MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE AHE COLÍDER

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2 MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE AHE COLÍDER Rio Teles Pires, MT Empresa Executora: Ambiotech Consultoria Equipe de execução: Coordenação geral: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos Herpetofauna: Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico) José Carlos Balestrin Auxiliar local Avifauna: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico) Biól. Eduardo Weffort Patrial Giuliano Bernardon Benedito Abrão Freitas Mastofauna: Biól. João Marcelo Deliberador Miranda (Resp. técnico) Biól. Luana C. Munster Biól. Rafael Oliveira

3 SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS...IV ÍNDICE DE FOTOS... V ÍNDICE DE TABELAS... VII ÍNDICE DE GRÁFICOS...IX 1 APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS Áreas amostrais Manutenção das parcelas e transecções MÉTODOS Métodos sistematizados Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps With Drift Fences, adaptado de Cechin & Martins, 2000) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de Martins & Oliveira, 1999) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s. adaptado de Scott Jr. & Woodward, 1994) Métodos não sistematizados Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT) Procura com Carro (PC) Encontros ocasionais (EO) Análise dos dados Trabalho de campo Análise dos dados RESULTADOS HERPETOFAUNA Parcela 1 Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)...15 I

4 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII, controle) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Espécies endêmicas, raras ou não descritas Espécies procuradas para caça Espécies de interesse econômico Espécies de interesse científico Espécies de interesse médico-veterinário Espécies indicadoras de qualidade ambiental Riqueza e abundância Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a quinta campanha Suficiência amostral Considerações finais AVIFAUNA Riqueza de espécies Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei Espécies endêmicas Espécies migratórias Espécies relevantes Esforço amostral Comparação entre as áreas amostrais Parcela 1 Área Diretamente Afetada (Canteiro de obras) Parcela 2 Área Diretamente Afetada (Reservatório) Parcela 3 Área de Influência Indireta (Área Controle) Similaridade entre as áreas Anilhamento Índice Pontual de Abundância (IPA) Métodos não sistematizados Índice de diversidade Espécimes coletados Considerações finais MASTOFAUNA Procedimentos Metodológicos Riqueza de espécies Espécies ameaçadas Espécies endêmicas Espécies raras II

5 4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas Espécies Bioindicadoras Espécies exóticas Espécies cinegéticas Espécies de importância econômica Espécies de risco epidemiológico Esforço amostral Comparação entre as áreas amostradas Parcela 1 Área Diretamente Afetada (ADA) Canteiro de obras Parcela 2 Área Diretamente Afetada (ADA) Reservatório Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII) Controle Comparação entre as áreas Comparação entre as fases do monitoramento Pequenos mamíferos Morcegos Mamíferos de médio e grande porte Considerações finais REFERÊNCIAS CONSULTADAS HERPETOFAUNA AVIFAUNA MASTOFAUNA III

6 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 SUGESTÃO DE PLACA DE SINALIZAÇÃO A SER INSTALADA NA ESTRADA DE ACESSO À UHE COLÍDER E NO CANTEIRO DE OBRAS COM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR OS OPERÁRIOS E MOTORISTAS QUE TRABALHAM NA CONSTRUÇÃO DA OBRA FIGURA 2 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A SEXTA CAMPANHA FIGURA 3 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI[02], ADA[02] E AII[02]) DURANTE A SEGUNDA CAMPANHA FIGURA 4 SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA UHE COLÍDER. LEGENDA: CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA- CONTROLE IV

7 ÍNDICE DE FOTOS FOTO 1 ADULTO DE PLICA UMBRA REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA FOTO 2 ADULTO DE CORALLUS HORTULANUS, REGISTRADO PELO MÉTODO DE PSLT FOTO 3 ADULTO DE HYPSIBOAS GEOGRAPHICUS REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT FOTO 4 FÊMEA ADULTA DE KENTROPIX CALCARATA REGISTRADA PELO MÉTODO DE AIQ FOTO 5 ADULTO DE CORALLUS HORTULANUS REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT FOTO 6 FÊMEA ADULTA DE LACHESIS MUTA REGISTRADA PELO MÉTODO DE PC FOTO 7 FÊMEA ADULTA DE LACHESIS MUTA APÓS TER SIDO ENCONTRADA ATROPELADA, REGISTRADA PELO MÉTODO DE EO FOTO 8 EXEMPLAR DE PHRYNOPS SP. FOTOGRAFADO EM UMA ÁREA DE CERRADO NAS PROXIMIDADES DA UHE COLÍDER FOTO 9 GAVIÃO-MIUDINHO (ACCIPITER SUPERCILIOSUS) CAPTURADO E ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER FOTO 10 MARIA-LEQUE (ONYCHORHYNCHUS CORONATUS) CAPTURADO E ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE: ESPÉCIE INCOMUM NA REGIÃO, SENDO ESTA A PRIMEIRA CAPTURA DA ESPÉCIE FOTO 11 MACHO DE PAPA-FORMIGA-DE-SOBRANCELHA (MYRMOBORUS LEOCOPHRYS) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO FOTO 12 FÊMEA DE PAPA-FORMIGA-DE-SOBRANCELHA (MYRMOBORUS LEOCOPHRYS) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO FOTO 13 CRI-CRIÓ OU BISCATEIRO (LIPAUGUS VOCIFERANS) ANILHADO NA ÁREA- CONTROLE. UMA DAS AVES MAIS CONHECIDAS DA AMAZÔNIA FOTO 14 GUARDA-FLORESTA (HYLOPHYLAX NAEVIUS), FÊMEA CAPTURADA NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 15 REDES DE NEBLINA INSTALADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 16 GAVIÃO-PEGA-MACACO (SPIZAETUS TYRANNUS) FOTOGRAFADO NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES, NO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM DA UHE COLÍDER FOTO 17 GAVIÃO-MIUDINHO (ACCIPITER SUPERCILIOSUS) VISTO APÓS A SOLTURA. OBSERVAR DETALHE DA ANILHA FOTO 18 ARARA-CANINDÉ (ARA ARARAUNA) REGISTRADA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO. ESTA ESPÉCIE É MAIS COMUM NOS DOMÍNIOS DO CERRADO. SUA CONGÊNERE ARA MACAO É ENCONTRADA COM MAIS FREQUÊNCIA NA AI DA UHE COLÍDER FOTO 19 POMBA-TROCAL (PATAGIOENAS SPECIOSA) COMUMENTE OBSERVADA AO LONGO DO RIO TELES PIRES E AMBIENTES ABERTOS DO ENTORNO DA UHE COLÍDER FOTO 20 MACURU-PINTADO (NOTHARCHUS TECTUS) ENCONTRADO COM FREQUÊNCIA NA ÁREA-CONTROLE FOTO 21 ANAMBÉ-AZUL (COTINGA CAYANA), MACHO, ENCONTRADO ESPORADICAMENTE NA MATA CILIAR DO RIO TELES PIRES, ENTRE AS PARCELAS DA ÁREA DO RESERVATÓRIO E O CANTEIRO DE OBRAS V

8 FOTO 22 ANAMBÉ-UNA (QUERULA PURPURATA): ESPÉCIE FREQUENTEMENTE ENCONTRADA NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO E NA PARCELA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 23 SETE-CORES-DA-AMAZÔNIA (TANGARA CHILENSIS): UMA DAS SAÍRAS MAIS COMUNS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER FOTO 24 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES FOTO 25 JAGUATIRICA (LEOPARDUS PARDALIS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA VU (VULNERÁVEL), REGISTRADA PELA ARMADILHA FOTOGRÁFICA DURANTE A SEXTA FASE DO MONITORAMENTO FOTO 26 CUÍCA MONODELPHIS BREVICAUDATA, ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA CAPTURADA NA SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA UHE COLÍDER FOTO 27 MORCEGO DERMANURA GNOMA, ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA, CAPTURADA NA SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA UHE COLÍDER FOTO 28 A ANTA (TAPIRUS TERRESTRIS) É UMA ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO E CONTINUA SENDO CAÇADA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, POR FUNCIONÁRIOS DAS EMPREITEIRAS VI

9 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 - AMBIENTES E COORDENADAS GEOGRÁFICAS ONDE FORAM INSTALADAS AS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA... 5 TABELA 2 AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA... 6 TABELA 3 ESPÉCIES DE ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AID TABELA 4 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER, DURANTE A SEXTA CAMPANHA DE MONITORAMENTO TABELA 5 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) TABELA 6 ESPÉCIES DE ESCAMADOS E ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE) TABELA 7 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE) TABELA 8 ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL TABELA 9 LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SEIS PRIMEIRAS FASES DE CAMPO E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO TABELA 10 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SEXTA FASE DE CAMPO TABELA 11 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ- ENCHIMENTO TABELA 12 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ- ENCHIMENTO TABELA 13 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO TABELA 14 NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO TABELA 15 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS CINCO FASES DE CAMPO TABELA 16 TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SEXTA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA TABELA 17 ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS TABELA 18 REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA SEXTA FASE DE CAMPO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS NÃO SISTEMATIZADOS TABELA 19 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER TABELA 20 ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS CINCO PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA DO AHE COLÍDER VII

10 TABELA 21 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES TABELA 22 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO TABELA 23 ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO TABELA 24 ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO VIII

11 ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS CINCO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DE FAUNA GRÁFICO 2 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SEXTA FASE, TOTALIZANDO 259 ESPÉCIES GRÁFICO 3 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA DA UHE COLÍDER. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO GRÁFICO 4 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS SEIS PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA DA UHE COLÍDER, MT GRÁFICO 5 RIQUEZA DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA E NO TOTAL POR FASE DO MONITORAMENTO, MOSTRANDO UMA TENDÊNCIA À DIMINUIÇÃO DA RIQUEZA NO DECORRER DO TEMPO GRÁFICO 6 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS PEQUENOS MAMÍFEROS CAPTURADOS DURANTE A SEXTA FASE DO MONITORAMENTO GRÁFICO 7 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, MT GRÁFICO 8 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, MT IX

12 1 APRESENTAÇÃO O AHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, no estado de Mato Grosso. A implantação do AHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento. O programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados caso dos remanescentes de Floresta da região do empreendimento uma vez que permitem conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do empreendimento, sobre diferentes grupos animais. Em 04/01/2011, o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº / Após a emissão da Licença a Copel iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos, com campanhas trimestrais. Em 27/01/2012, o IBAMA renovou a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº / , permitindo a continuidade do monitoramento. O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a execução da sexta fase de campo do monitoramento pré-enchimento de fauna terrestre na área de influência do AHE Colíder, realizada no mês de abril de 2012, durante a estação chuvosa. 1

13 2 INTRODUÇÃO Estudos de monitoramento tem com principal objetivo conhecer a influência dos principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos, estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias, suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um empreendimento. As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente, pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da presença ou ausência de alguns táxons. Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al., 1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies estenóica), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio (eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração. A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior 2

14 problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de habitats naturais a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004). A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua grande importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução, transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do Pará (HEYER et al., 1999). O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006), sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008). Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008). Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor atual é de (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão. É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo executado o monitoramento de fauna do AHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos resultados da sexta campanha de campo serão apresentados na sequência. O nível do Rio Teles Pires ainda esteve bastante alto durante a sexta campanha do monitoramento, em decorrência das fortes chuvas que ainda ocorreram durante o trabalho de campo. Apesar de não estar como na campanha anterior, ainda existia muita água fora da calha do rio, alagando várias partes das matas de várzea existentes em toda a porção de floresta destinada ao reservatório. O elevado índice pluviométrico registrado nesse momento não prejudicou a execução do trabalho e os resultados obtidos foram bastante satisfatórios. 3

15 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS Áreas amostrais As mesmas áreas amostrais que vêm sendo avaliadas durante as primeiras fases foram mantidas durante a quinta campanha Manutenção das parcelas e transecções As linhas de pitfalls encontravam-se deterioradas em virtude da quantidade de chuvas, da grande quantidade de árvores e galhos caídos sobre a cerca-guia e, também, devido aos trechos consumidos por formigas. Desta forma, foi necessária outra reforma da cerca-guia. Os baldes foram abertos para o início das capturas propriamente ditas somente após a inteira reforma das cercas-guia. Esta manutenção das linhas de pitfalls é necessária em todas as campanhas, uma vez que as lonas permanecem no local, expostas a todo o tipo de interpérie climática, durante três meses até que seja realizada nova visita à área e consequente amostragem em campo. 3.2 MÉTODOS Durante esta sexta campanha, os métodos sistematizados foram replicados nos mesmos ambientes e locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos no objetivo de melhor investigar as áreas, descobrir populações ou espécies de interesse específico e mitigar os efeitos de distribuições disjuntas Métodos sistematizados Os métodos sistematizados foram aplicados entre os dias 16 a 21 de abril, quando cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias. 4

16 Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps With Drift Fences, adaptado de Cechin & Martins, 2000) Cada linha de armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) permaneceu aberta durante seis noites consecutivas e foram revisadas, periodicamente, duas vezes ao dia, ao amanhecer e entardecer. Ao final do período de amostragem obteve-se um esforço de 144 horas/balde por parcela e um total de 432 horas/balde de amostragem na região de implantação da UHE Colíder. As armadilhas de interceptação e queda foram instaladas em ambientes que correspondiam principalmente à formação vegetal predominante em cada parcela de amostragem (Tabela 1). TABELA 1 - AMBIENTES E COORDENADAS GEOGRÁFICAS ONDE FORAM INSTALADAS AS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA Localidade Ambiente/Fisionomia Coordenadas (UTM 21L) Parcela 1 (AID) Floresta de terra firme L S Parcela 2 (ADA) Floresta de várzea L S Parcela 3 (AII) Floresta de terra firme L S Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de Martins & Oliveira, 1999) Este método consiste em percorrer as transecções principais de todas as parcelas (2 km por parcela), onde uma área de até 50 metros de cada lado da linha central é vasculhada, mediante o revolvimento da serrapilheira e de troncos caídos, visando o registro visual ou auditivo dos animais. Cada parcela teve suas transecções amostradas durante dois dias, simultaneamente por três pesquisadores. Em cada dia foram realizadas duas horas de procura diurna e uma hora de procura noturna, totalizando um esforço de captura de 18 horas/homem de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de amostragem. Para anfíbios, foram contabilizados todos os machos anuros em atividade de vocalização, assim como os indivíduos visualizados em repouso. Como para a maioria das espécies de anuros não é possível uma contagem precisa do número de indivíduos vocalizando, porque muitos machos vocalizam ao mesmo tempo (coro), ou porque vocalizam muito próximos um do outro, foram empregadas as seguintes categorias de vocalização, modificadas de Lips et al. (2001 apud Rueda et al. 2006): 5

17 0 nenhum indivíduo da espécie vocalizando; 1 número de indivíduos vocalizando estimável entre 1-5; 2 número de indivíduos vocalizando estimável entre 6-10; 3 número de indivíduos vocalizando estimável entre 10-20; 4 formação de coro em que as vocalizações individuais são indistinguíveis e não se pode estimar o número de indivíduos (>20). Para estimar a abundância dos anfíbios, foi extrapolado o valor máximo de cada categoria amostral Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s. adaptado de Scott Jr. & Woodward, 1994) Esse método consiste na realização de transecções visuais e auditivas ao longo do perímetro de corpos d água (e.g. poças temporárias, lagoas, brejos, córregos, rios e veredas) onde geralmente as populações de anfíbios se agregam para a reprodução. Os anfíbios foram contabilizados seguindo os mesmos critérios descritos no método de Procura sistematizada limitada por tempo. Alguns grupos de répteis (serpentes, quelônios e crocodilianos) também são comumente registrados por este método, já que muitas espécies utilizam os corpos d água como sítios de forrageamento e/ou reprodução. Durante o período de estudo, foram amostrados seis sítios de reprodução (e.g. brejos, riachos e poças) (Tabela 2), dois por parcela. As amostragens ocorreram à noite, quando três pesquisadores realizaram as transeções durante uma hora. Desta forma obteve-se um esforço de captura de seis horas/homem de amostragem por parcela e um total de 12 horas de amostragem nas áreas de interesse. TABELA 2 AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR PARA O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA Ponto Localidade Ambiente/Fisionomia Coordenadas (UTM 21L) P1 Parcela 1 (AID) Lêntico / floresta P2 Parcela 1 (AID) Lêntico / área aberta P3 Parcela 2 (ADA) Lótico / área aberta P4 Parcela 2 (ADA) Lótico / floresta P5 Parcela 3 (AII) Lótico / campo P6 Parcela 3 (AII) Lótico / floresta

