AS CONFIGURAÇÕES DO TRABALHO E DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO CONTEXTO DO ESTADO BRASILEIRO FACE À REORGANIZAÇÃO CAPITALISTA E PRODUTIVA

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1 AS CONFIGURAÇÕES DO TRABALHO E DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO CONTEXTO DO ESTADO BRASILEIRO FACE À REORGANIZAÇÃO CAPITALISTA E PRODUTIVA MARONEZE, Luciane Francielli Zorzetti MORGADO, Suzana Pinguelo 1 MARCELINO, Janete Bernardo do Nascimento Introdução As mudanças que demarcaram o capitalismo contemporâneo nas últimas décadas do século XX têm apontado para uma perversa lógica de exclusão, num processo que ressignifica os espaços laborativos e de qualificação, desafiando, constantemente, o mundo do trabalho e impondo novas exigências aos mais variados setores da vida social, envolvidos direta e indiretamente na produção. Autores como Alves (2009); Antunes (2003); Mony e Druch (2007) e Galvão (2007) vêm discutindo criticamente algumas tendências presentes na crise atual e suas repercussões na esfera do trabalho, apontando a precarização como elemento que assume um caráter estrutural nessa fase de reorganização do capital. Evidenciam que as múltiplas faces do trabalho precário é um fenômeno global que afeta, em maior ou menor intensidade, tanto os países centrais, quanto os periféricos, considerando suas particularidades econômicas, sociais, políticas e ideológicas. Desde os anos de 1970, o capital promoveu uma ampla reestruturação produtiva e retomou o ideário neoliberal, como estratégias que visaram o enfretamento da crise e a restauração de sua hegemonia. A lógica do capitalismo que se aprofundou nesta etapa, colocou em curso o predomínio do capital financeiro, e impôs formas mais flexíveis de 1 Suzana Pinguello Morgado, graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestre em educação também pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Professora Colaboradora da Universidade Estadual do Paraná e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Estado, Políticas Educacionais e Infância GEPPEIN. Endereço para contato: Gabriel Esperidião, S/N - Paranavaí - PR Brasil. Fone: (44) su_morgado@rocketmail.com

2 regulação do trabalho, fragilizando a organização política dos trabalhadores e acentuando o controle sobre eles. De acordo com Mony e Druck (2007) neste contexto histórico do capital, a mesma lógica que incentiva a constante inovação no campo da tecnologia atinge também a força de trabalho, transformando homens que trabalham em seres obsoletos, descartáveis ao capital, homens que devem ser substituídos por outros novos e capazes de responder a dinâmica flexível do trabalho. Para compreender as atuais tendências que configuram o mundo do trabalho e as dimensões que reforçam suas formas precarizadas, e que, num movimento concomitante, também provoca efeitos deletérios sobre as políticas sociais, consolidando sua privatização e mercantilização, busca-se fundamentar o presente estudo na materialidade histórica, evidenciando o trabalho como categoria histórica e contraditória. Para isso, trata-se de proceder a uma análise não apenas por mediações conjunturais, mas, por elementos estruturais que condiciona essas mediações, o que requer um olhar mais atento às relações complexas e contraditórias que envolvem as transformações no campo do trabalho e das políticas sociais. No presente texto, procurar-se-á num primeiro momento, explicitar as transformações ocorridas no mundo do trabalho na fase de mundialização do capital, fazendo referência aos ajustes neoliberais e as atuais tendências que apontam à intensificação do trabalho precário. Essa discussão é relevante para que, num segundo momento, se possam evidenciar as particularidades dessas tendências no Brasil, com implicações expressivas no universo do trabalho e das políticas sociais. 1. A Precarização do Trabalho no Contexto da Reestruturação Produtiva do Capital Na compreensão do trabalho como totalidade histórica, as mudanças que ocorrem na esfera do trabalho assumem as particularidades de uma determinada formação histórica, e, por isso, manifestam diferentes formas de exploração do trabalho, que afetam a classe trabalhadora, em maior ou menor intensidade. Neste estágio de desenvolvimento do capital, as tendências que assinalam a máxima exploração do trabalhador tem sido um dos principais aspectos sublinhados nos

