Nome do(a) Aluno(a): Turma: RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

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1 TURMA PRÉ-40 - SIMULADO ÚNICO/ ª ETAPA: LÍNGUA PORTUGUESA Nome do(a) Aluno(a): Turma: RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 01) Verifique o total de folhas (11) deste Simulado. Ele contém 16 (dezesseis) questões de Língua Portuguesa (10 questões objetivas - Parte I, 6 questões discursivas - Parte II e uma Proposta de Redação - Parte III). 02) Não se esqueça de preencher o cabeçalho da prova de Língua Portuguesa e Redação, colocando o seu nome completo sem abreviaturas. 03) Você deverá realizar este Simulado com caneta azul, não sendo permitido o uso de corretivo. 04) As respostas a lápis NÃO SERÃO CONSIDERADAS! 05) Nas questões objetivas, há somente uma resposta para cada pergunta. Pense bem antes de assinalar sua opção porque as questões rasuradas não serão consideradas. 06) As questões discursivas devem apresentar respostas completas. 07) Somente serão tiradas dúvidas de impressão. Para isto, chame o fiscal. 08) Você terá 2 (duas) horas e 30 (trinta) minutos para fazer esta prova. 09) Aguarde o sinal para o início. 10) Tire todo o proveito do tempo que lhe é dado. 11) Confira suas respostas antes de entregar seu Simulado. Faça tudo com bastante atenção. Boa Prova! PARTE I - LÍNGUA PORTUGUESA - QUESTÕES OBJETIVAS: (3,0 PONTOS) TOTAL DE PONTOS VISTO DO PROFESSOR TEXTO I A IMAGINAÇÃO INVEJOSA Perto da casa de Gastão, morava o Orlando, um meninão esnobe que se julgava a pessoa mais importante do mundo. Vivia de nariz empinado, botando a maior banca. E o Gastão não gostava nada disso. Mas o que mais irritava o Gastão era ver o Orlando desfilando com o seu canzarrão. Ele já havia pedido um grande pastor alemão para sua mãe, mas ela só aceitava em casa um cachorrinho pequeno. Certa manhã, Gastão se pôs a imaginar como seria bom ter um cachorro muito, mas muito grande, só para fazer pouco do Orlando. Ele desfilaria noite e dia com aquele cachorrão feroz. Ia comprar-lhe uma coleira de couro, cheia de pontas e uma correia de cobre. E ia dar de comer ao cachorro quatro vezes ao dia para ele ir crescendo cada vez mais. O cachorro do Gastão já estava tão grande que quase não cabia mais em seu pensamento. Mas, frustrado do jeito que estava, Gastão continuava alimentando o cachorro e inchando a imaginação. E aí começaram a surgir os problemas. A casinha do cachorrão já não servia mais e Gastão teve que sair do seu quarto para o bichão dormir lá. Este cachorro das ideias, assim como os cachorros de verdade, também não gostava de banho. Então o seu pobre dono esperava ele dormir e subia no seu barrigão com rodos, escovas, um balde de água e muito sabão. Aí era aquela escovação danada e o bicho virava uma montanha de espuma roncando lá no meio do quintal. No final do banho, Gastão ficava cansado só de imaginar. Mas continuava com aquelas ideias loucas que já não estavam mais agradando muito. E a coisa piorou. Quando saíam para passear, aquele mascote altíssimo não parava de babar bem na cabeça do Gastão. E todos os dias ele tinha que comprar um boné novo. Esta imaginação masoquista foi chateando o Gastão. E ele resolveu não dar mais bola para as besteiras do Orlando e arranjou um cachorrinho pequeno mesmo, pra querer bem e mais nada. Rogério Borges. O inventor de imaginações. São Paulo, Melhoramentos, 1990