18 3.2.2 Métodos não sistematizados Os métodos não sistematizados foram utilizados para categorizar os animais encontrados de forma aleatória nas áreas de interesse, além de complementar a lista de riqueza. Estes métodos foram aplicados desde o primeiro instante da equipe nas áreas de interesse Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT) Esse método consistiu em executar caminhadas ao longo de todas as áreas passíveis de se encontrar répteis e anfíbios (e.g. interior da floresta, estradas de acesso às parcelas, áreas antropizadas, margens do rio, poças temporárias, açudes, entre outros). Durante este método, os locais foram vistoriados detalhadamente, havendo inspeção de tocas, serapilheira, poças temporárias, locais abrigados sob pedras, troncos caídos, entulhos, interior de bromélias, galhos de árvores e outros possíveis sítios utilizados como abrigos por répteis e anfíbios, conforme recomendado por Vanzolini et al. (1980). Esse método tem por objetivo ampliar o inventário das espécies, assim como obter informações sobre riqueza, distribuição no ambiente e padrões de atividade. A procura ativa com coleta manual é um método bastante versátil e generalista de detecção e coleta de vertebrados em campo (Heyer et al., 1994). Assim como para o método de PSLT, foram empregadas as mesmas categorias de vocalização para o senso de anfíbios anuros, modificadas de Lips et al., 2001 apud Rueda et al., Procura com Carro (PC) A procura com carro correspondeu ao encontro de anfíbios e répteis avistados ou atropelados em estradas da região (Sawaya et al., 2008). O deslocamento da equipe em toda a AII do empreendimento contemplou este método, diariamente Encontros ocasionais (EO) Como a observação de répteis é de caráter fortuito e demanda muito tempo em campo, necessita-se tanto da interação com os demais membros da equipe do monitoramento, além de moradores ou trabalhadores locais, para que se tenha obtenção de mais evidências da presença destes animais. Este método contemplou 7

19 todos aqueles espécimes encontrados por terceiros ou quando a equipe não estava realizando as atividades supracitadas Análise dos dados Suficiência amostral: foi avaliada mediante a curva de registros acumulados das espécies. As análises foram realizadas com base na matriz de dados de presença/ausência das espécies ao longo dos dias de amostragem, utilizando 500 adições aleatórias das amostras no programa EstimateS 7.52 (Colwell ). A estimativa da riqueza foi calculada a partir do número de espécies identificadas em função dos dias de amostragem. O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em Krebs (1989). Taxa de captura: A abundância de espécies foi calculada dividindo o número de indivíduos avistados pelo número total horas de procura nos pontos. No caso de espécies de vida social (ex. anfíbios), a abundância foi estimada extrapolando o valor máximo de cada categoria amostral. Índice de Diversidade: a partir dos dados quantitativos foi feita uma média do número observado nos ambientes amostrados e, assim, calculado o índice de diversidade pelo método de Shannon-Wiener (Krebs,1989) para cada ponto amostral. Similaridade: foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as parcelas, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amostras. A abundância das espécies foi transformada [log (x+1)] para diminuir o peso das espécies quantitativamente dominantes. Os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley 2001) Trabalho de campo A sexta fase de campo do referido monitoramento foi realizada entre os dias 17 e 26 de abril de Todo o trabalho de fauna terrestre foi realizado simultaneamente, com as equipes dos três grupos faunísticos trabalhando nas áreas amostrais. Com o objetivo de maximizar o esforço de observação direta cada equipe amostrou uma área amostral, fazendo um rodízio que permitiu com que as três áreas fossem monitoradas ao longo de toda a fase. 8

20 3.2.5 Análise dos dados Após a obtenção dos dados em campo, as informações obtidas e os animais coletados foram levados aos laboratórios para análise e correta identificação. Foram feitas algumas análises estatísticas para efeito comparativo com as fases anteriores. Estas análises seguem o mesmo padrão apresentado nos relatórios anteriores. 9

21 4 RESULTADOS 4.1 HERPETOFAUNA Durante esta sexta campanha, os métodos sistematizados foram replicados nos mesmos ambientes e locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos no objetivo de melhor investigar as áreas, descobrir populações ou espécies de interesse específico e mitigar os efeitos de distribuições disjuntas Parcela 1 Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences) (AIQ) Nas armadilhas de queda do canteiro de obras foram registrados 35 espécimes de dez espécies, sendo nove espécies de anuros e uma espécie de lagarto. Do total de espécies amostradas, as mais abundantes foram Leptodatylus hylaedactyla e Physalaemus gr. cuvieri, que corresponderam a, respectivamente, 37% e 31% do total de espécimes amostrados. Mais uma vez foi registrado um exemplar de Elachistocleis spn., contudo, estudos mais criteriosos são necessários para determinar o real status desta espécie. O lagarto Plica umbra foi registrado pela primeira vez nos estudos de monitoramento da herpetofauna (Foto 1). A taxa de captura foi de 0,24 espécimes/hora/balde ou o equivalente a, aproximadamente, um espécime a cada quatro horas de funcionamento das armadilhas. A taxa de captura atual foi bastante superior àquela registrada no período equivalente do ano passado (campanha 02, taxa de captura = 0,05). Esse fator provavelmente esteja relacionado às fortes chuvas ocorridas na campanha atual e a intensa movimentação de Leptodatylus hylaedactyla e Physalaemus gr. cuvieri. No período equivalente do ano passado as chuvas já haviam cessado, o que poderia justificar tamanha discrepância entre os dois momentos. 10

22 FOTO 1 ADULTO DE PLICA UMBRA REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Através deste método foram registrados 12 espécimes de apenas três espécies, sendo uma espécie de anuro (Leptodactylus hylaedactyla), uma espécie de lagarto (Plica umbra) e uma espécie de serpente (Corallus hortulanus) (Foto 2). O anuro Leptodactylus hylaedactyla foi a espécie mais abundante e correspondeu a 83% do total de espécimes amostrados. A taxa de captura correspondeu a 0,67 espécimes/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, dois exemplares registrados a cada hora de procura. Ao contrário do observado para as AQ, a taxa de captura da campanha atual foi inferior àquela observada no período equivalente do ano passado (campanha 02, taxa de captura = 1,5). Ao contrário de métodos de coleta passiva, a PSLT depende de outros fatores que não só da movimentação dos espécimes, os quais podem implicar em distorções nas taxas de captura, obtidas em diferentes momentos (Martins & Oliveira, 1998). 11

23 FOTO 2 ADULTO DE CORALLUS HORTULANUS, REGISTRADO PELO MÉTODO DE PSLT FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Durante a sexta campanha de monitoramento da herpetofauna foram registradas seis espécies de anuros nos sítios reprodutivos da parcela do canteiro de obras. As espécies mais abundantes foram Hypsiboas albopunctatus e Rhinella marina, que corresponderam a, respectivamente, 37% e 21% do total de espécimes amostrados. No sítio P1, que representa um ambiente de várzea do Rio Teles Pires, mais uma vez, foi encontrada a espécie Leptodactylus petersi em atividade de vocalização. Este fato pode sugerir período reprodutivo desta espécie, pois a mesma só havia sido registrada no mesmo local e período equivalente do ano passado. TABELA 3 ESPÉCIES DE ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AID AMPHIBIA ANURA Táxon Espécie Sítio N Bufonidae Rhinella marina P2 6 Hylidae Dendropsophus nanus P2 5 Dendropsophus minutus P2 1 Hypsiboas albopunctatus P2 10 Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus P2 1 12

24 Registros não sistematizados Através do método de PALT foi registrada uma pequena população de Hypsiboas geographicus (Foto 3) vocalizando em corpo de água lótico. FOTO 3 ADULTO DE HYPSIBOAS GEOGRAPHICUS REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012 Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 80 espécimes de 16 espécies, sendo 13 espécies de anuros, duas espécies de lagarto e uma espécie de serpente. Dentre os anuros, as famílias Hylidae e Leptodactylidae foram aquelas com maior representatividade, com quatro espécies cada (Tabela 4). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 2,28. 13

25 TABELA 4 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER, DURANTE A SEXTA CAMPANHA DE MONITORAMENTO Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella marina sapo-cururu AQ, BSR Rhinella margaritifera sapo-folha AQ Hylidae Dendropsophus nanus pererequinha BSR Dendropsophus minutus perereca-ampulheta BSR Hypsiboas albopunctatus perereca BSR Hypsiboas geographicus perereca PL Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla razinha AQ Leptodactylus mystaceus razinha AQ Leptodactylus petersi razinha BSR Leptodactylus rhodomystax razinha AQ Microhylidae Elachistocleis sp. apito-de-guarda AQ Elachistocleis spn. apito-de-guarda AQ Leiuperidae Physalaemus gr. cuvieri rã-cachorro AQ REPTILIA SQUAMATA Teiidae Kentropix calcarata lagarto AQ Tropiduridae Plica umbra calango AQ, PSLT Boidade Corallus hortulanus bico-de-papagaio PSLT Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) As armadilhas de queda registraram um total de 13 espécimes de seis espécies, sendo cinco espécies de anuros e uma espécie de lagarto. As espécies mais abundantes foram Rhinella marina e Rhinella margaritifera, que corresponderam a, respectivamente, 31% e 22% do total de espécies amostradas. A taxa de captura foi de 0,09 espécime/hora/balde, o que equivale a um espécime capturado a cada dez horas de funcionamento das armadilhas. Ao contrário do observado nas AQ da AID, a taxa de captura observada na atual campanha foi bem inferior àquela da campanha realizada em período equivalente do ano passado (campanha 02, taxa de captura = 0,24). Naquela oportunidade, a espécie mais abundante havia sido Chiasmocleis shudikarensis (20 espécimes), que correspondeu a 58% do total de espécimes amostrados. Nesta oportunidade foi registrado apenas um exemplar desta espécie, o 14

26 que pode sugerir uma menor movimentação na atual campanha. Provavelmente, na campanha 02 foi registrado o ápice do período reprodutivo de Chiasmocleis shudikarensis, o que não coincidiu com o atual período de amostragem, explicando as diferenças observadas. O lagarto Kentropix calcarata (Foto 4), registrado nas armadilhas, apresentava-se nitidamente ovado, sugerindo período de desova da espécie. FOTO 4 FÊMEA ADULTA DE KENTROPIX CALCARATA REGISTRADA PELO MÉTODO DE AIQ FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados 24 espécimes de seis espécies de anuros. Destas, a mais abundante foi Leptodactylus mystaceus, que correspondeu a 31% do total de espécies amostradas. A taxa de captura foi de 1,33 espécime/hora/homem. A taxa de captura observada nesta campanha também foi inferior àquela observada na campanha 02, realizada em período equivalente no ano de Contudo, algumas semelhanças devem ser observadas. Assim como na campanha 02 e campanha anterior, foram observados filhotes de Rhinella, sugerindo período de recrutamento destas espécies. Nesta campanha, Leptodactylus hylaedactyla também mostrou-se bastante representativa, assim como na campanha 02. Ao contrário de Leptodactylus andreae (espécie sintópica), machos de Leptodactylus hileadactyla permanecem vocalizando até o final da estação chuvosa. 15

27 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Apenas uma espécie foi registrada através do método de ASR: o anuro Leptodactylus fuscus no sítio reprodutivo P3. Nos primeiros dias de amostragem o sítio reprodutivo P4 apresentava-se completamente seco, e após fortes chuvas encheu cerca de um metro com a água que corria forte, transbordando pela mata. Essa característica ainda não havia sido observada e poderia explicar, pelo menos em parte, a baixa diversidade observada ao longo de todas as campanhas no sítio P4 e demais corpos de água lóticos da parcela do reservatório. A ausência de água no período seco e a grande variação vertical no período de chuvas poderiam inviabilizar a sustentação de populações em sua margem, principalmente daquelas espécies terrícolas ou de reprodução explosiva Registros não sistematizados Por meio do método de PALT foram registrados 30 espécimes de dez espécies, sendo seis espécies de anuros, uma espécie de lagarto, uma espécie de serpente, uma espécie jacaré e uma espécie de tracajá. Pela primeira vez foi observada a presença de Iguana iguana na área do reservatório. Apesar do Rio Teles Pires ter baixado seu nível, comparando com a campanha anterior, ainda é muito difícil observar e capturar jacarés e tartarugas em seu curso, pois estes animais encontram-se abrigados na vegetação submersa. Ainda assim, alguns exemplares foram registrados, bem como um exemplar juvenil de Paleosuchus trigonatus foi capturado, marcado e teve seus dados biométricos colhidos. A implementação de projetos específicos para as espécies de crocodilianos e quelônios seriam de suma importância para o acompanhamento das populações na fase pré-enchimento a fim de produzir dados mais robustos para comparações futuras com o período pós-enchimento. Desta forma, sugere-se um esforço direcionado especificamente a estes grupos. 16

28 FOTO 5 ADULTO DE CORALLUS HORTULANUS REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012 Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 68 espécimes de 15 espécies da herpetofauna na parcela ADA (área prevista para o reservatório). Do total de espécies registradas, dez corresponderam a anuros, duas espécies de lagartos, uma espécie de serpente, uma espécie de jacaré e uma espécie de tartaruga. Assim como na campanha anterior, a família mais representativa foi Leptodactylidae, com quatro espécies registradas (Tabela 5). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 2,40. TABELA 5 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella margaritifera sapo AIQ Rhinella marina sapo-cururu AIQ Rhaebo guttatu sapo PSLT Hylidae Hypsiboas albopunctatus perereca PALT Hypsiboas boans perereca PALT Osteocephalus cf. taurinus perereca PSLT Leptodactylidae Leptodactylus fuscus rã assoviadora BSR Leptodactylus hylaedactyla razinha PSLT Leptodactylus mystaceus rã AIQ, PSLT Leptodactylus rhodomystax rã PALT Microhylidae Chiasmocleis sudikariensis rã AIQ 17

29 Táxon Espécie Nome poplular Método Ctenophryne geayii sapinho AIQ Leiuperidae Physalaemus gr. cuvieri rã-cachorro PSLT Physalaemus gr. marmoratus rã-cachorro ASR REPTILIA TESTUDINATA Testudinae Podocnemis duceni tracajá PALT CROCODILIA Alligatorydae Paleosuchus trigonatus jacaré-coroa PALT SQUAMATA Boidade Corallus hortulanus bico-de-papagaio PALT Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII, controle) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences) (AIQ) Durante os dias de amostragem em que as armadilhas de queda permaneceram abertas foram capturados sete exemplares de apenas uma espécie: o anuro Leptodactylus hylaedactyla. A taxa de captura foi de 0,05 exemplares/horas/balde ou o equivalente a, aproximadamente, um exemplar capturado a cada 20 horas de funcionamento dos baldes. Vale destacar que as fortes e frequentes chuvas transbordaram por várias vezes os baldes o que, certamente, prejudicou uma amostragem mais representativa da fauna naquele momento. Praticamente durante todos os dias de amostragem os baldes tinham de ser esvaziados, pois não conseguiam drenar a água de forma efetiva. No entanto, em comparação com os resultados obtidos no período equivalente do ano de 2011, não são observadas discrepâncias, pois naquele momento não foi capturado nenhum exemplar pelas AQ. Nesta campanha, a presença de Leptodactylus hylaedactyla poderia ser explicada pela forte movimentação da espécie (corroborada pelos resultados obtidos nas outras parcelas) em função das fortes e freqüentes chuvas, que não ocorreram no período equivalente do ano de Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados apenas três exemplares de três espécies, sendo duas espécies de serpentes e uma de lagarto. A taxa de captura foi de 0,17 18