3 estudos sobre o trabalho. Pesquisadores que se dedicam a analisar as perspectivas atuais lançadas sob este campo, não deixam de apontar o fenômeno estrutural da precarização como expressão predominante das condições objetivas e subjetivas, que marcam as relações sociais e produtivas desta sociedade fundamentada na riqueza que é produzida socialmente, mas, apropriada por uma pequena minoria. Tal fenômeno tem como base para seu entendimento, o processo de reestruturação pelo qual passa o capitalismo mundial. Distintas das fases pretéritas, a nova configuração da produção e acumulação do capital resultou das sucessivas crises 2 que recaíram sobre o mundo capitalista a partir dos anos de 1970, introduzindo mudanças complexas e graduais nas relações produtivas, provocando o deslocamento de um padrão de acumulação rígido, centrado na base taylorista-fordista para um sistema de acumulação mais flexível que, de acordo com Harvey (2003, p. 140), [...] caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. Como medida de contenção a essa crise, o capital adotou um conjunto de medidas que incidiram no plano político, econômico e ideológico. Reorganizou suas bases produtivas, e retomou os pressupostos do liberalismo sob uma nova remodelagem denominada de neoliberalismo. Netto; Braz (2007) sintetizam que a resposta a essa crise demandou estratégia articulada sob o tripé da reestruturação produtiva, da financeirização e da ideologia neoliberal. Trata-se, segundo Paulani (2006), de uma nova fase marcada pela exacerbação da valorização financeira do capital, expressa na retomada do dólar americano como meio internacional de pagamento, intensa centralização de capitais e a eclosão da terceira revolução industrial. Esse capital, como assevera a autora, caracteriza-se por sua natureza volátil, desconectado da produção efetiva da riqueza material, focalizado na acumulação de base rentista, tendo seu funcionamento regulado na liberdade de ir e vir. 2 Ao referir-se a crise, Netto; Braz (2007) salientam que ela não representa uma disfunção ou um problema de regulação, mas é parte constitutiva do movimento contraditório do capital, portanto, não há uma razão única que possa explica-la. Segundo os autores, sua natureza decorre de uma superprodução de valores de uso que não encontra consumidores que possam pagar pelo seu valor de troca, o que leva a uma interrupção do movimento de circulação de mercadoria que não se converte em mais dinheiro.

4 Sob a vigência desse sistema, seguiu-se um intenso processo de reestruturação produtiva que impôs novas tendências ao setor produtivo, com perspectivas diferenciadas ao modo de regulação que predominou nos anos dourado do capital. Difundiu-se um novo paradigma tecnológico a partir do desenvolvimento da ciência, da robótica e da microeletrônica que interferiram na dinâmica da acumulação capitalista, ampliando o campo de exploração do trabalho, e reduzindo o aparato de proteção aos trabalhadores. É importante destacar que cumprir com os objetivos da acumulação, o capital não poderia fazer somente pelas mudanças nas relações produtivas, era preciso viabilizar as condições políticas e ideológicas para que tais mudanças fossem legitimadas. Para isso, fomentou a divulgação ampla e maciça do ideário neoliberal que, pautado na crítica aos avanços conquistados pela classe trabalhadora, e na excessiva intervenção do Estado na economia, impôs o desmantelamento dos direitos sociais e das representações sindicais dos trabalhadores, objetivando com isso, assegurar ao setor privado novas fontes de valorização do capital. A reestruturação produtiva, que tem no toyotismo 3 um de seus traços predominantes, introduziu novos elementos na esfera da reprodução e acumulação da capital, entretanto, isso não resultou um total esgotamento do modelo anterior, como salienta Antunes (2003, p. 52) [...] o padrão de acumulação flexível articula um conjunto de elementos de continuidade e descontinuidade que acaba por conformar algo relativamente distinto do padrão taylorista/fordista de acumulação. Analisando as considerações do autor, pode-se afirmar que as mudanças no processo produtivo e na organização do controle social do trabalho priorizou a diversificação dos vínculos salariais com o incentivo ao trabalho informal e tipos de contratação terceirizada, responsáveis por formas acentuadas de subcontratação e precarização do trabalho. Entretanto, essas novas formas de gestão da força de trabalho se articulam com práticas pretéritas que se mantem em vários setores produtivos e de serviço, como é o caso do trabalho nas cooperativas, domiciliar, que permite ao capital 3 De acordo com Antunes (2003), o toyotismo originou-se na Toyota, no Japão pós-1945, como um sistema de organização do trabalho que possibilitou ao país reverter os efeitos de sua crise econômica por meio da otimização da força de trabalho.

