Controle da Incontinência Urinária: Aspectos de Enfermagem

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Controle da Incontinência Urinária: Aspectos de Enfermagem"

Transcrição

1 Controle da Incontinência Urinária: Aspectos de Enfermagem Gisele Regina de Azevedo ASPECTOS HISTÓRICOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA A incontinência urinária (IU) é a queixa de qualquer perda (involuntária) de urina, 1 caracterizando uma condição que gera grandes transtornos na vida das pessoas e apresenta aspectos fisiopatogênicos, sociais, psicológicos e econômicos que devem ser sempre avaliados em seu conjunto. A IU gera muitas mudanças de hábitos na vida dos indivíduos, fazendo que muitos deles se isolem socialmente, restringindo suas atividades esportivas, recreativas, sexuais; apresentem dificuldades em estabelecer novos relacionamentos e mantenham adequadamente os antigos, acarretando sentimentos de depressão, frustração, marginalização, ansiedade, aborrecimento, perda da autoestima e, enfim, piora da qualidade de vida. 2,15,19,31,37,38,53,80,82,94 A história da assistência de enfermagem na incontinência urinária teve seu desenvolvimento nos anos 1970, quando houve significativo número de veteranos da Guerra do Vietnã, nos Estados Unidos, que começou a manifestar disfunções vesicais de origem neurológica, com graves lesões renais, impulsionando as pesquisas sobre o tema, enquanto, na Europa, era fundada a International Continence Society que, com uma visão positivista, passou a estabelecer as primeiras diretrizes que norteariam a assistência na área e abririam caminho para a formação, na década de 1980, das primeiras enfermeiras urodinamicistas. 22 Em 1992, foi criada a Continence Foundation, na Inglaterra, iniciando um trabalho educativo de âmbito nacional e, em 1995, o Royal College of Phisycians estabeleceu as primeiras recomendações para os serviços que prestavam assistência especializada aos portadores de IU. 79 Em 1996, a AHCPR (Estados Unidos) fez uma revisão das opções de tratamento da IU, encorajando o uso das abordagens não cirúrgicas ou medicamentosas, com a edição do Urinary Incontinence Guideline Panel. 36 Em 1997, na Consensus Conference Urinary Incontinence foram definidas as diretrizes para uma abordagem conservadora, conhecida como terapia comportamental, a ser desenvolvida por enfermeiros e outros profissionais da saúde. 21 Atualmente, temos enfermeiros desempenhando importantes atividades no tratamento da IU, com destaque para os enfermeiros estomaterapeutas, com o desenvolvimento de pesquisas e de assistência especializada nos cenários nacional e internacional, voltadas para os portadores de estomas, feridas e incontinência urinária e anal. 30,44,64 83

2 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM AVALIAÇÃO DA PESSOA COM IU O primeiro passo na assistência de enfermagem a clientes incontinentes deve ser a entrevista, para conhecer os hábitos anteriores e atuais de micção e evacuação, a história da IU, as medicações em uso, os exames laboratoriais, os diagnósticos médicos, bem como a motivação do cliente para o tratamento, sua habilidade física e manual, cognição, noções gerais de higiene, estilo de vida, mobilidade, atividades física e sexual e aspectos emocionais. 23,45,60 A anamnese deve considerar os aspectos relativos a hábitos alimentares e ingestão hídrica, sensibilidade e controle vesical, tempo de perda de urina, frequência e quantidade das perdas, uso de recursos (fraldas, absorventes, cateteres) e sua frequência, sintomas percebidos, manobras de esvaziamento vesical, características da urina, presença de dores e classificação da incontinência. Havendo necessidade de quantificar o volume da perda urinária, para os pacientes com perda urinária aos esforços, pode-se fazer o teste do absorvente, que consiste em pesar o absorvente antes e após o uso, o qual pode ser de curta duração (1 h), em geral realizado em determinadas condições (andar, pular com incremento da ingestão hídrica), ou de longa duração, por um período de 24 a 48h. 23 No exame físico geral, destacam-se a avaliação física postural, a avaliação das regiões lombar e sacral, com atenção especial à presença de sinais como lipoma, pequenos tufos de pelos, hiperpigmentação, hemangiomas, depressões cutâneas ou alteração da fenda glútea, que podem ser sugestivos de alterações neurológicas; bem como a palpação do abdome procurando detectar massas, distensão vesical e dores. 23,60 Na avaliação do períneo, devem ser observados o estado da pele e das mucosas, a presença de lesões, escoriações, eritemas, vulvovaginites, atrofias, cicatrizes e varicosidades externas. A troficidade da vulva revela a impregnação hormonal, apresentando em geral mucosa lisa, rosada e ligeiramente úmida. A análise da abertura vulvar permite uma avaliação subjetiva do estado da musculatura: normalmente fechada, sendo que a distensão se traduz por uma abertura do orifício, que pode variar de 1 cruz (abertura pequena) a 3 cruzes (lesões perineais importantes). Já a distância anovulvar, medida entre a parte posterior da fúrcula vulvar e o esfíncter anal, representa a espessura do núcleo fibroso central do períneo (NFCP) e mede aproximadamente de 3 a 3,5 cm; uma distância mais curta, inferior a 2 cm indica alteração desses elementos. 45 As anormalidades anatômicas a serem observadas podem ser descritas conforme a versão simplificada do comunicado da International Continence Society sobre Prolapso de Órgão Pélvico: 1,13 Prolapso de órgão pélvico é o descenso de um ou mais destes órgãos: parede vaginal anterior, parede vaginal posterior, cúpula vaginal (cérvix/útero) ou do fundo cego após histerectomia. A ausência de prolapso é definida como suporte grau 0; a graduação do prolapso pode ir do grau I até o grau IV. Prolapso da parede vaginal anterior é o descenso da vagina anterior de modo que a junção uretrovesical (um ponto 3 cm proximal ao meato urinário externo) ou qualquer ponto anterior proximal a este fique a menos de 3cm acima do plano do hímen. Prolapso da cúpula vaginal é qualquer descenso do fundo vaginal (após histerectomia) ou da cérvix, maior que 2 cm, acima do plano do hímen. Prolapso da parede vaginal posterior é qualquer descenso da parede vaginal posterior, de modo que um ponto na linha média da parede vaginal posterior 3 cm acima do nível do hímen ou qualquer ponto posterior proximal a este, esteja a menos de 3 cm acima do nível do hímen. Durante um esforço de aumento da pressão intra-abdominal como tosse, a contração simultânea dos elevadores do ânus deve limitar o deslocamento vertical dos órgãos, caso contrário as deteriorações anatômicas da estática 84

3 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM pélvica podem comprometer o sucesso de qualquer trabalho de fortalecimento muscular. Antes de mensurar a força dos músculos do soalho pélvico (MSP), deve-se orientar a mulher sobre como funcionam e para que servem tais músculos, observando-se que, durante uma forte contração, faz-se uma oclusão do intróito vaginal e aproximação do clitóris, corpo perineal e esfíncter anal. 60 Nessa ocasião, pode-se fazer um exame minucioso da estática pélvica considerando-se, em especial, o movimento dos elevadores do ânus e do NFCP. Tendo em vista que a chave da reeducação perineal será o trabalho dos músculos elevadores do ânus, deve-se notar que a lordose lombar e a anteversão da bacia modificam o sentido das forças intra-abdominais em direção à fenda vulvar. 45 A palpação do soalho pélvico pode ser feita pela vagina ou pelo ânus, técnica essa empregada para observar contração, simetria, troficidade, força e contração reflexa durante a tosse, aumento da sensibilidade e dor local. Já a palpação transvaginal é feita com a paciente em litotomia, pela introdução do 2º e 3º dedos por 3 a 4 cm dentro da vagina. Observam-se as paredes vaginais anterior e posterior, se as porções dos MSP são simétricas, se há presença de aderências, lesões ou áreas atróficas (reduzido volume muscular). Solicita-se, então, que a paciente contraia e mantenha a contração dos músculos perineais ao redor do dedo do examinador, graduando-se a capacidade de contração. 6,45,60,65 Ainda na avaliação física, em uma última etapa, obtém-se a medida do volume residual de urina através de cateterismo e, caso se perceba que haverá necessidade de indicação de cateterismo intermitente limpo, este momento poderá ser aproveitado para uma primeira demonstração ao cliente ou a seu cuidador. Nesta ocasião, poderão ser transmitidas as orientações iniciais para ingestão de dieta rica em fibras; evitar o consumo excessivo de cafeína, aspartame, álcool, frutas cítricas e bebidas carbonatadas, e a sugestão de ingestão hídrica de cerca de 30 ml/kg peso/dia. 30 Outras orientações são dadas de acordo com as necessidades do cliente e com o tipo de incontinência, sendo pontuadas no decorrer dos atendimentos. A fim de fundamentar adequadamente a avaliação, o enfermeiro deverá, ainda, orientar o cliente quanto ao preenchimento do diário vesical (DV) em 3 dias consecutivos. 36 O DV fornece valiosas informações sem a necessidade de equipamento sobre o funcionamento da bexiga e dos hábitos da pessoa. Dá-nos ideia de quando, com que frequência e de quanto é a perda de urina, além de apontar quais as situações associadas a essas perdas. 1 REEDUCAÇÃO VESICAL: HÁBITOS ALIMENTARES E MICCIONAIS, TREINO VESICAL E USO DE DISPOSITIVOS EXTERNOS No processo de reeducação vesical, o primeiro aspecto a ser considerado deve ser o hábito alimentar, incluindo-se aí a ingestão hídrica. O hábito de evacuar diariamente, fezes pastosas e que não requeiram esforço é a meta a ser atingida, e o cliente precisa saber que, apenas com a reeducação alimentar poderá consegui-lo de forma definitiva. A presença constante de impactação fecal é um importante complicador da incontinência urinária, 30,93 além de causar grande desconforto. Para tanto, a orientação e o seguimento são as regras mais importantes na assistência de Enfermagem, pois uma mudança gradativa, com pequenos hábitos que se incorporem no dia a dia, tem mais chances de ser mantida. Assim, o consumo de fibras insolúveis é o primeiro implemento a ser acompanhado: a sugestão de consumo diário de frutas, como mamão, laranja, pera ou tangerinas, é um passo fundamental. As frutas deverão ser comidas com bagaço, na quantidade de 1 ao dia, como sobremesa, ou no intervalo das refeições. 73 O hábito de mastigar os alimentos em pequenas porções, por 15 vezes, até que sejam liquefeitos, é fundamental. O lembrete de que os sólidos devem ser bebidos e os líquidos devem ser comidos 18 precisa ser enfatizado em todos os atendimentos. Uma dica importante é que se mantenha uma postura descansada à 85