30 espécies/hora/homem ou o equivalente a seis espécies capturadas a cada hora de amostragem, algo muito inferior àquela observada no período equivalente do ano de No entanto, algumas observações devem ser destacadas. No período equivalente do ano de 2011, a PSLT estava sendo conduzida nas proximidades das obras da estrada de acesso à UHE Colíder, o que poderia estar contaminando as amostragens com a adição de exemplares que fugiam da área alterada pelas obras. Desta forma, comparação entre os dois momentos devem ser cautelosas, pois além das variáveis ambientais, que por si só já são complicadores naturais, a realocação em função das obras da estrada de acesso inviabilizariam análises confiáveis Amostragem em sítio de reprodução (ASR) No sítio P6 foram registradas duas espécies de anuros: Phyllomedusa azurea, que parece bem frequente e estabelecida neste sítio; e Hypsiboas geographicus. No sítio reprodutivo P5 foram registradas espécies típicas de áreas abertas e Osteocephalus sp., nas proximidades da mata da cachoeira (Tabela 6). TABELA 6 ESPÉCIES DE ESCAMADOS E ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE) Táxon Espécie Sítio N AMPHIBIA ANURA Hylidae Hypsiboas geographicus P6 5 Phyllomedusa azurea P6 1 Scinax nebulosus P5 5 Scinax gr. ruber P5 5 Osteocephalus sp. P5 1 Leptodactylidae Leptodactylus labyrinthicus P Registros não sistematizados O método de PALT registrou quatro espécimes de duas espécies: o anuro Leptodactylus fuscus e o lagarto Prionodactylus eigeman (Tabela 7). Vale destacar três registros obtidos por meio de encontros ocasionais. Mais uma vez foi registrado um exemplar da serpente Lachesis muta (Foto 6), conhecida por pico-de-jaca ou surucucu, cruzando a estrada entre os fragmentos de mata nas proximidades da entrada da trilha utilizada para o método de PSLT. Na campanha anterior foi registrado, no mesmo local, um exemplar adulto recém-atropelado que agonizava na estrada (Foto 7). 19

31 FOTO 6 FÊMEA ADULTA DE LACHESIS MUTA REGISTRADA PELO MÉTODO DE PC FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012 FOTO 7 FÊMEA ADULTA DE LACHESIS MUTA APÓS TER SIDO ENCONTRADA ATROPELADA, REGISTRADA PELO MÉTODO DE EO FONTE: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 Mais uma vez cabe destacar que a presença desta serpente representa importante registro, indicando um ótimo estado de primitividade do ambiente, já que constitui um predador topo de cadeia com grandes exigências ecológicas. Apesar de a área estar composta por florestas secundárias, em adiantado estado da sucessão vegetacional, a frequente captura desta espécie sugere que existam condições adequadas para sua ocorrência. Além destes registros, sabe-se que a maioria dos exemplares capturados na região (quatro exemplares pela equipe de resgate de fauna, além destes dois exemplares registrados pela equipe do monitoramento) foi encontrada neste fragmento florestal. Contudo, parece que as medidas adotadas não vêm garantindo uma efetiva proteção para a espécie, que fica a mercê do intenso trânsito de veículos que acessa a UHE Colíder e dos operários, que as abatem propositalmente. Apesar de existirem placas advertindo para o transito de animais na pista, as mesmas não são claras quanto às serpentes, o que, associado ao pré-conceito das pessoas em relação a estes animais, acaba tornando-os alvos fáceis para veículos pesados. Também foi verificado que os veículos transitam em alta velocidade naquela estrada, o que acrescenta risco adicional à fauna silvestre e à vida humana. Sugere-se que seja instalada uma sinalização adequada, destacando que serpentes compõem a gama de animais a serem protegidos em função de uma conduta adequada no transito de veículos e operários nas frentes de trabalho (Figura 1). Sugere-se, também, que sejam repassadas instruções aos operários da usina (principalmente motoristas), a fim de se transmitir a importância destes animais para o meio ambiente e qual comportamento que deve ser conduzido quando ocorrerem encontros. Além da rara espécie Lachesis muta, também foi registrado um exemplar de Liophis taeniogaster 20

32 morto, atropelado na mesma área. Este espécime corresponde ao primeiro registro desta espécie para AII, a qual só havia sido registrada por meio das AQ na AID. FIGURA 1 SUGESTÃO DE PLACA DE SINALIZAÇÃO A SER INSTALADA NA ESTRADA DE ACESSO À UHE COLÍDER E NO CANTEIRO DE OBRAS COM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR OS OPERÁRIOS E MOTORISTAS QUE TRABALHAM NA CONSTRUÇÃO DA OBRA Por meio do método de EO foi registrado um exemplar de Phrynops sp. (Foto 8) em uma área de Cerrado, distante do rio Teles Pires. Esse registro pode indicar que a espécie utilize pequenos tributários do rio Teles Pires, o que evidenciaria estes ambientes como áreas de proteção ambiental. O animal foi capturado, marcado, teve seus dados biométricos colhidos e solto no mesmo local de captura. 21

33 FOTO 8 EXEMPLAR DE PHRYNOPS SP. FOTOGRAFADO EM UMA ÁREA DE CERRADO NAS PROXIMIDADES DA UHE COLÍDER FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012 Com a soma dos resultados obtidos por meio de todos os métodos de amostragem, foram registrados 38 exemplares de 14 espécies, sendo oito espécies de anuros, quatros espécies de serpentes, uma espécie de lagarto e uma espécie de cágado. O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 2,41. TABELA 7 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE) AMPHIBIA Táxon Espécie Nome poplular Método ANURA Hylidae Hypsiboas geographicus perereca BSR Osteocephalus sp. perereca BSR Phyllomedusa azurea perereca-macaco BSR Scinax nebulosus perereca BSR Scinax gr. ruber perereca-raspa-decuia BSR Leptodactylidae Leptodactylus fuscus rã-assoviadora PALT REPTILIA TESTUDINATA Leptodactylus hylaedactyla rãzinha AQ, PSLT Leptodactylus labyrinthicus rã-pimenta BSR Testudinae Phrynops sp. cágado-de-barbela EO Colubridae Liophis taeniogaster coral EO Viperidae Bothrops moojeni jararaca PSLT Lachesis muta pico-de-jaca PC 22

34 4.1.4 Espécies endêmicas, raras ou não descritas Nesta campanha deve-se atenção especial à serpente pico-de-jaca (Lachesis muta), que frequentemente vêm sendo encontrada nos fragmentos de mata da AII. Esta espécie, assim como outras, tem sido morta por atropelamentos, o que indica não serem efetivas as medidas tomadas para controlar este problema. Serpentes são animais estigmatizados e considerados danosos pela população em geral. São necessárias medidas que abordem a questão de forma mais objetiva, além de serem necessárias palestras de instrução aos trabalhadores acerca deste tema. Estas palestras teriam por objetivo enriquecer o conhecimento dos trabalhadores, além de oferecer a oportunidade de um comportamento adequado da frente de trabalho em relação à herpetofauna local. Ainda vale destacar aquelas espécies ubiquitárias, que podem corresponder a complexos de espécies. Além daquelas mencionadas em outras campanhas, destacam-se, também, as espécies do gênero Physalaemus Espécies procuradas para caça Até o momento, pelo menos três espécies que compõem a herpetofauna da região estudada sofrem pressão de caça: a rã Leptodactylus labirinticus, o jacaré Paleosuchus trigonatus e o jabuti Chelonoides denticulata. Mesmo não representando animais utilizados na caça de subsistência, serpentes são alvos frequentes da população, provavelmente, por serem animais estigmatizados desde o gênesis. Desta forma, constituirão animais de interesse sempre que existir sobreposição de ocorrência com intensa atividade humana. Durante esta estação foi registrado um exemplar adulto da espécie Liophis taeniogaster atropelado na estrada que dá acesso às transecções da área controle Espécies de interesse econômico Deve-se dar atenção especial para as espécies citadas nos itens Espécies procuradas para caça e Espécies de interesse veterinário por representarem animais que fazem parte da dieta dos moradores locais e que infringem acidentes ofídicos, o que afeta diretamente a força de trabalho humano, possuindo assim viés econômico. 23

35 4.1.7 Espécies de interesse científico Como já mencionado, devido à escassez de estudos realizados na região, as taxocenoses de répteis e anfíbios são de inquestionável relevância para a ciência Espécies de interesse médico-veterinário Das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a área, oito serpentes (as jararacas Bothrops atrox, B. moojeni, Bothropoides taeniatus, Lachesis muta e as corais Micrurus sp., M. lemniscatus, M. paranaensis e M. surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário por ocasionarem acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação. Além das serpentes, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf. schneideri, R. margaritifera e Rhaebo guttatus) que podem ocasionar intoxicação em animais domésticos, como cães e gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos Espécies indicadoras de qualidade ambiental Como já descrito, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto, segundo Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita apresentar alta abundância e freqüência de ocorrência em determinada área. Neste sentido, espécies de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa abundância nas áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de poder ser afetadas por impactos ambientais decorrentes da implantação e funcionamento da UHE Colíder. Espécies que ocorrem habitualmente nas margens do Rio Teles Pires seriam bons modelos para tentar estabelecer comparações entre os momentos de pré e pós-enchimento do reservatório. Destas, destacariam-se Hypsiboas boans (extremamente frequente na vegetação arbustiva do Rio Teles Pires), Leptodactylus rhodomistax, algumas espécies de sapos que parecem utilizar as partes alagadas do rio para a reprodução como, por exemplo, Rhinella margaritifera e Rhaebo guttatus. Por serem de fácil visualização e captura, além de ocuparem posição ápice na cadeia alimentar (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), o jacaré Paleosuchus trigonatus poderá funcionar como excelentes bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração 24

36 ambiental ao longo do processo de implantação da UHE Colíder. No entanto, sugerese a elaboração de projetos que atendam especialmente esta espécie, assim como projetos direcionados à fauna de quelônios da região Riqueza e abundância Apesar do grande volume de chuva ocorrido durante esta campanha (bastante superior àquele observado na campanha anterior), a atividade dos anfíbios anuros declinou bastante, provavelmente, em função do final da estação chuvosa. Também foi evidente a redução no volume das águas do Rio Teles Pires, assim como de lagoas e poças temporárias formadas pelo transbordamento de seu leito. Desta forma, os resultados obtidos encontram-se de acordo com aqueles esperados para este período transicional. Em comparação com o período equivalente de amostragem do ano de 2011 (23-28 de abril) observou-se um volume de chuva muito superior, o que poderia explicar, pelo menos em parte, algumas distorções observadas e já comentadas anteriormente ao longo do texto. Apesar do aumento da diversidade na atual campanha e das modificações realizadas para realocar as amostragens durante a campanha 02 (em consequência da construção da estrada de acesso para a usina), a parcela de amostragem que revelou maior equilíbrio em termos de diversidade e abundância, entre os dois momentos, foi a AII (Tabela 8). TABELA 8 ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL Método Parcela Riqueza (espécies) Taxa de captura (espécimes/hora/homem) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR Diversidade (SW) AID (1) ,05 1,5 16,5 2,29 AID (2) ,05 1,5 11,33 2,03 AID (3) ,02 0,8 0,5 2,08 AID (4) AID (5) ,04 0, ,27 AID (6) ,24 0,67 4,5 2,28 ADA (1) ,11 0,94 1,08 2,19 ADA (2) ,20 2,5 3,50 1,88 ADA (3) ,03 3,1 6,17 2,08 ADA (4) ADA (5) ,27 1,28 4,3 1,84 ADA (6) ,09 1,33 0,02 2,40 AII (1) ,09 0,38 2,66 2,39 25

37 Parcela Riqueza (espécies) Método Taxa de captura (espécimes/hora/homem) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR Diversidade (SW) AII (2) ,16 5,5 1,67 AII (3) ,04 1,6 6,5 1,79 AII (4) AII (5) ,01 0,28 14,8 2,09 AII (6) ,05 0,17 3,5 2,41 Nota: Em negrito os resultados obtidos entre os períodos equivalentes da segunda e sexta campanhas. AID = canteiro de obras, ADA = reservatório e AII = área controle; método sistematizado: AIQ = armadilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada limitada por tempo e ASR = amostragens em sítio reprodutivo e diversidade (SW = índice de Shannon-Wiener); (1) = primeira campanha, (2) = segunda campanha, (3) = terceira campanha, (4) = quarta campanha, (5) = quinta campanha e (6) sexta campanha Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a quinta campanha Nesta campanha, a análise de Cluster separou ao nível de, aproximadamente, 20% as parcelas em dois grupos. Dos grupos formados, o que apresentou maior índice de similaridade está unido no nível de 36%, e constituído pelas parcelas ADA e AID. A parcela da AII está separada em um grupo a parte (Figura 2). As amostragens na AII estiveram comprometidas em função do grande volume de chuvas o que prejudicou, principalmente, os resultados obtidos através da metodologia de AQ. FIGURA 2 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A SEXTA CAMPANHA Em comparação com a campanha 02, realizada em um período equivalente do ano de 2011, pode-se observar que a análise de Cluster arranjou as parcelas em um 26

38 diferente formato, separando as parcelas ao nível de similaridade de, aproximadamente, 17% em dois grupos. No entanto, o grupo que apresentou maior similaridade foi constituído pelas parcelas AII e AID com, aproximadamente, 24% de similaridade. A parcela ADA formou um grupo isolado (Figura 3). Algumas hipóteses poderiam sustentar, pelo menos em parte, os diferentes arranjos observados entre os dois momentos: (a) a partir da campanha 02 as amostragens na AII sofreram um rearranjo em função das obras para construção da estrada de acesso para UHE Colíder; (b) também a partir da campanha 02, as obras tornaram-se mais intensas na AID, promovendo modificações estruturais que se entendem até o momento; (c) os resultados estariam expressando simplesmente flutuações naturais da herpetofauna em consequência da dinâmica natural dos fatores abióticos (ex. chuva, seca, temperatura). Esta última hipótese torna-se bem plausível quando observada a grande diferença pluviométrica observada entre os dois períodos equivalentes de amostragem (campanha 02 e campanha 06). FIGURA 3 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI[02], ADA[02] E AII[02]) DURANTE A SEGUNDA CAMPANHA Suficiência amostral A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos por meio dos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de amostragem. Até o momento, estes métodos registraram um total de 59 espécies. A curva de suficiência amostral continua em formato ascendente, indicando que o número de espécies da herpetofauna, nas parcelas de interesse, é superior ao registrado pelos métodos sistematizados até o momento (Gráfico 1), o que é confirmado pelas espécies 27

39 registradas exclusivamente pelos métodos não sistematizados. O estimador de riqueza Jacknife projetou um total de, aproximadamente, 74 espécies (SD = 3,61) para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza observada (59 espécies), pode-se afirmar que os métodos aplicados amostraram, aproximadamente, 80% do total de espécies estimadas para as parcelas até o presente momento Número de espécies Dias de amostragem GRÁFICO 1 CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS CINCO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DE FAUNA No Gráfico 1, a primeira campanha corresponde aos dias 1 a 6, a segunda campanha aos dias 7 a 12, a terceira campanha aos dias 8 a 18, a quinta campanha aos dias 19 a 24 e a sexta campanha aos dias 25 a 30. A quarta campanha foi interrompida logo no início das atividades e não está contabilizada na análise. A linha contínua representa a curva média e as linhas pontilhadas representam os intervalos de confiança (95%) Considerações finais Os resultados obtidos parecem de acordo com o esperado para o período de transição entre a estação chuvosa e seca. Como já observado, mesmo com as fortes e frequentes chuvas ocorridas durante a amostragem, pôde-se verificar uma acentuada 28

