Aula 08. 5) Teorias da responsabilidade civil. 1) Teoria da culpa (responsabilidade civil subjetiva)

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1 Turma e Ano: Responsabilidade Civil/2016 Matéria / Aula: Responsabilidade Civil: Aula 08 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitor: Amana Iquiene da Cunha Silva Aula 08 5) Teorias da responsabilidade civil 1) Teoria da culpa (responsabilidade civil subjetiva) Na configuração da responsabilidade civil subjetiva é imprescindível a existência dos elementos conduta culposa, nexo causal e dano. Ou seja, o agir com culpa, um dano causado e o nexo de causalidade entre esse dano e conduta culposa. A teoria da culpa sofre, no direito brasileiro, um desdobramento. Há a teoria da culpa provada e a teoria da prova presumida. Os três elementos devem estar presentes em ambos os tipos de culpa (conduta, dano e nexo de causalidade). Há quem confunda a teoria da culpa presumida com a teoria do risco. Não há que se confundi-las porque o elemento culpa não é discutido na teoria do risco. A diferença entre a culpa presumida e a culpa provada está no ônus de provar a conduta culposa. Na teoria da culpa provada, o ônus de provar a culpa na conduta do ofensor está com a vítima. Diferentemente do que ocorre teoria da culpa presumida em que o ônus de demonstrar a ausência de culpa está com o ofensor. Este deve provar que não teve culpa na causação daquele evento danoso. Então, o ônus probatório, dependendo da teoria, ora vai estar com a vítima, ora com o ofensor. Quando se aplica a teoria da culpa provada e quando se aplica a teoria da culpa presumida? Trabalhamos com a teoria da culpa provada quando a responsabilidade for extracontratual, ou seja, quando ofensor em vítima não têm nenhum vínculo jurídico. Aplicam-se os artigos 186 c/c art. 927, caput, ambos do CC/02. Nesse caso, o ônus de provar a culpa do ofensor estará com a vítima. Se, por exemplo, eu atropelo você, é você, vítima, que tem que provar que a minha conduta foi imprudente.

2 A outro passo, a teoria da culpa presumida será aplicada nas hipóteses de responsabilidade civil contratual. O fundamento são os arts. 389 ao 401 do CC, 02 c/c o art. 927, caput (artigo que fala do dever de indenizar). Então, já que aqui, as partes possuem vínculo jurídico. Ficando uma delas inadimplente e, sendo a fonte da responsabilidade civil contratual o inadimplemento, havendo inadimplemento absoluto ou relativo, surge o dever de indenizar. Na responsabilidade civil contratual, a teoria que, a priori, se aplica é a da culpa presumida. Se, por exemplo, eu te empresto mil reais em um contrato de mútuo e você não me devolve o valor na data acordada, você é o ofensor e eu sou a vítima. Você, ofensor, é que terá que provar a inexistência da culpa, porque, como nós temos uma relação contratual, a teoria utilizada é a da culpa presumida. Você deve demonstrar que não agiu de forma culposa para que o pagamento não fosse realizado. Você deve demonstrar que não pagou por uma razão qualquer que te impediu. Ex: Houve um tufão na sua cidade, o banco não transferiu o dinheiro, etc. Em razão da complexidade das relações na sociedade contemporânea, provar a conduta culposa de um ofensor tem se mostrado cada vez mais difícil. Dizer que alguém agiu de forma culposa, ou seja, de forma negligente, imprudente ou imperita é muito difícil, dado o próprio avanço tecnológico e a complexidade e pluralidade das relações sociais contemporâneas. Então, essas questões têm tornado complicado afirmar que o atuar do ofensor é um atuar culposo. Por isso, avança já há algum tempo uma segunda teoria que é a chamada teoria do risco. 2) Teoria do risco Essa teoria trabalha com os elementos do ato ilícito também, porém há a exclusão do elemento culpa. Por essa teoria só é preciso demonstrar a conduta do ofensor, o nexo causal e o dano. Então, os três elementos estão presentes, mas não é necessário perquirir a culpa. Basta provar que há nexo de causalidade entre a conduta praticada e o dano ocorrido. A base legal da teoria do risco é o art. 927, parágrafo único do CC/02: Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Aqui temos a ideia de que, primeiro, a teoria do risco vem da lei. Nós temos uma série de legislações que vão estabelecer a teoria do risco em determinada situação. Não nos faltam exemplos de leis imputando a teoria do risco. Por exemplo, o código de defesa do consumidor e o art. 37, 6º da CF. Há também diversos artigos do código civil falando em teoria do risco: o art. 43, art. 931, e art. 933, art. 936 e art. 938, todos do CC/02. Esses são alguns exemplos. Há diversos outros em legislações