4 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM mesa, deixando os talheres no prato durante a mastigação, para diminuir a ansiedade de levar grandes bocados rapidamente à boca. A ingestão de hortaliças em geral preferencialmente cruas ou cozidas e crocantes, de tantas cores quanto possível deve ser priorizada em todas as refeições, bem como o consumo mínimo de 2 colheres de farelo de trigo ao dia, acompanhado de líquidos. As fibras insolúveis melhoram a qualidade do bolo fecal, estimulando a motilidade gastrintestinal e favorecendo o estabelecimento de uma regularidade na evacuação. 73 Evitar o consumo excessivo de farináceos, doces e frituras é uma medida bastante importante, que poderá ser incorporada pela substituição por alimentos mais saudáveis. A necessidade de gordura pode ser suprida com o uso de azeite de oliva virgem (sem aquecer) e castanhas diversas; a fritura pode ser substituída pela cocção no vapor e os farináceos, por alimentos integrais. Essas mudanças gradativas podem propiciar outros benefícios agregados, como a redução nas taxas sanguíneas de colesterol e controle de doenças como diabete mellitus e hipertensão, o que favorecerá a sensação de bem-estar. 18,73 O consumo diário de líquidos deve ser estimulado, lembrando-se que deve ser evitado durante as refeições e a partir de 3 horas antes de dormir, para facilitar o processo digestivo e diminuir o armazenamento da bexiga durante o sono. 18,30,73 Para o estabelecimento de um hábito evacuatório diário, o cliente deve ser orientado a ter persistência, escolhendo o período de sua preferência após o café da manhã, almoço ou jantar aproveitando o reflexo gastrocólico para sentar-se no vaso sanitário com calma, o que favorecerá a aquisição de uma rotina, durante os primeiros meses. 30,73 Caso haja muita dificuldade de estabelecer um hábito intestinal diário, no início pode-se fazer uso de fibras insolúveis liofilizadas, como Plantago ovata (Psyllium), disponíveis em envelopes prontos para reconstituição em água, ou ainda o uso de fleet-enema, no caso de haver a presença de fecaloma obstruindo a saída das fezes, perceptível à palpação ou ao toque retal. 30,73 Tanto para evacuar quanto para urinar, o relaxamento muscular no vaso sanitário é bastante favorável, pois possibilita que o esvaziamento intestinal e vesical ocorra sem ansiedade, de forma completa. Aqui cabe uma observação, pois mesmo os homens, que usualmente urinam em posição ortostática, devem tentar relaxar durante a micção. Ainda quanto à posição, a maioria das mulheres tem muita dificuldade de sentar-se em vasos sanitários de banheiros públicos, hábito este que dificulta o relaxamento da musculatura esfincteriana, ocasionando um esvaziamento vesical incompleto. É fundamental que sejam esclarecidas sobre esse aspecto, buscando soluções simples como forrar o assento sanitário com papel higiênico, quando a cliente relatar maior dificuldade em fazer o relaxamento. 30,73 Os clientes devem também ser orientados sobre a importância de urinar ou evacuar no momento em que sentirem vontade, pois o ato de conter urina e fezes provoca um esforço desnecessário da musculatura pélvica, favorecendo as infecções do trato urinário e a constipação intestinal. 73 O treino vesical, também conhecido como micção de relógio, consiste em estratégias para aumentar o intervalo das micções, pela inibição cortical da contratilidade do detrusor, sendo bastante eficiente nos casos de urge-incontinência e incontinência urinária mista. 17,36,47 Quando a pessoa tiver desejo de urinar, antes de dirigir-se ao local apropriado, deve tentar contrair a musculatura pubococcígea por 5 a 6 vezes seguidas o que favorece a ativação do arco reflexo miccional, aumentando o intervalo de tempo em que o paciente consegue evitar uma provável perda urinária no trajeto estabelecendo com seu terapeuta um esquema de aumento gradativo dos intervalos entre as micções, iniciando pelo maior tempo que conseguir contê-las, até chegar a um intervalo razoável de 2 a 3h. 17,36,47 Essa estratégia será trabalhada com o cliente de forma progressiva, aumentando-se sema- 86

5 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM nalmente os intervalos em 10 a 15 minutos, envolvendo-o em uma programação constante de suas micções, para que obtenha maior capacidade de armazenamento vesical associada à diminuição da perda urinária. O exame das situações de perda urinária e intestinal é bastante favorável, pois coloca o cliente e o profissional envolvidos em maior compreensão dos aspectos emocionais e afetivos que permeiam as incontinências. Diversos dispositivos foram desenvolvidos para ajudar as pessoas que têm perdas urinárias, baseados em diferentes princípios e os quais se adaptam a distintos tipos de problemas. Em geral, não promovem a cura, mas podem melhorar a convivência com a perda urinária, favorecendo a qualidade de vida. São destinados a pessoas com pequenas queixas, casos em que a intervenção cirúrgica não se justifica, àquelas com contraindicações para uma cirurgia, ou às que aguardam uma cirurgia e querem sentir-se protegidas. 30,36,63 Pessários vaginais: dispositivos que dão maior sustentação aos órgãos pélvicos da mulher, indicados para os casos de incontinência urinária associada a prolapsos, sendo adaptados individualmente de acordo com a anatomia, o grau de prolapso e a fraqueza de sustentação da bexiga, mantendo-a em posição ideal, favorecendo a continência urinária. As mulheres que já usaram diafragmas ou absorventes vaginais internos apresentam maior facilidade de adaptação aos pessários. Todas as clientes devem ser treinadas para a colocação e a retirada do dispositivo, que só poderá ser indicado quando ela estiver apta ao uso. Ao avaliar a cliente, o profissional deverá fazer as medidas de profundidade da vagina, diâmetro do colo uterino, tipo e característica do prolapso, para indicar adequadamente o produto a ser adotado. 63,66 Já estiveram disponíveis no Brasil, e hoje só são encontrados no mercado internacional. Dispositivos intrauretrais: pequenos tubos feitos de material macio e flexível, de fácil manuseio, colocados na uretra feminina, de forma a ocluí-la e evitar a perda urinária, permanecendo no local por algumas horas, quando a mulher o retira para urinar. Tem pouca aceitação nos países em que são comercializados, devido à pequena opção de produtos, à necessidade de orientação para o uso e à possibilidade de favorecer inflamações uretrais e infecções urinárias, quando do uso prolongado. 63,66 Adesivos, selos e clamps penianos: fazem a oclusão do meato uretral externo, com uso simples e baixo risco, e sua eficiência depende da intensidade da perda urinária e da boa adaptação do cliente, devendo ser feita uma avaliação prévia. 30,36,66 Cateteres masculinos com coletores externos (Figs. 9.1 e 9.2): usados apenas por homens, são como preservativos masculinos colocados em volta do pênis, com uma abertura na extremidade, por onde a urina é drenada por um tubo para um coletor, que deve ser afixado na coxa do cliente, sob a roupa. São bastante empregados, encontrando-se no mercado produtos com medidas variáveis, de material hipoalergênico, também no formato autoadesivo. 30,36,66 Figura 9.1 Cateter masculino externo. Imagem cedida pela Coloplast do Brasil. 87

6 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM Figura 9.2 Bolsa de perna. Imagem cedida pela Coloplast do Brasil. Figura 9.3 Absorvente feminino do tipo calça. Imagem cedida pela Bace. Figura 9.4 Absorvente masculino adesivo. Imagem cedida pela Bace. Fraldas e absorventes externos (Figs. 9.3, 9.4 e 9.5): o uso de fraldas é bastante difundido entre as pessoas com incontinência urinária, embora no início seja bastante constrangedor. Durante o tratamento, à medida que a perda urinária diminui, o cliente deverá ser encorajado a ir reduzindo gradativamente seu uso, pois esse processo contribui para melhorar a continência. Muitas pessoas descuidamse de urinar espontaneamente, acelerando as perdas, pelo fato de sentirem-se protegidas pelas fraldas. 30,36,63,66 Há no mercado nacional os mais diversos produtos, com formato anatômico feminino ou masculino, materiais hipoalergênicos, com géis (SAP) que reduzem o contato da urina com a pele em formato de roupa íntima, que permitem a troca de gases, com tecnologia bastante avançada e autoadesivos, entre outros. Manutenção da integridade da pele: a presença de urina em contato com a pele, Figura 9.5 Absorvente masculino adesivo. Imagem cedida pela Bace. 88

