A PRESENÇA DE MANCHA NEGRA E SUA RELAÇÃO COM A BAIXA PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM CRIANÇAS

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1 LT p ec CC S.0" 6 rin I UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA A PRESENÇA DE MANCHA NEGRA E SUA RELAÇÃO COM A BAIXA PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM CRIANÇAS Liziane Rizzolo de Oliveira Monografia apresentada ao Curso de r- r l Especialização em Odontopediatria, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de especialista em Odontopediatria. Orientadora: Prof' Dr' Vera Lúcia Bosco FLORIANÓPOLIS 2001

2 LI F S C Bibliote ea Setoriali CCS-O Dedico esta monografia aos meus pais, que mais do que ninguém souberam traduzir a um filho o dificil sentido da palavra "realização", tendo sido incansáveis na tentativa de me fazerem senti-la. Obrigada pai e mãe, sintam-se com a missão cumprida, pois o esforço de vocês, decididamente, não foi em vão e é responsável por grande parte da luz que brilha em meus olhos hoje.

3 AGRADECIMENTOS Agradeço à minha orientadora. prof Vera Lúcia Bosco, por ter-me instigado ao conhecimento e estimulado-me a buscá-lo. Por sua clareza no momento de orientar-me, impedindo que nos perdêssemos no afd de pesquisar. E, por ter desempenhado. ao mesmo tempo, as dificeis missões de ser mestre e amiga. Agradeço também a professora Ana Regina Romano, por ter sido quem, sem dúvida, me fez amar a Odontopediatria mostrando sua beleza, o quanto a motivação faz diferença e a importância da promoção de saúde. Talvez não seja muito dizer que ela é uma das maiores responsáveis por esta escolha profissional. Obrigada querida amiga, por ter cruzado meu caminho. Ainda, obrigada aos amigos, aos que tive que me distanciar, aos demais professores da disciplina, e a todos aqueles que, direta e indiretamente colaboraram para tamanha felicidade. Por fim. obrigada a Deus por tudo pois sem Ele, nada.

4 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT 6 1 INTRODUÇÃO 2 PROPOSIÇÃO 9 3 REVISÃO DE LITERATURA DISCUSSÃO 18 5 CONCLUSÕES /1 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5 RESUMO A presença de manchas extrínsecas escuras, que vão de negas a amarronzadas, em crianças com dentição decidua e mista, vem comumente, acompanhada da observação clinica de baixa prevalência de cárie. 0 assunto, abordado superficialmente pelos livros da area odontológica, foi revisado na literatura em busca de um conhecimento mais abrangente e aprofundado. Os estudos sobre este tema existem desde a década de 30 até a data de hoje e foram feitos em diferentes regiões do mundo. Epidemiologicamente observa-se uma variação de 2,54% a 19,8% de crianças acometidas por este tipo de placa dentária. As manchas negras estão associadas à baixa incidência de caries, apesar de ainda não ter sido apontado um fator responsável para esta relação. Trabalhos sobre a microbiota destas manchas revelam a predominância de Actinomyces e uma pequena participação de Streptococcus. 0 que produz o pimiento negro ainda é uma incognita, havendo apenas sugestões para sua ocorrência. A necessidade de novas pesquisas para responder aos questionamentos em aberto e, ainda, às possíveis conseqüências das manchas negras na idade adulta, é inegável, se considerada sua importância clinica, cientifica e a influência na saúde bucal de um percentual considerável de crianças na população.

6 ABSTRACT The occurence black extrinsic tooth stain, since black color until brown in the children with primary or mixed dentition have been _frequently, beside of the clinical observation of low caries revalence. This subject. by odontologic literature superficially analyzed, was review looking for a more inclusive and deep knowledge. There is some studies about this subject since 1930 until nowadays and its was done in different countries of World. In epidemiological terms there is a variation: 2,54% to 19,8% of black stain in the children. By literture, there is a positive relation between black stain and low caries incidence, although still wasn't found a resposible factor for this relation. Researches about the microflora of black stain showed more predominance of Actinomyces, and a litlle presence of Streptococcus. What is responsible by black pigment production, still is inknow, there is only suggestions about it. More studies are important to answer this questions and, other questions like what consequences of black stain in adult life.the clinical and cientific importance of it is evidente, principally if consider black stain influence in the bucal health of a considerable percents of children population.