2 .2. Após a leitura do Texto I, faça o que se pede. 1ª QUESTÃO: As informações abaixo não condizem com o Texto I, exceto: ) A mãe de Gastão não consentia que o filho tivesse nenhuma espécie de cachorro em casa. ) O cachorrão da imaginação do Gastão era manso. ) Diferente dos demais cachorros, o cachorro imaginário de Gastão era favorável a banho. ) Os gastos excessivos com a alimentação do cachorrão da imaginação foi o principal motivo que desmotivou Gastão a querer tê-lo. ) O desfecho do texto revela que Gastão abriu mão do desejo de ter um canzarrão apenas com a intenção de exibicionismo. 2ª QUESTÃO: E aí começaram a surgir os problemas. (l.15) Dentre os problemas ocasionados pelo cachorro da imaginação, só não se pode afirmar que: ) o cão demonstra-se agressivo com o dono. ) seu banho era bem cansativo. ) era um animal muito babão. ) ele ocupava muito espaço. ) ao dormir, o animal roncava. TEXTO II LUNA, MINHA HEROÍNA Quando se fala em um herói, sempre se pensa em um homem alto e forte, uma espécie de guerreiro, com uma espada ou arma na mão. Mas, agora que já tenho quarenta e cinco anos, sei que todos nós podemos ser heróis. E que muitos daqueles que nos ajudaram durante a vida, nossos heróis íntimos, quase sempre ficam guardados anônimos, em uma lista secreta no fundo de nossa memória. Luna foi uma das heroínas de minha infância, minha querida amiga da espécie canina dos dobermanns. Linda, negra, brilhante, musculosa, rápida como ninguém. Luna era nossa babá. Dormíamos, minha irmã Sandra e eu, com a cabeça apoiada em sua barriga macia. Passávamos a maior parte do tempo metidos em brincadeiras malucas no quintal, ainda não tínhamos uma televisão e, às vezes, a folia ia longe demais. Como no dia em que resolvemos dar um susto em nossa mãe e costuramos com muito cuidado uma longa cobra de pano verde, amarramos uma linha nela e a fizemos rastejar lentamente pelo meio do gramado. Mamãe ficou louca. Apanhou a vassoura para matar a cobra e, quando descobriu que era tudo brincadeira, virou-se furiosa, com a vassoura ainda levantada e saiu correndo atrás de nós. No começo, não conseguíamos parar de rir, mas depois ficamos com medo mamãe estava tão brava que quase não a reconhecíamos. Foi nesse momento atroz que Luna se colocou entre nós e mamãe, protegendo-nos da vassoura. Sentou-se na nossa frente e não deixou que ela nos tocasse. Hoje sei que mamãe não bateria em nós com a vassoura. Jamais apanhamos. Ela sempre nos disse: "Quem bate está ensinando a bater". Mas, daquele dia em diante, sempre que mamãe ficava brava, antes de nos pôr de castigo ou simplesmente nos dar uma bronca, ela trancava Luna no canil, só para prevenir. Assim, durante boa parte de minha infância, mãe brava virou sinônimo de cachorro preso. Heloísa Pietro. Minhas três heroínas. In Heróis e guerreiros. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1995.

3 .3. Faça as questões propostas sobre o Texto II. 3ª QUESTÃO: Sobre o Texto II, só não se pode afirmar que: ) está escrito em forma de prosa. ) contém seis parágrafos. ) tem foco narrativo em 1 a pessoa. ) há, nele, predomínio da linguagem formal. ) há apenas ocorrência de discurso indireto. 4ª QUESTÃO: O Texto II atribui diferentes características à cadela Luna. Identifique a única caracterização que não se refere ao aspecto físico dela: ) linda ) negra ) protetora ) musculosa ) macia 5ª QUESTÃO: Assinale a opção em que foi empregado o sentido conotativo: ) já tenho quarenta e cinco anos ) resolvemos dar um susto em nossa mãe ) Mamãe ficou louca. ) Sentou-se na nossa frente e não deixou que ela nos tocasse. ) Quem bate está ensinando a bater. 6ª QUESTÃO: Leia as orações abaixo: Mamãe apanhou a vassoura / para matar a cobra. Pode-se estabelecer entre elas uma respectiva relação de: ) fato / causa. ) fato / finalidade. ) fato / consequência. ) fato / opinião. ) fato / comparação.