40 redução na diversidade e abundância dos anuros quando comparados com aqueles registrados na campanha anterior, o que caracteriza o final da estação chuvosa. Serpentes também foram pouco frequentes o que também caracteriza o período de transição entre as estações. Mais uma vez foi registrada a serpente Lachesis muta no fragmento de floresta da parcela AII (cortado pela nova estrada de acesso à UHE Colíder), o que caracteriza este ambiente como um bom estágio de conservação de suas características originais (apesar de ser uma floresta secundária onde predominam as espécies vegetais pioneiras, de crescimento rápido e vida curta). No entanto, destaca-se a importância da implantação de medidas que ajudem a proteger os animais silvestres, já que são, frequentemente, observados mortos, atropelados por veículos que acessam a área da usina. Sinalizações direcionadas especificamente para a herpetofauna, assim como programas de educação ambiental que visem sensibilizar os operários, produzindo um comportamento adequado nas frentes de trabalho, são de suma importância. Algumas distorções foram observadas quando comparados os dois períodos equivalentes de amostragem entre os anos de 2011 (campanha 02) e 2012 (campanha atual). Em uma análise mais específica, a parcela AII foi aquela que se manteve mais equilibrada em relação à diversidade e abundância das espécies entre estes dois momentos. Distorções também foram observadas quando observada a similaridade entre as parcelas nos diferentes períodos de amostragem e algumas hipóteses foram sugeridas para tentar explicar estas variações. Dentre estas hipóteses, sugere-se que alterações ambientais, provocadas pelo canteiro de obras e pela construção da estrada de acesso para a usina, poderiam impossibilitar a identificação de um padrão entre os diferentes momentos de amostragem. Também foi proposto que as distorções observadas entre os dois momentos de amostragem, poderiam ser um reflexo das flutuações naturais da fauna em consequência da dinâmica natural dos fatores abióticos (ex. chuva, seca, temperatura) (Carvalho, 2008). A curva de suficiência amostral continua ascendente e indica que a fauna amostrada pelos métodos sistematizados é maior que a observada até o momento. Isso é confirmado pelas espécies exclusivamente registradas por meio dos métodos não sistematizados. Como os métodos sistematizados são replicados sempre no mesmo local, padrões de distribuição disjunta poderiam explicar a ausência de algumas espécies que são frequentemente registradas pelos métodos não sistematizados. 29

41 4.1 AVIFAUNA Riqueza de espécies Durante a sexta fase de campo do monitoramento pré-enchimento da avifauna na área prevista para a UHE Colíder foram registradas, no total, 259 espécies. Este valor é semelhante ao observado na campanha anterior (264 espécies). Com as informações obtidas, foram acrescentadas sete espécies à lista de aves, totalizando uma riqueza de 405 táxons (404 espécies e duas subespécies de uma mesma espécie) para as seis primeiras fases de campo. Com os resultados obtidos até então, 65% de toda a avifauna esperada para a região já foi registrada. A Tabela 9 apresenta todos os táxons esperados para a região norte do estado de Mato Grosso, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem ser consultadas todas as espécies registradas durante as seis primeiras fases, (com a indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), além da indicação dos dados citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil. 30

42 TABELA 9 LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SEIS PRIMEIRAS FASES DE CAMPO E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO Endem. Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA BRA Struthioniformes Rheidae Rhea americana (Linnaeus, 1758) Tinamiformes Tinamidae ema Tinamus tao Temminck, 1815 azulona 3 3,4,5,6 Tinamus major (Gmelin, 1789) inhambu-de-cabeçavermelha Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 inhambu-galinha 5,6 X Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) inhambu-preto 1,2 1,6 3 X Crypturellus soui (Hermann, 1783) tururim 1,2,3,5 3 3 X Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu 1,2,3,5,6 1 1,2,3,4,5 Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó X Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) inhambu-relógio 1,2,5,6 1,5,6 1,2,3,4,5,6 Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) inhambu-anhangá Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 5 2,5,6 X Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inhambu-chintã 1,2,3,5,6 3 6 Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela 3 Taoniscus nanus (Temminck, 1815) Anseriformes Anhimidae Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) inhambu-carapé anhuma 31

43 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Anatidae Dendrocygninae Reichenbach, 1850 Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) asa-branca 3 Anatinae Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato 5 Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 pato-de-crista Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho 1,5 Galliformes Cracidae Ortalis guttata (Spix, 1825) aracuã Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) aracuã-pequeno Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba X Penelope jacquacu Spix, 1825 jacu-de-spix 1,3,6 1,2,3,5,6 1,2,4,5 X Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) cujubi 3,5,6 1,2,3,6 X Pauxi tuberosa (Spix, 1825) mutum-cavalo 2,3,6 X Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho 3 X Odontophoridae Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado 6 2,3,5 6 X Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador Ciconiiformes Endem. BRA 32

44 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Ciconiidae Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú 3 Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca 3 3 Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá 1,5,6 Anhingidae Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga 1,5 1,5 Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi 1,6 3 Agamia agami (Gmelin, 1789) garça-da-mata Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) arapapá 1,3,4 1 Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) socoí-zigue-zague 1 1,5 Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho 1 1,2,6 1,2 Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 1 1,2,3,4,5,6 Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura 3,6 Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1 1,5 1,2,4,5 Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real 1,5 2,3,4,5 1 Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena 1 1,3,6 1 Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) coró-coró 5 Endem. BRA 33

45 Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Platalea ajaja Linnaeus, 1758 Cathartiformes Cathartidae Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA curicaca colhereiro Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha 1 1 1,5 Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela X Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 urubu-da-mata 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 1,2,4,5,6 X Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 1,2,4,5,6 1,5 1,5 1,2,4,5,6 Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei 5 2,5 X Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) Accipitridae Leptodon cayanensis (Latham, 1790) Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) águia-pescadora gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura 2 3 X Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho 1 X Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 2 Harpagus bidentatus (Latham, 1790) Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) gavião-ripina tauató-pintado Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) gavião-miudinho 3 6 Accipiter striatus Vieillot, 1808 Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) gavião-miúdo gavião-bombachinhagrande sauveiro-do-norte Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi 1 X Endem. BRA 34

46 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) gavião-pernilongo Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto 3 1 Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 1,5, ,2,3,4,5,6 X Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) gavião-asa-de-telha Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco 1 1,3,4,5 X Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) águia-chilena 3 Pseudastur albicollis (Latham, 1790) gavião-branco 1,2 1 3 Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 gavião-vaqueiro 3 Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 1,2,3,5,6 3 5,6 X Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 5 3 X Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto X Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-de-rabo-barrado Morphnus guianensis (Daudin, 1800) uiraçu-falso Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-real Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco 2 1,5,6 Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato 5 5,6 3 Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-penacho 1,2 Falconiformes Falconidae Daptrius ater Vieillot, 1816 gavião-de-anta 1,5 1,2,3,5,6 X Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralhão X Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 1,5 3 1,3,4,5,6 X Endem. BRA 35

47 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1 Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã 1,3 5,6 3,5 1,5 X Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé X Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) falcão-mateiro X Micrastur mintoni Whittaker, 2002 falcão-críptico 1 2,3,6 3 Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) tanatau 2,5 Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 1,5 1,3,5,6 Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 2,3,4,5 3,4,5 X Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja X Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira 5 Falco peregrinus Tunstall, 1771 Eurypygiformes Eurypygidae falcão-peregrino Eurypyga helias (Pallas, 1781) pavãozinho-do-pará 3 1,5,6 Gruiformes Aramidae Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 2 Psophiidae Psophia viridis Spix, 1825 jacamim-de-costas-verdes X E Rallidae Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes X Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) saracura-lisa Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) sanã-castanha 5 Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda Endem. BRA 36

48 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim 1 Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó 1 1 Neocrex erythrops (Sclater, 1867) Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) turu-turu saracura-sanã Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum 3 Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) Heliornithidae frango-d'água-azul Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra 5 3 Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Charadriiformes Charadriidae Vanellus cayanus (Latham, 1790) seriema batuíra-de-esporão Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 1,2,3,4,5,6 5 1,2,3,4,5,6 Recurvirostridae Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) Scolopacidae Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) Gallinago undulata (Boddaert, 1783) Actitis macularius (Linnaeus, 1766) Tringa solitaria Wilson, 1813 Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) Tringa flavipes (Gmelin, 1789) narceja narcejão maçarico-pintado maçarico-solitário pernilongo-de-costasnegras maçarico-grande-de-pernaamarela maçarico-de-perna-amarela Endem. BRA 37

49 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Jacanidae Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1,6 Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-anão Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande Rynchopidae Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar Columbiformes Columbidae Columbina minuta (Linnaeus, 1766) rolinha-de-asa-canela Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa 1,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou 1,2 1,2,3,4,6 Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul 2,3 3 3,6 X Uropelia campestris (Spix, 1825) rolinha-vaqueira Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) pomba-trocal 1,2,3,4,5,6 1,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão 1,6 1,2,4,5,6 X Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega X Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa 1,2,3,4,5,6 1,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) pomba-botafogo 1,2,3,4,5,6 1,3,4,5,6 1,3,4,5,6 X Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu X Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira 1,2 1,3,5,6 1,3 1 X Geotrygon violacea (Temminck, 1809) juriti-vermelha Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri 1,3 X Psittaciformes Endem. BRA 38

50 Psittacidae Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA arara-azul-grande Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé 1,3,4,5,6 5 1,2,3,5,6 X Ara macao (Linnaeus, 1758) araracanga 1,2,3,4,5,6 3,5,6 5,6 1,2,3,4,5,6 X Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande X Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-guaçu 1,2,3,4,5,6 3,4,5,6 3,5,6 1,2,4,5,6 X Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783) maracanã-do-buriti 1,3, ,2,3,4,5 X Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira 2,5, ,4,5,6 X Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena 1,2,3,4,5,6 3,6 2,5,6 1,2,4,5,6 X Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) aratinga-de-testa-azul Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã 1,2,3, ,3,4,5 X Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 tiriba-do-madeira 1,2,3,4,5,6 3,5 2,3,4,5,6 1,3,5,6 X Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) Forpus modestus (Cabanis, 1848) tuim-de-bico-escuro 1,2 Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) tuim 2,3,4,5,6 3 3,4,5 1,3,4,5,6 Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766) periquito-de-asa-dourada 1 1 X Touit huetii (Temminck, 1830) apuim-de-asa-vermelha 6 6 3,5,6 Touit purpuratus (Gmelin, 1788) Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) apuim-de-costas-azuis periquito-de-encontroamarelo marianinha-de-cabeçaamarela 1,2,3 1,3,5 1,2,3,4,5,6 Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) curica-urubu E Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, Raposo & Höfling, 2002) papagaio-de-cabeça-laranja Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) curica-de-bochecha-laranja 3,6 2,5,6 3,5,6 Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego Endem. BRA E 39

51 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) maitaca-de-cabeça-azul 1,2,3,4,5,6 1,3,5,6 1,2,3,4,5,6 1,3,5,6 X Amazona kawalli Grantsau & Camargo, 1989 papagaio-dos-garbes E Amazona farinosa (Boddaert, 1783) papagaio-moleiro X Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica 5 X Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788) papagaio-campeiro 1,2,3,4,5,6 3 3,6 1,2,3,4,5,6 X Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) anacã 1,2,3,5,6 3,5,6 1,3,4,5 Opisthocomiformes Opisthocomidae Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) Cuculiformes Cuculidae Cuculinae Coccycua minuta (Vieillot, 1817) cigana chincoã-pequeno Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 5,6 3,6 3 X Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) chincoã-de-bico-vermelho 1,2,5,6 1 1,3,5 Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta-acanelado X Crotophaginae Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca 2,3 X Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,5,6 1,2,3,4,5,6 Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1,5 1,2,3,4,5,6 Taperinae Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 saci peixe-frito-verdadeiro peixe-frito-pavonino Endem. BRA 40

52 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Neomorphinae Neomorphus sp. jacu-estalo Strigiformes Tytonidae Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja 3 1,2 Strigidae Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-orelhuda 1,4,5,6 Megascops usta (Sclater, 1858) corujinha-relógio 2,3,4,5,6 3,5 1,2,3,4,5 1,3 X Lophostrix cristata (Daudin, 1800) coruja-de-crista 1,2 2,3,5 Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu 3 Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu Strix virgata (Cassin, 1849) coruja-do-mato Strix huhula Daudin, 1800 coruja-preta Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 caburé-da-amazônia 1 X Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé 5 Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3 1,2,3,4,5 Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo Caprimulgiformes Nyctibiidae Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) mãe-da-lua-gigante 5 4 Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua 3 X Caprimulgidae Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) bacurau-ocelado 2,3,5,6 3 1,2,3,4,5 Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 bacurau-rabo-de-seda Endem. BRA 41

53 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju 6 1 X Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) bacurau-de-cauda-barrada Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848) bacurau-de-lajeado 1 3,5 3 4 X Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 1,2,3,4,5,6 1,3 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 X Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã 3 3 Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) bacurau-de-rabo-maculado acurana Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura 3 3,6 Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurauzinho Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão 6 Chordeiles minor (Forster, 1771) Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) bacurau-norte-americano bacurau-de-asa-fina Chordeiles sp. bacurau 3 Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) Cypseloides senex (Temminck, 1826) Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 taperuçu-preto taperuçu-velho taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobrecinzento Chaetura egregia Todd, 1916 taperá-de-garganta-branca 1,2,6 Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 andorinhão-de-chapman Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto 1,6 1 X Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti 1,5 X Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) andorinhão-estofador X Endem. BRA 42

54 Trochilidae Phaethornithinae Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto 3 2,6 3 3 X Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro 1,2,3,4,5,6 1,3,5,6 1,2,3,4,5,6 X Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes X Phaethornis malaris (Nordmann, 1835) besourão-de-bico-grande 3 Trochilinae Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza 3 1 2,3 X Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) beija-flor-tesoura Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta X Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) beija-flor-de-bico-virado topetinho-verde rabo-de-espinho Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde 1,4,5,6 1,3,5 2,4,5 X Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo 6 2,3 Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca 3 2,3 3 Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-gargantapreta beija-flor-azul-de-rabobranco beija-flor-de-gargantaverde Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela 3 Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul 1,6 1,5 5 X Heliactin bilophus (Temminck, 1820) chifre-de-ouro Endem. BRA 43

55 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) Trogoniformes Trogonidae bico-reto-cinzento estrelinha-ametista Trogon melanurus Swainson, 1838 surucuá-de-cauda-preta 1,2,3,4,5,6 3,5 1,2,3,4,5 Trogon viridis Linnaeus, ,2,3,5,6 1,2,3,5,6 2,3,4,5,6 X Trogon ramonianus Deville & DesMurs, 1849 surucuá-violáceo 2,5,6 1,5 6 Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-de-barrigavermelha 6 3 X Trogon rufus Gmelin, 1788 surucuá-de-barriga-amarela 1 X Trogon collaris Vieillot, 1817 surucuá-de-coleira 5,6 1,2,3,5,6 X Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) surucuá-pavão 3 X Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande 2 1,2,3,4,5,6 1,2 Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde 2 1,2,3,4,5,6 1,2 Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho 2 5 X Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno 6 1,2,3,4,5,6 Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) martim-pescador-da-mata 3,5 X Momotidae Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829) udu-de-bico-largo 3,5 Baryphthengus martii (Spix, 1824) juruva-ruiva Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul 1,2,3,4,5,6 6 6 X Galbuliformes Galbulidae Endem. BRA 44

56 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Brachygalba lugubris (Swainson, 1838) ariramba-preta 2 X Galbula cyanicollis Cassin, 1851 ariramba-da-mata 1 3,6 1 Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva 1,2,3,4,5 5,6 X Galbula leucogastra Vieillot, 1817 ariramba-bronzeada 1,2,3,5,6 1 Galbula dea (Linnaeus, 1758) ariramba-do-paraíso 1,2,3,6 1 1,2,3 X Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) jacamaraçu 2,3,4,5,6 1,2,4,5,6 Bucconidae Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) macuru-de-pescoço-branco 1,3 5 2,5 Notharchus ordii (Cassin, 1851) macuru-de-peito-marrom 2,3 1,2 Notharchus tectus (Boddaert, 1783) macuru-pintado 2,6 3,5,6 5 Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-carijó 3,6 Bucco capensis Linnaeus, 1766 rapazinho-de-colar 1 Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) rapazinho-estriado 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5 Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) Malacoptila rufa (Spix, 1824) joão-bobo rapazinho-dos-velhos Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) freirinha-de-coroa-castanha 2,3 2,4,3,6 Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto 1,2,5 1,2,3,4,5,6 3 X Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823) barbudo-de-pescoçoferrugem chora-chuva-de-carabranca 1,2,5,6 5 1,2,3,4,5,6 Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho 1,5,6 1,2,3,4,5,6 1,5 1,5,6 X Piciformes Capitonidae Capito dayi Cherrie, 1916 capitão-de-cinta 1,5 2,5,6 1,2,3,4,5,6 Ramphastidae 1 Endem. BRA 45

