Palavras-chave: Ensino Jurídico; Educação em Direitos Humanos; Arte, Resolução CNE/CES nº: 09/2004.

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1 ENSINO JURÍDICO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO DA ARTE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA A ABORDAGEM DE UMA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS GT 03: Políticas públicas e Direitos Humanos Rháira Moura Martins 1 Ruth da Paz Camargo 2 Ancilla Caetano Galera Fuzishima 3 A pesquisa vinculada ao grupo de pesquisa Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais, do Curso de Direito, da UFMS/CPTL, tem como tema central a utilização da arte como instrumento didático para o ensino jurídico, vislumbrandose a educação em direitos humanos; trata do desenvolvimento de metodologias alternativas ao modo tradicional do ensino jurídico, sendo a arte um instrumento pedagógico, para a abordagem e disseminação de uma educação em direitos humanos; propiciando o estimulo a avaliação crítica, ao entendimento efetivo das narrativas, as necessidades dos futuros clientes e do mercado de trabalho, a ser enfrentado pelos acadêmicos do curso de direito. O objetivo da pesquisa é demonstrar a necessidade de inovação da aprendizagem do direito nas universidades, proporcionando uma visão crítica do fenômeno jurídico, desenvolvendo o raciocínio jurídico e buscando um conhecimento mais condizente com a realidade social. A pesquisa se desenvolve de forma bibliográfica, utilizando-se como fontes: artigos, leis e doutrinas; e metodologia dedutiva. Propõe reflexões sobre as reformas trazidas ao ensino jurídico pela Resolução CNE/CES nº: 09/2004, visando um ensino humanístico de qualidade e da arte como ferramenta pedagógica. Ressalta-se a relevância desse instrumento pedagógico, como elemento inter e transdisciplinar para uma educação em direito humanos, com maior eficácia do exercício operacional da inteligência e do pensamento crítico. Portanto, faz-se necessária a disposição de novos itinerários para um ensino jurídico, dotado de uma dimensão axiológica humanística e inclusiva; conectada a cidadania e democracia. Palavras-chave: Ensino Jurídico; Educação em Direitos Humanos; Arte, Resolução CNE/CES nº: 09/ Discente do 9º semestre do curso de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus Três Lagoas/MS (CPTL). Acadêmica, integrante do grupo de pesquisa de Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais, do Curso de Direito, da UFMS/CPTL. Currículo Lattes disponível em rhairamouramartins@gmail.com. 2 Orientadora. Especialista em Administração Financeira pela UFMS/CPTL/2000. Bacharel em Ciências Contábeis pela UFMS/CPTL/1998. Bolsista/Pesquisadora CNPQ, integrante do grupo de pesquisa de Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais, do Curso de Direito, da UFMS/CPTL. Currículo Lattes disponível em: ruthpazcamargo@gmail.com. 3 Orientador. Professora Adjunta no Curso de Direito UFMS/CPTL, Doutoranda na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mestre em Direito pela UNITOLEDO/2007. Especialista em Direito do Trabalho pela UCDB/2000. Bacharel em Direito pela UNESP/1993. Líder do grupo de pesquisa Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais. Currículo Lattes disponível em: < ancilla@clickrede.com.br.

2 2 INTRODUÇÃO O artigo intitulado Ensino Jurídico: Considerações Sobre a Utilização da Arte Como Instrumento Didático Para a Abordagem de Uma Educação em Direitos Humanos, trata do desenvolvimento de metodologias alternativas ao modo tradicional do ensino jurídico, sendo a utilização da arte (a exemplo da: música, dramaturgia, pintura, dança, etc) como instrumento pedagógico para abordagem e disseminação de uma educação em direitos humanos; pois a arte pode estimular a avaliação crítica, o entendimento efetivo das narrativas, necessidades dos futuros clientes e do mercado de trabalho a ser enfrentado pelos acadêmicos do curso de direito. Com o advento da Resolução CNE/CES n.: 9 de 29 de setembro de 2004, constatase um inovador cenário na esfera do ensino jurídico brasileiro, a qual dispõe sobre: a) leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos; b) interpretação e aplicação do direito; c) pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes; d) adequada atuação técnico-jurídica; e) devida utilização de processos, atos e procedimentos; f) correta utilização da terminologia jurídica ou da ciência do direito; g) utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica; h) julgamento e tomada de decisões; i) domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do direito. RESULTADOS A problematização da crise pedagógica que assola o ensino jurídico brasileiro, reporta a necessidade de implementação de metodologias alternativas aos padrões tradicionais da educação jurídica. A exemplo do distanciamento do conteúdo ministrado em salas de aula, da atual realidade social globalizada, ou seja, há uma constante abstração conceitual, que afasta o acadêmico de direito do mercado de trabalho e da responsabilidade social. Neste contexto, a interdisciplinaridade propõe uma metodologia para unificar as ciências contribuindo para a formação do homem numa visão holística, portanto, o ensino jurídico não pode ficar alheio a essa nova realidade. O ensino jurídico baseado no próprio direito, somente reproduz uma ideologia dominante; todavia, por intermédio da arte há a possibilidade de se conquistar uma metodologia de formação humanística e profissional comprometida com sua função social,

