Redação e Interpretação de textos

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1 Redação e Interpretação de textos 2 REDAÇÃO PARA CONCURSOS PARTE I 2 TIPOLOGIA TEXTUAL 2 Narração 3 Dissertação 4 Redação técnica 4 II PARTE - TEXTO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO 6 RESUMO / SÍNTESE 10 CONSTRUINDO O TEXTO 12 COESÃO E COERÊNCIA 14 Vocabulário semântico de conseqüência, fim e conclusão. 16 Exercícios 18 Exercícios 20 ESPELHO DA AVALIAÇÃO DA PROVA DISCURSIVA- MODELO CESPE/UnB 21 II - ESTRUTURA TEXTUAL DISSERTATIVA 21 PARTE I O conteúdo da redação 22 PARTE II Forma 32 III PARTE - REDAÇÕES DE ALUNOS 35 PROPOSTAS DE REDAÇÃO 37 IV Parte - AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS 43 TESTES - QUESTÕES DE CONCURSOS 46 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 48 QUESTÕES DE CONCURSOS

2 2 Redação e Interpretação de textos Redação e Interpretação de textos REDAÇÃO PARA CONCURSOS I PARTE TIPOLOGIA TEXTUAL As formas de expressão escrita podem ser classificadas em formas literárias, como as descrições e as narrações, e não literárias, como as dissertações e redações técnicas. Descrição Descrever é representar um objeto (cena, animal, pessoa, lugar, coisa etc.) por meio de palavras. Para ser eficaz, a apresentação das características do objeto descrito deve explorar os cinco sentidos humanos visão, audição, tato, paladar e olfato-, já que é por meio deles que o ser humano toma contato com o ambiente. A descrição resulta, portanto, da capacidade que o indivíduo tem de perceber o mundo que o cerca. Quanto maior for sua sensibilidade, mais rica será a descrição. 1.Texto Literário A CASA MATERNA Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa paterna. As grades do portão têm uma velha ferrugem e o trinco se oculta num lugar que só a mão filial conhece. O jardim pequeno parece mais verde e úmido que os demais, com suas palmas, tinhorões e samambaias que a mão filial, fiel a um gesto de infância, desfolha ao longo da haste. É sempre quieta a casa materna, mesmo aos domingos, quando as mãos filiais se pousam sobre a mesa farta do almoço, repetindo uma antiga imagem. Há um tradicional silêncio em suas salas e um dorido repouso em suas poltronas. [...] A imagem paterna persiste no interior da casa materna. Seu violão dorme encostado junto à vitrola. Seu corpo como que se marca ainda na velha poltrona da sala e como que se pode ouvir ainda o brando ronco de sua sesta dominical. Ausente para sempre da casa materna, a figura paterna perece mergulhá-la docemente na eternidade, enquanto as mãos maternas se fazem mais lentas e mãos filiais mais unidas em torno à grande mesa, onde já vibram também vozes infantis 2.Texto Não-Literário Com a finalidade de compensar as possíveis irregularidades do piso, o seu freezer possui, na parte inferior dianteira, dois pés nivelados para um perfeito apoio no chão. (Manual de Instrução) Este pequeno objeto que agora descrevemos encontra-se sobre uma mesa de escritório e sua função é a de prender folhas de papel. Tem o formato semelhante ao de uma torre de igreja. É constituído por um único fio metálico que, dando duas voltas sobre si mesmo, assume a configuração de dois desenhos (um dentro do outro), cada um deles apresentando uma forma específica. Essa forma é composta por duas figuras geométricas: um retângulo cujo lado maior apresenta aproximadamente três centímetros e um lado menor de cerca de um centímetro e meio; um dos seus lados menores é, ao mesmo tempo, a base de um triângulo eqüilátero, o que acaba por torná-lo um objeto ligeiramente pontiagudo.(descrição de um clipe) Narração O relato de um fato, real ou imaginário, é denominado narração. Pode seguir o tempo cronológico, de acordo com a ordem de sucessão dos acontecimentos, ou o tempo psicológico, em que se privilegiam alguns eventos para atrair a atenção do leitor. A escolha do narrador, ou ponto de vista, pode recair sobre o protagonista da história, um observador neutro, alguém que participou do acontecimento de forma secundária ou ainda um especta-

3 Redação e Interpretação de textos 3 dor onisciente, que supostamente esteve presente em todos os lugares, conhece todos os personagens, suas idéias e sentimentos. As falas dos personagens podem ser apresentadas de três formas: discurso direto, em que o narrador transcreve de forma exata a fala do personagem; discurso indireto, no qual o narrador conta o que o personagem disse, e discurso indireto livre, em que se misturam os dois tipos anteriores. O conjunto dos acontecimentos em que os personagens se envolvem chama-se enredo. Pode ser linear, segundo a sucessão cronológica dos fatos, ou não-linear, quando há cortes na seqüência dos fatos. É comumente dividido em exposição, complicação, clímax e desfecho. Elementos da Narrativa * Personagens -Quem? Protagonista/Antagonista *Acontecimento -O quê? Fato *Tempo -Quando? Época em que ocorreu o fato *Espaço -Onde? Lugar onde ocorreu o fato *Modo Como? De que forma ocorreu o fato *Causa -Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato Com a fúria de um vendaval Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas férias escolares do mês de julho. Não pudera viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre. Não tinha nada para fazer, e isso estava me matando de aborrecimento. Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um ser humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava ver nada original, ou mesmo interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta, extremamente gorda, discutindo com um feirante. O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam, mas sei o que vi:a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca (e talvez o próprio homem) devido a sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou até mais. De repente, no auge de sua ira, avançou contra o homem já atemorizado e, tropeçando em alguns tomates podres que estavam no chão, caiu, tombou, mergulhou, esborrachou-se no asfalto, para o divertimento do pequeno público que, assim como eu, assistiu àquela cena incomum. Dissertação A exposição de idéias a respeito de um tema, com base em raciocínios e argumentações, é chamada dissertação. Nela, o objetivo do autor é discutir um tema e defender sua posição a respeito dele. Por essa razão, a coerência entre as idéias e a clareza na forma de expressão são elementos fundamentais. A dissertação é a forma de composição que consiste na posição pessoal sobre determinado assunto. Quanto à formulação dos textos, o discurso dissertativo pode ser: a) expositivo: consiste numa apresentação, explicação, sem o propósito de convencer o leitor. Não há intenção expressa de criar debate, pela contestação de posições contrárias às nossas. Ex.: Eu, se tivesse um filho, não me meteria a chefiá-lo como se ele fosse um soldado de chumbo. Teria que lhe dar uma certa autonomia, para que pudesse livremente escolher o seu clube de futebol, procurar os seus livros, opinar à mesa, sem que esta aparência de liberdade fosse além dos limites. Não queria que parecesse um ditador, nem tampouco um escravo. Os meninos mandões e os meninos passivos são duas deformações desagradáveis. (Edições O Cruzeiro O Vulcão e a Fonte)

