A CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS NO FACEBOOK: UM ESTUDO DA FORMAÇÃO IDENTITÁRIA THE CONSTITUTION OF SUBJECTS ON FACEBOOK: A STUDY OF FORMATION IDENTITY

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1 A CONSTITUIÇÃO DOS SUJEITOS NO FACEBOOK: UM ESTUDO DA FORMAÇÃO IDENTITÁRIA THE CONSTITUTION OF SUBJECTS ON FACEBOOK: A STUDY OF FORMATION IDENTITY Beatriz S. Clemente Machado; Mônica Santos de Souza Melo* RESUMO: Este artigo tem por objetivo analisar os sujeitos da linguagem presentes no Facebook, espaço de interação social que vem ampliando as possibilidades da comunicação moderna, nos últimos anos. Com base nos conceitos de Semiolinguística de Charaudeau (2001; 2005), refletimos sobre a constituição das identidades dos indivíduos na rede social através da linguagem. O entendimento do conceito de subjetividade e intersubjetividade no sujeito foram essenciais para analisar a construção do sentido, a fim de se compreender a língua em uso, sobretudo a representação do contrato de comunicação e as estratégias discursivas para a construção das identidades dos sujeitos. PALAVRAS-CHAVE: Facebook, discurso, identidades. ABSTRACT: This article aims to analyze the language subjects present on Facebook, space for social interaction that has broadened the possibilities of modern communication in recent years. Based on the concepts of Semiolinguistics Charaudeau (2001, 2005), reflect on the constitution of identities of individuals in the social network through language. The understanding of the concept of subjectivity and intersubjectivity in the subject were essential to analyze the construction of meaning in order to understand the language in use, especially the representation of the communication contract and discursive strategies to construct the identities of the subjects. KEYWORDS: Facebook, speech, identities. INTRODUÇÃO Nos últimos anos a Análise do Discurso tem se preocupado em se consolidar na diversidade do mundo moderno, abordando as muitas possibilidades de reflexão sobre o discurso. A partir da Teoria Semiolinguística, proposta por Patrick Charaudeau, apresentamos, neste artigo, a concepção de sujeito como psicossocial nas suas relações com a linguagem e o seu contexto sócio-histórico no Facebook. Nesse sentido, 1

2 entendemos os atos de linguagem numa dimensão social em que o sentido dos enunciados é um produto da relação entre os interlocutores. Pretendemos, assim, retomar discussões e conceitos de Charaudeau (2001, 2005) para compreender a constituição dos sujeitos da linguagem no contexto do Facebook e de outros pesquisadores na mesma linha de pensamento. Essa abordagem merece ser aprofundada, uma vez que o Facebook é uma das principais ferramentas de comunicação atualmente e apresenta peculiaridades nas identidades dos sujeitos que precisam ser investigadas, apesar de serem mantidas características da comunicação face a face. Num espaço em que a interatividade facilita a comunicação das pessoas pela tecnologia moderna, ainda se tem espaço para a noção de Bakhtin (2000) de linguagem, uma vez que a interação entre os sujeitos se dá de forma dialógica e os enunciados aparecem em condições únicas e irreproduzíveis. Da mesma maneira, por meio dos conceitos da semiolinguística de Charaudeau (2001, 2005), entendida como os muitos sentidos configurados pela relação entre um sujeito intencional, influenciado pelo social, podemos observar a composição da linguagem no Facebook. É perceptível nesse espaço que os sujeitos inter-relacionam vários signos que vão além da língua, associados a outras semioses formando uma interação social complexa, implicando a necessidade de uma discussão voltada para a Teoria Semiolinguística do Discurso, para avaliar as condições de produção e recepção da linguagem por meio dos aspectos psicológicos e sociais. A questão central deste artigo, portanto, é discutir como a identidade dos indivíduos é construída através da linguagem e como a semiolinguística pode ajudar na compreensão desse fenômeno moderno que está se naturalizando na vida das pessoas. O que se pode antever pela análise do discurso é que o locutor, como sujeito na rede social, colabora para influenciar o comportamento do interlocutor, entendido, aqui, como sujeito destinatário, partindo do pressuposto que o social constitui a linguagem ao mesmo tempo em que a linguagem constitui o social. Além disso, podemos observar a situação interferindo no conteúdo e na forma do texto, nas estratégias adotadas, assim como o contrário. Charaudeau (2001, p. 30) chama esse processo de um jogo em que precisa haver uma relação contratual para que o ato de linguagem seja efetivado. Consideramos, nesse ponto, que o indivíduo não é totalmente autônomo e que recebe interferências ideológicas que influenciam seu comportamento discursivo, como Bakhtin (2000) explica. O sujeito, nesse processo, é composto por sua individualidade e pelo coletivo, como assinala Melo (2007, p. 108). A metodologia adotada na análise parte dos princípios da análise do discurso semiolinguística, tendo em vista a maneira como são empregados determinados recursos discursivos para a produção de efeitos de sentido específicos. A análise parte do quadro 2

