RESPONSABILIDADE CIVIL DO ENFERMEIRO NA GESTÃO ASSISTENCIAL
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- Jorge Gama Marinho
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2 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ENFERMEIRO NA GESTÃO ASSISTENCIAL
3 DEFININDO RESPONSABILIDADE CIVIL A responsabilidade civil consiste na obrigação (vínculo obrigacional) que impende sobre aquele que causa um prejuízo a outrem, de o colocar na situação em que estaria se o fato danoso não tivesse ocorrido.
4 PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM É o ser humano dotado de potencialidades e restrições, permeado de alegrias e frustrações, porém compromissado com o outro. (Horta, 1979)
5 ENFERMAGEM A Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida. Resolução COFEN 311/2007 CEPE Preâmbulo
6 ÉTICA E LEGISLAÇÃO São as regras de comportamento, de ação perante a sociedade, e a convivência na mesma implica em obediência a essas regras ou normas de conduta. Estas se duplicam a partir do momento em que o indivíduo torna-se um profissional, que passa a seguir também as regras inerentes da profissão a qual exerce ou seja, regras intimamente ligadas, inseparáveis as regras da sociedade. (Smeltzer Bare, 2000)
7 ÉTICA X EXERCÍCIO PROFISSIONAL Na prática, o sujeito age conforme pensa. Isto significa que a prática pede teoria; as decisões precisam ter algum fundamento consciente; e as escolhas devem poder ser justificadas. Assim, na prática, o sujeito projeta seus objetivos, assume seus riscos, carece de conhecimentos.
8 (IN)SUFICIENTE? Segundo pesquisa realizada durante 4 anos no Amapá, 80% dos profissionais de enfermagem julgam insuficientes o ensino oferecido no que se refere a questões éticas (Júnior 2002)
9 EXERCÍCIO X RESPONSABILIDADE Assim, faz-se necessário falar em responsabilidade, principalmente em responsabilidade intelectual, considerando as conseqüências de um passo a ser dado, assegurando a integridade, a coerência e a harmonia daquilo em que se acredita, como também procurar os propósitos éticos e educativos da conduta e prática profissional. Gauthier J, Hirata M. A enfermeira como educadora. Cap 9. In: Santo I et al. Enfermagem fundamental. Rio de janeiro: Atheneu; 2001.
10 RESOLUÇÃO COFEN O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva, pelo compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político. (Resolução COFEN 311/2007 CEPE Preâmbulo)
11 COMO EXERCER A ENFERMAGEM? Art. 5º Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. Art. 6º Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. (Resolução COFEN 311/2007 CEPE Responsabilidades e Deveres)
12 COMO EXERCER A ENFERMAGEM? Art. 12 Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art. 13 Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. Resolução COFEN 311/2007 CEPE Responsabilidades e Deveres
13 TEORIA X REALIDADE A produtividade do profissional torna-se deficiente também devido à mecanização e robotização das tarefas, às pressões e imposições da organização do trabalho, à adaptação à cultura ou ideologia organizacional representada nas pressões do mercado, às relações com os clientes e com o público. Este processo fortalece a criação das incompetências, significando que o trabalhador se sente incapaz de fazer face às situações convencionais, inabituais ou erradas, quando acontece a retenção da informação que destrói a cooperação. Dejours C. Conferências Brasileiras. São Paulo: Edições FUNDAP; EAESP/FGV; 1999.
14 RECURSOS HUMANOS NA SAÚDE Quanto aos recursos humanos, há dificuldade não só em termos da formação profissional, organização e gestão, mas principalmente, no sentido de erradicar o desinteresse, a alienação, o agir mecânico e burocratizado que estabelece um nítido distanciamento dos trabalhadores entre si e com os usuários dos serviços de saúde. Campos GWS. Considerações sobre a Arte e a Ciência da Mudança: Revolução das Coisas e Reforma das Pessoas. O caso da Saúde. Em Cecílio, L. C. (Org). Inventando a Mudança na Saúde.São Paulo: Hucitec; p
15 POSTURA FRENTE AS QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS: 44,44% dos profissionais de enfermagem não julga necessário conhecer a legislação que rege a profissão e 55% destes profissionais dizem não seguir os preceitos do Código de Ética. (JÚNIOR, 2002)
16 LEGISLAÇÃO X RESPONSABILIDADE Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
17 REQUISITOS A SEREM AVALIADOS Pode-se dizer que a responsabilidade civil materializa-se no momento em que o agente pratica ou deixa de praticar ato que fere, agride o direito eminentemente particular de outrem. Logo, violado o dever jurídico preexistente, o transgressor deverá reparar o dano. Há no ato do transgressor a presença de três elementos: conduta (comissiva ou omissiva), dano (prejuízo), e nexo de causalidade.
18 CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
19 CULPA? Verificado o dano e o nexo de causalidade, deve-se, ainda, ficar comprovado uma das três formas de transgressão aos deveres legais dos enfermeiros, quais sejam, negligência, imprudência e imperícia. Verificando-se a inexistência de tais requisitos, não há que se falar em responsabilidade do profissional da enfermagem.
20 CODIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Art Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de Saúde. CEPE, COFEN
21 OCORRÊNCIA ÉTICA Evento danoso causado por profissional de enfermagem no decorrer de suas atividades relacionada com atitude inadequada face ao colega de trabalho, à clientela ou Instituição em que trabalha. Podem ser consequentes de atitudes, falta de atenção, de habilidades/conhecimentos técnicos, ou falta de zelo ou prudência desse profissional responsável por esses eventos... Freitas GF. Ocorrências éticas de enfermagem: uma abordagem compreensiva da ação social [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2005.
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23 OBRIGADO
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