4 4 Redação e Interpretação de textos b) argumentativo: consiste numa opinião que tenta convencer o leitor de que a razão está do lado de quem escreveu o texto. Para isso, lança-se mão de um raciocínio lógico, coerente, baseado na evidência das provas. Ex.: Em geral as pessoas morrem em torno dos trinta anos e são sepultadas por volta dos setenta. Leva quarenta anos para os outros perceberem que aquela pessoa está morta. Lembre-se: a vida é sempre uma incerteza. Somente o que é morto é certo, fixo, sólido. (Revista Motivação&Sucesso, Empresa ANTHROPOS Consulting) Redação técnica Há diversos tipos de redação não-literária, como os textos de manuais, relatórios administrativos, de experiências, artigos científicos, teses, monografias, cartas comerciais e muitos outros exemplos de redação técnica e científica. Embora se deva reger pelos mesmos princípios de objetividade, coerência e clareza que pautam qualquer outro tipo de composição, a redação técnica apresenta estrutura e estilos próprios, com forte predominância da linguagem denotativa. Essa distinção é basicamente produzida pelo objetivo que a redação técnica persegue: o de esclarecer e não o de impressionar. II PARTE TEXTO DISSERTATIVO/ ARGUMENTATIVO Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais. introdução, que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a idéia principal do texto. Teatro e escola, em princípio, parecem ser espaços distintos, que desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposição ao ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos pretensamente sérios, o teatro se configura como um espaço de lazer e diversão. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grécia antiga, veremos que teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que se imagina. (tese) desenvolvimento, formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente, em cada parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou comparações entre situações, épocas e lugares diferentes, pode também se apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas. O teatro grego apresentava uma função eminentemente pedagógica. Com suas tragédias, Sófocles e Eurípides não visavam apenas à diversão da platéia, mas também, e sobretudo, pôr em discussão certos temas que dividiam a opinião pública naquele momento de transformação da sociedade grega. Poderia um filho desposar a própria mãe, depois de ter assassinado o pai de forma involuntária (tema de Édipo Rei)? Poderia uma mãe assassinar os filhos e depois matar-se por causa de um relacionamento amoroso (tema de Medéia e ainda atual, como comprova o caso da cruel mãe americana que, há alguns anos, jogou os filhos no lago para poder namorar livremente)? Naquela sociedade, que vivia a transição dos valores místicos, baseados na tradição religiosa, para os valores da polis, isto é, aqueles resultantes da formação do Estado e suas leis, o teatro cumpria um papel político e pedagógico, à medida que punha

5 Redação e Interpretação de textos 5 em xeque e em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilização grega. Ir ao teatro, para os gregos, não era apenas uma diversão, mas uma forma de refletir sobre o destino da própria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores coletivos e individuais. Deixando de lado as diferenças obviamente existentes em torno dos gêneros teatrais (tragédia, comédia, drama), em que o teatro grego, quanto a suas intenções, diferia do teatro moderno? Para Bertold Brecht, por exemplo, um dos mais significativos dramaturgos modernos, a função do teatro era, antes de tudo, divertir. Apesar disso, suas peças tiveram um papel essencial pedagógico voltadas para a conscientização de trabalhadores e para a resistência política na Alemanha nazista dos anos 30 do século XX. O teatro, ao representar situações de nossa própria vida sejam elas engraçadas, trágicas, políticas, sentimentais, etc. põe o homem a nu, diante de si mesmo e de seu destino. Talvez na instantaneidade e na fugacidade do teatro resida todo o encanto e sua magia: a cada representação, a vida humana é recontada e exaltada. O teatro ensina, o teatro é escola. É uma forma de vida de ficção que ilumina com seus holofotes a vida real, muito além dos palcos e dos camarins. * Conclusão, que geralmente retoma a tese, sintetizando as idéias gerais do texto ou propondo soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em uma idéia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos significados ao texto. Que o teatro seja uma forma alternativa de ensino e aprendizagem, é inegável. A escola sempre teve muito a aprender com o teatro, assim como este, de certa forma, e em linguagem própria, complementa o trabalho de gerações de educadores, preocupados com a formação plena do ser humano. (conclusão). Quisera as aulas também pudessem ter o encanto do teatro: a riqueza dos cenários, o cuidado com os figurinos, o envolvimento da música, o brilho da iluminação, a perfeição do texto e a vibração do público. Vamos ao teatro? (elemento-supresa) ( Teatro e escola: o papel do educador: Ciley Cleto, professora de Português). Atenção: a linguagem do texto dissertativoargumentativo costuma ser impessoal, objetiva e denotativa. Mais raramente, entretanto, há a combinação da objetividade com recursos poéticos, como metáforas e alegorias. Predominam formas verbais no presente do indicativo e emprega-se o padrão culto e formal da língua. ORDEM LÓGICA Na dissertação, é importantíssima a ordenação lógica das idéias. Pode-se iniciar o parágrafo por uma generalização, acrescentando-se-lhe fatos que a fundamentem, ou partir dos detalhes para chegar à conclusão. No parágrafo a seguir, a ordem lógica é evidente. Ele se inicia com uma generalização(tópico frasal),seguindo-se as especificações que a fundamentam, e termina por uma conclusão claramente enunciada, em que amplia o sentido da declaração introdutória: A mocidade é essencialmente generalizadora. Os casos particulares não interessam. A análise, exigindo demora e paciência, repugna ao espírito imediatista da mocidade, que não quer apenas mas quer já. E quer em linhas gerais que tudo abranjam. Esse espírito de fácil generalização leva os moços a concluírem com facilidade e a julgarem de tudo e de todos com precipitação e vasta dose de suficiência. Tudo isso, porém, é utilíssimo para os grandes empreendimentos que exigem certa dose de temeridade para serem levados avante. A mocidade é naturalmente totalitária e as soluções parciais não lhe interessam ou pelo menos não a satisfazem. (A.Amoroso Lima, Idade, sexo e tempo.p.72). Como se vê, pelo trecho citado, a ordem lógica depende em grande parte do encadeamento dos componentes da frase por meio da associação de idéias. Mas não é ordem apenas verbal ou sintática, pois implica um processo de raciocínio. (Othon Garcia, Comunicação em prosa moderna)

