AV. TAMBORIS ESQUINA COM RUA DAS PEROBAS, S/Nº - SETOR SÃO LOURENÇO CEP MUNDO NOVO GOIÁS FONES:
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- Manoela da Mota Miranda
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1 SAÚDE BUCAL
2 INTRODUÇÃO A evolução da Odontologia enquanto ciência da saúde é uma realidade incontestável. Dentro deste contexto de mudanças de paradigma, no qual a Promoção de Saúde toma o lugar da prática tradicional mutiladora, conhecida como cirúrgica restauradora, a prevenção é fator primordial e passa a ser prioridade. Desenvolvimentos Históricos na Promoção de Saúde. A origem da nova saúde pública, ou nova movimenta de Promoção de Saúde, está no movimento de saúde pública do século I. O termo Promoção de Saúde foi usado pela primeira vez por Mark Lalombe, Ministro da Saúde e Bem Estar do Canadá. No famoso documento A New Perspective on the Health of Canadians, ele argumentou que as principais causas de mote e doença não são as características biológicas, mas o meio ambiente e o comportamento dos indivíduos estilo de vida (Lalombe, 1974). Embora fortemente tendencioso no sentido de colocar a responsabilidade nos indivíduos pela sua própria saúde, esse documento foi um passo muito importante porque pela primeira vez o governo de um país industrializado oficialmente reconheceu que para melhorar a saúde seria preciso interferir nos aspectos da política pública que afetam os comportamentos relacionados com a saúde dos indivíduos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também começou a contribuir para o desenvolvimento do novo movimento de promoção da saúde, sugerindo que esta deveria basear-se num modelo socio-ecológico, objetivando o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis. A mudança de comportamento deve ser ligada à mudança socioeconômica (WHO, 1981). Mais adiante, deixando bem claro que a nova estratégia proposta deveria ir muito além da tradicional educação em saúde, a OMS explicitou seus princípios chaves para a promoção de saúde:
3 Envolvimento da população como um todo no contexto de sua vida no dia-a-dia, ao invés de focar pessoas com risco de doenças específicas; Ação sobre determinantes da saúde para assegurar que o meio ambiente total, que está fora do controle dos indivíduos, conduza à saúde; Utilização de diversos métodos como comunicação, educação, legislação, medidas fiscais, mudança organizacional, desenvolvimento comunitário e atividades locais espontâneas, contra agentes prejudiciais a saúde; Participação pública efetiva, encorajando as pessoas acharem suas formas próprias de administrar a saúde de suas comunidades. Promoção de Saúde é basicamente uma atividade no campo social e não um serviço médico. Entretanto os profissionais de saúde têm um papel importante em fomentar e facilitar a promoção de saúde (WHO, 1984, 1988, 1991). Portanto, enquanto a meta na educação em saúde é tornar os indivíduos internamente melhor equipados para que possam fazer escolhas saudáveis; a Promoção em Saúde tenta fazer com que escolhas mais saudáveis torne-se escolhas mais fáceis. Para atingir esse objetivo a promoção de saúde tenta modificar as normas da sociedade e o meio ambiente, de forma que estes se tornem mais favoráveis em obtenção da saúde. O comportamento que faz mal é provocado em parte pela situação injusta em que vivemos. Ao invés de reformar as pessoas, a promoção em saúde precisa ajudá-las a mudar a situação. Por exemplo, muitas pessoas têm cárie e doença periodontal, porque não escovam os dentes. Mas porque eles não escovam os dentes: Não tem dinheiro para comprar escovas? Falta água em casa? Não aprenderam a escovar? O objetivo em promoção em saúde bucal, não é só passar a informação para a população que escovar os dentes é bom para ela; mas que também ela tem o direito de poder cuidar da própria saúde, quer dizer, ter acesso água fluoretada, informação, moradia adequada, etc.
4 Todos esses fatores são basicamente responsáveis pela maioria dos problemas de saúde, e em nada adianta visar só uma mudança de comportamento, se isso não inclui também uma ajuda de mudança de situação. Baseando-se no contexto de promoção em saúde bucal é que foi proposto o presente projeto. Uma vez que o mesmo busca levantar informações do motivo que está levando à atual situação de saúde bucal no município de Mundo Novo. A Odontologia deve promover saúde e não somente administrar as doenças dos indivíduos.
5 JUSTIFICATIVA A Odontologia em Saúde Coletiva entre outras atribuições, é a área responsável pelo desenvolvimento da teoria e prática, em bases científicas, do estudo das doenças bucais mais prevalentes numa população, dos principais fatores associados e das medidas de intervenção mais adequadas para reduzir e controlar essas doenças a níveis aceitáveis do ponto de vista social e econômico pela comunidade. Sendo assim, as atividades práticas propostas neste Projeto materializam sua importância, possibilitando a atuação através de ações individuais e coletivas junto aos problemas de saúde bucal das comunidades escolares. Utilizando o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Mundo Novo e da Prefeitura Municipal de Mundo Novo o projeto será êxito total.