7 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM ainda que por pouco tempo, dependendo da sensibilidade do cliente, poderá causar desconforto e lesões, além do odor característico. Essa é uma das maiores preocupações das pessoas com incontinência, que deve ser avaliada e atendida pelo profissional de saúde. Primeiro, deve-se orientar sobre a higiene do períneo na frequência necessária, sempre proporcional à quantidade das perdas, usando-se água morna e sabão, 1 a 2 vezes ao dia. Nas demais higienizações, se necessário, usar um lenço umedecido que possua dimeticona ou simeticona em sua formulação, ou somente água morna, sem esfregar a pele. Em peles mais sensíveis ou que já tenham um processo irritativo ou descamativo em andamento, o uso de película protetora, creme ou loção barreira é indicado. 30,36,63 Outro aspecto a ser considerado é o ambiente do paciente, que pode tornar-se mais agradável quando adaptado às perdas noturnas ou para pessoas acamadas. O uso de tecidos impermeabilizados ou coberturas específicas pode ajudar a mantê-lo seco, e o ambiente deverá ser higienizado diariamente, indicando-se o uso de controladores de odor para proporcionar maior conforto. 30,36,63 REEDUCAÇÃO VÉSICO-INTESTINAL: CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE E DE PERMANÊNCIA Os tubos para drenagem de urina ou cateteres vesicais têm longa história, havendo registros de uso de cateteres de ouro no antigo Egito, de bronze na antiga Grécia e de tubos de palmeira na China. 63 Nos anos 1920, Frederick Foley desenhou o balão inflável para retê-lo na bexiga e agir como hemostático, sendo os cateteres de Foley empregados até hoje. 76 Os cateteres urinários são um componente essencial do cuidado à saúde, com mais de 12% dos pacientes cateterizados, durante sua internação. 62 Atualmente encontramos no mercado numerosas variações do cateter de Foley, e sua correta seleção é sempre muito importante, devendo proporcionar ao paciente um alto nível de tolerância, aliado a um baixo nível de rejeição e de infecção. As indicações mais comuns para o cateterismo vesical de demora são os quadros pós-operatórios, as obstruções infravesicais, os casos de desequilíbrio hidroeletrolítico e pacientes em estado terminal, sempre considerando-se que o cateterismo vesical de demora deverá ser adotado só quando for a última alternativa, pois todas as demais falharam. 34 É sempre muito importante que o profissional de saúde pergunte: Este cateter é realmente necessário?, pois, surpreendentemente, poderá constatar que não, e que várias medidas simples podem ser adotadas para evitar o procedimento estímulo à micção espontânea, reeducação vesical com treino miccional, uso de cateter externo e cateterismo intermitente, entre outros proporcionando mais conforto ao paciente. O cateterismo vesical de permanência sempre deve ser feito com técnica estéril e depois de rigorosa higiene do períneo, para evitar contaminação do sistema e futuras infecções do trato urinário. Em relação ao período de permanência do cateter, considera-se o uso por curto período quando se prolonga por até 1 semana; médio período, de 1 a 4 semanas; e longo período, por mais de 4 semanas. 88 Este último inspira grandes cuidados, pois na maioria das vezes o paciente vai para seu domicílio com o cateter, onde deverá retomar suas atividades habituais. As complicações mais frequentes no uso de cateteres de permanência são: infecções, obstruções, retenção urinária, formação de falsos trajetos ou fístulas, presença de dor e de desconforto uretral, hematúria e impossibilidade de esvaziar o balão, quando de sua retirada, sendo inevitável o aparecimento de bacteriúria após 3 a 4 semanas de uso. 14,43,76 Entre os tipos de materiais mais usados, temos: Plástico: usado após cirurgias urológicas, mais rígidos, permitindo boa drenagem de urina e debris. Deve-se evitar uso pro- 89

8 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM longado por sua rigidez, que pode causar muita dor e espasmos. 63 Látex: trata-se de borracha purificada, o mais macio de todos os materiais. Sua superfície lisa é bastante propensa à formação de incrustações que se desprendem facilmente à mobilização, podendo causar irritação uretral e alergias, razão pela qual seu uso prolongado deve ser evitado. 32 Cobertura de teflon: de látex, é recoberto por politetrafluoretileno (PTFE, teflon), com adesão permanente ao látex, sendo um material inerte que proporciona uma superfície externa lisa, com menos incidência de rejeição, reduzindo traumas, irritação e incrustação, e cujo uso pode ser de curto ou médio período. 85 Cobertura de silicone: de látex, coberto por silicone, projetados para reduzir a formação de algumas incrustações, embora haja registros de desprendimento de porções da cobertura de elastômero de silicone para dentro da uretra. São indicados para curto ou médio período de uso. 74 Silicone: Trata-se de material muito macio e inerte, que causa irritação uretral mínima, com um mesmo diâmetro externo e maior lúmen que os demais. Entretanto, o silicone permite a difusão de fluidos, podendo causar o esvaziamento parcial do balão, deslocando o cateter. Ainda assim, é o mais indicado para longos períodos de uso. 41,78 Cobertura de hidrogel: de látex, cobertos com hidrogel, um material inerte, com excelente adesividade, resistente à colonização de bactérias e às incrustações. São cateteres macios, mais flexíveis e confortáveis, permitindo que as secreções da mucosa da uretra sejam absorvidas para dentro do cateter. 74,90 Entre os tipos de cateter de demora mais comuns, além do modelo standard de Foley, há o Coudé ou o Tiemann para facilitar a transposição da uretra prostática semiobstruída; o Roberts para a drenagem da urina residual inatingível nos cateteres comuns; e o de Whistle, para a drenagem de debris. 63 Com relação às frequentes dúvidas sobre a denominação mais adequada, atualmente emprega-se o termo cateter para todo instrumento tubular que possa ser inserido no corpo para drenagem ou introdução de líquidos, ao passo que o termo sonda está reservado aos instrumentos tubulares que não têm luz interna e que são introduzidos também no corpo, com a finalidade de investigação diagnóstica. 1 Um cateter que promova boa drenagem no menor diâmetro é sempre o mais adequado. Esta medida pode ser dada nas escalas Charrière (Ch) ou French (Fh), sempre em números pares. Geralmente, um cateter de 8 a 10 Ch é suficiente para homens e mulheres, sendo que as medidas de 12 a 14 Ch são indicadas para pacientes com debris ou muco na urina, e os acima de 18 Ch só devem ser adotados para pacientes com hematúria ou coágulos, que poderão obstruir os de menor lúmen. Os de maior diâmetro podem causar distensão nos tecidos da mucosa uretral, levando a maiores complicações. 54,77 Os balões devem ser inflados sempre com 5 a 10 ml de água destilada estéril, seguindo-se a recomendação do fabricante, evitando-se o uso de solução salina, cujas partículas podem obstruir o canal de saída, impedindo sua deflação. Também não se recomenda o uso de líquido em quantidade abaixo ou acima de 10 ml, pois poderá proporcionar um formato assimétrico ao balão, levando ao seu esvaziamento ou ocasionando lesões. O hábito de insuflar o balão com ar pode fazer com que este flutue acima da superfície da urina armazenada na bexiga, prejudicando seu esvaziamento e entrando em contato direto com a parede desta, causando irritação e espasmo. 4 Em relação ao comprimento, recomendase a adoção de cateteres de 40 a 45 cm para os homens e de 20 a 26 cm para as mulheres. 14,63 A fixação do cateter deve ser feita na região da coxa nas mulheres, e no abdome nos homens, para evitar as lesões no ângulo penoescrotal Ferreira ABH. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

9 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM As complicações mais comuns nos pacientes cateterizados por longo período são as infecções e as incrustações. 41 Para evitá-las, recomendase sempre o uso de sistema fechado, com válvula antirrefluxo e clamp de drenagem em bolsa com capacidade para ml. 96 Sempre que possível, deve-se evitar a ruptura do sistema fechado, porém a recomendação para pacientes cateterizados por longo tempo no domicílio é que as bolsas coletoras sejam trocadas a cada 5-7 dias. 20 Reid et al. 72 demonstraram que não há necessidade de trocas mais frequentes de bolsas coletoras quando acopladas diretamente aos cateteres, em pacientes nessas condições. Quando necessário, também pode-se usar uma bolsa coletora de perna com capacidade menor para o dia (350 ml), e uma bolsa com maior capacidade (2.000 ml), durante a noite, conectada à bolsa de perna, a qual poderá ser removida pela manhã. Esse sistema é mais confortável para o paciente e permite maior mobilidade. O uso de tampões oclusores diretamente no cateter, sem a bolsa coletora, está indicado nos casos de pacientes cateterizados por longo tempo em domicílio, com boa capacidade cognitiva, mobilidade e habilidade manual, e que ainda tenham a sensibilidade e a capacidade vesical preservadas, desde que façam o esvaziamento em intervalos regulares e não tenham hiperatividade detrusora, refluxo vésicoureteral ou lesões renais. 33,75 Os pacientes e seus cuidadores precisam ser orientados rotineiramente quanto à importância da higiene rigorosa das mãos antes e após o esvaziamento da bolsa e/ou sua troca, bem como da higiene diária do períneo, pois muitos costumam evitar a manipulação da área próxima ao cateter receando maiores danos. A lavagem vesical ou instilação de soluções na bexiga pelo cateter é um procedimento a ser feito sempre sob prescrição médica, lembrando-se do grande risco de infecções sempre que o sistema é aberto e o fluxo de líquidos, invertido. 40 Cabe lembrar aqui que, naqueles pacientes com retenção urinária no pós-operatório imediato (bexigoma), o cateterismo vesical de alívio deve ser feito com técnica estéril, com cateter de pequeno calibre, drenando-se a urina lentamente, com a interrupção do fluxo a cada 20 ml de urina drenada, aproximadamente, para evitar extravasamento dos vasos sanguíneos que estão tamponados pela pressão intravesical. O Cateterismo Vesical Intermitente Limpo Aos pacientes que apresentam resíduo pósmiccional maior ou igual a 30% da capacidade vesical funcional, associado a infecções de repetição no trato urinário e/ou na retenção urinária, indica-se o cateterismo vesical intermitente limpo, que deve ser feito de 4 a 6 vezes ao dia, com retirada de volume sempre abaixo de 400 ml, preferencialmente após uma urina espontânea. A técnica consiste na higiene rigorosa das mãos, seguida da introdução de cateter uretral limpo e lubrificado com gel aquoso, para a retirada da urina residual, preferencialmente com cateter pré-lubrificado e sem reaproveitamento de nenhum cateter. 55,87,89 Embora ainda possa nos parecer estranho, esse procedimento introduzido por Lapides et al., em 1972, 55 é justificado pela proteção dada pela conservação do mecanismo vesical de esvaziamento, pelos fatores de resistência do hospedeiro, pela ausência de resíduo miccional e de bacteriúria constante. Pode-se utilizar cateteres do tipo Nelaton, O Neill, ou Tiemann, feitos de borracha, látex, poliuretano, plástico do tipo PVC (DEHP free), silicone (Figs. 9.6 e 9.7). 63,97 Já as manobras de Credê, Valsalva e estimulação supra-púbica (piparote), freqüentemente associadas, são contra-indicadas e só podem ser feitas após uma avaliação através de um Estudo Urodinâmico, que poderá apontar a ausência de riscos de futuro comprometimento renal. REEDUCAÇÃO VÉSICO-INTESTINAL: FORTALECIMENTO DA MUSCULATURA DO SOALHO PÉLVICO ATRAVÉS DE BIOFEEDBACK, CINESIOTERAPIA E ELETROTERAPIA As estruturas anatômicas da pelve dividemse em passivas ossos pélvicos (íleo, ísquio, sacro e púbis) e tecidos conjuntivos (fáscias 91