6 6 Redação e Interpretação de textos RESUMO / SÍNTESE O resumo é uma condensação fiel das idéias ou dos fatos contidos num texto. Para reduzir um texto ao seu esqueleto essencial, não se deve perder de vista as suas partes principais, a ordem em que aparecem e a correlação estabelecida entre as idéias. Não podem ser introduzidos comentários ou conclusões pessoais. O resumo, com redução de um texto, deve evitar ser apenas uma colagem de frases retiradas do original, precisa procurar um estilo objetivo com vocabulário próprio de quem o redige. Deve-se flexionar os verbos na 3ª pessoa. ESTRUTURANDO O PARÁGRAFO Além da estrutura global do texto dissertativoargumentativo, é importante conhecer a estrutura de uma de suas unidades básicas: o parágrafo. Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma idéia-núcleo, que é desenvolvida por idéias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou idéia principal do texto, geralmente apresentada na introdução. Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a idéia-núcleo, as idéias secundárias (que desenvolvem a idéia-núcleo), a conclusão. Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão. Conheça a estrutura-padrão a seguir, observando sua organização interna. (idéia-núcleo) A poluição, que se verifica principalmente nas capitais do país, é um problema relevante, para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade.(idéia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua legislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando filtro de controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já ocorre em São Paulo. (conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à poluição e apenas onerar as contas públicas. Observe que todo o parágrafo se organiza em torno do primeiro período, que expõe o ponto de vista do autor sobre como combater a poluição. O segundo período desenvolve e fundamenta a idéianúcleo, apontando como cada um dos setores desenvolvidos pode contribuir. O último período conclui o parágrafo, reforçando a idéia-núcleo. Elemento Relacionador Esse elemento não é obrigatório, mas geralmente está presente a partir do segundo parágrafo; visa a estabelecer um encadeamento lógico entre as idéias e serve de elo entre o parágrafo entre si e o tópico que o antecede. Exemplo de um parágrafo e suas divisões: Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha, pois provocará de imediato violenta elevação do consumo; o Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Enfim, viveremos o caos. (Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) Elemento relacionador : Nesse contexto. Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha. Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda Conclusão: Enfim, viveremos o caos. (Obra consultada: MOURA,Fernado. Nas Linhas e Entrelinhas, 6ª edição, Ed.Vestcon) OUTRAS FORMAS DE ESTRUTURAÇÃO DE PARÁGRAFO 1. Retomada da palavra-chave a) O contribuinte brasileiro precisa receber um melhor tratamento das autoridades fiscais. b) Ele é vítima constante de um Leão sempre descontente de sua mordida.

7 Redação e Interpretação de textos 7 c) Não há ano em que se sinta a salvo. d) É sempre surpreendido por novas regras, novas alíquotas, novos assaltos ao seu bolso. A palavra-chave do parágrafo é contribuinte brasileiro (frase A), ela é retomada nas frases seguintes pelo mecanismo de coesão. Na frase B, contribuinte brasileiro é substituído pelo pronome ele. Nas frases C e D, aparece como sujeito oculto de se sinta e de é sempre surpreendido. Em resumo: O termo contribuinte está presente em todos os enunciados; basta retomar a palavrachave a cada frase (sem repeti-la), acrescentando sempre uma informação nova a seu respeito. Um texto todo escrito dessa forma se tornaria monótono e o leitor logo se cansaria. 2. Por encadeamento a) A Receita Federal precisa urgentemente estabelecer regras constantes que facilitem a vida do brasileiro. b) Essas regras não podem variar ao sabor da troca de ministros. c) Cada um que entra se acha no direito de alterar o que foi feito anteriormente. A estrutura do parágrafo é diferente do anterior. A frase B retoma a palavra regras da frase A, e a frase C retoma ministros (cada um) da frase B, num encadeamento de frase para frase. Por esse método, o parágrafo pode prolongar-se até onde acharmos conveniente. A escolha da palavra a ser retomada é puramente pessoal. 3. Por divisão a) Agindo assim, a única coisa que se faz de concreto é perpetuar dois tipos de contribuintes que bem conhecemos. b) O que paga em dia seus tributos e o que sonega a torto e a direito. c) Enquanto este continua livre de qualquer punição, aquele é vítima de impostos cada vez maiores. d) A impressão que se tem é de que mais vale ser desonesto que honesto. Nesse tipo de estrutura, a frase inicial delimita o campo explanatório ao dividir os contribuintes em dois tipos. Quando isso acontece, o desenvolvimento do parágrafo restringe-se a explicar os componentes dessa divisão. A frase B esclarece quais são esses dois tipos de contribuintes. A frase C explica o que acontece com cada um deles. E a frase D conclui o assunto. 4. Por recorte a) Se o brasileiro é empurrado para a sonegação é porque há razões muito fortes para isso. b) Ninguém sabe para onde vai o dinheiro arrecadado. c) O que deveria ser aplicado na educação e na saúde some como por milagre ninguém sabe onde. d) Há muitos anos que não se fazem investimentos em transportes. e) Grande parte da população continua sofrendo por falta de moradia. f) Paga-se muito imposto em troca de nada. A frase que inicia o parágrafo tem sentido muito amplo. A palavra razões leva-nos a pensar muita coisa de uma só vez. Quando isso acontece, devemos fazer um recorte nas idéias que ela suscita, escolher apenas um ângulo para ser explorado, fazendo uma enumeração dos exemplos mais pertinentes. As frases seguintes (C,D e E) exemplificam as áreas para as quais deveria convergir o imposto. A frase F conclui, afirmando que há tanta sonegação. Com intenção puramente didática, foram passadas algumas formas de se construir um parágrafo. O ideal é combinar com habilidade no mesmo parágrafo duas técnicas diferentes, usar estrutura mista, conforme o exemplo seguinte: Todos nós lidamos diariamente com os números. Todavia, poucos são aqueles que percebem que os números têm um sentido muito mais amplo que o de simples instrumento de medição. Na verdade, os números têm características e significados que lhes são próprios. A compreensão dessas características e significados leva a um caminho de descoberta, ainda que apenas de autodescoberta. Esse caminho, quando acertado, pode trazer grande compensação em termos de felicidade e sucesso. (Obra consultada: Roteiro de Redação, Antonio Carlos Viana(coord.))

8 8 Redação e Interpretação de textos SUGESTÃO DE PRODUÇÃO DE TEXTO COM BASE EM ESQUEMAS Os esquemas apresentados a seguir servirão de roteiro para a estruturação de seu texto dissertativo. Ao selecionar os seus argumentos, você deve articular as suas idéias com coerência seqüencial e consistência argumentativa. ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO Esquema de dissertação nº 1 1º parágrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 +argumento 3 2 parágrafo :desenvolvimento do argumento 1 3 parágrafo: desenvolvimento do argumento 2 4 parágrafo: desenvolvimento do argumento 3 5 parágrafo: expressão inicial + reafirmação do tema + observação final. EXEMPLO: TEMA: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos. POR QUÊ? *arg. 1: Existem populações imersas em completa miséria. *arg. 2: A paz é interrompida freqüentemente por conflitos internacionais. *arg. 3: O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Texto definitivo Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida freqüentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou. Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras. Sugestão de exercício: TEMA: Em todo o mundo, verifica-se um aumento generalizado da violência. AS RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQÜÊNCIA Esquema de dissertação n 2 1 parágrafo: apresentação do TEMA (com ligeira ampliação) 2 parágrafo: Causa (com explicações adicionais) 3 parágrafo: Conseqüência (com explicações adicionais) 4 parágrafo: Expressão inicial + reafirmação do TEMA + observação final. Para encontrarmos uma causa, perguntamos POR QUÊ? ao tema. No sentido de encontrar uma conseqüência para o problema enfocado no tema, cabe a seguinte pergunta: O QUE ACONTECE EM RAZÃO DISSO?

