Boletimj. Manual de Procedimentos. Temática Contábil e Balanços. Auditoria. Contabilidade Geral. Contabilidade Internacional
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- Teresa Lisboa Teves
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1 Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 12/2014 // Auditoria Utilização de especialista da administração na elaboração das evidências de auditoria // Contabilidade Geral Vale-transporte // Contabilidade Internacional Arrendamento mercantil operacional Veja nos Próximos Fascículos a Informações, seleção de itens e dúvidas quanto à evidência de auditoria a Arrendamento mercantil - Aspectos práticos a Provisão para créditos de liquidação duvidosa
2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Temática contábil e balanços : utilização de especialista da administração na elaboração das evidências de auditoria ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Balanços contábeis 2. Empresas - Contabilidade I. Série CDD Índices para catálogo sistemático: 1. Administração financeira : Empresas Análise de balanços : Empresas : Administração financeira Balanços : Empresas : Administração financeira Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB
3 Boletimj Manual de Procedimentos a Auditoria Utilização de especialista da administração na elaboração das evidências de auditoria SUMÁRIO 1. Introdução 2. Confiabilidade das informações 3. Assuntos que afetam a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 4. Competência, habilidade e objetividade de um especialista da administração 5. Situações que ameaçam a objetividade do especialista 6. Interesses e relacionamentos que podem criar ameaças à objetividade do especialista 7. Obtenção de entendimento do trabalho do especialista da administração 8. Especialista da administração contratado pela entidade 9. Avaliação da adequação do trabalho do especialista da administração 1. INTRODUÇÃO Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, o auditor deverá, na medida necessária, levando em conta a importância do trabalho desse especialista para os propósitos do auditor: a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista; b) obter entendimento do trabalho do especialista; e c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante. Neste texto, discorremos sobre utilização de especialista da administração na elaboração das evidencias de auditoria, tendo como base a NBC TA Evidência de Auditoria, aprovada pela Resolução CFC nº 1.217/2009. A elaboração das demonstrações contábeis da entidade pode exigir conhecimento especializado em outro campo que não a contabilidade ou a auditoria 2. CONFIABILIDADE DAS INFORMAÇÕES A elaboração das demonstrações contábeis da entidade pode exigir conhecimento especializado em outro campo que não a contabilidade ou a auditoria, como cálculos atuariais, avaliações ou dados de engenharia. A entidade pode empregar ou contratar especialistas desses campos para obter o conhecimento especializado necessário para a elaboração das demonstrações contábeis. Deixar de fazê-lo quando tal conhecimento especializado é necessário aumenta os riscos de distorção relevante. Quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são elaboradas com o uso do trabalho do especialista da administração, aplica-se a exigência referida no item 1. Por exemplo, um indivíduo ou organização pode possuir conhecimento especializado na aplicação de modelos para estimar o valor justo de títulos mobiliários para os quais não há mercado observável. Se o indivíduo ou organização aplica esse conhecimento especializado em uma estimativa que a entidade utiliza na elaboração das suas demonstrações contábeis, o indivíduo ou organização é um especialista da administração e aplica-se a exigência referida no item 1, anterior. Se, por outro lado, esse indivíduo ou organização meramente fornece dados de preço referentes a transações privadas não disponíveis de outra maneira para a entidade e que esta utiliza nos seus métodos de estimativa, tais informações, se utilizadas como evidência de auditoria, estão sujeitas à observância das características intrínsecas (relevância e confiabilidade), mas não se trata de uso, pela entidade, de especialista da administração. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 12 TC12-01
