1. Produção de Acetil-CoA. 2. Oxidação de Acetil-CoA. 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. Produção de Acetil-CoA 2. Oxidação de Acetil-CoA 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. Produção de Acetil-CoA

Leia mais

Aula de Bioquímica II. Ciclo do Ácido Cítrico

Aula de Bioquímica II. Ciclo do Ácido Cítrico Aula de Bioquímica II Tema: Ciclo do Ácido Cítrico Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br

Leia mais

QBQ-0230 Bioquímica do Metabolismo Biologia Noturno

QBQ-0230 Bioquímica do Metabolismo Biologia Noturno QBQ-0230 Bioquímica do Metabolismo Biologia Noturno O que é, e para que serve a vias das pentoses fosfato. A via das pentoses fosfato é uma via alternativa de oxidação da glicose. A via das pentoses fosfato

Leia mais

Glicólise. Professora Liza Felicori

Glicólise. Professora Liza Felicori Glicólise Professora Liza Felicori Glicose Glicose (combustível metabólico) Fígado: Serve como tampão para manter o nível de glicose no sangue (liberação controlada de glicose) Glicose GLICOGÊNIO Estoque

Leia mais

Membrana interna. Cristas. Matriz Membrana externa. P i P i P i. 7,3 kcal/mol 7,3 kcal/mol 3,4 kcal/mol

Membrana interna. Cristas. Matriz Membrana externa. P i P i P i. 7,3 kcal/mol 7,3 kcal/mol 3,4 kcal/mol BIEERGÉTIA a célula milhares de compostos estão a ser sintetizados e degradados em simultâneo. Metabolismo: é o conjunto de todas as reacções envolvidas na manutenção deste estado dinâmico. o geral as

Leia mais

Metabolismo de glicogênio. Via das pentose-fosfatos. Prof. Dr. Henning Ulrich

Metabolismo de glicogênio. Via das pentose-fosfatos. Prof. Dr. Henning Ulrich Metabolismo de glicogênio e Via das pentose-fosfatos Prof. Dr. Henning Ulrich Metabolismo de glicogênio Amido Glicogênio Polissacarídeos Plantas Animais Polissacarídeos - Glicogênio São polímeros de α-d-glicose,

Leia mais

PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS

PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DEGRADAÇÃO DO GLIGOGÊNIO GLICÓLISE VIA DAS PENTOSES FOSFATO GLICONEOGÊNESE SÍNTESE DE CORPOS CETÔNICOS DEGRADAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E CICLO DA URÉIA CICLO DE KREBS Β-OXIDAÇÃO DE

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

Aula de Bioquímica II SQM Ciclo do Ácido Cítrico

Aula de Bioquímica II SQM Ciclo do Ácido Cítrico Aula de Bioquímica II SQM04242015201 Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares Tema: Ciclo do Ácido Cítrico Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química

Leia mais

Metabolismo de Glicídios

Metabolismo de Glicídios Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Doenças Metabólicas Metabolismo de Glicídios Lucas Balinhas Mozer Ávila Patrícia Mattei Uriel Londero Pelotas, abril 2015

Leia mais

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE Profa. Dra. Marina Prigol GLICONEOGÊNESE PROCESSO DE SÍNTESE DE GLICOSE A PARTIR DE COMPOSTOS NÃO GLICÍDICOS OCORRÊNCIA: Citosol do

Leia mais

LCB208 BIOQUÍMICA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BIOENERGÉTICA

LCB208 BIOQUÍMICA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BIOENERGÉTICA LCB208 BIOQUÍMICA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BIOENERGÉTICA + NH 4 + (CO 2, Esq. C, NH 4+, H 2 O) ATP A moeda Energética das Células INTRODUÇÃO Os organismos vivos, para manterem sua intrincada

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 1. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 1. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte 1 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte 1 Respiração celular I Conceitos fundamentais; II Etapas da respiração celular; Parte 2 Respiração celular

Leia mais

26/05/2017. Destinos do Piruvato na Célula. Respiração Celular X Combustão. Respiração Celular

26/05/2017. Destinos do Piruvato na Célula. Respiração Celular X Combustão. Respiração Celular Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Destinos do Piruvato na Célula Curso Engenharia Química Disciplina Bioquimica Metabolismo de Carboidratos Ciclo do

Leia mais

BIOQUÍMICA GERAL. Fotossíntese. Respiração. Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG. Aula 11. Glicólise FUNÇÕES ESPECÍFICAS.