7 7 1 INTRODUÇÃO É comum a observação clinica em consultórios odontológicos, de crianças portadoras de manchas negas sobre o esmalte dentdrio, principalmente durante a dentição decidua e mista. Apesar da queixa principal ser de que o manchamento causa desconforto estético, o que incomoda principalmente aos pais, o que chama a atenção dos profissionais mais atentos ao fato, é que as crianças portadoras destas pigmentações exógenas apresentam baixa prevalência de cárie dentária e pouco ou nenhum acumulo de placa bacteriana, chegando a ser referido por alguns autores (Shourie, 1947: Leung, 1950; Theilade, 1973; Mc Donald e Avery, 1995; Walter, 1997), até mesmo, uma certa imunidade ao desenvolvimento da doença cárie. As manchas aparecem na cervical do esmalte dos dentes deciduos, seguindo o contorno da gengiva, tanto na face bucal como na lingual, são de dificil remoção e recidivantes, caracterizando normalmente uma fina linha formada pela coalescência de máculas negas a arnarronzadas, de claro a escuro, de 0,5 a 1 mm de espessura, ocorrendo em maior diâmetro em locais de menor função mastigatória e muscular (Glickman e Carranza, 1992; Mc Donald e Avery, 1995). Segundo Shourie (1947), podem estar presentes em qualquer idade, tanto em dentições deciduas como em permanentes. Entretanto, ainda que essas informações sejam de grande importância dentro do contexto de promoção de saúde, o assunto parece ser tratado de forma superficial na literatura, sendo sua etiologia pouco pesquisada e descrita de maneira contraditória (Glickman e Carranza, 1992; Walter, 1997). Na area da odontopediatria, onde o tema deveria ter certo destaque, visto que, a maior prevalência e particularidades ocorrem em crianças em fase de dentição decidua, o assunto pouco mencionado nos livros clássicos, e quando citado, o é de forma superficial sendo

8 8 encontrado de forma mais consistente em livros sobre periodontia clinica. Muitos questionamentos permanecem e precisam ser respondidos, como o que produz o pigmento, porque e de que maneira interfere no desenvolvimento da doença cárie e quais suas influências na idade adulta. Portanto, a investigação em busca dessas respostas é relevante e necessária à comunidade cientifica.

9 9 2 PROPOSIÇÃO Este estudo de revisão de literatura, busca conhecer a composição microbiológica das manchas escuras, o que produz o pimiento, que situações ocorre, de que maneira interferem no risco A. doença cárie dentária de criança. Apresentará, ainda, dados epidemiológicos de sua incidência.

10 10 3 REVISÃO DE LITERATURA Um dos primeiros relatos na literatura sobre placas dentárias pigmentadas foi o de Bibby (1931). A amostra do trabalho consistia de 100 indivíduos com manchas nezras nos dentes e 100 sem manchas, os quais foram examinados quanto à incidência de caries e os últimos, avaliados quanto à composição da mancha negra e os fatores que influenciam em sua formação. Nas pessoas sem mancha, observou uma média de 9,04 dentes cariados, enquanto no outro grupo, com pigmentação, foi de apenas 5,3. Na identificação da microbiota, a espécie mais encontrada foi Actinomyce.s.. Do total da amostra, 15 limpavam seus dentes mais de uma vez por dia, 47 apenas uma vez, 14 menos de uma vez por dia e 24 não limpavam seus dentes, e desses, os primeiros apresentavam menor quantidade de placa. A pigmentação cessou com o uso de água oxigenada por 3 semanas, retornando após seu abandono. Apesar de existir casos de irmãos com manchas negras (20%), o alto percentual encontrado em orfanatos (80%) demonstra que não existe um padrão hereditário, mas sim, a ocorrência de um fator em comum, nesse caso, a dieta, a qual era predominantemente composta de muitas frutas, vegetais e leite, e muito pouco carboidrato, o que poderia influenciar na formação da placa, modificando a flora microbiológica bucal, a natureza da saliva, ou a precipitação de proteínas salivares. Procurando estabelecer relação entre a placa pigmentada e a população relativamente livre de cárie dentária, Shourie (1947) examinou 1097 meninos distribuídos em grupos segundo a idade de 13, 14 e 15 anos, encontrando placa pigmentada em 156 deles. A presença e a ausência da mancha foi classificada em: 1- sem linha; 2- incompleta coalescência das manchas pigmentadas; 3- linha continua de placa pigmentada. Observou que meninos sem linhas