3 metodológico proposto por Charaudeau (2005) e do esquema de quatro sujeitos do ato de linguagem de Charaudeau (2001). O artigo se encontra dividido da seguinte forma: na primeira seção, apresentamos uma breve reflexão sobre a Teoria dos Sujeitos da Linguagem, formulada por Charaudeau. Na segunda seção, expomos a noção do sujeito psicossocial na encenação linguageira. Em seguida, na terceira seção, aprofundamos a teoria de Charaudeau (2001, 2005) para compreender o conceito de contrato de comunicação no discurso do Facebook. Por fim, na quarta seção, tratamos das estratégias discursivas dos sujeitos presentes no Facebook, por meio da análise do perfil e das publicações de usuários da rede social durante um dia. 1 A TEORIA SEMIOLINGUÍSTICA DO DISCURSO PROPOSTA POR CHARAUDEAU A partir da Teoria Semiolinguística do Discurso, Charaudeau (2001, 2005) desenvolve seu ponto de vista de que o ato de linguagem não pode ser analisado apenas do por sua configuração verbal, mas, acima de tudo, deve ser considerada como parte de um jogo em que o sujeito falante encena sua participação de modo a produzir determinados sentidos. Dessa maneira, tal configuração verbal deve ser analisada na complexidade dos aspectos envolvendo a linguagem através de sua relação com outros fenômenos psicológicos e sociais. A análise semiolinguística, desse modo, procura problematizar essa relação, através da compreensão das circunstâncias de produção e os atos de linguagem para a interpretação dos sentidos dos enunciados, conforme explica Melo (2007, p. 105). Partindo desse pressuposto, devemos considerar o que fala a linguagem, como representação do mundo, a partir do como se fala, considerando as situações de comunicação em que os discursos se constituem, bem como as restrições e as estratégias discursivas determinadas pelo contrato de comunicação entre os interlocutores. Assim, a linguagem, de acordo com Charaudeau (2005, p. 11), se constitui em várias dimensões, sendo que a semiolinguística, segundo o autor, é capaz de esclarecer a construção do sentido e sua configuração através da relação forma-sentido, através de um sujeito intencional, influenciado pelo social. Para Melo (2007, p. 108), o sujeito é encarado como ser falante psicossocial, que assimila e reproduz crenças e valores do grupo no qual se insere, mas que preserva também sua individualidade, resultando de uma espécie de amálgama entre o coletivo e individual, que garante que todo ato de linguagem seja único. Segundo Charaudeau (2001, p. 28), os atos de linguagem envolvem um sujeito social que ocupa lugares diferentes na interação. Esses atos de linguagem envolvem um processo de produção e de interpretação do discurso numa encenação em que são combinados o dizer e o fazer (grifos do autor). 3