57 Ramphastos toco Statius Muller, 1776 Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA tucanuçu 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 tucano-de-bico-preto 1,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,3,4,5,6 X Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould 1,3,5 1,2,3,6 1,2,3,5,6 Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822 Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 tucano-grande-de-papobranco araçari-miudinho-de-bicoriscado araçari-de-pescoçovermelho 1 1 2,3 1 X 3,6 3,6 X Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) araçari-de-bico-branco X Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho 1,2,3,6 1,3 2,6 1,2,4,6 X Pteroglossus beauharnaesii Wagler, 1832 araçari-mulato 2,3,5,6 1,4,5,6 Picidae Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 pica-pau-anão-dourado 1 1,3,4 5 X Picumnus albosquamatus d'orbigny, 1840 pica-pau-anão-escamado Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco 1,3,4 Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) benedito-de-testa-vermelha 1,2,3,4,5,6 1,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,3,5,6 X Veniliornis affinis (Swainson, 1821) picapauzinho-avermelhado 1,2,3,5 1,2,3 2,3,4,5 X Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão Piculus flavigula (Boddaert, 1783) pica-pau-bufador 3,5,6 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 X Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-dourado-escuro 5 Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-verde-barrado pica-pau-do-campo Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) picapauzinho-chocolate 2,5 Celeus elegans (Statius Muller, 1776) pica-pau-chocolate X Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro Celeus flavus (Statius Muller, 1776) pica-pau-amarelo 2 X Endem. BRA 46

58 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Celeus torquatus (Boddaert, 1783) pica-pau-de-coleira 1 Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca 1,2,3,6 5 X Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783) Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) Passeriformes Thamnophilidae Myrmornithinae Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) pinto-do-mato-carijó 2 1,3,5,6 1,4,5 1,3 X Pygiptila stellaris (Spix, 1825) choca-cantadora 2,3 1,2,3,4,5,6 1,2,4,5,6 Thamnophilinae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. emiliae papa-formiga-de-bando 1,6 Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. bicolor papa-formiga-de-bando 1 3,5 1 X Myrmeciza hemimelaena Sclater, ,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) formigueiro-de-peito-preto 1,2,3,6 1 1,3,4,5,6 Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) choca-preta Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) choquinha-de-olho-branco 1,2,3,5 1,2,5 1,3,4,5,6 Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choquinha-ornada 6 Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) choquinha-miúda 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Myrmotherula sclateri Snethlage, 1912 Myrmotherula multostriata Sclater, 1858 Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857) pica-pau-de-barrigavermelha pica-pau-de-topetevermelho formigueiro-de-caudacastanha choquinha-de-gargantaamarela choquinha-estriada-daamazônia choquinha-de-gargantaclara 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5,6 5 1,2,5,6 5 Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) choquinha-de-flanco-branco 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 2,3,5,6 X X Endem. BRA 47

59 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868 choquinha-de-asa-comprida 1 1 X Myrmotherula menetriesii (d'orbigny, 1837) 5 1,2,5 5,6 Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo 1,3,5 3,6 2,5,6 Formicivora rufa (Wied, 1831) Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) papa-formiga-vermelho uirapuru-selado Thamnomanes caesius (Temminck, 1820) ipecuá 1,2 1,2,3,5 1,3,5,6 X Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) Megastictus margaritatus (Sclater, 1855) Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) tovaquinha choca-pintada choquinha-de-gargantacinza chorozinho-de-bicocomprido chorozinho-de-asavermelha 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1 Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) choca-d'água 2,5 1,2,3,4,5,6 X E Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada 6 2,3,5,6 Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823) choca-listrada 1,5 1,2,3,4,5,6 X Thamnophilus schistaceus d'orbigny, 1835 choca-de-olho-vermelho 1,2,3,4,5,6 1,3,5 1,2,3,4,5 Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 choca-de-natterer 1,2,5,6 3 6 X Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-lisa 1,5 1,2,3,4,5,6 1,2,5,6 Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 choca-canela 1,3,5 1,2,4,5,6 Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) papa-formiga-barrado 1,3,5 1,2,3,5,6 6 X Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi 5 3 X Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-do-igarapé 2,5,6 X Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) solta-asa 1,2,3,4,5,6 X Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) guarda-floresta 6 X Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) guarda-várzea 3,5 1,2,5,6 6 X Endem. BRA 48

60 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-taoca 2,3 5 6 X Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825) formigueiro-de-cara-preta 3,5 2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) chororó-pocuá 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 1,3,4,5,6 X Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) chororó-negro 3,5 1,3,5,6 X Cercomacra manu Fitzpatrick & Willard, 1990 chororó-de-manu X Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906) trovoada-listrada X Hypocnemis striata (Spix, 1825) cantador-ocráceo 6 2,3,5,6 1 X E Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869 cantador-amarelo Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) rendadinho 1,2,3,5,6 1,2,5,6 1,2,3,4,5,6 Phlegopsis nigromaculata (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888 Melanopareiidae Melanopareia torquata (Wied, 1831) Conopophagidae Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) Conopophaga melanogaster Ménétriès, 1835 Grallariidae Grallaria varia (Boddaert, 1783) mãe-de-taoca 1,2,5,6 1,6 papa-formiga-desobrancelha mãe-de-taoca-de-carabranca tapaculo-de-colarinho chupa-dente-de-cinta chupa-dente-grande tovacuçu Hylopezus macularius (Temminck, 1823) torom-carijó 1,2 Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903) torom-torom 6 Endem. BRA 3 1,4,5 E Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) tovaca-patinho X Formicariidae Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato 1,5 X 49

61 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Formicarius analis (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Chamaeza nobilis Gould, 1855 tovaca-estriada X Scleruridae Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869 Dendrocolaptidae Sittasominae vira-folha-de-bico-curto vira-folha-pardo 5 X Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818) arapaçu-pardo 1,2,3,4,5,6 1,3,5 2,3,4,5 X Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) arapaçu-da-taoca 2,3 1,3,6 6 Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868) arapaçu-rabudo 2 1,3,5,6 5 Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde 1,3,4,5,6 3,5 2 X Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868) Dendrocolaptinae Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) arapaçu-de-bico-de-cunha 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) arapaçu-ocelado Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) arapaçu-elegante 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-spix E Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-riscado 6 1,2,3,4,5,6 X Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820) pinto-do-mato-de-carapreta vira-folha-de-peitovermelho vira-folha-de-gargantacinza arapaçu-de-gargantapintada arapaçu-de-gargantaamarela 2,3,6 1,2,3,5,6 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850) arapaçu-de-bico-curvo 5 6 Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco 1,3,6 3 2,3,5,6 X X Endem. BRA 50

62 Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA arapaçu-de-cerrado Lepidocolaptes albolineatus (Lafresnaye, 1845) arapaçu-de-listras-brancas 1,2,3,5,6 3,5 1,2,3,4,5 6 X Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-bico-comprido 5,6 Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-galinha 1,2,5,6 3,5 Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783) arapaçu-barrado 2,5 1 Dendrocolaptes picumnus Lichtenstein, 1820 arapaçu-meio-barrado 2,3 3 X Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840) arapaçu-vermelho 6 1,3 X Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 arapaçu-uniforme 2,6 5 Furnariidae Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 bico-virado-fino Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo 1,2,3,6 2,6 1,2,3,4,5 X Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó X Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) Pygarrhichinae Microxenops milleri Chapman, 1914 Furnariinae Furnarius rufus (Gmelin, 1788) limpa-folha-do-buriti bico-virado-da-copa joão-de-barro Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) limpa-folha-picanço 1 Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) limpa-folha-riscado Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844) barranqueiro-camurça 1 1 1,2,3,4,5,6 Automolus paraensis Hartert, 1902 barranqueiro-pardo E Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) Anabazenops dorsalis (Sclater & Salvin, 1880) barranqueiro-de-coroacastanha fura-barreira barranqueiro-de-topete Philydor ruficaudatum (d'orbigny & Lafresnaye, 1838) limpa-folha-de-cauda-ruiva 2 2 X Endem. BRA 51

63 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) limpa-folha-de-sobre-ruivo 1,5,6 5 3 X Philydor erythropterum (Sclater, 1856) limpa-folha-de-asacastanha Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) limpa-folha-vermelho 1 Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928) Synallaxinae Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) limpa-folha-de-bico-virado curutié Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi 1,2 Synallaxis rutilans Temminck, 1823 joão-teneném-castanho 1,2,3 1,2,4,5 Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 Synallaxis cabanisi Berlepsch & Leverkuhn, 1890 Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) puruchém joão-do-norte joão-teneném-becuá Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio X Cranioleuca gutturata (d'orbigny & Lafresnaye, 1838) joão-pintado Pipridae Neopelminae Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) fruxu-do-cerradão 3 3,5 Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) uirapuruzinho 1,2,3,4,5,6 1,3,5,6 1,2,3,4,5,6 X Piprinae Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja 3,5 2,5,6 X Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 cabeça-encarnada 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) uirapuru-de-chapéu-branco 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira 2,6 2,3 X Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) coroa-de-fogo 1,5 X Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-cigarra 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) cabeça-branca X Endem. BRA 52

64 Ilicurinae Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-falso 2,6 X Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) Tityridae Oxyruncinae soldadinho Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776) maria-leque 2 1,2,6 Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) papa-moscas-uirapuru 1,5 3,5,6 1,5,6 X Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) Laniisominae Schiffornis major Des Murs, 1856 assanhadinho flautim-ruivo Schiffornis amazona (Sclater, 1860) flautim-da-amazônia 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) chorona-cinza 1,2,3,5,6 3 2,5 Tityrinae Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 anambé-de-coroa 1,2,5,6 1,2 2 Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) Tityra cayana (Linnaeus, 1766) Tityra semifasciata (Spix, 1825) Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) anambé-branco-debochecha-parda anambé-branco-de-rabopreto anambé-branco-demáscara-negra caneleiro 1 2 X 1,5,6 3 X Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto 1,2 1,3 3 5,6 Pachyramphus marginatus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-bordado 6 1,2 Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro-pequeno 3 Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto 2 5 Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) Cotingidae tijerila Endem. BRA 53

65 Cotinginae Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Lipaugus vociferans (Wied, 1820) cricrió 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 X Porphyrolaema porphyrolaema (Deville & Sclater, 1852) cotinga-de-gargantaencarnada Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758) anambé-pombo 3,6 3,5,6 X Xipholena punicea (Pallas, 1764) anambé-pompadora 1,5,6 1,2,6 1,2,3,4,5,6 Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) anambé-azul 2,6 1,3,5 2 Querula purpurata (Statius Muller, 1776) anambé-una 1,2,3,4,5,6 3,6 1,5 X Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 Rupicolinae Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 Tyrannoidea anambé-preto saurá-de-pescoço-preto Platyrinchus saturatus Salvin & Godman, 1882 patinho-escuro 5,6 Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 patinho-de-coroa-dourada Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) patinho-de-coroa-branca 3,6 2 Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo 6 1,2,5 5 1 X Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869) enferrujadinho 1,6 Rhynchocyclidae Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert, 1902) Pipromorphinae maria-bonita Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) abre-asa 5,6 4,5 X Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo 1 2,3 2,3 Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) estalador-do-norte 3,6 Rhynchocyclinae Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) bico-chato-grande Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta 1 6 X 1 Endem. BRA 54

66 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) bico-chato-da-copa 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5 1,2,3,4,5,6 Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884) bico-chato-de-cabeça-cinza 6 Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo 3 3,6 X Todirostrinae Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) ferreirinho-estriado 6 1,3,4,5,6 X Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) Todirostrum chrysocrotaphum Strickland, 1850 Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) ferreirinho-relógio ferreirinho-de-sobrancelha maria-picaça Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) ferreirinho-de-cara-parda 1,2,5,6 5 Myiornis ecaudatus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) caçula 1,2,3,5,6 2,3,5 1,2,3,4,5,6 Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) maria-sebinha 1,2,3 1 X Hemitriccus griseipectus (Snethlage, 1907) maria-de-barriga-branca 2 Hemitriccus margaritaceiventer (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) sebinho-de-olho-de-ouro 3,5 Hemitriccus minimus (Todd, 1925) maria-mirim 2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 2,3,5,6 Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783) caga-sebinho-de-penacho 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Tyrannidae Hirundineinae Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Elaeniinae gibão-de-couro Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868) poiaeiro-de-pata-fina 1 1 Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873) amarelinho Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento X Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha 1,2,3,5 1,2,3,4,5,6 3,5,6 Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga- Endem. BRA 55

67 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA amarela Endem. BRA Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-grande guaracava-de-crista-branca guaracava-de-bico-curto Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum 3 Myiopagis gaimardii (d'orbigny, 1839) maria-pechim 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5 Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta 2 5 Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) 3,5 X Tyrannulus elatus (Latham, 1790) maria-te-viu 6 X Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) Phaeomyias murina (Spix, 1825) Tyranninae marianinha-amarela bagageiro Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) tinguaçu-ferrugem 1 Attila spadiceus (Gmelin, 1789) capitão-de-saíra-amarelo 2,5,6 1,3 X Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata 5 1 Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835) Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 maria-cabeçuda maria-de-cauda-escura 6 1,2,3,6 3 Myiarchus tuberculifer (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) maria-cavaleira-pequena 1,2,3,6 2,5 1,2,3,4,5 X Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré X Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 5,6 2 3,5,6 Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) guaracava-de-topeteuniforme guaracava-de-cristaalaranjada bico-chato-de-rabovermelho maria-cavaleira-de-raboenferrujado 3 56

68 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador 2 X Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) vissiá 1,3,5,6 1,3,6 2,3,5,6 Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem 3 5 Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi 1,2,5 1,2,3,4,5,6 X Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo 6 Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado 3 X Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) suiriri-de-garganta-rajada Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei 2,3,5 3,5 2,3,6 3,5 X Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862 bentevizinho-de-asaferrugínea bem-te-vi-de-cabeça-cinza Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858) bem-te-vi-barulhento 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 suiriri-de-garganta-branca 1,5,6 2,3 3,5,6 X Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 1,3,5,6 1,3,4,5,6 X Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha 5 Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) suiriri-valente peitica-de-chapéu-preto Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica 5 5 X Fluvicolinae Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha 1 X Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe 2 Sublegatus obscurior Todd, 1920 Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Fluvicola albiventer (Spix, 1825) sertanejo-escuro príncipe lavadeira-de-cara-branca Endem. BRA 57

69 Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA freirinha tesoura-do-brejo Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) maria-da-praia 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6 Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado 5 2,3,5,6 X Contopus cooperi (Nuttall, 1831) Contopus virens (Linnaeus, 1766) Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) Vireonidae piui-boreal piui-verdadeiro suiriri-pequeno primavera noivinha-branca Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari 5 X Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) assobiador-do-castanhal X Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara 2,5,6 1,2,5 1,2,5,6 X Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) juruviara-barbuda Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867 verdinho-da-várzea 1,5 1,2,3,5,6 2,3 3 X Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 Hylophilus muscicapinus Sclater & Salvin, 1873 vite-vite-de-barrigaamarela vite-vite-camurça 1,3,5,6 1,2,5,6 1,2,3,4,5,6 X Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 vite-vite-uirapuru 2 X Corvidae Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã 3 5 Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa 5 2 2,5 Atticora fasciata (Gmelin, 1789) peitoril Endem. BRA 58

70 Atticora tibialis (Cassin, 1853) Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA calcinha-branca Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora 5,6 2,3,5,6 3,5 Progne tapera (Vieillot, 1817) Progne subis (Linnaeus, 1758) Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-do-campo andorinha-azul Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio 1,2,5,6 1,2,3,4,5,6 Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) Riparia riparia (Linnaeus, 1758) Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) Troglodytidae andorinha-de-sobre-branco andorinha-do-barranco 1,3,5,6 1,3 1,3,5,6 Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) uirapuru-veado 5 1,2,5 1,3,5,6 X Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868) cambaxirra-cinzenta 1 1,3 Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra 1,3,5,6 1,2,3,4,5,6 X Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) catatau 1,5,6 X Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô 1,2,3,5,6 2,3,5 1,2,3,4,5 3 Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) Donacobiidae andorinha-domésticagrande andorinha-de-dorsoacanelado garrinchão-de-barrigavermelha uirapuru-verdadeiro Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim 1 Polioptilidae 5,6 1,2,3,4,5,6 X Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 bico-assovelado 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5 2,3,4,5,6 X Polioptila paraensis Todd, 1937 balança-rabo-paraense 2 X Turdidae Catharus fuscescens (Stephens, 1817) sabiá-norte-americano 1 Endem. BRA 59

