IFRS 16 OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. MARCELO CAVALCANTI ALMEIDA Tel (21)
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1 IFRS 16 OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. MARCELO CAVALCANTI ALMEIDA Tel (21)
2 SUMÁRIO DO CURRÍCULO DE MARCELO CAVALCANTI ALMEIDA Experiência profissional de 40 anos na Deloitte, sendo que nos últimos 25 anos como sócio de auditoria. Experiência de 30 anos como professor de contabilidade e auditoria. Conselheiro do CFC (representando CRC- RJ). Autor de diversos livros de auditoria e contabilidade publicados pela Atlas. 2
3
4 NOVAS NORMAS CONTÁBEIS IFRS 9 INSTRUMENTOS FINANCEIROS. Substitui CPC 38 (ATUAL CPC 48). Entra em vigor em 01/01/2018. IFRS 15 - RECEITA DE CONTRATOS COM CLIENTES. Substitui CPC 17 e CPC 30 (ATUAL CPC 47). Entra em vigor em 01/01/2018. IFRS 16 OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. Substitui CPC 06 (EM AUDIÊNCIA PÚBLICA). Entra em vigor em 01/01/
5 LEI /14 DA ADOÇÃO DE NOVOS MÉTODOS E CRITÉRIOS CONTÁBEIS POR MEIO DE ATOS ADMINISTRATIVOS Art. 58. A modificação ou a adoção de métodos e critérios contábeis, por meio de atos administrativos emitidos com base em competência atribuída em lei comercial, que sejam posteriores a 12 de novembro de 2013, NÃO terá implicação na apuração dos tributos federais até que lei tributária regule a matéria. 5
6 ALTERAÇÕES NA LEI N 6.404/76 Art As contas serão classificadas do seguinte modo: Redação anterior IV. no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial ; Nova redação IV. no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os BENEFÍCIOS, RISCOS E CONTROLE desses bens ; 6
7 ARRENDAMENTO MERCANTIL CPC 06(R1) ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO OPERAÇÃO DE VENDA FINANCIADA ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL OPERAÇÃO DE ALUGUEL 7
8 EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO COMO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO O contrato TRANSFERE A PROPRIEDADE DO ATIVO para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil. O arrendatário tem a OPÇÃO DE COMPRAR o ativo por um preço que se espera seja suficientemente MAIS BAIXO DO QUE O VALOR JUSTO à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida. O PRAZO arrendamento mercantil refere-se à MAIOR PARTE DA VIDA ECONÔMICA DO ATIVO, mesmo que a propriedade não seja transferida. No início do arrendamento mercantil, o VALOR PRESENTE dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos SUBSTANCIALMENTE TODO O VALOR JUSTO do ativo arrendado. 8
9 EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO COMO ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO (continuação) Os ativos arrendados são de NATUREZA ESPECIALIZADA, de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. 9
10 IFRS 16 NECESSIDADE DE MUDANÇA DA NORMA ANTERIOR No modelo anterior locatários NÃO reconheciam ativos e passivos de arrendamentos operacionais. Muitos usuários AJUSTAVAM DFs de locatários para capitalizar locações operacionais. Os 2 modelos de contabilização para locatários reduziam a COMPARABILIDADE das DFs e ofereciam oportunidades para ESTRUTURAR TRANSAÇÕES para alcançar um resultado contábil específico. RESPOSTA DO IASB IFRS 16 requer que um locatário reconheça ATIVOS e PASSIVOS para TODOS os contratos de locação com prazo superior a 12 meses e para os quais o ativo subjacente não é de baixo valor. 10
