8. Discurso dos corpos: sexualidade e monstruosidade na materialidade fílmica de amadas e violentadas (1976)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "8. Discurso dos corpos: sexualidade e monstruosidade na materialidade fílmica de amadas e violentadas (1976)"

Transcrição

1 8. Discurso dos corpos: sexualidade e monstruosidade na materialidade fílmica de amadas e violentadas (1976) Tyrone Coutinho Chaves Filho (Labedisco/Uesb Grudiocorpo/CNPq) Nilton Milanez (Labedisco/Uesb Grudiocorpo/CNPq) 1.Introdução Onde se deve procurar as verdades mais profundas e secretas do sujeito? Onde é possível descobrir o que determina quem nós somos em meio às mais diversas modalidades de subjetivação em que nos submetemos? São essas perguntas foucaultianas que orientam o trabalho que aqui se faz presente. Em seu artigo intitulado O verdadeiro sexo, Foucault (2006) afirma que é no sexo e pelo sexo que se compõem as mais diversas formas do sujeito se relacionar com aquilo que o rodeia. Em outras palavras, é por meio da sexualidade que nós damos forma aos nossos sonhos, às nossas demandas, em busca do reconhecimento de si e do/com o outro. O filme Amadas e Violentadas, produzido em 1976 por Jean Garrett, conta com um enredo que corresponde a um personagem chamado Leandro Kopezky (David Cardoso), um escritor de romances policiais, que comete assassinatos em mulheres. As mortes, causadas pelo autor, são consumadas através de circunstâncias criadas em torno do exercício do sexo, isto é, o criminoso atua enquanto tal por vias de uma sexualidade que o orienta a praticar desvios e se comportar como aquilo que Foucault (2001) chama de monstro humano. Esses crimes são mobilizados, pelo personagem, por meio de uma espécie de perturbação psicológica em que o autor dos homicídios possui em relação às lembranças que carrega dos pais: a mãe cometia adultério e, em função disso, foi assassinada pelo esposo, que por sua vez suicidou-se. Dessa forma, a produção discursiva fílmica produz um encadeamento discursivo que corresponde a aventuras de corpos posicionados e enredados numa trama de poder e de saber que são mobilizados pela sexualidade: os enunciados materializados no discurso fílmico, por meio do corpo, trazem à tona alguns conhecimentos que efetivam a sexualidade como um exercício de poder sobre o corpo, sobre a subjetivação de si - em que o homem aparece como o centro dessa detenção e a mulher, vítima, enquadra-se

2 como um apêndice do corpo masculino. Nesse sentido, pretendemos analisar como o dispositivo do sexo, materializado no discurso fílmico, concorre para a formação de subjetivações e como elas confluem, em última instância, na constituição daquilo que Foucault, na obra Os Anormais, concebe como o sujeito monstruoso: para o filósofo, todos aqueles que cometem transgressões às leis jurídico-biológicas é considerado um monstro, ou seja, todos aqueles que violam as leis sociais ou da natureza, configuram-se como anormal. De igual modo, segundo Milanez (2010), a anormalidade confere-se a partir da infração ao corpo e à intimidade cujas constituições, legitimadas por leis sociais e naturais, uma vez transgredidas, estabelecem atos contranatureza. Dessa forma, partindo, eminentemente, de postulados de Foucault sobre o discurso sobre a sexualidade e de Milanez sobre a construção do corpo como discurso, investigaremos a constituição do discurso fílmico, observando, a partir da disposição dos corpos dos personagens e como a construção dos planos ilustram a maneira pela qual a sexualidade funciona e promove uma (des)regulagem social, produzindo discurso acerca de identidades e do sexo como potencializador de anormalidades. 2.Foucault e a sexualidade: uma arqueologia do sujeito Como a sexualidade constitui, no pensamento foucaultiano, um dispositivo que sonda e, ao mesmo tempo, plasma o sujeito e sua subjetivação no seio social? Antes de retomarmos esse questionamento e esclarecê-lo, é necessário entendermos o que significa sexualidade dentro das reflexões empregadas pelo filósofo francês. Para Foucault, diferentemente do que o senso comum compreende e, sobretudo, daquilo que a própria palavra possa sugerir, a priori, sexualidade corresponde a um dispositivo que, dentre outros, atua como um mecanismo de poder, que possui sua forma através de discursos que se engendram na vida social dos indivíduos promovendo alguns saberes, cujo resultado cristaliza subjetividades e concorre para uma busca da verdade do ser, isto é, em nenhum outro campo há um compromisso e uma investigação mais eficaz acerca das verdades íntimas do sujeito, como afirma Judith Revel (2005, p.80) (...) pertencemos a uma civilização na qual se exige aos homens

3 dizerem a verdade a respeito de sua sexualidade para poder dizer a verdade sobre eles mesmos. Nesse sentido, longe de ser somente uma investida dos corpos ou uma análise do comportamento sexual, a sexualidade, em Foucault, aparece como um discurso que realiza mobilizações individuais e sociais, ocasionando uma organização, na sociedade, em que o sujeito atua como agente que efetua um trabalho por meio daquilo que Foucault chamou de técnicas polimorfas do poder, à qual o sujeito se vale para ocultar, ou trazer à tona, verdades ou mentiras em torno do sexo. De igual modo, é importante esclarecer a gerência que o sexo emplaca na sociedade, realizando sutis mecanismos de poder em que o mesmo funciona como dispositivo de controle na qual o corpo social se vê circunscrito e orientado, ainda que imperceptivelmente. Segundo Foucault (1988), (...) cumpre falar do sexo como de uma coisa que não se deve simplesmente condenar ou tolerar mas gerir, inserir em sistemas de utilidade, regular para o bem de todos, fazer funcionar segundo um padrão ótimo. O sexo não se julga apenas, administra-se. Sobreleva-se ao poder público; exige procedimentos de gestão; deve ser assumido por discursos analíticos (FOUCAULT, pag. 27). O sexo, a partir do século XIX, passou a ser cultivado como causa e motivo para os sujeitos exercerem suas subjetivações, instituindo algumas técnicas de si que levou a população e os sistemas (médicos, judiciários) a interrogar sobre seus corpos e criar, de igual modo, questionamentos em torno do uso da sexualidade de cada um. Dessa forma, o sexo assume importância no seio social para além de uma promoção do prazer enquanto objeto de inquirições acerca de suas propriedades enquanto discurso que circula na sociedade e efetiva verdades que tem como principio e fim a busca por uma gênese da conduta humana. Em nenhuma outra época o sexo tem sido objeto de tanta preocupação: sob o disfarce de discurso dos cuidados de si, ela se apresentou mais como uma ferramenta de exercício de poder e domesticação dos corpos do que qualquer outra disposição. É claro que isso não se apresenta em sua forma absolutamente cognoscível, é necessário compreender que os discursos que são mobilizados pelo sexo têm como fio condutor uma gama de estratégias de poder-saber-prazer que, juntos, confluem numa analítica

4 dos corpos por meio de uma observação e esquadrinhamento dos sujeitos sob a forma de ditames naturais que são cada vez mais sustentados e reforçados pela mídia, pelas instituições e pelos próprios sujeitos, no geral. A sexualidade é responsável por decisões na vida dos seres humanos e, com isso, ela assume uma importância cintilante dentro das sociedades: ela mobiliza interrogações e afirmações sobre a história dos corpos e seus desempenhos construindo encadeamentos de verdades que orientam uma sapiência destinada a servir uma cultura. Dessa forma, há um regimento, na nossa sociedade, cujo registro data do século XIX, em que as atenções voltam-se para a sexualidade e suas acumulações em torno do seu exercício: o sexo atualiza formas de poder no âmbito social e move um saber inteligível em torno de sua aplicação, que funciona como instrumento que se engendra na sociedade e efetiva domínios e controles na vida cotidiana dos indivíduos que vai desde a saúde à natalidade, em outras palavras, a sexualidade é responsável, segundo Foucault, por uma técnica de si. 3.Os Anormais: a gênese do corpo monstruoso Segundo Michel Foucault (2001), a monstruosidade confere-se como uma transgressão que o sujeito comete em relação às leis jurídico-biológicas. Nesse sentido, o filósofo francês considera monstro (ou anormal) todos aqueles que promovem desvios e, por conseguinte, instabilidades sociais. Mas, na esteira de Foucault, o que seria essas instabilidades ocasionadas pelo sujeito anormal? Existem, para ele, dois tipos de monstruosidades que se configura pela infração das leis sociais e o das leis naturais: aquele que realiza irregularidades no seio da sociedade, como crimes (o indivíduo a ser corrigido) ou atuações de natureza contraventora e, por isso, compromete o bem estar social, instaura-se como um sujeito anormal e, portanto, um monstro; também, os sujeitos cuja constituição física não lhe permite viver um tempo adequado segundo as prescrições da sociedade, apresentam características que os colocam como seres restringidos numa disposição diferente e/ou contrária às expectativas da sociedade, em