3 3 envolvendo o corpo docente e discente, numa dinâmica que supera as tradicionais aulas repetitivas e arcaicas. No que tange a interdisciplinaridade, a arte constitui-se num recurso didático versátil e dinâmico; desenvolvendo nos acadêmicos do curso de direito a amplitude de visão da realidade, dotando-os de habilidades e competências indispensáveis para uma atuação profissional, que estará vinculada a multidisciplinariedade. A pesquisa propôs reflexões sobre as reformas trazidas ao ensino jurídico pela Resolução CNE/CES nº: 09/2004, visando um ensino humanístico de qualidade e da arte como ferramenta pedagógica. Teve como escopo ressaltar a comunidade acadêmica a relevância da arte, como instrumento pedagógico e elemento inter e transdisciplinar para uma educação em Direito Humanos, com maior eficácia do exercício operacional da inteligência e do exercício do pensamento crítico. Neste ínterim, vislumbra a expectativa da formação de profissionais preparados para o exercício de sua atividade, pautados na cidadania, democracia, função social, igualdade; requisitos intrínsecos a uma educação voltada aos direitos humanos. A pesquisa observou os grupos de pesquisa do curso de direito da UFMS/CPTL, principalmente o grupo de pesquisa Teoria Geral do Processo, Sistemas de Justiça, Cidadania e Direitos Fundamentais, do Curso de Direito e o grupo de pesquisa de Direito de Trabalho, que desenvolvem um ensino humanístico com os acadêmicos de direito, por meio da arte. METODOLOGIA A pesquisa se desenvolve de forma bibliográfica, utilizando-se como fontes a lei, doutrina, artigos, bem como coleta de dados de órgãos públicos nacionais. A metodologia utilizada foi a dedutiva. OBJETIVOS O objetivo da pesquisa é demonstrar a necessidade de inovação da aprendizagem do direito nas universidades, proporcionando uma visão crítica do fenômeno jurídico, desenvolvendo o raciocínio jurídico e buscando um conhecimento mais condizente com a realidade social; ou seja, a arte como prática educacional e de reflexão crítica no ensino jurídico, rompendo com paradigmas conceituais e potencializando a educação em Direitos Humanos.

4 4 CONCLUSÕES A discrepância entre o ensino jurídico brasileiro e a realidade social globalizada, é apontada como a mais drástica consequência, de todo viciado sistema de aprendizagem, sendo necessária uma revisão metodológica; na qual a arte surja como uma das possíveis soluções para efetivar e aguçar a reflexão crítica e humanística dos discentes dos cursos de direito. Vislumbrando-se o estreitamento da relação entre o direito e a arte, constata-se que a esta possibilita um ensino jurídico compromissado com a realidade social, consequentemente, proporciona uma aprendizagem mais crítica, colaborando para a formação de profissionais mais humanos e qualificados. Neste contexto, verifica-se que esta relação ainda está sendo construída, tendo como amparo legal a Resolução CNE/CES n. 9 de 29 de setembro de 2004, que contribuem para o amadurecimento de uma cultura de ensino totalmente voltada ao discente, à sua formação humana e profissional, ou seja, englobando a preparação para o mercado de trabalho e conhecimentos técnicos. Incutindo no estudante de direito habilidades específicas, potencializando a sua inteligência emocional, maturidade, criatividade, análise crítica e responsabilidade social, Portanto, torna-se a necessária a disposição de novos itinerários para um ensino jurídico dotado de uma dimensão axiológica humanística e inclusiva; conectada aos ideiais de democracia, cidadania, paz e justiça social; sendo fatores intrínsecos aos direitos humanos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. As Mutações do Conceito e da Prática. São Paulo: Cortez, p , Disponível em: < >. Acesso em: 1º. mai BITTAR, Carlos Eduardo Bianca. O Direito na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Forense, Disponível em: < / v29n57p131/13642 >. Acesso em: 28 abr BRASIL. Resolução CNE/CES n. 9, de 29 de Setembro de Disponível em: < Acesso em: 26 abr

5 5 CARVALHO, Nathalie de Paula. Uma Análise do Ensino Jurídico no Brasil. p. 1-13, Disponível em: < Acesso em: 1º. mai FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Disponível em: < DISSERT.pdf>. Acesso em: Acesso em: 30 abr HOFFMANN, André Luiz; PIRES, Antônio Cecílio Moreira. A Necessidade de Superação do Modelo Tradicionalista no Ensino Jurídico. XXIV Encontro Nacional do CONPEDI UFS. ISBN: , Aracaju/SE, p , Disponível em: < Acesso em: 28 abr MACKENZIE, Norman; ERAUT, Michael; JONES, Hywel C. Arte de Ensinar e Arte de Aprender: Introdução aos Novos Métodos e Materiais Utilizados no Ensino Superior. Rio de Janeiro: FGV, Disponível em: < filter_0=direito&filter_relational_operator_0=equals&rpp=10>. Acesso em: 28 abr PROENÇA, Marcelo. O Ensino Jurídico em Dúvidas, Desafios e o Breve Relato de uma Experiência. JOTA, p. 1-6, Disponível em: < Acesso em: 30 abr ZAMBONI, Silvio. A Pesquisa em Arte: Um Paralelo Entre Arte e Ciência. ed. 3. Campinas: Autores Associados, Disponível em: < >. Acesso em: 1º. mai