MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE UHE COLÍDER

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2 MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE UHE COLÍDER Rio Teles Pires, MT Empresa Executora: Ambiotech Consultoria Equipe de execução: Coordenação geral: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos Herpetofauna: Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico) José Carlos Balestrin Auxiliar local Avifauna: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico) Biól. Leonardo Weffort Patrial Auxiliar local Mastofauna: Biól. Luana C. Munster (Resp. técnico) Biól. Nathália Oliveira Biól. João Eduardo C. Brito

3 SUMÁRIO SUMÁRIO... I ÍNDICE DE FIGURAS... IV ÍNDICE DE FOTOS... V ÍNDICE DE TABELAS... VII ÍNDICE DE GRÁFICOS... IX 1 APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS Canteiro de Obras (ADA) Reservatório Área Controle Manutenção das parcelas e transecções MÉTODOS Trabalho de campo Análise dos dados RESULTADOS HERPETOFAUNA Procedimentos Metodológicos Métodos Sistematizados Métodos não sistematizados Análise dos dados Parcela 1 Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII, controle) I

4 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Espécies endêmicas, raras ou não descritas Espécies procuradas para caça Espécies de interesse econômico Espécies de interesse científico Espécies de interesse médico-veterinário Espécies indicadoras de qualidade ambiental Riqueza e abundância Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a sétima campanha Suficiência amostral Considerações finais AVIFAUNA Procedimentos Metodológicos Identificação das Espécies Avaliações Quantitativas Análise dos Dados Riqueza de espécies Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei Espécies endêmicas Espécies migratórias Espécies relevantes Esforço amostral Comparação entre as áreas amostrais Parcela 1 Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras) Parcela 2 Área Diretamente Afetada (Reservatório) Parcela 3 Área de Influência Indireta (Área Controle) Similaridade entre as áreas Anilhamento Índice Pontual de Abundância (IPA) Métodos não sistematizados Índice de diversidade Espécimes coletados Considerações finais MASTOFAUNA Procedimentos Metodológicos Pequenos mamíferos não-voadores Morcegos Mamíferos de médio e grande porte II

5 Análise dos dados Riqueza de espécies Espécies ameaçadas Espécies endêmicas Espécies raras Espécies migradoras e suas rotas Espécies Bioindicadoras Espécies exóticas Espécies cinegéticas Espécies de importância econômica Espécies de risco epidemiológico Esforço amostral Comparação entre as áreas amostradas Parcela 1 Área Diretamente Afetada (ADA) Canteiro de obras Parcela 2 Área Diretamente Afetada (ADA) Reservatório Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII) Controle Comparação entre as áreas Comparação entre as fases do monitoramento Pequenos mamíferos Morcegos Mamíferos de médio e grande porte Considerações finais REFERÊNCIAS HERPETOFAUNA AVIFAUNA MASTOFAUNA III

6 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 CROQUI COM A INDICAÇÃO DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E PERÍMETRO PARCIAL DO FUTURO RESERVATÓRIO (AZUL)... 4 FIGURA 2 CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS... 5 FIGURA 3 CROQUI INDICANDO AS TRANSECÇÕES E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. PONTOS COM SUFIXO B REFEREM-SE À AVIFAUNA, E PONTOS COM SUFIXO A REFEREM-SE À HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA FIGURA 4 CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA CONTROLE... 8 FIGURA 5 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA FIGURA 6 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (AID, ADA E AII) DURANTE A TERCEIRA CAMPANHA FIGURA 7 SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A SÉTIMA FASE. LEGENDA: CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA-CONTROLE IV

7 ÍNDICE DE FOTOS FOTO 1 JUVENIL DE KENTROPIX CALCARATA REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA.. 15 FOTO 2 ADULTO DE GONATHODES SP. REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT FOTO 3 ADULTO DE IPHISA ELEGANS REGISTRADO PELO MÉTODO DE AIQ FOTO 4 SÍTIO REPRODUTIVO P4 COMPLETAMENTE SECO FOTO 5 ADULTO DE XENODON MERREMI REGISTRADO PELO MÉTODO DE EO FOTO 6 FÊMEA ADULTA DE LACHESIS MUTA REGISTRADA PELO MÉTODO DE EO FOTO 7 ARIRAMBA-DA-MATA (GALBULA CYANICOLLIS) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 8 ARAPAÇU-BARRADO (DENDROCOLAPTES CERTHIA) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 9 BARRANQUEIRO-CAMURÇA (AUTOMOLUS OCHROLAEMUS) ANILHADO NA ÁREA- CONTROLE FOTO 10 CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO CAPTURADO NA ÁREA- CONTROLE FOTO 11 MACHO DE CHOQUINHA-DE-GARGANTA-CLARA (MYRMOTHERULA HAUXWELLI) ANILHADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 12 FÊMEA DE CHOQUINHA-DE-GARGANTA-CLARA (MYRMOTHERULA HAUXWELLI) ANILHADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 13 MÃE-DE-TAOCA (PHLEGOPSIS NIGROMACULATA) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 14 ESTALADOR-DO-NORTE (CORYTHOPIS TORQUATUS) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 15 BICO-CHATO-DE-RABO-VERMELHO (RAMPHOTRIGON RUFICAUDA) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE FOTO 16 UIRAPURUZINHO (TYRANNEUTES STOLZMANNI) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 17 MACHO DE GAVIÃO-REAL (HARPIA HARPYJA) ENCONTRADO NA ENCOSTA DA MACROÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS PELA EQUIPE DE RESGATE DE FAUNA FOTO 18 FÊMEA DE GAVIÃO-REAL (HARPIA HARPYJA) FLAGRADA EM UM TRECHO À JUSANTE DO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM FOTO 19 GAVIÃO-BRANCO (PSEUDASTUR ALBICOLLIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 20 GAVIÃO-VAQUEIRO (LEUCOPTERNIS KUHLI) FOTOGRAFADO NO PONTO AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO, NA MARGEM DO RIO TELES PIRES FOTO 21 CORUJA-DE-CRISTA (LOPHOSTRIX CRISTATA) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 22 CURICA-DE-BOCHECHA-LARANJA (PYRILIA BARRABANDI) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 23 PEIXE-FRITO-PAVONINO (DROMOCOCCYX PAVONINUS) ENCONTRADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 24 CAPITÃO-DE-CINTA (CAPITO DAYI) FLAGRADO NA ÁREA-CONTROLE. CASAL VOCALIZANDO NA COPA DA FLORESTA V

8 FOTO 25 ARIRAMBA-BRONZEADA (GALBULA LEUCOGASTRA) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 26 RAPAZINHO-ESTRIADO (NYSTALUS STRIOLATUS) FOTOGRAFADO NA ENCOSTA FLORESTAL DA ÁREA DO CANTEIRO FOTO 27 IPECUÁ (THAMNOMANES CAESIUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 28 COROA-DE-FOGO (HETEROCERCUS LINTEATUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 29 POLÍCIA-DO-MATO (GRANATELLUS PELZENI) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER FOTO 30 ARARA-VERMELHA-GRANDE (ARA CHLOROPTERUS) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 31 MORCEGO CHIRODERMA TRINITATUM, NOVO REGISTRO OBTIDO NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO FOTO 32 MORCEGO, THYROPTERA DISCIFERA, NOVO REGISTRO DE FAMÍLIA (TRYROPTERIDAE) FOTO 33 GUIGÓ OU ZOGUE-ZOGUE (CALICEBUS VIEIRAI). NOVA ESPÉCIE DE PRIMATA RECENTEMENTE DESCRITA (GUALDA-BARROS ET AL., 2012) FOTO 34 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES FOTO 35 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO) FOTO 36 MACACO-ARANHA-DE-CARA-PRETA (ATELES CHAMEK), ESPÉCIE RESTRITA À MARGEM ESQUERDA DO RIO TELES PIRES FOTO 37 CAPIVARA (HYDROCHOERUS HYDROCHAERIS), NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 38 FOTO DE ARMADILHAMENTO FOTOGRÁFICO DE UMA ANTA (TAPIRUS TERRESTRIS) OBTIDA NA SÉTIMA CAMPANHA, ESPÉCIE DE INTERESSE CINERGÉTICO VI

9 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 ÁREAS AMOSTRAIS SELECIONADAS PARA O MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE... 4 TABELA 2 AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR TABELA 3 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DA UHE COLÍDER, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA TABELA 4 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA TABELA 5 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA TABELA 6 ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL TABELA 7 LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SETE PRIMEIRAS FASES DE CAMPO, E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO TABELA 8 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA TABELA 9 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 10 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 11 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA-CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 12 NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 13 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS SETE FASES DE CAMPO TABELA 14 TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SÉTIMA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA TABELA 15 ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS TABELA 16 REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA SÉTIMA FASE DE CAMPO, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS TABELA 17 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER TABELA 18 PRINCIPAIS ZOONOSES ADQUIRIDAS DE MAMÍFEROS SILVETRES, RESPECTIVOS AGENTES ETIOLÓGICOS E VIAS DE TRANSMISSÃO (ADAPTADO DE BARBOSA ET AL ) TABELA 19 ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA TABELA 20 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES VII

10 TABELA 21 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO TABELA 22 ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO TABELA 23 ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO VIII

11 ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS SETE CAMPANHAS 29 GRÁFICO 2 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SÉTIMA FASE, TOTALIZANDO 260 ESPÉCIES GRÁFICO 3 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO GRÁFICO 4 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS SETE PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA DA UHE COLÍDER, MT GRÁFICO 5 RIQUEZA DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA E NO TOTAL POR FASE DO MONITORAMENTO, MOSTRANDO UMA TENDÊNCIA À DIMINUIÇÃO DA RIQUEZA NO DECORRER DO TEMPO GRÁFICO 6 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO GRÁFICO 7 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, MT IX

12 1 APRESENTAÇÃO A UHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, no estado de Mato Grosso. A implantação da UHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento. O programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados caso dos remanescentes de Floresta da região do empreendimento uma vez que permitem conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do empreendimento, sobre diferentes grupos animais. Em 04/01/2011, o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº / Após a emissão da Licença a Copel iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos, com campanhas trimestrais. Em 30/05/2012, o IBAMA renovou a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº / , permitindo a continuidade do monitoramento. O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a execução da sétima fase de campo do monitoramento pré-enchimento de fauna terrestre na área de influência da UHE Colíder, realizada no mês de julho de 2012, durante a estação seca. 1

13 2 INTRODUÇÃO Estudos de monitoramento tem como principal objetivo conhecer a influência dos principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos, estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias, suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um empreendimento. As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente, pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da presença ou ausência de alguns táxons. Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al., 1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies estenóicas), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio (eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração. A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior 2

14 problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de habitats naturais a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004). A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua grande importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução, transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do Pará (HEYER et al., 1999). O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006), sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008). Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008). Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor atual é de (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão. É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo executado o monitoramento de fauna da UHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos resultados da sétima campanha de campo serão apresentados na sequência. O nível do Rio Teles Pires esteve baixo durante a sétima campanha do monitoramento, e, consequentemente, a vegetação se encontrava bastante seca. Apesar da mata ainda estar verde, especialmente as matas de transição e áreas de Cerrado, a vegetação encontrava-se já bastante seca em virtude do baixo índice pluviométrico. As matas de várzeas se encontravam sem acúmulo de água. Entretanto, este ano apresentou características pluviométricas singulares, sendo registradas algumas precipitações ainda na época de seca. Durante a campanha ocorreu uma única chuva, breve, porém incomum para a época. 3

15 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS As áreas amostrais que vêm sendo avaliadas durante as fases anteriores foram mantidas para a sétima campanha. A Tabela 1 e a Figura 1 apresentam informações gerais sobre as três áreas amostrais do monitoramento de fauna terrestre. TABELA 1 ÁREAS AMOSTRAIS SELECIONADAS PARA O MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE Área Amostral Área de Influência Margem do rio Teles Pires Ambiente/Fisionomia Canteiro de Obras AID Direita (MD) Floresta de terra firme Reservatório ADA Esquerda (ME) Floresta de várzea Controle AII Direita (MD) Floresta de terra firme Localização (UTM, 21 L) L S L S L S Legenda: AID Área de Influência Direta; ADA Área Diretamente Afetada; AII Área de Influência Indireta. FIGURA 1 CROQUI COM A INDICAÇÃO DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E PERÍMETRO PARCIAL DO FUTURO RESERVATÓRIO (AZUL) FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH,

16 3.1.1 Canteiro de Obras (ADA) Para avaliar o canteiro de obras, os esforços foram concentrados na mata próxima ao local onde está instalado o Centro Provisório de Triagem de Animais Silvestres. A transecção parte da estrada de acesso ao canteiro de obras, em seu trecho mais íngreme e pedregoso, do local de maior movimentação de veículos da obra e segue em direção ao rio Teles Pires, terminando na mata de várzea deste rio. A Figura 2 exibe a transecção e pontos de escuta da área do canteiro de obras. FIGURA 2 CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, 2012 O principal objetivo da confecção da transecção neste local foi cobrir três diferentes formações florestais ao longo do trajeto: mata de transição em local de solo rochoso em seu trecho inicial; mata de terra firme na parte intermediária da transecção; e mata de várzea do trecho final. Os pitfalls foram instalados no trecho central da transecção do canteiro de obras. As áreas a serem utilizadas pelo maquinário e para a construção da barragem foram evitadas para não ser necessária a realocação das armadilhas de queda após o início das obras. 5

17 3.1.2 Reservatório A área selecionada para amostrar o local previsto para o reservatório se localiza na margem esquerda do rio Teles Pires, em torno de m (por água) a montante do eixo da barragem. As transecções são linhas aproximadamente perpendiculares ao sentido do rio, partindo da floresta ciliar presente na margem. A Figura 3 exibe as transecções e pontos de escuta da área do reservatório da UHE Colíder. FIGURA 3 CROQUI INDICANDO AS TRANSECÇÕES E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. PONTOS COM SUFIXO B REFEREM-SE À AVIFAUNA, E PONTOS COM SUFIXO A REFEREM-SE À HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA. FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, 2012 O trajeto de ambas transecções cobre principalmente mata de terra firme, no entanto, a floresta deste local apresenta algumas particularidades como, por exemplo, a grande quantidade de palmeiras presente no estrato médio do ambiente florestal e o solo bastante arenoso. Uma via de acesso à beira do rio foi utilizada como transecção linear devido à possibilidade de se deslocar sem fazer ruídos e também por o solo exposto deste trecho propiciar uma grande quantidade de registros de pegadas de mamíferos. Os pitfalls foram instalados próximos ao leito do Rio Teles Pires. 6

18 Durante a primeira campanha a transecção B foi utilizada por todos os grupos, no entanto, a partir da segunda campanha foi observado que a presença de trabalhadores e/ou pescadores no rancho onde se localiza o início da transecções inviabilizava a coleta de dados devido à intensa movimentação de pessoas e do ruído produzido pelos mesmos e pelo gerador de energia elétrica. Desta forma, optou-se por escolher outra transecção na mesma região que tivesse as mesmas características e estivesse localizada na mesma margem do rio para a aplicação dos métodos de pesquisa em local livre de reservatório ou ADA. Desta forma, a partir da segunda campanha, o trabalho de captura de aves e morcegos, e a busca direta por exemplares da herpetofauna é realizado na transecção A. Apenas o armadilhamento não é possível, pois em duas das quatro fases de campo anuais a trilha permanece alagada devido à cheia do rio Teles Pires Área Controle O local selecionado para a Área Controle é a porção de floresta remanescente mais extensa nas proximidades da barragem, contendo mais de 15 km ininterruptos de floresta no sentido leste-oeste. A Figura 4 mostra a transecção e pontos de escuta da área Controle da UHE Colíder. O trecho coberto pela transecção apresenta formações florestais secundárias, onde ocorreu corte seletivo de árvores de grande porte conforme projeto de exploração sustentável da área. No entanto, mesmo sendo uma formação florestal secundária, a área é rica e diversificada. As armadilhas de queda foram instaladas inicialmente na porção inicial da transecção, porém, a estrada de acesso à usina foi construída à poucos metros deste local. Desta forma, foi necessário construir outra linha de pitfalls na porção intermediária da transecção para se evitar influências da estrada sobre os resultados. Após isso, a primeira linha de pitfalls foi desativada, estando em atividade apenas a nova linha. 7

19 FIGURA 4 CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA CONTROLE FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, Manutenção das parcelas e transecções As cercas-guia dos pitfalls foram integralmente substituídas nesta sétima campanha com o objetivo de substituir as lonas perfuradas e deterioradas por lona nova, garantindo,desta forma, a efetividade do método. Um total de 750 metros de lona foram repostos, considerando as três áreas amostrais (250 m por área). Foram despendidos três dias apenas para a substituição do material. Os baldes foram abertos para o início das capturas somente após a reforma dos pitfalls, e o mesmo esforço habitualmente aplicado foi obtido nesta campanha. 3.2 MÉTODOS Durante a sétima campanha, os métodos sistematizados utilizados para todos os grupos faunísticos abordados foram replicados nos mesmos ambientes, moldes e locais das campanhas anteriores e serão citados nos itens referentes aos resultados para cada grupo. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes 8

20 novos, com o objetivo de melhor investigar as áreas e descobrir populações ou espécies de interesse específico Trabalho de campo A sétima fase de campo do referido monitoramento foi realizada entre os dias 13 e 26 de julho de Todo o trabalho de fauna terrestre foi realizado simultaneamente, com as equipes dos três grupos faunísticos trabalhando nas áreas amostrais. Com o objetivo de maximizar o esforço de observação direta cada equipe amostrou uma área amostral, fazendo um rodízio que permitiu com que as três áreas fossem monitoradas ao longo de toda a fase Análise dos dados Após a obtenção dos dados em campo, as informações obtidas e os animais coletados foram levados aos laboratórios para análise e correta identificação. Foram feitas algumas análises estatísticas para efeito comparativo com as fases anteriores. Estas análises seguem o mesmo padrão apresentado nos relatórios anteriores. 9