11 INTRODUÇÃO visão gerencial da IFRS 16 O contrato é de arrendamento? S Aplica IFRS 16. Locador classifica entre operacional e financeiro N Se for de serviços aplica IFRS 15. Se não for de serviços aplica outras Normas. LOCATÁRIO reconhece ativos e passivos do arrendamento. Pode optar para NÃO reconhecer para contratos de curto prazo e para ativos de baixo valor. Operacional reconhece receita em base de linha reta. Financeiro - reconhece como uma venda financiada. 11
12 DEFINIÇÃO DE ARRENDAMENTO O contrato é, ou contém, um arrendamento se o cliente tem o DIREITO DE CONTROLAR o uso de um ATIVO IDENTIFICADO pelo período de tempo em troca de remuneração (IFRS 16.9). Ativo explicitamente especificado no contrato. OU ATIVO IDENTIFICADO Ativo implicitamente especificado, quando o ativo é disponibilizado para uso pelo cliente. Fornecedor não pode ter direitos substantivos de SUBSTITUIR o ativo. 12
13 DEFINIÇÃO DE ARRENDAMENTO DIREITOS SUBSTANTIVOS DE SUBSTITUIÇÃO Fornecedor tem a habilidade prática de substituir por ativos alternativos durante o período de uso. E Fornecedor se beneficiaria economicamente do exercício de direito de substituição do ativo. 13
14 DEFINIÇÃO DE ARRENDAMENTO CONTROLAR O DIREITO DE USO DO ATIVO Tem o direito para gerenciar o uso do ativo (elemento PODER ). E Cliente tem o direito de dirigir como e para qual finalidade o ativo é utilizado ao longo do período de utilização. OU Cliente tem o direito de operar o ativo ao longo o período de utilização, sem o fornecedor ter o direito de mudar essas instruções de uso; OU Tem o direito de obter substancialmente todos os benefícios econômicos do uso de um ativo (elemento BENEFÍCIO ). Decisões relevantes sobre como e para qual finalidade o ativo é usado são pré-determinadas. E Cliente projetou o ativo de forma que predetermina como e com que finalidade o ativo será usado em todo o período de utilização. 14
15 ARRENDAMENTOS DE CURTO PRAZO E DE ATIVOS DE BAIXO VALOR Locatários podem optar por não contabilizar ativos e passivos. Arrendamento de CURTO PRAZO é definido como um que não tem opção de compra e tem prazo de até 12 meses. IFRS 16 não prover valor monetário do que deve ser considerado BAIXO VALOR mas relata que aquela avaliação deve ser feita com base no valor do ativo quando novo. Base de Conclusão da IFRS 16 comenta que o IASB tinha em mente arrendamentos com valor, quando novos, em torno de US$ 5,000 ou menos (como arrendamentos de tablet, de computadores pessoais, de pequenos itens de mobiliário de escritório e de telefones). A despesa de arrendamento é contabilizada pelo método linear pelo prazo do contrato. 15
16 ARRENDAMENTOS DE CURTO PRAZO E DE ATIVOS DE BAIXO VALOR ARRENDAMENTOS DE CURTO PRAZO Escolha por classe de ativo. ARRENDAMENTOS DE ATIVOS DE BAIXO VALOR Escolha com base em cada arrendamento (lease by lease basis). 16
17 PRAZO CONTÁBIL DO ARRENDAMENTO Período contratual não cancelável que o locatário tem o direito de usar um ativo. Períodos cobertos por uma opção para estender o contrato de arrendamento se o locatário está RAZOAVELMENTE CERTO que exercerá essa opção. Períodos abrangidos por uma opção de rescindir o contrato de arrendamento se o locatário está RAZOAVELMENTE CERTO que não exercerá essa opção. 17
18 CONTABILIDADE PARA LOCATÁRIOS Reconhecimento inicial DIREITO DE USO DO ATIVO PASSIVO DE ARRENDAMENTO Mensuração inicial do passivo de arrendamento Pagamentos feitos para o locador antes da data de início e menos quaisquer incentivos de arrendamentos. Custos diretos iniciais incorridos pelo locatário (incrementais de obtenção do contrato que não teriam sido incorridos se o contrato não tivesse sido obtido). Estimativa de custos do locatário na desmontagem e remoção do ativo, bem como na restauração do local no qual o ativo estava locado ou na restauração do ativo para a condição requerida nos termos e condições do contrato de arrendamento Total