5 explorar a força de trabalho a um custo mais baixo, recuperando práticas antigas de trabalho, com capacidade de responder ao modelo flexível de acumulação. Mony e Druck (2007), consideram a terceirização como a principal forma de flexibilização do trabalho, uma vez que ela permite um maior grau de liberdade ao capital para gerir e dominar a força de trabalho. No entendimento das autoras, essa prática encontra sustentação nos vários mecanismos que tendem a limitar a regulação do mercado de trabalho, a exemplo das mudanças introduzidas na legislação que visam restringir o papel do Estado e atribuir maior liberdade ao setor empresarial. Contribuindo com a discussão, Antunes (2003), destaca que para realizar a produção material nessa fase de acumulação flexível em que há um alto grau de desenvolvimento do trabalho, o capital [...] necessita cada vez menos do trabalho estável e cada vez mais das diversificadas formas do trabalho parcial [...] ele deve aumentar a utilização e a produtividade do trabalho de modo a intensificar as formas de extração do sobretrabalho em tempo cada vez mais reduzido (2003, p. 19). Observa-se que esse caráter flexível, predominante na dinâmica produtiva do capital, estabelece uma nova organização social da produção, e impõe condições totalmente desfavoráveis ao trabalhador, pois neutraliza o caráter político das lutas de classe, fragmenta a legislação trabalhista, e dificulta qualquer movimento opositor às forças comprometidas com os interesses hegemônicos do capital. Nesse processo de consolidação do toyotismo, novos elementos foram somados a estrutura produtiva e a organização do trabalho, de modo a torná-los mais flexíveis. Alves (2007) chama atenção ao fato de que esse sistema é adequado a era da mundialização do capital, por atender às necessidades da acumulação na época da crise de superprodução, e, por adequar-se à nova base técnica da produção capitalista, capaz de dar maior eficácia à lógica da flexibilidade. Nota-se que na mesma proporção em que se ampliam e aperfeiçoam os avanços tecnológicos, o capital exige também maior qualificação e habilidade do trabalhador para que possa responder as novas demandas da produção. Prioriza-se o trabalho em equipe, a multifuncionalidade do trabalhador, e o emprego contínuo de saberes para a otimização da produção. Como salienta Antunes (2003), a configuração desse novo perfil profissional significou um verdadeiro ataque ao saber profissional dos

6 trabalhadores oriundos do modelo fordista, que teve seu poder reduzido sobre a produção e seu trabalho intensificado pelas novas formas de organização das relações de trabalho. Trata-se assim, de expropriar o trabalhador tanto nos aspectos objetivos, relacionados à precarização das condições de emprego e salário, quanto no subjetivo que envolve a manipulação do poder criativo e crítico do trabalhador, e que o faz sentirse enquanto membro de uma classe. No bojo desse novo complexo de reestruturação produtiva do capital, fundamentado no sistema toyotista, pode-se afirmar que os elementos constitutivos da lógica neoliberal, expressa no individualismo, competitividade, no reforço ao valor do mérito e da produtividade, foram empregados de maneira eficiente pelos novos padrões de regulação da força de trabalho. Como salienta Alves (2009), as grandes empresas tenderam a incentivar a concorrência entre empregados, individualizando as relações sociais de produção e fragmentando o coletivo de trabalho, criando um ambiente competitivo expresso na avaliação por desempenho, na forma de pagamento via remuneração flexível, e no modelo de salário atrelado aos planos de metas. A incorporação desses elementos na dinâmica psicossocial do mercado tem provocado efeitos destrutivos sobre os trabalhadores que, tendo sua subjetividade capturada, se comprometem com os ganhos da empresa, assimilando como seus os interesses que são do capital. Nesse processo, os direitos sociais são sucumbidos e se convertem nos direitos que a empresa pode oferecer. Como salienta Antunes (2003), trata-se da construção de uma subjetividade voltada à valorização e auto-reprodução do capital, que exige que o trabalhador possa ir além da esfera da execução, comprometendo seu pensamento com aquilo que é melhor para empresa. O autor observa que mesmo o trabalho dotado de um significado intelectual, imaterial, o exercício da atividade subjetiva não está isento da lógica do mercado, interage com o mundo produtivo e com os mecanismos de alienação do trabalho. Outro aspecto observado refere-se à ampla difusão da ideologia do capital humano, considerado por Alves (2009) como elemento compositivo do processo de precarização do trabalho, que viabiliza novas formas de consentimento social por meio da operação psicossocial de culpabilização da vítima. Isso explica facilmente os