5 outras palavras, aqueles que violam as leis biológicas naturais e que, portanto, interrogam as leis e o sistema médico e judiciário, é considerado um monstro. Dessa forma, o corpo monstruoso constrói alguns saberes que se investem a partir de sua atuação e se legitima por meio de discursos que são construídos (ou mobilizados) na sociedade, ocasionando um redirecionamento de suas práticas consoante às inclinações que são ventiladas nos e pelos sujeitos. O que nos interessa, neste trabalho, é o estatuto do primeiro tipo de sujeito monstruoso (aquele que viola as leis sociais), já que este condiz com o que é apresentado pelo sujeito na obra analisada. Com a emergência do monstro, os sistemas médicos e judiciários passaram a ser inquiridos e postos no centro de uma discussão cada vez mais contundente e responsável por uma analítica do comportamento social, por vias de um controle e de uma observação atribuída aos corpos que não se enquadraram nas prescrições de uma sociedade regida por normas. Nesse sentido, houve uma organização de um saber atribuído ao anormal que se legitimou ao longo do século XIX e, com isso, a invenção de instâncias de poder cujo domínio e aplicação se encarregaram de tornar efetivas verdades instaladas em torno do monstro, de suas práticas e, no geral, acerca dos relacionamentos com os corpos e as subjetividades que são trazidas à tona e ventiladas no seio social. É nesse sentido que, para Milanez (2011), a figura do monstro funciona como o que poderíamos entender como uma espécie de bode expiatório, em que o sujeito anormal cumpriria uma função de, em função do seu status, movimentar o corpo social e colocar em questão as normas e as leis que regem o bom funcionamento da sociedade e questioná-las sobre sua aplicabilidade. Na verdade, o monstro é a base para uma sociedade de normalização (Foucault, 2001b, p. 46), para a qual a disciplina corporal e moral deve estar adequada às técnicas em favor das experiências da vida (Milanez, 2009b) que visam, no final de tudo, o corpo utilitário, domesticado para o trabalho (MILANEZ, pag. 65). No entanto, é importante ficar claro que a noção de monstruosidade não é uma noção categórica nem determinante, isto é, não há um sujeito que seja, eminentemente, monstruoso. O que defendemos é que a monstruosidade é construída a partir de uma

6 subjetivação à qual os sujeitos estão posicionados em função de outras subjetividades, que produzem um efeito que pode ser desde uma insubmissão a algum tipo de disciplinarização à uma involuntariedade biológica. O conceito de monstro é histórico e, portanto, está circunscrito em um domínio social na qual a verificação ocorre em consonância com o que é previsto e apreciado no cerne de uma sociedade normatizada. 4.Sexualidade e monstruosidade: Uma análise discursiva do sujeito em Amadas e Violentadas Segundo Foucault (1988, p. 139), com a transição do século XVIII para o século XIX, nossa sociedade passou de uma simbólica do sangue para uma analítica da sexualidade. Dessa forma, a sexualidade penetra no mais recôndito do humano e orienta suas mais diversas formas de atuar e de se posicionar diante do outro. Nenhuma outra disposição do sujeito revela tanto sobre sua condição e sua performance na sociedade quanto a forma como sua sexualidade é conduzida ou como se trata os temas que envolvem o sexo. Somos obrigados a saber como anda o nosso sexo e ele, por sua vez, a saber como andamos, nos ensina Foucault. Nesse sentido, a sexualidade é responsável por uma subjetivação que desencadeia numeráveis modos e formas de agir conosco e com o outro. Temos nossas constituições perpassadas pela maneira como lidamos com os fatos cotidianos, imbricados numa sexualidade, latente ou explícita, que desvenda nossos instintos secretos e nossa subjetivação, e o modo como podemos (ou devemos) lidar com ela. Como afirma Foucault (1988, p ) uma sociedade afirma que seu futuro e sua fortuna estão ligados não somente ao número e à virtude dos cidadãos, não apenas às regras de casamentos e à organização familiar, mas à maneira como cada qual usa seu sexo.. A sexualidade, como podemos observar em noticiários jornalísticos, em revistas impressas, nas formas como as pessoas se comportam ou, sobretudo, ao longo da história, sempre foi alvo pelo menos desde o final do século XVIII de intensas investidas e, com isso, os sistemas biológicos e judiciários sempre foram interrogados, em nome de uma compreensão ou de uma detenção mais adequada em torno de temas

7 associados ao sexo. Em outras palavras, a sexualidade sempre esteve no centro de uma intervenção social, cuja extensão transcende os seus próprios limites e se engendra em outras instâncias de saber, como a médica e a jurídica. No filme Amadas e Violentadas percebemos que o sujeito, por meio do seu desempenho em relação ao sexo, mobiliza um discurso que é ventilado na sociedade, que concerne ao fato de sexo e transgressão, sexo e dor, e sexo e punição ser, ao invés de temas opositivos, temas binários e, portanto, indissociáveis. A memória que possuímos construída historicamente e por meio de vários atravessamentos discursivos, como o religioso, por exemplo em torno da nossa sexualidade sempre nos orientou que o sexo, um tabu desde tempos remotos, constitui o cerne de uma prática transgressora cujo resultado conflui no surgimento de sujeitos desviados e práticas imorais. Com isso, a sociedade deu margem para o aparecimento do sujeito cujos métodos, avaliados por um sistema médico, penal ou pedagógico, os tornou o cerne de um exercício reprimível e, portanto, condenável. Ao longo da história, vale salientar, o homem sempre esteve no centro de uma detenção do sexo e, com isso, o controle do corpo e do Outro sempre esteve sob sua jurisdição. A mulher, ser cuja constituição a sociedade relegou o status de submissa e frágil, sendo indispensável aos cuidados do homem e ao seu poder de decisão, sempre foi o alvo de uma tutela masculina e, com isso, sempre foi considerada ainda que não de modo explícito uma extensão do corpo masculino. Nos planos a seguir, podemos visualizar como, no seio de uma sociedade patriarcal, a mulher é vista e como sua constituição é organizada no interior de um círculo social. Figura 1 cenas do filme Amadas e violentadas : o momento em que o criminoso encontra sua secretária com outro, em um motel.

8 Os dois primeiros planos (plongée e contraplongée, respectivamente), possibilitamnos compreender como os papeis de homem e mulher estão bastante demarcados na sociedade: a mulher, desnuda, espontânea, sendo vista de cima para baixo, enquanto observa de baixo para cima, reflete a forma como o corpo social a considera: sujeito cuja condição é de submissão e respeito, inferioridade em relação ao homem. A diferença de ângulos entre as imagens da mulher e do homem ilustra uma oposição que é alimentada na sociedade desde séculos: o posicionamento dos corpos permite a produção de efeitos de sentido que, mediante a memória que possuímos em relação à execução das atribuições dos homens e das mulheres, estas últimas estão encerradas em uma disposição que é determinada por uma sociedade machista, na qual ela, a mulher, sustenta o lugar do corpo no qual deve haver, sempre, um escrutínio e um cálculo em nome de um exercício de poder em que o fim último é inseri-la em normas de utilidade e de conformidade. O homem, por sua vez, de pé, encapuzado, com uma roupa de couro preta (que nos faz lembrar de indumentárias de instituições de punição, como a polícia), observando estático a mulher, possui uma marca que lembra muito os sistemas de vigilância do qual Foucault (1987) se refere (o panóptico), na qual há um empreendimento observacional dos corpos que se resumem naquilo que o filósofo francês chamou de Biopoder. De igual modo, o terceiro plano que compõe o instante da cena fílmica, reflete a natureza feminina que, mediante aquilo que circula na sociedade e que foi cristalizada pela mesma, representa a fragilidade e a preservação do sexo. Os braços cruzados protegendo os seios, diante de seu algoz, assume um efeito que podemos conceber como a condição da mulher que está (e/ou sempre esteve) marcada em detrimento da do homem. O fato de ela estar sem roupa, apenas com a parte íntima inferior, de cor branca, contrastando com o homem que está completamente composto, por uma roupa de cor preta e de material aparentemente resistente, sugere, de modo bastante ilustrativo, o embate entre as condições entre homens e mulheres: na mulher, isso representa a falta de instrumentos e de domínios sobre seu corpo, enquanto que no homem isso evidencia o poder que ele sempre possui nas decisões e como ele é dotado de mecanismos que autorizam uma interferência no corpo feminino.