3 esparsas e espalhados pelo código civil que estabelecem uma responsabilidade pautada na teoria do risco. Notem que, além dos exemplos acima citados, o art. 927, parágrafo único, CC/02 também nos diz que a teoria do risco será aplicada quando a atividade normalmente desenvolvida pelo ofensor for uma atividade que implique riscos por si só. Trata-se de uma cláusula geral que deve ser preenchida pelo nosso judiciário com o apoio da doutrina como forma de integração do ordenamento. A doutrina, através de diversas teorias, tenta definir o que seria essa atividade que por si só gera um risco. A esse respeito nós temos a teoria do risco de consumo que dispõe que, no risco proveniente das relações de consumo, a responsabilidade será objetiva porque a atividade normalmente desenvolvida pelo fornecedor de produtos e de serviços é justamente uma atividade que por si só gera um risco. Então, apoiava-se a responsabilidade objetiva nas relações de consumo com base na atividade normalmente desenvolvida pelo fornecedor, a qual era considerada, por si só, uma atividade de risco. Como ficam hoje essas perspectivas? Hoje não é mais preciso dizer que o art. 927, parágrafo único do CC/02 fala em atividade de risco, porque a responsabilidade objetiva já está positivada em lei. Então, não é mais preciso fundamentar a responsabilidade objetiva nas relações de consumo com base no risco do consumo, uma vez que a lei hoje já positiva isso. Havia também a chamada teoria do risco administrativo que dispunha que a atividade normalmente desenvolvida pelo Estado, pela Administração Pública é uma atividade que, por si só, gera um risco. Sendo uma atividade que, por si só, gera um risco, o Estado, o poder público tem que responder pelos danos causados de forma objetiva. Hoje, nós não precisamos fundamentar a responsabilidade objetiva do Estado na segunda parte do art. 927, parágrafo único, CC/02. Não é mais preciso falar em teoria do risco administrativo porque o art. 37, 6º, CF e o art. 43, CC já trabalham com a responsabilidade objetiva de pessoas jurídicas de direito público e com a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público. Falava-se muito também na teoria do risco-proveito. Essa teoria estabelecia que respondia objetivamente o responsável por uma atividade que obtinha proveito econômico dessa atividade. Muitos criticavam isso porque, independentemente de estar ou não tendo um aproveitamento econômico naquela atividade, se é uma atividade que gera um risco, deveria tratar-se de responsabilidade civil objetiva.