BIOQUÍMICA GERAL. Fotossíntese. Respiração. Prof. Dr. Franciscleudo B Costa UATA/CCTA/UFCG. Aula 11. Glicólise FUNÇÕES ESPECÍFICAS. Aula 11 Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Unidade Acadêmica de Tecnologia de Alimentos Definição Funções específicas BIOQUÍMICA GERAL Fases dos metabolismo

Leia mais

Processo de obtenção de energia das células respiração celular

Processo de obtenção de energia das células respiração celular Processo de obtenção de energia das células respiração celular Lipídeos de armazenamento (Gorduras e óleos) Substâncias que originam ácidos graxos e usadas como moléculas que armazenam energia nos seres

Leia mais

Funções do Metabolismo

Funções do Metabolismo Universidade Federal de Mato Grosso Disciplina de Bioquímica Conceito de Metabolismo METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Prof. Msc. Reginaldo Vicente Ribeiro Atividade celular altamente dirigida e coordenada,

Leia mais

Cérebro e hemácias utilizam a glicose como fonte exclusiva de energia. Cerca de 75% da oxidadação da glicose / dia é feita pelo cérebro (adulto).

Cérebro e hemácias utilizam a glicose como fonte exclusiva de energia. Cerca de 75% da oxidadação da glicose / dia é feita pelo cérebro (adulto). Gliconeogênese Cérebro e hemácias utilizam a glicose como fonte exclusiva de energia Cerca de 75% da oxidadação da glicose / dia é feita pelo cérebro (adulto). Desta forma o organismo deve ter mecanismos

Leia mais

Glicogênio, amido e sacarose

Glicogênio, amido e sacarose Glicogênio, amido e sacarose armazenamento Glicose oxidação pela via das pentoses-fosfato oxidação pela glicólise Ribose-5-fosfato Piruvato ADP atua no sistema antioxidante celular e também como um agente

Leia mais

Proteínas II. (Enzimas) Bioquímica Prof. Dr. Marcelo Soares

Proteínas II. (Enzimas) Bioquímica Prof. Dr. Marcelo Soares Proteínas II (Enzimas) Conceitos Gerais e Funções As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas Consideradas as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade

Leia mais

12/11/2015. Disciplina: Bioquímica Prof. Dr. Vagne Oliveira

12/11/2015. Disciplina: Bioquímica Prof. Dr. Vagne Oliveira Disciplina: Bioquímica Prof. Dr. Vagne Oliveira 2 1 ATP ADP Glicose (6C) C 6 H 12 O 6 ATP ADP P ~ 6 C ~ P 3 C ~ P 3 C ~ P Pi NAD NADH P ~ 3 C ~ P ADP P ~ 3 C ATP ADP ATP NAD Pi NADH P ~ 3 C ~ P ADP ATP

Leia mais

Metabolismo energético das células

Metabolismo energético das células Metabolismo energético das células Medicina Veterinária Bioquímica I 2º período Professora: Ms. Fernanda Cristina Ferrari Como a célula produz energia? Fotossíntese Quimiossíntese Respiração Adenosina

Leia mais

17/3/2014. Metabolismo Microbiano. Definição FUNÇÕES ESPECÍFICAS

17/3/2014. Metabolismo Microbiano. Definição FUNÇÕES ESPECÍFICAS Definição UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DISCIPLINA: BIOQUÍMICA GERAL PROFESSORAS: Adriana Silva Lima e Márcia Aparecida Cezar Metabolismo Microbiano Chama-se metabolismo