9 Dessa forma, como diria Edgar Poe (2003, pag. 69) a mulher, a presa mais violenta dos abutres tumultuosos que brotam das paixões mais ferozes quase sempre tem sido vítima das intempéries do homem e, com isso, ela passa a ser não de modo premeditado, apenas como potencializador involuntário, por assim dizer o objeto que desperta, de maneira direta e imediata, uma monstruosidade contida no sujeito, no sujeito homem, sobretudo. Essa monstruosidade, desencadeada através do sexo e, mais especificamente, do corpo da mulher em sua totalidade, gera o percurso que orienta o sujeito ao desvio e, por conseguinte, ao seu exercício de anormalidade. É nesse contexto que, para Milanez (2009), o corpo do monstro produz saberes que o inscreve em uma conjuntura de avaliação segundo a qual o corpo monstruoso se constrói enquanto sujeito, cujo procedimento permite identifica-lo enquanto delinquente ou sexualmente desviado. Nos planos que se seguem, temos materializado enunciados que indicam a atuação do sujeito homem enquanto propagador de uma transgressão, em função do sexo, ao corpo feminino. Dessa forma, a constituição do sujeito anormal é empreendida a partir da ultrapassagem do limite que separa as atribuições dos sujeitos, legitimadas por códigos sociais de conduta que são sustentados e apreciados no funcionamento adequado de uma sociedade. Nas palavras de Milanez (2010) A anormalidade se estabelece a partir da desordem estabelecida em relação ao direito a nosso próprio corpo, intimidade resguardada e protegida por lei, cujo desacato é um ato contranatureza.. Figura 2 Cenas da filme Amadas e violentadas : o assassinato da secretária pelo personagem Leandro Kopezky (David Cardoso).

10 No primeiro plano, temos um enunciado que poderia ser, numa linguagem de Barthes (1984), o puctum que corresponde ao extintor na mão do sujeito. A atenção do espectador recai, quando observada a imagem, no objeto sustentado pelo personagem que, a princípio, parece ser somente um objeto utilizado para a realização de um crime. No entanto, como sabemos, o extintor é um objeto cujo conteúdo é utilizado para apagar incêndios e evitar maiores transtornos. Dessa forma, perguntamos, porque cometer um assassinato com um extintor? Podemos inferir, com isso, que o extintor utilizado pelo criminoso para realizar seu ato ilustra, de modo bastante alegórico, a tensão do homem diante daquilo que o queima, que o deixa em chamas e a mulher, despida, na segunda imagem, que está embaçada, suscita um efeito de sentido de desfalecimento, como se o sopro de vida estivesse se extinguindo, como um fogo perdendo sua vivacidade. Esse embate entre homem e mulher confere, no seio da nossa sociedade, uma legitimação do sujeito homem devido ao seu porte físico e ao seu status social, historicamente construído sobre a dominação que o mesmo perpetra à mulher. De igual modo, percebemos que o objeto utilizado pelo autor do crime, em seu formato e cor, faz referência a um pênis: um extintor, cuja anatomia cilindrica nos faz recordar do orgão sexual masculino. O filme conta a história de um homem mal resolvido sexualmente e, com isso, ele faz de suas parceiras vítimas. Nesse sentido, a narrativa cinematográfica mobiliza, sobretudo no inicio do filme no qual os planos foram retirados, formas e modelos de atitudes em torno do sexo, cristalizados na sociedade. O homem, em sua sede intrasferível de domínio, quando perde os grilhões do poder, de si e do corpo do outro, tende a reproduzir formas de saber que circulam no meio social, como a violência, por exemplo. A seguir, temos meterializado, no terceiro plano, um gesto, uma imagem que, mediante a memória que possuímos, corresponde a um gesto de vitória. O enfoque na sombra do sujeito monstruoso, posicionado dessa forma, nos remete àquilo que temos conhecimento acerca de uma linguagem gestual quando triunfamos em algum empreendimento ou quando obtemos algo que nos agrada. Dessa forma, a cena final, quando a câmera em uma plongée (de cima para baixo) deflagra o sucesso do homem sobre a mulher, temos um efeito que condiz com a condição feminina marcada diante do

11 sujeito homem que, como pode ser observada ao longo da história, satisfaz aos caprichos e as determinações do mesmo. Temos, também, na materialidade fílmica a discursivização da punição do sexo. O personagem Leandro Kopezky, autor de crimes contra mulheres, efetiva seu ato, na cena apresentada, como uma penalidade que o mesmo atribui à mulher que buscou o sexo em outro corpo. Isso nos faz lembrar do castigo que é imposto, numa sociedade monogâmica e cristã, aos seres que buscam saciar-se em uma relação extra-conjugal. Assim, compreendemos que o percurso da monstruosidade do sujeito é realizado por vias de uma sexualidade e, mais especificamente, através do sexo. É o sexo e pelo sexo que temos nossos instintos selvagens e secretos trazidos à tona e, com isso, nossa maneira de lidar com o outro e os fatos cotidianos é delineada e assume determinada tendência. Vivemos numa sociedade na qual existe uma intensa reflexão em torno dos corpos e de suas produções discursivas. Dessa forma, os efeitos que são suscitados pelos corpos interferem nas relações socias e direcionam a sociedade em busca da concepção de normas e procedimentos que visam lidar com os desvios e as demandas que esses implicam. 5.Considerações finais Vivemos, como afirma Foucault (1988) em sua História da Sexualidade I, em uma sociedade do sexo e, portanto, os mecanismos de poder e os saberes estarão, sempre, em torno desse tema. Em outras palavras, estamos em uma sociedade na qual a sexualidade assume o controle e, com isso, o matiz das ações humanas sempre adquirirão a tonalidade do sexo, do que ele diz e como diz, do que ele suscita no âmbito social e do que ele exige. Dessa forma, partindo da premissa de que o sexo e os mecanismos de controle que partem dele se controem numa operação coletiva, o sujeito estará sempre incompleto, buscando, em seu exterior, algo que o complete e que afirme as verdades que são mobilizadas pela sexualidade, de si e do outro. É nesse sentido que, como Milanez (2009) nos esclarece, o nosso corpo está sempre sujeito a ser invadido por outros corpos, numa trama de saberes e poderes que revelam que nossas identidades são

12 construídas por meio de atravessamentos de várias identidades, por meio de uma possessão do outro (Milanez, 2009) que visa a construção de si. Dessa forma, a emergência do sujeito monstruoso o sujeito a ser corrigido é ocasionada por meio dessa fissura que existe entre os sujeitos no que corresponde a formatação de suas identidades: o comportamento do ser anormal é um reflexo de outras subjetividades com as quais ele lida, de modo a dar substância a uma conduta que conflui com uma espécie de input social. O monstro procede de modo a dar existência a uma linguagem que rompe com uma ordem do discurso instituída e, com isso, configura-se como um sujeito transgressor, subversivo. Em um mundo onde há uma expectativa das condutas e um controle sobre si e sobre as relações, o monstro surge como uma exceção e coloca em exercício toda uma prática transgressora que rompe com aquilo é legitimado e autorizado na sociedade. Ele põe em funcionamento suas inclinações mais recônditas e excede os limites socialmente demarcados e os seus prórpios limites. Nas palavras de Milanez (2011, p. 64), [...] o monstro é o sinal da falta de controle de si, entregue a seus prazeres e desejos íntimos, é a marca do sentido do excesso, o exagero das sensações e dos sentimentos em um mundo marcado pelo cálculo de si.. Nesse sentido, procuramos demonstrar neste artigo que a deflagração da monstruosidade é causada por meio da sexualidade, de modo que ela potencia nos sujeitos a liberação de estímulos íntimos e selvagens, recônditos no mais profundo do ser. A sexualidade é responsável pela circulação de discursos que orientam, de maneira bastante intensa, o procedimento humano. Somos, pelo menos desde o final do século XVIII, domesticados dentro de uma estrutura de pensamento na qual o sexo ganhar corpo e direcionamento. Além disso, com a manifestação da anormalidade por vias do sexo, um caminho curto se deu para o surgimento das perversões e, com isso, uma implantação e intensificação [de] sexualidades periféricas que as relações do poder como o sexo e o prazer se ramificam e multiplicam, medem o corpo e penetram nas condutas. (Foucault, 1988, p. 48) Referências BARTHES, Roland. A câmera clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

13 FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, FOUCAULT, Michel. Os Anormais. São Paulo: Martins Fontes, FOUCAULT, Michel. Ética, sexualidade, política. Organização e seleção de textos: Manoel Barros da Mota. Trad. Elisa Monteiro, Inês Autran Dourado Barbosa. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006 GARRETT, Jean. Amadas e violentadas. Dacar produções cinematográficas. São Paulo, MILANEZ, Nilton. A possessão da subjetividade Sujeito, Corpo e Imagem. In: SANTOS, João Bosco Cabral dos. (Org.). Sujeito e Subjetividade: discursividades contemporâneas. Uberlândia: UFU, 2009, v. 1, p MILANEZ, Nilton. Pistas e traços de corpos suspeitos: o estuprador de Itambé. In: GREGOLIN, Maria do Rosário. Trilhas Lingüísticas. UNESP: São Paulo, (no prelo) MILANEZ, Nilton. Discurso e imagem em movimento: o corpo horrorífico do vampiro no trailer. São Carlos: Claraluz, POE, Edgar Allan. A carta roubada e outras histórias de crime & mistério. Trad. William Lagos. Porto Alegre: L&PM, REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. Trad. Maria do Rosário Gregolin, Nilton Milanez e Carlos Piovesani. São Carlos: Claraluz, 2005.