7 problemas de inserção social e do desemprego que, ao invés de ser tratado como questões decorrentes da dinâmica da produção capitalista, são naturalizadas e deslocadas ao âmbito individual, como de responsabilidade do trabalhador que não possui qualificação e a competência necessária. As novas configurações que caracterizam o atual mundo do trabalho, com formas cada vez mais precarizadas de exploração da força de trabalho, colocam ao trabalhador o desafio de lidar, constantemente, com as incertezas de um mercado regulado por mecanismos cada vez mais flexíveis, que a tende a suprimir os direitos sociais conquistados historicamente. Nessa lógica, o trabalho expressa um sentido cada vez mais estranho ao trabalhador, visto que não atende suas necessidades humanas, impõe-se como mecanismos de coisificação do homem e de suas relações sociais. Alves (2009) explica que o trabalho estranhado envolve a alienação da atividade produtiva, pois o trabalhador assalariado não se identifica com o processo de trabalho no qual está inserido. Como fenômeno historicamente determinado, verifica-se que nesse estágio do capital, a forma social estranhada do trabalho assume dimensões mais complexas pelas condições de instabilidade dos trabalhadores, dada pelo trabalho temporário e precarizado. Como bem assinala Antunes e Alves (2004, p. 348), [...] Nos estratos mais penalizados pela precarização/exclusão do trabalho, o estranhamento e o fetichismo capitalista são diretamente mais desumanizadores e bárbaros em suas formas de vigência. Pode-se observar que as repercussões desse processo de mutação das formas de organização do trabalho, com traços mais visíveis de exploração no período de hegemonia do capital financeiro, é um fenômeno que afeta globalmente os trabalhadores. Na análise de Antunes (2003), esse fenômeno compreende a classe-quevive-do trabalho, abrange a totalidade daqueles que vendem sua força de trabalho. Refere-se aos trabalhadores produtivos, mas, envolve também os trabalhadores improdutivos, entendido como aquele que não produz diretamente mais valia, abrange um leque de assalariados que incluem os trabalhadores inseridos no setor de serviços, como: bancos, comércio e serviços públicos, como aqueles que desenvolvem suas atividades nas fábricas, mas que não produz diretamente valor.

8 Desse modo, pode-se afirmar que o capital não escolhe a quem explorar. Tanto aqueles que estão fora do mercado formal, mesmo os que possuem vínculos estáveis são fortemente afetados pela insegurança e instabilidade que se manifestam nos padrões atuais de regulação da força de trabalho que, apesar de necessária ao capital, é por ela mesma desvalorizada e explorada intensivamente. Examinando-se mais atentamente as especificidades que compreende a precarização do trabalho, Alves (2007), argumenta que ela possui um sentido de perda de direitos acumulados pelas diversas categorias de assalariados, expressa os novos modos de alienação e estranhamento do trabalho que afeta os direitos sociais dos trabalhadores na correlação de forças políticas entre capital e trabalho. Nas palavras do autor [...] a precarização é um processo social de conteúdo histórico-político concreto, de natureza complexa, desigual e combinada, que atinge o mundo do trabalho, principalmente setores mais organizados da classe do proletariado (2007, p. 115). Como elemento intrinsecamente vinculado a categoria trabalho, na sua forma abstrata, a precarização impõe-se de maneira mais ofensiva, sobretudo com a retomada do pensamento neoliberal que representa a vertente político-ideológica de manutenção da ordem capitalista. Como fenômeno inscrito no movimento de reorganização do capital, sob a égide do pensamento neoliberal, a precarização atinge tanto os países capitalistas centrais, como os países periféricos, entretanto, não ocorre igualmente, ela assume as particularidades econômicas, sociais e políticas desses países. De acordo com Boito Júnior (1999, p. 30), [...] uma distinção básica deve ser estabelecida entre o neoliberalismo nos países centrais e o neoliberalismo nos países periféricos, justamente para compreender que a reestruturação produtiva em combinação com a política neoliberal não ocorreu igualmente em todos os países, da mesma forma, os trabalhadores não foram afetados por mudanças homogêneas. Esse entendimento torna-se relevante para compreender porque a precarização do trabalho no Brasil assume configurações mais complexas, que afetam as condições de vida dos trabalhadores, num retrocesso de seus direitos.