Leia mais

CICLO DE KREBS. Bianca Zingales IQ-USP

CICLO DE KREBS.   Bianca Zingales IQ-USP CICLO DE KREBS https://www.youtube.com/watch?v=ubzwpqpqm Bianca Zingales IQ-USP G L IC O S E A M IN O Á C ID O S Á C ID O S G R A X O S A sp G ly L eu G lu A la Ile F o sfo e n o lp iru v a to ( ) S er

Leia mais

Trabalhos de Bioquímica

Trabalhos de Bioquímica Trabalhos de Bioquímica Professora Liza Felicori Bioquímica do Exercício Bioquímica do Câncer Bioquímica do Envelhecimento Bioquímica do Diabetes Bioquímica da Obesidade 5 pontos : material Fórum Moodle

Leia mais

Aula de Bioquímica Avançada. Fosforilação Oxidativa

Aula de Bioquímica Avançada. Fosforilação Oxidativa Aula de Bioquímica Avançada Tema: Fosforilação Oxidativa Cadeia transportadora de elétrons Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC

Leia mais

Aula de Bioquímica II. Bioenergética e Metabolismo

Aula de Bioquímica II. Bioenergética e Metabolismo Aula de Bioquímica II Tema: Bioenergética e Metabolismo Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail:

Leia mais

Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese. Profa. Alessandra Barone

Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese. Profa. Alessandra Barone Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br Polissacarídeo de reserva animal Constituído por moléculas de α-d-glicose ligadas entre si por ligações glicosídicas

Leia mais

Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O

Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O Glicólise Glicólise A via de Embden-Meyerhof (Warburg) Essencialmente todas as células executam a glicólise Consiste em dez reacções iguais em todas as células

Leia mais

Notas sobre reacções redox nos seres vivos

Notas sobre reacções redox nos seres vivos Notas sobre reacções redox nos seres vivos Quando, para facilitar a aprendizagem, se classificam as reacções químicas em grupos, um dos grandes grupos é o das reacções de oxi-redução. A importância das

Leia mais

Metabolismo e Bioenergética

Metabolismo e Bioenergética Metabolismo e Bioenergética METABOLISMO Mas o que é metabolismo? Metabolismo é o nome que damos ao conjunto das reações químicas que ocorrem dentro das células. O fato é que todas as reações químicas que

Leia mais

CICLO DE KREBS. Em condições aeróbias: mitocôndria. citosol. Glicólise. ciclo de Krebs. 2 piruvato. 2 Acetil CoA. Fosforilação oxidativa

CICLO DE KREBS. Em condições aeróbias: mitocôndria. citosol. Glicólise. ciclo de Krebs. 2 piruvato. 2 Acetil CoA. Fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS Em condições aeróbias: citosol mitocôndria Glicólise Acetil CoA ciclo de Krebs Fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU CICLO DOS ÁCIDOS TRICARBOXÍLICOS Ligação entre a glicólise e o ciclo

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO. BIOLOGIA 9º ano Profª Renata Coelho Rodrigues

METABOLISMO ENERGÉTICO. BIOLOGIA 9º ano Profª Renata Coelho Rodrigues METABOLISMO ENERGÉTICO BIOLOGIA 9º ano Profª Renata Coelho Rodrigues METABOLISMO ENERGÉTICO PLASTOS: Organelas membranosas (células vegetais e algas eucarióticas). Tilacóides: CLOROPLASTOS Presente em

Leia mais

Sistema glicolítico ou metabolismo anaeróbio lático

Sistema glicolítico ou metabolismo anaeróbio lático Sistema glicolítico ou metabolismo anaeróbio lático Quando a molécula de glicose entra na célula para ser utilizada como energia, sofre uma série de reações químicas que coletivamente recebe o nome de

Leia mais