10 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM Figura 9.6 Figura 9.7 Cateter Poliuretano pré-lubrifi cado. Imagem cedida pela Coloplast. Cateter PVC pré-lubrifi cado. Imagem cedida pela B. Braun. parietal e visceral, que compõem a fáscia endopélvica) e ativas músculos e nervos (pudendo, plexo sacral). 27,39 A fáscia endopélvica envolve e sustenta as vísceras abdominais e pélvicas, e seus principais componentes são os ligamentos uterossacro e cardinal. As estruturas ativas são responsáveis pela manutenção do tônus e pela contração muscular em resposta ao aumento súbito da pressão intra-abdominal (PIAb). A estática pélvica é dada pela coesão e adesão dos órgãos intra-abdominais, pela posição adequada da cintura pélvica, pela sinergia entre soalho pélvico e estruturas passivas e ativas e pela sinergia entre diafragma, músculos abdominais e músculos do soalho pélvico (MSP). 39 O soalho pélvico incorpora fáscia e um complexo grupo de músculos que forma uma rede no fundo da cavidade pélvico-abdominal. Os músculos superficiais do soalho pélvico, os músculos perineal transverso superficial e profundo estabilizam e fecham a uretra. Os esfíncteres uretral e anal também têm função de fechamento. 51,89 A continência urinária é mantida por forças passivas e ativas, 25,92 dependentes da integridade do soalho pélvico, do qual o músculo elevador do ânus é um dos dois componentes funcionais mais fortes. O ileococcígeo e o isquiococcígeo mantêm uma função de suporte e o puboretal tem função de esfíncter. 50,51,86 Os músculos do soalho pélvico contraem-se sob ativação voluntária ou reflexa com os músculos abdominais. 83,84 Esses achados, entretanto, foram observados em uma pequena amostra de mulheres saudáveis e devem ser interpretados com cuidado. A coativação é importante durante espirros e tosse, porque se contrapõe ao aumento da pressão intra-abdominal. O soalho pélvico adapta-se às mudanças na PIAb através da extensão das contrações reflexas, também referidas como trampolim pélvico ; 98 este resulta em um incremento na pressão uretral 91 e em uma pressão para fechamento da uretra distal. 61 Para haver continência urinária, também é preciso que haja integridade vesical, bom tônus uretral, integridade e função dos MSP e que a pressão uretral máxima seja maior que a pressão intravesical, uma vez que o aumento da PIAb é impresso na uretra proximal. 9,39 O mecanismo do fechamento uretral é dado por contração dos MSP, contração da musculatura lisa e estriada da parede uretral, circulação sanguínea e integridade dos ligamentos e fáscias. 9,39 Assim, a função dos MSP é criar um apoio forte e firme para a vagina, a uretra e o reto; proporcionar resposta rápida e vigorosa ou contração antecipada, durante ou antes do aumento da PIAb; evitar o descenso da uretra durante o aumento da PIAb; e manter alta a pressão uretral em repouso e relaxar antes e durante a micção. 7 A perda da função dessa musculatura pode ocorrer dado o enfraquecimento das fibras musculares devido à gestação 92

11 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM e aos partos vaginais, cirurgias, alterações da inervação, deficiência hormonal e fatores coadjuvantes, como tosse crônica e obesidade. 9,39 Nenhuma mulher continente pensa antes de fazer a contração dos MSP e, quando necessário, estes se contraem automaticamente. Na contração voluntária, o esfíncter uretral interno se contrai e aumenta a pressão uretral. Portanto, o treinamento para fortalecimento dos MSP visa a ensinar o cliente a contrair os MSP antes do aumento da PIAb, para que se desenvolva a função dos MSP até que se contraiam automaticamente, no momento correto e com força suficiente para evitar a perda de urina. 8,12 A contração voluntária correta dos MSP é dada por uma elevação para dentro e uma compressão em volta da uretra, da vagina e do reto, sem movimento visível da pelve ou das extremidades exteriores, sendo que durante a contração máxima há a contração concomitante de parte dos músculos abdominais (transversos). A contração correta pode ser avaliada por observação clínica, palpação da vagina, eletromiografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. 6,8,26 Cabe observar que, como os MSP estão localizados sob a pelve e raramente são usados conscientemente, 30% mulheres não são capazes de contraílos de modo correto na primeira avaliação e, após instrução verbal, 50% não conseguiram contraí-los de modo a aumentar a pressão uretral; a maioria usa os músculos exteriores da pelve em vez dos MSP e muitas os tensionam em vez de levantá-los para dentro. 5,9,12,48 Os exercícios para a musculatura pélvica foram desenvolvidos por Kegel, em 1948, sendo responsáveis pelo fortalecimento do componente periuretral do esfíncter uretral externo por aumento do tônus muscular, melhorando a transmissão de pressões na uretra e reforçando a continência, 24 além de promoverem o aumento do tônus das fibras musculares lentas ou tipo I (70%), que promovem sustentação e resistência na contração muscular e das fibras musculares rápidas ou tipo II (30%), que promovem contrações fortes e breves. 29,52,56 A técnica consiste em uma orientação para identificar e controlar os músculos do períneo com introdução do dedo médio no ânus/vagina e palpação simultânea do abdome, e o desenvolvimento de um programa de exercícios voltado para o incremento da força e da resistência máximas. 10,59 O estímulo mais importante é que a intensidade da contração deve ser feita o mais próximo possível do ponto máximo e os princípios a serem seguidos para o treinamento de força são a especificidade, a sobrecarga, a progressão e a manutenção. Nas primeiras 8 semanas, o ganho é consequência das adaptações neurais, como frequência mais alta de estímulo e resposta de recrutamento de neurônios motores cada vez mais eficientes; sendo que somente depois de 8 semanas inicia-se a hipertrofia das fibras musculares. 9,28,70,81,95 Para indivíduos que apresentam grande dificuldade em discernir os feixes musculares a serem trabalhados, o biofeedback é a alternativa importante, sendo assim descrito: É o uso de demonstração visual ou auditiva para prover o paciente de informações sobre processos ou funções fisiológicas, como a contração e o relaxamento de músculos pélvicos ou abdominais. 3,30 Técnica de treinamento que auxilia o paciente a aprender exercícios efetivos para os músculos do soalho pélvico, enquanto relaxa os músculos abdominais. O paciente é quem faz o trabalho. 30 A ação fisiológica do biofeedback (BFB) consiste em orientar o paciente no fortalecimento da musculatura do soalho pélvico para inibir ou diminuir a contração do detrusor, enquanto previne a perda urinária, já que o fortalecimento da musculatura pélvica incrementa o suporte muscular vesical. As modalidades de BFB são: 30 BFB muscular (ou EMG): introdução de eletrodo vaginal, anal ou de superfície que, ao contato com a parede, na altura da inserção da musculatura pubococcígea capta o nível EMG de contração ou relaxamento do músculo. 93

12 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM BFB vesical (ou cistométrico): eletrodo intravesical para reconhecer as contrações vesicais involuntárias e inibí-las mediante contração perineal voluntária. 17 BFB manométrico ou pressórico: uso de sensores de pressão (probes ou sistema de 3 balões infláveis), através dos quais o paciente pode identificar as mudanças provocadas pelo aumento da pressão no canal vaginal ou anal, durante a contração muscular. 58 BFB eletromiográfico: uso de sensores (probes ou eletrodos) que detectam a atividade elétrica durante a contração e o relaxamento muscular posicionados na vagina, no ânus ou na superfície da pele perianal. BFB com cones (pesos/pessários) vaginais (ou FB sensório): descrito por Plevnik, em 1985, pela inserção de cones (pesos de 20 a 70 g) na vagina, com 15 minutos de deambulação normal, 2 vezes ao dia, e recomendado para a identificação dos músculos perineais, em geral para o ajuste fino, no fim do tratamento. 46,67,69 Os cuidados a serem observados consistem no uso de equipamento com 2 ou multicanais, preferencialmente, que permitam avaliação visual, sonora e adaptada para a idade do cliente; com o uso de sensores pele (posição 10h e 2h na região perianal, vaginal ou retal), probe ou balão vaginal/anal (inflar com 90 cmh 2 O). As contraindicações são período menstrual, vulvovaginites, infecções do trato urinário, hemorroidas, fístulas e fissuras. Recomenda-se programa individualizado, associado a exercícios, treino vesical ou estimulação elétrica. 30 Outra alternativa para o fortalecimento da musculatura do soalho pélvico é a estimulação elétrica (EE), inicialmente descrita em 1895, quando Griffiths descobriu que a estimulação da porção proximal de um nervo pudendo seccionado resultava na profunda inibição do detrusor em gatos. 17 Em 1952, Huffman, Osborne e Sokol introduziram a EE para tratar incontinência urinária 30 e, em 1963, Caldwell implantou eletrodos no soalho pélvico de mulheres com incontinências urinária e anal. 16 Sua ação é baseada na resposta fisiológica do soalho pélvico e da musculatura vesical à EE, 24 provocando inibição das contrações vesicais por inibição do detrusor, via ramos aferentes do pudendo, com redução do número de micções, aumento da capacidade e complacência vesical, 35,57 aumento da força de contração do músculo elevador do ânus, aumento do comprimento funcional da uretra e melhora na transmissão da pressão abdominal, 68 e ativação das fibras motoras eferentes do nervo pudendo, através da musculatura estriada da uretra, com incremento da pressão uretral. 16 As modalidades encontradas de EE são de: 42 curta duração (Equipamento de BFB e EE [Fig 9.8]): promoção da EE por curtos períodos, algumas vezes por semana, através de probes vaginais, anais, sonda intravesical (para inibição de contrações involuntárias do detrusor) ou eletrodos de superfície; longa duração: distribuição do impulso elétrico programado para o limiar de sensibilidade, no máximo período (6 a 12h), com eletrodos implantáveis em raízes sacrais; e terapia magnética extracorpórea (cadeira com campo de força eletromagnética no assento). Nas modalidades mais comuns, os cuidados a serem observados devem ser o uso do máximo estímulo intermitente (1:2), tolerado sem dor inicia-se com 5 ma e aumenta-se Figura 9.8 Equipamento de BFB e EE. Imagem cedida pela Laborie. 94