9 2- Trabalho e Políticas Sociais na Reconfiguração Neoliberal do Estado No Brasil, as políticas governamentais orientadas pelo neoliberalismo teve seu auge nos anos de 1990 e resultou de um movimento maior, articulado às recomendações econômicas e políticas formuladas internacionalmente e assimiladas como condição para que o país renegociasse sua dívida externa. Foi com esse objetivo que o país, sobretudo no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), se dispôs a empreender uma luta ideológica contra os direitos sociais, apresentando-os como entraves ao desenvolvimento econômico. Desse modo, aprovou um conjunto de reformas de cunho neoliberal, com intuito de desregulamentar a economia, flexibilizar a legislação do trabalho, privatizar empresas estatais, reduzir o gasto público e promover a abertura do mercado para entrada de investimentos transnacionais (SILVA, 2003). Nesse período, como salienta Pochmann (2006), o Brasil inaugurou uma nova fase de inserção externa, marcada pela abertura comercial e desregulamentação financeira, impulsionada, sobretudo, pelo programa de inserção competitiva no mercado financeiro mundial, entretanto, em que pese supostamente os ganhos aludidos com esse programa, às iniciativas governamentais com câmbio valorizado, juros elevados e ampla abertura comercial, ocorreu sem o devido acompanhamento de uma política industrial, comercial e social. Isso provocou um crescimento econômico insuficiente e a continuidade do endividamento externo. Para reverter os efeitos da crise, o governo aprovou um conjunto de reformas de cunho neoliberal, justificada sob o argumento do desequilíbrio do sistema financeiro. Não referia que a crise financeira do Estado estava associada a um movimento mais amplo, relacionado ao modelo econômico, e as mudanças políticas e econômicas determinadas no cenário internacional. Mediante o discurso que preconizava a incapacidade fiscal do Estado, sua ineficiência administrativa e política, a implementação de uma reforma administrativa apoiada em um modelo gerencial, configurou-se na proposta fundamental de redefinição estatal, organizada sob os critérios mercadológicos, centrados na modernização, competitividade e eficiência. Com base nesses critérios, a administração pública

10 gerencial exigiu formas mais flexíveis de gestão, com o controle e a concessão de serviços públicos à iniciativa privada. As posições contidas nos indicadores de reforma orientaram a importância de modernizar o aparato estatal, com o suposto discurso de universalizar o acesso aos serviços, entretanto, o que se observou foi um movimento contrário, de racionalização das atividades estatais e de incentivo a privatização dos serviços públicos. Inerente a esse processo, os problemas sociais foram interpretados como problema fiscal de ordem exclusivamente administrativa, com possibilidade de ser equacionados por meio de políticas focalizadas. Como assinala Silva (2003, p. 78), a organização dessas iniciativas denota, que [...] se redefiniram as estratégias e os instrumentos para se manter intactas as condições de reprodução das relações sociais capitalista, enquanto que se avançou no controle sobre as classes populares. Corroborando com esse posicionamento, Boito Jr. (1999), destaca que a política neoliberal no Brasil provocou um agravamento da concentração da riqueza e da propriedade, ao mesmo tempo, inaugurou um amplo processo de transferência de renda do setor público para o setor privado. Essas mudanças, afirma o autor, estiveram assentadas no reforço ao setor privado, no fortalecimento dos grupos monopolistas, na internacionalização do setor produtivo e no aumento progressivo da pobreza das massas. Na delimitação deste quadro, pode-se afirmar que a nova conformação social assumida, particularmente na década de 1990, impôs novas feições as políticas sociais, qualificadas por ações pontuais e compensatórias, focalizadas nos segmentos extremamente pobres e distantes do princípio de universalidade. Como assinala Pereira e Stein (2010), especialmente no âmbito da política social, a lógica da fragmentação e do curto prazo prepondera, o mérito desbanca o direito e as preferências individuais substituem as necessidades sociais na definição das políticas. Contribuindo com o debate, Behring (2003) adverte que o que se tem é uma não política, inclusive social, que segue ao lado do crescimento da pobreza e da mobilização do voluntariado. De modo geral, pode-se afirmar que a consequência deste ajuste neoliberal repercutiu no aumento do desemprego, submetendo os trabalhadores a níveis mais elevados de empobrecimento e de procura por serviços públicos, que, marcado pela mercantilização da proteção social (nas áreas de educação, saúde, previdência,