11 11 pigmentadas, de todas as idades, são mais susceptiveis à cárie, e que indivíduos com maior grau de pigmentação apresentavam maior imunidade à doença. A porcentagem de dentes cariados em cada grupo por idade e no número total de dentes, também mostrou que houve menor incidência de caries e na média de lesões cariosas em crianças com placa pigmentada. Nas sem mancha negra, 30,5 e 8,3% de dentes deciduos e permanentes, estavam cariados e em meninos com a linha nega, a percentagem de dentes deciduos e permanentes que estavam cariados foi de 13,7 e 45%, respectivamente. A existência de mancha escura esteve associada com a relativa imunidade cárie dentária, podendo ser considerada no prognóstico da avaliação individual ao risco à cárie. Leung (1950) avaliou a freqüência de pigmentações, a possível relação entre as diferentes cores das manchas e sua distribuição na mesma boca em 355 crianças de orfanatos ( 244 meninos e Ill meninas), cuja média de idade era de 13,7 anos. As manchas observadas nas superficies vestibular ou lingual dos dentes foram classificadas por grupos de cores: verde, marrom, amarelo, laranja e negra. Do total da amostra. 80% apresentavam manchas detectáveis, havendo uma proporção de 2:1 para o sexo feminino. Dentre todas as cores, 208 (85%) dos meninos e 76 (69%) das meninas as possuíam, sendo a mancha verde predominante, seguida da marron, enquanto as amarelas, negras e laranjas foram agrupadas para ter um minimo significante. As ultimas foram evidenciadas em igual freqüência nos dois sexos. Quando presentes, as manchas negas estavam acompanhadas de outra, na maioria dos casos. Foi evidenciada uma susceptibilidade relativamente simétrica para os arcos superior / inferior e os lados esquerdo / direito das arcadas em todas as manchas; quanto à face, as linguais nos arcos superior e no inferior, tanto a lingual como a vestibular. A pigmentação marrom foi vista com maior freqüência na vestibular dos dentes superiores posteriores e lingual dos incisivos inferiores, não tendo sido estabelecida relação entre cor e incidência de cárie.

12 12 Sutcliffe (1967) investigou a associação entre higiene bucal e experiência de cal -le (CPOD). A amostra obtida foi de 520 meninos e 466 meninas. A idade variou entre 11 anos e 12 anos e 9 meses, com uma média de 11 anos e 9 meses. A higiene foi classificada em três categorias: ótima, boa e ruim, sendo a presença de manchas extrínsecas considerada. A mancha negra foi a menos prevalente. presente em apenas 1,6% da amostra, sem diferença significante quanto ao sexo. A marrom foi a mais comum, em 19,8% de todas crianças afetadas, ocorrendo mais em meninos que meninas. Não houve diferença na qualidade da higiene de crianças com mancha negra ou marrom e as sem manchas. Ótima higiene foi observada em 43,8% da amostra com pigmentação negra, comparada com 49.8% de crianças sem manchas e em 34.2% dos meninos e 53,8% das meninas com mancha marrom, contra 41,1% e 58,9%, respectivamente. das desprovidas de pigmentação. A média do CPOD da amostra com mancha negra foi 3.06, significantemente menor que os 5,67 das crianças sem manchas, semelhante ao da mancha marrom com 4,76 em meninos e 4,92 em meninas, comparado ao índice de 5,48 e 5,87, respectivamente, da outra. Portanto, esses dois grupos de pigmentação escura estiveram associados a baixa experiência de carie, o que não esteve relacionado à qualidade da higiene bucal Com o objetivo de considerar os diferentes aspectos da formação de polissacarideos extracelulares em relação à placa dental, Guggenheim (1970) observou que a síntese destes polissacarideos foi inibida pela produção de uma dextranase, enzima produzida em cultura de fungos Penicillium lilacinum. Cita, que o efeito de uma dextranase pura, produzida pela mesma cultura de fungos, em ratos superinfectados com uma flora indígena cariogênica, foi, em