71 Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA sabiá-de-cara-cinza Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco X Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 sabiá-da-mata 1 X Turdus lawrencii Coues, 1880 Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 caraxué-de-bico-amarelo sabiá-poca Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira 2,3 5,6 Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo 2 2 Motacillidae Anthus lutescens Pucheran, 1855 Coerebidae caminheiro-zumbidor Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 3 1 1,2,3,4,5 X Thraupidae Saltator grossus (Linnaeus, 1766) bico-encarnado 5 1,3,6 X Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola 1,6 1,2 2,3,5 X Saltator similis d'orbigny & Lafresnaye, 1837 Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867) trinca-ferro-verdadeiro bico-de-pimenta furriel-de-encontro Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) pipira-de-bico-vermelho X Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto X Thlypopsis sordida (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) saí-canário pipira-preta Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 3,5,6 X Lanio luctuosus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) tem-tem-de-dragonabranca 1,2,5,6 1,2,3,4,5 2,5 1 X Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) tiê-galo 1,2,3,5,6 1,2,3,5 2,3,5 X Endem. BRA 60

72 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei Lanio versicolor (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) pipira-de-asa-branca Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) saíra-de-cabeça-castanha 2,5,6 1,2,3,6 2,4,5 Tangara schrankii (Spix, 1825) saíra-ouro Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) saíra-de-bando 1,2,5,6 1,3,5 2 2,3,6 Tangara chilensis (Vigors, 1832) sete-cores-da-amazônia 2,3,5,6 1,2,3,4,5 2,3,4,5 X Tangara velia (Linnaeus, 1758) saíra-diamante 5,6 1,3,5 1 X Tangara punctata (Linnaeus, 1766) saíra-negaça 2 Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) sanhaçu-da-amazônia 5 1,3,5,6 Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838) saíra-mascarada 3 1,6 1 Tangara cyanicollis (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) saíra-de-cabeça-azul 1,2,5,6 1,5 2 3,6 Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela X Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) tietinga 5,6 X Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira 3,5 Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) cardeal-da-amazônia 1 1,2,3,6 X Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 3 6 X Dacnis albiventris (Sclater, 1852) saí-de-barriga-branca 1 Dacnis lineata (Gmelin, 1789) saí-de-máscara-preta 2,3 1,3,5 2,6 Dacnis flaviventer d'orbigny & Lafresnaye, 1837 saí-amarela 1,3 X Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,5 1,3,5 2,3,4,5 X Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) saí-de-bico-curto 3,5,6 1,3 2,3,4,5 Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758) saí-de-perna-amarela 2,5,6 1,2,5 1,2,4,5 Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor 5 Endem. BRA 61

73 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde 6 1,2,3 1,2 Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto 2 6 X Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) saíra-galega 2,6 1,2,3,5 1,2,3 Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) figuinha-de-rabo-castanho X Emberizidae Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico 1,2,3,4,5,6 Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 1,2,5,6 1,2,5,6 Sporophila plumbea (Wied, 1830) patativa Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) bigodinho Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano 1,6 1,5,6 Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho 1 Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) curió 1,5 3 1,5,6 Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto 3,5,6 2,6 1,2 Cardinalidae X Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso 1 Granatellus pelzelni Sclater, 1865 polícia-do-mato 1,3,6 1,2,5,6 X Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) azulão-da-amazônia 1,2,3,4,5,6 2,5 X Parulidae Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato 3 X Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho X Icteridae Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu 1,5,6 1,3,5,6 Endem. BRA 62

74 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) japuaçu 1,2,3 Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco X Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe 5 Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu 1,3,5 1,3,4,5,6 Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim 1 3 X Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna 1 X Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande 1 3,6 Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Fringillidae vira-bosta Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 1,2,5,6 1,2 2,3,4,5,6 Euphonia laniirostris d'orbigny & Lafresnaye, 1837 gaturamo-de-bico-grosso Euphonia chrysopasta Sclater & Salvin, 1869 gaturamo-verde 2,5 1,3,5,6 5 Euphonia minuta Cabanis, 1849 Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 gaturamo-de-barrigabranca fim-fim-grande Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) gaturamo-do-norte 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5 2,3,4,5,6 X Endem. BRA Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais). Também são indicadas as espécies endêmicas do Brasil (Endem. BRA) 63

75 4.1.2 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei Uma espécie considerada rara em toda a Amazônia, de ocorrência bastante pontual e não muito conhecida, é o enferrujadinho (Neopipo cinnamomea). Esta ave já contava com um registro auditivo na área controle, obtido em 2011, e durante a sexta campanha foi novamente registrado em local próximo, na mesma área amostral. Nessa oportunidade, a espécie foi observada visualmente e material comprobatório de sua ocorrência no local foi obtido (gravação em áudio) Espécies endêmicas Das espécies registradas apenas na sexta fase, nenhuma é considerada endêmica do Brasil Espécies migratórias Nenhuma espécie de hábitos migratórios foi registrada na presente amostragem Espécies relevantes Na fase anterior, a espécie mais importante daquelas registradas durante a execução do trabalho foi o patinho-escuro (Platyrinchus saturatus). Ainda não havia sido encontrada na região e apresenta poucos registros confirmados para Mato Grosso. Nesta sexta campanha a espécie foi novamente encontrada: um indivíduo foi capturado e anilhado na área prevista para o reservatório (único local onde foi constatada até o momento). Merece destaque também uma maria-leque (Onychorhynchus coronatus) (Foto 10) capturada na área-controle. Além destas, algumas espécies esperadas para o local, que ainda não haviam sido detectadas durante o estudo vieram a ser durante esta etapa (Chordeiles nacunda, Epinecrophilla ornata, Hylophylax naevius, Myrmoborus leucophrys, Tolmomyias poliocephalus, Tyrannulus elatus e Philohydor lictor). Estes táxons não são considerados tão relevantes em relação à raridade ou indicação de ambientes íntegros, porém sua detecção é sim relevante no sentido de serem esperados para os ambientes florestais amostrados por meio dos métodos de pesquisa. Além destes, a captura e anilhamento de um gavião-miudinho (Accipiter superciliosus) também pode ser considerada relevante pelo fato de ser um fato isolado e bastante esporádico. Considerando todos 64

76 os registros obtidos durante a fase, a espécie mais relevante foi mesmo o enferrujadinho (N. cinnamomea), comentado anteriormente Esforço amostral O esforço amostral da sexta fase foi o mesmo empregado nas demais campanhas, com exceção da quarta fase, que foi interrompida já no início, conforme exigido pela SEMA e indicado pela COPEL. A Tabela 10 apresenta o esforço de cada método de pesquisa. TABELA 10 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SEXTA FASE DE CAMPO Método Quantidade / área amostral Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase N o da fase Esforço total Redes de neblina /área horas-rede ( h.m²) Pontos de escuta 6 3 2/área 6 12 h Coleta de dados nãosistematizados - 3 2/área 6 80 h O gráfico do número acumulado de espécies (Gráfico 2) está ainda em ascenção. Após o incremento inicial, a curva irá assumir uma tendência mais horizontal, no entanto vai continuar ascendente em função do número de espécies esperadas para serem registradas no local. A área de estudo está inserida em uma das zonas mais ricas em espécies de aves de toda a Amazônia brasileira, portanto, presume-se que haverá inclusões na lista de espécies até mesmo após alguns anos de pesquisa. Esta região apresenta uma grande quantidade de espécies florestais e uma (relativamente) baixa abundância na maioria destas espécies. Desta forma, é necessário um grande esforço de pesquisa para que seja possível a detecção de um percentual satisfatório desta riqueza. Considerando que a extenção dos hábitats florestais de interesse é grande, torna-se provável que espécies inconspícuas e raras venham a ser detectadas gradualmente, a medida em que o esforço aumenta e novas localidades da área de influência do empreendimento sejam visitadas. 65

77 GRÁFICO 2 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SEXTA FASE, TOTALIZANDO 259 ESPÉCIES GRÁFICO 3 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA DA UHE COLÍDER. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO Comparação entre as áreas amostrais Parcela 1 Área Diretamente Afetada (Canteiro de obras) Na área do canteiro de obras foi registrado, novamente, o maior valor de riqueza dentre os três sítios amostrais (153 espécies). Na campanha anterior o valor obtido nesta área foi de 171 espécies e na fase realizada na mesma época do ano passado o valor foi de 143 espécies. Apesar da interferência da obra (ruídos, explosões, trânsito de trabalhadores e de máquinas, entre outros) o remanescente florestal apresenta uma grande riqueza pela diversidade de hábitats existentes ao longo da transecção avaliada. Esta transecção abrange áreas de mata rupestre em seu trecho de maior 66

78 altitude, típica mata de terra firme em seu trecho intermediário, e mata de várzea em sua porção final. Além disso, existe uma área aberta nos arredores do CETAS, que permite o registro de espécies que habitualmente não são encontradas no interior da mata. Esse é o motivo principal de existir esta grande riqueza e diversidade de aves no local mais impactado, até então, pelas obras de construção da UHE Colíder. TABELA 11 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Parcela 2 Área Diretamente Afetada (Reservatório) A riqueza obtida na área do reservatório durante a sexta campanha foi de 133 espécies, valor inferior ao encontrado na campanha anterior (154 espécies, porém superior àquele obtido na mesma época de 2011) (Tabela 12). Apesar de a área do reservatório não ter apresentado tantas espécies quanto à área do canteiro de obras, algumas possuem ocorrência restrita ao ponto amostral do reservatório, além de algumas outras apresentarem alta relevância para a comunidade local. O nível de água acumulada nas matas de várzea do ponto de anilhamento continuava ainda elevado, ocasionando a mesma dificuldade com os petrechos de captura. Porém, mesmo assim o local exato de captura foi mantido para proporcionar uma correta comparação dos dados. TABELA 12 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase

79 Parcela 3 Área de Influência Indireta (Área Controle) A Área-controle, novamente, apresentou o menor número de espécies registradas (n=87), valor ainda mais baixo que aquele observado na campanha anterior (n=114) e na fase realizada no mesmo período de 2011 (n=106) (Tabela 13). Apesar do menor número registrado, a movimentação das aves na área-controle esteve maior quando comparada à quinta campanha (quando possivelmente fatores climáticos ocasionaram uma grande redução na movimentação geral de aves florestais no local). Na presente amostragem, foram capturadas algumas espécies ainda não registradas pelo método de captura, como o cri-crió ou biscateiro (Lipaugus vociferans), o mãe-de-taoca (Phlegopsis nigromaculata), a maria-leque (Onychorhynchus coronatus) e o inesperado guarda-várzea (Hylophylax punctulatus). Esta última espécie ocorre tipicamente em matas de várzea, ou seja, aquelas sujeitas a inundações periódicas dos rios, quando os mesmos atingem níveis elevados a ponto da água sair de sua calha e inundar a mata ribeirinha. O ponto amostral da área controle está bastante afastado do rio Teles Pires e de qualquer outro corpo de água de grande porte, a uma altitude de 435 m s.n.m., enquanto que o ambiente tradicionalmente habitado pela espécie está a 255 m s.n.m. (um desnível de, pelo menos, 180 m). Talvez o indivíduo estivesse apenas de passagem pelo local, em busca de ambiente favorável em outra localidade. Somente a continuidade do estudo poderá apontar hipóteses mais concretas sobre esta questão. TABELA 13 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Similaridade entre as áreas Os dados obtidos após a execução da sexta fase de campo, analisados por meio da similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na primeira fase, não havendo diferenças expressivas. Uma nova análise de presença e ausência será efetuada após o término do monitoramento pré-enchimento para que as 68

80 similaridades sejam melhor avaliadas. Durante a execução de cada fase de campo haverão apenas pequenas oscilações nos dados Anilhamento Durante a sexta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE Colíder, o mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido. O número total de aves capturadas foi de 84 indivíduos, pertencentes a 34 espécies (Tabela 14). Estes valores são superiores àqueles obtidos na fase anterior. Após a execução de seis campanhas, o número total de capturas é de 425. TABELA 14 NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas Fase Fase Fase Fase Fase Fase Nesta etapa, foram obtidas 21 recapturas de aves marcadas em campanhas anteriores, sendo cinco na área do canteiro de obras, uma na área-controle e 15 na área do reservatório. A área amostral que apresentou maior número de capturas foi a do reservatório, com 50 no total (Tabela 15). A área do canteiro de obras apresentou o menor número de capturas (n=15). Por fim, a área-controle obteve 19 capturas. Oscilações no número de espécies capturadas são normais, sendo influenciadas por inúmeros fatores bióticos e abióticos. Diferenças nas condições climáticas existentes em cada dia interferem expressivamente no sucesso do método, mas como não é possível padronizar o fator clima, as coletas ocorrem em dias consecutivos e os resultados são tratados igualmente. Mesmo assim, é importante destacar o número bem maior de capturas obtidas na área prevista para o reservatório em comparação com as demais áreas amostrais. Notavelmente, a área que apresenta o maior número de capturas coincide com a área que será completamente suprimida para a formação do reservatório. Este dado reforça o tamanho do impacto ambiental que ocorrerá sobre as populações de aves que habitam as margens do rio Teles Pires. 69

81 TABELA 15 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS CINCO FASES DE CAMPO Fase do Canteiro de obras Reservatório Controle monitoramento Fase Fase Fase Fase Fase Fase Totais As espécies mais capturadas durante a sexta campanha foram a choquinha-de-flancobranco (Myrmotherula axillaris) (n=10), o arapaçu-da-taoca (Dendrocincla merula) (n=07), o uirapuru-de-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) (n=06), o rendadinho (Willisornis poecilinotus) (n=06), o arapaçu-elegante (Xiphorhynchus elegans) (n=06), o cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla) (n=05), o arapaçu-de-bico-de-cunha (Glyphorhynchus spirurus) (n=04) e o formigueiro-de-cauda-castanha (Myrmeciza hemimelaena) (n=04). As demais espécies apresentaram um número igual ao inferior a duas capturas. A Tabela 16 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captura por parcela e total de cada espécie. TABELA 16 TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SEXTA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA Espécie Capt CA Taxa CA Capt RE Taxa RE Capt CO Taxa CO Total capt. Taxa total Myrmotherula axillaris 4 1,52 6 2,27 0 0, ,26 Dendrocincla merula 0 0,00 6 2,27 1 0,38 7 0,88 Lepidothrix nattereri 0 0,00 4 1,52 2 0,76 6 0,76 Willisornis poecilinotus 1 0,38 3 1,14 2 0,76 6 0,76 Xiphorhynchus elegans 2 0,76 2 0,76 2 0,76 6 0,76 Pipra rubrocapilla 2 0,76 1 0,38 2 0,76 5 0,63 Glyphorynchus spirurus 2 0,76 1 0,38 1 0,38 4 0,51 Myrmeciza hemimelaena 1 0,38 2 0,76 1 0,38 4 0,51 Hylophylax punctulatus 0 0,00 2 0,76 1 0,38 3 0,38 Lophotriccus galeatus 0 0,00 2 0,76 1 0,38 3 0,38 Dendrocincla fuliginosa 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Myrmoborus leucophrys 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Myrmotherula hauxwelli 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Phlegopsis nigromaculata 0 0,00 0 0,00 2 0,76 2 0,25 Sittasomus griseicapillus 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Xenops minutus 0 0,00 1 0,38 1 0,38 2 0,25 Accipiter superciliosus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 70

82 Certhiasomus stictolaemus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Corythopis torquatus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Galbula cyanicollis 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Glaucis hirsutus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Hylophylax naevius 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Hypocnemoides maculicauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Leptotila rufaxilla 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Lipaugus vociferans 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Machaeropterus pyrocephalus 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Mionectes oleagineus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Onychorhynchus coronatus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Pipra fasciicauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Platyrinchus saturatus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Terenotriccus erythurus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Thalurania furcata 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Thamnophilus aethiops 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Xiphorhynchus obsoletus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Totais Nota: A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 792 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie. O intervalo entre a Tabela 9 e a Foto 14 mostra os indivíduos capturados na sexta fase de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do canteiro de obras. FOTO 9 GAVIÃO-MIUDINHO (ACCIPITER SUPERCILIOSUS) CAPTURADO E ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER FOTOS: EDUARDO W. PATRIAL,