O CORPO DO JIGSAW: UM ESTUDO DISCURSIVO SOBRE O SUPLÍCIO EM JOGOS MORTAIS 47

O CORPO DO JIGSAW: UM ESTUDO DISCURSIVO SOBRE O SUPLÍCIO EM JOGOS MORTAIS 47 Página 269 de 658 O CORPO DO JIGSAW: UM ESTUDO DISCURSIVO SOBRE O SUPLÍCIO EM JOGOS MORTAIS 47 Ciro Prates 48 (UESB) Nilton Milanez 49 (UESB) RESUMO Este trabalho é fruto das discussões que vem sendo realizadas

Leia mais

MULHERES TRESLOUCADAS: METAMORFOSE, CORPO E HORROR NO DISCURSO LITERÁRIO

MULHERES TRESLOUCADAS: METAMORFOSE, CORPO E HORROR NO DISCURSO LITERÁRIO Página 245 de 315 MULHERES TRESLOUCADAS: METAMORFOSE, CORPO E HORROR NO DISCURSO LITERÁRIO Jamille da Silva Santos 97 (UESB) Nilton Milanez 98 (UESB) RESUMO O presente trabalho está sendo desenvolvido

Leia mais

1 Introdução. 1 Foucault, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, e Rabinow, P. Michel Foucault. Uma trajetória

1 Introdução. 1 Foucault, M. O sujeito e o poder. In: Dreyfus, e Rabinow, P. Michel Foucault. Uma trajetória 1 Introdução Pretende-se, neste estudo, demonstrar a coerência interna do percurso filosófico de Michel Foucault, quando considerado desde o ponto de vista utilizado pelo filósofo, ao definir toda a sua

Leia mais

DOADORES DE ÓRGÃOS: O BIOPODER NO CONTROLE SOBRE A VIDA 1

DOADORES DE ÓRGÃOS: O BIOPODER NO CONTROLE SOBRE A VIDA 1 345 de 368 DOADORES DE ÓRGÃOS: O BIOPODER NO CONTROLE SOBRE A VIDA 1 Jussara dos Santos Matos *, (Uesb) jussaramtos@hotmail.com Nilton Milanez ** Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB?VC niltonmilanez@hotmail.com

Leia mais

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO ESPAÇO SOCIAL PARA A MANIFESTAÇÃO DE IDEIAS

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO ESPAÇO SOCIAL PARA A MANIFESTAÇÃO DE IDEIAS O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO ESPAÇO SOCIAL PARA A MANIFESTAÇÃO DE IDEIAS AZAMBUJA, Cintia Victória 1 ; WEBLER, Darlene Arlete 2 1 Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Línguística e Ensino

Leia mais

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL NA MÍDIA BRASILEIRA

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL NA MÍDIA BRASILEIRA Página 185 de 315 FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE ALIENAÇÃO PARENTAL NA MÍDIA BRASILEIRA Beatriz Rocha de Oliveira 73 (UESB) Maria da Conceição Fonseca-Silva 74 (UESB/Fapesb) RESUMO Neste trabalho, objetivamos

Leia mais

ISSN: DOADORES DE ÓRGÃOS: O ACONTECIMENTO FORA DA ORDEM DO DISCURSO

ISSN: DOADORES DE ÓRGÃOS: O ACONTECIMENTO FORA DA ORDEM DO DISCURSO DOADORES DE ÓRGÃOS: O ACONTECIMENTO FORA DA ORDEM DO DISCURSO Jussara dos Santos Matos * (UESB) Nilton Milanez ** (UESB) RESUMO Este trabalho tem por objetivo analisar como se constitui o discurso dos

Leia mais

Resumo Aula-tema 08: Nova Sociologia da Educação: uma Visão sobre Michel Foucault

Resumo Aula-tema 08: Nova Sociologia da Educação: uma Visão sobre Michel Foucault Resumo Aula-tema 08: Nova Sociologia da Educação: uma Visão sobre Michel Foucault O francês Michel Foucault (1926-1984) é um pensador que se destaca por ter proposto abordagens inovadoras para analisar

Leia mais

MÍDIA E SOCIEDADE DO CONTROLE: SUJEITOS, POSIÇÕES, COMPORTAMENTOS 1

MÍDIA E SOCIEDADE DO CONTROLE: SUJEITOS, POSIÇÕES, COMPORTAMENTOS 1 289 de 368 MÍDIA E SOCIEDADE DO CONTROLE: SUJEITOS, POSIÇÕES, COMPORTAMENTOS 1 Júnia Cristina Ortiz Matos * (Uesb) junia.ortiz@gmail.com Nilton Milanez ** (Uesb) niltonmilanez@hotmail.com RESUMO Este trabalho

Leia mais

DISCURSO, CORPO E ANORMALIDADE: O SOBRENATURAL NA TELENOVELA BRASILEIRA 52

DISCURSO, CORPO E ANORMALIDADE: O SOBRENATURAL NA TELENOVELA BRASILEIRA 52 Página 285 de 658 DISCURSO, CORPO E ANORMALIDADE: O SOBRENATURAL NA TELENOVELA BRASILEIRA 52 Victor Pereira Sousa (UESB) Nilton Milanez (UESB) RESUMO Nessa discussão propomo-nos descrever, analisar e interpretar

Leia mais

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Unidade 1 - Sexualidade: Dimensão conceitual, diversidade e discriminação SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Objetivo: Promover a reflexão sobre a trajetória

Leia mais

MÍDIA E MEMÓRIA O DISCURSO SOBRE A FAMÍLIA EM PEÇAS PUBLICITÁRIAS

MÍDIA E MEMÓRIA O DISCURSO SOBRE A FAMÍLIA EM PEÇAS PUBLICITÁRIAS Página 277 de 658 MÍDIA E MEMÓRIA O DISCURSO SOBRE A FAMÍLIA EM PEÇAS PUBLICITÁRIAS Sílvia Maria Alencar Silva 50 (UESB) Nilton Milanez 51 (UESB) RESUMO A proposta deste artigo é tratar sobre a discursivização

Leia mais

DISCURSIVIDADE NA MÍDIA EM TORNO DO CASO CELSO DANIEL DO PT 1

DISCURSIVIDADE NA MÍDIA EM TORNO DO CASO CELSO DANIEL DO PT 1 103 de 119 DISCURSIVIDADE NA MÍDIA EM TORNO DO CASO CELSO DANIEL DO PT 1 Leandro Chagas Barbosa (UESB) Edvania Gomes da Silva (UESB) RESUMO: Este trabalho analisa o modo como o acontecimento discursivo

Leia mais

MICHEL FOUCAULT ( ) ( VIGIAR E PUNIR )

MICHEL FOUCAULT ( ) ( VIGIAR E PUNIR ) AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos. RUBENS Todo RAMIRO exemplo JR (TODOS citado

Leia mais

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013 POLICIA DO CORPO E SEXO NA IGREJAMATERIALIDADES FÍLMICAS DO PORNÔ ESCOLA PENAL DE MENINAS VIOLENTADAS (1977) Tyrone Chaves Filho * (UESB) Nílton Milanez ** (UESB) RESUMO Pretendemos com esse trabalho analisar

Leia mais

PROPOSTA DE LEITURA DISCURSIVA DE LETRAS DE MÚSICA DE FORRÓ PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

PROPOSTA DE LEITURA DISCURSIVA DE LETRAS DE MÚSICA DE FORRÓ PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PROPOSTA DE LEITURA DISCURSIVA DE LETRAS DE MÚSICA DE FORRÓ PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO 1 INTRODUÇÃO Elaine da Silva Reis -UFPB elainereis1406@gmail.com A música, enquanto bem cultural, é um sistema simbólico

Leia mais

TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO.

TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO. TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

DISCURSO, MEMÓRIA E CORPO: O FILME GORE AMERICANO NA DÉCADA DE

DISCURSO, MEMÓRIA E CORPO: O FILME GORE AMERICANO NA DÉCADA DE Página 653 de 658 DISCURSO, MEMÓRIA E CORPO: O FILME GORE AMERICANO NA DÉCADA DE 60 131 Danilo Dias* (UESB) Nilton Milanez** (UESB) Ciro Prates*** (UESB) RESUMO: Este trabalho traz uma análise do discurso

Leia mais

MEMÓRIA DISCURSIVA DO FEMININO NA PUBLICIDADE DE LINGERIES

MEMÓRIA DISCURSIVA DO FEMININO NA PUBLICIDADE DE LINGERIES 247 de 297 MEMÓRIA DISCURSIVA DO FEMININO NA PUBLICIDADE DE LINGERIES Daiane Rodrigues de Oliveira Maria da Conceição Fonseca-Silva *** Edvania Gomes da Silva **** RESUMO Neste trabalho, analisamos o papel

Leia mais

O SENTIDO DE INDISCIPLINA NO DISCURSO DA COMUNIDADE ESCOLAR

O SENTIDO DE INDISCIPLINA NO DISCURSO DA COMUNIDADE ESCOLAR O SENTIDO DE INDISCIPLINA NO DISCURSO DA COMUNIDADE ESCOLAR Solange Almeida de Medeiros (PG UEMS) Marlon Leal Rodrigues (UEMS) RESUMO: O presente artigo se baseia em um projeto de pesquisa, em desenvolvimento,

Leia mais

THE HOWLING REBORN: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO FILME DE HORROR

THE HOWLING REBORN: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO FILME DE HORROR THE HOWLING REBORN: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO FILME DE HORROR Edilane de Jesus Gomes 1 Janaina de Jesus Santos 2 INTRODUÇÃO A investigação deste trabalho toma referenciais teóricos da Análise do Discurso

Leia mais

DISCURSO E PRÁTICAS JURÍDICAS: MATERIALIDADES DISCURSIVAS EM CRIMES DE LESÃO CORPORAL 1

DISCURSO E PRÁTICAS JURÍDICAS: MATERIALIDADES DISCURSIVAS EM CRIMES DE LESÃO CORPORAL 1 267 de 368 DISCURSO E PRÁTICAS JURÍDICAS: MATERIALIDADES DISCURSIVAS EM CRIMES DE LESÃO CORPORAL 1 Gleyson Lima Santos * Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB gleysonlima@ymail.com Nilton Milanez

Leia mais

A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO DE LEITURA DE ARQUIVOS NO DISCURSO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DO SCIENCEBLOGS BRASIL 12

A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO DE LEITURA DE ARQUIVOS NO DISCURSO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DO SCIENCEBLOGS BRASIL 12 61 de 664 A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO DE LEITURA DE ARQUIVOS NO DISCURSO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DO SCIENCEBLOGS BRASIL 12 Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes 13 (UESB) RESUMO O estudo analisa o funcionamento

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO Lady Tatiane da Silva Miranda 1 Resumo 2 O objetivo deste projeto de pesquisa é investigar as relações

Leia mais

O DISCURSO NO CINEMA: FORMULAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE SENTIDOS

O DISCURSO NO CINEMA: FORMULAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE SENTIDOS 19 de 663 O DISCURSO NO CINEMA: FORMULAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE SENTIDOS Adielson Ramos de Cristo (UFBA/UFRB) RESUMO Objetiva-se entender o cinema como materialidade discursiva, constituída pelo imbricamento

Leia mais

Universidade Federal Fluminense Curso de Graduação em História Disciplina Professor Responsável Carga Horária Dia/Horário Proposta:

Universidade Federal Fluminense Curso de Graduação em História Disciplina Professor Responsável Carga Horária Dia/Horário Proposta: Universidade Federal Fluminense Curso de Graduação em História Disciplina: Foucault e a História: Diálogos possíveis!? Professor Responsável: William Vaz de Oliveira willianvaz@yahoo.com.br Carga Horária:

Leia mais

MICHEL FOUCAULT: BASES FILOSÓFICAS PARA A EDUCAÇÃO

MICHEL FOUCAULT: BASES FILOSÓFICAS PARA A EDUCAÇÃO RESENHA CRÍTICA VEIGA-NETO, Alfredo. Foucault e a Educação. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.192 p. MICHEL FOUCAULT: BASES FILOSÓFICAS PARA A EDUCAÇÃO Daniella Couto Lôbo 1 Nas duas últimas décadas,

Leia mais

A sociedade disciplinar em Foucault. Professor Guilherme Paiva

A sociedade disciplinar em Foucault. Professor Guilherme Paiva A sociedade disciplinar em Foucault Professor Guilherme Paiva Reflexão metodológica A Verdade Jurídicas: e as Formas conferência proferida no Rio de Janeiro, em 1973. Pesquisa histórica sobre a formação

Leia mais

UMA LEITURA CRÍTICA DA INTERDISCURSIVIDADE: O CASO DA PUBLICIDADE DE MEDICAMENTO

UMA LEITURA CRÍTICA DA INTERDISCURSIVIDADE: O CASO DA PUBLICIDADE DE MEDICAMENTO UMA LEITURA CRÍTICA DA INTERDISCURSIVIDADE: O CASO DA PUBLICIDADE DE MEDICAMENTO Artigo publicado no Caderno de Letras da UFF Dossiê: Letras, linguística e suas interfaces nº 40, p. 117-130, 2010. Leitura

Leia mais

AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano)

AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) a) Manter uma identidade pessoal e uma identidade para o casamento > Dependência exagerada - A identidade do cônjuge é um reflexo do seu

Leia mais

ISSN: SUJEITO, CORPO E SEXUALIDADE: DISCURSO E SUJEITO DE SEXUALIDADE: AMOR ENTRE MULHERES NO CINEMA DE HORROR

ISSN: SUJEITO, CORPO E SEXUALIDADE: DISCURSO E SUJEITO DE SEXUALIDADE: AMOR ENTRE MULHERES NO CINEMA DE HORROR SUJEITO, CORPO E SEXUALIDADE: DISCURSO E SUJEITO DE SEXUALIDADE: AMOR ENTRE MULHERES NO CINEMA DE HORROR Mirtes Ingred Tavares Marinho (UESB) Nilton Milanez (UESB) RESUMO O presente trabalho está sendo

Leia mais

FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROGRAMA GERAL DE DISCIPLINA - PGD

FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROGRAMA GERAL DE DISCIPLINA - PGD UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN CAMPUS AVANÇADO PROFª. MARIA ELISA DE A. MAIA - CAMEAM DEPARTAMENTO DE LETRAS DL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS PPGL Curso de Mestrado Acadêmico

Leia mais

O USO DA ANÁTOMO-POLÍTICA NAS ESCOLAS: DA DOCILIZAÇÃO DOS CORPOS AO PANOPTISMO

O USO DA ANÁTOMO-POLÍTICA NAS ESCOLAS: DA DOCILIZAÇÃO DOS CORPOS AO PANOPTISMO O USO DA ANÁTOMO-POLÍTICA NAS ESCOLAS: DA DOCILIZAÇÃO DOS CORPOS AO PANOPTISMO FLÁVIA FERREIRA TRINDADE 1 ; KELIN VALEIRÃO 2 1 Universidade Federal de Pelotas flaviaftrindade@hotmail.com 2 Universidade

Leia mais

DISCURSIVIDADES EM FOTOGRAFIA: CONSTITUIÇÃO DO CORPO FEMININO NA HISTÓRIA

DISCURSIVIDADES EM FOTOGRAFIA: CONSTITUIÇÃO DO CORPO FEMININO NA HISTÓRIA DISCURSIVIDADES EM FOTOGRAFIA: CONSTITUIÇÃO DO CORPO FEMININO NA HISTÓRIA Haloana Moreira Costa¹, Guilherme Figueira-Borges² haloanacosta@gmail.com 1, 2 Universidade Estadual de Goiás Campus Iporá. Avenida

Leia mais

FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROGRAMA GERAL DE DISCIPLINA - PGD

FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROGRAMA GERAL DE DISCIPLINA - PGD UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN CAMPUS AVANÇADO "PROF*. MARIA ELISA DE A. MAIA" - CAMEAM DEPARTAMENTO DE LETRAS - DL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - PPGL Curso de Mestrado Académico

Leia mais

MEMÓRIA E PODER NO FUNCIONAMENTO DA CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ. Jorge Cleiton Silva Souza Edvania Gomes da Silva INTRODUÇÃO

MEMÓRIA E PODER NO FUNCIONAMENTO DA CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ. Jorge Cleiton Silva Souza Edvania Gomes da Silva INTRODUÇÃO MEMÓRIA E PODER NO FUNCIONAMENTO DA CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ Jorge Cleiton Silva Souza Edvania Gomes da Silva INTRODUÇÃO Em 1965, sob os auspícios das reformas realizadas pelo Concílio Vaticano

Leia mais

CONSTRUÇÕES DISCURSIVAS DOS CONCEITOS DE CRIANÇA E ADOLESCENTE EM MATERIALIDADES LEGISLATIVAS. José Ricardo de Souza Rebouças Bulhões 1 INTRODUÇÃO