13 13 giotobiose relativa, a redução da formação de placa e da atividade de cane em 78%, entretanto, quando administrada junto à ração, a redução foi de 57%. Com o objetivo de descrever a ultraestrutura da mancha negra de dentes deciduos - condição comumente associada à baixa freqüência de cane - e comparar com outros trabalhos sobre placas dentárias comuns, Theilade. Slots e Fejerskov (1973), coletaram a placa pigmentada de 10 crianças entre 6 e 10 anos de idade. Observaram que o depósito consistia de microrganismos, na maioria Gram positivos (G-r), onde 89% eram pequenos bastonetes e 5% cocos e de um pequenos grupo de bastonetes e cocos gram negativos (G-), encontrados na camada mais superficial, e de uma matriz intermicrobiana, granular ou filamentosa. A amostra pode ser classificada como placa dental normal_ diferindo por ser composta de microrganismos do mesmo tipo morfológico. As bactéria dominantes, estavam bem preservadas, muitas em processo de divisão celular e sem sinal de degeneração. Calcificações iniciais foram evidenciadas tanto na matriz intennicrobiana, quanto no interior dos microrganismos. Esta tendência calcificação foi semelhante, à formação de cálculo da placa dentária comum, sugerindo que o ph da mancha é mais estável do que o das placas cariogênicas. A microflora da mancha negra de dentes deciduos foi pesquisada por Slots (1974). Foram coletadas amostras da placa pigmentada em 11 crianças, com idades entre 3 e 5 anos e que possuíam baixa freqüência de caries e pouca ou nenhuma gengivite. As bactérias predominantes em 90% da amostra foram os bastonetes Gram-positivos, especialmente da espécie Actinomyces. Os cocos Gram-positivos, classificados como Streptococcus, apareceram em apenas 5% da amostra, enquanto os Bacteroides melaninogenicus, com uma contagem inferior a 1%, não foram considerados importantes para a presença da mancha negra, apesar de serem bactérias

14 14 cromogênicas. 0 estudo não determinou a relação da microflora bacteriana com a baixa freqüência de cáries observada nas crianças e, apesar de haver possibilidade da produção de pigmento negro pelos Actinomyces, sua etiologia deve ser comprovada, por estudos químicos mais específicos. Kelstrup et al. (1974), avaliaram as características bacteriológicas ultraestruturais e bioquímicas da placa dentária de 10 crianças do sexo masculino, marroquinas, com idades entre 12 e 14 anos, com baixa prevalência de cárie, alto consumo de sacarose, e presença de grande quantidade de placa. A análise da placa dentária revelou que mais de 80% das bactérias eram Gram-positivas facultativas, a maioria do gênero Streptococcus, entretanto os tipos Mutans, Sangius e Salivarius, embora presentes, encontravam-se em baixo número. O segundo grupo predominante foram as Gram-negativas facultativas, sendo observado um grande número de Else de bactérias. Embora inconclusivas. foram efetuadas hipóteses que procuram justi ficar a baixa prevalência de cárie nesta amostra: a produção de ácidos pelos microorganismos da placa é menor que o esperado; ou a porcentagem de flúor contida no chá, ingerindo 3 a 4 vezes ao dia tenha se concentrado na placa, modificando o metabolismo das bactérias. Com a intenção de classificar a flora da placa dentária de seis individuos livres de cárie (embora possuíssem uma dieta altamente cariogênica), com idades entre 11 e 41 anos, em uma comunidade da Nova Zelândia com uma alta prevalência de cárie, Gallagher et al. (1981) realizaram este estudo. Verificaram que a amostra possuía placas bacterianas acidogênicas, com potencial cariogenico, onde em média, 28,5% dos microrganismos eram anaeróbios estritos, 22,7% anaeróbios facultativos e apenas 0,6% aeróbios estritos. Observaram apenas um fator que poderia favorecer a resistência à cárie dentária: a produção de amônia durante a metabolização de