21 4 RESULTADOS 4.1 HERPETOFAUNA Durante esta campanha os métodos sistematizados foram replicados nos mesmos ambientes e locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos no objetivo de melhor investigar as áreas, descobrir populações ou espécies de interesse específico e mitigar os efeitos de distribuições disjuntas Procedimentos Metodológicos Métodos Sistematizados Os métodos sistematizados foram aplicados entre os dias 17 e 22 de julho, quando cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias. Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps with Drift Fences, adaptado de Cechin & Martins, 2000) Em cada parcela de amostragem foram instaladas, duas linhas de pitfalls traps with drift fences, sendo uma delas em sentido ortogonal à transecção principal e a outra em posição paralela em relação à mesma. Cada linha foi composta por 12 baldes de 60 litros (pitfalls), os quais foram instalados a uma distância de 10 metros um do outro, interligados por uma cerca-guia de lona plástica (drift fence) com 50 cm de altura, enterrada cerca de 5 cm de profundidade no solo e mantida em posição vertical por estacas de madeira às quais foi fixada. Para evitar acúmulo de água, os baldes tiveram seu interior perfurado. Em cada balde foi colocado um pedaço de isopor (10 cm x 10 cm), o qual manteve-se suportado por quatro pequenos palitos. Esta estrutura serviu de abrigo para os animais em dias de muito sol e/ou flutuador em períodos de muito acúmulo de água. Cada linha de armadilha permaneceu aberta durante seis noites consecutivas e foram revisadas, periodicamente, duas vezes ao dia, ao amanhecer e entardecer. Ao final do período de amostragem obteve-se um esforço de 144 horas/balde por parcela e um total de 432 horas/balde de amostragem na região de implantação da UHE Colíder. 10

22 As armadilhas de interceptação e queda foram instaladas em ambientes que correspondiam principalmente à formação vegetal predominante em cada parcela de amostragem. Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de Martins & Oliveira, 1999) Este método consistiu em percorrer as transecções principais de todas as parcelas (2 km por parcela), onde uma área de até 50 metros de cada lado da linha central foi vasculhada, mediante o revolvimento do folhiço e de troncos caídos, visando o registro visual ou auditivo dos animais. Cada parcela teve sua transecção amostradas durante dois dias por três pesquisadores. Em cada dia foram realizadas duas horas de procura diurna e uma hora de procura à noite, totalizando um esforço de captura de 18 horas/homem de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de amostragem. Para anfíbios, foram contabilizados todos os machos anuros em atividade de vocalização, assim como os indivíduos visualizados em repouso. Como para a maioria das espécies de anuros não é possível uma contagem precisa do número de indivíduos vocalizando, porque muitos machos vocalizam ao mesmo tempo (coro), ou porque vocalizam muito próximos um do outro, foram empregadas as seguintes categorias de vocalização, modificadas de Lips et al. (2001 apud Rueda et al. 2006): 0 nenhum indivíduo da espécie vocalizando; 1 número de indivíduos vocalizando estimável entre 1-5; 2 número de indivíduos vocalizando estimável entre 6-10; 3 número de indivíduos vocalizando estimável entre 10-20; 4 formação de coro em que as vocalizações individuais são indistinguíveis e não se pode estimar o número de indivíduos (>20). Para estimar a abundância dos anfíbios, foi extrapolado o valor máximo de cada categoria amostral. Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s. adaptado de Scott Jr. & Woodward, 1994) Esse método consistiu na realização de transecções visuais e auditivas ao longo do perímetro de corpos d água (e.g. poças temporárias, lagoas, brejos, córregos, rios e veredas) onde geralmente as populações de anfíbios se agregam para a reprodução. 11

23 Os anfíbios foram contabilizados seguindo os mesmos critérios descritos na metodologia de Procura Sistematizada Limitada por Tempo. Alguns grupos de répteis (serpentes, quelônios e crocodilianos) também são comumente registrados por este método, já que muitas espécies utilizam os corpos d água como sítios de forrageamento e/ou reprodução. Durante o período de estudo, foram amostrados seis sítios de reprodução (e.g. brejos, riachos, veredas e poças) (Tabela 2), dois por parcela. As amostragens ocorreram à noite onde três pesquisadores realizaram as transeções durante uma hora. Desta forma obteve-se um esforço de captura de seis horas/homem de amostragem por parcela e um total de 12 horas de amostragem nas áreas de interesse. TABELA 2 AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR Ponto Localidade Ambiente/Fisionomia Coordenadas (UTM 21L) P1 Parcela 1 (AID) Lêntico / floresta P2 Parcela 1 (AID) Lêntico / área aberta P3 Parcela 2 (ADA) Lótico / área aberta P4 Parcela 2 (ADA) Lótico / floresta P5 Parcela 3 (AII) Lótico / campo P6 Parcela 3 (AII) Lótico / floresta Métodos não sistematizados Os métodos não sistematizados foram utilizados para categorizar os animais encontrados de forma aleatória nas áreas de interesse e complementar a lista de riqueza. Estes métodos foram aplicados desde o primeiro instante da equipe nas áreas de interesse até a partida (dia 13 a 26 de julho de 2012). Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT) Esse método consistiu em executar caminhadas ao longo de todas as áreas passíveis de se encontrar répteis e anfíbios (e.g. interior da floresta, estradas de acesso às parcelas, áreas antropizadas, margens do rio, poças temporárias, açudes, entre outros). Durante este método, os locais foram vistoriados detalhadamente, havendo inspeção de tocas, serrapilheira, poças temporárias, locais abrigados sob pedras, troncos caídos, entulhos, interior de bromélias, galhos de árvores e outros possíveis sítios utilizados como abrigos por répteis e anfíbios, conforme recomendado por Vanzolini et al. (1980). Esse método tem por objetivo ampliar o inventário das espécies, assim como obter informações sobre riqueza, distribuição no ambiente e 12

24 padrões de atividade. A procura ativa com coleta manual é um método bastante versátil e generalista de detecção e coleta de vertebrados em campo (Heyer et al., 1994). Assim como para o método de PSLT, foram empregadas as mesmas categorias de vocalização para o senso de anfíbios anuros, modificadas de Lips et al., 2001 apud Rueda et al., Procura com Carro (PC) A procura com carro correspondeu ao encontro de anfíbios e répteis avistados ou atropelados em estradas da região (Sawaya et al, 2008). O deslocamento da equipe em toda a AII do empreendimento contemplou este método, diariamente. Encontros ocasionais (EO) Como a observação de répteis é de caráter fortuito e demanda muito tempo em campo, necessita-se tanto da interação com os demais membros da equipe do monitoramento como de moradores ou trabalhadores locais para que se tenha obtenção de mais evidências da presença destes animais. Este método contemplou todas aqueles espécimes encontrados por terceiros ou quando a equipe não estava realizando as atividades supracitadas Análise dos dados Suficiência amostral: foi avaliada mediante a curva de registros acumulados das espécies. As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um excelente procedimento para avaliar o quanto o método testado se aproximou de identificar as espécies da área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral até formar um platô ou assíntota (Martins e Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), aproximadamente a riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004). As análises foram realizadas com base na matriz de dados de presença/ausência das espécies ao longo dos dias de amostragem, utilizando 500 adições aleatórias das amostras no programa EstimateS 7.52 (Colwell ). A estimativa da riqueza foi calculada a partir do número de espécies identificadas em função dos dias de amostragem. O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em Krebs (1989). 13

25 Taxa de captura: A abundância de espécies foi calculada dividindo o número de indivíduos avistado pelo número total horas de procura nos pontos. No caso de espécies de vida social (ex. anfíbios), a abundância foi estimada extrapolando o valor máximo de cada categoria amostral. Índice de Diversidade: a partir dos dados quantitativos foi feita uma média do número observado nos ambientes amostrados e assim calculado o índice de diversidade pelo método de Shannon-Wiener (Krebs, 1989) para cada ponto amostral. Similaridade: foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as parcelas, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amostras. A abundância das espécies foi transformada [log (x+1)] para diminuir o peso das espécies quantitativamente dominantes. Os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley 2001) Parcela 1 Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Nas armadilhas de queda da AID foram registrados cinco espécimes de duas espécies, sendo uma espécie de anfíbio (Leptodactylus hylaedactyla, n = 2) e uma espécie de lagarto (Kentropix calcarata, n = 3, Foto 1). A taxa de captura foi de 0,03 espécimes/hora/balde ou o equivalente a, aproximadamente, um espécime a cada 32 horas de funcionamento das armadilhas. A taxa de captura atual foi semelhante àquela registrada no período equivalente do ano de 2011 (campanha 3, taxa de captura = 0,02). Esses valores estão, provavelmente, relacionados à estação seca quando a atividade dos anuros é menor. 14

26 FOTO 1 JUVENIL DE Kentropix calcarata REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados seis espécimes de quatro espécies, sendo duas espécie de anuros (Leptodactylus hylaedactyla e Osteocephalus leprieurii) e duas espécies de lagartos (Ameiva ameiva e Kentropix calcarata). As espécies apresentaram abundâncias equivalentes. A taxa de captura correspondeu a 0,33 espécimes/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, quatro exemplares, registrados a cada hora de procura, um pouco inferior àquela observada no período equivalente do ano de 2011 (campanha 3). Apesar de inferior, a riqueza de espécies, observadas durante esta campanha, foi bastante semelhantes àquela observada na campanha 3, realizada em julho do ano de Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Não foi observada nenhuma espécie nos sítios reprodutivos durante a atual campanha de monitoramento de fauna. Aqueles sítios que correspondem a ambientes lênticos apresentavam-se praticamente secos, da mesma forma que as matas de várzea do Rio Teles Pires. Associado a isso, a presença de uma frente fria pode ter inibido a atividade de alguma espécie euriótica que eventualmente permanecem atividade durante a estação seca. Este método expressou as maiores diferenças em comparação com o período equivalente do ano de Como já mencionado, associado aos 15

27 efeitos provocados pela estação seca, que naturalmente promove uma redução na atividade de anuros e alguns répteis, a ocorrência de uma frente fria, pode ter contribuído para a obtenção dos valores observados. Ainda, a significativa alteração do sítio reprodutivo P2, por parte das obras do canteiro, também pode ter influenciado, significativamente nos resultados obtidos Registros não sistematizados Por meio do método de PALT foram registradas três espécies, sendo duas espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactyla e Hypsiboas boans) vocalizando em corpo de água lótico, e uma espécie de lagarto (Gonathodes sp.) (Foto 2). FOTO 2 ADULTO DE Gonathodes sp. REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012 Por meio do método de EO foram registradas duas espécies, o anuro Leptodactylus fuscus e o lagarto Tupinambis sp., esta última registrada pela primeira vez na parcela do canteiro de obras. Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 24 espécimes de oito espécies, sendo quatro espécies de anuros e quatro espécies de lagarto. Dentre os anuros, as famílias Hylidae e Leptodactylidae foram aquelas com representatividade (duas espécies cada). (Tabela 3). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 1,76. 16

28 TABELA 3 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DA UHE COLÍDER, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella marina sapo-cururu AQ, BSR Hylidae Hypsiboas boans Perereca PALT Osteocephalus leprieurii Perereca PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla Razinha AQ,PSLT,PALT, EO REPTILIA SQUAMATA Leptodactylus fuscus Rã-assoviadoraâ EO Teiidae Ameiva ameiva Calango PSLT Kentropix calcarata Lagarto AQ, PSLT Tupinambis sp. Tejú EO Gekkonidae Gonathodes sp. Lagartixa EO Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) As armadilhas de queda registraram um total de três espécimes de três espécies, sendo uma espécie de anuro (Rhinella margaritifera) e duas espécies de lagartos (Iphisa elegans e Mabuya nigropunctata). Atenção especial deve ser dada para Iphisa elegans, registrada pela primeira vez durante as campanhas de monitoramento de fauna (Foto 3). Este registro pode corresponder ao primeiro para esta região no estado do Mato Grosso. A taxa de captura foi de 0,02 espécime/hora/balde, o que equivale a, aproximadamente, um espécime capturado a cada 32 horas de funcionamento das armadilhas. Em comparação com o período equivalente do ano passado (campanha 3) pode-se observar valores bastante semelhantes entre as taxas de captura observadas. 17

29 FOTO 3 ADULTO DE Iphisa elegans REGISTRADO PELO MÉTODO DE AIQ FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Através deste método foram registrados cinco espécimes de quatro espécies, sendo três espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactyla, Osteocephalus leprieuriii e Rhinella margaritifera) e uma espécie de lagarto (Kentropix calcarata). Devido à baixa representatividade, as espécies apresentaram abundâncias equivalentes. A taxa de captura foi de 0,28 espécime/hora/homem ou o equivalente a um espécime registrado a cada quatro horas de procura. A taxa de captura, observada nesta campanha, foi inferior àquela observada no período equivalente do ano de 2011 (campanha 3, taxa de captura = 0,31), o que pode estar relacionado às baixas temperaturas observadas nesta campanha por ocasião de uma frente fria Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Da mesma forma que observado nos sítios reprodutivos da área do canteiro de obras, não foram registradas espécies nos sítios reprodutivos da ADA. Como já mencionado, existe uma grande variação vertical no volume de águas nos sítios reprodutivos da ADA durante a estação chuvosa os quais secam completamente durante a estação seca (Foto 4). 18

30 FOTO 4 SÍTIO REPRODUTIVO P4 COMPLETAMENTE SECO FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, Registros não sistematizados Por meio do método de PALT foram registrados 38 espécimes de quatro espécies na ADA. Destas, duas espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactyla n=3 e Hypsiboas boans n=33) e duas espécies de crocodilianos uma delas que ainda requer confirmação (Paleosuchus trigonatus e Caiman crocodilus). Nesta campanha, Hypsiboas boans entrou em atividade de vocalização às margens do Rio Teles Pires sugerindo inicio do período reprodutivo que se estende por toda estação seca (Lima et al., 2005). Durante a estação chuvosa os indivíduos foram observados às margens do rio, porém sem atividade de vocalização. Durante os dois dias de amostragem na ADA pôde-se verificar uma acentuada redução na atividade desta espécie diretamente 19

31 proporcional à queda da temperatura ambiente. No primeiro dia de amostragem foram registrados 24 indivíduos em coro. Após a entrada de uma frente fria, no segundo dia, ocorreu uma redução da atividade de vocalização, sendo registrados apenas nove indivíduos. A atividade de vocalização só retornou aos padrões originais quando a temperatura ambiente regularizou em virtude do término da frente fria. Quanto à espécie Caiman crocodilus, foi visualizado um possível espécime que ultrapassava dois metros de comprimento, às margens do Rio Teles Pires. Devido ao seu tamanho avantajado, descarta-se a espécie Paleosuchus trigonatus e sugere-se a espécie Caiman crocodylus sustentado pelo fato desta última espécie já ter sido registrada pela equipe de resgate de fauna. Mais uma vez destaca-se a real necessidade da implantação de projetos específicos para as espécies de crocodilianos e quelônios que ocorrem no Rio Teles Pires Essa necessidade torna-se ainda mais evidente durante a fase pré-enchimento, a fim de produzir dados mais robustos para comparações futuras com o período de pósenchimento do reservatório. Desta forma, sugere-se um esforço direcionado especificamente a estes dois grupos. Por meio do método de EO foram registradas duas espécies de serpentes para a ADA, ambas ainda não registradas nas campanhas de monitoramento. Foram elas Hydrodinastes gigas e Xenodon merremii. FOTO 5 ADULTO DE Xenodon merremi REGISTRADO PELO MÉTODO DE EO FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN,

32 Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 48 espécimes de 11 espécies da herpetofauna na parcela ADA (Tabela 4). Do total de espécies registradas, quatro corresponderam a anuros, três espécies de lagartos, duas espécie de serpentes e duas espécie de jacarés. O índice de diversidade de Shannon- Wiener foi de SW = 1,28. TABELA 4 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella margaritifera Sapo PSLT Hylidae Hypsiboas boans Perereca PALT Osteocephalus leprieuriii Perereca PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla Razinha PSLT REPTILIA SQUAMATA Iphisa elegans AQ Mabuia nigopunctata AQ Kentropix calcarata PSLT CROCODiLIA Alligatorydae Caiman crocodylus jacaré PALT Paleosuchus trigonatus Jacaré-coroa PALT Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII, controle) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Não foram registrados espécimes nas AIQ da AII. Em comparação com a campanha 3, realizada em período equivalente do ano de 2011, também observou-se uma baixa abundância de espécimes capturados. No geral, as armadilhas de queda, independentemente da parcela amostrada, registraram uma baixa diversidade e abundância de espécimes e espécies, menor ainda do que aquelas observadas em julho de 2011, provavelmente em virtude das baixas temperaturas registras durante a 21

33 atual campanha o que, provavelmente, implicou em uma menor mobilidade por parte da herpetofauna Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados apenas cinco exemplares da espécie Leptodactylus hylaedactyla. A taxa de captura foi de 0,28 espécies/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, quatro espécies capturados a cada hora de amostragem. No período equivalente do ano de 2011 foram registrados dados muito semelhantes, quando apenas a espécie Leptodactylus hylaedactyla foi registrada em uma taxa de captura de 1,66 espécime/hora/homem Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Não foi registrada nenhuma espécie nos sítios reprodutivos da AII Registros não sistematizados O método de PALT registrou dez espécimes de cinco espécies, três espécies de anuros (Hypsiboas boans, Osteocephalus leprieurii e Leptodactylus hylaedactyla), a serpente Thaeniophalus sp. e o lagarto Cnemidophorus sp. (Tabela 5). As espécies de serpente e lagarto foram registradas pela primeira vez nas campanhas de monitoramento, ambas em uma área de Cerrado na AII. Vale destacar dois registros realizados por meio de encontros ocasionais. Mais uma vez foi registrado um exemplar da serpente Lachesis muta (Foto 6) termorregulando junto à cerca-guia das armadilhas de queda. A área da AII tem se revelado muito produtiva quanto à ocorrência desta espécie chave. Além desta espécie, foi registrado o anuro Phyllomedusa vailant cruzando a trilha no chão da floresta, durante a noite. Vale destacar que todos os exemplares desta espécie registrados na AII foram encontradas perambulando pelo solo da floresta, o que sugere que há um sítio reprodutivo desta espécie pelas proximidades, mas ainda não encontrado. 22