4 Para o autor (2001, p. 28), todo ato de linguagem envolve uma expectativa de significação, em relação às condições de produção e de interpretação, sendo, portanto, o produto da ação de sujeitos psicossociais, Segundo Melo (2007, p. 106), o discurso seria responsável por um processo de semiotização do mundo em que os sujeitos se inter-relacionam de acordo com as suas especificidades em determinado contexto. Charaudeau (2001, p. 26) mostra que essa semiotização ocorre na encenação de quatro sujeitos parceiros em dois espaços diferentes. O primeiro, um circuito externo (a situação, o espaço de interação) entre o Sujeito comunicante (EUc) e o Sujeito interpretante (TUi) que interagem num jogo de expectativas, envolvendo estratégias de produção e interpretação. O segundo, um circuito interno (encenação, instância discursiva) pelo Sujeito enunciador (EUe) e o Sujeito destinatário (EUd), protagonistas como seres de fala, responsáveis pela enunciação, segundo Charaudeau (2001, p. 32). Dessa forma, todo ato de linguagem está vinculado ao conhecimento prévio sobre o mundo e sobre os comportamentos do homem na sociedade. Para Charaudeau (2001, p. 30), esse jogo entre os sujeitos revela uma relação contratual que exige uma cooperação entre os parceiros no processo de dizer e fazer relacionados à finalidade e aos papéis que os sujeitos desempenham na linguagem. Nessa relação, tanto o EUc como o TUi participam do processo de interpretação, sendo que, para a efetivação do discurso, algumas restrições fazem parte em função das circunstâncias de sua produção e interpretação, como condições para a comunicação. Como consequência dessa relação contratual, estratégias discursivas são utilizadas através de escolhas discursivas para se alcançar a finalidade de identificar o destinatário e, de alguma forma, influenciá-lo. Melo (2007, p. 109) assinala que esse contrato compreende uma obrigação convencional de cooperação, que liga os parceiros numa finalidade de dizer e que atribui a eles determinados papéis linguageiros. Nessa perspectiva, Charaudeau (2005, p. 12) mostra que o discurso compreende um duplo processo de semiotização: primeiro, um processo de transformação de um mundo a significar num mundo de significado pelas operações de identificação, qualificação, ação e causação, explicitadas pelo autor. Segundo, um processo de transação que relaciona o mundo significado aos papéis desempenhados pelos sujeitos envolvidos num contexto, descritos por Charaudeau (2005, p ), de acordo com os princípios de alteridade, pertinência, influência e regulação, de forma solidária entre eles. O sujeito, assim, é caracterizado pela heterogeneidade e é atravessado por diferentes vozes sociais. Sua identidade não é fixa; está, ao contrário, em constante reconstrução no discurso. Portanto, o sujeito não é totalmente autônomo e recebe influências ideológicas, apesar de preservar sua individualidade. Quando fala, como explicita Melo (2007, p. 108), numa relação contratual, o sujeito se apropria da atividade de 4

5 interpretação em que atribui sentido às suas próprias palavras como também constrói a significação das palavras do outro. Esses aspectos serão considerados na próxima seção ao refletirmos sobre a constituição do sujeito no Facebook. 2 OS SUJEITOS DO DISCURSO E A ENCENAÇÃO LINGUAGEIRA NO FACEBOOK Nesta seção, passaremos a analisar como os sujeitos do discurso de inter-relacionam no Facebook através da encenação na linguagem, discutida por Charaudeau (2001, 2005). O discurso, conforme define Charaudeau (2001, p. 25), vai além de um ato de linguagem na medida em que é um espaço de encenação linguageira, resultado de processos complexos de interação entre o EU comunicante e o TU interpretante (EUc e TUi), com particularidades especificadas por sua finalidade e contexto situacional. Essa encenação linguageira se constrói pela linguagem como código, mas também compreende dois circuitos: o circuito externo, como sujeito biológico num contexto situacional e o circuito interno de encenação, resultando num processo de sistemas e estratégias sóciocognitivas, como explica Soares (2009, p.4). O enunciado, entendido como a representação de fala do sujeito, segundo a autora, recebe influências de diversos saberes, hipóteses e raciocínios que constroem o contexto comunicativo. Tais aspectos do discurso são observados na interação pelo Facebook através da interação entre os parceiros, observados por sua relação contratual. A enunciação, segundo Maingueneau (2004, p. 54 apud SOARES 2009, p.3), mesmo produzida sem a presença física de um destinatário, é marcada pela interatividade constitutiva numa troca explícita ou implícita, com outros enunciadores, reais ou imaginários, em que o enunciador constrói seu próprio discurso. Essa visão compartilha a noção de dialogismo, explicitada por Bakhtin (2000, p. 282), que destaca o fato de que a língua se constrói a partir de enunciados concretos e a vida está vinculada a esses enunciados. Podemos observar que os enunciados estão relacionados ao estilo individual e a formas típicas de enunciação, conforme Bakhtin (2000, p. 298). A base do pensamento de Bakhtin (2000) de que a língua é concreta, dialógica, subjetiva, ideológica e histórica explica como o locutor, ao formular seu discurso no Facebook, o faz de maneira ativa, tendo em vista o destinatário, conforme explica Charaudeau (2001, p. 30). O que determina uma compreensão responsiva do enunciado, conforme Bakhtin (2000, p. 290) de maneira que o destinatário pode aceitar ou não essa relação contratual apresentada por Charaudeau (2001, p. 31). A encenação linguageira, defendida por Charaudeau (2001, p. 31), nos esclarece como a relação contratual entre os parceiros no Facebook define o sucesso dos atos de linguagem, a partir do reconhecimento recíproco dependendo de três componentes: comunicacional, psicossocial, intencional, o primeiro referindo-se ao contexto situacional, o segundo no reconhecimento de um no outro e o último, pelos 5