4 .4. TEXTO III O MELHOR AMIGO A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto. Meu filho? gritou ela. O que é? respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível. Que é que você está carregando aí? Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo: Eu? Nada... Está sim. Você entrou carregando uma coisa. Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando: Olha aí, mamãe: é um filhote... Seus olhos súplices aguardavam a decisão. Um filhote? Onde é que você arranjou isso? Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda: Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz. Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo! Ah, mamãe... já compondo uma cara de choro. Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas. O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto, emburrado: a gente também não tem nenhum direito nesta casa pensava. Um dia, ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado desta maneira! Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! gritou lá do quarto e ficou esperando a reação da mãe. Dez minutos repetiu ela, com firmeza. Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho. Você não é todo mundo. Também, de hoje em diante, eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada. Veremos limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura. A senhora é ruim mesmo, não tem coração. Sua alma, sua palma. Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo, tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo e, depois... Ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável. Vamos, chega! Leva esse cachorro embora. Ah, mamãe, deixa! choramingou ainda: Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida. E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe? Mãe e cachorro não são a mesma coisa. Deixa de conversa: obedece à sua mãe. Ele saiu e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa toda... Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante: Pronto, mamãe! E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido o seu melhor amigo por trinta dinheiros. Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza de que ele dava murmurou, pensativo. Fernando Sabino

5 .5. Vocabulário: ressabiado - amedrontado, receoso cautelosamente - com cautela, com cuidado súplices - que suplicam, que pedem sua alma, sua palma - provérbio que significa: Faça o que quiser e depois aguente as consequências. apelo - recurso, saída, jeito inexorável - que não se deixa comover, que não volta atrás recalque, complexos - problemas psicológicos Após a leitura do Texto III, faça o que se propõe. 7ª QUESTÃO: Ordene os fatos na ordem dos acontecimentos do Texto III e, em seguida, marque a sequência correta: ( ) A mãe manteve-se firme em sua decisão de não aceitar o animal, mas ficou receosa quando o filho saiu aborrecido para levar o animal embora. ( ) A mãe percebeu a presença de algo e, ao descobrir que era um animal, ordenou que o filho o levasse de volta para a rua após dez minutos. ( ) Surpreendentemente, o menino voltou para casa feliz, exibindo o dinheiro que arrecadara com a venda do cão. ( ) O menino entrou em casa carregando um filhote. ( ) Mediante a negativa da mãe, o filho ficou murmurando e ameaçando fazer uma loucura. ) ) ) ) ) ª QUESTÃO: Marque a única fala que não representa um argumento do filho na tentativa de ficar com o filhote: ) Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? ) Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz. ) Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho. ) A senhora é ruim mesmo, não tem coração. ) Pronto, mamãe!

6 .6. TEXTO IV BÓRIS, O CÃO QUE VENCEU O METRÔ, VAI SE APOSENTAR Bóris, o simpático labrador americano, cão-guia da advogada Thaís Martinez, de 34 anos, vai se aposentar em dezembro. Os dois ficaram conhecidos ao protagonizar a luta pelo direito do deficiente visual de viajar ao lado de seu cão no transporte público da Capital. Depois de quase nove anos de serviços prestados à dona, ele será substituído por um colega mais novo. Com dez anos de vida, Bóris está na idade limite para as funções que desempenha: a de especialista na condução de deficientes visuais. Um cão-guia se aposenta, em média, com 8 a 10 anos de função. Depois desse período, a visão, o olfato, a audição e as articulações do animal já não são mais os mesmos. Bóris milita na área desde 2000, quando foi barrado pela primeira vez, na estação Marechal Deodoro do Metrô, acompanhando Thaís. O Metrô alegava que era proibido transportar animais nos trens. O impedimento foi parar nos tribunais. A Justiça deu ganho de causa ao cachorro, que possuía os documentos exigidos pela lei: atestados de saúde e de treinamento e termo de responsabilidade por eventuais danos. O Metrô ignorava uma lei municipal e exigia que ele apresentasse um RG para poder desempenhar suas funções, lembra a advogada. Uma liminar garantiu a viagem dos dois. Um ano depois, apesar da ordem judicial, dona e cachorro foram novamente impedidos de entrar, dessa vez, na estação Vila Madalena. Após sete anos de briga, em 2006, ele ganhou o direito de passar pelas catracas sem que Thaís tivesse que apresentar o RG. A decisão partiu da 7 a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. (... ) No dia 16, Thaís (que perdeu a visão aos 4 anos, depois de contrair caxumba) embarca para os Estados Unidos em busca de um novo parceiro. A advogada e Bóris, no entanto, não vão se separar. Ele continuará morando com ela. (AE) Disponível em: < aspx?canal=2fmateria=3973>. Acessado em: 30/10/2008. Vocabulário: liminar: um tipo de autorização judicial. 9ª QUESTÃO: É correto afirmar sobre o Texto IV: ) Bóris será levado, por sua dona, aos Estados unidos para receber um treinamento mais atualizado. ) A advogada Thaís Martinez é cega de nascença. ) Por exigência da lei, Bóris nunca pôde trafegar pelas estações do Metrô de São Paulo. ) O sucessor de Bóris será adquirido em território brasileiro. ) Bóris iniciou sua carreira de cão-guia no ano 2000.