15 Bib UPS,- Ces_ o 15 proteínas ou de amino-ácidos por alguns microrganismos Gram negativos, o que poderia auxiliar na remineralização após o ataque inicial da cárie. Schuster (1982) citou que o gênero Bacteróides consta de bacilos Gram-negativos, obrigatoriamente anaeróbios e que o Bacteróides Alelaninogêniccus tem sido uma das espécies mais profundamente estudada devido a sua associação com infecções em humanos e por ser um gênero indispensável em infecções anaeróbias. 0 seu principal habitat bucal humano é o sulco gengival. Este gênero distingiiiu-se principalmente pelo seu requerimento de hemina ( via sanguínea) e a produção de um derivado da hematina, de verde amarronzado a preto, no caso de ingesta excessiva de hemina. Todas as cepas foram descritas como fortemente proteoliticas e produzem uma colagenase que digere o coldgeno nativo. Cerca de 60% não fermentam açúcar, mas produzem ácido lático e outras substâncias orgânicas ácidas, presumivelmente a partir de amino-ácidos. No Brasil, Franco e Issao (1990) examinaram 118 crianças no serviço de atendimento odontológico da Secretaria de Estado de Saúde de Carapicuiba, SP. Destas, 58 eram do sexo feminino e 60 do sexo masculino, com idade variando entre 3 anos e 4 anos e 11 meses. Do total, apenas três crianças apresentavam manchas negras (2,54%), sendo duas meninas (3,45%) e um menino (1,67%). A prevalência de cárie na dentição decidua de crianças portadoras de manchas negras é substancialmente menor que os sem as manchas e, ainda, as primeiras não apresentavam diferenças relevantes na dieta que justificasse a diferença de incidência de cárie, incluindo alimentos cariogênicos na mesma, como as demais crianças.

16 16 Glickman e Carranza (1992) citam as manchas negras como uma fina linha sobre os dentes, próximas à margem gengival. firmemente aderidas e com tendência a recidiva quando removidas. É mais freqüente em mulheres e está associada a uma ótima higiene. Nos dentes deciduos está relacionada com baixa incidência de cárie. As bactérias cromogênicas são acusadas como causa e os Actinomyces são a microflora dominante. Mc Donald e Avery (1995) descrevem a ocorrência ocasional de manchas negras em dentes deciduos ou permanentes de crianças, contudo sendo muito menos comuns que as alaranjadas ou verdes. Citam que a pigmentação pode ser vista como uma linha acompanhando o contorno gengival ou mais generalizada sobre a coroa e que, além de ser uma mancha de dificil remoção, muitas crianças que as apresentam estão relativamente isentas de cárie dentária. Walter (1997) relata que a ocorrência de manchas negas em dentes deciduos de crianças se deve à presença de Bacteráides Melaninogenicus na placa bacteriana, os quais produziriam amônia, ácidos fracos e amino-ácidos e que isto, portanto, seria a causa da imunidade à cárie dentária destas crianças. Recentemente, Di Nicoló e Moraes (2000) relataram um caso em familia com características clinicas e microbiológicas das manchas negras. São casos ocorridos em quatro irmãos, de 3,4, 6 (com dentição decidua) e 7 anos de idade (com dentição mista), sendo dois do sexo masculino e dois do sexo feminino, respectivamente. Ao exame clinico observaram a associação da presença das manchas negras com dentições integras, sem presença de cáries e manchas brancas. Quanto à, localização das manchas, sua distribuição generalizada nas superficies dos dentes foi observada nos quatro casos. Com relação ao ph salivar, os resultados

17 17 revelaram um padrão de normalidade e os exames microbiológicos do material removido da amostra não foi significativo. Não foi possível a associação da presença das manchas com algum componente especifico da dieta desses pacientes, observado através de seus diários alimentares, nem com os hábitos de higiene das crianças estudadas, entretanto, a orientação para uma cuidadosa higiene bucal é considerada como fator minimizante na recorrência das manchas negras.