9 Redação e Interpretação de textos 9 EXEMPLO 1: TEMA: O Brasil tem enfrentado, nestes últimos anos, gravíssimos problemas econômicos. CAUSA: Nosso país contraiu uma dívida externa de proporções incalculáveis. CONSEQÜÊNCIA: Durante muito tempo canalizaremos uma enorme verba para o pagamento dessa dívida, em vez de utilizar esse capital em obras que beneficiem a população. EXEMPLO 2: TEMA: A maior parte da classe política brasileira não goza de muito prestígio e confiabilidade por parte da população. CAUSA: A maioria dos parlamentares preocupa-se muito mais com a discussão dos mecanismos que os fazem chegar ao poder do que com os problemas reais da população. CONSEQÜÊNCIA: Os grandes problemas que afligem o povo brasileiro deixam de ser convenientemente discutidos. Sugestão de exercício: TEMA: O aumento dos preços tem sido superior ao reajuste salarial concedido aos trabalhadores. A ABORDAGEM DE TEMAS POLÊMICOS Esquema de dissertação nº 3 1 parágrafo: apresentação do TEMA. 2 parágrafo: análise dos aspectos favoráveis. 3º parágrafo: análise dos aspectos contrários. 4 parágrafo: expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao TEMA + observação final. EXEMPLO 1 TEMA: O controle da natalidade é de fundamental importância nos países subdesenvolvidos. ASPECTOS FAVORÁVEIS: Nos países onde grande parte da população vive em estado de miséria absoluta, é imprescindível que o governo possibilite às famílias carentes os mecanismos necessários para o planejamento da sua prole. Assim, os pais, impedindo o crescimento exagerado de cada família, teriam melhores condições de subsistência. ASPECTOS CONTRÁRIOS: Ao Estado cabe, em vez de tentar impor o controle da natalidade, criar condições satisfatórias de vida para as famílias pobres que possuem um grande número de filhos, principalmente em países de grande extensão territorial e de áreas ainda não ocupadas. EXEMPLO 2 TEMA:Deveríamos permitir que os jovens maiores de dezesseis anos pudessem conseguir a carteira de habilitação, mediante a permissão dos pais. ASPECTOS FAVORÁVEIS: Muitos adolescentes, aos dezesseis anos, encontram-se capacitados para dirigir veículos dos mais diferentes tipos. Apresentam-se por vezes como excelentes motoristas, melhores até que muitos que já ultrapassaram a idade exigida pela lei atual. ASPECTOS CONTRÁRIOS: Embora o adolescente(dentro da faixa etária compreendida entre dezesseis e dezoito anos) possa apresentar-se apto para a condução de veículos, poderiam faltarlhe, pelas condições psicológicas que caracterizam a adolescência, certos pré-requisitos indispensáveis para a obtenção da carteira de habilitação. Entre eles citamos: senso de responsabilidade e equilíbrio emocional constante. Sugestão de exercício: TEMA: O alto índice de criminalidade, em nossos dias, deve-se basicamente às péssimas condições de vida da maioria dos brasileiros. A RETROSPECTIVA HISTÓRICA Esquema de dissertação n 4 1º parágrafo: estabelecimento do TEMA 2 parágrafo: retrospectiva histórica (época mais distante) 3 parágrafo: retrospectiva histórica (época mais próxima e época atual) 4 parágrafo: expressão inicial + retomada do TEMA (agora sob uma perspectiva histórica)

10 10 Redação e Interpretação de textos EXEMPLO: TEMA: A mulher tem conseguido um grande avanço na luta pela sua emancipação, em nossa sociedade. ÉPOCA MAIS DISTANTE: No passado, a mulher não tinha qualquer direito a uma participação maior na vida socioeconômica de sua comunidade. Seu papel era limitado às funções domésticas. ÉPOCA MAIS PRÓXIMA: Foi somente neste século que conseguiu firmar-se como um ser participante. Adquiriu o direito de instruir-se, de votar, de ocupar postos governamentais, podendo prestar sua colaboração na construção de uma nova sociedade. Sugestão de exercício: TEMA: A capacidade destrutiva do homem cresce na exata proporção em que a Ciência possibilita o avanço tecnológico. (Técnicas Básicas de Redação, Branca Granatic) CONSTRUINDO O TEXTO A ARTICULAÇÃO DOS PARÁGRAFOS Na organização de um texto, é fundamental a interligação entre os parágrafos. São eles que conduzem nosso processo reflexivo. Funcionam como partes de um todo e devem articular-se de forma perfeita para que a informação não se disperse. 1. Articulação por desmembramento do primeiro parágrafo Tomemos o texto de Bertrand Russell, Minha Vida, a fim de melhor aprendermos a forma como ele está construído: Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governaram minha vida:o desejo imenso de amor, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade. Essas paixões, como os fortes ventos, levaram-me de um lado para outro, em caminhos caprichosos, para além de um profundo oceano de angústia, chegando à beira do verdadeiro desespero. Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase - êxtase tão grande que sacrificaria o resto de minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Procurei-o, também, porque abranda a solidão - aquela terrível solidão em que uma consciência horrorizada observa, da margem do mundo, o insondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente, porque na união do amor vi, em mística miniatura, a visão prefigurada do paraíso que santos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e, embora pudesse parecer bom demais para a vida humana, foi o que encontrei. Com igual paixão busquei o conhecimento. Desejei conhecer o coração dos homens. Desejei saber por que as estrelas brilham. E tentei apreender a força pitagórica pela qual o número se mantém acima do fluxo. Um pouco disso, não muito, encontrei. Amor e conhecimento, até onde foram possíveis, conduziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de gritos de dor reverberam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desprotegidos - odiosa carga para seus filhos - e o mundo inteiro de solidão, pobreza e dor transformam em arremedo o que a vida humana poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas não posso, e também sofro. Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivida e vivê-la-ia de novo com a maior alegria se a oportunidade me fosse oferecida. O texto é constituído de cinco parágrafos que se encadeiam de forma coerente, a partir das palavras-chave vida e paixões do primeiro parágrafo: Palavras-chave: 1º parágrafo - vida / paixões 2º parágrafo - amor 3º parágrafo - conhecimento 4º parágrafo - compaixão 5º parágrafo - vida Pode-se dizer que esse é um texto bem estruturado, pois em momento algum Bertrand Russell foge ao assunto que se propôs desenvolver. Os parágrafos encadeiam-se com naturalidade, fluindo com clareza para um fim, devido à forma como foram construídos. Tudo está amarrado ao primeiro parágrafo, que é a base da construção de um texto.