4 3. ASSUNTOS QUE AFETAM A NATUREZA, A ÉPOCA E A EXTENSÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria em relação à exigência referida no item 1 podem ser afetados por assuntos como: a) a natureza e a complexidade do assunto relacionado ao especialista da administração; b) os riscos de distorção relevante no assunto; c) a disponibilidade de fontes alternativas de evidência de auditoria; d) a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho do especialista da administração; e) se o especialista da administração é empregado pela entidade ou é parte contratada por ela para fornecer serviços relevantes; f) a extensão em que a administração pode exercer controle ou influência sobre o trabalho do especialista da administração; g) se o especialista da administração está sujeito a padrões de desempenho técnico ou outras exigências profissionais ou da indústria; h) a natureza e extensão de quaisquer controles dentro da entidade sobre o trabalho do especialista da administração; i) o conhecimento e a experiência do auditor sobre a área de atuação do especialista da administração; j) a experiência prévia do auditor com o trabalho desse especialista. 4. COMPETÊNCIA, HABILIDADE E OBJETIVIDADE DE UM ESPECIALISTA DA ADMINISTRAÇÃO A competência relaciona-se com a natureza e nível de conhecimento na área de atuação do especialista da administração. As habilidades relacionam-se com a capacidade do especialista da administração para exercer essa competência nas circunstâncias. Fatores que influenciam as habilidades podem incluir, por exemplo, o local geográfico e a disponibilidade de tempo e recursos. A objetividade relaciona- -se com os possíveis efeitos que tendenciosidades, conflitos de interesse ou influência que outros possam ter sobre o julgamento profissional ou de negócios do especialista da administração. A competência, habilidades e objetividade de especialista da administração e quaisquer controles da entidade sobre o trabalho desse especialista são fatores importantes em relação à confiabilidade de qualquer informação apresentada por um especialista da administração. Informações referentes a competência, habilidades e objetividade de um especialista da administração podem vir de uma variedade de fontes, como, por exemplo: a) experiência pessoal com trabalho anterior do especialista; b) discussões com esse especialista; c) discussões com outros que estejam familiarizados com o trabalho desse especialista; d) conhecimento das qualificações desse especialista, filiação a órgão profissional ou associação de classe, licença para a prática ou outras formas de reconhecimento externo; e) dissertações publicadas ou livros escritos por esse especialista; f) especialista do auditor, se aplicável, que auxilie o auditor na obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações apresentadas pelo especialista da administração. Assuntos relevantes para a avaliação da competência, habilidades e objetividade de um especialista da administração incluem determinar se o trabalho desse especialista está sujeito a padrões de desempenho técnico, outros requisitos profissionais ou de indústria, como, por exemplo, padrões éticos e outros requisitos de filiação a órgão profissional ou associação de classe, padrões de credenciamento de órgão licenciador, assim como exigências impostas por lei ou regulamento. 4.1 Outros assuntos relevantes para a avaliação da competência, habilidades e objetividade de um especialista da administração Outros assuntos que podem ser relevantes incluem: a) a relevância da competência do especialista da administração para o assunto para o qual o trabalho desse especialista será utilizado, incluindo áreas de especialização no campo desse especialista. Por exemplo, um atuário específico pode se especializar em seguros de propriedade e acidentes, mas ter conhecimento especializado limitado no que se refere a cálculos de pensão; b) a competência do especialista da administração no que se refere a exigências contábeis relevantes, como, por exemplo, conhecimento de premissas e métodos, inclusive modelos, quando aplicável, compatíveis com a estrutura de relatório financeiro aplicável; c) se eventos inesperados, mudanças nas condições ou a evidência de auditoria obtida dos resultados dos procedimentos de auditoria indicam que pode ser necessário reconsiderar a avaliação inicial da competência, habilidades e objetividade do especialista da administração à medida que a auditoria avança TC Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 12 - Boletim IOB