18 18 4 DISCUSSÃO Há poucos dados epidemiológicos quanto à ocorrência de manchas negras na dentadura decidua e mista, entretanto, esses poucos encontram-se distribuídos em países de diferentes regiões, como Estados Unidos (Bibby, 1931; Leung, 1950; Sutclife, 1967), Índia (Shourie, 1947), Dinamarca (Theilade, Slots e Fejerskov, 1973; Slots, 1974) e Brasil (Franco e Issão, 1990; Di Nicoló, 2000), sendo, portanto de evidência mundial e, como pode ser observado, periodicamente revisto e pesquisado sem, entretanto, uma padronização que visasse a elucidação e comprovação cientifica individual dos diferentes fatos clínicos relacionados. Mc Donald e Avery (1995), Glickman e Carranza, (1992) citam apenas como sendo manchas ocasionais e menos comuns. Franco e Issdo (1990) encontraram apenas 2.54% de crianças brasileiras com manchas escurecidas, resultado semelhante a Suicide (1967) que relatou 1,6% de crianças americanas afetadas com a mancha negra, entretanto, houve 19,8% de crianças com a de cor marrom, assim como Leung (1950) que observou 18% acometidos com manchas marrons e pretas_ igualmente nos Estados Unidos e Shourie (1947), em 14,22% da amostra de crianças indianas. Tem sido relatado na literatura (Bibby, 1931; Sutcliffe, 1967; Theilade, Slots e Fejerskov, 1973; Slots, 1974; Kelstrup, 1974; Franco e Issão, 1990; Di Nicoló e Moraes, 2000) e clinicamente evidenciado, que crianças portadoras dessas manchas, negras e marrons, apresentam baixa prevalência de cárie. Leung (1950) é o único autor encontrado neste trabalho a discordar desta afirmação, não tendo encontrado, em seu trabalho, diferença significante no índice de cáries de crianças com e sem manchas extrinsecas negras. Vista a comprovação cientifica do fato, é incompreensível o pouco. ou quase nenhum destaque dado ao assunto nos livros texto de

19 19 odontopediatria, provavelmente devido ao não estabelecimento de uma hipótese comprovável, ou mesmo de um padrão único entre as várias pesquisas. Os depósitos da mancha escura diferem da placa bacteriana segundo Bibby (1931), Theilade, Slots e Fejerskov (1973) e Slots (1974), que indicam a presença de uma maior variabilidade na composição bacteriana e de um maior conteúdo de cálcio e fósforo, o que, além de causar uma mineralização da matriz intermicrobiana poderia reduzir a dissolução do esmalte (no processo des-re) e aumentar a capacidade tampão, acarretando um ph mais estável que o da placa cariogênica, sendo esta talvez, a causa do pouco aparecimento de lesões de cárie nestes pacientes. Este fato, contudo, não influenciaria ou sofreria a influência do ph salivar, já que este, quando analisado por Di Nicole) e Moraes (2000), estava dentro dos limites de normalidade. A predominância de 90% de bastonetes gam-t- (principalmente Actinomyces) foi evidenciada pelos mesmos autores (Theilade, Slots e Fejerskov, 1973 e Slots, 1974), enquanto que sua ocorrência na placa dental comum é de apenas 35 a 42% (segundo Slots, 1974). Os Streptococcus estavam presentes em apenas 5% da flora, podendo ser este, mais um fator contribuinte para a baixa incidência de cáries nestes pacientes, fato relatado também no estudo de Kelstnm (1974), onde apesar das crianças examinadas não apresentarem pigmentações extrínsecas, os S. Mutans, Sanguis e Salivarius encontravam-se em baixo número ( de 1,1% a 4,8%) e havia uma pequena prevalência de cdrie, apesar do alto consumo de sacarose e da grande quantidade de placa bacteriana. A relação da presença majoritária de Actinomyces com a baixa freqüência de cáries também não foi possível determinar. Segundo Slots (1974), os Actinomyces têm potencial cariogênico, sendo encontrados em grande número em lesões de cárie ativa. Entretanto, a alta percentagem deste microrganismo pode explicar a tendência de mineralização deste tipo de placa,