83 FOTO 10 MARIA-LEQUE (ONYCHORHYNCHUS CORONATUS) CAPTURADO E ANILHADO NA ÁREA- CONTROLE: ESPÉCIE INCOMUM NA REGIÃO, SENDO ESTA A PRIMEIRA CAPTURA DA ESPÉCIE FOTOS: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 11 MACHO DE PAPA-FORMIGA-DE- SOBRANCELHA (MYRMOBORUS LEOCOPHRYS) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, FOTO 12 FÊMEA DE PAPA-FORMIGA-DE- SOBRANCELHA (MYRMOBORUS LEOCOPHRYS) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO FOTO: EDUARDO W. PATRIAL,

84 FOTO 13 CRI-CRIÓ OU BISCATEIRO (LIPAUGUS VOCIFERANS) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE. UMA DAS AVES MAIS CONHECIDAS DA AMAZÔNIA FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 14 GUARDA-FLORESTA (HYLOPHYLAX NAEVIUS), FÊMEA CAPTURADA NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 15 REDES DE NEBLINA INSTALADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, Índice Pontual de Abundância (IPA) Durante a sexta fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder, um total de 83 espécies foram contabilizadas pelo método de contagens por pontos de escuta. 73

85 Os dados obtidos por meio dos censos, nas três parcelas amostrais, geraram uma tabela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas contagens. As espécies mais frequentes, considerando o IPA geral (somatório dos resultados obtidos nas três áreas amostrais) foram: Crypturellus strigulosus (IPA=0,389), Pipra rubrocapilla (IPA=0,361), Tyranneutes stolzmanni (IPA=0,306), Ramphocaenus melanurus (IPA=0,250), Trogon viridis (IPA=0,250), Hylophilus hypoxanthus (IPA=0,222) e Pheugopedius genibarbis (IPA=0,222). Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas na Tabela 17. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que cada espécie conteve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o somatório de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais, divididos pelo número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual para cada área amostral. Todos estes dados podem ser comparados na Tabela 17. TABELA 17 ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS Nome do táxon CA IPA CA RE IPA RE CO IPA CO Total IPA Geral Ara severus 2 0, , , ,750 Lipaugus vociferans 9 0, , , ,694 Machaeropterus pyrocephalus 12 1, , , ,694 Diopsittaca nobilis 9 0, , , ,639 Pipra rubrocapilla 7 0, , , ,417 Pyrrhura snethlageae 5 0, , , ,417 Lepidothrix nattereri 12 1, , , ,417 Ara macao 7 0, , , ,361 Patagioenas subvinacea 2 0, , , ,278 Crypturellus strigulosus 7 0, , , ,250 Phaethornis ruber 0 0, , , ,222 Thamnophilus aethiops 4 0, , , ,194 Myrmeciza hemimelaena 1 0, , , ,194 Pionus menstruus 0 0, , , ,167 Cercomacra cinerascens 3 0, , , ,167 Ramphastos vitellinus 2 0, , , ,167 Phlegopsis nigromaculata 0 0, , , ,139 Selenidera gouldii 3 0, , , ,139 Pteroglossus castanotis 0 0, , , ,139 Ramphocaenus melanurus 2 0, , , ,111 Trogon viridis 0 0, , , ,111 Ornithion inerme 2 0, , , ,111 Patagioenas speciosa 1 0, , , ,083 Herpsilochmus rufimarginatus 0 0, , , ,083 Schiffornis amazona 2 0, , , ,083 Cymbilaimus lineatus 2 0, , , ,083 Trogon collaris 0 0, , , ,083 74

86 Momotus momota 1 0, , , ,083 Ara ararauna 0 0, , , ,083 Myrmotherula brachyura 0 0, , , ,083 Myrmotherula multostriata 0 0, , , ,083 Ramphocelus carbo 0 0, , , ,083 Hylophilus hypoxanthus 0 0, , , ,056 Campephilus rubricollis 0 0, , , ,056 Euphonia rufiventris 1 0, , , ,056 Ramphastos tucanus 0 0, , , ,056 Trogon melanurus 0 0, , , ,056 Amazona ochrocephala 0 0, , , ,056 Aratinga leucophthalma 2 0, , , ,056 Capito dayi 2 0, , , ,056 Pteroglossus beauharnaesii 2 0, , , ,056 Arremon taciturnus 0 0, , , ,056 Myrmeciza atrothorax 0 0, , , ,056 Progne chalybea 0 0, , , ,056 Jacamerops aureus 1 0, , , ,056 Querula purpurata 0 0, , , ,028 Cantorchilus leucotis 0 0, , , ,028 Hylophilus semicinereus 0 0, , , ,028 Trogon ramonianus 1 0, , , ,028 Xiphorhynchus elegans 1 0, , , ,028 Tangara gyrola 0 0, , , ,028 Tinamus guttatus 1 0, , , ,028 Picumnus aurifrons 0 0, , , ,028 Pyrilia barrabandi 1 0, , , ,028 Tangara palmarum 0 0, , , ,028 Thamnophilus amazonicus 0 0, , , ,028 Tinamus tao 1 0, , , ,028 Trogon curucui 0 0, , , ,028 Terenotriccus erythrurus 0 0, , , ,028 Pygiptila stellaris 0 0, , , ,028 Hypocnemis striata 0 0, , , ,028 Chaetura egregia 0 0, , , ,028 Hypocnemoides maculicauda 0 0, , , ,028 Galbula leucogastra 0 0, , , ,028 Pionites leucogaster 1 0, , , ,028 Myrmoborus myotherinus 1 0, , , ,028 Microcerculus marginatus 1 0, , , ,028 Crypturellus tataupa 0 0, , , ,028 Heliothryx auritus 0 0, , , ,028 Cyanerpes caeruleus 0 0, , , ,028 Cyanerpes cyaneus 0 0, , , ,028 Hemithraupis flavicollis 0 0, , , ,028 Tangara palmarum 0 0, , , ,028 Thalurania furcata 0 0, , , ,028 Manacus manacus 0 0, , , ,028 Chloroceryle aenea 0 0, , , ,028 Mesembrinibis cayennensis 0 0, , , ,028 Monasa morphoeus 0 0, , , ,028 Myrmotherula sclateri 0 0, , , ,028 75

87 Attila spadiceus 0 0, , , ,028 Myiopagis gaimardii 0 0, , , ,028 Pauxi tuberosa 0 0, , , ,028 Tyrannulus elatus 0 0, , , ,028 Nota: CA = canteiro de obras; RE = reservatório; CO = área controle) e o IPA geral. As espécies estão listadas em ordem decrescente de IPA geral Métodos não sistematizados Por meio de métodos não sistematizados, aplicados aleatoriamente durante toda a fase de campo, em especial, durante os últimos dois dias, algumas informações puderam ser obtidas. Foi executada uma incursão de barco à montante das áreas amostrais com o objetivo de avaliar novos ambientes. Um total de cinco espécies, das sete registradas exclusivamente na sexta fase de campo, foi encontrado somente por meio de buscas livres, sem que fosse aplicado algum tipo de método quantitativo. Este dado reforça a importância de se aplicar buscas livres. A Tabela 18 apresenta todos os registros inéditos obtidos durante a fase e indica aquelas que foram encontradas por meio de métodos não sistematizados. TABELA 18 REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA SEXTA FASE DE CAMPO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS NÃO SISTEMATIZADOS Táxon Nome popular Não sistematizado Chordeiles nacunda corucão X Epinecrophylla ornata choquinha-ornada X Registro por método Sistematizado Hylophylax naevius guarda-floresta X Myrmoborus leucophrys papa-formiga-de-sobrancelha X X Tolmomyias poliocephalus bico-chato-de-cabeça-cinza X Tyrannulus elatus maria-te-viu X Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo X O intervalo entre a Foto 16 e a Foto 23 exibe os indivíduos capturados na sexta fase de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do canteiro de obras. 76

88 FOTO 16 GAVIÃO-PEGA-MACACO (Spizaetus tyrannus) FOTOGRAFADO NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES, NO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM DA UHE COLÍDER FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 17 GAVIÃO-MIUDINHO (Accipiter superciliosus) VISTO APÓS A SOLTURA. OBSERVAR DETALHE DA ANILHA FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 18 ARARA-CANINDÉ (ara Ararauna) REGISTRADA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO. ESTA ESPÉCIE É MAIS COMUM NOS DOMÍNIOS DO CERRADO. SUA CONGÊNERE ARA MACAO É ENCONTRADA COM MAIS FREQUÊNCIA NA AI DA UHE COLÍDER FOTO 19 POMBA-TROCAL (Patagioenas speciosa) COMUMENTE OBSERVADA AO LONGO DO RIO TELES PIRES E AMBIENTES ABERTOS DO ENTORNO DA UHE COLÍDER FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO: EDUARDO W. PATRIAL,

89 FOTO 20 MACURU-PINTADO (Notharchus tectus) ENCONTRADO COM FREQUÊNCIA NA ÁREA- CONTROLE FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 21 ANAMBÉ-AZUL (Cotinga cayana), MACHO, ENCONTRADO ESPORADICAMENTE NA MATA CILIAR DO RIO TELES PIRES, ENTRE AS PARCELAS DA ÁREA DO RESERVATÓRIO E O CANTEIRO DE OBRAS FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 22 ANAMBÉ-UNA (Querula purpurata): ESPÉCIE FREQUENTEMENTE ENCONTRADA NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO E NA PARCELA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: EDUARDO W. PATRIAL, 2012 FOTO 23 SETE-CORES-DA-AMAZÔNIA (Tangara chilensis): UMA DAS SAÍRAS MAIS COMUNS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER FOTO: EDUARDO W. PATRIAL,

90 Índice de diversidade Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos fixos, obteve-se um índice de diversidade de H =2.629 para a sexta fase de campo Espécimes coletados Apenas dois indivíduos de duas espécies distintas foram coletados durante a sexta fase de campo: Lepidothrix nattereri e Xiphorhynchus obsoletus. Ambas as aves vieram a entrar em óbito durante o procedimento de captura em redes de neblina e foram devidamente acondicionados em freezer para posterior aproveitamento das peles Considerações finais Os resultados obtidos na sexta fase de campo foram mais satisfatórios que aqueles colhidos na campanha anterior. Apesar de ainda haver fortes e frequentes chuvas, e do nível do rio Teles Pires estar bastante elevado, a coleta de dados não foi prejudicada. Verificou-se que as matas de igapós próximas às margens do rio ainda estavam parcialmente inundadas, favorecendo o registro de algumas espécies mais comumente detectadas na estação chuvosa em tal hábitat (e.g. Eurypyga helias e Nasica logirostris). Na campanha anteriormente realizada as mudanças climáticas interferiram demasiadamente nos resultados da fase, no sentido de causarem uma baixa extrema na atividade das aves florestais. Esse fenômeno não foi observado na presente amostragem e os resultados obtidos tanto pelos métodos sistematizados como pelos não sistematizados foram positivos e incrementaram o trabalho. Apesar da elevada precipitação pluviométrica durante a amostragem, os dados coletados referentes à avifauna revelaram o esperado para o período de transição entre as estações chuvosa e seca. Por se tratar de um grupo faunístico representado por muitas espécies, ainda mais em uma região amazônica mega diversa, as diferenças dessa amostragem comparadas à anterior e àquela realizada em mesmo período do ano passado (2011), baseiam-se principalmente em detalhes. Em relação à riqueza de espécies, as fases de campo vêm seguindo uma média semelhante de registros, em torno de 250 espécies. 79

91 A presente amostragem teve um acúmulo de 259 táxons, enquanto que a campanha 02, realizada no mesmo período de 2011, revelou 247 táxons e a campanha 05 (campanha passada) obteve uma riqueza de 264 espécies. Estes valores são relevantes, uma vez que o EIA do presente empreendimento cita um total de 220 espécies registradas em duas visitas à região, onde diversos locais foram inventariados. Deste total observado na sexta campanha, sete espécies ainda não haviam sido encontradas durante o estudo, representando registros inéditos para o monitoramento da área da UHE Colíder. Dos registros mais relevantes, merece destaque uma espécie considerada rara em toda a Amazônia, de ocorrência bastante pontual e não muito conhecida: o enferrujadinho (Neopipo cinnamomea). Esta ave já contava com um registro auditivo na área controle, obtido em 2011, e durante a sexta campanha foi novamente registrado em local próximo, na mesma área amostral. Nessa oportunidade, a espécie foi observada visualmente e material comprobatório de sua ocorrência no local foi obtido (gravação em áudio). O patinho-escuro (Platyrinchus saturatus), detectado pela primeira vez na campanha anterior, foi novamente encontrado durante esta sexta amostragem, na mesma área amostral. Isso indica que a espécie possivelmente seja residente. O acúmulo de registros nas próximas etapas confirmará tal hipótese. Outras duas espécies que merecem destaque são: a maria-leque (Onychorhynchus coronatus), capturada na área-controle; e a captura e anilhamento de um gavião-miudinho (Accipiter superciliosus) na área prevista para o reservatório. Em relação ao método de captura e marcação de aves silvestres, 84 indivíduos, pertencentes a 34 espécies foram capturados durante a sexta fase de campo do monitoramento da avifauna. Destas, 21 aves já haviam sido anilhadas em campanhas anteriores e representam recapturas. Até o momento têm-se um total de 425 capturas realizadas. Os índices de captura em redes de neblina e coleta de abundância foram maiores na presente amostragem. Nitidamente pôde-se verificar uma maior movimentação por parte das espécies que ocupam o estrato inferior da floresta, especialmente as famílias Thamnophilidae, Dendrocolaptidae, Pipridae e Tyrannidae. Pôde-se notar uma maior frequência de vocalização das espécies de aves de maneira geral, o que favoreceu a coleta de dados de abundância. Além disso, foi observado em campo que 80

92 muitas das espécies estavam apresentando cuidado parental, quando muitos indivíduos jovens estão em processo de aprendizagem sobre métodos de obtenção de alimento e tipos de vocalização (período de recrutamento nas populações). É bastante difícil inferir sobre o período reprodutivo da maioria das espécies de aves na amazônia, em vista de que cada espécie possui uma preferência particular devido ao nicho ocupado. Entretanto, na presente amostragem, foi nítida a maior movimentação e detecção por meio da vocalização de diversos grupos da avifauna. Certamente o período de transição para a estação seca servirá para uma nova postura para muitas espécies, antes de atingir o auge de seca, período escasso em alimento principalmente para a avifauna insetívora. Os principais motivos que explicam os resultados da campanha anteriormente realizada (fase 05) se baseiam em basicamente duas possibilidades plausíveis: (a) muitas espécies estavam em período de incubação, sendo pouco detectadas em seus habitats por meio da vocalização e, consequentemente, apresentando um baixo índice de detecção; (b) as condições climáticas adversas fizeram com que as aves reduzissem drasticamente a movimentação. Diante de chuvas constantes, fortes ventos e baixas temperaturas, a oferta de insetos como item alimentar para a avifauna é extremamente baixa, interferindo diretamente nos registros de aves florestais durante o trabalho. Muitas espécies de aves diminuem ou até mesmo cessam a atividade de forrageamento diante estas condições para evitar gasto energético. Agora nesta fase de campo, bandos mistos de aves tiveram também uma maior frequência de registro, tanto bandos no estrato inferior da floresta como bandos de dossel, compostos em sua maior parte, respectivamente, por espécies insetívoras e frugívoras. A reunião de diversas espécies diferentes em bandos mistos maximiza a obtenção de itens alimentares, e as aves utilizam desta técnica principalmente em períodos de escassez de alimento. Diante dos dados apresentados no presente relatório, pode-se concluir que os resultados obtidos na sexta fase de campo do monitoramento foram bastante satisfatórios. Espera-se que a próxima etapa, a ser realizada em julho deste ano de 2012, apresente dados ainda melhores, pois coincidirá com o início da atividade reprodutiva da maioria das espécies de aves florestais. Este período é marcado por uma intensa atividade vocal de machos que estão à procura de cópula e uma intensa movimentação geral de aves, o que pode proporcionar um elevado número de 81