34 FOTO 6 FÊMEA ADULTA DE Lachesis muta REGISTRADA PELO MÉTODO DE EO FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012 Com a soma dos resultados obtidos por meio de todos os métodos de amostragem, foram registrados 17 exemplares de sete espécies, sendo quatro espécies de anuros, duas espécies de serpentes e uma espécie de lagarto. O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 1,65. TABELA 5 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Hylidae Hypsiboas geographicus Perereca PALT Osteocephalus leprieurii. Perereca PALT Phyllomedusa vailant Perereca-macaco EO Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla Rãzinha PSLT, PALT REPTILIA SQUAMATA Teiidae Cnemidophorus sp. Calango PALT Colubridae Taeniophalus sp. Corredeira PALT Viperidae Lachesis muta* Pico-de-jaca EO 23

35 4.1.6 Espécies endêmicas, raras ou não descritas Deve-se atenção especial à serpente pico-de-jaca ou surucucu (Lachesis muta), frequentemente encontrada nos fragmentos de mata da área-controle. Ainda vale destacar aquelas espécies ubiquitárias que podem corresponder à complexos de espécies. Além daquelas mencionadas em outras campanhas, destacam-se, também, as espécies do gênero Cnemidophorus Espécies procuradas para caça Até o momento, pelo menos cinco espécies que compõem a herpetofauna da região estudada podem sofrer pressão de caça: a rã Leptodactylus labirinticus, os jacarés Caiman crocodilus e Paleosuchus trigonatus, o jabuti Chelonoides denticulatae e o lagarto Tupinambis sp. Mesmo não representando animais utilizados na caça de subsistência, serpentes são alvos frequentes da população, provavelmente, por serem animais estigmatizados desde o gênesis. Desta forma, representam animais de interesse sempre que existir sobreposição de ocorrência com intensa atividade humana Espécies de interesse econômico Deve-se dar atenção especial para as espécies citadas nos itens Espécies procuradas para caça e Espécies de interesse veterinário por representarem animais que fazem parte da dieta dos moradores locais e que infringem acidentes ofídicos, o que afeta diretamente a força de trabalho humano, possuindo assim viés econômico Espécies de interesse científico Como já mencionado, devido a escassez de estudos realizados na região, as taxocenoses de répteis e anfíbios são de inquestionável relevância para a ciência Espécies de interesse médico-veterinário Das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a área, oito serpentes (as jararacas, Bothrops atrox, Bothrops moojeni e Bothropoides taeniatus; Lachesis muta; e as corais Micrurus sp., Micrurus lemniscatus, Micrurus paranaensis e Micrurus 24

36 surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário, por ocasionarem acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação. Além das serpentes, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf. schneideri, R. margaritifera, Rhaebo guttatus) que podem ocasionar intoxicação em animais domésticos, como cães e gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos Espécies indicadoras de qualidade ambiental Como já descrito, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto, segundo Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita apresentar alta abundância e frequência de ocorrência em determinada área. Neste sentido, espécies de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa abundância nas áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de poder ser afetadas por impactos ambientais decorrentes da implantação e funcionamento da UHE Colíder. Espécies que ocorrem habitualmente às margens do Rio Teles Pires seriam bons modelos para tentar estabelecer comparações entre os momentos pré e pós-enchimento do reservatório. Destas, destacariam-se Hypsiboas boans (extremamente frequente na vegetação arbustiva ripária do Rio Teles Pires), Leptodactylus rhodomistax e algumas espécies de sapos que parecem utilizar as partes alagadas do rio para a reprodução (e.g. Rhinella margaritifera e Rhaebo guttatus). Por ser de fácil visualização e captura, além de ocuparem posição ápice na cadeia alimentar (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), o jacaré Paleosuchus trigonatus poderá funcionar como excelente bioindicador de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental ao longo do processo de implantação da usina hidrelétrica de Colíder. No entanto, sugere-se a elaboração de projetos que atendam especialmente esta espécie, assim como projetos direcionados à fauna de quelônios da região Riqueza e abundância Como esperado, por ocasião da estação seca, a atividade das espécies da herpetofauna apresentou significativa redução em comparação com a campanha anterior (abril/2012), implicando em valores baixos de riqueza e abundância das 25

37 espécies. Mesmo quando estes valores são comparados com aqueles obtidos no período equivalente do ano de 2011 (campanha 3) são bastante baixos, o que poderia ser explicado, pelo menos em partes, pelas baixas temperaturas ambientais, consequentes de uma frente fria que se instalou no estado no momento das amostragens. (Tabela 6). A junção do período seco com as baixas temperaturas ambientais, provavelmente, explicariam a baixa riqueza e abundâncias observadas. TABELA 6 ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL Método Parcela Riqueza (espécies) Taxa de captura (espécimes/hora/homem) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR Diversidade (SW) AID (1) ,05 1,5 16,5 2,29 AID (2) ,05 1,5 11,33 2,03 AID (3) ,02 0,8 0,5 2,08 AID (4) AID (5) ,04 0, ,27 AID (6) ,24 0,67 4,5 2,28 AID (7) 2 4-0,03 0,33-1,76 ADA (1) ,11 0,94 1,08 2,19 ADA (2) ,20 2,5 3,50 1,88 ADA (3) ,03 3,1 6,17 2,08 ADA (4) ADA (5) ,27 1,28 4,3 1,84 ADA (6) ,09 1,33 0,02 2,40 AID (7) 3 4-0,02 0,28-1,28 AII (1) ,09 0,38 2,66 2,39 AII (2) ,16 5,5 1,67 AII (3) ,04 1,6 6,5 1,79 AII (4) AII (5) ,01 0,28 14,8 2,09 AII (6) ,05 0,17 3,5 2,41 AII (7) ,06 - Nota: Em negrito os resultados obtidos entre os períodos equivalentes da terceira e sétima campanhas. AID = canteiro de obras, ADA = reservatório e AII = área controle; método sistematizado: AIQ = armadilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada limitada por tempo e ASR = amostragens em sítio reprodutivo e diversidade (SW = índice de Shannon-Wiener); (1) = primeira campanha, (2) = segunda campanha, (3) = terceira campanha, (4) = quarta campanha, (5) = quinta campanha, (6) sexta campanha, (7) sétima campanha. 26

38 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a sétima campanha Nesta sétima campanha, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de, aproximadamente, 33% as parcelas em dois grupos. Dos grupos formados, o que apresentou maior índice de similaridade está unido no nível de, aproximadamente 47% e constituído pelas parcelas ADA e AID. A parcela da AII está separada em um grupo a parte (Figura 5). FIGURA 5 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA Em comparação com a campanha 3, realizada em um período equivalente do ano de 2011, pode-se observar que a análise de Cluster (Figura 6) arranjou as parcelas de forma semelhante, porém com menor similaridade entre os grupos. Naquela oportunidade, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de, aproximadamente, 9% as parcelas em dois grupos. Destes, o agrupamento que apresentou o maior índice de similaridade esteve unido no nível de, aproximadamente, 28% e constituido, também, pelas parcelas ADA e AID. A parcela de AII esteve separada em um grupo à parte. Naquela campanha, as parcelas estabeleceram similaridade com valores bastante baixos, o que poderia estar refletindo a baixa diversidade amostrada naquele momento. 27

39 FIGURA 6 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (AID, ADA E AII) DURANTE A TERCEIRA CAMPANHA Suficiência amostral A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos através dos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de amostragem. Até o momento estes métodos registraram um total de 61 espécies. A curva de suficiência amostral continua em formato ascendente, indicando que o número de espécies da herpetofauna, nas parcelas de interesse, é superior ao registrado pelos métodos sistematizados até o momento (Gráfico 1). Este fato pode ser confirmado pelas espécies registradas, exclusivamente, pelos métodos não sistematizados. O estimador de riqueza Jacknife projetou um total de, aproximadamente, 77 espécies (SD = 3,55) para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza observada (61 espécies), pode-se afirmar que os métodos sistematizados aplicados amostraram, aproximadamente, 79% do total de espécies estimadas para as parcelas até o momento. 28

40 GRÁFICO 1 CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS SETE CAMPANHAS No Gráfico 1, a primeira campanha corresponde aos dias 1 a 6, a segunda campanha aos dias 7 a 12, a terceira campanha aos dias 8 a 18, a quinta campanha aos dias 19 a 24, a sexta campanha aos dias 25 a 30, e a sétima campanha aos dias 31 a 36. A quarta campanha foi interrompida logo no início das atividades e não está contabilizada na análise. A linha contínua representa a curva média e as linhas pontilhadas representam os intervalos de confiança (95%) Considerações finais Os resultados obtidos parecem de acordo com o esperado para o período seco. No entanto, associado à sazonalidade imposta pelo regime de chuvas na atividade das espécies, também deve-se considerar outros fatores ecológicos que, de forma mais restrita, podem promover variações na atividade e, consequentemente, nos valores observados de riqueza e abundância das espécies (Carvalho, 2008). Por exemplo, as baixas temperaturas observadas nesta campanha, certamente contribuíram com a baixa riqueza e abundâncias registradas para as espécies da herpetofauna. Isso pode ser sugerido com base nos resultados obtidos através da metodologia de coleta passiva, as AIQs, que produziu resultados abaixo do esperado, provavelmente em função da baixa mobilidade das espécies por ocasião da baixa temperatura ambiental. Esta redução da atividade foi diretamente foi observada em algumas 29

41 espécies, como por exemplo, Hypsiboas boans ao longo das margens do Rio Teles Pires na ADA. A espécie estava em plena atividade de vocalização antes da variação da temperatura. Após a entrada da frente fria, esta atividade foi reduzida drasticamente, retornando aos padrões originais somente após a passagem da frente fria, com a regulação da temperatura. No geral, até o presente momento, foram registradas durante o monitoramento 41 espécies de anfíbios anuros, 30 espécies de serpentes, 11 espécies de lagartos, três espécies de quelônios e duas espécies de crocodilianos, totalizando 87 espécies da herpetofauna. No entanto, tanto a curva de suficiência amostral quanto o estimador de riqueza Jacknife sugerem que o número de espécies nas parcelas de amostragem seja superior ao observado até o momento, o que pode ser comprovado pelas espécies registradas no resgate de fauna que ainda não compõem a lista de riqueza do monitoramento de fauna. 30

42 4.1 AVIFAUNA Procedimentos Metodológicos Identificação das Espécies A identificação das espécies de aves ocorreu basicamente por meio de três métodos distintos, descritos a seguir: Registro Visual (Observação Direta) Durante todo o período de permanência na área de estudo houve contatos visuais com elementos da avifauna. Todos os táxons foram identificados até o nível de espécie após observação de caracteres de diagnose específicos de cada ave. Equipamentos ópticos foram utilizados para a correta identificação, como binóculos 8x42 mm e lunetas 30x60 mm. Registro Auditivo (Bioacústico) O registro auditivo consiste no reconhecimento das emissões vocais das espécies em questão. Cada espécie de ave possui vocalizações exclusivas e a experiência dos pesquisadores permite sua correta identificação. Para gravar espécies importantes localmente ou mesmo para solucionar alguma eventual dúvida auditiva, foram utilizados equipamentos profissionais de gravação: dois gravadores Olympus Digital Recorder LS-10 e um gravador Sony TCM-5000, além de três microfones Sennheiser ME-66. As gravações foram armazenadas em acervo particular dos pesquisadores, e em caso de dúvidas a respeito de emissões vocais não conhecidas, os arquivos serão analisados em laboratório e comparados com gravações semelhantes. As gravações serão editadas em softwares específicos e sonogramas serão obtidos utilizando-se softwares de edição de áudio. A técnica do playback foi utilizada para se obter uma melhor visualização de aves crípticas, ou mesmo registrá-las fotograficamente. Para tanto foram utilizadas prioritariamente vocalizações gravadas na área de estudo. Além disso, a mesma técnica foi utilizada para a verificação da presença de algumas espécies esperadas para a região, conforme análise dos hábitats disponíveis. Para tanto, gravações de 31

43 outras localidades foram tocadas em hábitats propícios à detecção de cada espéciealvo. Para aplicar a técnica de playback foram utilizados aparelhos para a reprodução de arquivos sonoros contendo bancos de dados dos próprios pesquisadores e amplificadores portáteis de alta qualidade. Registro por Captura Algumas espécies de aves somente foram registradas por meio de capturas em redes de neblina. Este método é eficiente para espécies crípticas que habitam o sub-bosque da floresta, pois podem passar despercebidas durante as contagens nos pontos fixos ou durante os deslocamentos pelas transecções devido ao hábito ou por não estarem em atividade vocal Avaliações Quantitativas As avaliações quantitativas foram realizadas utilizando dois métodos distintos: anilhamento e contagens em pontos de escuta. Abaixo serão descritos os dois métodos. Anilhamento (Captura/Marcação) Foram instaladas 12 redes de neblina (12 x 3 m; malha 15 e 20 mm) em cada uma das três áreas amostrais (canteiro de obras, reservatório e área controle). Foram despendidos dois dias inteiros de rede em cada área, ou seja, duas manhãs e duas tardes. As redes foram abertas ao amanhecer, permanecendo em funcionamento até o horário mais quente do dia, sendo reabertas no meio da tarde e mantidas em funcionamento até anoitecer. As revisões foram efetuadas a cada 30 minutos. Foram despendidos três dias adicionais apenas para remoção e instalação das redes nas demais áreas amostrais para que o horário de maior movimentação das aves não fosse prejudicado pela atividade de instalação dos petrechos de captura. Todos os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos de pano para posterior marcação com anilhas metálicas coloridas e numeradas. Foram anotadas em ficha de campo as seguintes informações: local de captura (parcela amostral), espécie, sexo, faixa etária, massa corpórea, medidas morfométricas (cúlmen exposto, comprimento do tarso, asa, cauda e total), presença de muda de penas (rêmiges primárias, rêmiges secundárias, retrizes e tetrizes), presença de placa de incubação, 32

44 ectoparasitas e anomalias. Após o anilhamento, todas as aves foram fotografas e soltas no local onde foram capturadas. A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Pontos de Escuta Com o objetivo de se obter dados quantitativos adicionais aos obtidos com capturas e marcação, foi utilizado o método de censos em pontos fixos, proposto por Blondel et al. (1970), adaptado por por Viellard & Silva (1990) e Bibby (1992). Os censos em pontos fixos foram conduzidos nas três áreas amostrais. Em cada área foi aberta uma picada de 2 km de comprimento onde foram estabelecidos seis pontos de contagem. A distância entre cada ponto foi de no mínimo 300 m para garantir a independência amostral. As contagens foram conduzidas apenas pela manhã, pois o período da tarde apresenta baixa movimentação de aves, dando a falsa impressão dos táxons não estarem presentes. O tempo de duração em cada ponto de escuta foi de 15 minutos. O raio de detecção estipulado foi de 150 m de cada lado da linha central. Os dados obtidos com este método foram apresentados pelo Índice Pontual de Abundância (IPA). O IPA de cada espécie foi obtido dividindo-se o número de contatos de cada espécie pelo número de amostras, sendo, portanto, um valor médio de contatos de determinada espécie por ponto de amostragem. Este valor indica a abundância de cada espécie em função de seu coeficiente de detecção naquele período do ano. As contagens tiveram início ao amanhecer, prosseguindo até as 11:00 h. Qualquer espécie da avifauna identificada visual e/ou auditivamente em cada ponto foi considerada. Um cuidado adicional com o deslocamento de cada ave foi tomado para se evitar sobrecontagens. Espécies coloniais ou que se reúnem para rituais de corte (comportamento de lek) foram registradas como um único contato. A localização de cada ponto de contagem pode ser conferida nos croquis das áreas amostrais, apresentados no item 3.1 (Figura 2, Figura 3, Figura 4). 33

45 Cabe ressaltar que foram despendidos outros dois dias de amostragem apenas para coleta de dados não-sistematizados. Este método é muito eficiente, pois propicia a amostragem de locais de interesse, com dedicação total à busca de espécies importantes para o estudo, sem a preocupação de desconsiderar dados ou hábitats importantes para ficar restrito apenas aos métodos descritos acima Análise dos Dados Após a obtenção dos dados em campo, foram feitas algumas análises para efeito comparativo com as fases subsequentes. Abaixo são descritas as análises consideradas. Curva do Coletor As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um bom procedimento para avaliar o quanto um inventário se aproxima de identificar todas as espécies esperadas para a área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicialmente ascendente, de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral, até formar um platô ou assíntota (Martins & Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), grande parte da riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004). Similaridade entre as áreas amostrais A análise de Cluster foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as três áreas amostrais, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amostras. Os dados foram compilados em uma matriz de presença ausência e os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley, 2001). O índice de similaridade entre as áreas pode variar entre 0 e 100%. Quanto maior for o valor percentual obtido com a análise de similaridade, mais semelhantes são as áreas comparadas. 34

46 4.1.2 Riqueza de espécies Durante a sétima fase de campo do monitoramento pré-enchimento da avifauna na área prevista para a UHE Colíder foram registradas, no total, 260 espécies. Este valor é muito semelhante aos observados nas campanhas anteriores (259 espécies na sexta fase e 264 espécies na quinta). Com as informações obtidas, foram acrescentadas 20 espécies à lista de aves, totalizando uma riqueza de 425 táxons (424 espécies e duas subespécies de uma mesma espécie) para as sete primeiras fases de campo. Com os resultados obtidos até então, 68.2% de toda a avifauna esperada para a região já foi registrada. A Tabela 7 apresenta todos os táxons esperados para a região norte do estado de Mato Grosso, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem ser consultados todas as espécies registradas durante as sete primeiras fases, (com a indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), a indicação dos dados citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil. 35

47 TABELA 7 LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SETE PRIMEIRAS FASES DE CAMPO, E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Struthioniformes Rheidae Rhea americana (Linnaeus, 1758) Tinamiformes Tinamidae ema Tinamus tao Temminck, 1815 azulona 7 3,7 3,4,5,6,7 Tinamus major (Gmelin, 1789) inhambu-de-cabeça-vermelha Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 inhambu-galinha 7 5,6 X Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) inhambu-preto 1,2 1,6 3 X Crypturellus soui (Hermann, 1783) tururim 1,2,3,5,7 3 3,7 X Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu 1,2,3,5,6,7 1 1,2,3,4,5 Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó X Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) inhambu-relógio 1,2,5,6,7 1,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) inhambu-anhangá Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 5 2,5,6,7 X Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inhambu-chintã 1,2,3,5,6 3 6 Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela 3 Taoniscus nanus (Temminck, 1815) Anseriformes Anhimidae Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) Anatidae inhambu-carapé anhuma 36