4 A doutrina e a jurisprudência consagram no art. 927, parágrafo único, segunda parte, a teoria do risco criado. Ora, se a atividade normalmente praticada gera um risco para terceiros, para a coletividade, aquele que realiza a atividade responde pelos danos que causar independentemente de culpa. Para essa teoria, independe se houve proveito econômico na atividade, se se trata do poder público ou se ocorreu no bojo de uma relação de consumo. Então, a teoria que nós temos no art. 927, parágrafo único, segunda parte é a teoria do risco criado. Se a atividade normalmente desenvolvida, por si só, gerar um risco, o ofensor responde de forma objetiva. Será que hoje é possível identificar alguma atividade nesse sentido? Hoje, praticamente toda as hipóteses de teoria do risco, de atividade que por si só geram risco, estão previstas na legislação, sendo muito difícil encaixar alguma situação nessa cláusula geral. Alguns autores hoje falam que podemos encaixar na teoria do risco as atividades de condução de veículo. Porém, para a grande maioria das relações de condução de veículo já estão positivadas. Por exemplo, taxistas, motoristas de ônibus, etc. No entanto, quando um particular está dirigindo seu veículo e atropela alguém, alguns autores vão dizer que a atividade de condução de veículo, por si só, é uma atividade de risco. Portanto, deveria responder de forma objetiva aquele condutor que causar dano. Só de sair de casa dirigindo um carro, o condutor já está gerando uma atividade de risco. Causando um dano a alguém, responderia independente de culpa. Essa é uma orientação doutrinária minoritária, que tenta inserir na condução de veículos a teoria do risco criado, o que não é muito adequado na opinião do professor. Normalmente, o que a jurisprudência faz na questão da condução de veículos é utilizar a teoria da culpa provada por se tratar de responsabilidade extracontratual. Hoje em dia se fala muito em teoria do risco criado na incorporação imobiliária. Grosso modo, a atividade de incorporação imobiliária consiste em edificar e, durante a edificação, alienar frações ideais de unidades imobiliárias futuras. Trata-se de outra atividade que, por si só, acarreta riscos para toda a coletividade. Portanto, há autores que sustentam que qualquer atividade relativa à incorporação imobiliária é hipótese de responsabilidade objetiva, independentemente de previsão legal, uma vez que se aplica a teoria do risco criado. O professor concorda com essa posição. Há, em algumas situações específicas, a teoria do risco integral que traz algumas repercussões, alguns standars importantes criados pela doutrina. Por isso, o professor acredita ser melhor trabalharmos isso no segundo módulo de responsabilidade civil. Lembrando que este curso é

5 dividido em teoria geral da responsabilidade civil estamos trabalhando esse ponto - e depois vamos para temas específicos. Trataremos a teoria do risco integral mais adiante como tema específico. 6) Excludentes de responsabilidade civil Notem que já estudamos no ponto sobre ato ilícito as excludentes de ilicitude, tema que não se confunde com as excludentes da responsabilidade. Nas excludentes de ilicitude nós estudamos os institutos que nos permitem analisar a ideia de que quando pratico um ato, por mais que esse ato cause um dano a outrem, esse ato é considerado lícito. Foram estudados a legítima defesa, o exercício regular de um direito e o estado de necessidade. Aqui, trabalharemos com a ideia de excludente de responsabilidade, ou seja, hipóteses em que a responsabilidade civil é afastada. Quais são as excludentes de responsabilidade? Vamos pontuar cada uma delas. A primeira excludente de ilicitude é a chamada culpa exclusiva de terceiro. Esta excludente ocorre quando um terceiro é o único responsável pela causação do evento danoso. Então, há a figura do ofensor e da vítima, mas quem realmente foi responsável pela causação do evento é um terceiro. Notem que a culpa exclusiva de terceiro merece ser renomeada. Um melhor nome seria fato exclusivo de terceiro porque quando a conduta do terceiro for a única responsável pelo evento danoso é imprescindível falarmos que há o rompimento do nexo de causalidade. Assim, falar em culpa exclusiva de terceiro parece que só se pode aplica-la nas hipóteses de teoria da culpa, nas hipóteses de responsabilidade civil subjetiva, o que não é verdade. Na verdade, o que se tem aqui é uma hipótese muito clara de rompimento do nexo causal. Há um rompimento da relação causal entre a conduta do ofensor e o dano sofrido pela vítima. Desse modo, não há exclusão de culpa, mas sim de causalidade. O que nós temos aqui que muito importante é poder aplicar essa teoria tanto na teoria da culpa quanto na teoria do risco. Então, vamos falar em fato exclusivo de terceiro e não em culpa exclusiva de terceiro. Fato exclusivo de terceiro é comum em acidente de trânsito. Imagine que estou dirigindo meu carro quando, de repente, um caminhão bate na minha lateral e me joga para cima da calçada onde eu