5 5. SITUAÇÕES QUE AMEAÇAM A OBJETIVIDADE DO ESPECIALISTA Uma ampla gama de situações pode ameaçar a objetividade, por exemplo, ameaças de interesse próprio, de defesa dos interesses da entidade, de familiaridade, de autorrevisão e de intimidação. Salvaguardas podem reduzir tais ameaças e podem ser criadas por estruturas externas (por exemplo, a profissão do especialista da administração, legislação ou regulamentação) ou pelo ambiente de trabalho do especialista da administração (por exemplo, políticas e procedimentos de controle de qualidade). Embora salvaguardas não possam eliminar todas as ameaças à objetividade do especialista da administração, ameaças como a de intimidação podem ter menos importância para um especialista contratado pela entidade do que para um especialista empregado pela entidade, e a eficácia de salvaguardas como políticas e procedimentos de controle pode ser maior. Como a ameaça à objetividade criada pelo fato de ser empregado da entidade sempre estará presente, normalmente não se pode considerar mais provável que um especialista empregado pela entidade seja mais objetivo do que outros empregados da entidade. 6. INTERESSES E RELACIONAMENTOS QUE PODEM CRIAR AMEAÇAS À OBJETIVIDADE DO ESPECIALISTA Na avaliação da objetividade de especialista contratado pela entidade, pode ser relevante discutir com a administração e o especialista quaisquer interesses e relacionamentos que possam criar ameaças à objetividade do especialista e quaisquer salvaguardas aplicáveis, inclusive exigências profissionais que se apliquem ao especialista, e avaliar se as salvaguardas são apropriadas. Interesses e relacionamentos criadores de ameaças podem incluir: a) interesses financeiros; b) relacionamentos comerciais e pessoais; c) prestação de outros serviços. 7. OBTENÇÃO DE ENTENDIMENTO DO TRABALHO DO ESPECIALISTA DA ADMINISTRAÇÃO O entendimento do trabalho do especialista da administração inclui o entendimento da área de especialização relevante. O entendimento da área de especialização relevante pode ser obtido em conjunto com a determinação de se o auditor possui conhecimento especializado para avaliar o trabalho do especialista da administração ou se o auditor precisa de especialista para essa finalidade (ver NBC TA 620). Aspectos da área de atuação do especialista da administração relevantes para o entendimento do auditor podem incluir: a) se a área do especialista tem setores de especialização relevantes para a auditoria; b) se são aplicáveis padrões profissionais ou de outro tipo e exigências regulatórias ou jurídicas; c) quais premissas e métodos são utilizados pelo especialista da administração e se eles são geralmente aceitos na área do especialista e apropriados para fins de demonstrações contábeis; d) a natureza dos dados internos e externos ou das informações utilizadas pelo especialista do auditor. 8. ESPECIALISTA DA ADMINISTRAÇÃO CONTRATADO PELA ENTIDADE No caso de especialista da administração contratado pela entidade, geralmente há uma carta de contratação ou outra forma escrita de acordo entre a entidade e esse especialista. A avaliação desse acordo durante a obtenção do entendimento do trabalho do especialista da administração pode ajudar o auditor a determinar, para fins de auditoria, a adequação dos seguintes aspectos: a) a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho desse especialista; b) as respectivas funções e as responsabilidades da administração e desse especialista; e c) a natureza, a época e a extensão da comunicação entre a administração e esse especialista, inclusive a forma de qualquer relatório a ser fornecido por esse especialista. No caso de especialista da administração empregado pela entidade, é menos provável que exista um acordo escrito desse tipo. As indagações junto ao especialista e outros membros da administração podem ser a forma mais apropriada de obtenção do entendimento necessário ao auditor. 9. AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DO TRABALHO DO ESPECIALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Considerações durante a avaliação do trabalho do especialista da administração como evidência de auditoria para a afirmação relevante podem incluir: a) a relevância e a razoabilidade das constatações ou conclusões desse especialista, sua consistência com outras evidências de auditoria, e se elas foram apropriadamente refletidas nas demonstrações contábeis; b) se o trabalho desse especialista envolve a utilização de premissas e métodos significativos, a relevância e a razoabilidade dessas premissas e métodos; e c) se o trabalho desse especialista envolve uso significativo de dados-fonte, a relevância, integridade e exatidão desses dados-fonte. N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 12 TC12-03
6 a Contabilidade Geral Vale-transporte SUMÁRIO 1. Introdução 2. Apropriação como custo e/ou despesa operacional 3. Parcela descontada dos trabalhadores 4. Exemplo 5. Empresa que fornece transporte em veículo próprio ou contratado de terceiros 1. INTRODUÇÃO Desde 1º , o vale-transporte (VT) deixou de ser objeto de incentivo fiscal pela legislação do Imposto de Renda (Lei nº 9.532/1997, art. 82, II, f ). Todavia, em atendimento à legislação trabalhista (Lei nº 7.418/1985), sua aquisição e respectiva distribuição aos funcionários ainda são obrigatórias a todas as empresas que possuem empregados com direito a esse benefício. Neste texto, abordamos os procedimentos para o registro contábil do VT. 2. APROPRIAÇÃO COMO CUSTO