48 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Dendrocygninae Reichenbach, 1850 Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) asa-branca 3 Anatinae Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato 5 7 Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 pato-de-crista Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho 1,5 Galliformes Cracidae Ortalis guttata (Spix, 1825) aracuã Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) aracuã-pequeno Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba X Penelope jacquacu Spix, 1825 jacu-de-spix 1,3,6,7 1,2,3,5,6 1,2,4,5 X Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) cujubi 3,5,6 1,2,3,6,7 X Pauxi tuberosa (Spix, 1825) mutum-cavalo 2,3,6,7 X Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho 3,7 X Odontophoridae Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado 6 2,3,5,7 6 X Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador Ciconiiformes Ciconiidae 37

49 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú 3 Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca 3,7 3,7 Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá 1,5,6,7 Anhingidae Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga 1,5 1,5,7 Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi 1,6 3 Agamia agami (Gmelin, 1789) garça-da-mata Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) arapapá 1,3,4 1 Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) socoí-zigue-zague 1 1,5 Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho 1 1,2,6 1,2,7 Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 1 1,2,3,4,5,6,7 Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura 3,6,7 Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1 1,5 1,2,4,5,7 Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real 1,5 2,3,4,5,7 1 Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena 1 1,3,6 1 Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) coró-coró 5 Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca 38

50 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Platalea ajaja Linnaeus, 1758 colhereiro Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha 1 1 1,5 Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela ,7 X Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 urubu-da-mata 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,5,6,7 1,2,4,5,6,7 X Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 1,2,4,5,6,7 1,5 1,5 1,2,4,5,6,7 Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei 5 2,5,7 7 7 X Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora Accipitridae Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza 7 Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) caracoleiro Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura 2 3,7 X Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho 1,7 X Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 2 Harpagus bidentatus (Latham, 1790) gavião-ripina Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) tauató-pintado Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) gavião-miudinho 3 6 Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-bombachinha-grande Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) sauveiro-do-norte 7 Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi 1 X Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo 39

51 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) gavião-pernilongo Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto 3 1,7 Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 1,5,6, ,2,3,4,5,6,7 X Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) gavião-asa-de-telha Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco 1 1,3,4,5,7 X Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) águia-chilena 3 Pseudastur albicollis (Latham, 1790) gavião-branco 1,2,7 1 3 Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 gavião-vaqueiro 3,7 Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 1,2,3,5,6 3 5,6 X Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 5 3 X Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto X Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-de-rabo-barrado Morphnus guianensis (Daudin, 1800) uiraçu-falso Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-real 7 Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco 2 1,5,6 Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato 5 5,6 3 Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-penacho 1,2,7 Falconiformes Falconidae Daptrius ater Vieillot, 1816 gavião-de-anta 1,5 1,2,3,5,6 7 X Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralhão X Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 1,5 3 1,3,4,5,6,7 X Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1 40

52 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã 1,3,7 5,6 3,5 1,5,7 X Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé 7 X Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) falcão-mateiro X Micrastur mintoni Whittaker, 2002 falcão-críptico 1 2,3,6,7 3 Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) tanatau 7 2,5 Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 1,5,7 1,3,5,6 Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 2,3,4,5 3,4,5,7 X Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja X Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira 5 Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino Eurypygiformes Eurypygidae Eurypyga helias (Pallas, 1781) pavãozinho-do-pará 3 1,5,6 Gruiformes Aramidae Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 2 Psophiidae Psophia viridis Spix, 1825 jacamim-de-costas-verdes X Rallidae Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes X Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) saracura-lisa Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) sanã-castanha 5 Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim 1,7 41

53 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó 1 1 Neocrex erythrops (Sclater, 1867) turu-turu Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum 3 Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul Heliornithidae Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra 5 3 Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema Charadriiformes Charadriidae Vanellus cayanus (Latham, 1790) batuíra-de-esporão Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 1,2,3,4,5,6,7 5 1,2,3,4,5,6,7 Recurvirostridae Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) pernilongo-de-costas-negras Scolopacidae Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) narceja Gallinago undulata (Boddaert, 1783) narcejão Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) maçarico-grande-de-perna-amarela Tringa flavipes (Gmelin, 1789) maçarico-de-perna-amarela Jacanidae Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1,6,7 42

54 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-anão Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande 7 Rynchopidae Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar Columbiformes Columbidae Columbina minuta (Linnaeus, 1766) rolinha-de-asa-canela Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou 1,2 1,2,3,4,6,7 Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul 2,3,7 3 3,6 X Uropelia campestris (Spix, 1825) rolinha-vaqueira Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) pomba-trocal 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão 1,6 1,2,4,5,6,7 X Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega X Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) pomba-botafogo 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 X Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu X Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira 1,2 1,3,5,6,7 1,3 1 X Geotrygon violacea (Temminck, 1809) juriti-vermelha Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri 1,3 7 X Psittaciformes Psittacidae Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) arara-azul-grande 43

55 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé 1,3,4,5,6,7 5 1,2,3,5,6,7 X Ara macao (Linnaeus, 1758) araracanga 1,2,3,4,5,6,7 3,5,6,7 5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande 7 X Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-guaçu 1,2,3,4,5,6,7 3,4,5,6,7 3,5,6,7 1,2,4,5,6,7 X Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783) maracanã-do-buriti 1,3,5 6,7 5 1,2,3,4,5,7 X Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira 2,5,6 6,7 3,7 3,4,5,6,7 X Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena 1,2,3,4,5,6,7 3,6,7 2,5,6,7 1,2,4,5,6 X Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) aratinga-de-testa-azul Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã 1,2,3,5 6,7 2 2,3,4,5 X Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 tiriba-do-madeira 1,2,3,4,5,6,7 3,5,7 2,3,4,5,6,7 1,3,5,6 X Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim Forpus modestus (Cabanis, 1848) tuim-de-bico-escuro 1,2 Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-amarelo 2,3,4,5,6,7 3 3,4,5 1,3,4,5,6,7 Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766) periquito-de-asa-dourada 1 1 X Touit huetii (Temminck, 1830) apuim-de-asa-vermelha 6 6,7 3,5,6 Touit purpuratus (Gmelin, 1788) apuim-de-costas-azuis Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) marianinha-de-cabeça-amarela 1,2,3 1,3,5,7 1,2,3,4,5,6,7 Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, Raposo & Höfling, 2002) curica-urubu papagaio-de-cabeça-laranja Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) curica-de-bochecha-laranja 3,6,7 2,5,6 3,5,6 Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) maitaca-de-cabeça-azul 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 X Amazona kawalli Grantsau & Camargo, 1989 papagaio-dos-garbes Amazona farinosa (Boddaert, 1783) papagaio-moleiro X 44

56 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica 5 X Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788) papagaio-campeiro 1,2,3,4,5,6,7 3 3,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) anacã 1,2,3,5,6,7 3,5,6,7 1,3,4,5 Opisthocomiformes Opisthocomidae Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) cigana Cuculiformes Cuculidae Cuculinae Coccycua minuta (Vieillot, 1817) chincoã-pequeno Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 5,6,7 3,6,7 3 X Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) chincoã-de-bico-vermelho 1,2,5,6 1 1,3,5 Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta-acanelado X Crotophaginae Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca 7 2,3 X Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1,5 1,2,3,4,5,6,7 Taperinae Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) peixe-frito-verdadeiro Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 peixe-frito-pavonino 7 Neomorphinae Neomorphus sp. jacu-estalo Strigiformes 45

57 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Tytonidae Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja 3,7 1,2 Strigidae Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-orelhuda 1,4,5,6,7 Megascops usta (Sclater, 1858) corujinha-relógio 2,3,4,5,6,7 3,5,7 1,2,3,4,5,7 1,3 X Lophostrix cristata (Daudin, 1800) coruja-de-crista 1,2,7 2,3,5 Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu 3 Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu Strix virgata (Cassin, 1849) coruja-do-mato Strix huhula Daudin, 1800 coruja-preta Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 caburé-da-amazônia 1 X Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé 5 Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3 1,2,3,4,5,7 Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo Caprimulgiformes Nyctibiidae Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) mãe-da-lua-gigante 5 4 Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua 3,7 X Caprimulgidae Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) bacurau-ocelado 2,3,5,6,7 3,7 1,2,3,4,5,7 Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 bacurau-rabo-de-seda Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju 6,7 1 X Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) bacurau-de-cauda-barrada 7 Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848) bacurau-de-lajeado 1,7 3,5,7 3 4 X 46

58 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 1,2,3,4,5,6,7 1,3 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 X Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã 3,7 3 Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) bacurau-de-rabo-maculado Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) acurana Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura 3 3,6 Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurauzinho Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão 6 Chordeiles minor (Forster, 1771) bacurau-norte-americano Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) bacurau-de-asa-fina Chordeiles sp. bacurau 3 Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) taperuçu-preto Cypseloides senex (Temminck, 1826) taperuçu-velho Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-branca Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-cinzento X Chaetura egregia Todd, 1916 taperá-de-garganta-branca 1,2,6 Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 andorinhão-de-chapman Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto 1,6 1 X Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti 7 1,5 X Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) andorinhão-estofador 7 Trochilidae Phaethornithinae Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto 3 2,6 3 3 X 47

59 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) balança-rabo-de-garganta-preta Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes 7 X Phaethornis malaris (Nordmann, 1835) besourão-de-bico-grande 3 Trochilinae Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza 3 1 2,3 X Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) beija-flor-tesoura beija-flor-azul-de-rabo-branco Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta 3,7 3 3 X Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) beija-flor-de-bico-virado topetinho-verde rabo-de-espinho Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde 1,4,5,6 1,3,5,7 2,4,5 X Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira 7 Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo 6 2,3 Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca 3 2,3 3 Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela 3 Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul 1,6 1,5,7 5 X Heliactin bilophus (Temminck, 1820) Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) Trogoniformes Trogonidae chifre-de-ouro bico-reto-cinzento 7 estrelinha-ametista 48

60 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Trogon melanurus Swainson, 1838 surucuá-de-cauda-preta 1,2,3,4,5,6,7 3,5 1,2,3,4,5,7 Trogon viridis Linnaeus, 1766 surucuá-grande-de-barriga-amarela 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,6,7 2,3,4,5,6,7 X Trogon ramonianus Deville & DesMurs, 1849 surucuá-violáceo 2,5,6,7 1,5 6 Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-de-barriga-vermelha 6,7 3 X Trogon rufus Gmelin, 1788 surucuá-de-barriga-amarela 7 1 X Trogon collaris Vieillot, 1817 surucuá-de-coleira 5,6,7 1,2,3,5,6,7 X Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) surucuá-pavão 3 X Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande 2 1,2,3,4,5,6,7 1,2 Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde 2 1,2,3,4,5,6,7 1,2 Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho 2 5 X Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno 6 1,2,3,4,5,6,7 Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) martim-pescador-da-mata 3,5 X Momotidae Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829) udu-de-bico-largo 3,5 Baryphthengus martii (Spix, 1824) juruva-ruiva Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul 1,2,3,4,5,6,7 6 6,7 X Galbuliformes Galbulidae Brachygalba lugubris (Swainson, 1838) ariramba-preta 2 X Galbula cyanicollis Cassin, 1851 ariramba-da-mata 1,7 3,6 1 Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva 1,2,3,4,5,7 5,6 X Galbula leucogastra Vieillot, 1817 ariramba-bronzeada 1,2,3,5,6,7 1 Galbula dea (Linnaeus, 1758) ariramba-do-paraíso 1,2,3,6,7 1 1,2,3 X 49

61 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) jacamaraçu 2,3,4,5,6,7 1,2,4,5,6,7 Bucconidae Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) macuru-de-pescoço-branco 1,3 5 2,5,7 Notharchus ordii (Cassin, 1851) macuru-de-peito-marrom 2,3,7 1,2 Notharchus tectus (Boddaert, 1783) macuru-pintado 2,6,7 3,5,6,7 5 Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-carijó 3,6 Bucco capensis Linnaeus, 1766 rapazinho-de-colar 1,7 Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) rapazinho-estriado 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5 Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos Malacoptila rufa (Spix, 1824) barbudo-de-pescoço-ferrugem 1 Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) freirinha-de-coroa-castanha 2,3 2,4,3,6 Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto 1,2,5,7 1,2,3,4,5,6,7 3 X Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823) chora-chuva-de-cara-branca 1,2,5,6 5 1,2,3,4,5,6 Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho 1,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,5 1,5,6 X Piciformes Capitonidae Capito dayi Cherrie, 1916 capitão-de-cinta 1,5 2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Ramphastidae Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papo-branco 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 tucano-de-bico-preto 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6 X Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould 1,3,5 1,2,3,6,7 1,2,3,5,6 Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822 araçari-miudinho-de-bico-riscado 1,7 1 2,3 1 X Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 araçari-de-pescoço-vermelho 3,6,7 7 3,6 X 50

62 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) araçari-de-bico-branco 7 X Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho 1,2,3,6,7 1,3 2,6 1,2,4,6 X Pteroglossus beauharnaesii Wagler, 1832 araçari-mulato 2,3,5,6,7 1,4,5,6 Picidae Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 pica-pau-anão-dourado 1,7 1,3,4 5 X Picumnus albosquamatus d'orbigny, 1840 pica-pau-anão-escamado Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco 1,3,4 Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) benedito-de-testa-vermelha 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 X Veniliornis affinis (Swainson, 1821) picapauzinho-avermelhado 1,2,3,5 1,2,3 2,3,4,5,7 X Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão Piculus flavigula (Boddaert, 1783) pica-pau-bufador 3,5,6,7 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6 X Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-dourado-escuro 5 Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) picapauzinho-chocolate 2,5 Celeus elegans (Statius Muller, 1776) pica-pau-chocolate X Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro Celeus flavus (Statius Muller, 1776) pica-pau-amarelo 2,3,7 X Celeus torquatus (Boddaert, 1783) pica-pau-de-coleira 1 Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca 1,2,3,6,7 5 X Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783) pica-pau-de-barriga-vermelha 2,7 1,3,5,6,7 1,4,5 1,3 X Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) pica-pau-de-topete-vermelho X Passeriformes Thamnophilidae Myrmornithinae 51

63 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) pinto-do-mato-carijó Pygiptila stellaris (Spix, 1825) choca-cantadora 2,3 1,2,3,4,5,6 1,2,4,5,6 Thamnophilinae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. emiliae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. bicolor papa-formiga-de-bando 1,6 papa-formiga-de-bando 1 3,5 1 X Myrmeciza hemimelaena Sclater, 1857 formigueiro-de-cauda-castanha 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) formigueiro-de-peito-preto 1,2,3,6,7 1 1,3,4,5,6 Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) choca-preta Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) choquinha-de-olho-branco 1,2,3,5 1,2,5,7 1,3,4,5,6,7 Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choquinha-ornada 6 Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) choquinha-miúda 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Myrmotherula sclateri Snethlage, 1912 choquinha-de-garganta-amarela 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Myrmotherula multostriata Sclater, 1858 choquinha-estriada-da-amazônia 1,2,3,4,5,7 1,2,3,4,5,6,7 Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857) choquinha-de-garganta-clara 5,7 1,2,5,6,7 5 Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) choquinha-de-flanco-branco 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 2,3,5,6 X Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868 choquinha-de-asa-comprida 1 1 X Myrmotherula menetriesii (d'orbigny, 1837) choquinha-de-garganta-cinza 5 1,2,5 5,6 Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo 1,3,5 3,6 2,5,6 Formicivora rufa (Wied, 1831) Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) papa-formiga-vermelho uirapuru-selado Thamnomanes caesius (Temminck, 1820) ipecuá 1,2,7 1,2,3,5 1,3,5,6,7 X Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) Megastictus margaritatus (Sclater, 1855) tovaquinha choca-pintada Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 chorozinho-de-bico-comprido X 52

64 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) chorozinho-de-asa-vermelha 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6,7 1 Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) choca-d'água 2,5,7 1,2,3,4,5,6,7 X Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada 6 2,3,5,6,7 Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823) choca-listrada 1,5 1,2,3,4,5,6,7 X Thamnophilus schistaceus d'orbigny, 1835 choca-de-olho-vermelho 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,7 1,2,3,4,5,7 Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 choca-de-natterer 1,2,5,6,7 3,7 6 X Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-lisa 1,5,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,5,6,7 Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 choca-canela 1,3,5 1,2,4,5,6,7 Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) papa-formiga-barrado 1,3,5 1,2,3,5,6,7 6 X Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi 5 3 X Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-do-igarapé 2,5,6 X Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) solta-asa 7 1,2,3,4,5,6,7 X Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) guarda-floresta 6 X Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) guarda-várzea 3,5 1,2,5,6 6 Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-taoca 2,3 5 6 X Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) papa-formiga-de-sobrancelha 6 Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825) formigueiro-de-cara-preta 3,5 2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) chororó-pocuá 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 X Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) chororó-negro 3,5 1,3,5,6 X Cercomacra manu Fitzpatrick & Willard, 1990 chororó-de-manu X Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906) trovoada-listrada Hypocnemis striata (Spix, 1825) cantador-ocráceo 6,7 2,3,5,6 1 X Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869 cantador-amarelo X 53

65 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) rendadinho 1,2,3,5,6,7 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Phlegopsis nigromaculata (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) mãe-de-taoca 1,2,5,6 7 1,6 Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888 mãe-de-taoca-de-cara-branca 3 1,4,5 Melanopareiidae Melanopareia torquata (Wied, 1831) Conopophagidae Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) Conopophaga melanogaster Ménétriès, 1835 Grallariidae Grallaria varia (Boddaert, 1783) tapaculo-de-colarinho chupa-dente-de-cinta chupa-dente-grande tovacuçu Hylopezus whittakeri (Carneiro et al., 2012) torom-carijó 1,2 Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903) torom-torom Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) tovaca-patinho X Formicariidae Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato 1,5 X Formicarius analis (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) pinto-do-mato-de-cara-preta Chamaeza nobilis Gould, 1855 tovaca-estriada X Scleruridae Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 vira-folha-de-peito-vermelho 5 X Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869 Dendrocolaptidae Sittasominae vira-folha-de-bico-curto vira-folha-pardo vira-folha-de-garganta-cinza X 54