19 CONTABILIDADE PARA LOCATÁRIOS Mensuração inicial do passivo de arrendamento Pagamentos fixos menos qualquer incentivos recebidos do locador. Pagamentos de arrendamentos variáveis, que dependem de um índice ou de uma taxa ( tais como Índice de Preço ao Consumidor, ou taxa de juros de referência), usando o índice ou a taxa no início do arrendamento. VALOR PRESENTE DOS PAGAMENTOS DO ARRENDAMENTO Quantia esperada para ser paga ao locador com relação ao valor residual garantido. Preço de exercício de uma opção de compra se o locatário está razoavelmente certo que irá exercer essa opção; e Pagamentos de multas pelo término do contrato de arrendamento, se o prazo do arrendamento reflete o locatário exercendo a opção para terminação do arrendamento. 19
20 CONTABILIDADE PARA LOCATÁRIOS Mensuração inicial do passivo de arrendamento TAXA DE DESCONTO Taxa de juros implícita no contrato. OU (se não puder ser determinada). Taxa de juros incremental do locatário. TAXA DE JUROS QUE IGUALA: Pagamentos do contrato de arrendamento + valor residual não garantido = valor justo do ativo subjacente + qualquer custos diretos iniciais do locador. É a taxa de juro que o locatário incorreria ao pedir emprestado por um prazo similar, e com uma segurança semelhante, os fundos necessários para comprar o ativo. 20
21 CONTABILIDADE PARA LOCATÁRIOS Mensuração subsequente DIREITO DE USO DO ATIVO EFEITO NA DRE: DEPRECIAÇÃO (CPC 27) PERDA NO VALOR RECUPERÁVEL (CPC 01) PASSIVO DE ARRENDAMENTO EFEITO NA DRE: ENCARGOS FINANCEIROS PELO MÉTODO DA TAXA DE JUROS EFETIVA (CPC 38) OBS: PAGAMENTOS REDUZEM O SALDO. 21
22 CONTABILIDADE PARA LOCATÁRIOS Remensuração do passivo de arrendamento CIRCUNSTÂNCIAS Mudança na quantia esperada para pagar do valor residual garantido. Mudança nos futuros pagamentos de arrendamento para refletir mudanças em índice ou taxa usada para determinar esses pagamentos (incluindo, por exemplo, revisão do valor de mercado do aluguel). Mudança no prazo do arrendamento como resultado de alteração do período não cancelável do arrendamento (por exemplo, o locatário não exercendo uma opção anteriormente incluída na determinação do prazo do arrendamento). Mudança na avaliação de uma opção de compra de um ativo subjacente. TAXA DE DESCONTO A SER UTILIZADA Do início do arrendamento. Do início do arrendamento. Revisada na data da mudança. Revisada na data da mudança. PASSIVO DE ARRENDAMENTO AJUSTADO CONTRA O DIREITO DE USO DO ATIVO 22
23 CONTABILIDADE PARA LOCATÁRIOS Mudanças no contrato de arrendamento (não tratadas na IAS 17) CONTRATO SEPARADO Aumenta o escopo do arrendamento, adicionando o direito de usar um ou mais ativos subjacentes; E Remuneração para a locação aumenta em uma quantia proporcional ao acréscimo no escopo. Remensurar o passivo de locação descontando os pagamentos revistos utilizando uma taxa de desconto revista (implícita ou incremental). NÃO É CONTRATO SEPARADO CONTABILIZAÇÃO: (A) diminuindo o valor contábil do DIREITO DE USO DO ATIVO para refletir a extinção parcial ou total do contrato por modificações de arrendamento que DIMINUAM O ESCOPO do contrato. O locatário deve reconhecer na DRE qualquer ganho ou perda relacionado com a extinção parcial ou total do contrato de arrendamento. (B) fazendo um ajuste correspondente ao DIREITO DE USO DO ATIVO para todas outras modificações. 23
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