13 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM gradativamente de 1 a 5% enquanto não houver desconforto com uso de eletrodos de superfície ou probes via vaginal/anal lubrificados com gel hidrossolúvel endocavitário, em sessões de 15 a 30 minutos, de 1 a 3 vezes por semana, durante 6 a 14 semanas. A máxima tolerância é de 1,5 a 2 vezes o limiar de percepção. 16,30,39,42,49 A frequência do estímulo elétrico é um dos parâmetros mais importantes a serem observados, indicando-se 50 a 100 Hz para fortalecimento muscular, 2 a 25 Hz para diminuir as contrações detrusoras e aumentar a capacidade vesical, e 12,5 e 50 Hz (simultâneas) para casos mistos. 17,30,71 Os tipos de corrente empregados são monofásica (mais irritante quando usada em mucosas), bifásica simétrica (minimiza os processos eletroquímicos na interface pele/metal, evitando lesões de pele), bifásica assimétrica (menos irritante, com efeito menos satisfatório), e corrente interferencial, que alterna média frequência com frequência de modulação. 17,39 A intensidade da corrente, ou da amplitude de pulso, está relacionada ao diâmetro dos nervos aferentes envolvidos e a distância do eletrodo, variando de 5 a 90 ma, conforme a tolerância do paciente. Segundo alguns autores, a relação tolerância/eficácia indica que menos de 15 ma é inefetivo. 17 As contraindicações são gravidez, vulvovaginites, infecções do trato urinário, período menstrual, arritmias cardíacas e diminuição da sensibilidade (disfunção vesical de origem neurológica). Na literatura nacional e internacional há a recomendação exaustiva de maiores estudos para avaliar os equipamentos usados e o estabelecimento de protocolos de tratamento e de parâmetros para avaliação dos resultados, que variam de 31 a 100% de cura à melhora dos sintomas. 17,39,49,69 A imensa gama de possibilidades de cuidados que visem minimizar os efeitos deletérios da perda urinária, aqui apresentados, deve ser considerada tendo-se em vista as necessidades e condições do indivíduo portador de úlcera por pressão e incontinência urinária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Abrams P, Cardozo L, Khoury S, Wein A. (eds.) Third International Consultation on Incontinence, Edition International Continence Society. Mon - te Carlo: Mônaco; June; [Cd-rom]. 2. Azevedo GR, Rios LAS, Marcondes LHMO, Kimura M, Silva NP, Santos VLCG. Qualidade de vida de mulheres portadoras de Incontinência Urinária de Esforço. 14 Congresso Mundial de Estomaterapia, 2002, Florença. 14 Congress World Council of Enterostomal Therapist Proceedings, Basmajian JV. Biofeedback in rehabilitation: a review of principles and practices. Arch Phys Med Rehabil. 1981;62: Belfield PW. Urinary catheter balloon volume. Br Med J. 1988;296: Benvenuti F, Caputo GM, Sandinelli S, Mayer F, Biagini C, Sommavilla A. Reeducative treatment of female genuine stress incontinence. Am J Phys Med. 1987;66: Bø K, Larsen S. Classification and characterization of responders to pelvic floor muscle exercise for female stress urinary incontinence. Neurourol Urodyn. 1990;9: Bø K. Pelvic floor muscle exercise for the treatment of stress urinary incontinence. An exercise physiology perspective. Int Urogynecol J. 1995;6: Bø K, Lilleas F, Talseth T. Dynamic MRI of pelvic floor and coccygeal movement during pelvic floor muscle contraction and straining. Neurourol Urodyn. 1997;16: Bø K. O tratamento clínico da incontinência urinária de esforço. D Ancona CAL, Netto Jr NR. Aplicações clínicas da urodinâmica. São Paulo: Atheneu, Bø K. Pelvic floor muscle strength and response to pelvic floor muscle training for stress urinary incontinence. Neurourol Urodyn. 2003;22(7): Bruschini H, Kano H, Damião R, eds. Incontinência urinária: uroneurologia, disfunções miccionais. São Paulo: BG Cultural, Bump RC, Hurt GW, Fantl JA, Wyman JF. Assessment of Kegel pelvic muscle exercise performance after brief verbal instruction. Am J Obstet Gynecol. 1991;165: Bump RC, Mattiasson A, Bø K, Brubaker LP, DeLancey JOL, Klarskov P et al. The standardization of terminology of female pelvic organ prolapse and pelvic floor dysfunction. Am J Obstet Gynecol. 1996;175: Button D, Roe B, Webb C, Frith T, Colin-Thome D, Gardner L. Consensus Guideline Continence: 95

14 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM promotion and management by the primary health care team. London: Whurr, Byrne CM, Pager CK, Rex J, Roberts R, Solomon MJ. Assessment of quality of life in the treatment of patients with neuropathic fecal incontinence. Dis Colon Rectum. 2002;45: Caputo RM, Benson JT, McClellan E. Intravaginal maximal electrical stimulation in the treatment of urinary incontinence. J Reprod Med. 1993;38: Cardozo L. Urogynecology. London: Churchill Livingstone, Cobra N. A semente da vitória. São Paulo: Senac, Chiverton AP, Wells TJ, Brink CA et al. Psychological factors associated with urinary incontinence. Clin Nurs Spec. 1996;10: Colborn D. The promotion of continence in adult nursing. London: Chapman & Hall, Consensus Statement First International Conference for the Prevention of Incontinence; 1997 June 25-27, London. London: Continence Foundation, Continence Foundation. Charter for continence. London: Continence Foundation, D Ancona CAL, Netto Jr NR. Aplicações clínicas da urodinâmica. São Paulo: Atheneu, DeLancey JO. Structural aspects of the extrinsic continence mechanism. Obstet Gynecol. 1988;72: DeLancey JO. Anatomy and physiology of urinary incontinence. Clin Obstet Gynecol. 1990;33: DeLancey J. The anatomy of pelvic floor. Curr Opin Obstet Gynecol. 1994;6: Devreese A, Staes F, De Weerdt W, Feyes H, Van Assche A, Penninckx F et al. Clinical evaluation of pelvic floor muscle function in continent and incontinent women. Neurourol Urodyn. 2004;23: DiNubile NA. Strength training. Clin Sports Med. 1991;10(1): Dougherty M. Current status of research on pelvic muscle strengthening techniques. J Wound Ostomy Continence Nurs. 1998;25: Doughty DB. Urinary and fecal incontinence: nursing management. Saint Louis: Mosby, Dugan E, Cohen SJ, Bland DR, Preisser JS, Davis CC, Suggs PK et al. The association of depressive symptoms and urinary incontinence among older adults. J Am Geriatr Soc. 2000;48: Edwards LE. Post catheterization urethral strictures: a clinical and experimental study. Br J Urol. 1983;55: Fader M, Petterson L, Brooks R. A multicentre comparative evaluation of catheters valves. Br J Nurs. 1997;6(7): Falkiner FR. The insertion and management of indwelling urethral catheters minimizing the risk of infection. J Hosp Infect. 1993;25: Fall M, Erlandson BE, Nilson AE, Sundin T. Longterm intravaginal electrical stimulation in urge and stress incontinence. Scand J Urol Nephrol Suppl. 1978;44: Fantl JA et al. Urinary incontinence in adults: acute and chronic management. Clinical Practice Guideline, nº 2, 1996 Update. Rockville, MD: US Department of Health and Human Services. Public Health Service, Agency for Health Care Policy and Research, (AHCPR Publication Nº ). 37. Fasing S. Assessment and treatment of urinary incontinence in the hospitalized adult. J Wound Ostomy Continence Nurs 1996; 23: Ferolla EC. A autoestima de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço. [Dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da USP, Gameiro MOO, Amaro JL. Estimulação elétrica endo-vaginal e exercícios perineais no tratamento da incontinência urinária feminina. Disponível em: < Acesso em: 1 jul Getliffe KA. The use of bladder wash-outs to reduce urinary catheter encrustation. Br J Urol. 1994;73(6): Getliffe KA. Care of urinary catheters. Nurs Standard. 1993;7(44): Godec C, Cass A. Acute electrostimulation for urinary incontinence. Urology, 1978;12: Gould D. Keeping on tract. Nurs Times. 1994; 90(40): Gray M. Traditional urinary incontinence management: the good & the bad. Rev Esc Enfermagem USP. 1999;33(NE): Grosse D, Sengler J. Reeducação perineal. São Paulo: Manole, Haddad JM, Ribeiro RM, Carvalho FM. Avaliação clínica de mulheres com incontinência urinária de esforço com cone vaginal. Disponível em: < Principal.htm>. Acesso em: 1 jul Handley EC. Bladder training and related therapies for urinary incontinence in older people. JAMA, 1986;256: Hesse U, Schussler B et al. Effectiveness of a three steep pelvic floor reeducation in the treatment of stress urinary incontinence: a clinical assessment. Neurourol Urodyn. 1990;9:

15 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM 49. Huffman JW, Osborne SL, Sokol JK. Electrical stimulation in treatment of intractable stress incontinence. Arch Phys Med. 1952;33: Hugosson C, Jorulf H, Lingman G, Jacobsson B. Morphology of the pelvic floor. Lancet. 1991;337: Keane DP, O Sullivan S. Urinary incontinence: anatomy, physiology and pathophysiology. Baillieres Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2000; 14(2): Kegel AH. Progressive resistance exercise in the functional restoration of the perineal muscles. Am J Obstet Gynecol. 1948;56: Kelleher CJ, Cardozo LD, Khullar V, Salvatore S. A new questionnaire to assess the quality of life of urinary incontinent women. Br J Obstet Gynaecol. 1997;104: Kennedy AP, Brocklehurst JC, Faragher EB. Factors related to the problems of long-term catheterization. J Adv Nurs. 1983;8: Lapides J, Diokno AC, Silber SJ, Lowe BS. Clean intermittent self-catheterisation in the treatment of urinary tract disease. J Urol. 1972;107: Laycock J. Pelvic muscle exercises: physioterapy for the pelvic floor. Urol Nurs. 1994;14: Lindstrom S, Fall M, Carlsson CA, Erlandson BE. The neurophysiological basis of bladder inhibition in response to intravaginal electrical stimulation. J Urol. 1983;129: MacLeod JH. Management of anal incontinence by biofeedback. Gastroenterology. 1987;93: Miller J, Kasper C, Sampselle C. Review of muscle physiology with application to pelvic muscle exercise. Urol Nurs. 1994;14: Moreno AL. Fisioterapia em uroginecologia. São Paulo: Manole, Mouritsen L, Schiotz HA. Pro et contra pelvic floor exercises for female stress urinary incontinence. Acta Obstet Gynecol Scand. 2000;79: Mulhall AB, Chapman RG, Crow RA. The acquisition of bacteriuria. Nurs Times. 1988;84(4): Norton C. Nursing for continence. London: Beaconsfield, Norton C, Chelvanayagam S. Methodology of biofeedback for adults with fecal incontinence: a program of care. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2001;28: Ortiz OC et al. Valoración dinámica de la disfunción perineal de classificación. Bol Soc Latinoam Uroginecol Cir Vag. 1994;1(2): Palumbo MV. Pessary placement and management. Ostomy/Wound Management. 2000;26(12): Peattie AB, Plevnik S. Cones versus physiotherapy as conservative management of genuine stress incontinence. Neurol Urodyn. 1988;7: Pélissier J, Lopez S, Costa P, Marès P. Reéducation vésico-sphinctérienne et ano-rectale. Paris: Masson, Plevnik S. New methods for testing and strengthening of pelvic floor muscles. In: Proceedings of the 15 th Annual General Meeting of International Continence Society. 1985; p Pollock ML, Gaesser GA, Butcher JD et al. The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 1998;30(6): Rayome R, Johnson V, Gray M. Options in practice: stress urinary incontinence after radical prostatectomy. J Wound Ostomy Continence Nurs. 1994;21: Reid RI, Pead PJ, Webster O, Maskell R. Comparison of urine bag changing regimes in the elderly catheterized patients. Lancet. 1982; ii: Reilly NJ. Assessment and management of acute or transient urinary incontinence. In: Doughty DB. Urinary and fecal incontinence: nursing management. 2 nd ed. St Louis: Mosby, Roberts JA, Kaack MB, Fussell EN. Adherence to urethral catheters by bacteria causing nosocomial infections. Urology. 1993;41(4): Roe BH. Do we need to clamp catheters? Nurs Times. 1990;86(43): Roe B. Looking at the evidence. Nurs Times. 1991;87(37): Roe BH, Blocklehurst JC. Study of patients with indwelling catheters. J Adv Nurs. 1987;12: Ryan-Wooley B. Aids for the management of incontinence. London: King s Fund., Royal College of Physicians. Incontinence causes, management and provision of services. London: Royal College of Physicians, Sakuramoto P. Incontinência urinária no idoso. Bol Soc Bras Urol. 1996;11: Sale DG. Neural adaptation to resistance training. Med Sci Sports Exerc. 1988;20: Santos VLCG, Silva AM. Quality of life of people with faecal incontinence. J WCET. 2003;23(1): Sapsford RR, Hodges PW, Richardson CA, Cooper DH, Markwell SJ, Jull GA. Co-ativation of the abdominal and pelvic floor muscles during voluntary exercises. Neurourol Urodyn. 2001;20: Sapsford RR, Hodges PW. Contraction of the pelvic floor muscles during abdominal maneuvers. Arch Phys Med Rehabil. 2001;82: Seth C. Catheters ring the changes. Community Outlook. 1988; Singh K, Reid WM, Berger LA. Magnetic resonance imaging of normal levator ani anatomy and function. Obstet Gynecol. 2002;99:

16 CONTROLE DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: ASPECTOS DE ENFERMAGEM 87. Cavalcanti GA, Rios LAS, Averbeck MA, Almeida SHM. Projeto Recomendações Sociedade Brasileira de Urologia Uroneurologia. 88. Stewart E. Urinary catheters: selection, maintenance and nursing care. In: Cruickshank JP, Woodward S. Management of continence and urinary catheter care. London: Quay Books, Bezerra CA, Truzzi JC, Averbeck MA, Almeida SHM. Projeto Recomendações Sociedade Brasileira de Urologia Uroneurologia. 90. Talja M, Korpela A, Jarvi K. Comparison of urethral reaction to full silicone, hydrogell-coated and siliconised latex catheters. J Urol. 1990; 66(6): Theofrastous JP, Wyman JF, Bump RC, McClish DK, Elser DM, Bland DR et al. Relationship between urethral and vaginal pressures during pelvic muscle contraction. The Continence Program for Women Research Group. Neurourol Urodyn. 1997;16: Tooz-Hobson P, Khullar V, Cardozo L. Threedimensional ultrasound: a novel technique for investigating the urethral sphincter in the third trimester of pregnancy. Ultrasound Obstet Gynecol. 2001;17: Uroginecologia e Cirurgia Vaginal. Manual de Orientação febrasgo, Walters MD, Realini JP. The evaluation and treatment of urinary incontinence in women: a primary care approach. J Am Board Fam Pract. 1992;5: Wilmore JH, Costill LC, Wilmore JH, Costill DL. Physiology of sport and exercise. Champaign, IL: Human Kinetics, Wilson M, Coates D. Infection control and urine drainage bag design. Profess Nurse. 1996;11(4): Wyndaelle JJ. Intermittent catheterization: which is the optimal technique? Spinal Cord. 2002;40: Zacharin RF. Pulsion enterocele: review of functional anatomy of the pelvic floor. Obstet Gynecol. 1980;55:

Incontinência urinaria. Claudia witzel

Incontinência urinaria. Claudia witzel Incontinência urinaria Claudia witzel A Incontinência Urinária (IU) é a queixa de qualquer perda involuntária de urina, caracterizando uma condição que gera grandes transtornos para a vida das pessoas

Leia mais

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU M Pr02 1 de 5 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 1.00 Proposta inicial EB, MS RESUMO A infecção do trato urinário relacionada à assistência à saúde (ITU-RAS) no adulto

Leia mais

SONDAGEM VESICAL DEMORA FEMININA

SONDAGEM VESICAL DEMORA FEMININA SONDAGEM VESICAL SONDAGEM VESICAL DEMORA FEMININA MATERIAL: Bandeja com pacote de cateterismo vesical; Sonda vesical duas vias(foley) de calibre adequado (em geral n. 14); Xylocaína gel, gazes, luvas estéreis;

Leia mais

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ. N 0 Recomendação REC - 003

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ. N 0 Recomendação REC - 003 Página 1/6 1- INTRODUÇÃO: O trato urinário é um dos sítios mais comuns de infecção hospitalar, contribuindo com cerca de 40% do total das infecções referidas por hospitais gerais. Além das condições de

Leia mais

Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal.

Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal. Agent s Stamp FINETECH - BRINDLEY Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal. www.finetech-medical.co.uk Phone: +44 (0)1707 330942 Fax: +44 (0)1707 334143 Especialistas na produção

Leia mais

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA Mateus Antonio de Oliveira Calori 1 Paula de Cássia Pelatieri 2 RESUMO Sondagem vesical de demora é um procedimento invasivo que tem por objetivo o esvaziamento

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Cateterismo Vesical. APRIMORE- BH Professora: Enfª. Darlene Carvalho

Cateterismo Vesical. APRIMORE- BH Professora: Enfª. Darlene Carvalho Cateterismo Vesical APRIMORE- BH Professora: Enfª. Darlene Carvalho Cateterização intermitente Alivio do desconforto da distensão da bexiga, provisão da descompressão Obtenção de amostra de urina estéril

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010 PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010 Assunto: Desobstrução de sonda vesical de demora. 1. Do fato Profissional de enfermagem questiona se enfermeiros e técnicos de enfermagem podem realizar desobstrução

Leia mais

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA IRAS As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) consistem em eventos adversos ainda persistentes nos

Leia mais

Prolapso dos Órgãos Pélvicos

Prolapso dos Órgãos Pélvicos Prolapso dos Órgãos Pélvicos Autor: Bercina Candoso, Dra., Ginecologista, Maternidade Júlio Dinis Porto Actualizado em: Julho de 2010 No prolapso dos órgãos pélvicos, a vagina e os órgãos adjacentes, uretra,

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

O quanto você se conhece? O quanto você se cuida? Encontre aqui informações úteis e descomplicadas.

O quanto você se conhece? O quanto você se cuida? Encontre aqui informações úteis e descomplicadas. O quanto você se conhece? O quanto você se cuida? Encontre aqui informações úteis e descomplicadas. O bem-estar da mulher começa com autoconhecimento, que se conduz em equilíbrio e se traduz em saúde.

Leia mais

1. APRESENTAÇÃO. Orientações de Saúde Para Cadeirantes

1. APRESENTAÇÃO. Orientações de Saúde Para Cadeirantes 1. APRESENTAÇÃO Uma parcela significativa dos atletas paralímpicos são lesados medulares e/ou cadeirantes. Nos Jogos Paralímpicos de Londres a delegação brasileira apresentou-se com 180 atletas, dos quais

Leia mais

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata O Câncer de Próstata O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum no sexo masculino, acometendo um em cada seis homens. Se descoberto no início, as chances de cura são de 95%. O que é a Próstata A

Leia mais

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão DRENOS CONCEITO É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão ou podem estar ali presentes. OBJETIVOS DOS DRENOS Permitem

Leia mais

Olhar fisiológico, patológico e funcional da SEXOLOGIA CLÍNICA FEMININA E MASCULINA

Olhar fisiológico, patológico e funcional da SEXOLOGIA CLÍNICA FEMININA E MASCULINA Olhar fisiológico, patológico e funcional da SEXOLOGIA CLÍNICA FEMININA E MASCULINA SEXOLOGIA CLÍNICA Rafaela Prado M. Fleury Fisioterapeuta em Urologia, Ginecologia, Obstetrícia e recuperação pós retirada

Leia mais

Incontinência Urinária

Incontinência Urinária Incontinência Urinária Marco Antonio Arap 1 Cristiano Mendes Gomes 1 Epidemiologia e Quadro Clínico Incontinência urinária é a perda involuntária de urina pelo meato uretral, caracterizando um sintoma

Leia mais

TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES

TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES Prof.ª Msc. Clarissa Rios Simoni Mestre em Atividade Física e Saúde UFSC Especialista em Personal Trainer UFPR Licenciatura Plena em Educação Física UFSC Doutoranda

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

PREVENÇÃO DA INFEÇÃO URINÁRIA

PREVENÇÃO DA INFEÇÃO URINÁRIA PREVENÇÃO DA INFEÇÃO URINÁRIA i Enf.ª Alda Maria Cavaleiro de Melo Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação Serviço de Neurologia Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra EPE PREVENÇÃO

Leia mais

Proteger nosso. Futuro

Proteger nosso. Futuro Proteger nosso Futuro A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1943, tendo como objetivo unir a classe médica especializada em cardiologia para o planejamento

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL

A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL Programa BemVindo - www.bemvindo.org.br A OMS - Organização Mundial da Saúde diz que "Pré-Natal" é conjunto de cuidados médicos, nutricionais, psicológicos e sociais, destinados

Leia mais

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS AMEBÍASE Agente causador: Entamoeba histolytica. Diagnóstico: E. P. F. exame parasitológico

Leia mais

2. Contra indicações relativas: Pacientes hemodinamicamente instáveis e cirurgias urológicas.

2. Contra indicações relativas: Pacientes hemodinamicamente instáveis e cirurgias urológicas. Revisão: 10/07/2013 PÁG: 1 CONCEITO Prática de higiene destinada a identificar pacientes em risco de desenvolver infecção da genitália, do trato urinário ou do trato reprodutivo e assegurar conforto físico.