66 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818) arapaçu-pardo 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,7 2,3,4,5,7 X Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) arapaçu-da-taoca 2,3 1,3,6 6 Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868) arapaçu-rabudo 2 1,3,5,6 5 Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde 1,3,4,5,6 3,5,7 2,7 X Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868) arapaçu-de-garganta-pintada 2,3,6,7 7 Dendrocolaptinae Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) arapaçu-de-bico-de-cunha 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) arapaçu-ocelado Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) arapaçu-elegante 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-spix Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-riscado 6 1,2,3,4,5,6,7 X Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-de-garganta-amarela 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850) arapaçu-de-bico-curvo 5 6 Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco 1,3,6 3 2,3,5,6,7 X Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado Lepidocolaptes albolineatus (Lafresnaye, 1845) arapaçu-de-listras-brancas 1,2,3,5,6 3,5 1,2,3,4,5 6 X Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-bico-comprido 5,6 Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-galinha 1,2,5,6,7 3,5 Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783) arapaçu-barrado 2,5,7 1 Dendrocolaptes picumnus Lichtenstein, 1820 arapaçu-meio-barrado 2,3 3 X Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840) arapaçu-vermelho 6 1,3 X Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 arapaçu-uniforme 2,6 5 Furnariidae Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 bico-virado-fino 55

67 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo 1,2,3,6 2,6 1,2,3,4,5,7 X Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó X Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) Pygarrhichinae Microxenops milleri Chapman, 1914 Furnariinae Furnarius rufus (Gmelin, 1788) limpa-folha-do-buriti bico-virado-da-copa joão-de-barro Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) limpa-folha-picanço 1 Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) limpa-folha-riscado Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844) barranqueiro-camurça 1 1 1,2,3,4,5,6,7 Automolus paraensis Hartert, 1902 barranqueiro-pardo Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) barranqueiro-de-coroa-castanha X Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) Anabazenops dorsalis (Sclater & Salvin, 1880) Philydor ruficaudatum (d'orbigny & Lafresnaye, 1838) fura-barreira barranqueiro-de-topete limpa-folha-de-cauda-ruiva 2,7 2 Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) limpa-folha-de-sobre-ruivo 1,5,6 5 3 X Philydor erythropterum (Sclater, 1856) limpa-folha-de-asa-castanha Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) limpa-folha-vermelho 1 Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928) Synallaxinae Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) limpa-folha-de-bico-virado curutié Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi 1,2 Synallaxis rutilans Temminck, 1823 joão-teneném-castanho 1,2,3,7 1,2,4,5,7 Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 Synallaxis cabanisi Berlepsch & Leverkuhn, puruchém joão-do-norte 56

68 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA 1890 Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) joão-teneném-becuá Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio 7 X Cranioleuca gutturata (d'orbigny & Lafresnaye, 1838) Pipridae Neopelminae joão-pintado Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) fruxu-do-cerradão 3 3,5 Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) uirapuruzinho 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Piprinae Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja 3,5 2,5,6 X Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 cabeça-encarnada 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) uirapuru-de-chapéu-branco 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira 2,6,7 2,3 X Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) coroa-de-fogo 1,5,7 X Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-cigarra 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) cabeça-branca X Ilicurinae Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-falso 2,6 X Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) Tityridae Oxyruncinae Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776) soldadinho maria-leque 2 1,2,6 Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) papa-moscas-uirapuru 1,5 3,5,6 1,5,6 X Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) assanhadinho 57

69 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Laniisominae Schiffornis major Des Murs, 1856 flautim-ruivo Schiffornis amazona (Sclater, 1860) flautim-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) chorona-cinza 1,2,3,5,6,7 3 2,5,7 Tityrinae Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 anambé-de-coroa 1,2,5,6,7 1,2 2 Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de-bochecha-parda 1 Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-preto 2 X Tityra semifasciata (Spix, 1825) anambé-branco-de-máscara-negra 1,5,6, X Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) caneleiro Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto 1,2 1,3,7 3 5,6 Pachyramphus marginatus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-bordado 6 1,2 Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro-pequeno 3 Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto 2 5 Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) Cotingidae Cotinginae tijerila Lipaugus vociferans (Wied, 1820) cricrió 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Porphyrolaema porphyrolaema (Deville & Sclater, 1852) cotinga-de-garganta-encarnada 1 Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758) anambé-pombo 3,6,7 3,5,6 X Xipholena punicea (Pallas, 1764) anambé-pompadora 1,5,6 1,2,6 1,2,3,4,5,6 Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) anambé-azul 2,6,7 1,3,5,7 2 Querula purpurata (Statius Muller, 1776) anambé-una 1,2,3,4,5,6,7 3,6 1,5 X Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 anambé-preto 7 58

70 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Rupicolinae Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 Tyrannoidea saurá-de-pescoço-preto Platyrinchus saturatus Salvin & Godman, 1882 patinho-escuro 5,6 Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 patinho-de-coroa-dourada Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) patinho-de-coroa-branca 3,6,7 2 Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo 6,7 1,2,5,7 5 1 X Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869) enferrujadinho 1,6 Rhynchocyclidae Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert, 1902) Pipromorphinae maria-bonita Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) abre-asa 5,6 4,5 X Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo 1 2,3 2,3 Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) estalador-do-norte 3,6,7 Rhynchocyclinae Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) bico-chato-grande Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta 1 6 X Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) bico-chato-da-copa 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,5,7 1,2,3,4,5,6,7 Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884) bico-chato-de-cabeça-cinza 6 Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo 7 3 3,6 X Todirostrinae Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) ferreirinho-estriado 6 1,3,4,5,6,7 X Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio Todirostrum chrysocrotaphum Strickland, 1850 ferreirinho-de-sobrancelha 7 Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) maria-picaça 59

71 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) ferreirinho-de-cara-parda 1,2,5,6 5 Myiornis ecaudatus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) caçula 1,2,3,5,6,7 2,3,5,7 1,2,3,4,5,6,7 Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) maria-sebinha 7 1,2,3 1 X Hemitriccus griseipectus (Snethlage, 1907) maria-de-barriga-branca 2 Hemitriccus margaritaceiventer (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) sebinho-de-olho-de-ouro 3,5 Hemitriccus minimus (Todd, 1925) maria-mirim 2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 2,3,5,6,7 Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783) caga-sebinho-de-penacho 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Tyrannidae Hirundineinae Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Elaeniinae gibão-de-couro Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868) poiaeiro-de-pata-fina 1 1 Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873) amarelinho Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento X Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha 1,2,3,5 1,2,3,4,5,6,7 3,5,6,7 Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-barriga-amarela guaracava-grande guaracava-de-crista-branca guaracava-de-bico-curto Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme 3,5 X Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum 3 Myiopagis gaimardii (d'orbigny, 1839) maria-pechim 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,7 Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta

72 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-crista-alaranjada Tyrannulus elatus (Latham, 1790) maria-te-viu 6 X Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) Phaeomyias murina (Spix, 1825) Tyranninae marianinha-amarela bagageiro Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) tinguaçu-ferrugem 1 Attila spadiceus (Gmelin, 1789) capitão-de-saíra-amarelo 2,5,6,7 1,3 X Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata 5,7 1,7 7 Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835) maria-cabeçuda Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) bico-chato-de-rabo-vermelho 6,7 1,2,3,6,7 3,7 Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 Myiarchus tuberculifer (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) maria-de-cauda-escura maria-cavaleira-pequena 1,2,3,6,7 2,5,7 1,2,3,4,5 X Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré X Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 5,6 2,7 3,5,6 Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 3 Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador 2 X Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) vissiá 1,3,5,6,7 1,3,6,7 2,3,5,6,7 Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem 3 5 Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi 1,2,5,7 1,2,3,4,5,6,7 X Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo 6 Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado 3 X Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) suiriri-de-garganta-rajada Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei 2,3,5 3,5,7 2,3,6,7 3,5 X 61

73 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) bentevizinho-de-asa-ferrugínea 1,5,6 2,3,7 3,5,6 X Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862 bem-te-vi-de-cabeça-cinza Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858) bem-te-vi-barulhento 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 suiriri-de-garganta-branca Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 1,3,5,6 1,3,4,5,6 X Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha 5 Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) suiriri-valente peitica-de-chapéu-preto Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica 5 5 X Fluvicolinae Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha 1 X Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe 2 Sublegatus obscurior Todd, 1920 Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Fluvicola albiventer (Spix, 1825) Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) sertanejo-escuro príncipe lavadeira-de-cara-branca freirinha tesoura-do-brejo Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) maria-da-praia 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado 5 2,3,5,6,7 X Contopus cooperi (Nuttall, 1831) Contopus virens (Linnaeus, 1766) Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) piui-boreal piui-verdadeiro suiriri-pequeno primavera noivinha-branca 62

74 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Vireonidae Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari 5 X Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) assobiador-do-castanhal X Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara 2,5,6 1,2,5 1,2,5,6,7 X Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) juruviara-barbuda Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867 verdinho-da-várzea 1,5,7 1,2,3,5,6,7 2,3 3 X Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 vite-vite-de-barriga-amarela 1,3,5,6,7 1,2,5,6 1,2,3,4,5,6,7 X Hylophilus muscicapinus Sclater & Salvin, 1873 vite-vite-camurça Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 vite-vite-uirapuru 2 X Corvidae Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã 3 5 Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa 5 2 2,5 Atticora fasciata (Gmelin, 1789) peitoril Atticora tibialis (Cassin, 1853) calcinha-branca Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora 5,6,7 2,3,5,6,7 3,5,7 Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo 7 7 Progne subis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande 1,3,5,6 1,3 1,3,5,6 Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) andorinha-de-sobre-branco Riparia riparia (Linnaeus, 1758) andorinha-do-barranco Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) andorinha-de-dorso-acanelado Troglodytidae 63

75 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) uirapuru-veado 5,7 1,2,5 1,3,5,6 X Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868) cambaxirra-cinzenta 1 1,3 Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) catatau 1,5,6,7 X Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô 1,2,3,5,6,7 2,3,5 1,2,3,4,5,7 3 Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) garrinchão-de-barriga-vermelha 5,6 1,2,3,4,5,6,7 X Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) uirapuru-verdadeiro Donacobiidae Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim 1 Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 bico-assovelado 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,7 2,3,4,5,6,7 X Polioptila paraensis Todd, 1937 balança-rabo-paraense 2 X Turdidae Catharus fuscescens (Stephens, 1817) sabiá-norte-americano 1 Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) sabiá-de-cara-cinza Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco X Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 sabiá-da-mata 1 X Turdus lawrencii Coues, 1880 caraxué-de-bico-amarelo Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira 2,3 5,6 Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo 2 2 Motacillidae Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor Coerebidae 64

76 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 3 1 1,2,3,4,5 X Thraupidae Saltator grossus (Linnaeus, 1766) bico-encarnado 5 1,3,6,7 X Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola 1,6 1,2,7 2,3,5 X Saltator similis d'orbigny & Lafresnaye, 1837 Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867) trinca-ferro-verdadeiro bico-de-pimenta furriel-de-encontro Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) pipira-de-bico-vermelho X Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto X Thlypopsis sordida (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) saí-canário Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta 7 Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 3,5,6,7 X Lanio luctuosus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) tem-tem-de-dragona-branca 1,2,5,6 1,2,3,4,5,7 2,5,7 1 X Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) tiê-galo 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,7 2,3,5,7 X Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) Lanio versicolor (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Lanio penicillatus (Spix, 1825) tico-tico-rei pipira-de-asa-branca pipira-da-taoca Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) saíra-de-cabeça-castanha 2,5,6 1,2,3,6 2,4,5 Tangara schrankii (Spix, 1825) saíra-ouro Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) saíra-de-bando 1,2,5,6,7 1,3,5,7 2 2,3,6 Tangara chilensis (Vigors, 1832) sete-cores-da-amazônia 2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,7 2,3,4,5,7 X Tangara velia (Linnaeus, 1758) saíra-diamante 5,6,7 1,3,5,7 1 X Tangara punctata (Linnaeus, 1766) saíra-negaça 7 2,7 Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) sanhaçu-da-amazônia 5,7 7 1,3,5,6,7 65

77 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,7 1,2,3,4,5,7 X Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838) saíra-mascarada 3 1,6 1 Tangara cyanicollis (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) saíra-de-cabeça-azul 1,2,5,6,7 1,5,7 2 3,6 Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela X Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) tietinga 5,6 X Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira 3,5 Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) cardeal-da-amazônia 1 1,2,3,6 X Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 3,7 6 X Dacnis albiventris (Sclater, 1852) saí-de-barriga-branca 1 Dacnis lineata (Gmelin, 1789) saí-de-máscara-preta 2,3 1,3,5,7 2,6 Dacnis flaviventer d'orbigny & Lafresnaye, 1837 saí-amarela 1,3 7 X Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,5 1,3,5 2,3,4,5,7 X Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) saí-de-bico-curto 3,5,6 1,3 2,3,4,5 Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758) saí-de-perna-amarela 2,5,6 1,2,5,7 1,2,4,5 Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor 5 Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde 6 1,2,3,7 1,2 Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto 2 6 X Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) saíra-galega 2,6,7 1,2,3,5,7 1,2,3 Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) figuinha-de-rabo-castanho X Emberizidae Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico 1,2,3,4,5,6 Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 1,2,5,6,7 1,2,5,6 Sporophila plumbea (Wied, 1830) patativa 66

78 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) bigodinho Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano 1,6 1,5,6 Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho 1 Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) curió 1,5 3 1,5,6 Sporophila sp. coleirinho 7 Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto 3,5,6 2,6,7 1,2 Cardinalidae X Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso 1 Granatellus pelzelni Sclater, 1865 polícia-do-mato 1,3,6 1,2,5,6,7 X Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) azulão-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7 2,5 X Parulidae Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato 3 X Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho X Icteridae Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu 1,5,6,7 1,3,5,6,7 Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) japuaçu 1,2,3,7 Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco X Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe 5 Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu 1,3,5,7 1,3,4,5,6,7 Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim X Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna 1 X Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã 67

79 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande 1 3,6 Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Fringillidae vira-bosta Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 1,2,5,6,7 1,2 7 2,3,4,5,6,7 Euphonia laniirostris d'orbigny & Lafresnaye, 1837 gaturamo-de-bico-grosso Euphonia chrysopasta Sclater & Salvin, 1869 gaturamo-verde 2,5 1,3,5,6 5,7 Euphonia minuta Cabanis, 1849 gaturamo-de-barriga-branca 7 Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 fim-fim-grande Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) gaturamo-do-norte 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,7 2,3,4,5,6,7 X Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais). Também são indicadas as espécies endêmicas do Brasil (Endem. BRA) 68

80 4.1.3 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei Uma espécie que pode ser considerada rara em toda a região e que foi registrada recentemente na área da UHE Colíder é a harpia, ou também conhecida como gaviãoreal (Harpia harpyja). Um indivíduo macho adulto foi visto e fotografado pela equipe de resgate na encosta florestal presente imediatamente ao lado da área denominada no presente estudo como área amostral do canteiro de obras. Apesar de sua ocorrência ser esperada para a região, a harpia é um predador florestal topo de cadeia e possui um baixo contingente populacional em toda sua área de distribuição. Desta forma, o registro desta espécie pode ser considerado o de maior relevância para este período em que a sétima fase de campo foi executada. Além deste indivíduo, uma fêmea subadulta foi vista e fotografada no início de julho deste mesmo ano em outra porção do rio Teles Pires, à jusante do eixo da barragem (obs. pess. Raphael E. F. Santos) Espécies endêmicas Das espécies registradas apenas na sétima fase, nenhuma é considerada endêmica do Brasil Espécies migratórias Uma espécie migratória foi registrada nesta sétima campanha: o sauveiro-do-norte (Ictinia mississippiensis). Este gavião se desloca dos Estados Unidos até a região do Estado de Mato Grosso em busca de clima quente e grande oferta de alimento. Além de predar pequenos mamíferos e répteis, consome uma grande quantidade de insetos, abundantes na região. É comum observar a espécie se deslocando em grupos de muitos indivíduos, no entanto, apenas um foi visto sobrevoando a área do canteiro de obras Espécies relevantes Das espécies registradas durante a sétima campanha, merecem destaque aquelas que possuem poucos registros para a região e aquelas que foram registradas pela primeira vez durante o estudo. As espécies que representam registros inéditos para o estudo são: Leptodon cayanensis, Ictinia mississippiensis, Harpia harpyja, Micrastur ruficollis, 69

81 Phaetusa simplex, Ara chloropterus, Dromococcyx pavoninus, hydropsalis leucopyga, Panyptila cayennensis, Phaethornis superciliosus, Hylocharis sapphirina, Heliomaster longirostris, Pteroglossus aracari, Cranioleuca vulpina, Cephalopterus ornatos, Todirostrum chrysocrotaphum, Progne tapera, Tachyphonus rufus, Sporophila sp. e Euphonia minuta. Uma espécie que pode ser citada como incomum na área é o rapazinho-de-colar (Bucco capensis), registrado pela segunda vez na região, na área prevista para o reservatório Esforço amostral O esforço amostral da sétima fase foi o mesmo empregado nas demais campanhas, com exceção da quarta fase, que foi interrompida já no início, conforme exigido pela SEMA e indicado pela COPEL. A Tabela 8 apresenta o esforço de cada método de pesquisa. TABELA 8 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA Método Quantidade / área amostral Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase N o da fase Esforço total Redes de neblina /área horas-rede ( h.m²) Pontos de escuta 6 3 2/área 6 12 h Coleta de dados nãosistematizados - 3 2/área 6 80 h O Gráfico 2 mostra a curva acumulada do número de espécies de avifauna registradas durante a sétima campanha, totalizando 260 espécies. O gráfico do número acumulado de espécies (Gráfico 3) ainda está em ascensão. Após o incremento inicial, a curva está iniciando uma forma mais horizontal, no entanto vai continuar ascendente em função do número de espécies ainda esperadas para o local monitorado. A área de estudo está inserida em uma das zonas mais ricas em espécies de aves de toda a Amazônia brasileira, portanto, presume-se que haverão inclusões na lista de espécies até mesmo após alguns anos de pesquisa. Esta região apresenta uma grande quantidade de espécies florestais e uma (relativamente) baixa abundância na maioria destas espécies. Desta forma, é necessário um grande esforço de pesquisa para que seja possível a detecção de um percentual satisfatório desta riqueza. Considerando que a extensão dos hábitats florestais de interesse é grande, torna-se provável que espécies inconspícuas e raras venham a ser detectadas 70