E/OU DESPESA OPERACIONAL O gasto efetivamente suportado pela empresa na concessão do VT aos trabalhadores a seu serviço classifica-se como: a) custo da produção, relativamente ao VT concedido aos trabalhadores da área de produção, nas empresas industriais e prestadoras de serviços; b) despesa operacional, relativamente ao VT concedido: b.1) aos trabalhadores das áreas administrativas e de vendas, nas empresas referidas na letra a ; b.2) a todos os trabalhadores, nas empresas comerciais. Para a preservação do regime de competência na apropriação desse gasto, o custo de aquisição dos VT deve, inicialmente, ser registrado na conta Despesas Pagas Antecipadamente (no Ativo Circulante) para ser apropriado como custo e/ou despesa operacional no mês em que os VT deverão ser utilizados pelos trabalhadores. 3. PARCELA DESCONTADA DOS TRABALHADORES A parcela que venha a ser recuperada pela empresa, mediante desconto dos trabalhadores, deve ser lançada a crédito da(s) conta(s) que registre(m) o valor bruto dos VT fornecidos aos trabalhadores. 4. EXEMPLO Admitamos que, em uma empresa comercial, verificou-se o seguinte: a) valor dos VT adquiridos: R$ 5.000,00; b) valor dos VT distribuídos no mês: R$ 3.000,00; c) valor descontado dos empregados na folha de pagamento do mês da utilização dos VT, respeitado o limite máximo de 6% do salário básico de cada um: R$ 1.000,00. Nesse caso, de acordo com os dados fornecidos nos tópicos precedentes, teremos os seguintes lançamentos: 1) pela aquisição dos VT D - Despesas Pagas Antecipadamente (Ativo Circulante) C - Caixa ou Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 5.000,00 2) pela apropriação da despesa bruta no mês de competência D - Despesas com Vale-transporte (Conta de Resultado) C - Despesas Pagas Antecipadamente (Ativo Circulante) R$ 3.000,00 3) pelo desconto em folha da parcela cobrada dos empregados D - Salários a Pagar (Passivo Circulante) C - Despesas com Vale-transporte (Conta de Resultado) R$ 1.000,00 5. EMPRESA QUE FORNECE TRANSPORTE EM VEÍCULO PRÓPRIO OU CONTRATADO DE TERCEIROS O empregador pode proporcionar aos seus trabalhadores o deslocamento residência-trabalho, e vice-versa, por meios próprios ou contratados de terceiros, em veículos adequados ao transporte coletivo. Nessas empresas, os valores incorridos com o transporte de empregados serão debitados em conta que poderá ser intitulada Transporte de Empregados, classificável entre os custos de produção e/ou entre as despesas operacionais, conforme o tópico 2 deste trabalho. O valor descontado dos empregados é contabilizado de forma similar à demonstrada no tópico anterior, a crédito da conta de custo ou despesa correspondente. Pode ocorrer de a empresa se utilizar, concomitantemente, para o transporte de seus empregados, TC Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 12 - Boletim IOB
7 de veículos próprios e contratados de terceiros ou conjugar o transporte em veículos próprios e/ou contratados de terceiros com o fornecimento de VT. Nesses casos, é recomendável a utilização de uma conta sintética, que poderá ser intitulada Transporte de Empregados, desdobrada em contas analíticas para as quais são canalizadas as despesas incorridas em cada modalidade de transporte fornecido, incluindo-se uma conta credora para o registro do valor descontado dos empregados. 4. S DESPESAS OPERACIONAIS 4.1 S Despesas Administrativas S Gastos com Pessoal S Transporte de Funcionários A Vale-transporte A Transporte em Veículos Próprios A Transporte em Veículos de Terceiros A (-) Participação Descontada dos Empregados Veja que, nesse exemplo, o saldo da conta sintética Transporte de Funcionários representa o valor das despesas incorridas nas várias modalidades de fornecimento de transporte, subtraída a parcela descontada dos empregados. Deve-se observar, também, que a conta Transporte em Veículos Próprios (desde que o Plano de Contas comporte 6 graus de razão, caso seja necessário maior rigor nos controles dos gastos incorridos), pode ser desdobrada em subcontas por natureza de gastos, conforme segue: S Transportes em Veículos Próprios A Combustíveis e Lubrificantes A Manutenção e Reparo de Veículos A Depreciação A Salários e Encargos Sociais do Motorista etc Ṅ a Contabilidade Internacional Arrendamento mercantil operacional SUMÁRIO 1. Introdução 2. Tratamento no arrendatário 3. Tratamento no arrendador 1. INTRODUÇÃO Neste texto, discorremos sobre o arrendamento mercantil operacional nas demonstrações contábeis sob a ótica do arrendatário e do arrendador, tendo como base o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1), cujas regras foram recepcionadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela Deliberação CVM nº 645/2010, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pela Resolução CFC nº 1.304/2010. O referido pronunciamento regula, para arrendatários e arrendadores, a contabilização das operações de arrendamento mercantil, principalmente a partir da aprovação da Lei nº /2007, que deu nova redação ao art. 179 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações). 