Leia mais

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem SAÚDE DO HOMEM Por preconceito, muitos homens ainda resistem em procurar orientação médica ou submeter-se a exames preventivos, principalmente os de

Leia mais

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo INTRODUÇÃO Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. Essa inflamação pode causar muitos problemas no cotovelo.

Leia mais

ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETERISMO VESICAL

ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETERISMO VESICAL ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETERISMO VESICAL Definição: Infecção urinária sintomática associada ao cateter: Febre > 38 o C ou sensibilidade suprapúbica e cultura positiva

Leia mais

Nefrolitotripsia Percutânea

Nefrolitotripsia Percutânea Nefrolitotripsia Percutânea A cirurgia renal percutânea é a forma menos agressiva de tratamento para cálculos renais grandes e que não podem ser tratados adequadamente pela fragmentação com os aparelhos

Leia mais

GUIA PARA PACIENTES. Anotações

GUIA PARA PACIENTES. Anotações Anotações ENTENDENDO DO OS MIOMAS MAS UTERINOS GUIA PARA PACIENTES 1620641 - Produzido em maio/2010 AstraZeneca do Brasil Ltda. Rodovia Raposo Tavares, km 26,9 CEP 06707-000 - Cotia/SP ACCESS net/sac 0800

Leia mais

SONDAGEM VESICAL INTERMITENTE Técnica limpa

SONDAGEM VESICAL INTERMITENTE Técnica limpa Grupo Hospitalar Conceição Hospital Nossa Senhora da Conceição SONDAGEM VESICAL INTERMITENTE Técnica limpa Orientações para pacientes, familiares e cuidadores Maio 2011. 1 Sondagem Vesical Intermitente

Leia mais

CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO

CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO Cartilha Informativa Alimentação saudável e atividade física: as bases essenciais para a construção de um organismo saudável Alimentos saudáveis associados à atividade

Leia mais

Norma - Algaliação. Terapêutica Permitir a permeabilidade das vias urinárias. Diagnóstica Determinar por exemplo o volume residual

Norma - Algaliação. Terapêutica Permitir a permeabilidade das vias urinárias. Diagnóstica Determinar por exemplo o volume residual Norma - Algaliação DEFINIÇÃO Consiste na introdução de um cateter da uretra até á bexiga. É uma técnica asséptica e invasiva. Sendo uma intervenção interdependente, isto é, depende da prescrição de outros

Leia mais

Qual o aspecto das Ostomias?

Qual o aspecto das Ostomias? Qual o aspecto das Ostomias? Toda ostomia é uma mucosa, parecida com a pele existente dentro da boca. Sendo assim, o aspecto também é parecido: úmido, vermelho vivo ou róseo. Não há sensibilidade no estoma:

Leia mais

Como surge o diabetes? Como surge o diabetes?

Como surge o diabetes? Como surge o diabetes? Como surge o diabetes? Como surge o diabetes? Com a queda da produção de insulina, hormônio importante para o funcionamento do organismo, resultando no aumento da quantidade de açúcar. Áreas afetadas pelo

Leia mais

ESTEIRA MASSAGEADORA 10 MOTORES E-1500RM MANUAL DE INSTRUÇÕES

ESTEIRA MASSAGEADORA 10 MOTORES E-1500RM MANUAL DE INSTRUÇÕES ESTEIRA MASSAGEADORA 10 MOTORES E-1500RM MANUAL DE INSTRUÇÕES Índice 1. CUIDADOS...3 2. LIMPEZA...4 3. MODO DE USAR...4 4. DETALHES DO PRODUTO...5 5. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS...6 6. TERMOS DE GARANTIA...6

Leia mais

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL As doenças do coração são muito freqüentes em pacientes com insuficiência renal. Assim, um cuidado especial deve ser tomado, principalmente, na prevenção e no controle

Leia mais

PROTOCOLOS RAIO-X CONTRASTADOS

PROTOCOLOS RAIO-X CONTRASTADOS Pg. Página 1 de 14 ÍNDICE PROTOCOLO DE ENEMA OPACO... 2 PROTOCOLO DE ESOFAGOGRAMA... 4 PROTOCOLO DE ESTUDO DE ESÔFAGO-ESTÔMAGO E DUODENO (EED)... 5 PROTOCOLO DE ESTUDO DE ESÔFAGO-ESTÔMAGO PÓS GASTROPLASTIA...

Leia mais

FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO. Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM

FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO. Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM FIBROMIALGIA EXERCÍCIO FÍSICO: ESSENCIAL AO TRATAMENTO Maj. Carlos Eugenio Parolini médico do NAIS do 37 BPM A FIBROMIALGIA consiste numa síndrome - conjunto de sinais e sintomas - com manifestações de

Leia mais

SISTEMAS RENAL E URINÁRIO. Enf. Juliana de S. Alencar HC/UFTM Dezembro de 2011

SISTEMAS RENAL E URINÁRIO. Enf. Juliana de S. Alencar HC/UFTM Dezembro de 2011 SISTEMAS RENAL E URINÁRIO Enf. Juliana de S. Alencar HC/UFTM Dezembro de 2011 CONSIDERAÇÕES GERAIS É de extrema importância para a vida a função adequada dos sistemas renal e urinário. A principal função

Leia mais

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DE UBERABA C.N.P.J. 20.054.326/0001-09

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DE UBERABA C.N.P.J. 20.054.326/0001-09 Uberaba, 23 de março de 2012 Gabarito da Prova Prática do Processo Seletivo Interno para o cargo de Enfermeiro Possíveis diagnósticos de Enfermagem com seus respectivos planejamentos: 01) Integridade da

Leia mais

Prevenção de Infecções relacionadas ao Cateter Vesical

Prevenção de Infecções relacionadas ao Cateter Vesical UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO HOSPITAL DE CLÍNICAS DIVISÃO DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM Prevenção de Infecções relacionadas ao Cateter Vesical Instrutora: Enf, Dra.Thaís

Leia mais

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo

Leia mais

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um

Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Tipos de tratamentos utilizados para os pectus: vantagens e desvantagens de cada um 1 - Órteses de

Leia mais

TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO ENTERAL

TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO ENTERAL ÍNDICE TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO ENTERAL 1. INTRODUÇÃO 01 2. ALIMENTANÇÃO ENTERAL: O QUE É? 02 3. TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL 03 4. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO 04 ENTERAL 5. TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Foco Critérios de diagnóstico Dependente, não participa Necessita de ajuda de pessoa Necessita de equipamento Completamente independente

Foco Critérios de diagnóstico Dependente, não participa Necessita de ajuda de pessoa Necessita de equipamento Completamente independente Índice ANDAR... 2 ANDAR COM AUXILIAR DE MARCHA... 5 AUTOCONTROLO: CONTINÊNCIA URINÁRIA... 8 AUTOCONTROLO: CONTINÊNCIA INTESTINAL... 11 AUTOCUIDADO: ARRANJAR-SE... 13 AUTOCUIDADO: BEBER... 15 AUTOCUIDADO:

Leia mais

O GUIA COMPLETO TIRE TODAS SUAS DÚVIDAS SOBRE ANDROPAUSA

O GUIA COMPLETO TIRE TODAS SUAS DÚVIDAS SOBRE ANDROPAUSA O GUIA COMPLETO TIRE TODAS SUAS DÚVIDAS SOBRE ANDROPAUSA O QUE É ANDROPAUSA? Problemas hormonais surgidos em função da idade avançada não são exclusivos das mulheres. Embora a menopausa seja um termo conhecido

Leia mais

Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO

Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO Apêndice IV ao Anexo A do Edital de Credenciamento nº 05/2015, do COM8DN DEFINIÇÃO DA TERMINOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO BÁSICO - Abordagem multiprofissional e interdisciplinar - assistência prestada por

Leia mais

Omiderm é o produto mais próximo à pele humana que você pode utilizar enquanto não produzir a sua própria.

Omiderm é o produto mais próximo à pele humana que você pode utilizar enquanto não produzir a sua própria. Omiderm é o produto mais próximo à pele humana que você pode utilizar enquanto não produzir a sua própria. Dr. Theodore Tromovich Burlingame CA. Mais que um curativo, Omiderm é o resultado de todo um trabalho

Leia mais

ASSENTO ULTRA MASSAGE RM-AM2206 MANUAL DE INSTRUÇÕES

ASSENTO ULTRA MASSAGE RM-AM2206 MANUAL DE INSTRUÇÕES ASSENTO ULTRA MASSAGE RM-AM2206 MANUAL DE INSTRUÇÕES Índice 1. CUIDADOS...3 2. LIMPEZA...4 3. MODO DE USAR...5 4. DETALHES DO PRODUTO...6 5. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS...7 6. TERMOS DE GARANTIA...7 Apresentação:

Leia mais

DISTÚRBIOS URINÁRIOS DO CLIMATÉRIO : Bethania Rodrigues Maia Orientadora : Ana Luisa

DISTÚRBIOS URINÁRIOS DO CLIMATÉRIO : Bethania Rodrigues Maia Orientadora : Ana Luisa DISTÚRBIOS URINÁRIOS DO CLIMATÉRIO : Avaliação clínica e urodinâmica Bethania Rodrigues Maia Orientadora : Ana Luisa INTRODUÇÃO CLIMATÉRIO : Fase da vida da mulher na qual ocorre a transição do período

Leia mais

CERATOCONE. A palavra ceratocone se deriva de duas palavras gregas : karato que significa córnea e konos que significa cone.