6 conhecimentos e saberes partilhados. Nesse sentido, o Sujeito comunicante tem a iniciativa no processo de interpretação, de encenação em que se concebem hipóteses sobre o Sujeito interpretante, e, a partir daí, criam-se estratégias discursivas e os próprios discursos, através das publicações na página ou de comentários das publicações dos outros usuários. O sujeito falante, nesse processo, se apropria de categorias da língua e organiza seus discursos para a, a partir daí, construir a encenação do discurso. Melo (2007, p. 110) explicita que o Sujeito comunicante (EUc) concebe, organiza e concretiza suas intenções de maneira que possa produzir efeitos sobre o Sujeito interpretante (TUi) numa criação de uma imagem real e outra de ficção. A autora lembra ainda que todo locutor busca influenciar o outro seja para fazê-lo agir, orientando seu pensamento ou emocionando-o, o que podemos notar com clareza nas publicações dos perfis do Facebook. Passaremos a seguir a aprofundar essa discussão, partindo do discurso elaborado no Facebook, através da noção de contrato de comunicação de Charaudeau (2001, 2005). 3 O CONTRATO DE COMUNICAÇÃO NO FACEBOOK E A TIPOLOGIA DOS TEXTOS VEICULADOS Antes de iniciar a discussão acerca do contrato de comunicação no Facebook e a tipologia dos textos veiculados, consideramos relevante trazer algumas informações sobre as características dessa rede social. O Facebook foi criado em 2004 nos Estados Unidos, a princípio funcionando apenas entre universitários norte-americanos. Rapidamente, esta rede social passou a fazer parte da vida dos jovens no mundo todo e surgiram novos aplicativos e ferramentas interativas que o tornaram popular e, atualmente, é a página mais acessada na Internet. O Facebook é a maior rede social do mundo e alcançou em março de 2012, 901 milhões de usuários ativos, de acordo com a revista Veja (2012, online). Através da interação entre os usuários, as pessoas podem compartilhar suas opiniões, seus gostos e seus pensamentos de modo rápido e simples. Passou a ser, portanto, uma ferramenta não só para relacionamentos interpessoais como também um recurso para empresas e entidades em geral para comunicação e propaganda, criando inúmeras possibilidades e alterando a rotina das pessoas tanto em casa como também no trabalho, em momentos de lazer, etc. Braga (2007, p. 188) mostra como a mediação da tecnologia digital afeta a linguagem e as práticas cotidianas das pessoas, afirmando que novas modalidades de comunicação surgiram e novas funções comunicativas também, com novos contextos situacionais e novos gêneros. Além disso, segundo a autora, para essa mediação é necessário que valores e convenções sejam aceitos e compartilhados e que, por isso, os parceiros 6