93 indivíduos capturados nas redes de neblina e uma grande quantidade de informações inéditas ao estudo. 4.2 MASTOFAUNA Procedimentos Metodológicos Durante a sexta campanha do monitoramento da mastofauna na área da UHE Colíder, foram amostradas as mesmas três áreas ou parcelas amostrais: (1) canteiro de obras, (2) reservatório e (3) área-controle. A área do reservatório escolhida e utilizada nessa última fase (abril de 2012) foi a mesma utilizada nas duas primeiras fases de campo. Essa escolha justifica-se devido ao acúmulo de água das cheias do rio Teles Pires na trilha utilizada durante as fases 2 e 4, impossibilitando a aplicação de alguns métodos de pesquisa, principalmente as capturas com armadilhas. Os esforços de campo permaneceram os mesmos das outras fases. Pequenos mamíferos não-voadores Foram empregados dois conjuntos de metodologias complementares: (1) três linhas de armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) e (2) 150 armadilhas de captura viva (live traps) de dois tipos: Tomahawk e Shermann. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma mistura composta por banana, paçoca de amendoim, farinha de milho, pedaços de toucinho e castanha-do-pará, sendo instaladas 50 unidades em cada área amostral. Ambos tipos de armadilhas foram revisados pela manhã a cada dia e re-iscados conforme a necessidade. Os dois conjuntos de métodos empregados para a captura de pequenos mamíferos não-voadores permaneceram em funcionamento durante seis dias consecutivos, simultaneamente nas três áreas amostrais. Todos os indivíduos capturados foram pesados, e tomadas as seguintes medidas: comprimento da cabeça e corpo (CC) e comprimento da cauda (CA). Os pequenos mamíferos não-voadores foram identificados segundo as chaves de identificação de Gardner (2007), Bonvicino et al. (2008) e Weksler & Percequillo (2011) e das descrições apresentadas em Rossi et al. (2011) e Oliveira & Bonvicino (2011). Morcegos para a captura de morcegos foram empregadas 12 redes de neblina (6 x 3 m) que pemaneceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes foram armadas por duas noites consecutivas em cada parcela amostral. Os animais 82

94 capturados foram pesados e também foram tomadas as medidas de seus antebraços. Os primeiros morcegos capturados por espécie foram sacrificados, preparados em via úmida e depositados na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR como material testemunho; para uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram identificados, marcados com anilhas numeradas em seus antebraços. Os morcegos foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos de Vizzoto & Taddei (1973), Lim & Engstron (2001), Gardner (2007) e Miranda et al. (2011), associada às descrições apresentadas por Simmons & Voss (1998), Barquez et al. (1999), Reis et al. (2007) e Peracchi et al. (2011). Mamíferos de médio e grande porte Esses mamíferos foram registrados com o seguinte conjunto de metodologias: (1) busca ativa por vestígios (pegadas, rastros, fezes, tocas, etc.) e por registros diretos da presença de mamíferos (visualizações, contatos auditivos, carcaças, etc.), essas buscas se deram, a pé, de carro e de barco, distribuídas de forma equivalente entre as três áreas amostrais; e (2) armadilhamento fotográfico, onde foram armadas quatro armadilhas fotográficas (Trophy Cam Trail Camera - Bushnell ), sendo uma em cada área amostral e uma quarta câmera foi armada em um ponto oportunístico. As pegadas e os rastros foram identificados segundo os guias de pegadas de González (2001), Oliveira & Cassaro (2005) e Mamede & Alho (2008) Riqueza de espécies Nessa sexta fase do monitoramento de fauna foram registradas 32 espécies de mamíferos silvestres, apresentando uma diversidade de H =3,098. Os resultados obtidos nessa sexta fase do monitoramento não acrescentaram novas espécies à lista geral de mamíferos silvestres da área da UHE Colíder. As espécies registradas durante as seis primeiras fases do monitoramento, somadas àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento, totalizam 112 espécies, pertencentes a 10 ordens e 30 famílias (Tabela 19). 83

95 TABELA 19 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER Método de TÁXON Nome popular registro ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae Área amostral Fase do Monitoramento Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-de-orelha-preta X - Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica X - Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X - Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica X - Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca X - Marmosops sp. cuíca X - Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca X - Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777) cuica CP Re,Co 1,6 X - Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD ORDEM CINGULATA Família Dasypodidae Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1,3,5 X - Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) tatu-quinze-quilos OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2 X - Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X - Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola X DD Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) tatu-de-rabo-mole CP Ca 2,5 - - Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra PE,ENT,AF Re,Ca,Co 1,3,5 X VU ORDEM PILOSA Família Myrmecophagidae EIA Status de conservação 84

96 TÁXON Nome popular Método de registro Área amostral Fase do Monitoramento Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim OD,ENT,AF Ca,Re,Co 1,5,6 X - Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-bandeira ENT En 1 X VU Família Megalonychidae Choloepus hoffmanni Peters, 1858 preguiça-real RES Ca ORDEM PRIMATES Família Atelidae Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) macaco-aranha-de-carabranca OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6 - EN Ateles chamek (Humboldt, 1812) macaco-aranha OD,CA Re 1,2,3,5,6 X - Alouatta discolor (Sipx 1823) bugio OD Ca,Co 3,6 - - Família Cebidae Mico emiliae (Thomas, 1920)* sagui OD,CA Ca, Em 1,3,5,6 X - Cebus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6 X - Cebus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara X DD Família Pitheciidae Callicebus molock (Hoffmannsegg, 1807) guigó, zogue-zogue OD,CA Re,Co 1,2,3,6 X - Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Devile, 1848) cuxiú-de-nariz-vermelho OD,CA Ca,Re,Co 2,3,5 - - Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú X - Família Aotidae Aotus infulatus (Khul, 1820) macaco-da-noite OD,CA Ca 2,3 X - ORDEM CHIROPTERA Família Embalonuridae Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) morcego CP,OD Re 1,2 - - Família Mormoopidae Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego X - Família Phyllostomidae Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 X - EIA Status de conservação 85

97 TÁXON Nome popular Método de registro Área amostral Fase do Monitoramento Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego CP Ca,Re,Co 1,3,6 X - Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,6 - - Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) morcego CP Ca 3,5 - DD Phylloderma stenops Peters, 1865 morcego CP Co Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego RES - 3 X - Lophostoma silvicolum d Orbigny, 1836 morcego X - Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego CP Ca 5 X - Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego CP Co,Re 1,6 X - Micronycteris megalotis Gray, 1842 morcego X - Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) morcego CP Co Lampronycteris brachyotis (Dobson, 1879) morcego CP Co Glyphonycteris silvestris (Thomas, 1896) morcego CP Re Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 morcego X - Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego X DD Lonchophylla thomasi Allen, 1904 morcego CP Co Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego X - Choeroniscus minor (Peters, 1868) morcego CP Ca,Re 3 X - Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2 X - Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6 X - Rhinophylla pumilio Peters, 1865 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 X - Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego X DD Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego X - Dermanura gnoma Handley, 1987 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 - - Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego CP Ca,Re,Co 1,3,5,6 X - Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6 X - Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6 X - Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 morcego CP Ca 3 X - EIA Status de conservação 86

98 TÁXON Nome popular Método de registro Área amostral Fase do Monitoramento Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego X - Platyrrhinus fusciventris Velazco, Gardner & Patterson, 2010) morcego CP Co Platyrrhinus sp. CP Ca Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego X - Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5 X - Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) morcego CP Ca 1,2 - - Familia Mormoopidae Pteronutus parnellii (Gray, 1843) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 X - Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego CP Re Família Noctilionidae Noctilio albiventris Desmarest, 1818 morcego-pescador-pequeno OD Re Familia Molossidae Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego RES Ca 3 X - Molossus rufus (É. Geoffroy, 1805) morcego RES Ca Família Vespertilionidae Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego CP,RES Ca,Re,Co 1,3 - - Myotis cf. riparius Handley, 1960 morcego CP Co ORDEM CARNÍVORA Família Canidae Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6 X - Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-deo-mato-deorelha-curta OD Ca 1 X DD Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre X VU Família Felidae Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT,AF Ca,Co,Re 1,3,5,6 X VU Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato X VU EIA Status de conservação 87

99 TÁXON Nome popular Método de registro Área amostral Fase do Monitoramento Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,Em 1,2,5 X - Puma concolor (Linnaeus, 1771) puma PE,ENT Em 1 X VU Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada OD,PE,CA,ENT,AF,FE Re,Ca 1,2,3,5,6 X VU Família Mustelidae Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara OD,RES Ca,Co 3,4,6 X - Galictis vittata (Schreber, 1776) furão CÇ Em Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra ENT,PE Re 1,2 X - Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) ariranha ENT,OD,AF Re 1,2,3,6 X VU Mustela africana Desmarest, 1818 doninha-amazônica OD Ca 3 - DD Família Procyonidae Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) mão-pelada PE Re,Co 1,2,3 X - Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati ENT,CÇ Ca 1,2 X - Potos flavus (Schreber, 1774) jupará OD,ENT,CA Ca,Re,Co 1,3,4,5,6 X - ORDEM ARTIODACTYLA Família Cervidae Mazama gouazoubira (Fischer, 1814) veado-catingueiro PE,ENT Ca,En,Co 1,2,3,5,6 X - Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro ENT Ca,En 1 X - Família Tayassuidae Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6 X - Tayassu pecari (Link, 1795) queixada PE,OD,AF,ENT,CÇ Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 X - ORDEM PERISSODACTYLA Familia Tapiridae Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6 X - ORDEM RODENTIA Família Sciuridae Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842) caxinguelê OD,CÇ Ca,Em,Re 1,2,3 - - Sciurillus pusillus (É. Geoffroy, 1803) coatipuruzinho OD Co EIA Status de conservação 88

100 TÁXON Família Caviidae Nome popular Método de registro Área amostral Fase do Monitoramento Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara CÇ,OD,PE,ENT,FE Ca,Re 1,2,3,5 X - Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* preá X - Família Erethizontidae Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço-cacheiro OD Ca,Re 1,5 X - Família Dasyproctidae Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) cotia PE,ENT,AF,OD Ca,Co,En 1,2,3,5 X - Família Cuniculidae Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) paca ENT,PE,AF Ca,Re 1,2,5 X - Família Cricetidae Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinho-pequeno X - Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2,3,5 X - Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore X - Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore X - Eurioryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato X - Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co Hylaeamys megacephalus (Fischer, 1814) rato-do-mato X - Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) rato-do-mato CP Re 1 X - Família Echimidae Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) rato-de-espinho CP Co 1,2,3,5 - - ORDEM LAGOMORPHA Família Leporidae Silvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti OD En 1 X - EIA Status de conservação Nota: Táxons/Espécie, seguida de seu nome popular; do método de registro (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Contato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios, RES = capturada pelo resgate de fauna); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e En = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o registro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conservação no Brasil (segundo CHIARELLO et al. 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes). 89

101 4.2.3 Espécies ameaçadas Foram registradas quatro espécies ameaçadas de extinção durante a sexta campanha: o macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus) (EN) (Foto 24), a jaguatirica (Leopardus pardalis) (VU) (Foto 25), a onça-pintada (Panthera onca) (VU) e a ariranha (Pteronura brasiliensis) (VU). FOTO 24 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (Ateles marginatus), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES FOTO: LUANA C. MUNSTER, 2012 FOTO 25 JAGUATIRICA (Leopardus pardalis), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA VU (VULNERÁVEL), REGISTRADA PELA ARMADILHA FOTOGRÁFICA DURANTE A SEXTA FASE DO MONITORAMENTO FOTO: ARMADILHA FOTOGRÁFICA, Espécies endêmicas As espécies endêmicas registradas durante a sexta campanha foram aquelas endêmicas da Amazônia: Monodelphis brevicaudata (Foto 26), Ateles marginatus, A. chamek, Mico emiliae, Callicebus molock, Dermanura gnoma (Foto 27) e Potos flavus (van Roosmalen et al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011). 90

102 FOTO 26 CUÍCA Monodelphis brevicaudata, ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA CAPTURADA NA SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA UHE COLÍDER FOTO: LUANA C. MUNSTER, 2012 FOTO 27 MORCEGO Dermanura gnoma, ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA, CAPTURADA NA SEXTA FASE DO MONITORAMENTO DA UHE COLÍDER FOTO: LUANA C. MUNSTER, Espécies raras Não foram registradas espécies consideradas raras na sexta fase do monitoramento Espécies migradoras e suas rotas Não foram registradas espécies migradoras dentre os mamíferos em nenhuma das seis primeiras fases do monitoramento Espécies Bioindicadoras As espécies que talvez melhor se encaixem como bioindicadoras para a situação local podem ser aquelas de hábitos aquáticos e semi-aquáticos, exatamente por estarem diretamente relacionadas aos impactos de um represamento. Entre essas espécies destacam-se: a lontra (Lontra longicaudis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca (Cuniculus paca). A capivara é um animal que geralmente se adapta bem a maiores alterações ambientais, especialmente em empreendimentos hidrelétricos. Essa espécie pode ser afetada positivamente com a presença de um lago, tendo aumento em suas populações, podendo causar até mesmo prejuízos econômicos e sanitários. Além das espécies ligadas ao ambiente aquático, as espécies florestais também sofrem impactos ligados à supressão dos ambientes florestados e em especial às margens dos rios. Em especial os primatas podem ser considerados bons indicadores por serem 91

103 exclusivamente florestais, sofrendo bastante com a descaracterização, a fragmentação e a redução florestal. Além desses dois grupos, a presença dos carnívoros na área de estudo, em especial as espécies de maior porte podem indicar a qualidade ambiental Espécies exóticas Não foram registradas espécies exóticas vivendo de forma livre nas áreas de estudo durante a sexta fase de campo Espécies cinegéticas Algumas espécies registradas nessa sexta fase podem ser consideradas cinegéticas, como por exemplo: o veados Mazama gouazoubira. Além dessa, a anta (Tapirus terrestris), o cateto (Pecary tajacu) e o queixada (Tayassu pecari), sofrem constante pressão de caça. Essas espécies são frequentemente caçadas em qualquer região onde ocorram (WCS 2004; Chiarello 2000). Essas espécies são registradas com frequência e estavam presentes na área de estudo durante a sexta campanha. Inclusive, foi registrada uma anta (T. terrestris) morta à tiros na estrada de acesso à usina (Foto 28), exatamente para onde foi relatado na campanha anterior a presença de caçadores que trabalham nas obras da usina, sendo apresentadas fotografias dos mesmos no momento do flagrante. Deve-se mencionar que a equipe de monitoramento acumulou diversas observações de anta na parcela da área-controle, e é possível que este animal abatido seja um dos frequentemente observados durante o estudo. 92

104 FOTO 28 A ANTA (TAPIRUS TERRESTRIS) É UMA ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO E CONTINUA SENDO CAÇADA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, POR FUNCIONÁRIOS DAS EMPREITEIRAS FOTO: LUANA C. MUNSTER, Espécies de importância econômica Algumas espécies podem ter alguma importância econômica como por exemplo os macacos do gênero Cebus, que podem causar algum prejuízo econômico em plantações de mandioca, milho e cana-de-açúcar. As espécies carnívoras podem também ter importância econômica uma vez que podem se alimentar de animais domésticos causando alguma forma de prejuízo para moradores locais. As capivaras em casos de grandes populações podem invadir plantações e causar dano econômico Espécies de risco epidemiológico Embora o morcego-vampiro (Desmodus rotundus) possa ser um importante vetor do vírus da raiva, essa espécie só foi registrada em uma das fases de campo, podendo ser considerada pouco abundante. Os primatas pode ser considerados reservatórios da febre amarela. Além disso, os roedores silvestres podem ser reservatórios de diversas doenças como a hantavirose e a leptospirose, por exemplo. A anta (Tapirus terrestris), o queixada (Tayassu pecari) e o cateto (Pecari tajacu) podem ser reservatórios de doenças como a febre maculosa e a doneça de Lime, sendo transmitida por seus carrapatos à humanos e à animais domésticos. Esse último quadro pode se agravar em casos de populações grandes e/ou crescentes, como no 93

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