CONSTRUÇÕES DISCURSIVAS DOS CONCEITOS DE CRIANÇA E ADOLESCENTE EM MATERIALIDADES LEGISLATIVAS. José Ricardo de Souza Rebouças Bulhões 1 INTRODUÇÃO CONSTRUÇÕES DISCURSIVAS DOS CONCEITOS DE CRIANÇA E ADOLESCENTE EM MATERIALIDADES LEGISLATIVAS José Ricardo de Souza Rebouças Bulhões 1 INTRODUÇÃO O presente resumo apresenta os resultados parciais de pesquisa

Leia mais

DISCIPLINAS OPTATIVAS

DISCIPLINAS OPTATIVAS PPGMLS 005 Literatura e Produção de Memória Social (M DISCIPLINAS OPTATIVAS 60 4 Estudo, em perspectiva histórica, das relações entre os diversos gêneros líricos e a perenização do nome cantado. Os usos

Leia mais

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013 DISCURSO, MEMÓRIA E CORPO: O CROMÁTICO DISCURSIVO E O DIRECIONAMENTO DO OLHAR EM COLOR ME BLOOD RED Nilton Milanez* (UESB) Danilo Dias** (UESB) RESUMO Propomos uma análise do discurso fílmico materializado

Leia mais

A POLÍTICA NA ORDEM DO DISCURSO MIDIÁTICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DO ENUNCIADO LULA É O CARA

A POLÍTICA NA ORDEM DO DISCURSO MIDIÁTICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DO ENUNCIADO LULA É O CARA Página 251 de 315 A POLÍTICA NA ORDEM DO DISCURSO MIDIÁTICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DO ENUNCIADO LULA É O CARA Joseane Silva Bittencourt 99 (UESB) Nilton Milanez 100 (UESB) RESUMO O presente trabalho

Leia mais

SER MULHER NA POLÍCIA CIVIL: DESIGUALDADES DE GÊNERO NO CURSO DE FORMAÇÃO POLICIAL DA ACADEPOL/SC

SER MULHER NA POLÍCIA CIVIL: DESIGUALDADES DE GÊNERO NO CURSO DE FORMAÇÃO POLICIAL DA ACADEPOL/SC 1 SER MULHER NA POLÍCIA CIVIL: DESIGUALDADES DE GÊNERO NO CURSO DE FORMAÇÃO POLICIAL DA ACADEPOL/SC Educação, Linguagem e Memória Maria Aparecida Casagrande 1 (maparecida@pc.sc.gov.br) Introdução A presente

Leia mais

GAROTO ASSASSINO MATA EX-NAMORADA E FILMA : PRODUÇÃO DE VERDADE E BIOPOLÍTICA NO YOUTUBE

GAROTO ASSASSINO MATA EX-NAMORADA E FILMA : PRODUÇÃO DE VERDADE E BIOPOLÍTICA NO YOUTUBE GAROTO ASSASSINO MATA EX-NAMORADA E FILMA : PRODUÇÃO DE VERDADE E BIOPOLÍTICA NO YOUTUBE Samene Batista Pereira Santana 1 Rahíssa de Azevedo Gomes 2 Micheline Flôres Porto Dias 3 INTRODUÇÃO O presente

Leia mais

DISCURSO E CINEMA: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO PROFESSOR EM DETACHMENT. Claudinete Oliveira Sobrinho 1 Janaina de Jesus Santos 2 INTRODUÇÃO

DISCURSO E CINEMA: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO PROFESSOR EM DETACHMENT. Claudinete Oliveira Sobrinho 1 Janaina de Jesus Santos 2 INTRODUÇÃO DISCURSO E CINEMA: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO PROFESSOR EM DETACHMENT Claudinete Oliveira Sobrinho 1 Janaina de Jesus Santos 2 INTRODUÇÃO O professor é considerado atualmente como o responsável pela educação,

Leia mais

CONCEITO DE GÊNERO: CONTEXTUALIZANDO A CONSTRUÇÃO SOCIAL

CONCEITO DE GÊNERO: CONTEXTUALIZANDO A CONSTRUÇÃO SOCIAL CONCEITO DE GÊNERO: CONTEXTUALIZANDO A CONSTRUÇÃO SOCIAL José Hildemarcio Mendes Soares Universidade Federal da Paraíba UFPB (marcio.017@hotmail.com) INTRODUÇÃO Masculino ou feminino. Homem ou mulher.

Leia mais

MEMÓRIA, RELIGIÃO E POLÍTICA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010: A VOZ DO (E)LEITOR

MEMÓRIA, RELIGIÃO E POLÍTICA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010: A VOZ DO (E)LEITOR 55 de 119 MEMÓRIA, RELIGIÃO E POLÍTICA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010: A VOZ DO (E)LEITOR Luana Aparecida Matos Leal (UESB) Edvania Gomes da Silva* (UESB) RESUMO: Este trabalho apresenta uma análise de

Leia mais

THE FALL OF THE HOUSE OF USHER : INVESTIGAÇÕES SOBRE O DISCURSO E O FANTÁSTICO EM E. A. POE

THE FALL OF THE HOUSE OF USHER : INVESTIGAÇÕES SOBRE O DISCURSO E O FANTÁSTICO EM E. A. POE Página 641 de 658 THE FALL OF THE HOUSE OF USHER : INVESTIGAÇÕES SOBRE O DISCURSO E O FANTÁSTICO EM E. A. POE Valdinéia Martins Santos (UESB) Janaina de Jesus Santos (UESB) RESUMO Tendo como objeto de

Leia mais

O ESTEREÓTIPO DO MONSTRO: UMA DISCUSSÃO SOBRE A MONSTRUOSIDADE E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIAL

O ESTEREÓTIPO DO MONSTRO: UMA DISCUSSÃO SOBRE A MONSTRUOSIDADE E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIAL O ESTEREÓTIPO DO MONSTRO: UMA DISCUSSÃO SOBRE A MONSTRUOSIDADE E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIAL Nilton Milanez * Ciro Prates ** Resumo: Este texto tem como objetivo fazer uma reflexão acerca dos estereótipos,

Leia mais

FOUCAULT A Coragem da Verdade e o Cuidado de Si

FOUCAULT A Coragem da Verdade e o Cuidado de Si 1. França 1926 a 1984 2. Temas e conceitos privilegiados: antropologia, psicologia, história e política homem (ética e cuidado de si) poder razão (loucura, delinquência e sexualidade) saber verdade 3.

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO E DOUTORADO (Resolução nº 182/2017-CI/CCH 31/10/2017)

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO E DOUTORADO (Resolução nº 182/2017-CI/CCH 31/10/2017) EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO E DOUTORADO (Resolução nº 182/2017-CI/CCH 31/10/2017) A constituição do texto oral Estudo da constituição do texto oral, seus processos

Leia mais

MÍDIA E EFEITOS DE SENTIDO DO ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO O CASO DA MÁFIA DOS SANGUESSUGAS

MÍDIA E EFEITOS DE SENTIDO DO ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO O CASO DA MÁFIA DOS SANGUESSUGAS Página 331 de 658 MÍDIA E EFEITOS DE SENTIDO DO ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO O CASO DA MÁFIA DOS SANGUESSUGAS Leandro Chagas Barbosa * (UESB) Maria da Conceição Fonseca-Silva ** (UESB) RESUMO Neste trabalho,

Leia mais

TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS

TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS Júlia Arruda F. Palmiere 1 (juliapalmiere@hotmail.com) Anita Guazzelli Bernardes 2 (anitabernardes1909@gmail.com) Dayane Eurico

Leia mais

PÊCHEUX E A PLURIVOCIDADE DOS SENTIDOS 1

PÊCHEUX E A PLURIVOCIDADE DOS SENTIDOS 1 1 PÊCHEUX E A PLURIVOCIDADE DOS SENTIDOS 1 Silmara Cristina DELA-SILVA Universidade Estadual Paulista (Unesp)... as palavras, expressões, proposições etc., mudam de sentido segundo as posições sustentadas

Leia mais

O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Edilva Bandeira 1 Maria Celinei de Sousa Hernandes 2 RESUMO As atividades de leitura e escrita devem ser desenvolvidas com textos completos

Leia mais

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Caroline Martins de Sousa Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro - DFIME / UFSJ (Tutora

Leia mais

DESENHANDO A ESCRITA: O(S) SENTIDO(S) NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA DE ENTREMEIO Clésia da Silva Mendes Zapelini UNISUL

DESENHANDO A ESCRITA: O(S) SENTIDO(S) NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA DE ENTREMEIO Clésia da Silva Mendes Zapelini UNISUL DESENHANDO A ESCRITA: O(S) SENTIDO(S) NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA DE ENTREMEIO Clésia da Silva Mendes Zapelini UNISUL Neste trabalho, trataremos da questão da escrita enquanto materialidade significante produzida

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcos Paulo A. de Jesus Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro

Leia mais

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO.