7 precisam dominar recursos e demandam diferentes estratégias e habilidades tanto no processo de produção como na leitura (Braga, 2007, p. 191). Através da mistura de linguagem, o Facebook se constitui pela transformação da linguagem escrita em outras formas de linguagem, assim como acontece em outras mídias digitais, como explicita Rojo (2010, p. 28). Então, observamos mudanças através da imagem estática (desenhos, grafismos, fotografias), os sons (da linguagem falada, da música) e a imagem em movimento (os vídeos), de maneira hipertextual e hipermidiática, de acordo com Rojo (2010, p. 28). Os textos em geral por essas mudanças se transformaram de modo que a linguagem passou a ser uma combinação hipertextual, segundo Rojo (2010, p. 28), o que podemos observar com nitidez no contexto do Facebook em que há o entrecruzamento de discursos de tal modo que é possível visualizar e ter informações diversas através de acessos a inúmeros links que se agrupam aos textos. Conforme vimos, para que a linguagem seja efetivada e tenha validade é necessária uma relação contratual entre os parceiros e, diferentemente da mídia impressa como em uma revista semanal, por exemplo, o contrato de comunicação no Facebook está em constante evidência. Os textos são postados diariamente e aparecem simultaneamente junto a outras mensagens postadas por diferentes perfis seguidos por um usuário, tendo como característica básica, serem textos curtos e criativos, em que se devem levar em consideração os saberes dos destinatários, sendo mais transparentes que outros textos veiculados pela mídia e o contrato se apresenta através das estratégias de escolhas dos usuários na comunicação. Charaudeau (2005, p.16) explica que através da análise do discurso, podemos identificar alguns comportamentos linguageiros, nas maneiras de dizer de acordo com as condições psicossociais (grifo do autor) em relação aos parceiros da comunicação. Diante disso, podemos observar nas postagens dos usuários uma situação de comunicação específica sobre acontecimentos recentes que se assemelha muito a outros textos em situações diferentes, como uma conversa num encontro na rua, por exemplo. A respeito das condições de contrato de comunicação, assinaladas por Charaudeau (2005, p. 16), Melo (2007, p. 108) destaca que o contrato de comunicação preside toda produção linguageira, e a explicitação do contrato estabelecido entre interlocutores no ato de comunicação nos permite compreendê-lo melhor.. A questão é que os textos apresentados no Facebook não apresentam, pelo menos aparentemente, sujeitos protagonistas diretos (EUe e TUd) uma vez que a comunicação se dá entre vários sujeitos ao mesmo tempo em situações diversas. No entanto, as identidades estão presentes nos perfis dos usuários e a comunicação ocorre, na maior parte das vezes, entre amigos. 7

8 Partindo dessa característica, podemos perceber no contrato de comunicação do Facebook muitos significados e ressignificados entre seus interlocutores e encenações linguageiras próprias, através das muitas condições de produção, de acordo com Charaudeau (2005, p. 14). Nesse sentido, os parceiros EUc e TUi, numa relação contratual, se reconhecem no Facebook num acordo entre eles num espaço de restrições e de estratégias, fundamentados por uma intencionalidade e se produzem significações a partir da inter-relação de um espaço externo e de um espaço interno. Diante disso, identificamos no Facebook os três níveis de estruturação do ato de linguagem propostos por Charaudeau (2005, p. 14): o situacional, relativo ao espaço externo constituído pela finalidade do ato de linguagem, pela identidade dos parceiros, o domínio do saber e o dispositivo através das circunstâncias materiais da troca linguageira; o nível comunicacional, em que são determinadas as maneiras de falar, de acordo com o contexto situacional; e, por último, o nível discursivo, relacionado ao espaço de intervenção do sujeito falante, como enunciador, devendo satisfazer as condições de legitimidade, de credibilidade e de captação, através de recursos linguísticos. Assim, no Facebook há os dois espaços expostos por Charaudeau (2005, p. 14) como responsáveis pela validade do ato de linguagem: um espaço de restrições, em que deve haver um mínimo de condições para a efetivação do ato de linguagem e um espaço de estratégias em que as escolhas são feitas a partir do repertório do sujeito, numa identificação entre o interpretante e o destinatário, conforme explica Melo (2007, p. 109). Analisando uma página do Facebook, podemos observar as condições expressas por Charaudeau (2005, p. 16) para o contrato de comunicação, considerando o espaço de restrições. Vemos sujeitos, aparentemente amigos que interagem entre si através de publicação no Status falando de seus sentimentos, angústias, alegrias, enfim, sobre sua rotina. As pessoas dialogam, comentam os status do outro, envolvendo uma comunicação particular. Nessa interação, os envolvidos precisam ter saberes mínimos dessas condições para que o ato de linguagem seja válido de uma maneira geral. É necessário que os parceiros conheçam o modo de funcionamento da página e estabeleçam entre si relações de reconhecimento mútuo, a fim de que haja a aceitação do outro nas encenações linguageiras num contrato particular, tendo direito à fala, conforme explicita Charaudeau (2005, p. 14) e seguindo condições mínimas para entrar no jogo de troca linguageira. Observamos também que modificações são efetuadas pelos usuários da página para a manutenção desse contrato e adaptações a possíveis conflitos ou mesmo para conquistar melhor os parceiros, por meio do dialogismo e da intertextualidade nas diferentes formas de interação, conforme Bakhtin (2000, p. 294). Destacamos que nesse jogo de encenação linguageira contratual os três componentes propostos por Charaudeau (2001, 8