6 atropelo um pedestre. Supondo que o pedestre propõe uma ação contra mim, o que vou alegar em minha defesa? Vou alegar que quem concorreu para a ocorrência do evento danoso foi o caminhão, então, não existiria causalidade entre o fato de eu ter subido na calçada e o dano que o pedestre sofreu porque tudo isso foi gerado por aquele caminhão. Então, um fato exclusivo de terceiro rompe a causalidade entre conduta do ofensor e dano sofrido pela vítima. A segunda excludente é a chamada culpa exclusiva da vítima. Por exemplo, estou dirigindo e a pessoa se joga na frente do carro. Então, culpa exclusiva da vítima é quando a vítima concorre exclusivamente para a ocorrência do fato danoso; quando a vítima é a única causadora do dano. A culpa exclusiva da vítima também deveria ser chamada de fato exclusivo da vítima porque quando a conduta da vítima é a única responsável pela causação do evento danoso, o que há é o rompimento do nexo de causalidade. Sendo assim, o fato exclusivo da vítima é aplicado tanto para os casos de responsabilidade subjetiva quanto para os casos de responsabilidade objetiva. A terceira hipótese de excludente de responsabilidade é a culpa concorrente. Esta hipótese não chega a romper o nexo de causalidade e afastar a responsabilidade, mas ela chega a diminuir os graus de responsabilidade. O que a culpa concorrente faz é reduzir o valor da indenização para aquele ofensor porque na culpa concorrente ofensor e vítima concorrem para a causação do evento danoso. Tanto o autor quanto a vítima são responsáveis por aquele evento danoso. Por exemplo, eu estou dirigindo a 200km/h, mas a vítima atravessou a rua quando o semáforo estava verde. Então, eu concorri para o evento danoso porque estou dirigindo acima da velocidade e a vítima também concorreu para a ocorrência do seu dano, uma vez que atravessou um sinal vermelho. Então, quando há concorrência da culpa nós temos a possibilidade de reduzir o valor da indenização a ser paga pelo ofensor na proporção em que a vítima deu causa ao dano. Resumindo: a indenização será reduzida na proporção em que a vítima deu causa a ela. O professor já viu juízes dizendo em decisões, por exemplo, que o valor da indenização é de 100 mil reais, mas como a vítima concorreu em 30% para o evento danoso, o ofensor deve pagar apenas 70% desse valor, no caso, 70 mil reais. Então, não chega a ser uma excludente de responsabilidade, mas é uma forma de abrandamento dessa responsabilidade. Há uma quarta excludente, que também não chega a ser uma excludente, que é a culpa contra a legalidade. Há aqui tão somente uma presunção que se estabelece de que se o ofensor atua de forma contrária aos preceitos legais, ele é culpado caso venha a causar um dano a alguém. Por exemplo, se eu dirijo em cima da calçada e chego a atropelar alguém. Eu estou agindo contra as normas de