2. TRATAMENTO NO ARRENDATÁRIO Os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil segundo um arrendamento mercantil operacional devem ser reconhecidos como despesa em base linear durante o prazo do arrendamento mercantil, exceto se outra base sistemática for mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário. Para os arrendamentos mercantis operacionais, os pagamentos da prestação (excluindo os custos de serviços tais como seguro e manutenção) são reconhecidos como despesa em base linear, salvo se outra base sistemática for representativa do modelo temporal do benefício do usuário, mesmo que tais pagamentos não sejam feitos nessa base. 2.1 Divulgação Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações relativas aos arrendamentos mercantis operacionais: a) total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis para cada um dos seguintes períodos: a.1) até 1 ano; a.2) mais de 1 ano e até 5 anos; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 12 TC12-05
8 a.3) mais de 5 anos; b) total dos pagamentos mínimos futuros de subarrendamento mercantil que se espera que sejam recebidos nos subarrendamentos mercantis não canceláveis ao final do período; c) pagamentos de arrendamento mercantil e de subarrendamento mercantil reconhecidos como despesa do período, com valores separados para pagamentos mínimos de arrendamento mercantil, pagamentos contingentes e pagamentos de subarrendamento mercantil; d) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil significativos do arrendatário, incluindo, mas não se limitando a: d.1) base pela qual é determinado o pagamento contingente; d.2) existência e termos de renovação ou de opções de compra e cláusulas de reajustamento; e d.3) restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e posterior arrendamento mercantil. 3. TRATAMENTO NO ARRENDADOR Os arrendadores devem apresentar os ativos sujeitos a arrendamentos mercantis operacionais nos seus balanços de acordo com a natureza do ativo. A receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis operacionais deve ser reconhecida no resultado na base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do padrão temporal em que o benefício do uso do ativo arrendado é diminuído. 3.1 Custos e receitas - Tratamento Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção da receita de arrendamento mercantil devem ser reconhecidos como despesa. A receita de arrendamento mercantil (excluindo recebimentos de serviços fornecidos tais como seguro e manutenção) deve ser reconhecida na base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil mesmo se os recebimentos não estiverem nessa base, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do padrão temporal em que o benefício de uso do ativo arrendado é diminuído. Os custos diretos iniciais incorridos pelos arrendadores ao negociar e estruturar um arrendamento mercantil operacional devem ser adicionados ao valor contábil do ativo arrendado e reconhecidos como despesa durante o prazo do arrendamento mercantil na mesma base da receita do arrendamento mercantil. Notas (1) Para determinar se o ativo arrendado está sujeito a uma redução ao seu valor recuperável, a entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01. (2) O arrendador fabricante ou o comerciante não devem reconhecer qualquer lucro da venda ao celebrar um arrendamento mercantil operacional porque não é o equivalente a uma venda Depreciação A política de depreciação para ativos arrendados depreciáveis deve ser consistente com a política de depreciação normal do arrendador para ativos semelhantes, e a depreciação deve ser calculada de acordo com as regras aplicáveis ao ativo imobilizado (e a amortização ao ativo intangível). 3.2 Divulgação Os arrendadores, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis operacionais: a) pagamentos mínimos futuros de arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis no total e para cada um dos seguintes períodos: a.1) até 1 ano; a.2) mais de 1 ano e até 5 anos; a.3) mais de 5 anos; b) total dos pagamentos contingentes reconhecidos como receita durante o período; c) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil do arrendador. Além dos requisitos supramencionados, o arrendador deve observar os requisitos de divulgação do Pronunciamento Técnico CPC 01 e dos demais pronunciamentos aplicáveis aos ativos do arrendador TC Manual de Procedimentos - Mar/ Fascículo 12 - Boletim IOB
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