9 p. 31) também estão presentes: o comunicacional na medida em que os parceiros interagem numa situação específica de comunicação, identificando-se, são múltiplos, mesmo que não tenham relações próximas, ora na posição de Sujeitos comunicantes, ora como interpretantes (TUi); o psicossocial uma vez que os sujeitos se reconhecem um no outro, tendo relações de amizade de acordo com os perfis, formando grupos de profissões, instituições escolares, grupos familiares, etc.; e, por último, o intencional a partir dos conhecimentos partilhados dos sujeitos para si mesmos e sobre os outros, por intermédio da interdiscursividade, levando-se em conta o quê, como ou qual estratégia mais apropriada para alcançar seu objetivo. Além disso, tem uma estrutura relativamente hierárquica como destaca Berto (2011, p. 105) incluindo a linguagem e outros elementos das práticas sociais. Assim, as mais diversas formas de interação no Facebook por meio do contrato de comunicação compactuados pelos usuários possuem especificações como é o caso do chat em que o discurso é dialógico e em tempo real, de forma privada e é necessário que os parceiros estejam online no momento do diálogo. Por outro lado, outras formas de diálogos podem não ser particulares permitindo uma interação entre os parceiros de maneira off-line no processo, conforme lembra Berto e Gonçalves (2011, p.106). A seguir, abordamos a noção de estratégias discursivas no Facebook. 4 AS ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS DO SUJEITO PSICOSSOCIAL NO FACEBOOK Todo sujeito no ato de linguagem como intersubjetivo em relação ao outro e subjetivo em relação a si traz a marca da intencionalidade trazendo para o discurso sua opacidade face ao mundo, portanto, o sentido linguístico é construído através de uma visão simbolizada formada pela articulação dos signos. Nesse sentido, o sujeito não se caracteriza como fundador do pensamento, mas como alguém que ocupa uma posição no espaço do Facebook, engajando-se ora em discursos monológicos, ora dialógicos. Para isso, busca legitimar-se no contexto da página, utilizando diversas estratégias e posicionando-se em relação aos outros através de comentários ou da opção curtir, além de outros recursos linguísticos e gráficos disponíveis pela rede social. Estabelecem-se, desse modo, relações de aliança ou de oposição, segundo Charaudeau (2005, p. 18), organizando e problematizando seu discurso de maneira eficiente. A partir do que consideramos até o momento, podemos compreender que como o Sujeito comunicante (EUc), de acordo com (Melo, 2007, p.110), concebe, organiza e concretiza suas intenções a fim de produzir efeitos sobre o Sujeito interpretante (TUi), no Facebook esse sujeito EUc constrói uma imagem real (exterior) e uma imagem de ficção (interior) do TUi. Da mesma maneira, podemos observar que cada locutor 9

10 busca exercer influência sobre seu parceiro para provocar uma ação ou orientação do pensamento ou para causar emoção, como mostra Melo (2007, p. 110). O discurso presente no Facebook, assim, é um espaço habitado de diversos autores de encenações linguageiras e o ato de interação nesse contexto requer uma movimentação aceitando ou rejeitando, determinando os caminhos a seguir numa busca de reconhecimento de sentidos ou semioses, assegurando, de certa forma, uma estabilidade e previsibilidade de comportamentos, de forma implícita, como destaca Charaudeau (2004, p.131): A existência de dois sujeitos em relação de intersubjetividade, a existência de convenções, de normas e de acordos que regulamentam as trocas linguageiras, a existência de saberes comuns que permitem que se estabeleça uma intercompreensão, o todo em certa situação de comunicação. A partir do contrato de comunicação, a interação se efetiva e para que isso aconteça, é necessário que os sujeitos envolvidos, conforme vimos, se reconheçam e se identifiquem, conquistando a aceitação do outro num jogo de explícitos e implícitos partilhados mutuamente. Isso pressupõe um conjunto de estratégias discursivas para que se atinjam os objetivos propostos. Charaudeau; Maingueneau (2004, p. 219) define que as estratégias só têm sentido se relacionadas a um quadro de coerções, que se trate de regras, de normas convenções;, por isso, segundo os autores, é preciso um objetivo, uma situação de incerteza, um projeto de resolução do problema colocado pela incerteza e um cálculo.. Por meio de seu caráter colaborativo em que os sujeitos se inter-relacionam, o Facebook apresenta, segundo Berto e Gonçalves (2011, p. 105), quatro semioses: a escrita; a associação de fotos, conteúdos audiovisuais e imagéticos; a convergência entre as diversas plataformas digitais através da postagem de links; e a possibilidade de comunicação não verbal, pouco explorada em outras redes sociais. O que ocorre, portanto, na interação é uma reprodução das conversas face a face, acrescentando-se as muitas possibilidades de comunicação surgidas pela presença dos muitos locutores ao mesmo tempo, como lembra Berto; Gonçalves (2011, p.106), podendo interagir com apenas um grupo de pessoas de forma mais específica ou publicar pensamentos próprios ou, ainda, compartilhar informações ou discursos de outros parceiros. Precisamos considerar, portanto, que a linguagem escrita utilizada nessa rede social possui uma especificidade que exige uma atitude de colaboração e compreensão de signos padrões, como mostra Berto; Gonçalves (2011, p.107). Os autores apresentam os exemplos abaixo retirados do Facebook: Homem: :) 10