11 Redação e Interpretação de textos Articulação por introdução de elementos novos a cada parágrafo Nascimento e morte do Universo, de John Gribbin, vai nos mostrar uma outra maneira de construir um texto, no que se refere ao encadeamento dos parágrafos: Os cosmólogos sentem-se hoje muito perto de poder responder à velha pergunta dos filósofos: de onde viemos, para onde vamos? Não é necessário ser um homem de ciência para ter ouvido falar do BIG BANG, expressão que descreve o nascimento do Universo sob a forma de uma bola de fogo, há cerca de 15 bilhões de anos. Mas mesmo entre os estudiosos, são poucos os que sabem algo mais acerca dessa teoria. A tese que liga o nascimento do Universo a seu fim deve muito à combinação de duas grandes conquistas da física do século XX: a relatividade geral e a teoria dos quanta. Pesquisadores como Jayant Narlikar, da Índia, e Jim Hartle, da Califórnia, assim como diversos especialista soviéticos, deram sua contribuição. Mas aquele cujo nome está mais estreitamente associado a essa descoberta é Stephen Hawking, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Hawking é, certamente, muito conhecido hoje como o autor de um best-seller sobre a natureza do tempo, mas também como vítima de uma doença que o confina a uma cadeira de rodas, podendo comunicar-se apenas com os movimentos de uma das mãos, da qual se serve para soletrar laboriosamente palavras e frases com a ajuda de um pequeno computador. Mas muito antes de ter atingido a celebridade, Hawking já havia sido reconhecido por seus pares como um dos mais originais e bem-dotados pensadores de sua geração. Durante 20 anos, seus trabalhos concentraramse no estudo da singularidade - isto é, um ponto de matéria de densidade infinita e de volume nulo, como deve existir (segundo a teoria geral da relatividade) no coração dos buracos negros, ou tal como deve existido na origem do universo. O Universo pode ser descrito, na verdade, com as mesmas equações de um buraco negro. Um buraco negro é uma região no espaço na qual a matéria está de tal forma concentrada, e exerce uma forma de atração gravitacional tão poderosa, que a própria luz não pode se afastar de sua superfície. Os objetos exteriores podem nele aglutinar, mas nada do que existe em um buraco negro pode ser diretamente percebido do exterior. Um buraco negro pode-se formar quando uma estrela um pouco mais maciça que nosso sol, chegando ao fim da vida, contrai-se sobre si mesma. As equações da relatividade geral mostram que toda estrela que se colapsa no interior de um buraco deve efetivamente se contrair até o estado final de uma singularidade. Os estudiosos desconfiam das singularidades, e mais genericamente das equações contendo quantidades infinitas: eles tendem a considerá-las como um indício de que há alguma falha em seus cálculos. Mas, uma vez que a relatividade geral já havia demonstrado brilhantemente sua veracidade, tiveram que se resignar a aceitar a idéia das singularidades, das quais ela prediz a existência. É nesse ponto que Hawking coloca fogo nas cinzas: ele mostra que as equações em virtude das quais se prova o colapso de uma estrela produz uma singularidade que levam igualmente a pensar no nascimento do Universo a partir de uma singularidade. As palavras-chave de Gribbin são nascimento do Universo e Big Bang. Observe que uma dessas palavras aparece sempre direta ou indiretamente a cada passo do texto. A elas se juntarão outras que darão especificamente a unidade da cada parágrafo. Vamos observar como Gribbin foi construindo seu texto: No primeiro parágrafo, ele pergunta de onde viemos, para onde vamos, e depois introduz o assunto de que vai tratar:o Big Bang. Ao final do parágrafo, Gribbin afirma que, entre os estudiosos do assunto, são poucos os que conhecem algo mais acerca dessa teoria no nascimento do Universo. O segundo parágrafo começa retomando essa teoria. Mas, em vez de usar a palavra teoria, ele preferiu usar o recurso de coesão da palavra quase-sinônima, tese. A essa tese se associam os nomes de dois pesquisadores: Jayant Narlikar e Jim Hartle. Ao terminar o parágrafo, Gribbin diz que o nome que está mais associado a essa nova teoria sobre o nascimento do Universo é o físico Stephen Hawking. É com o nome de Hawking que ele começa o terceiro parágrafo, que só tratará da figura desse físico. Mas, no seu final, já aparece uma outra palavra - Universo - com a qual iniciará o parágrafo seguinte.

12 12 Redação e Interpretação de textos O quarto parágrafo descreve o buraco negro a fim de explicar o Universo. No final aparece a palavra singularidade, que servirá de abertura para o quinto parágrafo. O texto de John Gribbin estende-se por mais quatro páginas, sempre seguindo essa forma de construção: o parágrafo encaminha-se para uma nova palavra que será o início do seguinte, mas sem perder de vista as palavras - chave: Big Bang e Universo. Ao chegar à conclusão, escreve Gribbin: Todo texto bem escrito obedece a uma hierarquia de informações, que se dividem em parágrafos, isto é, o texto avança em partes semanticamente organizadas de modo que as informações não se atropelem. Mas o avanço das informações deve ser costurado, ou então será apenas uma seqüência avulsa de dados. É como se disséssemos, como no velho ditado: uma coisa puxa a outra. Para que esta costura seja clara e lógica, a língua dispõe de uma série de recursos coesivos, que são aquelas palavras que estabelecem relação entre o que foi dito (elementos anafóricos) e o que se vai dizer (elementos catafóricos) que ligam uma coisa com outra. Essas palavras são chamadas de relatores. Preste atenção nas palavras em negrito no texto a seguir: Pede-se atenção ao teste que se segue. Era uma vez uma terra distante onde todo mundo trabalhava naquilo que mais gostava e, mesmo assim só quando acordasse disposto. Nesse lugar, escola e assistência médica eram gratuitas, ninguém pagava aluguel e, nas horas de folga, todos se dedicavam à dança, ao teatro, à música e às artes em geral. Desse modo, os cosmólogos responderam à pergunta acerca de onde vem nosso Universo e para onde vai. Segundo eles, vivemos em um gigantesco buraco negro que encerra todo o cosmo. Surgido do nada como uma flutuação quântica do vazio, o Universo continuou sua expansão durante 15 bilhões de anos, mas em um ritmo bem decrescente. Em um determinado momento de um futuro mais distante, a força da atração da gravidade dará um fim inevitavelmente a essa expansão e mudará seu sentido.(...) Veja que o parágrafo conclusivo retoma o problema suscitado no parágrafo-chave: de onde viemos, para onde vamos. Gribbin une, assim, as duas pontas do texto, fechando. É como se o texto desenhasse um círculo que, depois de sua trajetória, retomasse seu ponto de origem para alcançar a conclusão. COESÃO E COERÊNCIA I - Estrutura Textual Dissertativa Coesão textual Veja que em si essas palavras pouco significam elas apenas apontam para outras palavras. Tais relatores são elementos extremamente importantes da linguagem escrita: a eles devemos a precisão e a clareza de um texto. Os relatores são também fundamentais na costura dos parágrafos. Cada parágrafo novo deve contar com as informações dos parágrafos anteriores, que não precisam ser repetidas, mas que devem ser levadas em conta para que o texto não se transforme numa mera colagem de informações avulsas, sem relação entre si. De alguma forma, o início do parágrafo seguinte deve relacionar-se com o que foi dito antes. Por exemplo, o segundo parágrafo de um texto começa assim: Quem escolheu a resposta D acertou na mosca (...). É claro que isso só faz sentido para quem já leu o parágrafo anterior. Só assim sabemos o que é resposta D. Anáfora e Catáfora Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas. A remissão anafórica(para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa(retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios, artigos e outros. Exemplos: 1. A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia lembrar-se do que havia acontecido e como fora parar ali. 2. Márcia olhou em torno de si. Seus pais e seus irmãos observavam-na com carinho.