6 OBJETIVOS Objetivos Gerais: Promover Promoção de Saúde e Educação em Saúde; Incentivar crianças e pais quanto à necessidade de ter controle de saúde bucal. Objetivos Específicos: Introduzir, reforçar e manter hábitos saudáveis que promovam saúde (individual, grupos ou comunidade); Provocar a mudança de comportamento do indivíduo;) Realizar a Avaliação de Risco quanto à cárie de todos os alunos das escolas municipais; Realizar Evidenciação de Placa Bacteriana nas crianças; Realizar HBS (Higiene Bucal Supervisionada); Realizar ATF (Aplicação Tópica de Flúor); Realizar triagem dos alunos para a UBS de acordo com a necessidade; Diminuir a incidência e prevalência da doença cárie nos escolares.
7 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO O presente projeto será realizado nas escolas municipais do município de Mundo Novo, no qual se desenvolverá um programa de prevenção baseado no levantamento do risco de cárie dos alunos com avaliação visual, através de exame bucal (quadro 1 e 2). De acordo com essa avaliação será feito o mapeamento das ações de saúde bucal conforme o grupo de risco à cárie. As ações de maior complexidade, serão encaminhadas para a UBS para receber tratamento odontológico específico necessário. Avaliação do Risco de Cárie A avaliação visual do risco de cárie é feita a partir de um exame clínico intra-oral de todos os elementos dentários no pátio da escola com mesa e instrumentos clínicos devidamente preparados. Durante esse exame também será avaliada toda a cavidade bucal da criança. Essa avaliação irá fornecer parâmetros para elaborar um programa preventivo específico para cada criança dependendo do seu risco. Tanto o programa como os fatores que temos que analisar para classificar as crianças conforme o risco, seguem abaixo.
8 Quadro 1 Características clínicas das etapas visíveis da doença cárie Lesão inicial de cárie, sem cavitação: Mancha branca ativa Lesão inicial de cárie controlada: Mancha branca inativa Lesão cacetada de cárie aguda Lesão cacetada de cárie crônica Cor branca, textura opaca, rugosa, localizada em área de acúmulo de placa. Cor branca ou pigmentada, textura lisa, brilhante. Cor amarelada, aspecto úmido e amolecido. Cor escurecida, brilhante, aspecto endurecido. Quadro 2 Classes de risco de cárie dentária e critérios para inclusão segundo a situação individual. Classifica ção Baixo risco (1) Alto risco (2) Grup o A1 A2 A3 B1 B2 Situação individual Ausência de lesão de cárie, sem placa e sem gengivite, sem mancha branca ativa, com ou sem pigmentação em fóssulas e fissuras, com ou sem selamento biológico, sem história pregressa de doença. Ausência de lesão de cárie, sem placa e sem gengivite, sem mancha branca ativa, com ou sem pigmentação em fóssulas e fissuras, selamento biológico, com história pregressa de doença. Ausência de lesão de cárie, com placa e sem gengivite, sem mancha branca ativa, com ou sem pigmentação em fóssulas e fissuras, selamento biológico, com ou sem história pregressa de doença com ou sem cavidades em situação de lesão de cárie crônica. Presença ou não de dente restaurado, mas com presença de placa, com gengivite e/ou cálculo e/ou de mancha branca ativa. Uma ou mais cavidades em situação de lesão de cárie aguda B3 Presença de dor e/ou abscesso
9 Quadro 3 Ações de saúde bucal, conforme grupo de risco. RISCO DE CÁRIE RISCO Educação em Saúde Escova. Super. (quinzenal) Escova. Super. (mensal) Aplicação Tópica Flúor (Seriada) Prioridade 1 p/ tratamento Prioridade 2 p/ tratamento Prioridade 3 p/ tratamento Retorno Anual Retorno 8 meses Retorno 4 meses (1) BAIO RISCO (2) ALTO RISCO A1 A2 A3 B1 B2 B3
10 PROGRAMA SAÚDE BUCAL COLETIVA FICHA DE PLANEJAMENTO PARA DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE SAÚDE BUCAL, CONFORME GRUPO DE RISCO Aluno AVR N O HBS N O ATF A1 e A2: 1HBS 1ATF A3: 3HBS 3ATF B1, B2 E B3: 4HBS 4ATF
11 RECURSOS Humanos: Cirurgiã-dentista: Dra. Dayane Ferreira da Silva; Auxiliar de consultório dentário: Tanyella Miranda; Agentes comunitários; Prefeita Municipal; Secretário de Saúde Municipal; Diretores das escolas; Coordenadores das escolas; Professores das escolas; Alunos. Materiais: Local: Pátio da escola Escovódromos e/ou lavatórios das escolas; Mesa clínica equipada; EPI; Espátula de madeira (abaixador de língua); Escova dental infantil; Creme dental; Fio dental; Solução evidenciadora de placa bacteriana; Flúor; Caneta; Lápis e borracha; Fichas de avaliação; Formulário da classificação de risco de cárie; Ficha de planejamento para desenvolvimento de ações de saúde bucal, conforme grupo de risco.
12 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Etapas Abril Maio Maio/Agosto Setembro Planejamento das Atividades Discussão do Planejamento Reformulação do Planejamento Autorização da Unidade Escolar Disponibilização de Recursos Desenvolvimento das Atividades Elaboração dos Resultados Divulgação dos Resultados Marcos Dayrel Delabona Secretário Municipal de Saúde
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