11 Mulher: kkkkkkkk Homem: :P Mulher: i aaaaah vah hahahahahahahahahahahah Além dessas semioses, a possibilidade de compartilhamento de vídeos, fotos e outras imagens também são estratégias que tornam a interação mais dinâmica e aumentam as possibilidades semânticas da conversação, como destacam Berto; Gonçalves (2011, p. 107). Essa reconfiguração do texto através do hipertexto ou hipermídias, explicitados por Braga (2007, p.191), permite o entrecruzamento de vários discursos tais como sites, blogs, outras redes sociais por meio de links de extensão a vários outros tipos de comunicação, diminuindo a fronteira espaço e tempo, possibilitando a criação de comunidades, etc. Como observam Berto e Gonçalves (2011, p. 108), a intersemiose entre os links [...] contribui para a manutenção dos temas discutidos e compartilhados dentro da mídia social, [...] que ajudam a alimentar os conteúdos debatidos, fazendo com que o plantel de informações seja perene. Podemos dizer que o contrato de comunicação do Facebook engloba contratos particulares e comporta discursos da mídia, de debates sociais em contextos socioculturais distintos, como explica Charaudeau (2005, p. 16). Acreditamos que esse fenômeno pode ser considerado como interdiscursividade, conforme Charaudeau (2001, p. 31) em sua nota de página prefere definir, e é importante no processo de estratégias discursivas e na interação em geral porque representa o que os indivíduos fazem em sua vida social, num jogo estratégico do Sujeito comunicante, através de inferências e relação com o contexto, partindo de saberes socialmente compartilhados. O sujeito, nesse ponto de vista, é psicossocial e, como tal, tem uma relação com o seu contexto histórico, cultural e social e de sua relação com o outro. Finalmente, analisando as ferramentas disponibilizadas pelo Facebook curtir, compartilhar e cutucar, conforme Berto e Gonçalves (2011, p.108), são opções comunicacionais exclusivas dessa rede social e representam uma forma de comunicação não escrita e não verbal transferidas do mundo físico para o mundo virtual. Na verdade em nossa vida social, fazemos essas apreciações e interações o tempo todo, emitindo opiniões, dando sinais de concordância ou discordância através de gestos e olhares, repassando informações obtidas por outras pessoas e procurando chamar a atenção para algum fato importante. É interessante notar como essas ações e interações na rede social influenciam os parceiros no jogo comunicacional. Podemos afirmar, então, que a modernidade provocou profundas transformações na vida social, o que possibilitou o uso de novas estratégias discursivas a fim de buscar formas de produção eficiente de resultados. A partir das intenções, como apresenta Charaudeau 11