7 trânsito. Se eu estou agindo contra a lei, presume-se que minha conduta foi culposa, portanto eu tenho que indenizar aquela vítima. É claro que essa presunção que se estabelece é uma presunção relativa porque, notem, nada impede que eu pegue a filmagem da câmera de uma loja e essa filmagem prove que, na verdade, foi o pedestre que se jogou na frente do meu carro. Então, por mais que eu esteja dirigindo em cima da calçada, o pedestre se jogou na frente do meu carro. O que nós temos aqui, basicamente, é uma culpa contra a legalidade que estabelece uma presunção relativa. Vamos trabalhar agora de forma conjunta a quinta e sexta excludentes que são o caso fortuito e a força maior. O caso fortuito e a força maior são tratados, via de regra, como sinônimos por grande parte da doutrina. Quando não são tratados como sinônimos, nós temos as mais diversas formas de diferenciá-los. Há autores que dizem que a força maior decorre sempre de um evento da natureza, enquanto que o caso fortuito decorreria sempre de uma conduta humana e por ai vai. A diferenciação que mais grada ao professor é aquela que diz que a força maior é um evento imprevisível tudo bem que é comum associarmos isso a eventos da natureza (furacões, tsunamis, enchentes, etc) -, enquanto que no caso fortuito os eventos são previsíveis, porém inevitáveis. Ambos, caso fortuito e força maior, excluem o nexo de causalidade. Portanto, ambos são aplicados tanto em hipóteses de teoria da culpa, quanto em casos de aplicação da teoria do risco. É importante pararmos para analisar o caso fortuito porque ele sofre uma subdivisão. Há um fortuito interno e um fortuito externo. O que exclui a responsabilidade é apenas o fortuito externo. O fortuito interno não rompe o nexo de causalidade, não sendo hipótese de exclusão de responsabilidade. Isso porque o fortuito interno está relacionado com a atividade desenvolvida. O fortuito externo, por outro lado, rompe o nexo de causalidade e exclui a responsabilidade por não ter relação com a atividade desenvolvida. Imagine, por exemplo, uma empresa de ônibus que faz deslocamento de passageiros. Certo dia, o ônibus cai dentro de um buraco na BR-101 e um passageiro quebra uma perna. O passageiro move uma ação contra a empresa de ônibus que alega que isso foi um caso fortuito. O professor afirma que essa alegação não é válida, pois trata-se de um fortuito interno, já que quem opera atividade de transporte no Brasil sabe que as estradas têm buracos, principalmente nas estradas interestaduais. Trata-se então de uma hipótese de fortuito interno que, portanto, não vai excluir a responsabilidade.

8 Questões relacionadas a situação das pistas e a informações de trânsito dizem respeito à atividade de transporte que está sendo desenvolvida, sendo, portanto, um fortuito interno. Não rompe a causalidade. Decisão do TJRJ relacionada a fortuito interno: uma família voltava de um local cercado por vulcões na Argentina onde foram esquiar. No dia do embarque, não puderam pegar o avião porque os vulcões que cercam aquela região entraram em erupção. Essa erupção soltava fagulhas no céu que impediam o transporte aéreo. A empresa comunicou isso a todos os passageiros. A família aceitou o argumento já que se tratava de segurança, mas pleitearam o pagamento de hospedagem e alimentação durante o tempo que seriam obrigados a aguardar pela normalização da situação. A empresa aérea se negou a custear os gastos extras da família alegando que se tratava de um caso fortuito, ou seja, um evento previsível, porém não evitável. A família ficou então mais dois dias na Argentina sem nada pago pela companhia aérea. Chegando no Brasil, propõem a ação de responsabilidade em face da empresa, a qual, na contestação, alegou excludente de responsabilidade por ocorrência de caso fortuito. O acórdão unânime do TJRJ afirmou que, embora tivesse, de fato, ocorrido um evento fortuito, tratava-se de um fortuito interno. Ou seja, era um caso fortuito que tinha relação com a atividade ali desenvolvida. Se a empresa aérea queria operar numa região em que existem erupções vulcânicas, é preciso que dê toda a estrutura interna para os passageiros quando não for possível levantar voo. O que tivemos nesse caso então foi um fortuito interno, o qual não rompe o nexo de causalidade por ter relação com a atividade desenvolvida. Por isso, a empresa aérea teve que indenizar a família por todos os gastos que ela teve durante o tempo extra que ficou no país. Encerramos aqui o primeiro módulo desse curso de responsabilidade civil que tratou da teoria geral da responsabilidade civil. Na próxima aula trataremos de temas específicos da responsabilidade civil.

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