20 -)0 pois, segundo este autor, eles cons tituem a maior parte da flora do tártaro dentário, sendo importantes para sua formação. Walter (1997) e Franco e Issão (1990) citaram o Bacteniide Melaninogeniccus como responsável pela coloração escura da placa, porém Slots (1974) encontrou apenas I% deste microrganismo e sabe-se por Schuster (1982) que a produção de pigmento negro por esta espécie se da em condições de anaerobiose e por ingesta excessiva de hemina (via sangitinea). Slots (1974) considerou que a cor negra ocorria por produção dos Actinomyces, embora no estudo de Bibby (1931) este microrganismo não o tenha produzido em cultura. Apesar de Slots (1974), Franco e Issão (1990), Mc Donald (1995) e Walter (1997) sugerirem que a origem predisponente do pigmento é bacteriana, são necessários, ainda, estudos para comprovar sua etiologia, podendo ser esta coloração, inclusive, produzida por fungos Penicillium lilacinum que, segundo Guggenheim et al. (1967), além de ter a capacidade de produzir pigmento negro, sintetizam uma dextranase capaz de inibir polissacarideos extra-celulares, o que diminui consideravelmente a produção de placa bacteriana e a formação de lesões de cane.

21 21 5 CONCLUSÕES Após analisar a literatura, conclui-se que: 1) 0 assunto já foi explorado em toda literatura mundial, em diferentes datas, sendo observado em diferentes regiões, lido sendo influenciado, portanto, por condições geográficas ou climáticas. 2) 0 percentual de crianças com manchas negras e marrons 6 razoável (em média, 14,4%), sendo portanto, um assunto relevante epidemiologicamente. 3) Existe relação entre a presença de pigmentação escura (negra e marrom) e a baixa prevalência de cárie dentária. 4) Não foi constatado cientificamente um fator responsável pela baixa incidência de cáries em crianças portadoras destas manchas. 5) Os depósitos pigmentados consistem de microrganismos Grain positivos, em maioria, com menor variabilidade de espécies, sendo composto por bactérias do mesmo tipo morfológico e a placa tende à calcificação. 6) A placa pigmentada é composta de Actinomyces em maior número e os Streptococcus e B. melaninogeniccus estão presentes em menor número.

22 22 7) A etiologia do pigmento escuro não foi descoberta, variando entre sugestões que responsabilizam desde os Actinomyces até espécies de fungos. 8) A dieta não influi na predisposição para o aparecimento destas manchas. 9) Há necessidade de novas pesquisas com padrões comparáveis é inegável, visto sua importância clinica como sua ocorrência antagonista à carie dentária e sua prevalência na população. Além do fator responsável pelo baixo CPOD/ceo e pela coloração negra, questões como conseqüências na idade adulta e sua possível relação com doença periodontal também devem ser estudadas.

23 1 3 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIBBY, G. A study of a pigmented dental plaque. J. Dent. Res., Washington, v.11, p , DI NICOLO, R.; MORAES, E. Manchas extrinsecas: relato de quatro casos em uma família. JBP, Sao Paulo, v.3, n.15, p , set., out FRANCO, K. D., ISSAO, M. Manchas extrinsecas e sua relação com prevalência de cárie. Rev. Paul. de Odontol., Sao Paulo, v.12, n.3, p.23-30, GALLAGHER, I. C. et al. A survey of the flora of dental plaque in caries free people in New Zealand. Caries Res., Basel, v.15, n.5, p , GLICKMAN, A.; CARRANZA F. A. Periodontia Clinica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p GUGGENHEIM, B. Extracellular polysaccharides and microbial plaque. Int. Dent. J., Guildford, v.20, n.4, p , 1970 KELSTRUP, J. et al. Bacteriological, electron microscopical, and biochemical studies on dentogingival plaque of Morrocan children from an area with low caries prevalence. Caries Res., Basel, v.8, p.61-83, 1974

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