11 habitação, entre outros), levou ao desafio de lidar com as novas regulações do mercado e com um sistema de proteção insuficiente para responder as necessidades humanas. Mediado nesse contexto, às reformas aprovadas nesse período, com impactos deletérios sobre as políticas sociais, estabeleceram também novos padrões de organização do trabalho, com tendências que apontaram sua desregulamentação. A medida anunciada pelo governo consistia em colocar em prática a reforma trabalhista, e com ela, os novos mecanismos de flexibilização dos contratos, redução dos encargos sociais e a diminuição do custo do trabalho. A despeito das justificativas governamentais, apoiadas no suposto argumento de que a redução dos excessos de leis estimularia o mercado de trabalho e combate o desemprego, Galvão (2007, p. 205), explica que a atuação mais efetiva do governo [...] foi justamente no combate aos direitos trabalhistas, apresentados como privilégios de certas categorias de assalariados. Tratou-se assim, de impor medidas de desregulamentação das leis e defesa dos contratos e negociações, que beneficiariam as relações capitalistas a troco de uma maior desproteção ao trabalhador. Assim, a legislação teria, segundo a autora, um papel residual, sendo aplicada apenas quando inexistisse o contrato coletivo entre as partes (GALVÃO, 2007). A administração gerencial do Estado contemplou também as novas tendências requeridas ao campo do trabalho. O discurso que enfatizava a modernização, os resultados e a eficiência, foi amplamente difundido pelo governo e objetivou adequar as novas regulações do trabalho à conjuntura econômica e política que se configurava no cenário nacional e internacional. Assim, ao invés de melhorar as condições de trabalho, buscava-se despolitizar os trabalhadores, enfraquecer sua organização coletiva e ajustálos aos valores mercantilistas em curso. Nessa perspectiva Galvão (2007) salienta que se a política social empreendida pelo ideário neoliberal não permite que os trabalhadores enfrentem um contexto econômico marcado por situações adversas, [...] a ação coletiva dos trabalhadores também sofre impactos negativos, dificultando a mobilização social e a adoção de práticas de resistência (2007, p. 80). Exemplificando esta questão, a autora aponta a redução do número de sindicatos, o aumento dos contratos precários, o desemprego e as