13 Redação e Interpretação de textos O concurso selecionará os melhores candidatos. O primeiro deverá desempenhar o papel principal na nova peça. 4. O juiz olhou para o auditório. Ali estavam os parentes e amigos do réu, aguardando ansiosos o veredito final. 5. Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que serviram até de porta de galinheiro. (sinônimos) 6. Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha morrido tão cedo. (epíteto-expressão que qualifica a pessoa) 7. O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessão às oito horas em ponto e (ele) fez então seu discurso emocionado.(elipse) 8. Lygia Fagundes Teles é uma das principais escritoras brasileiras da atualidade. Lygia é autora de Antes do baile verde, um dos melhores livros de contos de nossa literatura. (repetição de parte do nome) A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos: 1. O incêndio havia destruído tudo: casas, móveis, plantações. 2. Desejo somente isto: que me dêem a oportunidade de me defender das acusações injustas. 3. O enfermo esperava uma coisa apenas: o alívio de seus sofrimentos. 4. Ele era tão bom, o presidente assassinado! Coerência textual diz respeito ao modo como os elementos subjacentes à superfície textual vêm a constituir, na mente dos interlocutores, uma configuração veiculadora de sentido. (KOCK, Ingedore Villaça). É a relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Mas não basta costurar uma frase a outra para dizer que estamos escrevendo bem. Além da coesão, é preciso pensar na coerência. É possível escrever um texto coeso sem ser coerente. Observe: Os problemas de um povo têm de ser resolvidos pelo presidente. Este deve ter ideais muito elevados. Esses ideais se concretizarão durante a vigência de seu mandato. O seu mandato deve ser respeitado por todos. Ninguém pode dizer que falta coesão a esse parágrafo. Mas de que ele trata mesmo? Dos problemas do povo? Do presidente? Do seu mandato? Fica difícil dizer. Embora ele tenha coesão, não tem coerência. A coesão não funciona sozinha. No exemplo acima, teríamos que, de imediato, decidir qual a sua palavra-chave: presidente ou problemas do povo? A palavra escolhida daria estabilidade ao parágrafo. Sem essa base estável, não haverá coerência no que se escrever, e o resultado será um amontoado de idéias. Enquanto a coesão se preocupa com a parte visível do texto, sua superfície, a coerência vai mais longe, preocupa-se com o que se deduz do todo. Na verdade a coerência não está no texto, ela deve ser construída a partir dele, levando-se, portanto, em conta os recursos coesivos presentes no texto, funcionando como pistas para orientar o interlocutor na construção do sentido. A coerência exige uma concatenação perfeita entre as diversas frases, sempre em busca de uma unidade de sentido. Não se pode dizer, por exemplo, numa frase, que o desarmamento da população pode contribuir para diminuir a violência, e, na seguinte, escrever: Além disso, o desemprego tem aumentado substancialmente. É evidente a incoerência existente entre elas. Assim também é incoerente defender o ponto de vista contrário a qualquer tipo de violência e ser favorável à pena de morte, a não ser que não se considere a ação de matar como uma ação violenta. (Obra consultada: Roteiro de Redação- VIANA, Antônio Carlos -coord. et al)

14 14 Redação e Interpretação de textos RELAÇÕES LÓGICAS O texto de opinião (argumentativo), escrito para se defender ou para se atacar uma idéia, um ponto de vista qualquer, trabalha fundamentalmente com relações lógicas. E a língua concretiza essas relações lógicas através de relatores específicos que estabelecem uma ponte lógica entre o que se disse e o que se vai dizer: mas, porque, pois, se, quando, no entanto, apesar de, etc. Observe esse exemplo: Os problemas sociais não são resolvidos porque não há vontade política de resolvê-los. Nesse tipo de relação, apresenta-se um fato (os problemas sociais não são resolvidos) e a causa ( não há vontade política de resolvê-los). Observe que a ordem dos elementos pode ser alterada, o relator pode ser outro, mas a natureza da relação (causa e efeito direto) permanece inalterada: Não há vontade política de resolver os problemas sociais e por isso eles não são resolvidos. INDICAÇÕES DE CIRCUNSTÂNCIAS RE- LAÇÕES DE SENTIDO Chama-se circunstância a condição particular que acompanha um fato. Um grupo de palavras pertence a mesma área semântica, quando elas, num determinado contexto, têm em comum um traço semântico que as aproxime. Circunstância de CAUSA- vocabulário semântico O processo mais comum de expressarmos as circunstâncias de causa é nos servirmos de conjunções adverbiais ou palavras que significam causa: * substantivos: motivo, razão, explicação, fundamento, desculpa, pretexto, o porquê, embrião e outros. * conjunções (e locuções): porque, visto que, pois, por isso que, já que, uma vez que, porquanto, na medida em que, como, etc. * preposições(e locuções): por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em conseqüência de, por motivo de, por razões de, por falta de, etc. Não esqueça: há muitos modos de marcar essa relação, além dos populares porque e por isso. Veja mais alguns: Como não há vontade política de resolver os problemas sociais, eles não se resolvem. Já que não há vontade política, os problemas sociais não se resolvem. Podemos também estabelecer relações de causa e efeito pelo uso de alguns verbos. Veja: A falta de vontade política impede a solução dos problemas sociais. Decorre da falta de vontade política a ausência de solução para os problemas políticos. Circunstância de CONSEQÜÊNCIA, FIM, CONCLUSÃO Se o fato determinante de outro é a sua causa, esse outro é a sua conseqüência. A conseqüência desejada é o fim (propósito, objetivo). Verifique os exemplos seguintes: Causa: Os motoristas fizeram greve porque desejavam aumento de salário. Fim: Os motoristas fizeram greve para conseguir aumento de salário. Conseqüência: Os motoristas fizeram tantas greves que conseguiram aumento de salário. Atenção: Em sentido inverso, partindo-se da conseqüência, chega-se à causa. Observe: Causa: Os motoristas conseguiram aumento de salário, porque fizeram greve.

15 Redação e Interpretação de textos 15 Vocabulário semântico de conseqüência, fim e conclusão. 1. FIM, PROPÓSITO, INTENÇÃO * substantivos: projeto,objetivo, finalidade, meta, pretensão, etc. * partículas e locuções: com o propósito de, com a intenção de, com o fito de, com o intuito de, de propósito, intencionalmente além das preposições para, a fim de, e as conjunções afim de que, para que. PRONOMES RELATIVOS: que quem - cujo onde Ao empregar um pronome relativo, devemos ter o seguinte cuidado: 1. Observar a palavra a que ele se refere para evitar erros de concordância verbal Encontramos um bom número de pessoas que estavam reivindicando os mesmos direitos dos vinte funcionários vitoriosos. (que = as quais- pessoas) 2. CONSEQÜÊNCIA, RESULTADO, CON- CLUSÃO substantivos: efeito, seqüência, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho, desenlace, etc. verbos: decorrer, derivar, provir, vir de, ter origem em, resultar, promanar, etc. partículas e locuções: pois, por isso, por conseqüência, conseqüentemente, logo, então, por causa disso, em virtude disso, devido a isso, em vista disso, visto isso, à conta disso, como resultado, em conclusão, em suma, em resumo, enfim Vocabulário semântico na área de oposição substantivos: antagonismo,polarização,r eação, resistência, competição, hostilidade, contraposição, obstáculo, empecilho, óbice impedimento,objeção, contrapeso verbos: ir de encontro a, defrontarse,enfrentar, reagir, impedir, estorvar, obstar, objetar,opor-se, contrapor-se preposições, locuções prepositivas e adverbiais: apesar de, a despeito de, sem embargo de, não obstante, malgrado, ao contrário, em contraste com, em oposição a, contra, às avessas. Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, senão(adversativas); embora, se bem que, ainda que, posto que, conquanto, em que pese a, muito embora,mesmo que. 2.Observar o fragmento de frase de que faz parte. Pode haver um verbo ou um substantivo que exija uma preposição. Nesse caso, ela deve preceder o pronome relativo. Ninguém conseguiu até hoje esquecer a cilada de que ele foi vítima. (de que= da qual cilada). A preposição de foi exigida pelo substantivo vítima. As dificuldades a que você se refere são normais dentro de sua carreira. (a que= às quais dificuldades). O verbo referir-se pede a preposição a. AS TRANSIÇÕES Alguns dos conectores citados também aparecem iniciando frases, como se fossem uma espécie de ponte entre um pensamento e outro. O conhecimento desses elementos de transição ajuda a dar maior organicidade ao pensamento, o que faz o texto progredir mais facilmente. Saber usar os termos de transição deve ser uma preocupação constante de quem deseja escrever bem. Eles são muito úteis ao mudarmos de parágrafo porque estabelecem pontes seguras entre dois blocos de idéias. Eis os mais importantes e suas respectivas funções: 1. Afetividade: felizmente, queira Deus, pudera, Oxalá, ainda bem (que). 2. Afirmação: com certeza, indubitavelmente, por certo, certamente, de fato. 3. Conclusão: em suma, em síntese, em resumo 4. Conseqüência: assim, conseqüentemente, com efeito. 5. Continuidade: além de, ainda por cima, bem como, também.

16 16 Redação e Interpretação de textos Prática 6. Dúvida: talvez, provavelmente, quiçá. 7. Ênfase: até, até mesmo, no mínimo, no máximo, só. 8. Exclusão: apenas, exceto, menos, salvo, só, somente, senão. 9. Explicação: a saber, isto é, por exemplo. 10. Inclusão: inclusive, também, mesmo, até. 11. Oposição: pelo contrário, ao contrário de. 12. Prioridade: em primeiro lugar, primeiramente, antes de tudo, acima de tudo, inicialmente. 13. Restrição: apenas, só, somente, unicamente. 14. Retificação: aliás, isto é, ou seja. 15. Tempo: antes, depois, então, já, posteriormente. Exercícios 1. Os textos abaixo necessitam de conectores para sua coesão. Empregue as partículas que estão entre parênteses no lugar adequado. a) Uma alimentação variada é fundamental seu organismo funcione de maneira adequada. Isso significa que é obrigatório comer alimentos ricos em proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Esses alimentos são essenciais. Você esteja fazendo dieta para emagrecer, não elimine carboidratos, proteínas e gorduras de seu cardápio. Apenas reduza as quantidades. Você emagrece sem perder saúde. (assim, mesmo que, para que) b) Toda mulher responsável pelos cuidados de uma casa já teve em algum momento de sua vida vontade de jogar tudo para o alto, quebrar os pratos sujos, mandar tudo às favas, fechar a porta de casa e sair. Já sentiu o peso desse encargo como uma rotina embrutecedora, que se desfaz vai sendo feito. Não é feito, nos enche de culpas e acusações, quando concluído ninguém nota, a mulher não faz mais nada que sua obrigação. (quando, pois, à medida que) c) Nem sempre é fácil identificar a violência. Uma cirurgia não constitui violência, visa ao bem do paciente, é feita com o consentimento do doente. Será violência a operação for realizada sem necessidade ou o paciente for usado como cobaia de experimento científico sem a devida autorização. (mas certamente, se, se, primeiro porque, depois porque, por exemplo). 2. Reúna as diversas frases num só período por meio de conjunções e pronomes relativos. Faça as devidas alterações de estrutura. a) O camembert é um dos queijos mais consumidos no mundo. Só se tornou popular durante a Primeira Guerra. Conquistou os soldados nas trincheiras. b) As moscas conseguem detectar tudo o que acontece à sua volta. Têm olhos compostos. Seus olhos lhes dão uma visão de praticamente 360 graus. c) Tratava-se de uma pessoa. Essa pessoa tinha consciência. Seu lugar só poderia ser aquele. Lutaria até o fim para mantê-lo. d) Ele ficava à cata das pessoas. Queria conversar. As pessoas não lhe davam a menor atenção. e) Ele era auxiliado em suas pesquisas por uma professora. Ele morava numa pensão. Ele se casaria mais tarde com essa professora.

17 Prática Redação e Interpretação de textos 17 f ) Era um cais de quase dois quilômetros de extensão. Gostávamos de caminhar ao longo desse cais. O tempo era sempre feio e chuvoso. g) Era um homem de frases curtas. A boca desse homem só se abria para dizer coisas importantes. Ninguém queria falar dessas coisas. 3. A coesão das frases abaixo está prejudicada por causa da ausência dos pronomes relativos. Faça a devida conexão, usando as preposições quando verbo assim o exigir. a) Enxergo, em atitudes desse tipo, uma questão mais profunda, é a falta de consciência profissional. Uma sociedade acontecem casos assim nunca será respeitada. b) A escola é o lugar podem sair futuros cidadãos conscientes se poderá construir uma nação mais crítica de si mesma. c) O lixo doméstico a maioria dos países não reaproveita é um dramático problema. Imaginemos então o lixo atômico não há espaço. Ainda não se chegou a uma tecnologia adequada para manuseá-lo. Outra questão muito séria é a do lixo industrial poucos sabem lidar. São vinte bilhões de toneladas por ano temos de nos livrar. d) O arrocho salarial certos governantes tanto insistem leva o trabalhador ao desespero. Além disso, os juros os comerciantes tanto se queixam anulam as vias de crédito. Este perverso quadro econômico todos vivenciamos há anos não pode continuar indefinidamente. e) O envolvimento de menores de ambos os sexos na prática de crimes é uma verdade não podemos fugir. Os poderes constituídos deveriam parar e refletir sobre esse fato os jornais enchem suas páginas diariamente. De nada adiantou o Estatuto da Criança e do Adolescente muitos delinqüentes adultos se valem para incitar menores à prática de roubos e assassinatos. f ) Falta dinheiro para tudo no Brasil, mas as mordomias continuam. A verdade é que os impostos o governo mantém sua máquina emperrada são mal empregados. Há notícias de que órgãos públicos compram copos de cristal, talheres de prata, porcelanas finas, luxos não querem abrir mão, mesmo sabendo das dificuldades o povo passa. g) As pedras portuguesas a prefeitura do Rio calçou algumas ruas do centro vivem se soltando. Isto é resultado do trabalho de calceteiros incompetentes serviços foram contratados sem nenhum rigor. As ruas se transformaram numa verdadeira armadilha você pode torcer o pé ou deixar o salto de seu sapato. USO DO ONDE No padrão escrito, a referência de onde é sempre, obrigatoriamente, lugar, espaço. Observe os exemplos: Ninguém sabe onde foi parar o dinheiro.(em que lugar) Onde fica a praça?(em que lugar) O policial sabe onde aconteceu o crime, mas não diz.( em que lugar). Observe agora o caso em que a palavra Onde faz referência a alguma coisa que está escrita no texto. Abri o cofre onde estava o dinheiro.(em que, no qual onde = cofre) Nos bairros periféricos, onde a pobreza é maior, a saúde pública não chega.(em que, nos quais- onde = nos bairros periféricos) No padrão escrito, muitas vezes o onde traz junto a preposição exigida pelo verbo, independentemente se faz referência a algo fora do texto ou a algo que está escrito no texto. Confira: Ninguém sabe de onde ele tirou esse dinheiro.(de que lugar) Ele explicou por onde a estrada vai passar.(por que lugar) O encanador soldou a fenda por onde a água escapava.(onde = fenda)

18 18 Redação e Interpretação de textos Prática Exercícios Junte os grupos de orações seguintes usando a palavra onde, de acordo com o padrão escrito. 1. Ele subiu distraído a arquibancada. Os torcedores estavam se matando na arquibancada. 2. Fulano vivia no mundo dos sonhos. No mundo dos sonhos não se pagava imposto. 3. O gato se escondeu na gaveta. O gato não queria sair da gaveta. 4. O guarda estava exatamente naquele corredor. Por aquele corredor o assaltante passou. 5. O ministro entrou no salão. Todos os convidados correram para o salão. Exercícios Nos períodos, elimine os QUÊS, alterando a estrutura fraseológica correspondente, como no modelo: Modelo: Espero que me respondas a fim de que se esclareçam as dúvidas que dizem respeito ao assunto que está sendo discutido. R.: Espero me responderes a fim de se esclarecerem as dúvidas do assunto ora em discussão. 1. Quando chegaram, pediram-me que devolvesse os livros que me foram emprestados por ocasião dos exames que se realizaram no fim do ano que passou. 2. Solicitei-lhe que repetisse o recado que lhe transmitira por telefone, mas ele desligou sem que me desse maiores explicações. 3. Camões, que é autor do maior poema épico que já se escreveu em Língua Portuguesa, deixou também uma série de sonetos que são considerados como obra-prima do gênero. 4. O diretor determinou que a prova fosse adiada até que se apurassem as irregularidades que o inspetor denunciara. 5. É indispensável que se conheça o critério que se adotou para que sejam corrigidas as provas que se realizaram ontem, a fim de que se tomem providências que forem julgadas necessárias. 6. Creio que tenhamos que suportar as exigências que ela faz.

19 Prática Redação e Interpretação de textos Sinto que estão acontecendo fatos que poderiam ser evitados. 8. Quando terminou a sessão, percebi que tinha desperdiçado uma oportunidade que há muito tempo procurávamos. 9. As promessas que se faziam ali indicavam que o novo governo tinha nítido perfil populista. 10. Se fossem executadas as obras que o candidato prometera, o município assumiria dívidas que várias gerações não conseguiriam saldar. O VOCABULÁRIO A língua é um código. Se desconhecermos este código, jamais poderemos escrever de forma expressiva. Um dos vícios mais comuns em quem possui vocabulário reduzido é o emprego indiscriminado / repetitivo da palavra coisa: Você comprou essa coisa?! Vamos coisar?, Que coisa!!. Evite esta impropriedade. Utilize o termo correto. Como treino, sugerimos várias frases, substitua em cada uma delas a palavra coisa por um vocábulo adequado. 1. A mulher do século XXI está pronta para assumir qualquer coisa. 2. O casamento é uma coisa que passa por uma crise. 3. O homem precisa coisar as exigências de seu egoísmo. 4. A juventude é uma coisa muito complexa. 5. Devemos estar conscientes das coisas de nosso caminho. 6. Milhões de brasileiros sofrem com as coisas da seca. 7. O teatro proporciona-nos coisas sensacionais. 8. O futuro da humanidade promete coisas fantásticas.

20 20 Redação e Interpretação de textos ESPELHO DA AVALIAÇÃO DA PROVA DISCURSIVA- MODELO CESPE/UnB Aspectos macroestruturais nota obtida faixa de valores APRESENTAÇÃO TEXTUAL Legibilidade x (0,00 a 2,00) Respeito às margens e indicação de parágrafos x (0,00 a 2,00) ESTRUTURA TEXTUAL (dissertativa) Introdução adequada ao tema/posicionamento x (0,00 a 4,00) Desenvolvimento x (0,00 a 4,00) Fechamento do texto de forma coerente x (0,00 a 4,00) DESENVOLVIMENTO DO TEMA Estabelecimento de conexões lógicas entre os argumentos x (0,00 a 4,00) Objetividade de argumentação frente ao tema/posicionamento x (0,00 a 4,00) Estabelecimento de uma progressividade textual em relação à seqüência lógica do pensamento x (0,00 a 4,00) Aspectos microestruturais Tipo de erro Pontuação Construção do período Emprego de conectores Concordância nominal Concordância verbal Regência nominal Regência verbal Grafia/acentuação Repetição/omissão vocabular Outros Nota no conteúdo (NC) NC=5 : 28 x (soma das notas dos quesitos) Número de linhas efetivamente ocupadas (TL) Número de erros (NE) NOTA DA PROVA DISCURSIVA (NPD): NPD=NC 3 x NE : TL Anotações

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