82 gradualmente, a medida em que o esforço aumenta e novas localidades da área de influência do empreendimento sejam visitadas. GRÁFICO 2 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SÉTIMA FASE, TOTALIZANDO 260 ESPÉCIES GRÁFICO 3 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO. 71

83 4.1.8 Comparação entre as áreas amostrais Parcela 1 Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras) Na área do canteiro de obras foi registrado, novamente, o maior valor de riqueza dentre os três sítios amostrais: 154 espécies, valor semelhante ao observado na fase anterior (153 espécies). Já na fase realizada na mesma época do ano passado o valor foi de 132 espécies. Apesar da interferência da obra (ruídos, explosões, trânsito de trabalhadores e de máquinas, entre outros) o remanescente florestal apresenta uma grande riqueza pela diversidade de hábitats existentes ao longo da transecção avaliada. No entanto, foi observada uma menor abundância de espécies antes tidas como comuns no local e a ausência de alguns elementos que frequentemente frequentavam a área. TABELA 9 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Parcela 2 Área Diretamente Afetada (Reservatório) A riqueza obtida na área do reservatório durante a sétima campanha foi de 152 espécies, valor superior ao encontrado na campanha anterior (133 espécies). Comparando os dados de riqueza desta sétima fase com a campanha realizada na mesma época de 2011, o valor atual é expressivamente inferior (Tabela 10). 72

84 TABELA 10 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Parcela 3 Área de Influência Indireta (Área Controle) A Área-controle, novamente, apresentou o menor número de espécies registradas (n=86), valor ainda mais baixo que aqueles observados nas duas campanhas anteriores e na fase realizada no mesmo período de 2011 (n=124) (Tabela 11). A movimentação geral de aves nesta área esteve muito baixa. Este fato pode estar relacionado a três principais fatores: 1) a modificação do ambiente florestal devido à construção da estrada de acesso à usina, e o consequente aumento do efeito de borda no local permitiram a colonização de espécies invasoras e generalistas (e.g. Rupornis magnirostris, Nyctibius griseus, Megarynchus pitangua) em uma área que antes era um remanescente contínuo de floresta de terra firme; 2) muitas espécies de aves estão no auge do período reprodutivo, despendendo esforços no choco e criação dos ninhegos. Desta forma, muitas aves se tornam menos conspícuas, pois não defendem o território com muita agressividade e não encontram-se em atividade vocal; 3) uma forte frente fria atingiu o sul e sudeste do país, chegando com menos intensidade ao Estado de Mato Grosso, o que ocasionou uma expressiva queda nas temperaturas e fortes ventos. Diante de condições climáticas adversas, muitas aves reduzem muito sua atividade (em especial os insetívoros de interior da mata). TABELA 11 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA-CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase

85 4.1.9 Similaridade entre as áreas Os dados obtidos após a execução da sétima fase de campo, analisados por meio da similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na primeira fase, não havendo diferenças expressivas. Uma nova análise de presença e ausência será efetuada após o término do monitoramento pré-enchimento para que as similaridades sejam melhor avaliadas. Durante a execução de cada fase de campo haverão apenas pequenas oscilações nos dados Anilhamento Durante a sétima fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder, o mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido. O número total de aves capturadas foi de 59 indivíduos, pertencentes a 32 espécies (Tabela 12). Estes valores são inferiores àqueles obtidos na fase anterior. Após a execução de seis campanhas, o número total de capturas é de 484. TABELA 12 NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase TOTAL 484 Nesta etapa, foram obtidas 20 recapturas de aves marcadas em campanhas anteriores, sendo seis na área do canteiro de obras, cinco na área-controle e nove na área do reservatório. A área amostral que apresentou maior número de capturas foi novamente a do reservatório, com 27 no total (Tabela 13). A área-controle apresentou o menor número de capturas (n=14). Por fim, a área do canteiro de obras obteve 18 capturas. Oscilações no número de espécies capturadas são normais, sendo influenciadas por inúmeros fatores bióticos e abióticos. Diferenças nas condições climáticas existentes em cada dia interferem expressivamente no sucesso do método, mas como não é 74

86 possível padronizar o fator clima, as coletas ocorrem em dias consecutivos e os resultados são tratados igualmente. Mesmo assim, é importante destacar o número bem maior de capturas obtidas na área prevista para o reservatório em comparação com as demais áreas amostrais. Notavelmente, a área que apresenta o maior número de capturas coincide com a área que será completamente suprimida para a formação do reservatório. Este dado reforça o tamanho do impacto ambiental que ocorrerá sobre as populações de aves que habitam as margens do Rio Teles Pires. TABELA 13 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS SETE FASES DE CAMPO Fase do monitoramento Canteiro de obras Reservatório Controle Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Totais As espécies mais capturadas durante a sétima campanha foram o arapaçu-de-bico-decunha (Glyphorhynchus spirurus) (n=06), o rendadinho (Willisornis poecilinotus) (n=06), a choquinha-de-garganta-clara (Myrmotherula hauxwelli) (n=04), o uirapurude-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) (n=04) e o caga-sebinho-de-penacho (Lophotriccus galeatus) (n=03). As demais espécies apresentaram um número igual ou inferior a duas capturas. A Tabela 14 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captura por parcela e total de cada espécie. 75

87 TABELA 14 TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SÉTIMA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA Espécie Capt CA Taxa CA Capt RE Taxa RE Capt CO Taxa CO Total capt. Taxa total Automolus ochrolaemus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Cantorchilus leucotis 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Corythopis torquatus 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Dendrocincla fuliginosa 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Dendrocolaptes certhia 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Galbula cyanicollis 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Galbula ruficauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Geotrygon montana 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Glyphorynchus spirurus 2 0,76 2 0,76 2 0,76 6 0,76 Hypocnemoides maculicauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Lepidothrix nattereri 2 0,76 2 0,76 0 0,00 4 0,51 Lophotriccus galeatus 1 0,38 1 0,38 1 0,38 3 0,38 Machaeropterus pyrocephalus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Myiopagis gaimardii 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Myrmeciza hemimelaena 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Myrmotherula axillaris 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Myrmotherula hauxwelli 4 1,52 0 0,00 0 0,00 4 0,51 Phlegopsis nigromaculata 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Pipra rubrocapilla 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Ramphotrigon ruficauda 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Schiffornis amazona 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Sittasomus griseicapillus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Stelgidopteryx ruficollis 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Synallaxis rutilans 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Thalurania furcata 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Thamnomanes caesius 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Thamnophilus aethiops 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Tolmomyias assimilis 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Tyranneutes stolzmanni 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Willisornis poecilinotus 3 1,14 0 0,00 3 1,14 6 0,76 Xenops minutus 0 0,00 0 0,00 2 0,76 2 0,25 Xiphorhynchus elegans 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Nota: Taxa de captura das espécies capturadas durante a sétima fase de campo do anilhamento realizado na Área de Influência Direta da UHE Colíder. A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 792 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie. O intervalo entre a Foto 7 e a Foto 16 mostra os indivíduos capturados na sétima fase de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do canteiro de obras. 76

88 FOTO 7 ARIRAMBA-DA-MATA (Galbula cyanicollis) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 8 ARAPAÇU-BARRADO (Dendrocolaptes certhia) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS. FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 9 BARRANQUEIRO-CAMURÇA (Automolus ochrolaemus) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 10 CHOCA-LISA (Thamnophilus Aethiops), MACHO CAPTURADO NA ÁREA- CONTROLE FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 11 MACHO DE CHOQUINHA-DE- GARGANTA-CLARA (Myrmotherula hauxwelli) ANILHADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 12 FÊMEA DE CHOQUINHA-DE- GARGANTA-CLARA (Myrmotherula hauxwelli) ANILHADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS,

89 FOTO 13 MÃE-DE-TAOCA (Phlegopsis nigromaculata) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 14 ESTALADOR-DO-NORTE (Corythopis torquatus) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 15 BICO-CHATO-DE-RABO-VERMELHO (Ramphotrigon ruficauda) ANILHADO NA ÁREA- CONTROLE FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 16 UIRAPURUZINHO (Tyranneutes stolzmanni) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, Índice Pontual de Abundância (IPA) Durante a sétima fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder, um total de 107 espécies foram contabilizadas pelo método de contagens por pontos de escuta. Os dados obtidos por meio dos censos, nas três parcelas amostrais, geraram uma tabela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas contagens. As espécies mais frequentes, considerando o IPA geral (somatório dos resultados obtidos nas três áreas amostrais) foram: Lipaugus vociferans (IPA=1,083), Pipra rubrocapilla (IPA=0,583), Machaeropterus pyrocephalus (IPA=0,389), 78

90 Lepidothrix nattereri (IPA=0,278), Myrmotherula brachyura (IPA=0,389), Rhytipterna simplex (IPA=0,250) e Tyranneutes stolzmanni (IPA=0,250). Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas na Tabela 15. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que cada espécie conteve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o somatório de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais, divididos pelo número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual para cada área amostral. Todos estes dados podem ser comparados na Tabela 15. TABELA 15 ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS Nome do táxon CA IPA IPA IPA IPA RE CO Total CA RE CO Geral Lipaugus vociferans 15 1, , , ,083 Pipra rubrocapilla 13 1, , , ,583 Machaeropterus pyrocephalus 7 0, , , ,389 Lepidothrix nattereri 9 0, , , ,278 Myrmotherula brachyura 0 0, , , ,278 Rhytipterna simplex 2 0, , , ,250 Tyranneutes stolzmanni 0 0, , , ,250 Cercomacra cinerascens 2 0, , , ,194 Myiopagis gaimardii 1 0, , , ,194 Myrmeciza hemimelaena 5 0, , , ,194 Trogon viridis 0 0, , , ,194 Hylophilus hypoxanthus 0 0, , , ,167 Myrmoborus myotherinus 4 0, , , ,167 Patagioenas plumbea 0 0, , , ,167 Thamnophilus aethiops 1 0, , , ,167 Melanerpes cruentatus 0 0, , , ,139 Pyrrhura snethlageae 3 0, , , ,139 Ramphotrigon ruficauda 2 0, , , ,139 Xiphorhynchus guttatus 3 0, , , ,139 Ara macao 1 0, , , ,111 Patagioenas subvinacea 0 0, , , ,111 Ramphastos tucanus 0 0, , , ,111 Tersina viridis 0 0, , , ,111 Tolmomyias assimilis 4 0, , , ,111 Diopsittaca nobilis 0 0, , , ,083 Hylophilus semicinereus 0 0, , , ,083 Lanio cristatus 2 0, , , ,083 Lophotriccus galeatus 2 0, , , ,083 Myrmotherula multostriata 0 0, , , ,083 Myrmotherula sclateri 0 0, , , ,083 Pionites leucogaster 3 0, , , ,083 Pionus menstruus 0 0, , , ,083 Schiffornis amazona 3 0, , , ,083 Thamnophilus schistaceus 1 0, , , ,083 Ara severus 0 0, , , ,056 79

91 Nome do táxon CA IPA CA 80 RE IPA RE CO IPA CO Total IPA Geral Campephilus rubricollis 0 0, , , ,056 Cantorchilus leucotis 0 0, , , ,056 Crypturellus strigulosus 0 0, , , ,056 Dacnis cayana 2 0, , , ,056 Epinecrophylla leucophthalma 2 0, , , ,056 Euphonia chlorotica 2 0, , , ,056 Euphonia rufiventris 2 0, , , ,056 Falco rufigularis 0 0, , , ,056 Hemitriccus minimus 0 0, , , ,056 Hylocharis sapphirina 1 0, , , ,056 Hypocnemoides maculicauda 0 0, , , ,056 Leucopternis kuhli 0 0, , , ,056 Megarynchus pitangua 2 0, , , ,056 Monasa nigrifrons 0 0, , , ,056 Myiozetetes luteiventris 0 0, , , ,056 Myrmeciza atrothorax 0 0, , , ,056 Myrmotherula hauxwelli 0 0, , , ,056 Orthopsittaca manilata 0 0, , , ,056 Patagioenas speciosa 1 0, , , ,056 Phaethornis ruber 2 0, , , ,056 Pheugopedius genibarbis 0 0, , , ,056 Picumnus aurifrons 1 0, , , ,056 Piprites chloris 0 0, , , ,056 Querula purpurata 2 0, , , ,056 Ramphastos vitellinus 0 0, , , ,056 Ramphocaenus melanurus 0 0, , , ,056 Ramphocelus carbo 0 0, , , ,056 Selenidera gouldii 0 0, , , ,056 Stelgidopteryx ruficollis 0 0, , , ,056 Synallaxis rutilans 1 0, , , ,056 Thamnophilus stictocephalus 1 0, , , ,056 Tolmomyias flaviventris 0 0, , , ,056 Trogon collaris 0 0, , , ,056 Amazilia versicolor 1 0, , , ,028 Campylopterus largipennis 0 0, , , ,028 Celeus flavus 0 0, , , ,028 Certhiasomus stictolaemus 0 0, , , ,028 Chlorophanes spiza 0 0, , , ,028 Cnemotriccus fuscatus 0 0, , , ,028 Cranioleuca vulpina 0 0, , , ,028 Cyanerpes caeruleus 1 0, , , ,028 Cymbilaimus lineatus 0 0, , , ,028 Dendrocincla fuliginosa 0 0, , , ,028 Dromococcyx pavoninus 0 0, , , ,028 Euphonia minuta 0 0, , , ,028 Hypocnemis striata 0 0, , , ,028 Lanio luctuosus 0 0, , , ,028 Legatus leucophaius 0 0, , , ,028 Leptotila rufaxilla 0 0, , , ,028 Manacus manacus 0 0, , , ,028

92 Nome do táxon CA IPA CA RE IPA RE CO IPA CO Total IPA Geral Microcerculus marginatus 1 0, , , ,028 Momotus momota 0 0, , , ,028 Myrmotherula axillaris 0 0, , , ,028 Ornithion inerme 1 0, , , ,028 Pachyramphus polychopterus 0 0, , , ,028 Piaya cayana 1 0, , , ,028 Platyrinchus platyrhynchos 0 0, , , ,028 Primolius maracana 0 0, , , ,028 Psarocolius bifasciatus 0 0, , , ,028 Pteroglossus beauharnaesii 0 0, , , ,028 Pyrilia barrabandi 0 0, , , ,028 Tangara chilensis 0 0, , , ,028 Tangara velia 0 0, , , ,028 Thalurania furcata 1 0, , , ,028 Tinamus guttatus 0 0, , , ,028 Tinamus tao 0 0, , , ,028 Tityra semifasciata 1 0, , , ,028 Trogon melanurus 0 0, , , ,028 Trogon ramonianus 0 0, , , ,028 Veniliornis affinis 1 0, , , ,028 Xiphorhynchus elegans 1 0, , , ,028 Willisornis poecilinotus 0 0, , , ,028 Nota: CA = canteiro de obras; RE = reservatório; CO = área controle) e o IPA geral. As espécies estão listadas em ordem decrescente de IPA geral Métodos não sistematizados Por meio de métodos não sistematizados, aplicados aleatoriamente durante toda a fase de campo, algumas informações puderam ser obtidas. Um total de 15 espécies, das 20 registradas exclusivamente na sétima fase de campo, foi encontrado somente por meio de buscas livres, sem que fosse aplicado algum tipo de método quantitativo. Este dado reforça a importância de se aplicar buscas livres. A Tabela 16 apresenta todos os registros inéditos obtidos durante a fase e indica aquelas que foram encontradas por meio de métodos não sistematizados. 81

93 TABELA 16 REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA SÉTIMA FASE DE CAMPO, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS Táxon Nome popular Registro por método Não sistematizado Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza X Ictinia mississippiensis sauveiro-do-norte X Harpia harpyja gavião-real X Micrastur ruficollis falcão-caburé X Phaetusa simplex trinta-réis-grande X Ara chloropterus arara-vermelha-grande X Sistematizado Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino X Hydropsalis leucopyga bacurau-de-cauda-barrada X Panyptila cayennensis andorinhão-estofador X Phaethornis superciliosus rabo-branco-de-bigodes X Hylocharis sapphirina beija-flor-safira X Heliomaster longirostris bico-reto-cinzento X Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco X Cranioleuca vulpina arredio-do-rio X Cephalopterus ornatus anambé-preto X Todirostrum chrysocrotaphum ferreirinho-de-sobrancelha X Progne tapera andorinha-do-campo X Tachyphonus rufus pipira-preta X Sporophila sp. coleirinho X Euphonia minuta gaturamo-de-barriga-branca X O intervalo entre a Foto 17 e a Foto 30 exibe os indivíduos capturados na sétima fase de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do canteiro de obras. 82

94 FOTO 17 MACHO DE GAVIÃO-REAL (Harpia harpyja) ENCONTRADO NA ENCOSTA DA MACROÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS PELA EQUIPE DE RESGATE DE FAUNA FOTO: RAFAEL NOEL E GUILHERME C. MARAIS, 2012 FOTO 18 FÊMEA DE GAVIÃO-REAL (Harpia harpyja) FLAGRADA EM UM TRECHO À JUSANTE DO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 19 GAVIÃO-BRANCO (Pseudastur albicollis) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 20 GAVIÃO-VAQUEIRO (Leucopternis kuhli) FOTOGRAFADO NO PONTO AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO, NA MARGEM DO RIO TELES PIRES FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS,

95 FOTO 21 CORUJA-DE-CRISTA (Lophostrix cristata) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 22 CURICA-DE-BOCHECHA-LARANJA (Pyrilia barrabandi) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 23 PEIXE-FRITO-PAVONINO (Dromococcyx pavoninus) ENCONTRADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 24 CAPITÃO-DE-CINTA (Capito dayi) FLAGRADO NA ÁREA-CONTROLE. CASAL VOCALIZANDO NA COPA DA FLORESTA FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 25 ARIRAMBA-BRONZEADA (Galbula leucogastra) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 26 RAPAZINHO-ESTRIADO (Nystalus striolatus) FOTOGRAFADO NA ENCOSTA FLORESTAL DA ÁREA DO CANTEIRO FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS,