12 estratégias de gestão da força de trabalho, que faz com que os trabalhadores se distanciem cada vez mais das representações sindicais. Mony e Druck (2007), explicam que é dentro desta lógica e comportamento, fundada no sentido de desobrigar o empregador dos custos com os encargos sociais e direitos trabalhistas, que, no Brasil, a terceirização passa a ter um peso cada vez maior na organização do trabalho, reunindo o que há de pior em termos de condições e garantias de trabalho e acentuando os traços da precarização. Advertem que a informalidade vem contribuindo fortemente para aprofundar a flexibilização do mercado de trabalho no Brasil e, embora seja percebida como tendência, as estatísticas oficiais demonstram sua comprovação. Segundo os autores, o crescimento da informalidade cresceu durante as décadas de 1990 e 2000, especialmente nos centros urbano-industriais mais desenvolvidos, e veio acompanhado de altas taxas de desemprego. Em 2005 a situação ocupacional na região urbana do país era de 47% de assalariados formais e 53% de ocupados, correspondendo ao mercado informal (MONY; DRUCK, 2007, p.42). A análise de Pochmann (2006) sobre os problemas atuais da economia brasileira aponta outros dados que reforçam a situação de precariedade do mercado de trabalho no Brasil. Destaca que no ano 2000 a taxa de precarização dos postos de trabalho ultrapassou os 40% do total da ocupação nacional. Duas décadas antes, em 1980, assinala que a precarização representava um a cada três trabalhadores ocupados. A presença do desassalariamento é outro aspecto observado pelo autor, indica que o emprego assalariado vem perdendo importância relativa no total das ocupações. Sobre essa questão, destaca que em 1980, a cada três ocupados, dois eram assalariados, enquanto que em 2000 os trabalhadores assalariados correspondiam por menos de 58%. Os dados citados acima evidenciam a forte tendência que tem predominado no âmbito do trabalho, qual seja, a desregulamentação das formas de gestão e organização da força de trabalho, com relativo aumento do emprego sem carteira assinada e a decorrente perda dos direitos sociais e trabalhistas. Essa mudança na natureza do emprego formal, com formas mais heterogêneas de ocupação, embora seja incentivada com um discurso amparado na ampliação de uma suposta liberdade e autonomia ao trabalhador, na verdade constitui-se em estratégia funcional ao capital que permite

13 encobrir a extração do sobretrabalho e intensificar a exploração diante do contingente de força de trabalho disponível. Em se tratando da precarização do trabalho no Brasil, é importante salientar também o processo de reestruturação produtiva ocorrida no país, em face da política econômica adotada no período. Druck e Franco (2007) destacam que em 1990 o toyotismo se generaliza no Brasil, sua implementação, ainda incipiente em 1970, se aprofunda nesta fase de financeirização do capital, centralizando-se, especialmente, na implementação dos programas de qualidade total e na propagação indiscriminada da terceirização para todas as atividades e setores da economia. De forma sintetizada, pode-se afirmar que, no contexto da economia brasileira, articulada aos ajustes neoliberais implementados nos anos de 1990, o mercado de trabalho tem sido alvo de grandes transformações. Especialmente nos países situados na periferia do sistema, cujos níveis de proteção social caracterizam-se por um sistema vulnerável e pouco desenvolvido, as repercussões adquirem um sentido mais perverso. As formas que reconfiguraram o mercado de trabalho brasileiro nesse período, caracterizadas fundamentalmente pelos baixos salários, crescente taxas de desemprego e intensificação da jornada de trabalho, constituíram novos arranjos que acentuaram a precarização e desvalorização da força de trabalho. Concomitante a isso, o Estado recuou nas suas intervenções, desmantelando as políticas sociais e limitando, cada vez mais, as condições dos trabalhadores ante a complexa conjuntura de precarização do trabalho. Considerações Finais Diante das reflexões aqui explicitadas, buscou-se examinar as atuais configurações do mundo do trabalho em articulação com o contexto político, econômico e social dessa fase de reorganização do capital, a partir dos ajustes neoliberais e das mudanças ocorridas no campo das políticas sociais e do trabalho. Verificou-se que sob o contexto de reorganização capitalista, as estratégias de exploração do trabalho se intensificam, assumem uma forma mais ofensiva que evidencia o quanto o capital vem sendo movido pela sua lógica destrutiva.