CERATOCONE. A palavra ceratocone se deriva de duas palavras gregas : karato que significa córnea e konos que significa cone. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira CERATOCONE QUE É CERATOCONE? O ceratocone, ou córnea cônica é uma desordem não inflamatória, na qual

Leia mais

COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMEIROS E IDOSOS SUBMETIDOS À PROSTATECTOMIA

COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMEIROS E IDOSOS SUBMETIDOS À PROSTATECTOMIA COMUNICAÇÃO ENTRE ENFERMEIROS E IDOSOS SUBMETIDOS À PROSTATECTOMIA Kamila Nethielly Souza Leite (UFPB), e-mail: ka_mila.n@hotmail.com Joana D arc Lyra Batista (UEPB), e-mail: jdlb16@hotmail.com Tatiana

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

GUIA DE MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES

GUIA DE MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES GUIA DE MUSCULAÇÃO PARA INICIANTES O QUE É MUSCULAÇÃO? A musculação é um exercício de contra-resistência utilizado para o desenvolvimento dos músculos esqueléticos. A partir de aparelhos, halteres, barras,

Leia mais

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR BANCO DE QUESTÕES CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR NT1: A importância do conhecimento de anatomia e fisiologia no UE1: Uma abordagem

Leia mais

Incontinência urinária: o estudo urodinâmicoé indispensável?

Incontinência urinária: o estudo urodinâmicoé indispensável? Mariana Olival da Cunha marianaolival@ig.com.br Incontinência urinária: o estudo urodinâmicoé indispensável? Mariana Olival da Cunha (R2) Orientadora: Dra. Rebecca Sotelo Definições* IU: perda involuntária

Leia mais

Última revisão: 08/08/2011 TRACIONADOR DE FÊMUR

Última revisão: 08/08/2011 TRACIONADOR DE FÊMUR Protocolo: Nº 72 Elaborado por: Antônio Osmar Wilhma Castro Ubiratam Lopes Manoel Emiliano Luciana Noronha Última revisão: 08/08/2011 Revisores: Manoel Emiliano Ubiratam Lopes Wilhma Alves Luciana Noronha

Leia mais

VALÊNCIAS FÍSICAS. 2. VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Tempo que é requerido para ir de um ponto a outro o mais rapidamente possível.

VALÊNCIAS FÍSICAS. 2. VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Tempo que é requerido para ir de um ponto a outro o mais rapidamente possível. VALÊNCIAS FÍSICAS RESISTÊNCIA AERÓBICA: Qualidade física que permite ao organismo executar uma atividade de baixa para média intensidade por um longo período de tempo. Depende basicamente do estado geral

Leia mais

BULA PARA O PACIENTE

BULA PARA O PACIENTE BULA PARA O PACIENTE Modelo de texto de bula Aldara imiquimode Forma farmacêutica: Creme Apresentação: Cartucho contendo 6 (12) sachês com 250 mg Aldara (imiquimode) deve ser administrado da seguinte forma:

Leia mais

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional Diabetes Gestacional Introdução O diabetes é uma doença que faz com que o organismo tenha dificuldade para controlar o açúcar no sangue. O diabetes que se desenvolve durante a gestação é chamado de diabetes

Leia mais

INSTRUÇÕES DE USO MEPILEX LITE

INSTRUÇÕES DE USO MEPILEX LITE VERSÃO 1 INSTRUÇÕES DE USO MEPILEX LITE Nome técnico: Curativo Nome comercial: Mepilex Modelo: Mepilex Lite 6x8,5 cm, Mepilex Lite 10x10 cm, Mepilex Lite 15x15 cm ou Mepilex Lite 20x50 cm Verifique no

Leia mais

MANUAL DE OPERAÇÃO Revisão C. Sonda de Eletromiografia Vaginal e Anal SEVA200

MANUAL DE OPERAÇÃO Revisão C. Sonda de Eletromiografia Vaginal e Anal SEVA200 MANUAL DE OPERAÇÃO Revisão C Sonda de Eletromiografia Vaginal e Anal SEVA200 *Suprimento para uso com o equipamento de biofeedback de EMG e de estimulação muscular aprovado de acordo com a norma EN60601-01

Leia mais

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV) Doenças Cardiovasculares (DCV) O que são as Doenças Cardiovasculares? De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Quais

Leia mais

< Maria Inês; nº 17; 9ºB > < Ricardo Santos; nº18; 9ºB >

< Maria Inês; nº 17; 9ºB > < Ricardo Santos; nº18; 9ºB > Índice < Maria Inês; nº 17; 9ºB > < Ricardo Santos; nº18; 9ºB > Índice Índice... 2 Métodos Contraceptivos... 3 O que são?... 3 Métodos Reversíveis... 4 Métodos Contraceptivos Hormonais... 4 Pílula Contraceptiva...

Leia mais

DIGEDRAT. (maleato de trimebutina)

DIGEDRAT. (maleato de trimebutina) DIGEDRAT (maleato de trimebutina) Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A. Cápsula mole 200mg I - IDENTIFICAÇÃO DO DIGEDRAT maleato de trimebutina APRESENTAÇÕES Cápsula mole Embalagens contendo

Leia mais

Sondas e Cateteres em 100% Silicone

Sondas e Cateteres em 100% Silicone B PF P Sondas e Cateteres em 100% Silicone CLASSE: I / II / III / IV Fabricado no Brasil 1113 BOTÃO PARA GASTROSTOMIA PERCUTÂNEA Cód. 3 TUBO DE EXTENSÃO PARA ALIMENTAÇÃO E DESCOMPRESSÃO DE BOTON Cód. TE3-03

Leia mais

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação.

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação. Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação. Academia Snooker Clube Sorocaba - SP Paulo Dirceu Dias www.snookerclube.com.br paulodias@pdias.com.br

Leia mais

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL] fundação portuguesa de cardiologia TUDO O QUE DEVE SABER SOBRE ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL Nº. 12 REVISÃO CIENTÍFICA: Dr. João Albuquerque e Castro [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Leia mais

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte Prof. Antonio Carlos Fedato Filho Prof. Guilherme Augusto de Melo Rodrigues Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos

Leia mais

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina?

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina? O Nosso protocolo assistencial tem como base as diretrizes e normas elaboradas pela Society of Interventional Radiology (SIR) O Que é a Varicocele? Entende-se por varicocele à dilatação anormal (varizes)

Leia mais

Educação Acessível para Todos

Educação Acessível para Todos Educação Acessível para Todos Instituto Paradigma A inclusão das crianças com deficiência nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental não constitui um debate diferente da inclusão social de todos

Leia mais

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES Deteta informação sensorial Processa e responde à informação sensorial (integração) Mantém a homeostasia Centro das atividades mentais Controla os movimentos do corpo através dos

Leia mais

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande, Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

Leia mais

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas Profª Drª Fabiana Flores Sperandio O que é câncer de mama? É uma doença que surge quando células da mama sofrem uma mutação e se

Leia mais

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas O que é escoliose? É um desvio látero-lateral que acomete acoluna vertebral. Esta, quando olhada de frente, possui aparência reta em pessoas saudáveis. Ao

Leia mais

Reparação de prolapsos de órgãos pélvicos

Reparação de prolapsos de órgãos pélvicos Reparação de prolapsos de órgãos pélvicos O prolapso de órgão pélvico é uma condição muito comum, principalmente em mulheres maiores de quarenta anos. Estima-se que a metade das mulheres que têm filhos

Leia mais

PROTOCOLO DE FIXAÇÃO SEGURA HOSPITAL FÊMINA

PROTOCOLO DE FIXAÇÃO SEGURA HOSPITAL FÊMINA PROTOCOLO DE FIXAÇÃO SEGURA HOSPITAL FÊMINA Porto Alegre 2014 1 INTRODUÇÃO A prática da terapia intravenosa ocupa segundo estudos 70% do tempo da enfermagem durante sua jornada de trabalho, sem levar em

Leia mais

Treino de Alongamento

Treino de Alongamento Treino de Alongamento Ft. Priscila Zanon Candido Avaliação Antes de iniciar qualquer tipo de exercício, considera-se importante que o indivíduo seja submetido a uma avaliação física e médica (Matsudo &

Leia mais

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra

Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra Reabilitação da Paralisia Cerebral no CEREPAL Patrícia Zambone da Silva Médica Fisiatra Histórico Fundada no dia 02 de março de 1964 por um grupo de pais que os filhos possuíam lesão cerebral. É uma entidade

Leia mais

Conheça mais sobre. Diabetes

Conheça mais sobre. Diabetes Conheça mais sobre Diabetes O diabetes é caracterizado pelo alto nível de glicose no sangue (açúcar no sangue). A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por fazer a glicose entrar para

Leia mais

P R O S T AT E C T O M I A R A D I C A L L A P A R O S C Ó P I C A

P R O S T AT E C T O M I A R A D I C A L L A P A R O S C Ó P I C A P R O S T AT E C T O M I A R A D I C A L L A P A R O S C Ó P I C A O Câncer de próstata (Cap) É o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos,

Leia mais

Prezados Associados,

Prezados Associados, Prezados Associados, Para facilitar a comunicação e dirimir as principais dúvidas sobre a utilização dos nossos serviços, o FISCO SAÚDE traz agora guias de procedimentos por assunto. O conteúdo está distribuído

Leia mais

PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital?

PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital? Cartilha de Segurança do PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital? CARO PACIENTE, Esta Cartilha foi desenvolvida para orientá-lo sobre

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

PARECER COREN-SP CAT nº 006/2015 Revisão em março de 2015

PARECER COREN-SP CAT nº 006/2015 Revisão em março de 2015 PARECER COREN-SP CAT nº 006/2015 Revisão em março de 2015 Ementa: Sondagem/cateterismo vesical de demora, de alívio e intermitente no domicílio. 1. Do fato Profissionais de Enfermagem solicitam esclarecimentos

Leia mais

cartões de bolso serié 2 SEXO SEGURO

cartões de bolso serié 2 SEXO SEGURO cartões de bolso serié 2 SEXO SEGURO 1 O que quer dizer sexo seguro? Sexo seguro quer dizer, práticas sexuais responsáveis sem riscos de engravidar, ou de contrair uma infecção transmitida sexualmente,

Leia mais

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae.

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Chamado de HPV, aparece na forma de doenças como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. -Há mais de 200 subtipos do

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais