MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE UHE COLÍDER

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2 MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE UHE COLÍDER Rio Teles Pires, MT Empresa Executora: Ambiotech Consultoria Equipe de execução: Coordenação geral: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos Herpetofauna: Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico) Biól. Guilherme Bard Adams Auxiliar local Avifauna: Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico) Biól. Tacyanne Maria Moraes Correia Auxiliar local Mastofauna: Biól. Luana C. Munster (Resp. técnico) Biól. João Eduardo C. Brito Biól. Igor Soares de Oliveira Auxiliar local

3 SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS... IV ÍNDICE DE FOTOS... V ÍNDICE DE TABELAS... VIII ÍNDICE DE GRÁFICOS... X 1 APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS Canteiro de Obras (ADA) Reservatório Área Controle Manutenção das parcelas e transecções MÉTODOS Trabalho de campo Análise dos dados RESULTADOS HERPETOFAUNA Procedimentos Metodológicos Métodos Sistematizados Métodos não sistematizados Análise dos dados Parcela 1 Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII, controle) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) I

4 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Registros não sistematizados Espécies endêmicas, raras ou não descritas Espécies procuradas para caça Espécies de interesse econômico Espécies de interesse científico Espécies de interesse médico-veterinário Espécies indicadoras de qualidade ambiental Riqueza e abundância Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a oitava campanha Suficiência amostral Dados não-sistematizados adicionais Considerações finais AVIFAUNA Procedimentos Metodológicos Identificação das Espécies Avaliações Quantitativas Análise dos Dados Riqueza de espécies Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei Espécies endêmicas Espécies migratórias Espécies relevantes Esforço amostral Comparação entre as áreas amostrais Parcela 1 Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras) Parcela 2 Área Diretamente Afetada (Reservatório) Parcela 3 Área de Influência Indireta (Área Controle) Similaridade entre as áreas Anilhamento Índice Pontual de Abundância (IPA) Métodos não sistematizados Índice de diversidade Espécimes coletados Dados reprodutivos Considerações finais MASTOFAUNA Procedimentos Metodológicos Pequenos mamíferos não-voadores Morcegos Mamíferos de médio e grande porte II

5 Análise dos dados Riqueza de espécies Espécies ameaçadas Espécies endêmicas Espécies raras Espécies migradoras e suas rotas Espécies Bioindicadoras Espécies exóticas Espécies cinegéticas Espécies de importância econômica Espécies de risco epidemiológico Esforço amostral Comparação entre as áreas amostradas Parcela 1 Área Diretamente Afetada (ADA) Canteiro de obras Parcela 2 Área Diretamente Afetada (ADA) Reservatório Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII) Controle Comparação entre as áreas Comparação entre as fases do monitoramento Pequenos mamíferos Morcegos Mamíferos de médio e grande porte Atropelamentos Considerações finais REFERÊNCIAS HERPETOFAUNA AVIFAUNA MASTOFAUNA III

6 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 CROQUI COM A INDICAÇÃO DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E PERÍMETRO PARCIAL DO FUTURO RESERVATÓRIO (AZUL)... 4 FIGURA 2 CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS... 5 FIGURA 3 CROQUI INDICANDO AS TRANSECÇÕES E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. PONTOS COM SUFIXO B REFEREM-SE À AVIFAUNA, E PONTOS COM SUFIXO A REFEREM-SE À HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA FIGURA 4 CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA CONTROLE... 8 IV

7 ÍNDICE DE FOTOS FOTO 1 ADULTO DE CERCOSAURA EIGENMANNI REGISTRADO PELO MÉTODO DE AQ DA ADA FOTO 2 LEPTODACTYLUS MYSTACEUS REGISTRADO NAS AQ DA ADA FOTO 3 NINHO DE JACARÉ REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT DA ADA FOTO 4 ILHA DE AREIA (UTM 21L M / M) UTILIZADA POR JACARÉS E TARTARUGAS COMO SÍTIO REPRODUTIVO NA ADA FOTO 5 PROCERATOPHRYS SP. REGISTRADO NA ÁREA CONTROLE PELO MÉTODO DE AQ FOTO 6 LEPTODACTYLUS KNUDSENI REGISTRADO NA ÁREA CONTROLE PELO MÉTODO DE PSLT FOTO 7 FILHOTE DE PALEOSUCHUS TRIGONATUS REGISTRADO NA AII PELO MÉTODO DE PALT FOTO 8 SUCURI (EUNECTES MURINUS) DE GRANDE PORTE, COM MAIS DE 6 M DE COMPRIMENTO, ENCONTRADA MORTA NA ADA FOTO 9 SUCURI (EUNECTES MURINUS) DE APROXIMADAMENTE 2,5 M ENCONTRADA MORTA DURANTE A OITAVA CAMPANHA NA ÁREA QUE FORMARÁ O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER, EM LOCAL PRÓXIMO DA BARRAGEM FOTO 10 DETALHE DA SERPENTE HYDRODINASTES GIGAS ENCONTRADA MORTA FOTO 11 MAÇARICO-PINTADO (ACTITIS MACULARIUS) FOTOGRAFADO NO LEITO DO RIO TELES PIRES, ONDE SERÁ FORMADO O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER FOTO 12 MAÇARICO-DE-PERNA-AMARELA (TRINGA FLAVIPES) CAPTURADO NA ÁREA DA UHE COLÍDER, SOB TRATAMENTO VETERINÁRIO ANTES DA SOLTURA FOTO 13 SABIÁ-NORTE-AMERICANO (CATHARUS FUSCESCENS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 14 UIRAPURU-VEADO (MICROCERCULUS MARGINATUS) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 15 GUARACAVA-DE-CRISTA-ALARANJADA (MYIOPAGIS VIRIDICATA) CAPTURADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 16 RENDADINHO (WILLISORNIS POECILINOTUS) ANILHADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 17 INHAMBU-XINTÃ (CRYPTURELLUS TATAUPA) ENCONTRADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 18 URUBU-REI (SARCORAMPHUS PAPA) FLAGRADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 19 MARACANÃ-GUAÇU (ARA SEVERUS) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 20 MARACANÃS-VERDADEIRAS (PRIMOLIUS MARACANA) NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 21 ANACÃ (DEROPTYUS ACCIPITRINUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 22 MAITACA-DE-CABEÇA-AZUL (PIONUS MENSTRUUS) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 23 CURICA-DE-BOCHECHA-LARANJA (PYRILIA BARRABANDI) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS V

8 FOTO 24 CABURÉ-DA-AMAZÔNIA (GLAUCIDIUM HARDYI) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 25 BACURAU-DE-LAJEADO (HYDROPSALIS NIGRESCENS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 26 MÃE-DA-LUA-GIGANTE (NYCTIBIUS GRANDIS) FOTOGRAFADO NO LOCAL ONDE ESTÁ SENDO CONTRUÍDA A BARRAGEM FOTO 27 SURUCUÁ-GRANDE-DE-BARRIGA-AMARELA (TROGON VIRIDIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE. DETALHE DA CAUDA FOTO 28 SURUCUÁ-GRANDE-DE-BARRIGA-AMARELA (TROGON VIRIDIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE. DETALHE DAS COSTAS FOTO 29 SURUCUÁ-VIOLÁCEO (TROGON RAMONIANUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 30 SURUCUÁ-DE-BARRIGA-VERMELHA (TROGON CURUCUI) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 31 ARIRAMBA-DA-MATA (GALBULA CYANICOLLIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 32 MACURU-DE-PESCOÇO-BRANCO (NOTHARCHUS HYPERRHYNCHUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 33 SARIPOCA-DE-GOLD (SELENIDERA GOULDII), MACHO, FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 34 ARAÇARI-MULATO (PTEROGLOSSUS BEAUHARNAESI) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 35 PICA-PAU-AMARELO (CELEUS FLAVUS), MACHO, FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 36 PICA-PAU-DE-BARRIGA-VERMELHA (CAMPEPHILUS RUBRICOLLIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO FOTO 37 IPECUÁ (THAMNOMANES CAESIUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS. ESPÉCIE NUCLEAR EM BANDOS MISTOS FOTO 38 MACHO DE CHOCA-CANELA (THAMNOPHILUS AMAZONICUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 39 PAPA-FORMIGA-DO-IGARAPÉ (SCLATERIA NAEVIA), MACHO, FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO FOTO 40 FORMIGUEIRO-DE-CARA-PRETA (MYRMOBORUS MYOTHERINUS), MACHO, FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 41 ARAPAÇU-GALINHA (DENDROXETASTES RUFIGULA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 42 ARAPAÇU-GALINHA (DENDREXETASTES RUFIGULA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 43 BARRANQUEIRO-CAMURÇA (AUTOMOLUS OCHROLAEMUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 44 CABEÇA-ENCARNADA (PIPRA RUBROCAPILLA), MACHO, FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 45 FERREIRINHO-ESTRIADO (TODIROSTRUM MACULATUM) FOTOGRAFADO NO ENTORNO DA ÁREA CONTROLE FOTO 46 CAÇULA (MYIORNIS ECAUDATUS), O MENOR PASSERIFORME DO BRASIL, FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS VI

9 FOTO 47 ANAMBÉ-BRANCO-DE-MÁSCARA-NEGRA (TITYRA SEMIFASCIATA), MACHO, FOTOGRAFADO NO ENTORNO DA ÁREA CONTROLE FOTO 48 TEMPERA-VIOLA (SALTATOR MAXIMUS) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 49 MORCEGO TONATIA BIDENS, NOVO REGISTRO NO MONITORAMENTO DA UHE COLÍDER FOTO 50 CACHORRO-VINAGRE (SPEOTHOS VENATICUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA VU (VULNERÁVEL), REGISTRADO POR ARMADILHA FOTOGRÁFICA. NA IMAGEM DE CIMA AS SETAS INDICAM A CABEÇA E A CAUDA CURTA (CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DA ESPÉCIE). NA FOTO DE BAIXO A CABEÇA DE UM DOS INDIVÍDUOS PODE SER OBSERVADA FOTO 51 MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 52 MORCEGO DERMANURA GNOMA, ESPÉCIE ENDÊMICA, CAPTURADA NA OITAVA FASE FOTO 53 ARIRANHA (PTERONURA BRASILIENSIS), REGISTRADA NA OITAVA FASE. NOTA- SE O MESMO FILHOTE JÁ RELATADO ANTERIORMENTE (HÁ UM ANO), INDICANDO QUE O GRUPO FAMILIAR UTILIZA PERMANENTEMENTE A ÁREA QUE FORMARÁ O RESERVATÓRIO FOTO 54 MACACO-PREGO (SAPAJUS CF. APELLA) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 55 CUXIÚ (CHIROPOTES ALBINASUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 56 CACHORRO-DO-MATO (CERDOCYON THOUS) NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS128 FOTO 57 CATETO (PECARI TAJACU) FOTOGRAFADO NA ÁREA CONTROLE FOTO 58 CUTIA (DASYPROCTA LEPORINA) FOTOGRAFADA NA ÁREA CONTROLE FOTO 59 PACA (CUNICULUS PACA) FOTOGRAFADA NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES QUE FORMARÁ O RESERVATÓRIO FOTO 60 ANTA (TAPIRUS TERRESTRIS) MORTA POR ATROPELAMENTO NO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 61 CACHORRO-DO-MATO (CERDOCYON THOUS) ATROPELADO DENTRO DO CANTEIRO DE OBRAS FOTO 62 JUPARÁ (POTOS FLAVUS) RECÉM ATROPELADO NA ESTRADA QUE DÁ ACESSO À USINA, EM FRENTE À ÁREA CONTROLE FOTO 63 DETALHE DO JUPARÁ (POTOS FLAVUS) ATROPELADO E O MOTIVO DA MORTE DE UM ANIMAL QUE ESTAVA SENDO MONITORADO NA ÁREA CONTROLE VII

10 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 ÁREAS AMOSTRAIS SELECIONADAS PARA O MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE... 4 TABELA 2 AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR TABELA 3 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DA UHE COLÍDER, DURANTE A OITAVA CAMPANHA TABELA 4 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) DURANTE A OITAVA CAMPANHA TABELA 5 ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII, DURANTE A OITAVA CAMPANHA TABELA 6 ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL TABELA 7 LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SETE PRIMEIRAS FASES DE CAMPO, E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO TABELA 8 ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A OITAVA CAMPANHA TABELA 9 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 10 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 11 NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 12 ÍNDICES DE SIMILARIDADE ENTRE AS TRÊS ÁREAS AVALIADAS, CONFORME ANÁLISE DE CLUSTER (BRAY-CURTIS TABELA 13 NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO TABELA 14 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS SETE FASES DE CAMPO TABELA 15 TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A OITAVA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO TABELA 16 ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS TABELA 17 REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA OITAVA FASE DE CAMPO, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS TABELA 18 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER TABELA 19 PRINCIPAIS ZOONOSES ADQUIRIDAS DE MAMÍFEROS SILVESTRES, RESPECTIVOS AGENTES ETIOLÓGICOS E VIAS DE TRANSMISSÃO (ADAPTADO DE BARBOSA ET AL ) TABELA 20 ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA TABELA 21 COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA VIII

11 MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES TABELA 22 ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO TABELA 23 ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA OITAVA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO TABELA 24 ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA OITAVA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO IX

12 ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A OITAVA CAMPANHA GRÁFICO 2 CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS OITO CAMPANHAS 29 GRÁFICO 3 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA OITAVA FASE, TOTALIZANDO 260 ESPÉCIES GRÁFICO 4 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO GRÁFICO 5 DENDROGRAMA ILUSTRATIVO DA SIMILARIDADE EXISTENTE ENTRE AS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS: CANTEIRO DE OBRAS (CA), RESERVATÓRIO (RE) E ÁREA CONTROLE (CO) GRÁFICO 6 GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS OITO FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA GRÁFICO 7 SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A OITAVA FASE. LEGENDA: CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA-CONTROLE GRÁFICO 8 RIQUEZA DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA E NO TOTAL POR FASE DO MONITORAMENTO GRÁFICO 9 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A OITAVA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA GRÁFICO 10 ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A OITAVA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA X

13 1 APRESENTAÇÃO A UHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colíder e Cláudia, no estado de Mato Grosso. A implantação da UHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às consequências produzidas pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento. O programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados caso dos remanescentes de Floresta da região do empreendimento uma vez que permitem conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do empreendimento, sobre diferentes grupos animais. Em 04/01/2011, o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº / Após a emissão da Licença a Copel iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos, com campanhas trimestrais. Em 30/05/2012, o IBAMA renovou a Licença para Captura, Coleta e Transporte de Material Zoológico sob o nº / , permitindo a continuidade do monitoramento. O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a execução da oitava fase de campo do monitoramento pré-enchimento de fauna terrestre na área de influência da UHE Colíder, realizada no mês de outubro de 2012, durante o início da estação chuvosa. 1

14 2 INTRODUÇÃO Estudos de monitoramento tem como principal objetivo conhecer a influência dos principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos, estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias, suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um empreendimento. As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente, pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da presença ou ausência de alguns táxons. Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização, captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al., 1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies estenóicas), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio (eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração. A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de habitats naturais a pres- 2

15 são de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004). A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua grande importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução, transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do Pará (HEYER et al., 1999). O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006), sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008). Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008). Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor atual é de (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão. É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo executado o monitoramento de fauna da UHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos resultados da oitava campanha de campo serão apresentados na sequência. Na oitava fase de campo, o nível do Rio Teles Pires nitidamente começou se elevar devido à grande quantidade de chuvas que estão ocorrendo na região e em suas cabeceiras desde o mês de setembro. Esta fase de campo coincide com o início da estação chuvosa e com o período reprodutivo de muitos animais, em especial as aves silvestres. A vegetação está se modificando devido ao regime hídrico, tornando-se mais densa e verde. Muitas árvores caíram no interior da floresta devido às tempestades e aos fortes ventos que foram registrados no período. Apesar de ser um fenômeno natural, este fato pode ser prejudicial, pois eleva o número de clareiras no interior da mata, elevando a temperatura em diferentes micro-hábitats. Ainda não há acúmulo de água no interior das matas de várzeas, o que favorece a localização de animais silvestres nas margens do rio. Durante a oitava campanha ocorreram chuvas intensas praticamente em todos os dias da amostragem. 3

16 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS As áreas amostrais que vêm sendo avaliadas durante as fases anteriores foram mantidas para a oitava campanha. A Tabela 1 e a Figura 1 apresentam informações gerais sobre as três áreas amostrais do monitoramento de fauna terrestre. Tabela 1 Áreas amostrais selecionadas para o Monitoramento da Fauna Terrestre Área Amostral Área de Influência Margem do rio Teles Pires Ambiente/Fisionomia Canteiro de Obras AID Direita (MD) Floresta de terra firme Reservatório ADA Esquerda (ME) Floresta de várzea Controle AII Direita (MD) Floresta de terra firme Localização (UTM, 21 L) L S L S L S Legenda: AID Área de Influência Direta; ADA Área Diretamente Afetada; AII Área de Influência Indireta. Figura 1 Croqui com a indicação das três áreas amostrais e perímetro parcial do futuro reservatório (azul) Fonte: Adaptado de Google Earth,

17 3.1.1 Canteiro de Obras (ADA) Para avaliar o canteiro de obras, os esforços foram concentrados na mata próxima ao local onde está instalado o Centro Provisório de Triagem de Animais Silvestres. A transecção parte da estrada de acesso ao canteiro de obras, em seu trecho mais íngreme e pedregoso, do local de maior movimentação de veículos da obra e segue em direção ao rio Teles Pires, terminando na mata de várzea deste rio. A Figura 2 exibe a transecção e pontos de escuta da área do canteiro de obras. Figura 2 Croqui indicando a transecção e os pontos de escuta da área do canteiro de obras Fonte: Adaptado de Google Earth, 2012 O principal objetivo da confecção da transecção neste local foi cobrir três diferentes formações florestais ao longo do trajeto: mata de transição em local de solo rochoso em seu trecho inicial; mata de terra firme na parte intermediária da transecção; e mata de várzea do trecho final. Os pitfalls foram instalados no trecho central da transecção do canteiro de obras. As áreas a serem utilizadas pelo maquinário e para a construção da barragem foram evitadas para não ser necessária a realocação das armadilhas de queda após o início das obras. 5

18 3.1.2 Reservatório A área selecionada para amostrar o local previsto para o reservatório se localiza na margem esquerda do rio Teles Pires, em torno de m (por água) a montante do eixo da barragem. As transecções são linhas aproximadamente perpendiculares ao sentido do rio, partindo da floresta ciliar presente na margem. A Figura 3 exibe as transecções e pontos de escuta da área do reservatório da UHE Colíder. Figura 3 Croqui indicando as transecções e os pontos de escuta da área do reservatório. pontos com sufixo B referem-se à avifauna, e pontos com sufixo A referem-se à herpetofauna e mastofauna. Fonte: Adaptado de Google Earth, 2012 O trajeto de ambas transecções cobre principalmente mata de terra firme, no entanto, a floresta deste local apresenta algumas particularidades como, por exemplo, a grande quantidade de palmeiras presente no estrato médio do ambiente florestal e o solo bastante arenoso. Uma via de acesso à beira do rio foi utilizada como transecção linear devido à possibilidade de se deslocar sem fazer ruídos e também por o solo exposto deste trecho propiciar uma grande quantidade de registros de pegadas de mamíferos. Os pitfalls foram instalados próximos ao leito do Rio Teles Pires. 6

19 Durante a primeira campanha a transecção B foi utilizada por todos os grupos, no entanto, a partir da segunda campanha foi observado que a presença de trabalhadores e/ou pescadores no rancho onde se localiza o início da transecções inviabilizava a coleta de dados devido à intensa movimentação de pessoas e do ruído produzido pelos mesmos e pelo gerador de energia elétrica. Desta forma, optou-se por escolher outra transecção na mesma região que tivesse as mesmas características e estivesse localizada na mesma margem do rio para a aplicação dos métodos de pesquisa em local livre de reservatório ou ADA. Desta forma, a partir da segunda campanha, o trabalho de captura de aves e morcegos, e a busca direta por exemplares da herpetofauna é realizado na transecção A. Apenas o armadilhamento não é possível, pois em duas das quatro fases de campo anuais a trilha permanece alagada devido à cheia do rio Teles Pires Área Controle O local selecionado para a Área Controle é a porção de floresta remanescente mais extensa nas proximidades da barragem, contendo mais de 15 km ininterruptos de floresta no sentido leste-oeste. A Figura 4 mostra a transecção e pontos de escuta da área Controle da UHE Colíder. O trecho coberto pela transecção apresenta formações florestais secundárias, onde ocorreu corte seletivo de árvores de grande porte conforme projeto de exploração sustentável da área. No entanto, mesmo sendo uma formação florestal secundária, a área é rica e diversificada. As armadilhas de queda foram instaladas inicialmente na porção inicial da transecção, porém, a estrada de acesso à usina foi construída à poucos metros deste local. Desta forma, foi necessário construir outra linha de pitfalls na porção intermediária da transecção para se evitar influências da estrada sobre os resultados. Após isso, a primeira linha de pitfalls foi desativada, estando em atividade apenas a nova linha. 7

20 Figura 4 Croqui indicando a transecção e os pontos de escuta da área controle Fonte: Adaptado de Google Earth, Manutenção das parcelas e transecções Apesar de todas as cercas-guia dos pitfalls terem sido integralmente substituídas na sétima campanha, uma grande reforma será novamente necessária devido à grande quantidade de árvores e galhos que caíram sobre as armadilhas. Um total de 750 metros de lona foi reposta na campanha anterior e grande parte desta cerca será novamente reconstruída para a nona fase. 3.2 MÉTODOS Durante a oitava campanha, os métodos sistematizados utilizados para todos os grupos faunísticos abordados foram replicados nos mesmos ambientes, moldes e locais das campanhas anteriores e serão citados nos itens referentes aos resultados para cada grupo. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos, com o objetivo de melhor investigar as áreas e descobrir populações ou espécies de interesse específico. 8

21 3.2.1 Trabalho de campo A oitava fase de campo do referido monitoramento foi realizada entre os dias 20 de setembro e 25 de outubro de Com o objetivo de maximizar o esforço de observação direta cada equipe amostrou uma área amostral, fazendo um rodízio que permitiu com que as três áreas fossem monitoradas ao longo de toda a fase Análise dos dados Após a obtenção dos dados em campo, as informações obtidas e os animais coletados foram levados aos laboratórios para análise e correta identificação. Foram feitas algumas análises estatísticas para efeito comparativo com as fases anteriores. Estas análises seguem o mesmo padrão apresentado nos relatórios anteriores. 9

22 4 RESULTADOS 4.1 HERPETOFAUNA Durante esta campanha os métodos sistematizados foram replicados nos mesmos ambientes e locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes novos no objetivo de melhor investigar as áreas, descobrir populações ou espécies de interesse específico e mitigar os efeitos de distribuições disjuntas Procedimentos Metodológicos Métodos Sistematizados Os métodos sistematizados foram aplicados entre os dias 20 a 27 de setembro, quando cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias. Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps with Drift Fences, adaptado de Cechin & Martins, 2000) Em cada parcela de amostragem foram instaladas, duas linhas de pitfalls traps with drift fences, sendo uma delas em sentido ortogonal à transecção principal e a outra em posição paralela em relação à mesma. Cada linha foi composta por 12 baldes de 60 litros (pitfalls), os quais foram instalados a uma distância de 10 metros um do outro, interligados por uma cerca-guia de lona plástica (drift fence) com 50 cm de altura, enterrada cerca de 5 cm de profundidade no solo e mantida em posição vertical por estacas de madeira às quais foi fixada. Para evitar acúmulo de água, os baldes tiveram seu interior perfurado. Em cada balde foi colocado um pedaço de isopor (10 cm x 10 cm), o qual se manteve suportado por quatro pequenos palitos. Esta estrutura serviu de abrigo para os animais em dias de muito sol e/ou flutuador em períodos de muito acúmulo de água. Cada linha de armadilha permaneceu aberta durante seis noites consecutivas e foram revisadas, periodicamente, duas vezes ao dia, ao amanhecer e entardecer. Ao final do período de amostragem obteve-se um esforço de 144 horas/balde por parcela e um total de 432 horas/balde de amostragem na região de implantação da UHE Colíder. 10

23 As armadilhas de interceptação e queda foram instaladas em ambientes que correspondiam principalmente à formação vegetal predominante em cada parcela de amostragem. Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de Martins & Oliveira, 1999) Este método consistiu em percorrer as transecções principais de todas as parcelas (2 km por parcela), onde uma área de até 50 metros de cada lado da linha central foi vasculhada, mediante o revolvimento do folhiço e de troncos caídos, visando o registro visual ou auditivo dos animais. Cada parcela teve sua transecção amostrada durante dois dias, por três pesquisadores. Em cada dia foram realizadas duas horas de procura diurna e uma hora de procura noturna, totalizando um esforço de 18 horas/homem de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de amostragem. Para anfíbios, foram contabilizados todos os machos anuros em atividade de vocalização, assim como os indivíduos visualizados em repouso. Como para a maioria das espécies de anuros não é possível uma contagem precisa do número de indivíduos vocalizando, porque muitos machos vocalizam ao mesmo tempo (coro), ou porque vocalizam muito próximos um do outro, foram empregadas as seguintes categorias de vocalização, modificadas de Lips et al. (2001 apud Rueda et al. 2006): 0 nenhum indivíduo da espécie vocalizando; 1 número de indivíduos vocalizando estimável entre 1-5; 2 número de indivíduos vocalizando estimável entre 6-10; 3 número de indivíduos vocalizando estimável entre 10-20; 4 formação de coro em que as vocalizações individuais são indistinguíveis e não se pode estimar o número de indivíduos (>20). Para estimar a abundância dos anfíbios, foi extrapolado o valor máximo de cada categoria amostral. Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s. adaptado de Scott Jr. & Woodward, 1994) Esse método consistiu na realização de transecções visuais e auditivas ao longo do perímetro de corpos d água (e.g. poças temporárias, lagoas, brejos, córregos, rios e veredas) onde geralmente as populações de anfíbios se agregam para a reprodução. 11

24 Os anfíbios foram contabilizados seguindo os mesmos critérios descritos na metodologia de Procura sistematizada limitada por tempo. Alguns grupos de répteis (serpentes, quelônios e crocodilianos) também são comumente registrados por este método, já que muitas espécies utilizam os corpos d água como sítios de forrageamento e/ou reprodução. Durante o período de estudo, foram amostrados seis sítios de reprodução (e.g. brejos, riachos, veredas e poças) (Tabela 2), dois por parcela. As amostragens ocorreram à noite, quando três pesquisadores realizaram as transeções durante uma hora. Desta forma, obteve-se um esforço de captura de seis horas/homem de amostragem por parcela e um total de 12 horas de amostragem nas áreas de interesse. Tabela 2 Ambientes e coordenadas dos sítios reprodutivos onde foi aplicado o método de ASR Ponto Localidade Ambiente/Fisionomia Coordenadas (UTM 21L) P1 Parcela 1 (AID) Lêntico / floresta P2 Parcela 1 (AID) Lêntico / área aberta P3 Parcela 2 (ADA) Lótico / área aberta P4 Parcela 2 (ADA) Lótico / floresta P5 Parcela 3 (AII) Lótico / campo P6 Parcela 3 (AII) Lótico / floresta Métodos não sistematizados Os métodos não sistematizados foram utilizados para categorizar os animais encontrados de forma aleatória nas áreas de interesse e complementar a lista de riqueza. Estes métodos foram aplicados desde o primeiro instante da equipe nas áreas de interesse. Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT) Esse método consistiu em executar caminhadas ao longo de todas as áreas passíveis de se encontrar répteis e anfíbios (e.g. interior da floresta, estradas de acesso às parcelas, áreas antropizadas, margens do rio, poças temporárias, açudes, entre outros). Durante este método os locais foram vistoriados detalhadamente, havendo inspeção de tocas, serrapilheira, poças temporárias, locais abrigados sob pedras, troncos caídos, entulhos, interior de bromélias, galhos de árvores e outros possíveis sítios utilizados como abrigos por répteis e anfíbios, conforme recomendado por Vanzolini et al. (1980). Esse método tem por objetivo ampliar o inventário das espécies, assim como obter informações sobre riqueza, distribuição no ambiente e padrões de atividade. A 12

25 procura ativa com coleta manual é um método bastante versátil e generalista de detecção e coleta de vertebrados em campo (Heyer et al., 1994). Assim como para a metodologia de PSLT, foram empregadas as mesmas categorias de vocalização para o senso de anfíbios anuros, modificadas de Lips et al., 2001 apud Rueda et al., Procura com Carro (PC) A procura com carro correspondeu ao encontro de anfíbios e répteis avistados ou atropelados em estradas da região (Sawaya et al, 2008). O deslocamento da equipe em toda a AII do empreendimento contemplou este método, diariamente. Encontros ocasionais (EO) Como a observação de répteis é de caráter fortuito e demanda muito tempo em campo, necessita-se tanto da interação com os demais membros da equipe do monitoramento como de moradores ou trabalhadores locais para que se tenha obtenção de mais evidências da presença destes animais. Este método contemplou todos aqueles espécimes encontrados por terceiros ou quando a equipe não estava realizando as atividades supracitadas Análise dos dados Suficiência amostral: foi avaliada mediante a curva de registros acumulados das espécies. As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um excelente procedimento para avaliar o quanto o método testado se aproximou de identificar as espécies da área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral até formar um platô ou assíntota (Martins e Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), aproximadamente a riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004). As análises foram realizadas com base na matriz de dados de presença/ausência das espécies ao longo dos dias de amostragem, utilizando 500 adições aleatórias das amostras no programa EstimateS 7.52 (Colwell ). A estimativa da riqueza foi calculada a partir do número de espécies identificadas em função dos dias de amostragem. O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em Krebs (1989). 13

26 Taxa de captura: A abundância de espécies foi calculada dividindo o número de indivíduos avistado pelo número total horas de procura nos pontos. No caso de espécies de vida social (ex. anfíbios), a abundância foi estimada extrapolando o valor máximo de cada categoria amostral. Índice de Diversidade: a partir dos dados quantitativos foi feita uma média do número observado nos ambientes amostrados e assim calculado o índice de diversidade pelo método de Shannon-Wiener (Krebs, 1989) para cada ponto amostral. Similaridade: foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as parcelas, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amostras. A abundância das espécies foi transformada [log (x+1)] para diminuir o peso das espécies quantitativamente dominantes. Os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley 2001) Parcela 1 Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) Nas armadilhas de queda da AID foram registrados 18 espécimes de quatro espécies, sendo três espécies de anfíbios (Leptodactylus hylaedactylus, n = 13, Osteocephalus leprieuri, n = 2 e Chiasmocleis shudikarensis, n = 1) e uma espécie de lagarto (Kentropyx calcarata, n = 2). A taxa de captura foi de 0,12 espécimes/hora/balde ou o equivalente a, aproximadamente, um espécime a cada oito horas de funcionamento das armadilhas Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados 11 espécimes de cinco espécies, sendo três espécies de anuros (Ctenophryne geayi, n = 1, Physalaemus gr. cuvieri n = 1 e Osteocephalus leprieuri, n = 6) e duas espécies de lagartos (Mabuya nigropunctata, n = 1 e Kentropyx calcarata, n = 2). A taxa de captura correspondeu a 0,61 espécimes/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, dois exemplares, registrados a cada hora de procura. 14

27 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Foram encontrados cinco exemplares da espécie de anfíbio anuro Leptodactylus fuscus. Apenas no sítio P2 foram registradas atividades de vocalização do anuro Leptodactylus fuscus. Apesar de bastante alterado pelas obras do canteiro, ainda existem espécies que utilizam o local. O sítio P1 encontrava-se seco por ocasião do final da estação seca. Apesar das fortes chuvas, não acumulou água o suficiente para estimular sua utilização por ocasião das espécies de anuros que ocorrem no local Registros não sistematizados Por meio do método de PALT foram registradas três espécies de lagarto (Mabuya nigropunctata, Kentropyx calcarata e Tupinambis sp.). Durante esta campanha, lagartos foram bastante frequentes durante as amostragens, corroborando o esperado para o final da estação seca. Por meio do método de EO foi registrada uma espécie: o anuro Osteocephalus leprieurii. Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 39 espécimes de nove espécies, sendo seis espécies de anuros e três espécies de lagartos. Dentre os anuros, as famílias Leptodactylidae e Microhylidae foram as com maior representatividade (duas espécies cada) (Tabela 3). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 1,78. Tabela 3 Espécies de anuros e répteis registrados na parcela de AID da UHE Colíder, durante a oitava campanha Táxon Espécie Nome popular Método AMPHIBIA ANURA Hylidae Osteocephalus leprieuri Perereca AQ,PSLT, EO Microhylidae Chiasmocleis shudikarensis Razinha AQ Ctenophryne geayi Razinha PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus Razinha AQ Leptodactylus fuscus Rã-assoviadora ASR Leiuperidae Physalaemus gr.cuvieri Rã-cachorro PSLT REPTILIA SQUAMATA Teiidae Kentropix calcarata Lagarto AQ, PSLT, PALT Tupinambis sp. Tejú PALT Scincidae Mabuya nigropunctata Scinco PSLT 15

28 4.1.3 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) As armadilhas de queda registraram um total de 13 espécimes de sete espécies, sendo quatro espécies de anuros (Chiasmocleis shudikarensis, n = 2, Rhinella marina, n = 4, Leptodactylus hylaedactylus, n = 2 e Leptodactylus mystaceus, n = 1) e três espécies de lagartos (Iphisa elegans, n = 2, Cercosaura eigenmanni (Foto 1), n = 1 e Kentropyx calcarata, n = 1). A taxa de captura foi de 0,09 espécime/hora/balde o que equivale a, aproximadamente, um espécime capturado a cada 10 horas de funcionamento das armadilhas. Foto 1 Adulto de Cercosaura eigenmanni registrado pelo método de AQ da ADA Fonte: Rafael L. Balestrin, Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados 34 espécimes de oito espécies, sendo cinco espécies de anuros (Leptodactylus fuscus, n = 6, Leptodactylus mystaceus (Foto 2), n = 1, Osteocephalus leprieurii, n = 2, Osteocephalus taurinus, n = 1 e Pristimantis fe- 16

29 nestratus, n = 14) e três espécies de lagarto (Ameiva ameiva, n = 4, Kentropyx calcarata, n = 5 e Cercosaura eigenmanni, n = 1). A taxa de captura foi de 1,89 espécime/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, duas espécime registradas a cada hora de procura. Foto 2 Leptodactylus mystaceus registrado nas AQ da ADA Fonte: Rafael L. Balestrin, Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Foram registradas duas espécies de anfíbios anuros (Rhinella margaritifera, n = 1 e Leptodactylus fuscus, n = 1). De todas as campanhas realizadas até o momento, nesta foram observados os menores valores de abundância de Rhinella margaritifera, que somente foi registrada por atividade de vocalização no sítio P6, sugerindo que a espécie possa estar em atividade reprodutiva e menos dispersa no ambiente. Os demais sítios encontravam-se secos. 17

30 Registros não sistematizados Nesta campanha procurou-se direcionar os esforços do método de PALT para o Rio Teles Pires, com o objetivo de agregar informações acerca das espécies que utilizam o rio durante o ápice da estação seca, principalmente, aquelas de tartarugas e jacarés. Por meio deste método foram registrados 23 espécimes de quatro espécies na ADA. Destas, três espécies de anuros (Hypsiboas boans, n = 11, Rhinella marina, n = 1 e Rhaebo guttatus, n = 6) e uma espécie de crocodilianos (Paleosuchus trigonatus, n = 5). Também foram encontrados ninhos de jacarés (Foto 3), provavelmente de Caiman crocodylus, e tartarugas em uma das praias de areias investigadas ao longo do rio (Foto 4), no ponto UTM 21L m / m. Foto 3 Ninho de jacaré registrado pelo método de PALT da ADA Fonte: Rafael L. Balestrin,

31 Foto 4 Ilha de areia (UTM 21L m / m) utilizada por jacarés e tartarugas como sítio reprodutivo na ADA Fonte: Rafael L. Balestrin, 2012 Mais uma vez destaca-se a importância de projetos específicos que abranjam a fauna de quelônios e crocodilianos da ADA no Rio Teles Pires. Estes projetos são de suma importância para avaliar os reais impactos do empreendimento acerca desta fauna, bem como traçar ações prioritárias para o manejo, resgate e conservação destas espécies. Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 72 espécimes de 16 espécies da herpetofauna na parcela da ADA (Tabela 4). Do total de espécies registradas, 11 corresponderam a anuros, quatro espécies de lagartos e uma espécie de jacaré. O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 2,49. 19

32 Tabela 4 Espécies de anuros e répteis registrados na parcela de ADA (reservatório) durante a oitava campanha Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella margaritifera Sapo ASR Rhinella marina Sapo AQ,PALT Hylidae Rhaebo guttatus Sapo PALT Hypsiboas boans Perereca PALT Osteocephalus leprieuriii Perereca PSLT Osteocephalus taurinus Perereca PSLT Microhylidae Chiasmocleis shudikarensis --- AQ Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus Razinha AQ Leptodactylus fuscus Razinha ASR, PSLT Leptodactylus mystaceus Razinha AQ, PSLT Strabomatidae Pristimantis fenestratus -- PSLT REPTILIA SQUAMATA CROCODILIA Iphisa elegans Ameiva ameiva Calango PSLT Kentropyx calcarata Calango AQ, PSLT Cercosaura eigenmanni AQ AQ, PSLT Alligatorydae Paleosuchus trigonatus Jacaré-coroa PALT Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII, controle) Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) As armadilhas de queda registraram um total de 27 espécimes de nove espécies, sendo seis espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactylus, n = 17 e Leptodactylus knudseni, n = 2, Rhaebo gutattus, n = 1, Osteocephalus taurinus, n = 2, Proceratophrys sp. (Foto 5), n = 1, Elachistocleis sp., n = 1), um anfisbenídeo (Amphisbaena sp., n = 1) e duas espécies de lagartos (Mabuya nigropunctata, n = 1 e Cercosaura eigenmanni, n = 1). A taxa de captura foi de 0,18 espécime/hora/balde o que equivale a, aproximadamente, um espécime capturado a cada cinco horas de funcionamento das armadilhas. 20

33 Foto 5 Proceratophrys sp. registrado na área controle pelo método de AQ Fonte: Rafael L. Balestrin, Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) Por meio deste método foram registrados dez exemplares de três espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactylus, n = 6, Leptodactylus knudseni, n = 2 (Foto 6) e Osteocephalus leprieurii, n = 2). A taxa de captura foi de 0,56 espécies/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, duas espécies capturados a cada hora de amostragem. 21

34 Foto 6 Leptodactylus knudseni registrado na área controle pelo método de PSLT Fonte: Rafael L. Balestrin, Amostragem em sítio de reprodução (ASR) Foram registradas duas espécies de anfíbios anuros (Hypsiboas albopunctatus, n = 5 e Osteocephalus taurinus, n = 5). Osteocephalus taurinus foi observado em atividade de vocalização no sítio P Registros não sistematizados O método de PALT registrou sete espécimes de cinco espécies, duas espécies de anuros (Osteocephalus sp. n = 1 e Leptodactylus labirinthicus, n = 2), duas espécies de serpentes (Oxyrhopus guibei, n = 1 e Corallus hortulanus, n = 2) e o jacaré Paleosuchus trigonatus, n = 1. Destaque para o filhote de jacaré Paleosuchus trigonatus que foi observado distante do rio em um corpo de água lótico acima de uma cachoeira no ponto UTM 21L m / m (Foto 7). 22

35 Foto 7 Filhote de Paleosuchus trigonatus registrado na AII pelo método de PALT Fonte: Rafael L. Balestrin, 2012 Vale destacar dois registros realizados por meio de encontros ocasionais. Mais uma vez foi registrado um exemplar da serpente Lachesis muta atropelada na estrada de acesso para a barragem. Também foi registrado um exemplar de Boa constrictor pela primeira vez na AII. Com a soma dos resultados obtidos através de todos os métodos de amostragem, foram registrados 56 exemplares de 18 espécies, sendo dez espécies de anuros, quatro espécies de serpentes, duas espécie de lagartos, um anfisbenídeo e uma espécie de jacaré (Tabela 5). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi de SW = 2,17. 23

36 Tabela 5 Espécies de anuros e répteis registrados na parcela de AII, durante a oitava campanha Táxon Espécie Nome poplular Método AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhaebo guttatus sapo AQ Hylidae Hypsiboas albopunctata perereca ASR Osteocephalus leprieurii perereca PSLT Osteocephalus taurinus perereca AQ, ASR Osteocephalus sp. perereca PALT Microhylidae Elachistocleis sp. razinha AQ Cycloramphidae Proceratoprhys sp. sapo AQ Leptodactylidae Leptodactylus knudseni rãzinha AQ, PSLT Leptodactylus labirinthicus razinha PALT Leptodactylus hylaedactylus razinha AQ, PSLT REPTILIA SQUAMATA Scincidae Mabuya nigropunctata. scinco AQ Gymnophtalmidae Cercosaura eigenmanni lagarto AQ Amphisbaenidae Amphisbaena sp. cobra-de-duas-cabeças AQ Boidae Corallus hortulanus bico-de-papagaio PALT Boa constrictor jiboia EO Colubridae Oxyrhopus guibei. falsa-coral PALT Viperidae Lachesis muta* pico-de-jaca EO Alligatorydae Paleosuchus trigonatus jacaré-coroa PALT Espécies endêmicas, raras ou não descritas Deve-se atenção especial à serpente pico-de-jaca ou surucucu (Lachesis muta), frequentemente encontrada nos fragmentos de mata da AII. Ainda vale destacar aquelas espécies ubiquitárias que podem corresponder à complexos de espécies. Além daquelas mencionadas em outras campanhas, destacam-se, também, as espécies do gênero Cnemidophorus Espécies procuradas para caça Até o momento, pelo menos cinco espécies que compõem a herpetofauna da região estudada podem sofrer pressão de caça: a rã Leptodactylus labirinticus, os jacarés Caiman crocodilus e Paleosuchus trigonatus, o jabuti Chelonoides denticulatae e o lagarto Tupinambis sp. Atenção especial deve ser dada à coleta de ovos de quelônios e crocodilianos durante a seca nas praias de areia que se formam ao longo do Rio Teles Pires. 24

37 Mesmo não representando animais utilizados na caça de subsistência, serpentes são alvos frequentes da população, provavelmente, por serem animais estigmatizados desde o gênesis. Desta forma, representam animais de interesse sempre que existir sobreposição de ocorrência com intensa atividade humana Espécies de interesse econômico Deve-se dar atenção especial para as espécies citadas nos itens Espécies procuradas para caça e Espécies de interesse veterinário por representarem animais que fazem parte da dieta dos moradores locais e que infringem acidentes ofídicos, o que afeta diretamente a força de trabalho humano, possuindo assim viés econômico Espécies de interesse científico Como já mencionado, devido a escassez de estudos realizados na região as taxocenoses de répteis e anfíbios são de inquestionável relevância para a ciência. Vale destacar que aquelas espécies que utilizam direta ou indiretamente o rio para sua reprodução e/ou alimentação deveriam ser contempladas com projetos específicos Espécies de interesse médico-veterinário Das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a área, oito serpentes (as jararacas, Bothrops atrox, Bothrops moojeni, Bothropoides taeniatus, Lachesis muta e as corais Micrurus sp. Micrurus lemniscatus, Micrurus paranaensis e Micrurus surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário, por ocasionarem acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação. Além das serpentes, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf. schneideri, R. margaritifera, Rhaebo guttatus) que podem ocasionar intoxicação em animais domésticos, como cães e gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos Espécies indicadoras de qualidade ambiental Como já descrito, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto, segundo Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita apresentar alta abundância e frequência de ocorrência em determinada área. Neste sentido, espécies 25

38 de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa abundância nas áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de poder ser afetadas por impactos ambientais decorrentes da implantação da UHE Colíder. Espécies que ocorrem habitualmente nas margens do Rio Teles Pires seriam bons modelos para tentar estabelecer comparações entre os momentos pré e pós-enchimento do reservatório. Destas, destacar-se-iam Hypsiboas boans (extremamente frequente na vegetação arbustiva do Rio Teles Pires), Leptodactylus rhodomistax e algumas espécies de sapos que parecem utilizar as partes alagadas do rio para a reprodução, como por exemplo, Rhinella margaritifera e Rhaebo guttatus. Por serem de fácil visualização e captura, além de ocuparem posição ápice na cadeia alimentar (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), o jacaré Paleosuchus trigonatus poderá funcionar como excelentes bioindicadores de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental ao longo do processo de implantação da UHE Colíder. No entanto, sugere-se a elaboração de projetos que atendam especialmente esta espécie, assim como projetos direcionados a fauna de quelônios da região Riqueza e abundância Na presente campanha pôde-se observar um período de transição entre as estações seca e chuvosa. Nos primeiros dias de amostragem o período revelou-se seco, porém quando as chuvas passaram a ser frequentes, observou-se a elevação do nível do Rio Teles Pires. Algumas questões interessantes puderam ser observadas em relação à riqueza e abundância das espécies neste período (Tabela 6). Serpentes ainda permaneceram escassas e pouco frequentes, provavelmente, refletindo os efeitos da estação seca, enquanto os lagartos apresentaram-se mais frequentes e abundantes que nas demais campanhas. Em relação à fauna de anuros, pôde-se observar uma variação na atividade de algumas espécies em relação ao aumento periódico do volume de chuvas. Algumas espécies apresentaram-se em franca atividade reprodutiva e, consequentemente, em maior frequência que nas campanhas anteriores. Destas, destacam-se as espécies do gênero Osteocephalus e Pristimantis fenestratus. Também se pode observar um aumento da frequência de jovens de Rhaebo guttatus e filhotes do jacaré Paleosuchus trigonatus nas margens do Rio Teles Pires, o que também está de acordo com este período de transição. 26

39 Tabela 6 Índices de riqueza e diversidade obtidos para herpetofauna, por parcela amostral Método Parcela Riqueza (espécies) Taxa de captura (espécimes/hora/homem) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR Diversidade (SW) AID (1) ,05 1,5 16,5 2,29 AID (2) ,05 1,5 11,33 2,03 AID (3) ,02 0,8 0,5 2,08 AID (4) AID (5) ,04 0, ,27 AID (6) ,24 0,67 4,5 2,28 AID (7) 2 4-0,03 0,33-1,76 AID (8) ,12 0,61-1,78 ADA (1) ,11 0,94 1,08 2,19 ADA (2) ,20 2,5 3,50 1,88 ADA (3) ,03 3,1 6,17 2,08 ADA (4) ADA (5) ,27 1,28 4,3 1,84 ADA (6) ,09 1,33 0,02 2,40 ADA (7) 3 4-0,02 0,28-1,28 ADA (8) ,09 1,89-2,49 AII (1) ,09 0,38 2,66 2,39 AII (2) ,16 5,5 1,67 AII (3) ,04 1,6 6,5 1,79 AII (4) AII (5) ,01 0,28 14,8 2,09 AII (6) ,05 0,17 3,5 2,41 AII (7) ,06 - AII (8) ,18 0,95-2,17 Nota: Em negrito os resultados obtidos durante a oitava campanha. Legenda: AID = canteiro de obras, ADA = reservatório e AII = área controle; método sistematizado: AIQ = armadilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada limitada por tempo e ASR = amostragens em sítio reprodutivo e diversidade (SW = índice de Shannon-Wiener); (1) = primeira campanha, (2) = segunda campanha, (3) = terceira campanha, (4) = quarta campanha, (5) = quinta campanha, (6) sexta campanha, (7) sétima campanha, (8) = oitava campanha Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a oitava campanha Nesta campanha, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de, aproximadamente, 25% as parcelas em dois grupos. Dos grupos formados, o que apresentou maior índice de similaridade está unido no nível de 36%, constituído pelas parcelas ADA e AID. A parcela da AII está separada em um grupo à parte (Gráfico 1). Não há comparação com o período equivalente do ano passado, pois os estudos estavam suspensos por embargo da obra. No entanto, a maior similaridade entre as áreas da ADA 27

40 e AID pode ser explicada, pelo menos em partes, pela maior proximidade destas áreas entre si, assim como com o Rio Teles Pires que, durante a estação, parece abrigar uma quantidade significativa de espécimes de anfíbios e répteis em atividade. Gráfico 1 Análise de similaridade (Bray-Curtis) para a herpetofauna registrada por meio dos métodos aplicados nas parcelas de interesse (ADI, ADA e AII) durante a oitava campanha Suficiência amostral A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos por meio dos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de amostragem. Até o momento, estes métodos registram um total de 63 espécies. A curva de suficiência amostral continua em formato ascendente, indicando que o número de espécies da herpetofauna, nas parcelas de interesse, é superior ao registrado pelos métodos sistematizados até o momento (Gráfico 2), o que pode ser confirmado, pelas espécies registradas, pelos métodos não sistematizadas e atividades de resgate de fauna. O estimador de riqueza Jacknife projetou um total de, aproximadamente, 78 espécies (SD = 3,94) para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza observada (63 espécies), pode-se afirmar que os métodos sistematizados aplicados amostraram 81% do total de espécies estimadas para as parcelas até o presente momento. 28

41 Gráfico 2 Curva do coletor aleatorizada (500 randomizações), construída com base na herpetofauna registrada pelos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de interesse (ADA, AID, AII) durante as oito campanhas No Gráfico 2, a primeira campanha corresponde aos dias 1 a 6, a segunda campanha aos dias 7 a 12, a terceira campanha aos dias 8 a 18, a quinta campanha aos dias 19 a 24, a sexta campanha aos dias 25 a 30, a sétima campanha aos dias 31 a 36, e oitava campanha dias 37 a 42. A quarta campanha foi interrompida logo no início das atividades e não está contabilizada na análise. A linha contínua representa a curva média e as linhas pontilhadas representam os intervalos de confiança (95%) Dados não-sistematizados adicionais Após a coleta de dados em relação à herpetofauna da área da UHE Colíder, as demais equipes vieram a coletar dados importantes acerca as serpentes da área avaliada. Sendo assim, estes registros não foram inseridos nas análises estatísticas, mas são apresentados à parte. Um fato incomum foi o encontro de três serpentes de grande porte, mortas nas margens do Rio Teles Pires, no local previsto para o reservatório, nas proximidades da barragem. Não se conhece o real motivo que as levou à morte, e este fato merece ser melhor investigado. No mesmo dia, durante vistoria realizada por água ao longo da ADA, foram encontradas duas sucuris (Eunectes murinus) (Foto 8 e Foto 9) e uma serpente da espécie Hydrodinastes gigas (Foto 10). A marcação feita neste indivíduo foi uma marca em uma escama ventral próxima á cloaca, no entanto, a serpente en- 29

42 contrava-se em avançado estágio de decomposição e a região da escama marcada já estava deteriorada. Contudo, acredita-se que seja o mesmo indivíduo capturado e marcado na sétima campanha, pois foi encontrada exatamente no mesmo local e apresentava os mesmos porte, coloração, e padrão dos desenhos. Foto 8 Sucuri (Eunectes murinus) de grande porte, com mais de 6 m de comprimento, encontrada morta na ADA Fonte: Tacyanne M. M. Correia, 2012 Foto 9 Sucuri (Eunectes murinus) de aproximadamente 2,5 m encontrada morta durante a oitava campanha na área que formará o reservatório da UHE Colíder, em local próximo da barragem Fonte: Tacyanne M. M. Correia,

43 Foto 10 Detalhe da serpente Hydrodinastes gigas encontrada morta Fonte: Tacyanne M. M. Correia, Considerações finais Especificamente para esta campanha, não foi possível estabelecer comparações com o período equivalente do ano anterior devido à paralização da obra naquele momento. No entanto, mesmo sem parâmetros de referência, pode-se dizer que os padrões observados estão de acordo com aqueles relatados pela bibliografia como normais para este período do ano (Ávila-Pires, 1995; Carvalho, 2006; Lima et al., 2005; Vitt et al., 2008). Neste período pôde-se observar a transição entre as estações seca e chuvosa expressada pela baixa frequência das serpentes, alta frequência de lagartos e aumento da atividade reprodutiva dos anuros, em especial aquelas espécies do gênero Osteocephalus e da espécie Pristimantis fenestratus. Mesmo com as fortes chuvas que ocorreram em todos os dias de amostragem, os pontos de escuta não foram capazes de reter água, permanecendo secos. Nesta campanha vale ressaltar a captura, pela primeira vez, de um exemplar de Proceratophrys sp. nas armadilhas de queda da área controle. Espécies deste gênero possuem reprodução explosiva que só ocorre concomitantemente com fortes chuvas e sua atividade corrobora o início do período chuvoso na região. 31

44 Novamente foi encontrado um exemplar da espécie Lachesis muta agonizando após ter sido atropelada na estrada de acesso para a UHE Colíder na AII. Este fato já foi observado em outras campanhas bem como com outras espécies e, até o momento as questões propostas não foram suficientes para sensibilizar os motoristas que continuam a atropelar estes animais. Desta forma, sugere-se que sejam intensificados os programas de educação ambiental que visem orientar os trabalhadores e colaboradores no sentido de preservar a vida selvagem, principalmente daquelas espécies historicamente estigmatizadas pelo ser humano. Mais uma vez sugere-se que sejam implantados programas específicos que atendam de forma efetiva a fauna de quelônios e crocodilianos do Rio Teles Pires. Estes programas serviriam para complementar os estudos de monitoramento, atendendo de forma efetiva e adequada estas espécies que utilizam, diretamente, o Rio Teles Pires e podem ser afetadas pela implantação do empreendimento. Até o presente momento, considerando-se todos os métodos de amostragem, foram registradas 42 espécies de anfíbios anuros, 30 espécies de serpentes, 11 espécies de lagartos, três espécies de anfisbênios, três espécies de quelônios e duas espécies de crocodilianos, totalizando 91 espécies da herpetofauna. Este número torna-se ainda maior quando considerado os dados provenientes do resgate de fauna da AID, onde foram registradas espécies que ainda não foram contempladas pelos métodos do monitoramento. 32

45 4.1 AVIFAUNA Procedimentos Metodológicos Identificação das Espécies A identificação das espécies de aves ocorreu basicamente por meio de três métodos distintos, descritos a seguir: Registro Visual (Observação Direta) Durante todo o período de permanência na área de estudo houve contatos visuais com elementos da avifauna. Todos os táxons foram identificados até o nível de espécie após observação de caracteres de diagnose específicos de cada ave. Equipamentos ópticos foram utilizados para a correta identificação, como binóculos 8x42 mm e lunetas 30x60 mm. Registro Auditivo (Bioacústico) O registro auditivo consiste no reconhecimento das emissões vocais das espécies em questão. Cada espécie de ave possui vocalizações exclusivas e a experiência dos pesquisadores permite sua correta identificação. Para gravar espécies importantes localmente ou mesmo para solucionar alguma eventual dúvida auditiva, foram utilizados equipamentos profissionais de gravação: dois gravadores Olympus Digital Recorder LS-10 e um gravador Sony TCM-5000, além de três microfones Sennheiser ME-66. As gravações foram armazenadas em acervo particular dos pesquisadores, e em caso de dúvidas a respeito de emissões vocais não conhecidas, os arquivos serão analisados em laboratório e comparados com gravações semelhantes. As gravações serão editadas em softwares específicos e sonogramas serão obtidos utilizando-se softwares de edição de áudio. A técnica do playback foi utilizada para se obter uma melhor visualização de aves crípticas, ou mesmo registrá-las fotograficamente. Para tanto foram utilizadas prioritariamente vocalizações gravadas na área de estudo. Além disso, a mesma técnica foi utilizada para a verificação da presença de algumas espécies esperadas para a região, conforme análise dos hábitats disponíveis. Para tanto, gravações de outras localidades 33

46 foram tocadas em hábitats propícios à detecção de cada espécie-alvo. Para aplicar a técnica de playback foram utilizados aparelhos para a reprodução de arquivos sonoros contendo bancos de dados dos próprios pesquisadores e amplificadores portáteis de alta qualidade. Registro por Captura Algumas espécies de aves somente foram registradas por meio de capturas em redes de neblina. Este método é eficiente para espécies crípticas que habitam o sub-bosque da floresta, pois podem passar despercebidas durante as contagens nos pontos fixos ou durante os deslocamentos pelas transecções devido ao hábito ou por não estarem em atividade vocal Avaliações Quantitativas As avaliações quantitativas foram realizadas utilizando dois métodos distintos: anilhamento e contagens em pontos de escuta. Abaixo serão descritos os dois métodos. Anilhamento (Captura/Marcação) Foram instaladas 12 redes de neblina (12 x 3 m; malha 15 e 20 mm) em cada uma das três áreas amostrais (canteiro de obras, reservatório e área controle). Foram despendidos dois dias inteiros de rede em cada área, ou seja, duas manhãs e duas tardes. As redes foram abertas ao amanhecer, permanecendo em funcionamento até o horário mais quente do dia, sendo reabertas no meio da tarde e mantidas em funcionamento até anoitecer. As revisões foram efetuadas a cada 30 minutos. Foram despendidos três dias adicionais apenas para remoção e instalação das redes nas demais áreas amostrais para que o horário de maior movimentação das aves não fosse prejudicado pela atividade de instalação dos petrechos de captura. Todos os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos de pano para posterior marcação com anilhas metálicas coloridas e numeradas. Foram anotadas em ficha de campo as seguintes informações: local de captura (parcela amostral), espécie, sexo, faixa etária, massa corpórea, medidas morfométricas (cúlmen exposto, comprimento do tarso, asa, cauda e total), presença de muda de penas (rêmiges primárias, rêmiges secundárias, retrizes e tetrizes), presença de placa de incubação, ectoparasitas e anomalias. Após o anilhamento, todas as aves foram fotografas e soltas no local onde foram capturadas. 34

47 A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Pontos de Escuta Com o objetivo de se obter dados quantitativos adicionais aos obtidos com capturas e marcação, foi utilizado o método de censos em pontos fixos, proposto por Blondel et al. (1970), adaptado por por Viellard & Silva (1990) e Bibby (1992). Os censos em pontos fixos foram conduzidos nas três áreas amostrais. Em cada área foi aberta uma picada de 2 km de comprimento onde foram estabelecidos seis pontos de contagem. A distância entre cada ponto foi de no mínimo 300 m para garantir a independência amostral. As contagens foram conduzidas apenas pela manhã, pois o período da tarde apresenta baixa movimentação de aves, dando a falsa impressão dos táxons não estarem presentes. O tempo de duração em cada ponto de escuta foi de 15 minutos. O raio de detecção estipulado foi de 150 m de cada lado da linha central. Os dados obtidos com este método foram apresentados pelo Índice Pontual de Abundância (IPA). O IPA de cada espécie foi obtido dividindo-se o número de contatos de cada espécie pelo número de amostras, sendo, portanto, um valor médio de contatos de determinada espécie por ponto de amostragem. Este valor indica a abundância de cada espécie em função de seu coeficiente de detecção naquele período do ano. As contagens tiveram início ao amanhecer, prosseguindo até as 11:00 h. Qualquer espécie da avifauna identificada visual e/ou auditivamente em cada ponto foi considerada. Um cuidado adicional com o deslocamento de cada ave foi tomado para se evitar sobrecontagens. Espécies coloniais ou que se reúnem para rituais de corte (comportamento de lek) foram registradas como um único contato. A localização de cada ponto de contagem pode ser conferida nos croquis das áreas amostrais, apresentados no item 3.1 (Figura 2, Figura 3, Figura 4). Cabe ressaltar que foram despendidos outros dois dias de amostragem apenas para coleta de dados não-sistematizados. Este método é muito eficiente, pois propicia a amostragem de locais de interesse, com dedicação total à busca de espécies importantes para o estudo, sem a preocupação de desconsiderar dados ou hábitats importantes para ficar restrito apenas aos métodos descritos acima. 35

48 Análise dos Dados Após a obtenção dos dados em campo, foram feitas algumas análises para efeito comparativo com as fases subsequentes. Abaixo são descritas as análises consideradas. Curva do Coletor As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um bom procedimento para avaliar o quanto um inventário se aproxima de identificar todas as espécies esperadas para a área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicialmente ascendente, de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral, até formar um platô ou assíntota (Martins & Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), grande parte da riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004). Similaridade entre as áreas amostrais A análise de Cluster foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as três áreas amostrais, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as amostras. Os dados foram compilados em uma matriz de presença ausência e os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley, 2001). O índice de similaridade entre as áreas pode variar entre 0 e 100%. Quanto maior for o valor percentual obtido com a análise de similaridade, mais semelhantes são as áreas comparadas Riqueza de espécies Durante a oitava fase de campo do monitoramento pré-enchimento da avifauna na área prevista para a UHE Colíder foram registradas, no total, 260 espécies. Este valor é muito semelhante aos observados nas campanhas anteriores (259 espécies na sexta fase e 264 espécies na quinta) e igual ao obtido na sétima campanha. Com as informações obtidas, foram acrescentadas sete espécies à lista de aves, totalizando uma riqueza de 432 táxons (431 espécies e duas subespécies de uma mesma espécie) para as oito primeiras fases de campo (dois primeiros anos de pesquisa). Com os resul- 36

49 tados obtidos até então, 69.3% de toda a avifauna esperada para a região já foi registrada. A Tabela 7 apresenta todos os táxons esperados para a região norte do estado de Mato Grosso, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem ser consultadas todas as espécies registradas durante as oito primeiras fases de campo, (com a indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), a indicação dos dados citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil. 37

50 Tabela 7 Lista das espécies esperadas para a área de influência da UHE Colíder, com a indicação das espécies registradas nas sete primeiras fases de campo, e aquelas citadas no EIA do presente empreendimento Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Struthioniformes Rheidae Rhea americana (Linnaeus, 1758) Tinamiformes Tinamidae ema Tinamus tao Temminck, 1815 azulona 7 3,7,8 3,4,5,6,7,8 Tinamus major (Gmelin, 1789) inhambu-de-cabeçavermelha Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 inhambu-galinha 7,8 5,6 X Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) inhambu-preto 1,2 1,6,8 3,8 X Crypturellus soui (Hermann, 1783) tururim 1,2,3,5,7,8 3 3,7 X Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu 1,2,3,5,6,7 1 1,2,3,4,5 Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó X Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) inhambu-relógio 1,2,5,6,7,8 1,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) inhambu-anhangá Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 5 2,5,6,7,8 X Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inhambu-chintã 1,2,3,5,6,8 3 6,8 Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz 8 Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela 3 Taoniscus nanus (Temminck, 1815) inhambu-carapé Endem. BRA 38

51 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Anseriformes Anhimidae Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) Anatidae Dendrocygninae Reichenbach, 1850 Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) Anatinae anhuma marreca-caneleira irerê asa-branca 3 Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato 5 7,8 Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 pato-de-crista Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho 1,5 Galliformes Cracidae Ortalis guttata (Spix, 1825) aracuã Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) aracuã-pequeno Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba X Penelope jacquacu Spix, 1825 jacu-de-spix 1,3,6,7,8 1,2,3,5,6 1,2,4,5 X Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) cujubi 3,5,6,8 1,2,3,6,7,8 X Pauxi tuberosa (Spix, 1825) mutum-cavalo 2,3,6,7 X Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho 3,7 X Odontophoridae Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado 8 6 2,3,5,7 6 X Endem. BRA 39

52 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador Ciconiiformes Ciconiidae Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú 3 Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca 3,7 3,7 Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá 1,5,6,7,8 Anhingidae Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga 1,5,8 1,5,7,8 Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi 1,6 3 Agamia agami (Gmelin, 1789) garça-da-mata Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) arapapá 1,3,4 1 Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) socoí-zigue-zague 1 1,5 Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho 1 1,2,6,8 1,2,7 Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 1, ,2,3,4,5,6,7,8 Endem. BRA 40

53 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura 3,6,7 Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1,8 1,5 1,2,4,5,7,8 Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real 1,5 2,3,4,5,7 1,8 Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena 1 1,3,6,8 1,8 Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Platalea ajaja Linnaeus, 1758 Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Cathartes burrovianus Cassin, 1845 Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 coró-coró 5 8 curicaca colhereiro urubu-de-cabeçavermelha urubu-de-cabeçaamarela ,5, ,7 X urubu-da-mata 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,5,6,7,8 1,2,4,5,6,7,8 X Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 1,2,4,5,6,7,8 1,5,8 1,5 1,2,4,5,6,7,8 Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei 5 2,5,7 7,8 7 X Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) Accipitridae águia-pescadora Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza 7 Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) caracoleiro Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura 2,8 3,7,8 X Endem. BRA 41

54 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho 1,7 X Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 2 Harpagus bidentatus (Latham, 1790) Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) Accipiter striatus Vieillot, 1808 Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-ripina tauató-pintado gavião-miudinho 3 6 gavião-miúdo gavião-bombachinhagrande Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) sauveiro-do-norte 7 Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi 8 1,8 8 8 X Busarellus nigricollis (Latham, 1790) Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-belo gavião-caramujeiro gavião-pernilongo gavião-caboclo Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto 3,8 1,7 Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 1,5,6, ,2,3,4,5,6,7,8 X Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) gavião-asa-de-telha gavião-de-rabo-branco 1 1,3,4,5,7 X águia-chilena 3 Pseudastur albicollis (Latham, 1790) gavião-branco 1,2,7,8 1 3 Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 gavião-vaqueiro 3,7 Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 1,2,3,5,6 3 5,6 X Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 5 3 X Endem. BRA 42

55 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto X Buteo albonotatus Kaup, 1847 Morphnus guianensis (Daudin, 1800) gavião-de-rabo-barrado uiraçu-falso Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-real 7 Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco 2 1,5,6,8 Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato 5 5,6 3 Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-penacho 1,2,7 Falconiformes Falconidae Daptrius ater Vieillot, 1816 gavião-de-anta 1,5 1,2,3,5,6,8 7 X Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralhão X Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 1,5,8 3 1,3,4,5,6,7,8 X Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1 Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã 1,3,7,8 5,6 3,5 1,5,7,8 X Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé 7 8 X Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) falcão-mateiro X Micrastur mintoni Whittaker, 2002 falcão-críptico 1,8 2,3,6,7 3 Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) tanatau 7 2,5,8 Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio 2,8 3 3 Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 1,5,7,8 1,3,5,6,8 Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 2,3,4,5 3,4,5,7 X Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja X Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira 5 Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino Endem. BRA 43

56 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Eurypygiformes Eurypygidae Eurypyga helias (Pallas, 1781) pavãozinho-do-pará 3 1,5,6,8 Gruiformes Aramidae Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 2 Psophiidae Psophia viridis Spix, 1825 Rallidae Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) jacamim-de-costasverdes saracura-três-potes Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) saracura-lisa Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-castanha 5 sanã-parda Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim 1,7 Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó 1 1 Neocrex erythrops (Sclater, 1867) Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) turu-turu saracura-sanã Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum 3 Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) Heliornithidae frango-d'água-azul Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra 5 3,8 Cariamiformes Cariamidae X X Endem. BRA E 44

57 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Charadriiformes Charadriidae Vanellus cayanus (Latham, 1790) seriema batuíra-de-esporão Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 1,2,3,4,5,6,7,8 5 1,2,3,4,5,6,7,8 Recurvirostridae Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) Scolopacidae Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) Gallinago undulata (Boddaert, 1783) narceja narcejão Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado 8 8 Tringa solitaria Wilson, 1813 Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) Tringa flavipes (Gmelin, 1789) Jacanidae maçarico-solitário pernilongo-de-costasnegras maçarico-grande-deperna-amarela maçarico-de-pernaamarela Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1,6,7 Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-anão Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande 7 Rynchopidae Rynchops niger Linnaeus, 1758 Columbiformes Columbidae Columbina minuta (Linnaeus, 1766) talha-mar rolinha-de-asa-canela 8 Columbina talpacoti (Temminck, rolinha-roxa 1,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Endem. BRA 45

58 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA 1811) Columbina squammata (Lesson, 1831) Columbina picui (Temminck, 1813) Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) Uropelia campestris (Spix, 1825) fogo-apagou 1,2,8 1,2,3,4,6,7,8 rolinha-picui pararu-azul 2,3,7 3 3,6 X rolinha-vaqueira Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) pomba-trocal 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pombão 1,6,8 1,2,4,5,6,7,8 X pomba-galega Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-botafogo 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6,7,8 X pomba-de-bando Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu X Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Geotrygon violacea (Temminck, 1809) juriti-gemedeira 1,2,8 1,3,5,6,7,8 1,3 1,8 X juriti-vermelha Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri 1,3 7 X Psittaciformes Psittacidae Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) arara-azul-grande Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé 1,3,4,5,6,7,8 5,8 1,2,3,5,6,7,8 X Ara macao (Linnaeus, 1758) araracanga 1,2,3,4,5,6,7,8 3,5,6,7,8 5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande 7,8 X Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-guaçu 1,2,3,4,5,6,7,8 3,4,5,6,7,8 3,5,6,7,8 1,2,4,5,6,7,8 X X Endem. BRA 46

59 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783) maracanã-do-buriti 1,3,5 6,7 5 1,2,3,4,5,7,8 X Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira 2,5,6,8 6,7,8 3,7 3,4,5,6,7,8 X Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena 1,2,3,4,5,6,7,8 3,6,7,8 2,5,6,7,8 1,2,4,5,6,8 X Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) Aratinga aurea (Gmelin, 1788) aratinga-de-testa-azul periquitão-maracanã 1,2,3,5,8 6,7 2 2,3,4,5 X periquito-rei Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766) 1 1 X Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 tiriba-do-madeira 1,2,3,4,5,6,7,8 3,5,7,8 2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,6,8 X Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim Forpus modestus (Cabanis, 1848) tuim-de-bico-escuro 1,2 Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontroamarelo 2,3,4,5,6,7,8 3,8 3,4,5 1,3,4,5,6,7,8 periquito-de-asadourada Touit huetii (Temminck, 1830) apuim-de-asa-vermelha 6 6,7 3,5,6 Touit purpuratus (Gmelin, 1788) apuim-de-costas-azuis Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) marianinha-de-cabeçaamarela 1,2,3 1,3,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) curica-urubu E Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, papagaio-de-cabeçalaranja Raposo & Höfling, 2002) E Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) curica-de-bochechalaranja 3,6,7,8 2,5,6 3,5,6 Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) maitaca-de-cabeça-azul 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 X Amazona kawalli Grantsau & Camargo, 1989 papagaio-dos-garbes E Amazona farinosa (Boddaert, 1783) papagaio-moleiro X Endem. BRA 47

60 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica 5 X Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788) Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) Opisthocomiformes Opisthocomidae Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) Cuculiformes Cuculidae Cuculinae Coccycua minuta (Vieillot, 1817) papagaio-campeiro 1,2,3,4,5,6,7,8 3 3,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X papagaio-verdadeiro anacã 1,2,3,5,6,7,8 3,5,6,7,8 1,3,4,5 cigana chincoã-pequeno Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 5,6,7,8 3,6,7,8 3,8 X Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) chincoã-de-bicovermelho 1,2,5,6 1,8 1,3,5 Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta-acanelado X Crotophaginae Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca 7,8 2,3,8 X Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1,5,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Taperinae Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci 8 8 Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) peixe-frito-verdadeiro Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 peixe-frito-pavonino 7 Neomorphinae Endem. BRA 48

61 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Neomorphus sp. jacu-estalo cf. Strigiformes Tytonidae Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja 3,7,8 8 1,2 Strigidae Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-orelhuda 1,4,5,6,7,8 Megascops usta (Sclater, 1858) corujinha-relógio 2,3,4,5,6,7,8 3,5,7,8 1,2,3,4,5,7,8 1,3 X Lophostrix cristata (Daudin, 1800) coruja-de-crista 1,2,7,8 2,3,5 Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu 3 Bubo virginianus (Gmelin, 1788) Strix virgata (Cassin, 1849) Strix huhula Daudin, 1800 jacurutu coruja-do-mato coruja-preta Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 caburé-da-amazônia 1,8 X Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé 5 Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3 1,2,3,4,5,7,8 Asio clamator (Vieillot, 1808) Asio stygius (Wagler, 1832) Caprimulgiformes Nyctibiidae coruja-orelhuda mocho-diabo Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) mãe-da-lua-gigante 5,8 4,8 Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua 8 8 3,7 X Caprimulgidae Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 bacurau-ocelado 2,3,5,6,7,8 3,7,8 1,2,3,4,5,7,8 8 bacurau-rabo-de-seda Endem. BRA 49

62 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848) tuju 6,7,8 1 X 7,8 bacurau-de-lajeado 1,7,8 3,5,7,8 3 4 X Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,8 1,2,3,4,5,6,8 1,2,3,5,6,8 X Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã 8 8 3,7 3,8 Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) acurana Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura 3 3,6 Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurauzinho 8 Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão 6 8 Chordeiles minor (Forster, 1771) Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) bacurau-de-asa-fina Chordeiles sp. bacurau 3 Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) Cypseloides senex (Temminck, 1826) Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 Chaetura egregia Todd, 1916 taperuçu-preto taperuçu-velho bacurau-de-caudabarrada bacurau-de-rabomaculado bacurau-norteamericano taperuçu-de-coleirabranca andorinhão-de-sobrecinzento taperá-de-gargantabranca 1,2,6 X Endem. BRA 50

63 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 andorinhão-de-chapman Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal Chaetura brachyura (Jardine, 1846) 1,6 8 1 X Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti 7 1,5 X Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) andorinhão-estofador 7 Trochilidae Phaethornithinae Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) andorinhão-de-rabocurto balança-rabo-de-bicotorto balança-rabo-degarganta-preta 3 2,6 3 3 X Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) Phaethornis malaris (Nordmann, 1835) Trochilinae Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-bigodes 7,8 X 3 asa-de-sabre-cinza 3 1,8 2,3 X beija-flor-tesoura besourão-de-bicogrande beija-flor-azul-de-rabobranco beija-flor-de-vestepreta beija-flor-de-bico-virado topetinho-verde 3,7 3 3 X Endem. BRA 51

64 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) rabo-de-espinho Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde 1,4,5,6,8 1,3,5,7,8 2,4,5,8 X Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira 7 Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo 6 2,3 Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) 3 2,3 3 Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela 3 Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) Heliactin bilophus (Temminck, 1820) Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) Trogoniformes Trogonidae chifre-de-ouro bico-reto-cinzento 7 estrelinha-ametista 1,6 1,5,7,8 5 X Trogon melanurus Swainson, 1838 surucuá-de-cauda-preta 1,2,3,4,5,6,7,8 3,5,8 1,2,3,4,5,7 Trogon viridis Linnaeus, 1766 Trogon ramonianus Deville & Des- Murs, 1849 Trogon curucui Linnaeus, 1766 Trogon rufus Gmelin, 1788 beija-flor-de-bandabranca beija-flor-de-gargantaverde beija-flor-de-bochechaazul surucuá-grande-debarriga-amarela 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,5,6,7,8 2,3,4,5,6,7,8 X surucuá-violáceo 2,5,6,7,8 1,5,8 6 surucuá-de-barrigavermelha surucuá-de-barrigaamarela 6,7,8 3 X 7 1 X Trogon collaris Vieillot, 1817 surucuá-de-coleira 5,6,7 1,2,3,5,6,7,8 X Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) surucuá-pavão 3 X Endem. BRA 52

65 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Coraciiformes Alcedinidae Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho 2 5 X Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) Momotidae Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829) Baryphthengus martii (Spix, 1824) 6 1,2,3,4,5,6,7,8 udu-de-bico-largo 3,5,8 juruva-ruiva 3,5 X Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul 1,2,3,4,5,6,7,8 6,8 6,7 X Galbuliformes Galbulidae Brachygalba lugubris (Swainson, 1838) ariramba-preta 2 X Galbula cyanicollis Cassin, 1851 ariramba-da-mata 1,7 3,6,8 1 Galbula ruficauda Cuvier, 1816 Galbula leucogastra Vieillot, 1817 ariramba-bronzeada 1,2,3,5,6,7,8 1 1,2,3,4,5,7,8 5,6 X Galbula dea (Linnaeus, 1758) ariramba-do-paraíso 1,2,3,6,7,8 1 1,2,3 X Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) Bucconidae Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) jacamaraçu 2,3,4,5,6,7,8 1,2,4,5,6,7 Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescadorgrande 2 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2 Chloroceryle amazona (Latham, martim-pescador-verde 2 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2 1790) martim-pescadorpequeno martim-pescador-damata ariramba-de-caudaruiva macuru-de-pescoçobranco 1,3,8 5 2,5,7 Endem. BRA 53

66 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Notharchus ordii (Cassin, 1851) 2,3,7 1,2,8 Notharchus tectus (Boddaert, 1783) macuru-pintado 2,6,7 3,5,6,7 5 Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-carijó 3,6 Bucco capensis Linnaeus, 1766 rapazinho-de-colar 1,7 Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) rapazinho-estriado 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5 Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) Malacoptila rufa (Spix, 1824) Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) joão-bobo rapazinho-dos-velhos 2,3 2,4,3,6 Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto 1,2,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 3 X Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823) macuru-de-peitomarrom barbudo-de-pescoçoferrugem freirinha-de-coroacastanha chora-chuva-de-carabranca 1,2,5,6,8 5 1,2,3,4,5,6 Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho 1,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,5,8 1,5,6,8 X Piciformes Capitonidae Capito dayi Cherrie, 1916 capitão-de-cinta 1,5,8 2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8 Ramphastidae Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papobranco 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 tucano-de-bico-preto 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6 X Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould 1,3,5,8 1,2,3,6,7 1,2,3,5,6,8 Pteroglossus inscriptus Swainson, araçari-miudinho-debico-riscado ,7,8 1 2,3 1 X Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 araçari-de-pescoçovermelho 3,6,7,8 7 3,6 X 1 Endem. BRA 54

67 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) araçari-de-bico-branco 7 X Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho 1,2,3,6,7,8 1,3,8 2,6,8 1,2,4,6,8 X Pteroglossus beauharnaesii Wagler, 1832 Picidae araçari-mulato 2,3,5,6,7,8 8 1,4,5,6 Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 pica-pau-anão-dourado 1,7 1,3,4,8 5 X Picumnus albosquamatus d'orbigny, 1840 Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco 1,3,4,8 Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) Veniliornis affinis (Swainson, 1821) Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 X 1,2,3,5 1,2,3 2,3,4,5,7,8 X Piculus flavigula (Boddaert, 1783) pica-pau-bufador 3,5,6,7 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6,8 X Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) Colaptes campestris (Vieillot, 1818) Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) pica-pau-anãoescamado benedito-de-testavermelha picapauzinhoavermelhado pica-pau-douradoescuro pica-pau-verde-barrado pica-pau-do-campo picapauzinho-chocolate 2,5 Celeus elegans (Statius Muller, 1776) pica-pau-chocolate X Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro Celeus flavus (Statius Muller, 1776) pica-pau-amarelo 8 2,3,7 X Celeus torquatus (Boddaert, 1783) pica-pau-de-coleira 8 1 Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783) pica-pau-de-bandabranca pica-pau-de-barrigavermelha 5 1,2,3,6,7,8 5,8 X 2,7,8 1,3,5,6,7,8 1,4,5 1,3 X Endem. BRA 55

68 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) Passeriformes Thamnophilidae Myrmornithinae Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) pinto-do-mato-carijó Pygiptila stellaris (Spix, 1825) choca-cantadora 2,3 1,2,3,4,5,6,8 1,2,4,5,6 Thamnophilinae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. emiliae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. bicolor Myrmeciza hemimelaena Sclater, 1857 Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) papa-formiga-de-bando 1,6,8 papa-formiga-de-bando 1 3,5 1 X pica-pau-de-topetevermelho formigueiro-de-caudacastanha formigueiro-de-peitopreto choca-preta Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choquinha-ornada 6,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,6,7,8 1,8 1,3,4,5,6 1,2,3,5,8 1,2,5,7,8 1,3,4,5,6,7 choquinha-de-olhobranco Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) choquinha-miúda 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Myrmotherula sclateri Snethlage, choquinha-de-gargantaamarela ,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Myrmotherula multostriata Sclater, choquinha-estriada-daamazônia ,2,3,4,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Myrmotherula hauxwelli (Sclater, choquinha-de-gargantaclara 1857) 5,7,8 1,2,5,6,7,8 5 Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) choquinha-de-flancobranco 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 2,3,5,6 X Myrmotherula longipennis Pelzeln, choquinha-de-asacomprida X X Endem. BRA 56

69 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Myrmotherula menetriesii (d'orbigny, 1837) 5 1,2,5 5,6 Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo 1,3,5 3,6 2,5,6,8 Formicivora rufa (Wied, 1831) Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) Thamnomanes caesius (Temminck, 1820) Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) Megastictus margaritatus (Sclater, 1855) Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823) Thamnophilus schistaceus d'orbigny, 1835 Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 papa-formiga-vermelho uirapuru-selado ipecuá 1,2,7,8 1,2,3,5 1,3,5,6,7 X tovaquinha choca-pintada choquinha-de-gargantacinza chorozinho-de-bicocomprido chorozinho-de-asavermelha Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6,7,8 1,8 choca-d'água 2,5,7 1,2,3,4,5,6,7,8 X E choca-barrada 6,8 2,3,5,6,7,8 choca-listrada 1,5 1,2,3,4,5,6,7,8 X choca-de-olho-vermelho 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,7,8 1,2,3,4,5,7,8 choca-de-natterer 1,2,5,6,7 3,7,8 6 X Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-lisa 1,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,5,6,7,8 Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 choca-canela 1,3,5 1,2,4,5,6,7,8 Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) papa-formiga-barrado 1,3,5 1,2,3,5,6,7,8 6,8 X Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi 5 3 X Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-do- 2,5,6,8 X X Endem. BRA 57

70 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) igarapé solta-asa 7 1,2,3,4,5,6,7,8 X Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) guarda-floresta 6 X Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) guarda-várzea 3,5 1,2,5,6,8 6 Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-taoca 2,3 5 6 X Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825) Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) Cercomacra manu Fitzpatrick & Willard, 1990 Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906) papa-formiga-desobrancelha formigueiro-de-carapreta 6 3,5 2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X chororó-pocuá 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,4,5,6,7,8 X chororó-negro 3,5 1,3,5,6 X chororó-de-manu trovoada-listrada Hypocnemis striata (Spix, 1825) cantador-ocráceo 6,7 2,3,5,6,8 1 X E Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869 Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) Phlegopsis nigromaculata (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888 Melanopareiidae Melanopareia torquata (Wied, 1831) Conopophagidae Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) cantador-amarelo rendadinho 1,2,3,5,6,7,8 1,2,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 mãe-de-taoca 1,2,5,6 7,8 1,6 mãe-de-taoca-de-carabranca tapaculo-de-colarinho chupa-dente-de-cinta 3 1,4,5 E X X Endem. BRA 58

71 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Conopophaga melanogaster Ménétriès, 1835 Grallariidae Grallaria varia (Boddaert, 1783) Hylopezus whittakeri (Carneiro et al., 2012) Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903) Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) Formicariidae chupa-dente-grande tovacuçu torom-carijó 1,2 torom-torom tovaca-patinho Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato 1,5 X Formicarius analis (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Chamaeza nobilis Gould, 1855 tovaca-estriada X Scleruridae Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869 Dendrocolaptidae Sittasominae Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818) Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868) vira-folha-de-bico-curto vira-folha-pardo pinto-do-mato-de-carapreta vira-folha-de-peitovermelho vira-folha-de-gargantacinza 5 X arapaçu-pardo 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,7,8 2,3,4,5,7,8 X arapaçu-da-taoca 2,3 1,3,6,8 6 arapaçu-rabudo 2 1,3,5,6 5 Sittasomus griseicapillus (Vieillot, arapaçu-verde 1,3,4,5,6,8 3,5,7,8 2,7,8 X X X Endem. BRA 59

72 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA 1818) Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868) Dendrocolaptinae Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) arapaçu-de-gargantapintada arapaçu-de-bico-decunha arapaçu-ocelado 2,3,6,7 7 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) arapaçu-elegante 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-spix Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-riscado 6 1,2,3,4,5,6,7,8 X Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, arapaçu-de-gargantaamarela 1820) 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850) arapaçu-de-bico-curvo 5 6 Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco 1,3,6 3,8 2,3,5,6,7 X Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado Lepidocolaptes albolineatus (Lafresnaye, 1845) brancas arapaçu-de-listras- 1,2,3,5,6,8 3,5 1,2,3,4,5 6 X Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-bicocomprido 5,6,8 Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-galinha 1,2,5,6,7,8 3,5 Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783) arapaçu-barrado 2,5,7,8 1 8 Dendrocolaptes picumnus Lichtenstein, 1820 arapaçu-meio-barrado 2,3 3 X Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840) arapaçu-vermelho 6 1,3 X Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 arapaçu-uniforme 2,6 5 Endem. BRA E 60

73 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Furnariidae Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 bico-virado-fino Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo 1,2,3,6 2,6 1,2,3,4,5,7 X Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó X Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) Pygarrhichinae Microxenops milleri Chapman, 1914 Furnariinae Furnarius rufus (Gmelin, 1788) limpa-folha-do-buriti bico-virado-da-copa joão-de-barro Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) limpa-folha-picanço 1 Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844) limpa-folha-riscado barranqueiro-camurça 1 1 1,2,3,4,5,6,7,8 Automolus paraensis Hartert, 1902 barranqueiro-pardo E Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) barranqueiro-de-coroacastanha Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) Anabazenops dorsalis (Sclater & Salvin, 1880) Philydor ruficaudatum (d'orbigny & Lafresnaye, 1838) Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) Philydor erythropterum (Sclater, 1856) fura-barreira barranqueiro-de-topete Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) limpa-folha-vermelho 1 Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928) Synallaxinae limpa-folha-de-caudaruiva limpa-folha-de-sobreruivo limpa-folha-de-asacastanha limpa-folha-de-bicovirado 2,7 2 1,5,6 5 3,8 X X Endem. BRA 61

74 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi 1,2 Synallaxis rutilans Temminck, 1823 joão-teneném-castanho 1,2,3,7,8 1,2,4,5,7,8 Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 puruchém Synallaxis cabanisi Berlepsch & Leverkuhn, 1890 Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) joão-do-norte joão-teneném-becuá Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio 7 X Cranioleuca gutturata (d'orbigny & Lafresnaye, 1838) Pipridae Neopelminae Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) Piprinae joão-pintado fruxu-do-cerradão 3 3,5 uirapuruzinho 1,2,3,4,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja 3,5 2,5,6 X Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 cabeça-encarnada 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) uirapuru-de-chapéubranco 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira 2,6,7 2,3 X Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) coroa-de-fogo 1,5,7 X uirapuru-cigarra 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) cabeça-branca X Ilicurinae Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-falso 2,6 X Endem. BRA 62

75 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) Tityridae Oxyruncinae Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776) Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) Laniisominae Schiffornis major Des Murs, 1856 soldadinho maria-leque 2 1,2,6 papa-moscas-uirapuru 1,5 3,5,6 1,5,6 X assanhadinho flautim-ruivo Schiffornis amazona (Sclater, 1860) flautim-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) chorona-cinza 1,2,3,5,6,7 3 2,5,7,8 Tityrinae Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 anambé-de-coroa 1,2,5,6,7 1,2 2 Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) Tityra cayana (Linnaeus, 1766) Tityra semifasciata (Spix, 1825) Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Pachyramphus marginatus (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-debochecha-parda anambé-branco-derabo-preto anambé-branco-demáscara-negra caneleiro 1 2 X 1,5,6,7,8 7,8 3 7,8 X caneleiro-preto 1,2 1,3,7,8 3 5,6,8 caneleiro-bordado 6 1,2 Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro-pequeno 3 Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) Xenopsaris albinucha (Burmeister, caneleiro-de-chapéupreto tijerila 2,8 5 Endem. BRA 63

76 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA 1869) Cotingidae Cotinginae Lipaugus vociferans (Wied, 1820) cricrió 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Porphyrolaema porphyrolaema (Deville & Sclater, 1852) Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758) cotinga-de-gargantaencarnada 1 anambé-pombo 3,6,7,8 3,5,6,8 8 X Xipholena punicea (Pallas, 1764) anambé-pompadora 1,5,6 1,2,6 1,2,3,4,5,6 Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) anambé-azul 2,6,7 1,3,5,7 2 Querula purpurata (Statius Muller, 1776) Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 Rupicolinae Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 Tyrannoidea Platyrinchus saturatus Salvin & Godman, 1882 Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) anambé-una 1,2,3,4,5,6,7,8 3,6,8 1,5,8 X anambé-preto 7 saurá-de-pescoço-preto patinho-escuro 5,6 patinho-de-coroadourada patinho-de-coroabranca 3,6,7,8 2 Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo 6,7 1,2,5,7,8 5 1 X Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869) Rhynchocyclidae Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert, 1902) Pipromorphinae enferrujadinho 1,6,8 maria-bonita Endem. BRA 64

77 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 abre-asa 5,6,8 4,5,8 X cabeçudo 1 2,3,8 2,3 Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) estalador-do-norte 3,6,7,8 Rhynchocyclinae Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-grande bico-chato-de-orelhapreta 1 6 X Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) bico-chato-da-copa 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884) bico-chato-de-cabeçacinza Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo 7,8 3 3,6 X Todirostrinae Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) Todirostrum chrysocrotaphum Strickland, ferreirinho-estriado 6 1,3,4,5,6,7,8 X ferreirinho-relógio Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) maria-picaça Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) Myiornis ecaudatus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) ferreirinho-desobrancelha ferreirinho-de-caraparda 1,2,5,6,8 5 caçula 1,2,3,5,6,7,8 2,3,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) maria-sebinha 7 1,2,3 1 X Hemitriccus griseipectus (Snethlage, maria-de-barrigabranca ) Hemitriccus margaritaceiventer (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) ouro sebinho-de-olho-de- 3,5 Hemitriccus minimus (Todd, 1925) maria-mirim 2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8 2,3,5,6,7 7 Endem. BRA 65

78 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783) Tyrannidae Hirundineinae Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Elaeniinae Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868) Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873) caga-sebinho-depenacho gibão-de-couro 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 poiaeiro-de-pata-fina 1 1 amarelinho Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento X Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 Elaenia cristata Pelzeln, 1868 risadinha 1,2,3,5,8 1,2,3,4,5,6,7,8 3,5,6,7,8 guaracava-grande guaracava-de-bico-curto Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum 3 Myiopagis gaimardii (d'orbigny, 1839) maria-pechim 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,7,8 Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta 2 5 Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-barrigaamarela guaracava-de-cristabranca guaracava-de-topeteuniforme guaracava-de-cristaalaranjada 3,5 X Tyrannulus elatus (Latham, 1790) maria-te-viu 6 X Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) marianinha-amarela 8 Endem. BRA 66

79 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Phaeomyias murina (Spix, 1825) Tyranninae bagageiro Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) tinguaçu-ferrugem 1,8 Attila spadiceus (Gmelin, 1789) capitão-de-saíraamarelo Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata 5,7,8 1,7 7 Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835) Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 Myiarchus tuberculifer (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 maria-cabeçuda maria-de-cauda-escura irré 2,5,6,7,8 1,3 X 6,7 1,2,3,6,7,8 3,7 1,2,3,6,7,8 2,5,7,8 1,2,3,4,5,8 X Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 5,6 2,7 3,5,6,8 Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) bico-chato-de-rabovermelho maria-cavaleirapequena maria-cavaleira-derabo-enferrujado Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador 2 X Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) vissiá 1,3,5,6,7,8 1,3,6,7,8 2,3,5,6,7,8 Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem 3 5 Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi 1,2,5,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo 8 6 Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro 8 Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) bem-te-vi-rajado 3 X suiriri-de-gargantarajada 3 X Endem. BRA 67

80 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862 Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858) Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 neinei 2,3,5 3,5,7,8 2,3,6,7 3,5 X 1,5,6 2,3,7,8 3,5,6,8 X bem-te-vi-barulhento 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8 Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri 1,2,3,4,5,6,8 1,2,3,5,6,8 1,3,5,6 1,3,4,5,6,8 X Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha 5 Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) suiriri-valente peitica-de-chapéu-preto Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica 5 5 X Fluvicolinae Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha 1 X Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) Sublegatus obscurior Todd, 1920 Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Fluvicola albiventer (Spix, 1825) Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) filipe 2 sertanejo-escuro príncipe bentevizinho-de-asaferrugínea bem-te-vi-de-cabeçacinza suiriri-de-gargantabranca lavadeira-de-carabranca freirinha tesoura-do-brejo Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) maria-da-praia 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado 5 2,3,5,6,7 X Endem. BRA 68

81 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Contopus cooperi (Nuttall, 1831) Contopus virens (Linnaeus, 1766) Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) Vireonidae piui-boreal piui-verdadeiro suiriri-pequeno primavera noivinha-branca Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari 5,8 X Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) assobiador-do-castanhal X Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara 2,5,6 1,2,5,8 1,2,5,6,7,8 X Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867 juruviara-barbuda verdinho-da-várzea 1,5,7,8 1,2,3,5,6,7,8 2,3 3 X 1,3,5,6,7,8 1,2,5,6,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 vite-vite-uirapuru 2 X Corvidae Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã 3 5 Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) Atticora fasciata (Gmelin, 1789) Atticora tibialis (Cassin, 1853) Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 vite-vite-de-barrigaamarela Hylophilus muscicapinus Sclater & vite-vite-camurça Salvin, 1873 andorinha-pequena-decasa peitoril calcinha-branca 5 2 2,5 andorinha-serradora 5,6,7 2,3,5,6,7,8 3,5,7 Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo 7,8 7,8 Endem. BRA 69

82 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Progne subis (Linnaeus, 1758) Progne chalybea (Gmelin, 1789) Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) Riparia riparia (Linnaeus, 1758) Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) Troglodytidae Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868) Troglodytes musculus Naumann, 1823 Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) Donacobiidae Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 andorinha-azul 1,3,5,6 1,3 1,3,5,6 andorinha-do-rio 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7,8 andorinha-do-barranco uirapuru-veado 5,7 1,2,5 1,3,5,6,8 X cambaxirra-cinzenta 1 1,3 corruíra 1,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 X catatau 1,5,6,7,8 X garrinchão-pai-avô 1,2,3,5,6,7,8 2,3,5,8 1,2,3,4,5,7,8 3,8 andorinha-domésticagrande andorinha-de-sobrebranco andorinha-de-dorsoacanelado garrinchão-de-barrigavermelha uirapuru-verdadeiro japacanim 1 5,6 1,2,3,4,5,6,7,8 X bico-assovelado 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,7,8 2,3,4,5,6,7,8 X Polioptila paraensis Todd, 1937 balança-rabo-paraense 2 X Turdidae Endem. BRA 70

83 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Catharus fuscescens (Stephens, 1817) Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) sabiá-de-cara-cinza sabiá-norte-americano 1,8 Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco X Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 sabiá-da-mata 1 X Turdus lawrencii Coues, 1880 caraxué-de-bicoamarelo Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira 2,3 5,6 Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) Motacillidae Anthus lutescens Pucheran, 1855 Coerebidae sabiá-do-campo 2 2 caminheiro-zumbidor Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 3 1 1,2,3,4,5 X Thraupidae Saltator grossus (Linnaeus, 1766) bico-encarnado 5,8 1,3,6,7 X Saltator maximus (Statius Muller, 1776) Saltator similis d'orbigny & Lafresnaye, 1837 Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867) Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) tempera-viola 1,6,8 1,2,7 2,3,5 X trinca-ferro-verdadeiro bico-de-pimenta furriel-de-encontro pipira-de-bico-vermelho Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto X Thlypopsis sordida (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) saí-canário X Endem. BRA 71

84 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta 7,8 Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,6,7,8 3,5,6,7,8 X Lanio luctuosus (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) tem-tem-de-dragonabranca 1,2,5,6,8 1,2,3,4,5,7 2,5,7,8 1 X Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) tiê-galo 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,7,8 2,3,5,7,8 X Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) Lanio versicolor (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) Lanio penicillatus (Spix, 1825) Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) Tangara schrankii (Spix, 1825) tico-tico-rei pipira-de-asa-branca pipira-da-taoca saíra-de-cabeçacastanha saíra-ouro 2,5,6 1,2,3,6,8 2,4,5 Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) saíra-de-bando 1,2,5,6,7,8 1,3,5,7 2 2,3,6 Tangara chilensis (Vigors, 1832) sete-cores-da-amazônia 2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,7,8 2,3,4,5,7 X Tangara velia (Linnaeus, 1758) saíra-diamante 5,6,7 1,3,5,7 1 X Tangara punctata (Linnaeus, 1766) saíra-negaça 7 2,7 Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) sanhaçu-da-amazônia 5,7,8 7 1,3,5,6,7 Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro 1,2,3,5,6,7,8 1,2,3,4,5,7,8 1,2,3,4,5,7,8 X Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838) Tangara cyanicollis (d'orbigny & Lafresnaye, 1837) saíra-mascarada 3 1,6 1 saíra-de-cabeça-azul 1,2,5,6,7,8 1,5,7 2,8 3,6,8 Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela X Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) tietinga 5,6,8 X Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira 3,5 Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) cardeal-da-amazônia 1 1,2,3,6 X Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 8 3,7,8 8 6,8 X Endem. BRA 72

85 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Dacnis albiventris (Sclater, 1852) saí-de-barriga-branca 1 Dacnis lineata (Gmelin, 1789) saí-de-máscara-preta 2,3,8 1,3,5,7,8 2,6 Dacnis flaviventer d'orbigny & Lafresnaye, 1837 saí-amarela 1,3 7 X Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,5 1,3,5,8 2,3,4,5,7,8 8 X Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) saí-de-bico-curto 3,5,6,8 1,3,8 2,3,4,5 Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758) saí-de-perna-amarela 2,5,6,8 1,2,5,7,8 1,2,4,5,8 Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor 5 Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde 6 1,2,3,7 1,2 Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto 2 6 X Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) Emberizidae Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) saíra-galega 2,6,7 1,2,3,5,7,8 1,2,3 tico-tico 1,2,3,4,5,6 figuinha-de-rabocastanho canário-da-terraverdadeiro Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 1,2,5,6,7,8 8 1,2,5,6,8 Sporophila plumbea (Wied, 1830) Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) patativa bigodinho Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano 1,6 1,5,6 Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) coleirinho 1 curió 1,5 3 1,5,6 Sporophila sp. coleirinho 7,8 7,8 Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto 3,5,6,8 2,6,7 1,2 X Endem. BRA 73

86 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Cardinalidae Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso 1 Granatellus pelzelni Sclater, 1865 polícia-do-mato 1,3,6 1,2,5,6,7,8 X Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) Parulidae Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) azulão-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7,8 2,5 X pula-pula Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato 3 X Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho X Icteridae Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu 1,5,6,7,8 1,3,5,6,7,8 Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) japuaçu 1,2,3,7 Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco X Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) tecelão guaxe 5 Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu 1,3,5,7,8 1,3,4,5,6,7,8 Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim 7,8 1 3 X Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna 1 X Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande 1 3,6 Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta Fringillidae Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 1,2,5,6,7,8 1,2 7 2,3,4,5,6,7,8 Euphonia laniirostris d'orbigny & La- gaturamo-de-bico- X Endem. BRA 74

87 Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA fresnaye, 1837 grosso Endem. BRA Euphonia chrysopasta Sclater & Salvin, 1869 Euphonia minuta Cabanis, 1849 Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 gaturamo-verde 2,5 1,3,5,6 5,7,8 gaturamo-de-barrigabranca fim-fim-grande Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) gaturamo-do-norte 1,2,3,4,5,6,7,8 1,2,3,4,5,7,8 2,3,4,5,6,7,8 X Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais). Também são indicadas as espécies endêmicas do Brasil (Endem. BRA) 7 75

88 4.1.3 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei Outro registro do enferrujadinho (Neopipo cinnamomea) foi obtido na área controle, ou seja, no mesmo local onde o mesmo já vem sendo monitorado. Estas informações são de extrema importância, pois podem indicar que a espécie é residente na região. Existem dados muitos escassos na literatura sobre esta espécie pouco conhecida, e qualquer informação adicional sobre comportamento, período reprodutivo e movimentos sazonais são fundamentais para se compreender suas exigências ecológicas e deduzir meios que ajudem a conservação desta ave Espécies endêmicas Das espécies registradas apenas na oitava fase, nenhuma é considerada endêmica do Brasil Espécies migratórias Três espécies migratórias foram registradas durante a execução da oitava campanha do monitoramento da avifauna da UHE Colíder, sendo dois maçaricos e um sabiánorte-americano. As mesmas são comentadas a seguir: Maçarico-pintado (Actitis macularius): Dois indivíduos da espécie foram registrados nas áreas monitoradas, sendo um no local que será alagado para a formação do reservatório (Foto 11) e outro no local onde a barragem está sendo construída. No Brasil somente é vista com plumagem de descanso reprodutivo. Reproduz no Canadá e Estados Unidos, de onde vem anualmente em busca de alimento e de temperaturas mais favoráveis durante o inverno setentrional. Existem poucos registros na Europa, mas a espécie também pode cruzar o oceano Atlântico durante seus deslocamentos migratórios. 76

89 Foto 11 Maçarico-pintado (Actitis macularius) fotografado no leito do rio Teles Pires, onde será formado o reservatório da UHE Colíder Fonte: Tacyanne M. M. Correia & Raphael E. F. Santos, 2012 Maçarico-de-perna-amarela (Tringa flavipes): um indivíduo lesionado foi capturado (Foto 12) pela equipe do resgate de fauna na área da obra e está em processo de recuperação no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Após a recuperação da asa que contém a lesão a ave será solta em hábitat condizente ao utilizado pela espécie, durante a época em que a espécie ainda está presente na região. O maçarico-de-perna-amarela se reproduz no norte da América do Norte, em torno de lagoas e em campos úmidos na região dos bosques boreais do Alaska a Quebec. Quando migra até o Brasil, ocorre em quase todo o país, se espalhando por diferentes regiões. 77

90 Foto 12 Maçarico-de-perna-amarela (Tringa flavipes) capturado na área da UHE Colíder, sob tratamento veterinário antes da soltura Fonte: Tacyanne M. M. Correia, 2012 Sabiá-norte-americano (Catharus fuscescens): Um indivíduo foi capturado e anilhado (Foto 13) na área do canteiro de obras, no dia 21/10/2012. A espécie se reproduz em bosques úmidos do sul do Canadá, por todo centro e leste dos Estados Unidos, toda a região costeira do México até o Caribe. Migram para a América do Sul para fugir do inverno rigoroso. 78

91 Foto 13 Sabiá-norte-americano (Catharus fuscescens) capturado na Área Controle Fonte: Raphael E. F. Santos, Espécies relevantes Das espécies registradas durante a oitava campanha, merecem destaque aquelas que possuem poucos registros para a região e aquelas que foram registradas pela primeira vez durante o estudo. As espécies que representam registros inéditos para o estudo são: Rhynchotus rufescens, Actitis macularius, Tringa flavipes, Tapera naevia, Chordeiles pusillus, Myiopagis viridicata e Machetornis rixosa. O enferrujadinho (Neopipo cinnamomea) é uma das espécies mais relevantes do estudo por possuir pouquíssimas informações disponíveis sobre sua distribuição e biologia, e foi novamente registrada durante a oitava campanha Esforço amostral O esforço amostral da sétima fase foi o mesmo empregado nas demais campanhas, com exceção da quarta fase. A Tabela 8 apresenta o esforço de cada método de pesquisa. 79

92 Tabela 8 Esforço amostral empregado durante a oitava campanha Método Quantidade / área amostral Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase No da fase Esforço total Redes de neblina /área horas-rede ( h.m²) Pontos de escuta 6 3 2/área 8 12 h Coleta de dados nãosistematizados - 3 2/área 8 80 h O Gráfico 3 mostra a curva acumulada do número de espécies de avifauna registradas durante a oitava campanha, totalizando 260 espécies. Gráfico 3 Gráfico ilustrando a curva acumulada do número de espécies registradas ao longo da oitava fase, totalizando 260 espécies O Gráfico 4 mostra o número acumulado de espécies, que continua em ascenção. Após o incremento inicial, a curva esta iniciando uma forma mais horizontal, no entanto vai continuar ascendente em função do número de espécies ainda esperadas para o local monitorado. A área de estudo está inserida em uma das zonas mais ricas em espécies de aves de toda a Amazônia brasileira, portanto, presume-se que haverá inclusões na lista de espécies até mesmo após alguns anos de pesquisa. Após dois anos de estudo, ou seja, oito fases de campo, foi obtido um total de 432 táxons para as áreas amostrais. Este número é bastante elevado, porém espera-se um número ainda maior. Esta região apresenta uma grande quantidade de espécies florestais e uma (relativamente) baixa abundância na maioria destas espécies. Desta forma, é necessário um grande esforço de pesquisa para que seja possível a detecção de um 80

93 percentual satisfatório desta riqueza. Considerando que a extenção dos hábitats florestais de interesse é grande, torna-se provável que espécies inconspícuas e raras venham a ser detectadas gradualmente, a medida que o esforço aumenta e novas localidades da área de influência do empreendimento sejam visitadas. Gráfico 4 Gráfico ilustrando a curva acumulada do número de espécies registradas ao longo do monitoramento. O primeiro valor foi citado no EIA do referido empreendimento Comparação entre as áreas amostrais Parcela 1 Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras) Na área do canteiro de obras foi registrado o segundo maior valor de riqueza dentre os três sítios amostrais: 157 espécies, valores semelhante aos observados nas fases anteriores (153 espécies na sexta e 154 espécies na sétima campanha). Já na fase realizada na mesma época do ano passado o valor foi de apenas 50 em função da paralisação das atividades de campo. Apesar da interferência da obra (ruídos, explosões, trânsito de trabalhadores e de máquinas, entre outros), o remanescente florestal apresenta uma grande riqueza pela diversidade de hábitats existentes ao longo da transecção avaliada e se mostra ser extremamente importante para um elevado número de espécies, especialmente psitacídeos. 81

94 Tabela 9 Número de espécies de aves registradas na área do canteiro de obras em cada uma das fases de campo Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Parcela 2 Área Diretamente Afetada (Reservatório) A riqueza obtida na área do reservatório durante a oitava campanha foi a mais representativa, com um total de 171 espécies registradas, valor superior aos encontrados nas campanhas anteriores (152 espécies na sétima fase e 133 espécies na sexta). Não é possível a comparação do valor atual com aquele obtido na mesma época de 2011 devido à interrupção da campanha antes mesmo do esforço na área ter sido empregado. Os demais valores podem ser consultados na Tabela 10. Tabela 10 Número de espécies de aves registradas na área do reservatório em cada uma das fases de campo Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Parcela 3 Área de Influência Indireta (Área Controle) A área controle, novamente, apresentou o menor número de espécies registradas (n = 88), valor semelhante àqueles observados nas campanhas anteriores e na fase realizada no mesmo período de 2011 (Tabela 11). Como na campanha anterior, a movimentação geral de aves nesta área esteve baixa. No entanto, este fato era esperado para a presente amostragem apenas devido à época do ano coincidir com o período 82

95 reprodutivo da maioria dos Passeriformes florestais. De todas as espécies capturadas em redes de neblina, a maioria apresentou placa de incubação, ou seja, estavam chocando ovos em seus ninhos. Porém, não se pode deixar de mencionar que algumas espécies não estão mais presentes na área (aparentemente) e este fato pode estar relacionado aos seguintes fatores principais: 1) a modificação do ambiente florestal devido à construção da estrada de acesso à usina, e o consequente aumento do efeito de borda no local permitiram a colonização de espécies invasoras e generalistas em uma área que antes era um remanescente contínuo de floresta de terra firme; 2) outro fator que pode contribuir para a área controle apresentar sempre um número inferior às demais áreas é a fisionomia da vegetação. Na Área Controle não existem clareiras ou outras áreas abertas de onde se possa observar alguns grupos de aves como Passeriformes de dossel, grandes frugívoros, rapinantes, entre outros. A única área que possui maior visibilidade é a nova estrada que atravessa o remanescente florestal, porém transitar por esta via é extremamente perigoso para os pesquisadores em função da alta velocidade praticada pelos veículos que transitam até a área da usina. Tabela 11 Número de espécies de aves registradas na área controle em cada uma das fases de campo Etapa do monitoramento Número de espécies Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Similaridade entre as áreas Os dados obtidos após a execução da oitava fase de campo, analisados por meio da similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na primeira fase, não havendo diferenças expressivas. Uma nova análise de presença e ausência será efetuada após o término do monitoramento pré-enchimento para que as similaridades sejam melhor avaliadas. Durante a execução de cada fase de campo haverão apenas pequenas oscilações nos dados. 83

96 A análise de Cluster dos índices de similaridade (Bray-Curtis), estimados para as parcelas de amostragem, apresentou um agrupamento separado ao nível de, aproximadamente, 47% de similaridade. As parcelas com maior similaridade foram CA (canteiro de obras) e RE (reservatório), agrupadas no nível de 56%. Isso se deve ao fato de ambas as áreas amostrais supracitadas apresentarem ambientes sob influência do Rio Teles Pires, como mata de várzea e floresta ciliar. Consequentemente, as espécies registradas nestas áreas são semelhantes e, ao mesmo tempo, distintas da maioria das espécies presentes na área controle. A área controle, por sua vez, está localizada em uma cota altitudinal diferente das outras duas parcelas amostrais, onde existe apenas mata de terra firme. Desta forma, a similaridade apresentada através da análise de Cluster já era esperada e confirma a hipótese levantada em campo. A Tabela 12 e o dendrograma abaixo (Gráfico 5) apresentados ilustram essa situação, conferindo uma maior similaridade entre as áreas do canteiro de obras e do reservatório, enquanto que a Área Controle se distingue das demais. Tabela 12 Índices de similaridade entre as três áreas avaliadas, conforme análise de Cluster (Bray- Curtis CA RE CO CA - 56, ,92086 RE 56, ,10425 CO 48, , Gráfico 5 Dendrograma ilustrativo da similaridade existente entre as três áreas amostrais: canteiro de obras (CA), reservatório (RE) e Área Controle (CO) 84

97 Anilhamento Durante a oitava fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder, o mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido. O número total de aves capturadas foi de 74 indivíduos, pertencentes a 32 espécies (Tabela 13). Comparando os dados com aqueles apresentados anteriormente para a sétima campanha, foi obtido maior número de indivíduos capturados e mesmo número de espécies amostradas por meio desse método. Após a execução de oito campanhas, o número total de capturas é de 558. Tabela 13 Número de capturas e de espécies capturadas durante o anilhamento em cada uma das fases de campo Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase TOTAL 558 Nesta etapa, foram obtidas 22 recapturas de aves marcadas em campanhas anteriores, sendo cinco na área do canteiro de obras, cinco na área controle e 12 na área do reservatório. É natural que o número de recapturas venha se elevando, pois conforme se passam as etapas do anilhamento um maior número de indivíduos da comunidade são marcados. Analisando o número de capturas por área amostral pode-se observar que as três áreas apresentaram valores bastante semelhantes. A área do canteiro e a área do reservatório apresentaram o mesmo número (n=26), enquanto que a área controle apresentou 22 capturas (Tabela 14). Oscilações no número de espécies capturadas são normais, sendo influenciadas por inúmeros fatores bióticos e abióticos. Diferenças nas condições climáticas existentes em cada dia interferem expressivamente no sucesso do método, mas como não é possível padronizar o fator clima, as coletas ocorrem em dias consecutivos e os resultados são tratados igualmente. 85

98 Tabela 14 Comparação do número de indivíduos capturados nas três áreas amostrais, nas sete fases de campo Fase do monitoramento Canteiro de obras Reservatório Controle Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Totais As espécies mais capturadas durante a oitava campanha foram o arapaçu-de-bico-decunha (Glyphorhynchus spirurus) (n=10), o uirapuru-de-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) (n=06), o uirapuru-cigarra (Machaeropterus pyrocephalus) (n=05), o flautim-da-amazônia (Schiffornis amazona) (n=05), o arapaçu-pardo (Dendrocincla fuliginosa) (n=04) e o cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla) (n=04). As demais espécies apresentaram um número igual ou inferior a três capturas. A Tabela 15 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captura por parcela e total de cada espécie. 86

99 Tabela 15 Taxa de captura das espécies capturadas durante a oitava fase de campo do anilhamento Espécie Capt CA Taxa CA Capt RE Taxa RE Capt CO Taxa CO Total capt. Glyphorynchus spirurus 3 1,14 1 0,38 6 2, ,26 Lepidothrix nattereri 0 0,00 0 0,00 6 2,27 6 0,76 Machaeropterus pyrocephalus 2 0,76 2 0,76 1 0,38 5 0,63 Schiffornis amazona 1 0,38 3 1,14 1 0,38 5 0,63 Dendrocincla fuliginosa 3 1,14 1 0,38 0 0,00 4 0,51 Pipra rubrocapilla 1 0,38 0 0,00 3 1,14 4 0,51 Lophotriccus galeatus 3 1,14 0 0,00 0 0,00 3 0,38 Myrmeciza hemimelaena 1 0,38 2 0,76 0 0,00 3 0,38 Thalurania furcata 3 1,14 0 0,00 0 0,00 3 0,38 Willisornis poecilinotus 0 0,00 2 0,76 1 0,38 3 0,38 Dendrocolaptes certhia 0 0,00 0 0,00 2 0,76 2 0,25 Mionectes oleagineus 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Myrmotherula axillaris 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Myrmotherula hauxwelli 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Tyranneutes stolzmanni 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Xiphorhynchus obsoletus 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Catharus fuscescens 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Corythopis torquatus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Dendrocincla merula 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Epinecrophylla leucophthalma 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Hylophylax punctulatus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Hypocnemoides maculicauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Lanio luctuosus 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Microcerculus marginatus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Myiopagis viridicata 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13 Myrmeciza atrothorax 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Phaethornis ruber 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Poecilotriccus latirostris 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Pteroglossus bitorquatus 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Ramphotrigon ruficauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Sittasomus griseicapillus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Terenotriccus erythurus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Totais Taxa total Nota: A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 792 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie. As fotografias a seguir (Foto 14 a Foto 16) mostram os indivíduos capturados na oitava fase de campo do monitoramento da avifauna. 87

100 Foto 14 Uirapuru-veado (Microcerculus marginatus) capturado na área controle Fotos: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 15 Guaracava-de-crista-alaranjada (Myiopagis viridicata) capturado na área controle Fotos: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 16 Rendadinho (Willisornis poecilinotus) anilhado na área do reservatório Fotos: Raphael E. F. Santos, Índice Pontual de Abundância (IPA) Durante a oitava fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE Colíder, um total de 112 espécies foram contabilizadas pelo método de contagens por pontos de escuta. Os dados obtidos por meio dos censos, nas três parcelas amostrais, geraram uma tabela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas contagens. As espécies mais frequentes, considerando o IPA geral (somatório dos resultados obtidos nas três áreas amostrais) foram: Lipaugus vociferans (IPA=0,778), Machaeropterus pyrocephalus (IPA=0,472), Pipra rubrocapilla (IPA=0,444), Tyranneutes 88

101 stolzmanni (IPA=0,417), Lepidothrix nattereri (IPA=0,333) e Myrmeciza hemimelaena (IPA=0,278). Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas na Tabela 16. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que cada espécie conteve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o somatório de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais, divididos pelo número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual para cada área amostral. Todos estes dados podem ser comparados na Tabela 16. Tabela 16 Índice Pontual de Abundância (IPA) das espécies amostradas pelo método de contagens em pontos de escuta em cada uma das três áreas amostrais Nome do táxon CA IPA RE IPA CO IPA IPA Total CA RE CO Geral Lipaugus vociferans 11 0, , , ,778 Machaeropterus pyrocephalus 7 0, , , ,472 Pipra rubrocapilla 8 0, , , ,444 Tyranneutes stolzmanni 9 0, , , ,417 Lepidothrix nattereri 9 0, , , ,333 Myrmeciza hemimelaena 7 0, , , ,278 Lophotriccus galeatus 4 0, , , ,250 Xiphorhynchus elegans 6 0, , , ,250 Myiopagis gaimardii 2 0, , , ,222 Patagioenas plumbea 2 0, , , ,222 Pyrrhura snethlageae 4 0, , , ,222 Thamnophilus aethiops 2 0, , , ,222 Trogon viridis 2 0, , , ,194 Dendrocincla fuliginosa 3 0, , , ,167 Pheugopedius genibarbis 1 0, , , ,167 Querula purpurata 2 0, , , ,167 Camptostoma obsoletum 1 0, , , ,139 Crypturellus strigulosus 5 0, , , ,139 Myiornis ecaudatus 2 0, , , ,139 Patagioenas subvinacea 2 0, , , ,139 Ara severus 0 0, , , ,111 Diopsittaca nobilis 1 0, , , ,111 Euphonia rufiventris 2 0, , , ,111 Hylophilus semicinereus 0 0, , , ,111 Lanio cristatus 2 0, , , ,111 Myrmoborus myotherinus 3 0, , , ,111 Myrmotherula brachyura 0 0, , , ,111 Tangara palmarum 1 0, , , ,111 Celeus flavus 0 0, , , ,083 Epinecrophylla leucophthalma 0 0, , , ,083 Myiozetetes luteiventris 0 0, , , ,083 Nyctiphrynus ocellatus 0 0, , , ,083 Pachyramphus polychopterus 0 0, , , ,083 Patagioenas speciosa 1 0, , , ,083 89

102 Nome do táxon CA IPA RE IPA CO IPA IPA Total CA RE CO Geral Piaya cayana 1 0, , , ,083 Piculus flavigula 3 0, , , ,083 Pionites leucogaster 3 0, , , ,083 Pionus menstruus 2 0, , , ,083 Piprites chloris 0 0, , , ,083 Schiffornis amazona 0 0, , , ,083 Thalurania furcata 0 0, , , ,083 Thamnophilus schistaceus 0 0, , , ,083 Tolmomyias assimilis 3 0, , , ,083 Trogon ramonianus 1 0, , , ,083 Amazona ochrocephala 0 0, , , ,056 Ara macao 0 0, , , ,056 Automolus ochrolaemus 2 0, , , ,056 Campephilus rubricollis 0 0, , , ,056 Capito dayi 2 0, , , ,056 Cercomacra cinerascens 0 0, , , ,056 Cyanerpes caeruleus 0 0, , , ,056 Cymbilaimus lineatus 1 0, , , ,056 Dacnis cayana 0 0, , , ,056 Dendrocolaptes certhia 0 0, , , ,056 Galbula leucogastra 0 0, , , ,056 Hylophilus hypoxanthus 0 0, , , ,056 Myrmotherula hauxwelli 0 0, , , ,056 Myrmotherula multostriata 0 0, , , ,056 Myrmotherula sclateri 1 0, , , ,056 Phaethornis ruber 1 0, , , ,056 Primolius maracana 0 0, , , ,056 Pteroglossus beauharnaesii 0 0, , , ,056 Ramphastos tucanus 0 0, , , ,056 Rhytipterna simplex 1 0, , , ,056 Sclateria naevia 0 0, , , ,056 Selenidera gouldii 0 0, , , ,056 Tangara chilensis 0 0, , , ,056 Thamnomanes caesius 0 0, , , ,056 Thamnophilus stictocephalus 2 0, , , ,056 Trogon melanurus 1 0, , , ,056 Willisornis poecilinotus 1 0, , , ,056 Cacicus cela 0 0, , , ,028 Celeus torquatus 1 0, , , ,028 Crotophaga major 0 0, , , ,028 Dacnis lineata 0 0, , , ,028 Deroptyus accipitrinus 0 0, , , ,028 Euphonia chrysopasta 1 0, , , ,028 Falco rufigularis 0 0, , , ,028 Galbula cyanicollis 0 0, , , ,028 Glaucidium hardyi 0 0, , , ,028 Glyphorynchus spirurus 0 0, , , ,028 Heliothryx auritus 0 0, , , ,028 Herpsilochmus rufimarginatus 0 0, , , ,028 Hypocnemis striata 0 0, , , ,028 90

103 Nome do táxon CA IPA RE IPA CO IPA IPA Total CA RE CO Geral Hypocnemoides maculicauda 0 0, , , ,028 Lepidocolaptes albolineatus 0 0, , , ,028 Leptopogon amaurocephalus 1 0, , , ,028 Megarynchus pitangua 0 0, , , ,028 Megascops usta 0 0, , , ,028 Melanerpes cruentatus 0 0, , , ,028 Micrastur mintoni 0 0, , , ,028 Micrastur semitorquatus 0 0, , , ,028 Microrhopias quixensis 0 0, , , ,028 Momotus momota 0 0, , , ,028 Myiarchus ferox 0 0, , , ,028 Myrmotherula axillaris 0 0, , , ,028 Notharchus ordii 1 0, , , ,028 Ornithion inerme 0 0, , , ,028 Phaethornis subochraceus 1 0, , , ,028 Pteroglossus castanotis 0 0, , , ,028 Pyrilia barrabandi 0 0, , , ,028 Ramphocaenus melanurus 0 0, , , ,028 Ramphocelus carbo 0 0, , , ,028 Sakesphorus luctuosus 0 0, , , ,028 Synallaxis rutilans 0 0, , , ,028 Tangara gyrola 0 0, , , ,028 Tersina viridis 0 0, , , ,028 Thamnophilus amazonicus 0 0, , , ,028 Thamnophilus palliatus 0 0, , , ,028 Veniliornis affinis 1 0, , , ,028 Volatinia jacarina 0 0, , , ,028 Xiphorhynchus guttatus 0 0, , , ,028 Nota: CA = canteiro de obras; RE = reservatório; CO = área controle) e o IPA geral. As espécies estão listadas em ordem decrescente de IPA geral Métodos não sistematizados Por meio de métodos não sistematizados, aplicados aleatoriamente durante toda a fase de campo, algumas informações puderam ser obtidas. Seis das sete espécies registradas exclusivamente na oitava fase de campo foram encontradas somente por meio de buscas livres, sem que fosse aplicado algum tipo de método quantitativo. Este dado reforça a importância de se aplicar buscas livres. A Tabela 17 apresenta os registros inéditos obtidos durante a fase e indica aquelas que foram encontradas por meio de métodos não sistematizados. 91

104 Tabela 17 Registros inéditos obtidos na oitava fase de campo, com a indicação das espécies encontradas por meio de métodos sistematizados e não sistematizados Táxon Nome popular Rhynchotus rufescens perdiz X Actitis macularius maçarico-pintado X Tringa flavipes maçarico-de-perna-amarela X Tapera naevia saci X Chordeiles pusillus bacurauzinho X Registro por método Não sistematizado Myiopagis viridicata guaracava-de-crista-alaranjada X Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro X Sistematizado O intervalo entre a Foto 21 e a Foto 48 exibe os indivíduos capturados na oitava fase de campo do monitoramento da avifauna. Foto 17 Inhambu-xintã (Crypturellus tataupa) encontrado na área do canteiro de obras Foto: Rafael Noel, Guilherme C. Marais, 2012 Foto 18 Urubu-rei (Sarcoramphus papa) flagrado na área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 19 Maracanã-guaçu (Ara severus) fotografada na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 20 Maracanãs-verdadeiras (Primolius maracana) na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos,

105 Foto 21 Anacã (Deroptyus accipitrinus) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 22 Maitaca-de-cabeça-azul (Pionus menstruus) fotografada na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 23 Curica-de-bochecha-laranja (Pyrilia barrabandi) fotografada na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 24 Caburé-da-amazônia (Glaucidium hardyi) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 25 Bacurau-de-lajeado (Hydropsalis nigrescens) fotografado na área prevista para o reservatório Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 26 Mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis) fotografado no local onde está sendo contruída a barragem Foto: Raphael E. F. Santos,

106 Foto 27 Surucuá-grande-de-barrigaamarela (Trogon viridis) fotografado na área controle. Detalhe da cauda Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 28 Surucuá-grande-de-barrigaamarela (Trogon viridis) fotografado na área controle. Detalhe das costas Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 29 Surucuá-violáceo (Trogon ramonianus) fotografado na área prevista para o reservatório Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 30 Surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 31 Ariramba-da-mata (Galbula cyanicollis) fotografado na área prevista para o reservatório Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 32 Macuru-de-pescoço-branco (Notharchus hyperrhynchus) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Tacyanne M. M. Correia,

107 Foto 33 Saripoca-de-gold (Selenidera gouldii), macho, fotografado na área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 34 Araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesi) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 35 Pica-pau-amarelo (Celeus flavus), macho, fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 36 Pica-pau-de-barriga-vermelha (Campephilus rubricollis) fotografado na área do reservatório Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 37 Ipecuá (Thamnomanes caesius) fotografado na área do canteiro de obras. Espécie nuclear em bandos mistos Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 38 Macho de choca-canela (Thamnophilus amazonicus) fotografado na área prevista para o reservatório Foto: Raphael E. F. Santos,

108 Foto 39 Papa-formiga-do-igarapé (Sclateria naevia), macho, fotografado na área prevista para o reservatório Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 40 Formigueiro-de-cara-preta (Myrmoborus myotherinus), macho, fotografado na área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 41 Arapaçu-galinha (Dendroxetastes rufigula) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 42 Arapaçu-galinha (Dendrexetastes rufigula) fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos,

109 Foto 43 Barranqueiro-camurça (Automolus ochrolaemus) fotografado na área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 44 Cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla), macho, fotografado na área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 45 Ferreirinho-estriado (Todirostrum maculatum) fotografado no entorno da área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 46 Caçula (Myiornis ecaudatus), o menor Passeriforme do Brasil, fotografado na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 47 Anambé-branco-de-máscara-negra (Tityra semifasciata), macho, fotografado no entorno da área controle Foto: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 48 Tempera-viola (Saltator maximus) fotografada na área do canteiro de obras Foto: Raphael E. F. Santos,

110 Índice de diversidade Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos fixos, obteve-se um índice de diversidade de H = 4,283 para a oitava fase de campo, valor semelhante ao obtido na campanha anterior Espécimes coletados Um indivíduo de Hydropsalis parvula e outro de Myrmeciza hemimelaena foram coletados para aproveitar as peles, uma vez que estavam mortos durante a etapa de campo. Um indivíduo de Schiffornis amazona recapturado necessitou de atendimento veterinário e veio a entrar em óbito, permanecendo sob responsabilidade da equipe de resgate de fauna (UNEMAT) Dados reprodutivos Foi constatado que durante a execução da oitava campanha do monitoramento da avifauna da área da UHE Colíder, a maioria das aves encontrava-se em atividade reprodutiva. Foi encontrada uma grande quantidade de ninhos e grande parte das aves capturadas apresentava placa de incubação. Das 74 aves capturadas nesta fase, 34 estavam chocando seus ovos ou alimentando ninhegos nos ninhos. Considerando que do total de 74 indivíduos apenas 62 possuíam maturidade sexual, pode-se dizer que 55% das aves capturadas (ou seja, mais da metade) estavam em plena atividade reprodutiva. Estes dados são extremamente importantes no sentido de informar às empreiteiras a época que têm de ser evitada durante as atividades de supressão florestal, pois caso contrário a mortalidade de aves seria significativa. O período reprodutivo para a maioria das aves se inicia por volta de agosto, quando acontece a corte prénupcial. Por volta de setembro ocorre a postura e agora durante o mês de outubro foi registrada a atividade de choco em praticamente todas as espécies capturadas. Ainda há um período inicial de desenvolvimento dos ninhegos até que eles estejam aptos a obterem alimento por conta própria, finalizando o período de recrutamento na população Considerações finais Os resultados obtidos na oitava fase de campo foram satisfatórios e gerou uma grande quantidade de informações acerca do período reprodutivo de muitas espécies. Es- 98

111 tas informações são de fundamental importância para que seja possível aplicar medidas que mitiguem os impactos da supressão da vegetação na área que formará o reservatório. Esta é a primeira temporada reprodutiva amostrada durante todo o estudo, pois no ano anterior não foi possível a coleta de dados reprodutivos devido à paralisação da campanha em seu início, em virtude de uma liminar apresentada à Copel. Desta forma, os dados aqui apresentados devem ser levados em consideração durante as atividades de desmate que ocorrerão no próximo ano na área que será suprimida para a formação do reservatório da UHE Colíder. O número total de aves capturadas (n=74) manteve-se na média que tem sido observada ao longo de todo o estudo. Porém, nota-se a grande quantidade de recapturas (n=22). Este dado indica que o esforço aplicado está próximo do ideal e que a pesquisa está gerando bons resultados. O trabalho de registro fotográfico das espécies que habitam a Área de Influência Direta da UHE Colíder está em pleno desenvolvimento e também têm gerado bons resultados. Muitas espécies inconspícuas puderam ser registradas fotograficamente e devidamente documentadas para a área de estudo. Em relação aos dados qualitativos obtidos nas três áreas amostrais, novamente o ponto amostral da área prevista para o reservatório foi o que apresentou os maiores valores de riqueza (171 espécies registradas em apenas quatro dias despendidos neste ponto amostral). Isso reforça a afirmativa de que o local é riquíssimo em espécies aves e que o impacto do alagamento será bastante expressivo. Além disso, como comentado no relatório anterior, muitas espécies de aves possuem ocorrência restrita à mata de várzea, presente às margens do rio Teles Pires. Espécies como Heterocercus linteatus, Hylophylax punctulatus, Xiphorhynchus obsoletus, Nasica longirostris, entre muitas outras, estarão completamente comprometidas com o alagamento do reservatório, pois não terão ambiente similar nas proximidades para se estabelecer. Pode-se dizer que as populações destas espécies estarão muito prejudicadas, até mesmo condenadas. Desta forma, sugere-se a proteção legal de uma área de floresta de várzea à jusante da barragem, pois será o único local que ainda apresentará vegetação semelhante àquela que será suprimida do local previsto para o reservatório. Apenas dois bandos mistos foram observados durante esta campanha, e em um deles foi possível identificar a espécie nuclear (Thamnomanes caesius). No geral, notou-se certa ausência de bandos mistos e agrupamentos em correições de formigas. 99

112 Como o previsto, a presente campanha ocorreu durante a temporada reprodutiva de No entanto, nenhum filhote foi detectado em função dos adultos ainda estarem em atividade de choco. Dessa forma, os filhotes recrutados às populações somente poderão ser capturados na próxima campanha, a ser realizada por volta de janeiro de

113 4.2 MASTOFAUNA Procedimentos Metodológicos Durante a oitava fase do monitoramento da mastofauna na área da UHE Colíder foram amostradas as mesmas três áreas ou parcelas amostrais: (1) canteiro de obras, (2) reservatório e (3) área-controle. Os esforços de campo permaneceram os mesmos em todas as fases Pequenos mamíferos não-voadores Foram empregados dois conjuntos de métodos complementares: (1) três linhas de armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) e (2) 150 armadilhas de captura viva (live traps) de dois tipos: Tomahawk e Shermann, sendo 50 unidades em cada área amostral. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma mistura composta por banana, paçoca de amendoim, farinha de milho, pedaços de toucinho e sardinha. Ambos tipos de armadilhas foram revisados pela manhã a cada dia e re-iscados conforme a necessidade. Os dois conjuntos de métodos empregados para a captura de pequenos mamíferos não-voadores permaneceram em funcionamento durante seis dias consecutivos, simultaneamente nas três áreas amostrais. Todos os indivíduos capturados foram pesados, e tomadas as seguintes medidas: comprimento da cabeça e corpo (CC), comprimento da cauda (CA), e comprimento do pé (PÉ). Os pequenos mamíferos não-voadores foram identificados segundo as chaves de identificação de Gardner (2007), Bonvicino et al. (2008) e Weksler & Percequillo (2011) e das descrições apresentadas em Rossi et al. (2011) e Oliveira & Bonvicino (2011) Morcegos Para a captura de morcegos foram utilizadas 12 redes de neblina (6x3 m) que pemaneceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes foram armadas por duas noites consecutivas em cada parcela amostral. Os animais capturados foram pesados e também foram tomadas as medidas de seus antebraços. Os primeiros morcegos capturados por espécie foram sacrificados e preparados em via úmida e depositados na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR como material testemunho e para 101

114 uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram identificados, marcados com anilhas numeradas em seus antebraços. Os morcegos foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos de Vizzoto & Taddei (1973), Lim & Engstron (2001), Gardner (2007) e Miranda et al. (2011), associada às descrições apresentadas por Simmons & Voss (1998), Barquez et al. (1999), Reis et al. (2007) e Peracchi et al. (2011) Mamíferos de médio e grande porte Esses mamíferos foram registrados com o seguinte conjunto de métodos: (1) busca ativa por vestígios (pegadas, rastros, fezes, tocas, etc.) e por registros diretos da presença de mamíferos (visualizações, contatos auditivos, carcaças, etc.), essas buscas se deram, a pé, de carro e de barco, distribuídas de forma equivalente entre as três áreas amostrais; e (2) armadilhamento fotográfico, onde foram armadas quatro armadilhas fotográficas (Trophy Cam Trail Camera Bushnell ), sendo uma em cada área amostral e uma quarta câmera é armada em um ponto oportunístico. As pegadas e os rastros foram identificados segundo os guias de pegadas de González (2001), Oliveira & Cassaro (2005), Carvalho Jr. & Luz (2008) e Mamede & Alho (2008) Análise dos dados Os mamíferos foram analisados quanto ao número de espécie, famílias e ordens, número de indivíduos (pequenos mamíferos terrestres e voadores) e número de registros (médios e grandes mamíferos) observados em cada área de influência. A classificação taxonômica e nomenclatura das espécies seguem Wilson & Reeder (2005), Reis et al. (2011) e Alfaro et al. (2012). Na avaliação da mastofauna foram utilizados os índices apresentados a seguir: Curva de rarefação O número de espécies é influenciado pelo número de indivíduos capturados, isto é, quanto mais indivíduos são capturados, maior pode ser o número de espécies registrado. De acordo com Gotelli & Colwell (2001), para minimizar esse problema, é interessante ilustrar o aumento do número de espécies por meio de uma curva de rarefação, a qual representa a expectativa estatística de uma curva de acúmulo de espécies. 102

115 A curva de acúmulo de espécies inclui o número total de espécies observadas, durante o processo de coleta de dados, conforme são adicionados indivíduos ou amostras ao conjunto total de dados. De forma simplificada, a curva de rarefação é produzida por repetidas reamostragens, ao acaso, desse conjunto total de dados, a fim de se obter uma média do número de espécies encontradas nas re-amostragens. Esta análise foi realizada utilizando o programa PAST (Hammer et al. 2011). Índice de Diversidade e Similaridade Foi calculado, para cada área amostral, o índice de diversidade de Shannon-Wiener (Krebs, 1989). A comparação da riqueza e abundância de espécies entre as parcelas foi realizada através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989). 103

116 4.2.2 Riqueza de espécies Na oitava fase de monitoramento da mastofauna foram registradas 32 espécies de mamíferos silvestres, apresentando uma diversidade de H = 2,025. Foram obtidos dois novos registros nesta fase do monitoramento: o cachorro-vinagre (Speothos venaticus) e o morcego Tonatia bidens (Foto 49). As espécies registradas em todas as fases do monitoramento, somadas àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento, totalizam 117 espécies, pertencentes a 10 ordens e 31 famílias (Tabela 18). Foto 49 Morcego tonatia bidens, novo registro no monitoramento da UHE Colíder Foto: João E. Brito,

117 Tabela 18 - Mamíferos registrados na área de influência da UHE Colider TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Status de conservação ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-deorelha-preta X - Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica X - Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X - Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica CP Re 7 X - Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca X - Marmosops sp. cuíca X - Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca X - Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777) cuica CP Re,Co 1,6 X - Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD ORDEM CINGULATA Família Dasypodidae Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1,3,5 X - Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) tatu-quinzequilos OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2,8 X - Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X - Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola X DD Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) tatu-de-rabomole CP Ca 2,5 - - EIA 105

118 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra PE,ENT,AF,TO Re,Ca,Co 1,3,5,7 X VU ORDEM PILOSA Família Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim OD,ENT,AF Ca,Re,Co 1,5,6,7 X - Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) Família Megalonychidae EIA ENT En 1 X VU Status de conservação tamanduábandeira Choloepus hoffmanni Peters, 1858 preguiça-real RES Ca ORDEM PRIMATES Família Atelidae Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) macaco-aranhade-cara-branca OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7,8 - EN Ateles chamek (Humboldt, 1812) macaco-aranha OD,CA Re 1,2,3,5,6,8 X - Alouatta discolor (Sipx 1823) bugio OD Ca,Co 3,6 - - Família Cebidae Mico emiliae (Thomas, 1920) sagui OD,CA Ca, Em 1,3,5,6 X - Sapajus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7,8 X - Sapajus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara X DD Família Pitheciidae Callicebus molock (Hoffmannsegg, guigó, zoguezogue 1807) OD,CA Re,Co 1,2,3,6,8 X - Callicebus vieirai Gualda-Barros, Nascimento & Amaral, 2012 zogue guigó, zogue- OD Re 7 Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Devile, 1848) vermelho cuxiú-de-nariz- OD,CA Ca,Re,Co 2,3,5,8 - - Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú X - Família Aotidae Aotus infulatus (Khul, 1820) macaco-da-noite OD,CA Ca 2,3 X - 106

119 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento ORDEM CHIROPTERA Família Embalonuridae Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) morcego CP,OD Re 1,2,7,8 - - Família Mormoopidae Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego X - Família Phyllostomidae Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,8 X - Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego CP Ca,Re,Co 1,3,6 X - Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,6,7 - - Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) morcego CP Ca 3,5 - DD Tonatia bidens (Spix, 1823) morcego CP Ca Phylloderma stenops Peters, 1865 morcego CP Co Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego RES - 3 X - Lophostoma silvicolum d Orbigny, 1836 morcego X - Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego CP Ca 5 X - Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego CP Co,Re 1,6 X - Micronycteris megalotis Gray, 1842 morcego X - Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) morcego CP Co,Re 1,7 - - Lampronycteris brachyotis (Dobson, 1879) morcego CP Co Glyphonycteris silvestris (Thomas, 1896) morcego CP Re Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 morcego X - Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego X DD Lonchophylla thomasi Allen, 1904 morcego CP Co Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego CP Ca 7 X - EIA Status de conservação 107

120 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Choeroniscus minor (Peters, 1868) morcego CP Ca,Re 3 X - Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2,7 X - Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7,8 X - Rhinophylla pumilio Peters, 1865 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8 X - Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego X DD Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego X - Dermanura gnoma Handley, 1987 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8 - - Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego CP Ca,Re,Co 1,3,5,6,7,8 X - Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7 X - Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7,8 X - Artibeus fimbriatus Gray, 1838 morcego CP Co,Ca,Re 7,8 - - Chiroderma trinitatum Goodwin,1958 morcego CP Re Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 morcego CP Ca,Co 3,7 X - Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego X - Platyrrhinus fusciventris Velazco, Gardner & Patterson, 2010) morcego CP Co Platyrrhinus sp. morcego CP Ca,Re 6,7 - - Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego X - Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,7,8 X - Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) morcego CP Ca 1,2 - - Familia Mormoopidae Pteronutus parnellii (Gray, 1843) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8 X - Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego CP Re Família Noctilionidae Noctilio albiventris Desmarest, 1818 morcegopescadorpequeno OD Re 2,7,8 - - EIA Status de conservação 108

121 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Família Thyropteridae Thyroptera discifera Lichtenstein e Peters, 1855 morcego CP Co Familia Molossidae Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego RES Ca 3 X - Molossus rufus (É. Geoffroy, 1805) morcego RES Ca Família Vespertilionidae Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego CP,RES Ca,Re,Co 1,3 - - Myotis cf. riparius Handley, 1960 morcego CP Co Myotis sp. morcego CP Co,Re,Ca 7,8 - - ORDEM CARNÍVORA Família Canidae Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7,8 X - Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-demato-de-orelhacurta OD Ca 1 X DD Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre OD, AF Ca,Co 8 X VU Família Felidae Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT,AF Ca,Co,Re 1,3,5,6,7 X VU Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato X VU Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,Em 1,2,5 X - Puma concolor (Linnaeus, 1771) puma PE,ENT Re,Em 1,7 X VU Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada OD,PE,CA,ENT, AF,FE Re,Ca 1,2,3,5,6 X VU Família Mustelidae Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara OD,RES Ca,Co 3,4,6,7,8 X - Galictis vittata (Schreber, 1776) furão CÇ Em Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra ENT,PE Re 1,2 X - EIA Status de conservação 109

122 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Status de conservação Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) ariranha ENT,OD,AF Re 1,2,3,6,7,8 X VU Mustela africana Desmarest, 1818 doninhaamazônica OD Ca 3 - DD Família Procyonidae Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) mão-pelada PE Re,Co 1,2,3 X - Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati ENT,CÇ Ca 1,2,7 X - Potos flavus (Schreber, 1774) jupará OD,ENT,CA Ca,Re,Co 1,3,4,5,6,8 X - ORDEM ARTIODACTYLA Família Cervidae Mazama gouazoubira (Fischer, 1814) veadocatingueiro OD,PE,ENT Ca,En,Co 1,2,3,5,6,7,8 X - Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro ENT Ca,En 1 X - Família Tayassuidae Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,8 X - Tayassu pecari (Link, 1795) queixada PE,OD,AF,ENT, CÇ Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7,8 X - ORDEM PERISSODACTYLA Familia Tapiridae Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7,8 X - ORDEM RODENTIA Família Sciuridae Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842) caxinguelê OD,CÇ Ca,Em,Re 1,2,3 - - Sciurillus pusillus (É. Geoffroy, 1803) coatipuruzinho OD Co Família Caviidae Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara CÇ,OD,PE,ENT, FE EIA Ca,Re 1,2,3,5,7,8 X - Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* preá X - 110

123 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Status de conservação Família Erethizontidae Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço-cacheiro OD,CÇ Ca,Re,E 1,5,8 X - Família Dasyproctidae Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) cotia PE,ENT,AF,OD Ca,Co,En 1,2,3,5,8 X - Família Cuniculidae Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) paca ENT,PE,AF Ca,Re 1,2,5,7,8 X - Família Cricetidae Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinhopequeno X - Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2,3,5 X - Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore X - Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore X - Euryoryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato X - Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co 1,8 - - Hylaeamys megacephalus (Fischer, 1814) rato-do-mato X - Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) rato-do-mato CP Re 1 X - Família Echimidae Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) rato-de-espinho CP Co 1,2,3,5 - - ORDEM LAGOMORPHA Família Leporidae Silvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti OD En 1 X - ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re EIA 111

124 TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral Fase do Monitoramento Status de conservação Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-deorelha-preta X - Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica X - Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X - Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica CP Re 7 X - Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca X - Marmosops sp. cuíca X - Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca X - Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777) cuica CP Re,Co 1,6 X - Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD EIA Nota: Táxons/Espécie, seguida de seu nome popular; do método de registro (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Contato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios, RES = capturada pelo resgate de fauna); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e En = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o registro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conservação no Brasil (segundo Chiarello et al. 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes). 112

125 4.2.3 Espécies ameaçadas Para a UICN, as categorias VU, EN e CR representam, respectivamente, níveis crescentes de risco de extinção em escalas de tempo cada vez menores, e as espécies classificadas em qualquer uma delas são consideradas ameaçadas (Mace & Lande 1991). Durante a oitava fase do monitoramento foram registradas duas espécies com algum grau de ameaça de extinção: (1) macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus) (EN), e cachorro-vinagre (Speothos venaticus) (VU) (Foto 50). Entre as espécies ameaçadas, os animais de grande porte, como carnívoros e primatas, representam os grupos sob o maior risco de extinção (Drummont et al. 2005). O macaco-aranha-decara-branca, assim como os demais primatas, sofre com a fragmentação e descaracterização ambiental uma vez que são essencialmente arborícolas e dependentes de ambientes florestados e contínuos. Speothos venaticus é considerado naturalmente raro ao longo de toda sua distribuição (Dematteo & Loiselle 2008; Zuercher et al. 2004), e como principais ameaças são citadas a alteração e fragmentação do habitat e a caça de suas presas naturais (Oliveira & Dalponte 2008). A transmissão de doenças por canídeos domésticos também é apontada como uma potencial ameaça nas áreas onde as espécies entram em contato (Oliveira & Dalponte 2008). 113

126 Foto 50 Cachorro-vinagre (Speothos venaticus), espécie ameaçada de extinção sob a categoria VU (vulnerável), registrado por armadilha fotográfica. Na imagem de cima as setas indicam a cabeça e a cauda curta (características típicas da espécie). Na foto de baixo a cabeça de um dos indivíduos pode ser observada. Foto: Camera Trap,

127 4.2.4 Espécies endêmicas As espécies endêmicas registradas durante esta última campanha foram: Ateles marginatus (Foto 51) e Dermanura gnoma (Foto 52) (van Roosmalen et al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011). Essas espécies sofrem com a perda de hábitat e são vulneráveis à fragmentação e descaracterização ambiental (Chiarello et al., 2008). Foto 51 Macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus), fotografado na área controle Fotos: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 52 Morcego Dermanura gnoma, espécie endêmica, capturada na oitava fase Fotos: João E. Brito, Espécies raras O cachorro-vinagre (Speothos venaticus) é considerado naturalmente raro em toda sua distribuição e obteve dois registros durante a execução da oitava campanha do monitoramento de fauna da UHE Colíder. Estes dois registros representam a primeira informação sobre a ocorrência da espécie na área avaliada Espécies migradoras e suas rotas Não foram registradas espécies migradoras dentre os mamíferos em nenhuma das fases do monitoramento Espécies Bioindicadoras As diferentes espécies de mamíferos apresentam diferentes exigências ecológicas em nichos temporal, espacial e trófico. As espécies de mamíferos indicadoras de qualida- 115

128 de ambiental para esse tipo de empreendimento podem ser aquelas de hábitos aquáticos e semi-aquáticos, por estarem diretamente relacionadas aos impactos de um represamento. Entre essas espécies destacam-se a lontra (Lontra longicaudis), a ariranha (Pteronura brasiliensis) (Foto 53), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca (Cuniculus paca). Foto 53 Ariranha (pteronura brasiliensis), registrada na oitava fase. Nota-se o mesmo filhote já relatado anteriormente (há um ano), indicando que o grupo familiar utiliza permanentemente a área que formará o reservatório Fonte: Rafael Balestrin, 2012 A paca comumente habita o ambiente ribeirinho e está diretamente associada à existência de florestas ciliares em bom estado de conservação (Nowak, 1999). A capivara é um animal que geralmente se adapta bem a alterações ambientais, em especial em empreendimentos hidrelétricos, podendo ser afetada positivamente com a presença de um lago (IBAMA, 2000). Inclusive, o aumento desequilibrado em suas populações, pode causar até mesmo prejuízos econômicos e sanitários. Além das espécies ligadas ao ambiente aquático, as espécies florestais também sofrem impactos ligados à supressão dos ambientes florestados e perda de habitat. Em especial os primatas podem ser considerados bons indicadores por serem exclusiva- 116

129 mente florestais, sofrendo bastante com a descaracterização, a fragmentação e a redução florestal. Grandes carnívoros também são importantes bioindicadores, por suas necessidades ambientais e de uma comunidade estruturada de presas (Rodrigues et al. 2002) Espécies exóticas Foram registrados cachorros domésticos transitando (caçando) pelas áreas amostrais por meio das armadilhas fotográficas. As armadilhas sempre são instaladas no interior da mata, em ambientes naturais (onde não deveria existir nenhum canídeo doméstico). O principal problema de haver cachorros domésticos nestes ambientes é a possibilidade de transmissão de doenças infectocontagiosas, como cinomose, parvovirose, entre outras, para populações de outros canídeos que habitam o mesmo local, como o cachorro-vinagre (Speothos venaticus) e o graxaim (Cerdocyon thous). Cachorros domésticos ainda podem ser reservatórios de doenças como a Leishmaniose, possibilitando a transmissão para indivíduos de espécies nativas por vetores que ocorrem abundantemente nas áreas estudadas, os chamados mosquitos flebotomíneos, que compreendem o gênero Lutzomyia (conhecidos localmente por mosquito-palha) Espécies cinegéticas Mamíferos de médio e grande porte são grandes alvos de práticas de atividades cinegéticas que incluem caças esportivas, profissionais e para fins de subsistência. Na área de estudo ocorrem espécies as quais sofrem grande pressão de caça, como a paca (Cuniculus paca), a anta (Tapirus terrestris), o cateto (Pecary tajacu) e o queixada (Tayassu pecari). A caça ilegal é um dos principais fatores causadores de ameaças às populações brasileira destes animais (Chiarello et al., 2008) e tem sido constatada na área avaliada com muita frequência. Além de extinções locais, a intensa pressão de caça também promove a ruptura de interações ecológicas que garantem a manutenção da diversidade biológica (Travassos, 2011) Espécies de importância econômica Algumas espécies podem ter alguma importância econômica como, por exemplo, os macacos do gênero Sapajus e porcos-do-mato, que podem causar algum prejuízo 117

130 econômico em plantações de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Espécies de carnívoros podem ter importância econômica, quando ligados a predação de animais domésticos. A alteração e destruição de ambientes naturais podem reduzir a disponibilidade de presas naturais e forçar grandes carnívoros a viver em contato com estoques de animais domésticos, que podem ser usados como presas (Conforti, 2006). A retaliação contra animais que predam estoques domésticos tem sido um meio de redução de populações de grandes carnívoros (Azevedo, 2006) Espécies de risco epidemiológico Mamíferos podem ser reservatórios e portadores de zoonoses de potencial significância para a saúde pública. A fauna silvestre, de hábitos sinantrópicos, podem atuar como reservatórios, facilitando o surgimento de novos casos de doenças parasitárias em humanos. Perturbações na demografia de populações silvestres causadas por ação antrópica em ambientes naturais podem promover o contato de populações humanas com epizootias, antes restritas ao ciclo silvestre. São conhecidos vários casos de Leishmaniose na região onde se situa as obras da UHE Colíder e casos de animais domésticos infectados são relatados frequentemente aos postos de saúde. Na Tabela 19 são apresentadas algumas das principais zoonoses que podem ser transmitidas por mamíferos silvestres. Tabela 19 Principais zoonoses adquiridas de mamíferos silvestres, respectivos agentes etiológicos e vias de transmissão (adaptado de Barbosa et al ) DOENÇA NO HOMEM AGENTE ETIOLÓGI- CO RESERVATÓRIOS ANIMAIS VIAS DE TRANSMIS- SÃO BACTÉRIAS Anthrax Bacillus anthracis Mamíferos Fecal-oral e vetores Botulismo Toxinas de C. botulinum Aves e mamíferos Fecal-oral Brucelose Brucella spp. Ungulados, marsupiais e mamíferos Fecal-oral Campilobacteriose Campilobacter jejuni Aves e mamíferos Digestiva Cinomose Pseudomonas mallei Equídeos e carnívoros Aerógena Clostridiose Clostridium spp. Animais silvestres em geral Diversas formas Colibacilose Escherichia coli Animais silvestres em geral Fecal-oral Doença de Lyme Borrelia burgdorferi Mamíferos Picada de vetores Febre maculosa Ricketsia rickettsii Marsupiais, roedores e lagomorfos Picada de carrapato 118

131 DOENÇA NO HOMEM AGENTE ETIOLÓGI- CO RESERVATÓRIOS ANIMAIS Hanseníase Mycobacterium leprae Primatas, tatus VIAS DE TRANSMIS- SÃO Inalação, contato direto Leptospirose Leptospira interrogans Mamíferos Contato direto Micobacterioses atípicas Mycobacterium spp. Peixes, aves mamíferos e répteis Aerógena e digestiva Pasteurelose Pasteurella multocida Aves e mamíferos Aerógena e digestiva Peste Yersinia pestis Roedores e marsupiais Vetores ou contato com feridas Pseudotuberculose Yersinia pseudotuberculosis Aves e mamíferos Fecal-oral Salmonelose Salmonella spp. Aves, mamíferos e répteis Fecal-oral Shiguelose Shiguela dysenteriae Primatas Fecal-oral Tétano Clostridium tetani Mamíferos Contato com feridas Tuberculose Mycobacterium spp. Mamíferos e aves Aerógena, digestiva VÍRUS Dengue silvestre Flavivirus Cebídeos Vetor-mosquito Encefalite equina do Leste Alphavirus Aves e roedores Vetor-mosquito Febre Aftosa Aphtovirus Artiodátilos Aerógena e secreções Febre Amarela Flavivirus Primatas Vetor-mosquito Febre de Mayaro Alphavirus Saguis, bugios Vetor-mosquito Hepatite A Picornavirus Primatas Fecal-oral Herpes Herpesvirus simiae Primatas Saliva, arranhadura Herpes simples tipo I Herpesvirus hominis Primatas Saliva Raiva Lyssavirus Mamíferos Saliva, mordida, arranhadura Sarampo Morbilivirus Primatas Aerógena Varíola Orthopoxvirus Primatas Direta PROTOZOÁRIOS Criptosporidiose Criptosporidium spp. Peixes, aves mamíferos e répteis Fecal-oral Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Mamíferos Contato com fezes de vetores Giardíase Giardia lambia Aves e mamíferos Fecal-oral Leishmaniose cutânea Leishmania braziliensitomíneo Picada do vetor flebo- Roedores e marsupiais Leishmaniose visceral Leishmania chagasi Canídeos Picada do vetor flebotomíneo Malária dos primatas Plasmodium spp. Primatas Picada do vetor Sarcocistose Sarcocystis spp. Felídeos e animais endotérmicos Fecal-oral Toxoplasmose Toxoplasma gondii Felídeos Fecal-oral Dentre os mamíferos registrados no presente estudo que podem ser potenciais transmissores de doenças estão os roedores silvestres, que podem ser reservatórios de doenças como a hantavirose e a leptospirose; e os primatas, que podem servir como 119

132 reservatórios de doenças como a febre amarela; o morcego hematófago (Desmodus rotundus), pela sua importância na transmissão da raiva em animais herbivoros. Grandes roedores como as capivaras (H. hydrochaeris), comumente observadas durante todo o monitoramento, podem ainda ser reservatório de doenças como a febre maculosa e a doença de Lime, sendo transmitida por seus carrapatos a humanos e a animais domésticos. Em empreendimentos hidroelétricos, a derrubada de mata nativa e formação de lagos pode possibilitar o aumento das populações de capivaras, fato que se agrava pela ausência de predadores naturais, pelo seu hábito alimentar e potencial reprodutivo (IBAMA, 2000). Assim, podem apresentar um risco potencial a saúde pública quando em populações grandes e/ou crescentes (Governo de SP, 2002) Esforço amostral O esforço amostral despendido em todas as fases de campo realizadas somou 70 dias de campo, sendo 10 dias na primeira fase (15 a 24 de fevereiro de 2011), nove dias na segunda fase (27 de abril a 8 de maio de 2011), sete dias na terceira fase (10 a 17 de julho de 2011), quatro dias na quarta fase (21 a 24 de setembro de 2011) (campanha interrompida), oito dias na quinta fase (8 a 15 de fevereiro de 2012), oito dias na sexta fase (18 a 25 de abril de 2012), oito dias na sétima fase (17 a 24 de julho) e oito dias na última fase (14 a 21 de outubro). Os dias de amostragem sistematizados permaneceram os mesmos seis dias por fase (exceto na fase 4) e os dias de busca livre (métodos não sistematizados) variaram conforme a possibilidade em cada campanha. Os métodos sistematizados são priorizados desde o início da fase, e caso haja tempo ao final da aplicação dos métodos sistematizados, o restante do período é destinado à coleta de dados não sistematizados. O esforço amostral dividido por método é apresentado na Tabela

133 Tabela 20 Esforço amostral despendido durante as fases do monitoramento de fauna Método Armadilhas Sherman + Tomahawk Armadilhas de interceptação e queda Quantidade / área amostral = baldes 240 m Nº de áreas amostrais Nº dias amostrais por fase Redes de neblina (2 / área) 8 Armadilhas fotográficas* N o de fases realizadas Esforço total armadilhas/noite baldes/dia m/dia 504 redes/noite m 2 /h 192 armadilhas/dia * Mais uma armadilha fotográfica em um lugar oportunístico, somando 4 armadilhas por fase. A curva de acumulação de espécies ou curva do coletor aleatorizada, construída considerando-se a mastofauna amostrada nas oito fases do monitoramento de fauna, ainda não apresenta uma estabilização, uma vez que nessa última fase foram acrescentadas mais duas espécies (Gráfico 6). A curva apresentou um formato ascendente, sem apresentar uma assíntota, sugerindo que novos registros ainda podem ser esperados, apesar de escassos. Segundo, SANTOS (2006) é praticamente impossível determinar a riqueza total de um ambiente, principalmente em florestas tropicais, onde a diversidade é muito alta. No entanto, pretende-se alcançar dados próximos ao total. Gráfico 6 Gráfico ilustrando a curva do coletor referente às oito fases do monitoramento da mastofauna 121

134 Comparação entre as áreas amostradas Parcela 1 Área Diretamente Afetada (ADA) Canteiro de obras Na área do canteiro de obras foram realizados 65 registros, de 19 espécies de mamíferos silvestres durante a oitava fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H = 1,967. A maioria das espécies amostradas no canteiro de obras foi também registrada nas outras áreas, porém algumas foram registradas exclusivamente nesse sítio amostral: Mazama sp., H. hidrochaeris, D. novemcintus, Eira barbara, T. bidens, R. pumilio e P. parnellii Parcela 2 Área Diretamente Afetada (ADA) Reservatório Na área do reservatório foram registradas 17 espécies durante a oitava fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H = 1,99. As espécies registradas exclusivamente nessa área são: A. chamek, C. molock, P. brasiliensis, T. pecari, C. paca, N. lasiurus, N. spinosus e P. hastatus Parcela 3 Área de Influência Indireta (AII) Controle Na área controle foram listadas 15 espécies entre 24 registros de mamíferos durante a oitava fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H = 2,025. A maior parte das espécies amostradas na área controle foi também registrada nas outras áreas, porém algumas foram registradas exclusivamente nesse sítio amostral, como por exemplo: D. kappleri, P. flavus e P. tajacus Comparação entre as áreas A maior similaridade entre as áreas amostrais se deu entre a área do reservatório e a área-controle, seguida pela similaridade entre o canteiro de obras e a área-controle, e por último, a similaridade entre o reservatório e a área do canteiro de obras (conforme os resultados da similaridade de Bray-Curtis) (Gráfico 7). 122

135 1 Re Co Ca Similaridade Gráfico 7 Similaridade de Bray-Curtis apresentada entre as áreas de estudo durante a oitava fase. Legenda: CA = canteiro de obras, RE = reservatório e CO = área-controle Comparação entre as fases do monitoramento A riqueza e diversidade das espécies de mamíferos no decorrer das oito primeiras fases do monitoramento apresentou uma grande variação (Tabela 21 e Gráfico 8). Ainda não é possível observar tendências quanto ao impacto do início das obras nas áreas amostrais. Espera-se que com a continuidade do monitoramento os resultados apresentados possam explicar o impacto do empreendimento na riqueza e diversidade da mastofauna. 123

136 Tabela 21 Comparação entre a riqueza e a diversidade de espécies registradas em cada área amostral e em cada fase do monitoramento da mastofauna. Em cada célula é apresentada a riqueza, seguida pela diversidade entre parênteses Área Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5 Fase 6 Fase 7 Fase 8 Canteiro Reservatório Controle Total (3,088) (2,418) (2,571) (1,242) (2,561) (2,593) (0,8819) (1,967) (2,17) (2,855) (2,447) (1,445) (2,68) (2,224) (2,678) (1,99) (2,907) (1,987) (2,728) (1,54) (2,373) (2,532) (2,315) (2,025) (3,219) (2,936) (3,275) (2,261) (2,937) (3,098) (2,198) (2,031) Gráfico 8 Riqueza de espécies registradas por área e no total por fase do monitoramento Nota: F1 = 1ª fase de campo, F2 = 2ª fase de campo,..., F4* = 4ª fase de campo (fase de campo interrompida),..., F = 8ª Fase de campo Pequenos mamíferos Nesta oitava fase de campo foram capturados apenas dois pequenos mamíferos: Necromys lasiurus e Neacomys spinosus (Tabela 22). 124

137 Tabela 22 Espécies de pequenos mamíferos registradas na sétima fase do monitoramento, seguidas por suas abundâncias e abundâncias relativas (%), separadas por área de estudo Espécies Canteiro de obras Reservatório Controle Total AB % AB % AB % AB % Necromys lasiurus Neacomys spinosus Total Morcegos Foram capturados 72 morcegos, representados por 11 espécies. A espécie mais abundante foi C. perspicillata, contando com 40% das capturas, seguida por A. lituratus (29%) e A. fimbriatus (11%). As demais espécies representaram menos que 5% das capturas (Tabela 23 e Gráfico 9). Destaca-se o registro da espécie Tonatia bidens, que ainda não havia sido capturada durante o monitoramento. Tabela 23 Espécies de morcegos registradas na oitava fase do monitoramento, seguidas por suas abundâncias e abundâncias relativas (%), divididas por área de estudo Espécie canteiro reservatório controle total AB % AB % AB % AB % Phyllostomus hastatus Tonatia bidens Carollia perspicillata Rhinophylla pumilio Dermanura gnoma Artibeus lituratus Artibeus obscurus Artibeus fimbriatus Uroderma bilobatum Pteronutus parnellii Myotis sp TOTAL

138 Gráfico 9 Abundância relativa (%) dos morcegos capturados durante a oitava fase do monitoramento da mastofauna Mamíferos de médio e grande porte Nesta oitava fase de campo foram registradas 20 espécies de mamíferos de médio e grande porte. A espécie mais abundante foi S. apella, contando com 13% dos registros, seguido pelas espécies: C. thous, T. terrestris, Dasyprocta sp. que contam com 10% dos registros, e dos mamíferos: A. marginatus e C. albinasus, ambas com 8,3% dos registros. As demais espécies contaram com menos que 5% dos registros (Tabela 24 e Gráfico 10). Dos 49 registros de mamíferos de médio e grande porte, 11 foram obtidos por meio das armadilhas fotográficas e 38 por busca ativa. O registro por armadilhas fotográficas é importante para espécies menos conspícuas, de difícil visualização, como S. venaticus e C. paca. A Foto 54 até a Foto 59 mostram os registros fotográficos de mamíferos de médio e grande porte da oitava fase de campo. 126

139 Tabela 24 Espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas na oitava fase do monitoramento, seguidas por suas abundâncias e abundâncias relativas (%), e divididas por área de estudo Espécie canteiro reservatório controle total AB % AB % AB % AB % D. novemcinctus D. kappleri A. marginatus A. chamek S. apella C. molock C. albinasus C. thous S. venaticus E. barbara P. brasiliensis P. flavus Mazama sp P. tajacu T. pecari T. terrestris H. hydrochaeris C. prehensilis Dasyprocta sp C. paca TOTAL Gráfico 10 Abundância relativa (%) dos mamíferos de médio e grande porte registrados durante a oitava fase do monitoramento da mastofauna 127

140 Foto 54 Macaco-prego (Sapajus cf. apella) fotografado na área do canteiro de obras Fotos: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 55 Cuxiú (Chiropotes albinasus) fotografado na área do canteiro de obras Fotos: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 56 Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) na área do canteiro de obras Fotos: Camera Trap, 2012 Foto 57 Cateto (Pecari tajacu) fotografado na área controle Fotos: Camera Trap, 2012 Foto 58 Cutia (Dasyprocta leporina) fotografada na área controle Fotos: Camera Trap, 2012 Foto 59 Paca (Cuniculus paca) fotografada na floresta ciliar do rio Teles Pires que formará o reservatório Fotos: Camera Trap,

141 Atropelamentos Desde a construção da estrada de acesso à usina têm-se relatado uma alta taxa de atropelamentos de animais e o consequente impacto que estas perdas podem representar em algumas populações de mamíferos silvestres. A estrada apresenta cerca de 10 km em linha reta, o que permite aos motoristas transitar em alta velocidade (apesar das placas que enfatizam a velocidade máxima permitida de 60 km/h). Os veículos raramente transitam abaixo desta velocidade, e quando se respeita este limite, os demais motoristas se realizam manobras de alto risco para ultrapassar veículos mais lentos. A alta taxa de mortalidade de animais silvestres indica a necessidade de instalação de uma placa educativa que enfatiza a importância de não se atropelar propositalmente as serpentes que atravessam a via. Até o momento não foi feita a instalação desta placa e as taxas de atropelamento continuam aumentando. Durante a oitava fase de campo do monitoramento da fauna foram constatados três mamíferos de médio/grande porte atropelados nas áreas monitoradas, sendo dois destes dentro do canteiro de obras, na descida dos escritórios para o local da barragem. Primeiramente, uma anta adulta que atravessava a estrada com seu filhote foi atropelada e morreu no local, enquanto seu filhote andava em círculos, perdido sem seu progenitor. Esta anta foi coletada e está congelada no freezer da equipe do resgate de fauna (Foto 60). O filhote fugiu para a mata, sem que houvesse chance para sua captura. 129

142 Foto 60 Anta (Tapirus terrestris) morta por atropelamento no canteiro de obras Fonte: Rafael Balestrin, 2012 Após este fato, um cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) foi atropelado por um caminhão enquanto cruzava o mesmo local (Foto 61). Deve-se mencionar que neste ponto da estrada foi atropelado há alguns meses um tatu-canastra (Priodontes maximus), espécie muito rara em toda sua área de distribuição. Aparentemente, o animal foi escondido na vegetação e somente foi encontrado após estar em um estado avançado de decomposição, o que gerou forte odor nos arredores da estrada. 130

143 Foto 61 Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) atropelado dentro do canteiro de obras Fonte: Raphael E. F. Santos, 2012 Por fim, poucos dias depois, um jupará (Potos flavus) foi atropelado na estrada de acesso à usina, na área denominada Área Controle pela equipe do presente monitoramento (Foto 62 e Foto 63). Os animais monitorados na Área Controle estão se perdendo devido ao trânsito de veículos em alta velocidade pela estrada que atravessa o maior remanescente florestal de toda a área de influência da UHE Colíder. Deve-se ressaltar que o raro cachorrovinagre (Speothos venaticus), registrado pela primeira vez durante os dois anos de pesquisa na região, foi visto exatamente na trilha da Área Controle, onde ela encontra a estrada principal da usina (mais precisamente: onde o jupará foi atropelado na noite do dia 24/10/2012). 131

144 Foto 62 Jupará (Potos flavus) recém atropelado na estrada que dá acesso à usina, em frente à Área Controle Fonte: Raphael E. F. Santos, 2012 Foto 63 Detalhe do jupará (Potos flavus) atropelado e o motivo da morte de um animal que estava sendo monitorado na Área Controle Fonte: Raphael E. F. Santos,

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