96 FOTO 27 IPECUÁ (Thamnomanes caesius) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 28 COROA-DE-FOGO (Heterocercus linteatus) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 29 POLÍCIA-DO-MATO (Granatellus pelzeni) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012 FOTO 30 ARARA-VERMELHA-GRANDE (Ara chloropterus) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, Índice de diversidade Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos fixos, obteve-se um índice de diversidade de H =4.169 para a sétima fase de campo Espécimes coletados Um indivíduo de Dendrocolaptes certhia foi coletado com o objetivo de avaliar variações individuais na espécie. 85

97 Considerações finais Os resultados obtidos na sétima fase de campo foram satisfatórios. Apesar do número total de aves capturadas (n=59) ter sido inferior à média, foram obtidas várias recapturas e 20 espécies foram registradas pela primeira vez durante o estudo. Muitas espécies puderam ser registradas fotograficamente e devidamente documentadas para a área de estudo. A harpia (Harpia harpyja) foi finalmente registrada no local sob avaliação, representando uma importante informação sobre a espécie. A presença de predadores topo de cadeia indica que os ambientes encontram-se íntegros e disponibilizam oferta de espécies-presa suficientes para manter populações viáveis destes predadores. Apesar dos bons resultados obtidos, foi observado que alguns fatores estão interferindo na coleta de dados. O número de aves capturadas, principalmente na área-controle, está diminuindo substancialmente. Este fato pode estar associado à construção e utilização da estrada principal de acesso à usina. É notável que algumas espécies que eram frequentes neste ponto amostral antes da construção da estrada desapareceram e não foram mais registradas no local (e.g. Hylopezus whittakeri, Xipholena punicea). A movimentação geral de aves neste ponto também reduziu bastante, e esta redução é notada no trabalho de anilhamento, pois poucas aves têm sido capturadas nas últimas campanhas. Em contrapartida, o ponto amostral da área prevista para o reservatório é a que sempre apresenta os maiores valores de abundância e taxas de captura. Isso indica que é o local mais rico em aves e que o impacto do alagamento será expressivo. Além disso, muitas espécies de aves possuem ocorrência restrita à mata de várzea, presente às margens do rio Teles Pires. Espécies como Heterocercus linteatus, Hylophylax punctulatus, Xiphorhynchus obsoletus, Nasica longirostris, entre muitas outras, estarão completamente comprometidas com o alagamento do reservatório, pois não terão ambiente similar nas proximidades para se estabelecer. Pode-se dizer que as populações destas espécies estarão muito prejudicadas, até mesmo condenadas. Para estimar o número de populações ou mesmo o tamanho populacional destas espécies na área de supressão, seria necessário um monitoramento específico com as mesmas. Contudo, espera-se que este número seja alto, visto que a população total destas espécies habita especificamente a mata de várzea, e não ocorrem em matas de terra firme. Dentre estas espécies, nenhuma é listada como ameaçada de extinção, contudo, algumas são consideradas como raras em toda a 86

98 região, inclusive em áreas conservadas como o Parque Estadual do Cristalino e na Serra do Cachimbo. Um exemplo de espécie que pode ser considerada rara e somente foi registrada neste tipo de ambiente é o surucuá-pavão ou quetzal (Pharomachrus pavoninus). O impacto sobre estas populações será dificilmente amenizado, visto que os ambientes em que elas habitam será completamente suprimido para o enchimento do futuro reservatório. Com a supressão vegetal, estas populações devem procurar novos ambientes apropriados à sua sobrevivência. Contudo, não existem ambientes próximos com características adequadas, e aquelas que ocorrem a jusante do empreendimento são ocupadas por indivíduos da mesma espécies, com territórios já demarcados. O impacto real poderá ser adequadamente mensurado somente após o alagamento, por meio de monitoramento específico destas populações. O monitoramento deve ser realizado por meio de formas diferenciadas de marcação, utilizando mecanismos de transferência de dados através de um chip instalado nos indivíduos capturados, que registra dados sobre sua localização. Contudo, a dificuldade neste método é que o mesmo indivíduo deve ser recapturado para remoção do chip e leitura dos dados. Para espécies de maior porte, pode-se instalar um receptor GPS, que transmite a localização do indivíduo com frequência diária. Em relação à riqueza registrada durante a sétima campanha, os valores têm se mantido muito semelhantes quando comparados às fases anteriores. Foram registradas 260 espécies, sendo que na quinta fase foram encontradas 264, e durante a sexta campanha foram registradas 259 espécies. Em relação ao método de captura e marcação de aves silvestres, 59 indivíduos, pertencentes a 32 espécies foram capturados durante a sétima campanha do monitoramento da avifauna. Destas, 20 aves já haviam sido anilhadas em campanhas anteriores e representam recapturas, sendo que até o momento têm-se um total de 484 capturas obtidas. Desta forma, pode-se afirmar que o anilhamento está se aproximando do esforço ideal, quando a quantidade de capturas representam o dobro das recapturas em cada campanha. Por outro lado, a alta taxa de recapturas pode tanto indicar que o esforço está sendo eficiente, como também indicar que algumas espécies estão se tornando escassas na área. Os índices de captura em redes de neblina e de abundância foram baixos quando comparados à outras fases, e este fato pode estar associado à intensa movimentação da estrada de acesso (área-controle). O período reprodutivo também interfere nos 87

99 resultados, pois muitas espécies estavam em atividade de choco ou confecção dos ninhos. Desta forma, não se expõe com tanta frequência e não se mostram agressivos quando provocados pela técnica de playback. Pouquíssimos bandos mistos foram observados, e nestes, as espécie nucleares foram Thamnomanes caesius e Hypocnemis striata. Algumas espécies se reúnem em bando mistos nesta época do ano com o objetivo de maximizar a obtenção de alimento por meio do forrageamento ativo. Diante dos dados apresentados no presente relatório, pode-se concluir que os resultados obtidos na sétima fase de campo do monitoramento foram satisfatórios. Espera-se que a próxima etapa, a ser realizada em outubro/novembro deste ano de 2012, apresente dados ainda melhores, pois coincidirá com o período de recrutamento dos filhotes nascidos na presente temporada reprodutiva. Desta forma, espera-se um maior número de aves capturadas nas redes de neblina e uma maior movimentação geral nos ambientes avaliados. 88

100 4.2 MASTOFAUNA Procedimentos Metodológicos Durante a sétima fase do monitoramento da mastofauna na área da UHE Colíder foram amostradas as mesmas três áreas ou parcelas amostrais: (1) canteiro de obras, (2) reservatório e (3) área-controle. Os esforços de campo permaneceram os mesmos em todas as fases Pequenos mamíferos não-voadores Foram empregados dois conjuntos de métodos complementares: (1) três linhas de armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) e (2) 150 armadilhas de captura viva (live traps) de dois tipos: Tomahawk e Shermann, sendo 50 unidades em cada área amostral. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma mistura composta por banana, paçoca de amendoim, farinha de milho, pedaços de toucinho e sardinha. Ambos tipos de armadilhas foram revisados pela manhã a cada dia e reiscados conforme a necessidade. Os dois conjuntos de métodos empregados para a captura de pequenos mamíferos não-voadores permaneceram em funcionamento durante seis dias consecutivos, simultaneamente nas três áreas amostrais. Todos os indivíduos capturados foram pesados, e tomadas as seguintes medidas: comprimento da cabeça e corpo (CC), comprimento da cauda (CA), e comprimento do pé (PÉ). Os pequenos mamíferos não-voadores foram identificados segundo as chaves de identificação de Gardner (2007), Bonvicino et al. (2008) e Weksler & Percequillo (2011) e das descrições apresentadas em Rossi et al. (2011) e Oliveira & Bonvicino (2011) Morcegos Para a captura de morcegos foram utilizadas 12 redes de neblina (6x3 m) que pemaneceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes foram armadas por duas noites consecutivas em cada parcela amostral. Os animais capturados foram pesados e também foram tomadas as medidas de seus antebraços. Os primeiros morcegos capturados por espécie foram sacrificados e preparados em via úmida e 89

101 depositados na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR como material testemunho e para uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram identificados, marcados com anilhas numeradas em seus antebraços. Os morcegos foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos de Vizzoto & Taddei (1973), Lim & Engstron (2001), Gardner (2007) e Miranda et al. (2011), associada às descrições apresentadas por Simmons & Voss (1998), Barquez et al. (1999), Reis et al. (2007) e Peracchi et al. (2011) Mamíferos de médio e grande porte Esses mamíferos foram registrados com o seguinte conjunto de métodos: (1) busca ativa por vestígios (pegadas, rastros, fezes, tocas, etc.) e por registros diretos da presença de mamíferos (visualizações, contatos auditivos, carcaças, etc.), essas buscas se deram, a pé, de carro e de barco, distribuídas de forma equivalente entre as três áreas amostrais; e (2) armadilhamento fotográfico, onde foram armadas quatro armadilhas fotográficas (Trophy Cam Trail Camera Bushnell ), sendo uma em cada área amostral e uma quarta câmera é armada em um ponto oportunístico. As pegadas e os rastros foram identificados segundo os guias de pegadas de González (2001), Oliveira & Cassaro (2005), Carvalho Jr. & Luz (2008) e Mamede & Alho (2008) Análise dos dados Os mamíferos foram analisados quanto ao número de espécie, famílias e ordens, número de indivíduos (pequenos mamíferos terrestres e voadores) e número de registros (médios e grandes mamíferos) observados em cada área de influência. A classificação taxonômica e nomenclatura das espécies seguem Wilson & Reeder (2005), Reis et al. (2011) e Alfaro et al. (2012). Na avaliação da mastofauna foram utilizados os índices apresentados a seguir: Curva de rarefação O número de espécies é influenciado pelo número de indivíduos capturados, isto é, quanto mais indivíduos são capturados, maior pode ser o número de espécies registrado. De acordo com Gotelli & Colwell (2001), para minimizar esse problema, é interessante ilustrar o aumento do número de espécies por meio de uma curva de 90

102 rarefação, a qual representa a expectativa estatística de uma curva de acúmulo de espécies. A curva de acúmulo de espécies inclui o número total de espécies observadas, durante o processo de coleta de dados, conforme são adicionados indivíduos ou amostras ao conjunto total de dados. De forma simplificada, a curva de rarefação é produzida por repetidas reamostragens, ao acaso, desse conjunto total de dados, a fim de se obter uma média do número de espécies encontradas nas re-amostragens. Esta análise foi realizada utilizando o programa PAST (Hammer et al. 2011). Índice de Diversidade e Similaridade Foi calculado, para cada área amostral, o índice de diversidade de Shannon-Wiener (Krebs, 1989). A comparação da riqueza e abundância de espécies entre as parcelas foi realizada através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989) Riqueza de espécies Nessa fase do monitoramento da mastofauna foram registradas 38 espécies de mamíferos silvestres, apresentando uma diversidade de H =2,198. Foram obtidos quatro novos registros nesta sétima campanha do monitoramento, sendo três morcegos: Artibeus fimbriatus, Chiroderma trinitatum (Foto 31) e Thyroptera discifera (Foto 32); e uma espécie de primata recentemente descrita: Callicebus vieirai (Foto 33). O registro de C. vierai foi obtido através do método de observação direta, e para a identificação foram usados os caracteres diagnósticos citados por Gualda-Barros et al. (2012): coloração pálida castanho acinzentado principalmente na coroa, nuca, cauda, dorso e os lados dorsal dos membros; mãos, pés e ponta da cauda branco; barriga e nos lados ventral dos membros alaranjado e coloração branca na testa e barba, em torno do rosto escuro. As espécies registradas em todas as fases do monitoramento, somadas àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento, totalizam 116 espécies, pertencentes a 10 ordens e 31 famílias (Tabela 17). 91

103 FOTO 31 MORCEGO Chiroderma trinitatum, NOVO REGISTRO OBTIDO NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO FOTO: NATHALIA Y. K. OLIVEIRA, 2012 FOTO 32 MORCEGO, Thyroptera discifera, NOVO REGISTRO DE FAMÍLIA (TRYROPTERIDAE) FOTO: NATHALIA Y. K. OLIVEIRA, 2012 FOTO 33 GUIGÓ OU ZOGUE-ZOGUE (Calicebus vieirai). NOVA ESPÉCIE DE PRIMATA RECENTEMENTE DESCRITA (GUALDA- BARROS ET AL., 2012) FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS,

104 TABELA 17 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER Método de TÁXON Nome popular Área amostral Registro ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae Fase do Monitoramento EIA Status de conservação Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re Didelphis marsupialis Linnaeus, X - Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica X - Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X - Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica CP Re 7 X - Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca X - Marmosops sp. cuíca X - Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca X - Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777) cuica CP Re,Co 1,6 X - Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD ORDEM CINGULATA Família Dasypodidae Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1,3,5 X - Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2 X - Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X - Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola X DD Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) gambá-deorelha-preta tatu-quinzequilos tatu-de-rabomole CP Ca 2,

105 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento EIA Status de conservação Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra PE,ENT,AF,TO Re,Ca,Co 1,3,5,7 X VU ORDEM PILOSA Família Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim OD,ENT,AF Ca,Re,Co 1,5,6,7 X - Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) Família Megalonychidae ENT En 1 X VU Choloepus hoffmanni Peters, 1858 preguiça-real RES Ca ORDEM PRIMATES Família Atelidae Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) tamanduábandeira macaco-aranhade-cara-branca OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7 - EN Ateles chamek (Humboldt, 1812) macaco-aranha OD,CA Re 1,2,3,5,6 X - Alouatta discolor (Sipx 1823) bugio OD Ca,Co 3,6 - - Família Cebidae Mico emiliae (Thomas, 1920) sagui OD,CA Ca, Em 1,3,5,6 X - Sapajus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7 X - Sapajus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara X DD Família Pitheciidae Callicebus molock (Hoffmannsegg, 1807) Callicebus vieirai Gualda-Barros, Nascimento & Amaral, 2012 Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Devile, 1848) guigó, zoguezogue guigó, zoguezogue cuxiú-de-narizvermelho OD,CA Re,Co 1,2,3,6 X - OD Re 7 OD,CA Ca,Re,Co 2,3,5 - - Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú X - Família Aotidae Aotus infulatus (Khul, 1820) macaco-da-noite OD,CA Ca 2,3 X - 94

106 TÁXON ORDEM CHIROPTERA Família Embalonuridae Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) Família Mormoopidae Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento EIA Status de conservação morcego CP,OD Re 1,2 - - Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego X - Família Phyllostomidae Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 X - Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego CP Ca,Re,Co 1,3,6 X - Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,6,7 - - Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) morcego CP Ca 3,5 - DD Phylloderma stenops Peters, 1865 morcego CP Co Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego RES - 3 X - Lophostoma silvicolum d Orbigny, 1836 morcego X - Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego CP Ca 5 X - Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego CP Co,Re 1,6 X - Micronycteris megalotis Gray, 1842 morcego X - Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) morcego CP Co,Re 1,7 - - Lampronycteris brachyotis (Dobson, 1879) Glyphonycteris silvestris (Thomas, 1896) morcego CP Co morcego CP Re Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 morcego X - Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego X DD Lonchophylla thomasi Allen, 1904 morcego CP Co Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego CP Ca 7 X - Choeroniscus minor (Peters, 1868) morcego CP Ca,Re 3 X - 95

107 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento EIA Status de conservação Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2,7 X - Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7 X - Rhinophylla pumilio Peters, 1865 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 X - Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego X DD Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego X - Dermanura gnoma Handley, 1987 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 - - Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego CP Ca,Re,Co 1,3,5,6,7 X - Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7 X - Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7 X - Artibeus fimbriatus Gray, 1838 morcego CP Co Chiroderma trinitatum Goodwin,1958 morcego CP Re Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 morcego CP Ca,Co 3,7 X - Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego X - Platyrrhinus fusciventris Velazco, Gardner & Patterson, 2010) morcego CP Co Platyrrhinus sp. CP Ca,Re 6,7 - - Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego X - Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,7 X - Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) morcego CP Ca 1,2 - - Familia Mormoopidae Pteronutus parnellii (Gray, 1843) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 X - Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego CP Re Família Noctilionidae Noctilio albiventris Desmarest, 1818 Família Thyropteridae morcegopescadorpequeno OD Re 2,

108 TÁXON Thyroptera discifera Lichtenstein e Peters, 1855 Familia Molossidae Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento EIA Status de conservação morcego CP Co Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego RES Ca 3 X - Molossus rufus (É. Geoffroy, 1805) morcego RES Ca Família Vespertilionidae Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego CP,RES Ca,Re,Co 1,3 Myotis cf. riparius Handley, 1960 morcego CP Co Myotis sp. morcego CP Co,Re ORDEM CARNÍVORA Família Canidae Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7 X - Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-deomato-de-orelhacurta OD Ca 1 X DD Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre X VU Família Felidae Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT,AF Ca,Co,Re 1,3,5,6,7 X VU Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato X VU Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,Em 1,2,5 X - Puma concolor (Linnaeus, 1771) puma PE,ENT Re,Em 1,7 X VU Panthera onca (Linnaeus, 1758) Família Mustelidae onça-pintada OD,PE,CA,ENT, AF,FE Re,Ca 1,2,3,5,6 X VU Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara OD,RES Ca,Co 3,4,6,7 X - Galictis vittata (Schreber, 1776) furão CÇ Em Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra ENT,PE Re 1,2 X

109 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento EIA Status de conservação Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) ariranha ENT,OD,AF Re 1,2,3,6,7 X VU Mustela africana Desmarest, 1818 Família Procyonidae OD Ca 3 - DD Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) mão-pelada PE Re,Co 1,2,3 X - Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati ENT,CÇ Ca 1,2,7 X - Potos flavus (Schreber, 1774) jupará OD,ENT,CA Ca,Re,Co 1,3,4,5,6 X - ORDEM ARTIODACTYLA Família Cervidae Mazama gouazoubira (Fischer, 1814) doninhaamazônica veadocatingueiro OD,PE,ENT Ca,En,Co 1,2,3,5,6,7 X - Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro ENT Ca,En 1 X - Família Tayassuidae Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6 X - Tayassu pecari (Link, 1795) ORDEM PERISSODACTYLA Familia Tapiridae queixada PE,OD,AF,ENT, CÇ Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 X - Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7 X - ORDEM RODENTIA Família Sciuridae Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842) caxinguelê OD,CÇ Ca,Em,Re 1,2,3 - - Sciurillus pusillus (É. Geoffroy, 1803) coatipuruzinho OD Co Família Caviidae Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara CÇ,OD,PE,ENT, FE Ca,Re 1,2,3,5,7 X - Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* preá X - 98