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO. ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO. Jéssica Salvino Mendes 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e-mail: jessicasalvinom@gmail.com

Leia mais

Programa: Enquadramento; Dinâmicas e processos associados à violência conjugal; A lei e o combate à violência doméstica questões legais.

Programa: Enquadramento; Dinâmicas e processos associados à violência conjugal; A lei e o combate à violência doméstica questões legais. Programa: Enquadramento; Dinâmicas e processos associados à violência conjugal; A lei e o combate à violência doméstica questões legais. Vídeo: Os tabus sociais na perceção de géneros e papéis sexuais

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA DISCIPLINA: Tópicos em relação língua/história/sujeito: objeto e método de pesquisa em Michel Foucault.

Leia mais

CINEMA, VÍDEO, GODARD SUJEITOS DO CINEMA, PROCEDIMENTOS DO DISCURSO COORDENAÇÃO. Nilton Milanez Ceres Luz

CINEMA, VÍDEO, GODARD SUJEITOS DO CINEMA, PROCEDIMENTOS DO DISCURSO COORDENAÇÃO. Nilton Milanez Ceres Luz CINEMA, VÍDEO, GODARD SUJEITOS DO CINEMA, PROCEDIMENTOS DO DISCURSO COORDENAÇÃO Nilton Milanez Ceres Luz O curso em tela tem como objetivo o estudo das articulações do dispositivo audiovisual a partir

Leia mais

Educação e Diversidade. Tema 5: Gênero, sexualidade e diversidade na Escola.

Educação e Diversidade. Tema 5: Gênero, sexualidade e diversidade na Escola. Educação e Diversidade. Tema 5: Gênero, sexualidade e diversidade na Escola. Para início de conversa Como o gênero e a sexualidade são tratados em sala de aula? A questão do tabu não se discute. Dificuldades

Leia mais

VIOLÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS: O CORPO E A TRAVESTI NO CURTA- METRAGEM BAIANO DA ALEGRIA, DO MAR E DE OUTRAS COISAS

VIOLÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS: O CORPO E A TRAVESTI NO CURTA- METRAGEM BAIANO DA ALEGRIA, DO MAR E DE OUTRAS COISAS 1 VIOLÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS: O CORPO E A TRAVESTI NO CURTA- METRAGEM BAIANO DA ALEGRIA, DO MAR E DE OUTRAS COISAS Ricardo Amaral (Uesb/Labedisco/Fapesb) ricardo.a.amaral@hotmail.com Nilton Milanez (Uesb/Labedisco/CNPq)

Leia mais

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. AGRESSÕES PERPETRADAS POR GENRO CONTRA SOGRA. INCIDÊNCIA DA LEI N.º 11.340/06. 1. A incidência da Lei n.º 11.340/06 depende de que a violência seja baseada

Leia mais

O LEGADO DE EVA: O DISCURSO DO GÊNESIS NOS CARTUNS

O LEGADO DE EVA: O DISCURSO DO GÊNESIS NOS CARTUNS 273 de 368 O LEGADO DE EVA: O DISCURSO DO GÊNESIS NOS CARTUNS Iraneide Santos Costa (UFBA) iraneidesc@uol.com.br RESUMO O artigo procura mostrar que é na primeira mulher bíblica que já se modela uma ideologia

Leia mais

Profa. Dra. Carolina Mandaji paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes

Profa. Dra. Carolina Mandaji paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes Profa. Dra. Carolina Mandaji cfernandes@utfpr.edu.br paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes Discussão filme Desmundo Discussão texto Literatura e Cinema Experimentações com a linguagem fílmica História

Leia mais

04/07 IDENTIDADE IDEAL VERSUS CORRUPÇÃO EM PROPAGANDA POLÍTICA Regiane Bellay (Universidade Estadual de Maringá mestranda em Letras)

04/07 IDENTIDADE IDEAL VERSUS CORRUPÇÃO EM PROPAGANDA POLÍTICA Regiane Bellay (Universidade Estadual de Maringá mestranda em Letras) 04/07 IDENTIDADE IDEAL VERSUS CORRUPÇÃO EM PROPAGANDA POLÍTICA Regiane Bellay (Universidade Estadual de Maringá mestranda em Letras) Introdução Para sustentar o discurso da honestidade, na Venezuela, um

Leia mais

POLÍCIA DO CORPO E SEXO NA IGREJA: MATERIALIDADES FÍLMICAS DO PORNÔ ESCOLA PENAL DE MENINAS VIOLENTADAS (1977)

POLÍCIA DO CORPO E SEXO NA IGREJA: MATERIALIDADES FÍLMICAS DO PORNÔ ESCOLA PENAL DE MENINAS VIOLENTADAS (1977) POLÍCIA DO CORPO E SEXO NA IGREJA: MATERIALIDADES FÍLMICAS DO PORNÔ ESCOLA PENAL DE MENINAS VIOLENTADAS (1977) Tyrone Chaves Filho * Nílton Milanez ** Resumo: Pretendemos com esse trabalho analisar como,

Leia mais

Thiago Kava dos Santos *

Thiago Kava dos Santos * CONSIDERAÇÕS SOBRE HABERMAS E O MOVIMENTO DE OCUPAÇÃO DE WALL STREET Thiago Kava dos Santos * Resumo: Partindo do quarto ensaio do livro Pensamento Pós-Metafísico, de 1988, Ações, Atos de fala, interações

Leia mais

Objetivos 05/09/2017. Ao nascermos... Psicologia aplicada à nutrição

Objetivos 05/09/2017. Ao nascermos... Psicologia aplicada à nutrição Psicologia aplicada à nutrição O indivíduo como sujeito social e sua relação com o seu ambiente Uma condição sócio-histórica Compreender a relação indissociável entre indivíduo e sociedade na subjetividade

Leia mais

Desigualdades, dores e prazeres na escrita urbana: algumas notas sobre pich[x]ações" em São Paulo e Rio de Janeiro

Desigualdades, dores e prazeres na escrita urbana: algumas notas sobre pich[x]ações em São Paulo e Rio de Janeiro Desigualdades, dores e prazeres na escrita urbana: algumas notas sobre pich[x]ações" em São Paulo e Rio de Janeiro Giovana Zimermann (FMU FIAM FAAM/SP) Fernando Pinho (IPPUR/UFRJ) Tendo em vista o tema

Leia mais

Sumário. Apresentação... 7 Alice Cunha de Freitas Maria de Fátima F. Guilherme de Castro

Sumário. Apresentação... 7 Alice Cunha de Freitas Maria de Fátima F. Guilherme de Castro Sumário Apresentação... 7 1 a parte Estudos lingüísticos e estudos literários: fronteiras na teoria e na vida... 13 Beth Brait Referente e discurso literário: a história de Jó Joaquim e o Desenredo de

Leia mais

O CURRÍCULO DO PROGRAMA VALE JUVENTUDE E A GOVERNAMENTALIDADE DA SEXUALIDADE DOS JOVENS

O CURRÍCULO DO PROGRAMA VALE JUVENTUDE E A GOVERNAMENTALIDADE DA SEXUALIDADE DOS JOVENS O CURRÍCULO DO PROGRAMA VALE JUVENTUDE E A GOVERNAMENTALIDADE DA SEXUALIDADE DOS Vilma Nonato de Brício Universidade Federal do Pará, Brasil briciovn@gmail.com EIXO: 8. Currículo, Inclusão e Diferença

Leia mais

CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna:

CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: inserção da análise da conduta delitiva, do controle

Leia mais

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade)

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade) Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 1.1 Corpo, cérebro e mente 1.2 Sensação e percepção 1.2.1 Características das sensações 1.2.2 Fatores que afetam a percepção 1.2.3 Fenômenos

Leia mais

Autor: Hamilton Borges da Silva Junior

Autor: Hamilton Borges da Silva Junior Artigos Jurídicos Autor: Hamilton Borges da Silva Junior ESTUPRO: LEI 12015/2009 ALTEROU O ARTIGO 213 DO CODIGO PENAL QUE TRATA SOBRE O ESTUPRO, ANÁLISE DE COMO FICOU E QUAIS AS DIFERENÇAS EM RELAÇÃO À

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina CIS211 Sociologia Contemporânea II

Programa Analítico de Disciplina CIS211 Sociologia Contemporânea II 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Ciências Sociais - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal

Leia mais

Psicologia. Introdução

Psicologia. Introdução Psicologia Introdução O que é Psicologia? Senso Comum: De psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco. ele usa de psicologia para vender seu produto e quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto

Leia mais

ANÁLISE DE DISCURSO de origem francesa. Circulação e textualização do conhecimento científico PPGECT maio 2015 Henrique César da Silva

ANÁLISE DE DISCURSO de origem francesa. Circulação e textualização do conhecimento científico PPGECT maio 2015 Henrique César da Silva ANÁLISE DE DISCURSO de origem francesa Circulação e textualização do conhecimento científico PPGECT maio 2015 Henrique César da Silva Por que análise de discurso no campo da educação científica? Análise

Leia mais

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013 THE PICTURE OF DORIAN GRAY: IMAGENS DE HORROR NO CORPO Tatiana Simões dos Santos * (UESB) Janaina de Jesus Santos ** (UESB) RESUMO Este trabalho toma os referenciais da Análise do Discurso e faz um entrecruzamento

Leia mais

A pedofilia em questão no Brasil

A pedofilia em questão no Brasil A pedofilia em questão no Brasil Campo semântico Violência Abuso Crime Doença Sexualidade Tabu Machismo Realidade A cada dia, pelo menos 20 crianças de zero a nove anos de idade são atendidas nos hospitais

Leia mais

PRODUÇÕES CULTURAIS SURDAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BILINGUE

PRODUÇÕES CULTURAIS SURDAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BILINGUE Resumo PRODUÇÕES CULTURAIS SURDAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BILINGUE Beras, Júlia J.(IC); Lunardi-Lazzarin, Márcia L. R. (O). Universidade Federal de Santa Maria CNPq/ FIPE O projeto de pesquisa Produções

Leia mais

Esta pesquisa examina o problema do autor na Análise de Discurso, sobretudo a partir

Esta pesquisa examina o problema do autor na Análise de Discurso, sobretudo a partir 1 UM AUTOR À ESQUERDA? COPYLEFT E AUTORIA NA CONTEMPORANEIDADE Maíra NUNES maira.nunes@yahoo.com.br Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus de Araraquara (UNESP-Car) Escrita, efeito-sujeito

Leia mais

4 9 C 3 E B C? 5 5 > C 9 >? 1 <59DEB1 >? 39>5=1

4 9 C 3 E B C? 5 5 > C 9 >? 1 <59DEB1 >? 39>5=1 49C3EBC?55>C9>? 1 ? 39>5=1 31B=5>J9>;2?

Leia mais

O JURAMENTO DAS TESTEMUNHAS EM PROCESSOS CRIMINAIS: PRODUÇÃO DE VERDADE E DISCURSO

O JURAMENTO DAS TESTEMUNHAS EM PROCESSOS CRIMINAIS: PRODUÇÃO DE VERDADE E DISCURSO O JURAMENTO DAS TESTEMUNHAS EM PROCESSOS CRIMINAIS: PRODUÇÃO DE VERDADE E DISCURSO Jorge Raphael Rodrigues de Oliveira Cotinguiba 1 Rafaela Pacífico Carvalho 2 SameneBatista Pereira Santana 3 INTRODUÇÃO

Leia mais

TÍTULO VI CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

TÍTULO VI CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL TÍTULO VI CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL MORAL PÚBLICA SEXUAL DIREITO PENAL IV Prof. Hélio Ramos Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar

Leia mais

atualidade é a chamada ideologia de gênero. eloquente manifestação da rebeldia humana contra Deus.

atualidade é a chamada ideologia de gênero. eloquente manifestação da rebeldia humana contra Deus. OTema muito recorrente na atualidade é a chamada ideologia de gênero. OA ideologia de gênero é uma eloquente manifestação da rebeldia humana contra Deus. www.portalebd.org.br Slide 2 OQuando o Senhor criou

Leia mais

Atividades de Leitura: Uma Análise Discursiva

Atividades de Leitura: Uma Análise Discursiva Atividades de Leitura: Uma Análise Discursiva Jeize de Fátima Batista 1 Devido a uma grande preocupação em relação ao fracasso escolar no que se refere ao desenvolvimento do gosto da leitura e à formação

Leia mais

A ESCRITA INFANTIL: SENTIDOS E INTERPRETAÇÃO DOS REGISTROS DAS CRIANÇAS

A ESCRITA INFANTIL: SENTIDOS E INTERPRETAÇÃO DOS REGISTROS DAS CRIANÇAS A ESCRITA INFANTIL: SENTIDOS E INTERPRETAÇÃO DOS REGISTROS DAS CRIANÇAS Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL clesia.zapelini@unisul.br Para iniciar... Neste trabalho, trataremos da questão da constituição

Leia mais

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual Marly de Fátima Monitor de Oliveira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp Araraquara e-mail:

Leia mais

FOUCAULT: CONTRIBUIÇÕES PARA A COMPREENSÃO DOS GÊNEROS NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA

FOUCAULT: CONTRIBUIÇÕES PARA A COMPREENSÃO DOS GÊNEROS NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA FOUCAULT: CONTRIBUIÇÕES PARA A COMPREENSÃO DOS GÊNEROS NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA Leticia Rodrigues da Silva Santos (*) (Programa de Iniciação Científica, UNIPAR, Umuarama PR, Brasil.); Danielle Jardim

Leia mais

MÍDIA E DISCURSIVIDADE: DILMA E RADICAIS DO PT

MÍDIA E DISCURSIVIDADE: DILMA E RADICAIS DO PT 97 de 664 MÍDIA E DISCURSIVIDADE: DILMA E RADICAIS DO PT Leandro Chagas Barbosa 23 (UESB) Adilson Ventura da Silva 24 (UESB) Maria da Conceição Fonseca-Silva 25 (UESB) RESUMO Neste trabalho, discutimos

Leia mais

FEMINICÍDIO: UMA REALIDADE BRASILEIRA. Laylla Nayanne Dias Lopes Victor Augusto Cardoso FACULDADE ALFREDO NASSER

FEMINICÍDIO: UMA REALIDADE BRASILEIRA. Laylla Nayanne Dias Lopes Victor Augusto Cardoso FACULDADE ALFREDO NASSER FEMINICÍDIO: UMA REALIDADE BRASILEIRA Laylla Nayanne Dias Lopes Victor Augusto Cardoso FACULDADE ALFREDO NASSER ANA CELUTA F. TAVEIRA Faculdade Alfredo Nasser Mestre em Direito e Doutora em Educação anaceluta@yahoo.com.br

Leia mais

Vitimização e Violência

Vitimização e Violência Vitimização e Violência Violência contra o jovem Tempo previsto: duas aulas Críticas 1. Os argumentos expostos são, no máximo, exposições do código penal, ou então uma interpretação biológica acerca da

Leia mais

ELIMÁRCIA AGUIAR LEITE AMORES CONTEMPORÂNEOS: UMA ARQUEGENEALOGIA DO DISPOSITIVO AMOROSO EM DIÁLOGOS DE FILMES HOLLYWOODIANOS

ELIMÁRCIA AGUIAR LEITE AMORES CONTEMPORÂNEOS: UMA ARQUEGENEALOGIA DO DISPOSITIVO AMOROSO EM DIÁLOGOS DE FILMES HOLLYWOODIANOS ELIMÁRCIA AGUIAR LEITE AMORES CONTEMPORÂNEOS: UMA ARQUEGENEALOGIA DO DISPOSITIVO AMOROSO EM DIÁLOGOS DE FILMES HOLLYWOODIANOS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Psicologia

Leia mais

Iniciação Científica no Ensino Fundamental: a experiência de participação em feiras de ciências e os impactos na formação

Iniciação Científica no Ensino Fundamental: a experiência de participação em feiras de ciências e os impactos na formação Iniciação Científica no Ensino Fundamental: a experiência de participação em feiras de ciências e os impactos na formação Sandra de Oliveira Helena Venites Sardagna André Luís Viegas Introdução O pôster

Leia mais

VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto

VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL. Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto VIOLÊNCIA, CRIME E JUSTIÇA NO BRASIL Conexões de saberes/ UFAL Sociologia Cezar Augusto Violência como objeto de estudo A violência é um fenômeno fracionado em diversas categorias; Presente espaço urbano

Leia mais

DISCUSIVIDADE SOBRE A MULHER EM CONTOS DE FADAS

DISCUSIVIDADE SOBRE A MULHER EM CONTOS DE FADAS 331 de 368 DISCUSIVIDADE SOBRE A MULHER EM CONTOS DE FADAS Geórgia Sampaio Godoy * Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia Geórgia-godoy@hotmail.com

Leia mais

Poder e sociedade: Foucault ( ) Profª Karina Oliveira Bezerra

Poder e sociedade: Foucault ( ) Profª Karina Oliveira Bezerra Poder e sociedade: Foucault (1926 1984) Profª Karina Oliveira Bezerra Poder Não deve-se tomar o poder como um fenômeno de dominação maciço e homogêneo de um individuo sobre os outros, de um grupo sobre

Leia mais

Confiança Estereótipos de Género e Papéis Sociais

Confiança Estereótipos de Género e Papéis Sociais Amor Ciúme Confiança Estereótipos de Género e Papéis Sociais Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.. Luís Vaz de

Leia mais