7 .7. TEXTO V Após a leitura do Texto V, faça o que é pedido. 10ª QUESTÃO: O primeiro balão de fala do Texto V só não transmite: ) afetividade. ) entusiasmo. ) ternura. ) ironia. ) animação.

8 TURMA PRÉ-40 - SIMULADO ÚNICO/2015 1ª ETAPA: LÍNGUA PORTUGUESA Nome do(a) Aluno(a): Turma: PARTE II - LÍNGUA PORTUGUESA - QUESTÕES DISCURSIVAS: (3,0 PONTOS) TOTAL DE PONTOS VISTO DO PROFESSOR 11ª QUESTÃO: Faça o que se pede sobre o Texto I: A) Reescreva o trecho abaixo, substituindo as palavras grifadas por outras de sentido semelhante: (0,3 ponto) um meninão esnobe que se julgava a pessoa mais importante (ls. 1 e 2) B) Indique a que ou a quem se refere o vocábulo destacado: (0,2 ponto) Ia comprar-lhe uma coleira de couro (l. 10) 12ª QUESTÃO: Complete o quadro abaixo, tendo em vista o Texto I: FATO CAUSA Todos os dias, Gastão tinha de comprar um boné novo. 13ª QUESTÃO: Retire, do Texto III, a fala que mostra de forma explícita que o menino não havia estabelecido vínculo afetivo com o filhote e desejava ter lucrado ainda mais com a sua venda:

9 .9. 14ª QUESTÃO: Leia o trecho a seguir retirado do Texto IV: quando foi barrado pela primeira vez, na estação (ls. 10 e 11) O que significa, neste contexto, a expressão grifada? 15ª QUESTÃO: Copie, do Texto IV, o motivo pelo qual um cão-guia se aposenta, em média, com 8 a 10 anos de função: TEXTO VI Dik Browne. O mehor de Hagar, o horrível (tradução Clarissa Becker). Porto Alegre, L&PM, Após a leitura do Texto VI, faça a questão ª QUESTÃO: O Texto VI apresenta tanto a linguagem verbal quanto a não verbal. Cite de que forma a passagem do tempo foi ilustrada na história em quadrinhos lida:

10 TURMA PRÉ-40 - SIMULADO ÚNICO/2015 1ª ETAPA: LÍNGUA PORTUGUESA Nome do(a) Aluno(a): Turma: PARTE III - REDAÇÃO: (4,0 PONTOS) TOTAL DE PONTOS VISTO DO PROFESSOR PROPOSTA DE REDAÇÃO Uma coisa é certa: criança gosta de bichos! Crie uma narrativa, em 3 a pessoa, contando a história de uma criança e seu animal de estimação. Pode falar sobre a chegada do animal, a rotina do bichinho ou até mesmo uma aventura ou travessura vivida por ele e seu dono. Use entre 15 a 20 linhas. Crie um título bem interessante e explore bastante a sua criatividade. Vamos Lá!

11 Escreva aqui o seu RASCUNHO.

12 Nota TURMA PRÉ-40 - SIMULADO ÚNICO / 2015 Visto FOLHA DE REDAÇÃO Nome: Turma: Comentário do(a) Professor(a) Corretor(a):