14 No bojo da reestruturação produtiva, a emergência de um novo paradigma tecnológico incorporado ao mundo do trabalho, exigiu um novo padrão de produção e organização centrado na redução dos custos sociais do trabalho, que reforça a tendência à generalização do trabalho fragmentado e precário. O toyotismo, como novo modelo de reorganização do capital, garantiu que as novas modalidades de trabalho fossem implantadas com êxito, mediante formas que reduziram seus custos. Assim, operou-se uma verdadeira desregulamentação do trabalho com predomínio de contratações terceirizadas, aumento da informalidade e do desemprego, desregulamentação dos mercados e outras formas de precarização que destituíram o trabalhador de um sistema de proteção social e de garantia de direitos. Mediado neste contexto, verificou-se que no Brasil, as tendências impostas ao trabalho foram configuradas num quadro de mudanças na redefinição do Estado. A difusão das reformas neoliberais, expressivas nos anos de 1990, interferiu nos rumos das políticas sociais estabelecendo novos parâmetros de regulação, adequados ao modelo econômico pautado na racionalidade, na relação custo-benefício e na eficiência dos gastos públicos. Os investimentos sociais sofreram retrações, e, no campo do trabalho, dado à conjuntura de crise instalada no país, com o crescimento da dívida externa e o aprofundamento da pobreza e da desigualdade social, as novas modalidades de trabalho acentuaram ainda mais as precárias condições de vida da classe trabalhadora. Isso porque, além de não contar com um sistema de proteção social, vivenciaram e, ainda hoje vivenciam em seu cotidiano, a insegurança e instabilidade das novas regulações de trabalho que beneficia o capital e, negligencia as condições mínimas de sobrevivência ao trabalhador. Enfim, nesse estágio que preconiza a sociedade moderna, regida pela liberdade econômica de mercado, há que se destacar o papel da classe-que-vive-do-trabalho no sentido de reforçar e ampliar os espaços contraditórios ao projeto hegemônico do capital, na possibilidade de imprimir a luta na defesa de políticas sociais de caráter universal, comprometidas com a redistribuição da riqueza, e nas possibilidades do trabalho como condição para a emancipação humana.

15 Referências ALVES, Giovanni. Dimensões da reestruturação produtiva: ensaios de sociologia do trabalho. Londrina: Práxis, ALVES, Giovanni. A condição de proletariedade: a precariedade do trabalho no capitalismo global.londrina: Práxis; Bauru, ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e negação do trabalho. 6. Reimp. São Paulo: Boitempo, ANTUNES, Ricardo; ALVES, Giovanni. As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. Educação e Sociedade, Campinas, SP, v. 25, n. 87, p , maio/ago BEHRING, Elaine Rossetti. Brasil em contra-reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. São Paulo: Cortez, BOITO JÚNIOR, Armando. Neoliberalismo e burguesia. In:. Política neoliberal e sindicalismo no Brasil. São Paulo: Xamã, p SILVA, I. G. Democracia e participação na reforma do estado. São Paulo: Cortez, DRUCK, Graça; FRANCO, Tânia. Terceirização e precarização: o binômio anti-social em indústrias. In: DRUCK, Graça; FRANCO, Tânia. (Org). A perda da razão social do trabalho: terceirização e precarização. São Pauo: Boitempo, 2007.p GALVÃO, Andréia. Neoliberalismo e reforma trabalhista no Brasil. Rio de Janeiro: Renavan, Fapesp, HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Tradução de Adail Ibirajara Sobral; Maria Stela Gonclaves. 12. ed. São Paulo: Loyola, 2003.p MONY, Annie Thébaud; DRUCK, Graça. Terceirização: a erosão dos direitos dos trabalhadores na França e no Brasil. In: DRUCK, Graça; FRANCO, Tânia. (Org). A perda da razão social do trabalho: terceirização e precarização. São Pauo: Boitempo, NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez, PAULANI, Leda Maria. O projeto neoliberal para a sociedade brasileira: sua dinâmica e seus impasses. In: LIMA, Júlio César França (Org.). Fundamentos da educação escolar do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Fiocruz, p

16 PEREIRA, Potyara Amazoneida P; STEIN, Rosa Helena. Política social: universalidade versus focalização. Um olhar sobre a América Latina. In: BOSCHETTI, Ivanete. (Orgs). Capitalismo em crise, política social e direitos. São Paulo: Cortez, 2010.p POCHMANN, Márcio. Economia brasileira hoje: seus principais problemas. In: LIMA, Júlio César França; NEVES, Lúcia Maria Wanderley. Fundamentos da educação escolar do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Fiocruz, p SILVA, I. G. Democracia e participação na reforma do estado. São Paulo: Cortez, 2003.

Palavras-chave: reconfiguração do Estado; precarização do trabalho; políticas sociais neoliberais;

Palavras-chave: reconfiguração do Estado; precarização do trabalho; políticas sociais neoliberais; OS DILEMAS DO TRABALHO E DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO CONTEXTO DOS AJUSTES NEOLIBERAIS DO ESTADO BRASILEIRO Luciane Francielli Zorzetti Maroneze 1 Valdir Anhucci 2 Resumo Este estudo tem por objetivo analisar

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