12 (2001, p. 29), as relações são pensadas pelos resultados. No Facebook, características específicas são apresentadas pelos modos semióticos combinados que são partilhados entre os parceiros na interação, através de multimodalidades. Nesse quadro, são encontrados discursos religiosos, políticos, propagandistas, de informação, além da simples inter-relação entre sujeitos. Assim, são construídas relações sociais entre amigos, conhecidos, desconhecidos, entre empresas e instituições e assim por diante, através de ferramentas de interatividade em que as pessoas interagem para fins variados, numa relação em que um Sujeito comunicante busca influenciar um Sujeito interpretante através dos muitos discursos possíveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a análise dos discursos disponíveis no Facebook, a partir da teoria semiolinguística e a partir das reflexões sobre o discurso e sobre o sujeito psicossocial, podemos compreender algumas particularidades na linguagem pelo Facebook em relação à comunicação face a face. O entendimento do conceito de subjetividade e intersubjetividade no sujeito foram essenciais para analisar a construção do sentido em textos do Facebook. O objetivo de construir uma análise semiolinguística dos sujeitos na rede social, a fim de se compreender a língua em uso, sobretudo a representação do contrato de comunicação e as estratégias discursivas para a construção das identidades dos sujeitos foi possível no momento em que percebemos o que confere o discurso e os sujeitos da linguagem. É mediante essa percepção que podemos falar no ato de linguagem como fenômeno concreto compreendendo a situação, o discurso e a encenação constituídos por parceiros da comunicação em que há uma relação contratual entre o Sujeito comunicante e o Sujeito destinatário (EUc e TUi) e protagonistas do discurso na fala, o Sujeito enunciador e o destinatário (EUe e TUd) assumindo os papéis atribuídos a eles pelos parceiros. Este estudo teve como referencial teórico principalmente os estudos de Charaudeau (2001, 2005) e, a partir da análise da página do Facebook, podemos constatar a presença de sujeitos do discurso que se constituem num jogo de encenação. Nesse jogo, as possibilidades de contato social se expandiram pela inovação propiciada pela modernidade, apresentando uma diversidade de linguagens e um acesso social sem precedentes. Embora não seja possível delimitar com precisão as particularidades de tal discurso pela complexidade que envolve a produção e circulação e por serem criadas ferramentas e possibilidades novas a cada dia, foi possível verificar que a linguagem utilizada tanto como estrutura genérica como pela sua organização é construída através das relações semânticas. Essas relações possibilitam compreender o Facebook como um espaço de prática social próprio com intenções e situações particulares, mas que se concretizam pela recontextualização de discursos comuns e cotidianos das pessoas. 12

13 A modernização da vida social possibilitou o surgimento de sistemas sociais complexos de interação em que predomina a estratégia que busca um resultado ou uma ação no outro. As relações são pensadas pelos resultados, utilizando-se modos semióticos combinados que são partilhados entre os parceiros na interação, através de multimodalidades. Nesse panorama, são encontrados discursos religiosos, políticos, propagandistas, de informação, além da simples inter-relação entre sujeitos psicológicos e sociais que participam de um jogo de expectativas, envolvendo a construção de sentidos pela ação e influência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, p BRAGA, D. B. Letramento na internet: o que mudou e como tais mudanças podem afetar a linguagem, o ensino e o acesso social. In: Kleiman, A. B.; Cavalcanti, M. C. (orgs.). Linguística Aplicada: suas faces e interfaces. Campinas: Mercado das Letras, 2007, p BERTO, Matheus; GONÇALVES, Elizabeth Gonçalves. Diálogos online. As intersemioses do gênero Facebook. In: Ciberlegenda. n. 25 (2011), p Disponível em:< Acesso em: 25 mai CHARAUDEAU, Patrick Uma análise semiolinguística do texto e do discurso, In : PAULIUKONIS, M. A. L. e GAVAZZI, S. (Orgs.) Da língua ao discurso : reflexões para o ensino. Rio de Janeiro : Lucerna, 2005, p , Disponível em:< Acesso em 01 jun Uma teoria dos sujeitos da linguagem, In: Mari et alii. Análise do discurso: fundamentos e práticas. Belo Horizonte: UFMG, 2001, p ; MAINGUENAU, Dominique. Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo SP: Contexto, MELO, Mônica S. Souza. Pressupostos de Uma Teoria Psicossocial do Discurso: A Semiolinguística. In: GOMES, M. C. A.; MELO, M.S.S.; CATALDI, C. (editoras). Gênero Discursivo, Mídia e Identidade. Viçosa: Ed. UFV, 2007, p Revista Veja (online). Facebook tem 900 milhões de usuários; 5% são brasileiros.23/04/2012. Disponível em: < 13

14 rede/facebook/facebook-tem-900-milhoes-de-usuarios-5-sao-brasileiros/>. Acesso em 15 mai ROJO, R. Alfabetização e letramentos múltiplos: como alfabetizar letrando? In: RANGEL, E. O.; ROJO, R. H. R. (coordenadores). Língua portuguesa: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010 p SOARES, Doris de Almeida. Elementos básicos para a análise de textos argumentativos em língua portuguesa. In: Trab. linguíst. apl. [online]. 2009, vol.48, n.1, pp Disponível em: < Acesso em 03 jun * Beatriz dos Santos Clemente Machado é mestranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Viçosa. Mônica Santos de Souza Melo é Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais, professora de Linguística do Departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa. 14

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