110 TÁXON Família Erethizontidae Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento EIA Status de conservação Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço-cacheiro OD Ca,Re 1,5 X - Família Dasyproctidae Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) cotia PE,ENT,AF,OD Ca,Co,En 1,2,3,5 X - Família Cuniculidae Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) paca ENT,PE,AF Ca,Re 1,2,5,7 X - Família Cricetidae Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinhopequeno X - Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2,3,5 X - Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore X - Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore X - Eurioryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato X - Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co Hylaeamys megacephalus (Fischer, 1814) rato-do-mato X - Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) rato-do-mato CP Re 1 X - Família Echimidae Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) ORDEM LAGOMORPHA Família Leporidae rato-de-espinho CP Co 1,2,3,5 - - Silvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti OD En 1 X - Nota: Táxons/Espécie, seguida de seu nome popular; do método de registro (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Contato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios, RES = capturada pelo resgate de fauna); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e En = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o registro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conservação no Brasil (segundo Chiarello et al. 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes). 99

111 4.2.3 Espécies ameaçadas Foi registrada uma espécie ameaçada de extinção durante a sétima campanha: o macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus) (EN) (Foto 34). Entre as espécies ameaçadas, os animais de grande porte, como carnívoros e primatas, representam os grupos sob o maior risco de extinção (Drummont et al. 2005). O macaco-aranha-decara-branca, assim como os demais primatas, sofre com a fragmentação e descaracterização ambiental uma vez que são essencialmente arborícolas e dependentes de ambientes florestados e contínuos. FOTO 34 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (Ateles marginatus), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES FOTO 35 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (Ateles marginatus), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO) FOTO: RAFAEL BALESTRIN, 2012 FOTO: RAFAEL BALESTRIN, 2012 FOTO 36 MACACO-ARANHA-DE-CARA-PRETA (Ateles chamek), ESPÉCIE RESTRITA À MARGEM ESQUERDA DO RIO TELES PIRES FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS,

112 4.2.4 Espécies endêmicas As espécies endêmicas registradas durante a sétima campanha foram aquelas endêmicas da Amazônia: Ateles marginatus e Dermanura gnoma (van Roosmalen et al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011). Essas espécies sofrem com a perda de hábitat e são vulneráveis à fragmentação e descaracterização ambiental (Chiarello et al., 2008) Espécies raras Não foram registradas espécies consideradas raras na sétima fase do monitoramento. Ainda não é conhecido o real status do primata descrito recentemente (Callicebus vieirai), portanto não é possível classificá-lo como raro, mesmo tendo sido encontrado somente agora na região. Avaliações futuras mais precisas poderão contribuir com a determinação de seu status local Espécies migradoras e suas rotas Não foram registradas espécies migradoras dentre os mamíferos em nenhuma das fases do monitoramento Espécies Bioindicadoras As diferentes espécies de mamíferos apresentam diferentes exigências ecológicas em nichos temporal, espacial e trófico. As espécies de mamíferos indicadoras de qualidade ambiental para esse tipo de empreendimento podem ser aquelas de hábitos aquáticos e semi-aquáticos, por estarem diretamente relacionadas aos impactos de um represamento. Entre essas espécies destacam-se a lontra (Lontra longicaudis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca (Cuniculus paca). A paca comumente habita o ambiente ribeirinho e está diretamente associada à existência de florestas ciliares em bom estado de conservação (Nowak, 1999). Em locais muito alterados, onde este tipo de formação florestal inexiste ou já foi muito modificada, esta espécie pode se tornar escassa ou até mesmo extinta localmente, devido às exigências da espécie. 101

113 A capivara (Foto 37) é um animal que geralmente se adapta bem a alterações ambientais, em especial em empreendimentos hidrelétricos, podendo ser afetada positivamente com a presença de um lago (Ibama, 2000). Inclusive, o aumento desequilibrado em suas populações, pode causar até mesmo prejuízos econômicos e sanitários. Além das espécies ligadas ao ambiente aquático, as espécies florestais também sofrem impactos ligados à supressão dos ambientes florestados e perda de habitat. Em especial os primatas podem ser considerados bons indicadores por serem exclusivamente florestais, sofrendo bastante com a descaracterização, a fragmentação e a redução florestal. Grandes carnívoros também são importantes bioindicadores, por suas necessidades ambientais e de uma comunidade estruturada de presas (Rodrigues et al. 2002). FOTO 37 CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris), NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FONTE: JOÃO E. BRITO, Espécies exóticas Não foram registradas espécies exóticas vivendo de forma livre nas áreas de estudo durante a sétima fase de campo. 102

114 4.2.9 Espécies cinegéticas Mamíferos de médio e grande porte são grandes alvos de práticas de atividades cinegéticas que incluem caças esportivas, profissionais e para fins de subsistência. Na área de estudo ocorrem espécies as quais sofrem grande pressão de caça, como a paca (Cuniculus paca), a anta (Tapirus terrestris) (Foto 38), o cateto (Pecary tajacu) e o queixada (Tayassu pecari). A caça ilegal é um dos principais fatores causadores de ameaças às populações brasileira destes animais (Chiarello et al., 2008). Além de extinções locais, a intensa pressão de caça também promove a ruptura de interações ecológicas que garantem a manutenção da diversidade biológica (Travassos, 2011). FOTO 38 FOTO DE ARMADILHAMENTO FOTOGRÁFICO DE UMA ANTA (Tapirus terrestris) OBTIDA NA SÉTIMA CAMPANHA, ESPÉCIE DE INTERESSE CINERGÉTICO. FOTO: CAMERA TRAP, Espécies de importância econômica Algumas espécies podem ter alguma importância econômica como por exemplo os macacos do gênero Cebus, que podem causar algum prejuízo econômico em plantações de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Espécies de carnívoros podem ter importância econômica, quando ligados a predação de animais domésticos. A alteração e destruição de ambientes naturais podem reduzir a disponibilidade de presas naturais e forçar grandes carnívoros a viver em contato com estoques de animais domésticos, que podem ser usados como presas (Conforti, 2006). A 103

115 retaliação contra animais que predam estoques domésticos tem sido um meio de redução de populações de grandes carnívoros (Azevedo, 2006) Espécies de risco epidemiológico Mamíferos podem ser reservatórios e portadores de zoonoses de potencial significância para a saúde pública. A fauna silvestres, de hábitos sinantrópicos, podem atuar como reservatórios, facilitando o surgimento de novos casos de doenças parasitarias em humanos. Perturbações na demografia de populações silvestres causadas por ação antrópica em ambientes naturais podem promover o contato de populações humanas com epizootias, antes restritas ao ciclo silvestre. Na Tabela 18 são apresentadas algumas das principais zoonoses que podem ser transmitidas por mamíferos silvestres. TABELA 18 PRINCIPAIS ZOONOSES ADQUIRIDAS DE MAMÍFEROS SILVETRES, RESPECTIVOS AGENTES ETIOLÓGICOS E VIAS DE TRANSMISSÃO (ADAPTADO DE BARBOSA ET AL ) DOENÇA NO HOMEM AGENTE ETIOLÓGICO RESERVATÓRIOS ANIMAIS VIAS DE TRANSMISSÃO BACTÉRIAS Anthrax Bacillus anthracis Mamíferos Fecal-oral e vetores Botulismo Toxinas de C. botulinum Aves e mamíferos Fecal-oral Brucelose Brucella spp. Ungulados, marsupiais e mamíferos Fecal-oral Campilobacteriose Campilobacter jejuni Aves e mamíferos Digestiva Cinomose Pseudomonas mallei Equídeos e carnívoros Aerógena Clostridiose Clostridium spp. Animais silvestres em geral Diversas formas Colibacilose Escherichia coli Animais silvestres em geral Fecal-oral Doença de Lyme Borrelia burgdorferi Mamíferos Picada de vetores Febre maculosa Ricketsia rickettsii Marsupiais, roedores e lagomorfos Picada de carrapato Hanseníase Mycobacterium leprae Primatas, tatus Inalação, contato direto Leptospirose Leptospira interrogans Mamíferos Contato direto Micobacterioses atípicas Mycobacterium spp. Peixes, aves mamíferos e répteis Aerógena e digestiva Pasteurelose Pasteurella multocida Aves e mamíferos Aerógena e digestiva Peste Yersinia pestis Roedores e marsupiais Vetores ou contato com feridas Pseudotuberculose Yersinia pseudotuberculosis Aves e mamíferos Fecal-oral Salmonelose Salmonella spp. Aves, mamíferos e répteis Fecal-oral Shiguelose Shiguela dysenteriae Primatas Fecal-oral Tétano Clostridium tetani Mamíferos Contato com feridas Tuberculose Mycobacterium spp. Mamíferos e aves Aerógena, digestiva VÍRUS Dengue silvestre Flavivirus Cebídeos Vetor-mosquito Encefalite equina do Leste Alphavirus Aves e roedores Vetor-mosquito 104

116 DOENÇA NO HOMEM AGENTE ETIOLÓGICO RESERVATÓRIOS ANIMAIS VIAS DE TRANSMISSÃO Febre Aftosa Aphtovirus Artiodátilos Aerógena e secreções Febre Amarela Flavivirus Primatas Vetor-mosquito Febre de Mayaro Alphavirus Saguis, bugios Vetor-mosquito Hepatite A Picornavirus Primatas Fecal-oral Herpes Herpesvirus simiae Primatas Saliva, arranhadura Herpes simples tipo I Herpesvirus hominis Primatas Saliva Raiva Lyssavirus Mamíferos Saliva, mordida, arranhadura Sarampo Morbilivirus Primatas Aerógena Varíola Orthopoxvirus Primatas Direta Criptosporidiose Criptosporidium spp. PROTOZOÁRIOS Peixes, aves mamíferos e répteis Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Mamíferos Fecal-oral Contato com fezes de vetores Giardíase Giardia lambia Aves e mamíferos Fecal-oral Leishmaniose cutânea Leishmania braziliensis Roedores e marsupiais Leishmaniose visceral Leishmania chagasi Canídeos Picada do vetor flebotomíneo Picada do vetor flebotomíneo Malária dos primatas Plasmodium spp. Primatas Picada do vetor Sarcocistose Sarcocystis spp. Felídeos e animais endotérmicos Fecal-oral Toxoplasmose Toxoplasma gondii Felídeos Fecal-oral Dentre os mamíferos registrados no presente estudo que podem ser potenciais transmissores de doenças estão os roedores silvestres, que podem ser reservatórios de diversas doenças como a hantavirose e a leptospirose e os primatas, que podem servir como reservatórios de doenças como a febre amarela e o morcego hematófago (D. rotundus), pela sua importância na transmissão da raiva em animais herbivoros. Grandes roedores como as capivaras (H. hydrochaeris) podem ainda ser reservatório de doenças como a febre maculosa e a doença de Lime, sendo transmitida por seus carrapatos a humanos e a animais domésticos. Em empreendimentos hidroelétricos, a derrubada de mata nativa e formação de lagos pode possibilitar o aumento das populações de capivaras, fato que se agrava pela ausência de predadores naturais, pelo seu hábito alimentar e potencial reprodutivo (Ibama, 2000). Assim, podem apresentar um risco potencial a saúde pública quando em populações grandes e/ou crescentes (Governo de SP, 2002). 105

117 Esforço amostral O esforço amostral despendido em todas as fases de campo realizadas somou 54 dias de campo, sendo 10 dias na primeira fase (15 a 24 de fevereiro de 2011), nove dias na segunda fase (27 de abril a 8 de maio de 2011), sete dias na segunda fase (10 a 17 de julho de 2011), quatro dias na quarta fase (21 a 24 de setembro de 2011) (campanha foi interrompida pela SEMA), oito dias na quinta fase (8 a 15 de fevereiro de 2012), oito dias na sexta fase (18 a 25 de abril de 2012) e oito dias na sétima fase (17 a 24 de julho). Os dias de amostragem sistematizados permaneceram os mesmos seis dias por fase (exceto na fase 4) e os dias de busca livre (métodos não sistematizados) variaram conforme a possibilidade em cada campanha. Os métodos sistematizados são priorizados desde o início da fase, e caso haja tempo ao final da aplicação dos métodos sistematizados, o restante do período é destinado à coleta de dados não sistematizados. O esforço amostral dividido por método é apresentado na Tabela 19. TABELA 19 ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA Método Quantidade / área amostral Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase N o de fases realizadas Esforço total Armadilhas Sherman + Tomahawk Armadilhas de interceptação e queda = baldes 240 m Redes de neblina (2 / área) 7 Armadilhas fotográficas* armadilhas/noite baldes/dia m/dia 432 redes/noite 7.776m 2 /h 168 armadilhas/dia * Mais uma armadilha fotográfica em um lugar oportunístico, somando 4 armadilhas por fase. A curva de acumulação de espécies ou curva do coletor aleatorizada, construída considerando-se a mastofauna amostrada nas sete fases do monitoramento de fauna ainda não apresenta uma estabilização, uma vez que nessa última fase foram acrescentadas novas espécies (Gráfico 4). A curva apresentou um formato ascendente, sem apresentar uma assíntota, sugerindo que novos registros podem ser esperados para a região. Segundo, SANTOS (2006) é praticamente impossível determinar a riqueza total de um ambiente, principalmente em florestas tropicais, onde a diversidade é muito alta. 106

118 GRÁFICO 4 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS SETE PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA DA UHE COLÍDER, MT Comparação entre as áreas amostradas Parcela 1 Área Diretamente Afetada (ADA) Canteiro de obras Na área do canteiro de obras foram registradas 10 espécies de mamíferos silvestres durante a sétima fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H =0,8819. A maioria das espécies amostradas no canteiro de obras foi também registrada nas outras áreas, apenas uma espécie foi registradas exclusivamente nesse sítio amostral: Glossophaga soricina. Este morcego foi o primeiro registro para o monitoramento Parcela 2 Área Diretamente Afetada (ADA) Reservatório Na área do reservatório foram registradas 24 espécies durante a sétima fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H =2,678. Poucas espécies amostradas no reservatório foram também registradas nas outras áreas, e algumas outras foram registradas exclusivamente nessa área, sendo elas: Marmosops bishopi, Callicebus vierai, Phyllostomus elongates, Trinycteris nicefori, Desmodus rotundus, Chiroderma trinitatum, Noctilio albiventris, Puma concolor, Pteronura brasiliensis e Mazama gouazoubira. 107

119 Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII) Controle Na área-controle foram registradas 18 espécies durante a sétima fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H =2,315. A maior parte das espécies amostradas na área controle foi também registrada nas outras áreas, porém algumas foram registradas exclusivamente nesse sítio amostral, como por exemplo: Nasua nasua, Thyroptera discifera, Uroderma bilobatum, Mesophylla macconnelli, Artibeus fimbriatus, Priodontes maxiimus e Tamandua tetradactyla Comparação entre as áreas A maior similaridade entre as áreas amostrais se deu entre a área do reservatório e a área-controle, seguida pela similaridade entre o canteiro de obras e o controle, e por último, a similaridade entre o reservatório e a área-canteiro (26%) (conforme os resultados da similaridade de Bray-Curtis) (Figura 7). reservatorio controle canteiro Similaridade FIGURA 7 SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A SÉTIMA FASE. LEGENDA: CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA-CONTROLE Comparação entre as fases do monitoramento Percebe-se uma diminuição tanto na riqueza quanto na diversidade das espécies no decorrer das sete primeiras fases do monitoramento (Tabela 20 e Gráfico 5). 108

120 Entretanto, apesar de se observar que no canteiro esta riqueza diminui de 33 para 10, e a diversidade de 3,088 para 0,8819; não podemos inferir ainda se este resultado representa a resposta ao impacto direto das obras iniciadas na UHE Colíder. TABELA 20 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES Área Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5 Fase 6 Fase 7 Canteiro Reservatório Controle Total (3,088) (2,418) (2,571) (1,242) (2,561) (2,593) (0,8819) (2,17) (2,855) (2,447) (1,445) (2,68) (2,224) (2,678) (2,907) (1,987) (2,728) (1,54) (2,373) (2,532) (2,315) (3,219) (2,936) (3,275) (2,261) (2,937) (3,098) (2,198) A análise de variância entre as três áreas não foi significativa (p < 0,07). Ou seja, quando comparamos as três áreas, a relativa diminuição do número de registros de espécies no canteiro de obras, não representa uma diferenciação das demais áreas. Portanto, podemos entender que, estatisticamente, a área do canteiro ainda não apresenta uma resposta diferente, quanto ao número de espécies, das demais áreas, mesmo com o impacto do início das obras. Mas esta resposta depende de amostragens maiores, portanto espera-se que com o contínuo monitoramento poderemos observar a diferença de acordo com os impactos em cada área. 109

121 GRÁFICO 5 RIQUEZA DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA E NO TOTAL POR FASE DO MONITORAMENTO, MOSTRANDO UMA TENDÊNCIA À DIMINUIÇÃO DA RIQUEZA NO DECORRER DO TEMPO NOTA: F1 = 1ª FASE DE CAMPO, F2 = 2ª FASE DE CAMPO,..., F4* = 4ª FASE DE CAMPO (FASE DE CAMPO INTERROMPIDA),..., F7 = 7ª FASE DE CAMPO Pequenos mamíferos Nesta sétima fase de campo foram capturados apenas dois pequenos mamíferos, da mesma espécie (Tabela 21). TABELA 21 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO Espécies Canteiro de obras Reservatório Controle Total AB % AB % AB % AB % Marmosops bishopi Total Morcegos Foram capturados 166 morcegos, representados por 18 espécies. A espécie mais abundante foi Carollia perspicillata, contando com 63% das capturas, seguida por Artibeus lituratus (7,8%), A. obscurus (6,6%) e A. planirostris (5,4%). As demais espécies representaram menos que 5% das capturas (Tabela 22 e Gráfico 6). 110

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